São Paulo, 08 de outubro de 1998 - Página Inicial · governo do estado de sÃo paulo secretaria...
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DOS AGRONEGÓCIOS - CODEAGRO Av. Miguel Estéfno, 3900 – Água Funda - CEP: 04301-903 - São Paulo
Fones: (11) 5067-0377/0378 – Fax (11) 5073-4101 E-mail: [email protected]
Ata da 18º Reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos
Informações gerais
Data: 14/03/2012 Horário: 10h00 Local: Centro de Exposição Imigrantes – São Paulo – SP
Participantes: Alexandre Pinto Cesar (Anpovinos); André F. S. Alvarenga (Irmãos Fleury Ltda); Arnaldo
S. Vieira Filho (Aspaco/ Câmara Setorial); Artur Luiz A. Felício (CDA/SAA); Bruno Cesar P. Nunes
(ICA/Codeagro); Bruno Garcia Moreira (Aspaco); Camila Raineri (FMVZ/USP); Carlos R. F. Bueno
(IEA/SAA); Carlos Renato Tiezzi Furlanetto (ICA/Codeagro); Cecília José Veríssimo (IZ/APTA/SAA);
Claucia Cristina Paro da Paz (APTA/SAA); Cleiton Gentili (Codeagro); Deborah A. B. Terencio (Sebrae);
Decio Ribeiro dos Santos (Agrocentro); Diogenes Kassaoka (ICA/Codeagro); Eduardo A. Cunha (IZ);
Elizabete Inácio (Codeagro); Emilio Bocchino (Codeagro); Fernando A. P. O. Penteado (FEAP/SAA);
Herbert Danilo F. de Sá (Sebrae/NA); João Francisco Adrien Fernandes (Soc Rural Brasileira); João
José Demarchi (IZ/APTA/SAA); Josieli Priscila de Almeida (UTSPR); Lenira El Faro (APTA/SAA); Luiz
Claudio N. Mendes (FMVZ/Unesp); Marcelo Peres Lemos de Melo (Soc Rural Brasileira); Marcia M.
Harada (ITAL/APTA); Márcio A. G. de Oliveira (Aspaco); Maria do Carmo C. S. H. Lara (Instituto
Biológico); Marina Brasil Rocha (IEA/SAA); Marina Montovani (GSAA); Maristela V. Cardoso (IB/SP);
Miriam Corrêa (Sebrae); Mônika Bergamaschi (SAA); Nelson P. Staudt (Codeagro/SAA); Nicolau T.
Arcara (IBGE); Paulo Afonso Sehwab (ARCO); Rodrigo César Fredrico (Instituto Biológico); Rogério
Fantini R. Guilherme (ICA/Codeagro); Simone R. de Oliveira (ITAL/SAA); Suetonio Vilar Campos
(ARCO); Suzely de Miranda (Codeagro); Wallace Scott (Capripaulo); Wander M. C. Dias (Câmaras
Setoriais/SAA)
Pauta
1. Abertura; 2. Resultados finais do projeto sobre sanidade de caprinos e ovinos no Estado de São Paulo,
desenvolvidos no Instituto Biológico entre 2008 e 2011 (Instituto Biológico); 3. Metodologias desenvolvidas
para análise de custo na produção de cordeiros (FMVZ/USP); 4. Apresentação do estudo para implantação de
mini abatedouros SISBI para ovinos, suínos e bovinos (Sebrae); 5. Outros assuntos; 6. Encerramento.
No dia 14 de março de 2012, na sala Jacarandá do Centro de Exposição Imigrantes, durante a 9ª.
Feinco,ocorreu a reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos. Aproveitando a presença da secretária de
agricultura, Mônika Bergamaschi, pela primeira vez em uma reunião da câmara de caprinos e ovinos, o
presidente da câmara Arnaldo dos Santos Vieira Filho fez um histórico desde a criação da câmara em 2005,
época em que não se acreditava que a caprino e ovinocultura estivessem maduros no estado o suficiente para
justificar a sua criação. Detalhou que após muita insistência e uma reunião de sensibilização que contou com
várias dezenas de representações, finalmente a câmara foi instalada em 2006. Citou ainda todos os avanços
alcançados desde 2006, dando destaque às adequações da linha do FEAP para a caprino e ovinocultura, a
qual passou a contemplar muito bem as necessidades dos produtores de tal forma que a grande maioria
daqueles que se enquadram no programa já se beneficiou do financiamento. Por sua vez, a secretária de
agricultura elogiou o trabalho das câmaras e disse que elas são a melhor forma de consultoria que poderia ter,
por trazerem a realidade para dentro da secretaria, e também pontuou os diversos setores da secretaria que
estão trabalhando em prol da caprino e ovinocultura no estado.
Dando prosseguimento à pauta, a pesquisadora Maristela Cardoso, do Instituto Biológico, apresentou os
resultados finais do projeto sobre sanidade de caprinos e ovinos no estado de São Paulo, desenvolvido no
Instituto Biológico entre 2008 e 2011. Com o objetivo de estudar, com enfoque diagnóstico clínico e
epidemiológico (questionário), através de estudos de casos e avaliações laboratoriais, a situação sanitária
atual dos rebanhos de caprinos e ovinos, para as enfermidades leptospirose, parasitoses, linfadenite,
clostridiose, mastite, micoplasmose, brucelose, chlamydophilose, lentivirose, língua azul, toxoplasmose e
neosporose, o projeto coletou amostras de 1453 animais de 365 propriedades, gerando um cenário bastante
fidedigno da realidade do estado sanitário da caprino e da ovinocultura no estado de São Paulo. A
apresentação foi seguida de uma discussão sobre a problemática que representa a sanidade caprina e ovina
no país, inclusive impedindo exportações mesmo que houvesse produção suficiente para atender também ao
mercado externo. E foi notória a indignação da ausência de ação pelo governo federal para a elaboração do
programa nacional de sanidade caprina e ovina, o que impede os estados legislarem sobre o assunto mesmo
conscientes da importância e urgência que tal assunto demanda. Em seguida, a doutoranda da FMVZ/USP,
Camila Raineri, detalhou as áreas da ovinocultura que estão sendo trabalhadas pelo Laboratório de Análise
Socioeconômicas e Ciência Animal, dando maior detalhe para sua área de atuação mais direta, que é a
elaboração de um índice de custos de produção do cordeiro paulista (ANEXO 1). Por sua vez, o analista
técnico do Sebrae, Helbert de Sá, fez uma apresentação (ANEXO 2) do estudo para implantação de mini
abatedouros SISBI para ovinos, suínos e bovinos, mostrando a atual fase do projeto e as perspectivas com a
finalização deste. Ressaltou que esse estudo está sendo preparado pela CNA e Sebrae, sendo que a primeira
está focada em formatar o modelo para uso por prefeituras, através de utilização de verba pública para a
construção, e o segundo está elaborando uma planilha de custos de viabilidade técnica e financeira para
construção e administração pela iniciativa privada, com posterior arrendamento das plantas para prefeituras,
cooperativas de produtores, etc. Para finalizar, a pesquisadora da Apta, Lenira El Faro, demonstrou como será
o programa de avaliação genética de ovinos de corte de São Paulo (ANEXO 3), o qual está em estágio inicial
e em busca de propriedade para aqueles que desejarem participar, que sejam criadores das raças Santa Inês
ou Morada Nova e que tenham controle zootécnico de todos os animais, ressaltando a diferença desse
programa que é ajudar o produtor a identificar seus melhores animais para selecioná-los.
Nada mais havendo a tratar o Presidente da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos, Sr. Arnaldo dos Santos
Vieira Filho agradeceu a todos participantes e finalizou a reunião. Eu, Wander M. C. Dias, Secretário Executivo
desta Câmara Setorial, lavrei a presente ata, a qual vai assinada pelo Presidente e Secretário Executivo desta
Câmara Setorial e pelo Secretário Geral das Câmaras Setoriais.
.
ARNALDO DOS SANTOS VIEIRA FILHO WANDER M C DIAS
Presidente Secretário Executivo
Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos
NELSON PEDRO STAUDT
Secretário Geral das Câmaras Setoriais
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
AVANÇOS E DESAFIOS DA
GESTÃO E DA ANÁLISE
ECONÔMICA NA OVINOCULTURA
Camila Raineri
Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Nutrição e Produção
Animal – FMVZ/USP
Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal - LAE
Relatar avanços e desafios para a
ovinocultura de corte no Brasil...
... Apresentar as iniciativas que vêm sendo
desenvolvidas no LAE.
Objetivo
Conteúdo
• Introdução
• Indicadores econômicos
o Indicador de preços do cordeiro paulista
o Indicador de custos de produção do cordeiro
paulista
• Sistemas de informação
o Software Custare
• Otimização e modelagem matemática
• Conclusão
• Ovinocultura: atividade emergente...
Introdução
Mudança de foco/local
Lacuna de informações
Inovações tecnológicas
• Ferramentas para superar problemas:
o Falta de organização e comunicação entre os
segmentos de produção e comercialização,
o Assimetria de informações,
o Fluxo ineficiente de informações pouca
transparência no mercado de carne.
Indicadores econômicos
• Parceria UNICETEX/FZEA/USP e
LAE/FMVZ/USP.
• Conduzido desde dezembro de 2008.
• Levantamentos semanais dos preços
praticados para cordeiros para abate.
• Análise de sua variação em Reais.
Indicador de preços do
cordeiro paulista
• Cotação em 8 macrorregiões de SP.
o Preços pagos por kg vivo e kg de carcaça.
o Média ponderada pelo volume de abates.
• Divulgação por boletins eletrônicos, sites
de associações e mídia impressa
especializada.
Indicador de preços do
cordeiro paulista
Indicador de preços do
cordeiro paulista
3.20
3.70
4.20
4.70
5.20
5.7022/1
5/2
19/2
5/3
19/3
2/4
16/4
30/4
14/5
28/5
11/6
25/6
9/7
23/7
6/8
20/8
3/9
17/9
1/10
15/10
29/10
12/11
26/11
10/12
R$/kg P. MÉDIO
P. MÁX.
P. MÍN.
3.20
3.70
4.20
4.70
5.20
5.70
22/1
5/2
19/2
5/3
19/3
2/4
16/4
30/4
14/5
28/5
11/6
25/6
9/7
23/7
6/8
20/8
3/9
17/9
1/10
15/10
29/10
12/11
26/11
10/12
R$/kg P. MÉDIO
P. MÁX.
P. MÍN.
Figura 1 - Variação dos preços médio, mínimo e máximo do cordeiro no
estado de São Paulo ao longo do ano de 2010 (R$/kg vivo)
• Em fase de desenvolvimento.
• Objetivos:
o Modelo para cálculo, acompanhamento e
análise de custo da ovinocultura de corte.
o Elaboração de um índice de custo de
produção.
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
• Expectativas...
o Dados confiáveis para se ter idéia do perfil da
ovinocultura paulista,
o Ferramenta para tomada de decisão pelos
criadores,
o Ferramenta para avaliação da rentabilidade
do negócio,
o Instrumento para auxílio na precificação do
produto.
• Metodologia:
o Identificação das características “típicas” das
criações de cordeiros para abate em SP
base para o modelo em estudo.
o Levantamento dos preços dos insumos
utilizados, e cálculo dos custos de produção
de cordeiros.
o Elaboração do índice de custos
método de Laspeyres.
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
• Levantamento das características das
propriedades: método de Painel.
o Almeida, 2010, Carvalho et al., 2009, CEPEA; CNA,
2003, Coble et al., 1996, Conab, 2010, Costa et al.,
2005, Costa et al., 2008, Costa; Martins, 2008; Deblitz,
1999; Ferreira, 2006, Ferreira Filho et al., 2009, Hadley,
2002, Plaxico; Tweeten, 1963, Richardson et al., 2007,
Tavares et al, 2009, Vereijken, 1994, 1995, 1996, 1997,
1998, 1999, Zen; Peres, 2002.
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
MesorregiãoRebanho
(cabeças)
Proporção
do estado
(%)
São José do Rio Preto 89.188 19,1%
Bauru 53.212 11,4%
Araçatuba 45.088 9,6%
Campinas 35.972 7,7%
Piracicaba 19.728 4,2%
Total 243.188 52,0%
Tabela 1 - Efetivo dos rebanhos ovinos das mesorregiões do
estado de São Paulo.
Fonte: IBGE (2011)
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
• Dificuldades:
o Desconhecimento dos índices produtivos...
− Ausência de escrituração zootécnica,
− Desconhecimento das quantidades e valores
exatos.
o Atividade complementar rateio dos
custos...
− Mão de obra, energia, combustíveis,
depreciação de máquinas...
• Estabelecemos:
o Depreciação de pastagens e instalações...
− Instalações antigas, reaproveitadas...
o Custos de oportunidade...
− Ex. Alimentos, terra, etc.
o Remuneração do proprietário...
− Muitas vezes pessoas de custo elevado.
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
• Resultados preliminares:
o Considerável heterogeneidade,
o Geralmente baixa eficiência técnica,
o Gestão deixa muito a desejar,
o Atividade complementar,
o Reutilização de recursos existentes,
o Investidores de outros setores da economia.
Custos de produção para a
região de CampinasA - CUSTOS VARIÁVEIS Dezembro/11 Janeiro/12 Fevereiro/12
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA CRIAÇÃO
1. Alimentação R$ 293,98 R$ 302,97 R$ 312,45
2. Mão-de-obra
2.1 Mão-de-obra permanente R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00
2.2. Mão-de-obra temporária R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00
3. Gastos veterinários
4. Energia e combustíveis
4.1. Diesel R$ 36,80 R$ 37,28 R$ 37,80
4.2. Energia elétrica R$ 32,34 R$ 32,34 R$ 32,34
5. Manutenção e conservação
5.1. Pastos R$ 4,88 R$ 4,94 R$ 5,01
5.2. Volumosos para corte R$ - R$ - R$ -
5.3. Instalações R$ 21,53 R$ 21,55 R$ 21,56
Subtotal - custeio da criação R$ 840,79 R$ 850,31 R$ 860,43
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1. Juros R$ - R$ - R$ -
2. Impostos e taxas R$ - R$ - R$ -
Subtotal - despesas financeiras R$ - R$ - R$ -
SUBTOTAL CUSTOS VARIÁVEIS R$ 840,79 R$ 850,31 R$ 860,43
B - CUSTOS FIXOS
IV - DEPRECIAÇÕES
1. Benfeitorias e instalações R$ 861,04 R$ 862,18 R$ 862,40
2. Máquinas e implementos R$ 107,46 R$ 107,46 R$ 107,46
3. Machos reprodutores R$ 9,17 R$ 9,17 R$ 9,17
Subtotal - depreciações R$ 977,67 R$ 978,80 R$ 979,03
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1. Manutenção periódica máquinas e equipamentos R$ 40,33 R$ 42,79 R$ 42,79
2. Encargos sociais R$ 177,00 R$ 177,00 R$ 177,00
Subtotal - outros custos fixos R$ 217,33 R$ 219,79 R$ 219,79
SUBTOTAL CUSTOS FIXOS R$ 1.195,00 R$ 1.198,60 R$ 1.198,82
C - CUSTO OPERACIONAL (A + B) R$ 2.035,79 R$ 2.048,91 R$ 2.059,25
VI - RENDA DE FATORES
1. Remuneração - instalações R$ 166,77 R$ 167,44 R$ 161,57
2. Remuneração - equipamentos R$ 157,37 R$ 157,80 R$ 152,22
3. Remuneração - reprodutores R$ 9,68 R$ 9,71 R$ 9,37
4. Remuneração - capital de giro R$ 97,71 R$ 99,08 R$ 96,72
5. Terra R$ 312,50 R$ 312,50 R$ 312,50
Subtotal - renda de fatores R$ 744,03 R$ 746,53 R$ 732,39
D - CUSTO TOTAL (C + VI) R$ 2.779,81 R$ 2.795,44 R$ 2.791,64
Custo total por cordeiro (cabeça) R$ 165,47 R$ 166,40 R$ 166,17
Custo total por cordeiro (kg vivo) R$ 4,73 R$ 4,75 R$ 4,75
Custo total por cordeiro (kg de carcaça) R$ 10,99 R$ 11,06 R$ 11,04
Índice de custos de produção
do cordeiro paulista
Meses Índice de custos
Dezembro/2011 100,0000
Janeiro/2012 100,4743
Fevereiro/2012 100,3316
Tabela 3 - Índice de custos de produção de cordeiros (ICPC) para
os meses de dezembro de 2011 (mês base) a fevereiro
de 2012, para a região de Campinas
• Necessidade de organização dos dados:
gerar informações que permitam análises
econômicas.
Sistemas de informação
• Software Custare...
o Demanda de produtores e do Laboratório de
Produção de Ovinos e Caprinos (LAPOC) da
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
o Aprofundamento do estudo de custos de
produção e viabilidade econômica de
sistemas de criação.
Sistemas de informação
• Pesquisa Operacional:
o Formulações ótimas de dietas para
terminação de cordeiros,
o Otimização do uso de fatores de produção,
o Otimização do nível de produção.
Otimização e modelagem
matemática
• Efeito da variação dos preços relativos dos
ingredientes sobre o custo de dietas
otimizadas para ovinos em terminação.
• Ingredientes:
o 13 alimentos disponíveis em SP,
o Série de preços de 10 anos.
Otimização e modelagem
matemática
Características dos concentrados gerados
pelo modelo para GMD de 0,300 kg/dia
Ingrediente (g/animal/dia) Períodos de tomadas de preços
1
jun/02 mar/03 jun/05 mar/06 jun/08 mar/09 jun/11
Farelo de trigo (Q1) - - - - - - -
Farelo de algodão (Q2) - - - - - - -
Farelo de arroz (Q3) - - - - - - -
Farelo de soja (Q4) 229,38 220,05 220,05 220,05 220,05 220,05 220,05
Farelo de girassol (Q5) - - - - - - -
Fubá de milho (Q6) - - - - - - -
Milho em grão (Q7) 350,08 328,78 328,78 328,78 328,78 328,78 328,78
Soja em grão (Q8) 305,81 310,72 310,72 310,72 310,72 310,72 310,72
Caroço de algodão (Q9) - 24,75 24,75 24,75 24,75 24,75 24,75
Polpa cítrica (Q10) - - - - - - -
Resíduo de cervejaria (Q11) - - - - - - -
Sorgo em grão (Q12) - - - - - - -
Calcário (Q13) 18,69 19,42 19,42 19,42 19,42 19,42 19,42
Os avanços ainda são bastante modestos em
relação aos desafios...
... Mas como são os desafios que estimulam
o progresso científico!
Agenda bastante farta para os próximos
anos!
Conclusão
• Prof. Dr. Augusto Hauber Gameiro,
• Camila Raineri,
• Carina Simionato de Barros,
• Rinaldo Rodrigues,
• Thayla Stivari,
• Luciano Lagatta,
• Evelyn da Silva Pereira,
• Thiago Inojosa.
Equipe do LAE...
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
Agri BR
“Plano e Estudos econômicos para a construção e implantação de
abatedouros de pequeno porte de bovinos, ovinos, caprinos e suínos,
com base nas Plantas de orientação editadas pelo DIPOA/MAPA”.
São Paulo - 2011
Márcio Caparroz
[email protected] R. Olimpíadas, 205, 4 Andar - Vila Olímpia
04551-000 São Paulo-SP Brasil
Telefone: 011 3728-9226
Cel.: 011 8256-1666
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
“Plano e Estudos econômicos para a construção e implantação de abatedouros de pequeno porte de bovinos, ovinos, caprinos e suínos, com base nas Plantas de orientação editadas pelo DIPOA/MAPA”.
1- Apresentação
O presente estudo está baseado nos requisitos estabelecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio da Nota Técnica: “Carnes submetidas a
Controle Sanitário Oficial – Abastecimento voltado principalmente para cidades de
pequeno porte, no âmbito local ou regional – Plantas de orientação para a construção de
abatedouro de bovinos, ovinos, caprinos e suínos, o que possibilita aos pequenos
municípios, organizados individualmente ou de forma regional, a assumirem seu papel
no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e na adesão ao
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI).1
Registre-se que o presente documento é um estudo inicial, assim como a própria
proposta da planta orientadora, e foi baseado, em preços praticados na região sudeste,
onde se encontram a maior parte das indústrias de equipamentos e serviços para
abatedouros, por isso poderá haver variações nos preços, em função de terreno, fretes e
até mesmo surgirem soluções locais mais em conta.
1 Nota Tecnica abatedouro carnes SISB.pdf
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
2- Introdução
O Desafio da Agricultura Mundial na perspectiva do ano de 2050, segundo a FAO é
produzir mais alimentos e fibras a fim de alimentar uma população crescente, com mão
de obra menor, assim como, mais matéria prima para um mercado de bioenergia
potencialmente grande, e deve contribuir ao desenvolvimento global de vários países em
desenvolvimento que dependem da agricultura, adotar métodos de produção mais
eficazes e sustentáveis e adaptar se às mudanças climáticas.
A experiência de países que alcançaram a redução da fome e da má nutrição demonstra
que o crescimento econômico e as políticas públicas de redução da pobreza por si só
não garantem automaticamente o seu êxito: a fonte de crescimento econômico também
importa. Uma análise feita em vários países mostra que o PIB devido à agricultura é, em
média, pelo menos duas vezes mais benéfico para a metade mais pobre da população de
um país do que o crescimento gerado por outros setores. Esse resultado não surpreende,
uma vez que 75% da população de pobres nos países em desenvolvimento vivem em
zonas rurais e encontra meios de sobrevivência na agricultura e atividades associadas.
A contribuição da agricultura à redução da fome não consiste apenas na produção de
alimentos, mas também na criação de emprego, na geração de renda e ao apoio aos
meios de vida rurais.
Ainda segundo a FAO, a redução da pobreza requer investimentos em âmbitos
diferentes:
1- Investimentos nos setores vinculados ao crescimento da produtividade agrícola,
tais como as infra-estruturas rurais (estradas, portos, energia, armazenamento e
sistemas de irrigação);
2- Investimentos em instituições e ambientes que favoreçam aos agricultores
(pesquisa e serviços de extensão, sistemas de posse da terra, sistemas
veterinários e de controle da inocuidade dos alimentos, seguros e gestão de
riscos) e
3- Investimentos fora do ambiente agrícola para produzir efeitos positivos sobre o
bem-estar humano, particularmente em redes de seguridade específicas em
matéria de alimentos, programas sociais e transferência de recursos financeiros
para os mais necessitados.
Nesse contexto, é responsabilidade primordial dos serviços veterinários governamentais
o controle e a redução dos perigos que ameaçam a saúde pública e a dos animais
mediante a inspeção ante-mortem e post-mortem das carnes.
Tradicionalmente considera-se a carne como veículo de um percentual significativo de
doenças humanas transmitidas por alimentos. A visão sobre as doenças transmitidas
pela carne, de importância em saúde pública, vem se alterando em função das mudanças
nos sistemas produtivos e de preparação. A comprovação deste fato se dá por meio de
estudos, em anos recentes, de vigilância em seres humanos, relacionados a patógenos
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
transmitidos pela carne tais como Escherichia coli O157:H7, Salmonella spp.,
Campylobacter spp e Yersinia enterocolitica. Além dos perigos biológicos, químicos e
físicos existentes, novas ameaças estão surgindo, por exemplo, o agente
da encefalopatia espongiforme bovina (BSE). Além disso, o consumidor tem
expectativas sobre questões de adequação que não são necessariamente importantes para
a saúde humana.
Em nível nacional, as atividades da autoridade competente que tem jurisdição sobre o
matadouro (normalmente administrações veterinárias) perseguem freqüentemente
objetivos relacionados com a sanidade animal e a saúde pública. Isto é o que acontece,
especialmente, no caso da inspeção ante-mortem e post-mortem na qual o matadouro é
um ponto chave na vigilância da sanidade animal, incluindo as zoonoses. È importante
que se conheça essa dualidade de funções independentemente da organização
jurisdicional e que se integrem as atividades pertinentes relacionadas com a saúde
pública e sanidade animal.
Nesse contexto, há que se buscar mecanismos de fortalecer e/ou viabilizar o Sistema
Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI) componente do Sistema
Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), organizado pelo Decreto
5.74, de 30 de março de 2006 que regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da Lei
9.712, de 20 de novembro de 1998.
3- Objetivos
O presente estudo visa dar uma noção dos preços praticados na construção de
estabelecimentos de abate de pequeno porte (bovinos, ovinos, caprinos e suínos),
baseado na planta de orientação editada pelo DIPOA, com o propósito de apoiar e
incentivar empreendimentos privados ou públicos no setor do suprimento de carnes
sanitariamente controldas, dando oportunidade a esses empreendimentos de serem
integrados ao SISBI, na dependência de medidas complementares de responsabilidade
das administrações municipais ou estaduais das regiões envolvidas.
4- Contextualização
Muitos municípios brasileiros não possuem um Serviço de Inspeção Sanitária de
Produtos de Origem Animal organizado, isto é, a inspeção sanitária não é realizada na
maioria dos municípios em nosso país.
O consumo de carne vermelha no Brasil tem despertado mais atenção nos últimos
tempos, com ampla discussão na sociedade organizada sobre a qualidade dos produtos
disponíveis no mercado. A mídia veicula reportagens com denúncias e aberrações
assustadoras de doenças, com foco preferencial na clandestinidade e no descontrole
sanitário de boa parte dos matadouros privados ou mantidos por prefeituras municipais,
evidenciando o desrespeito a regras básicas de higiene (ALENCAR, 2007).
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
O mercado globalizado impôs uma nova realidade à economia levando a uma
competitividade crescente entre as empresas, dentre as quais, a que aperfeiçoar seus
processos reduzindo custos e melhorando a qualidade e a segurança de seus produtos,
conquista a preferência do consumidor (SIMBALISTA, 2000).
Existe uma preocupação constante das empresas em tornar os processos cada vez mais
preventivos e menos corretivos, tendência verificada a partir da década de 1980, quando
se descobriu que os sistemas tradicionais de inspeção e controle de qualidade dos
alimentos eram falhos. Havia também a necessidade de racionalizar recursos e
aperfeiçoar processos, procurando se aproximar ou se igualar aos mecanismos de
controle reconhecidos internacionalmente (SIMBALISTA, 2000).
Mais da metade da carne consumida sem controle sanitário no Brasil sai de abatedouros
clandestinos. Maus hábitos de compra por parte do consumidor, aliados à falta de
fiscalização e à alta sonegação fiscal, reforçam o quadro negativo e a preocupação com
a saúde pública (REVISTA NACIONAL DA CARNE, 1996).
Entendem-se como maus hábitos de consumo a pouca importância dada às marcas e a
opção por estabelecimentos sem qualquer condição de garantir a qualidade do produto
(ausência de refrigeração e higiene, por exemplo). O baixo investimento dos pequenos
abatedouros acaba por estimular a clandestinidade e reduz a praticamente à zero sua
eficiência técnica – produtiva (REVISTA NACIONAL DA CARNE, 1996).
O SISBI/SUASA foi criado para corrigir discrepâncias no processo de inspeção de
produtos de origem animal e representa a solução para a reestruturação dos Serviços de
Inspeção Municipais, Estaduais e Distrital, com a finalidade de contribuir para a
sanidade animal e a inocuidade dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar
animal, a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento econômico de
pequenos produtores.
Os Municípios, Estados e o Distrito Federal podem solicitar, a equivalência dos seus
serviços de inspeção com o Sistema Coordenador do SISBI, MAPA. Para obtê-la, estes
precisam comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos
produtos de origem animal com os mesmos critérios técnicos utilizados e estabelecidos
pelo MAPA (instância central) e assim, poderão realizar o comércio de seus produtos
em todo o território nacional.
O SISBI/SUASA foi criado para corrigir discrepâncias no processo de inspeção de
produtos de origem animal e representa a solução para a reestruturação dos Serviços de
Inspeção Municipais, Estaduais e Distrital, com a finalidade de contribuir para a
sanidade animal e a inocuidade dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar
animal, a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento econômico de
pequenos produtores.
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Os Municípios, Estados e o Distrito Federal podem solicitar, a equivalência dos seus
serviços de inspeção com o Sistema Coordenador do SISBI, MAPA. Para obtê-la, estes
precisam comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos
produtos de origem animal com os mesmos critérios técnicos utilizados e estabelecidos
pelo MAPA (instância central) e assim, poderão realizar o comércio de seus produtos
em todo o território nacional.
5- Bases técnicas e legais
Segundo o documento da EMBRAPA Gado de Corte, 2009, “Conhecendo a carne que
você consome”, Definir "qualidade da carne bovina" é bastante complicado, pois como
qualidade pode-se entender o conjunto de atributos que satisfaz as necessidades do
consumidor, chegando a ultrapassar as suas expectativas iniciais. O produto cuja
qualidade apenas satisfaz as necessidades encontra sempre competidores que oferecem
"algo mais".
Não basta, portanto, conhecer bem o produto; é preciso conhecer as expectativas do
consumidor. Nesse caso, o conceito de qualidade é variável e dependente do mercado,
envolvendo aspectos culturais e econômicos.
Para ter qualidade, uma carne deve atender aos aspectos: visual (influir na decisão de
compra pelo consumidor), organoléptico (satisfação em comer a carne), nutricional
(oferecer o que o corpo humano precisa ou deseja) e de segurança (ter sido higiênica e
sanitariamente obtida, ou seja, não causar doenças).
Em síntese, a carne de "ótima qualidade" é aquela que atrai o consumidor (apresenta cor
atraente, pouca gordura, frescor e pouco suco na embalagem), que é macia, suculenta e
saborosa quando consumida, que tem alto valor protéico e uma baixa densidade calórica
e que seja livre de microorganismos patogênicos e resíduos químicos e que apresente
baixa contagem de microorganismos deterioradores.
O fato de o consumidor encontrar, no mercado, carne em quantidade, qualidade e a
preço acessível não garante sua satisfação final. Tudo pode ser perdido caso o método
de cocção não seja apropriado.
Em resumo, a carne só terá qualidade no momento de consumo se todos os elos da
cadeia produtiva forem conscientizados de que a qualidade forma-se em todos os
ambientes: o produtor deve abater animais jovens e bem acabados; o frigorífico deve
abater e processar de forma adequada; o ponto de venda deve embalar, conservar e
expor apropriadamente, e, por último, porém não menos importante, o consumidor deve
preparar cada corte da maneira mais adequada.
Para melhorar a distribuição e comercialização de carnes bovinas no Brasil, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu as Portarias 304/96 e
145/98 que estabelecem:
1. A temperatura da carne comercializada não pode passar de 7º C;
2. O produto deve estar embalado e identificado com carimbos oficiais e em cortes
padronizados (BRASIL, 1969, Portaria nº 304).
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3. A carne para venda no varejo já deve estar desossada, fracionada, devidamente
embalada e identificada (BRASIL, 1998, Portaria nº 145).
Desta forma, o consumidor final tem como identificar a procedência da carne com a
certeza de ser um produto inspecionado. No caso da caren de origem clandestina
começa um problema que persiste até o final da cadeia de produção: aspectos essenciais
de conservação e higiene são deixados de lado, negando ao consumidor o direito a
produtos de qualidade. Carne inspecionada é garantia de qualidade para o consumidor
final (ALENCAR, 2007).
Nas pequenas indústrias, ainda é preciso resolver questões importantes relativas à
aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF). Nas médias e grandes empresas do
ramo ocorrem, também, deficiências de qualidade tecnológica e baixa disseminação
(APPCC) da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (BRANDIMARTI,
1999).
Em relação aos abatedouros de pequeno porte, a Nota Técnica, do DIPOA/SDA/MAPA
chama a atenção para aspectos envolvidos na implantação, administração e operação
dos estabelecimentos de abate de pequeno porte sejam eles municipais ou privados que
exigem vontade política, legislação e estruturas adequadas.
A referida Nota Técnica ressalta ainda: “além dos problemas vinculados ao
abastecimento de carnes e outros de natureza econômica, essa categoria de
empreendimento envolve relações muito fortes com questões da maior importância para
o país e para a sociedade em geral, a saber:
a) Saúde Publica (controle sanitário oficial, incluindo inspeção ante-mortem e post-
mortem, condições higiênico-sanitárias das operações e das instalações e
equipamentos, abastecimento de água, conservação e transporte dos produtos).
Além das doenças transmitidas por alimentos, em estabelecimentos de pequeno porte
existe uma particularidade em relação à qualidade dos animais encaminhados para o
abate.
No caso dos pequenos abatedouros há, como agravante, uma particularidade que deve
ser enfatizada: trata-se da qualidade da maioria dos animais encaminhados para abate.
São em grande parte animais de descarte, particularmente vacas e machos adultos
(marrucos, bois erados, etc.), eliminados do rebanho em boa parte por idade avançada
com a finalização da vida produtiva e declínio natural das condições de saúde e
nutrição, por baixa fertilidade, inclusive por brucelose, mastites e metrites e outros
problemas. O estado de saúde desses animais, abatidos em estabelecimento operando
sem inspeção sanitária, implica em enorme risco para a saúde dos consumidores e, por
outro lado, quando a atividade é submetida a um controle sanitário oficial eficaz, como
deve ou deveria ser, redunda em grande número de condenações, condição bastante
problemática de enfrentar em abatedouros não apropriadamente equipados, acarretando,
ademais, grandes dificuldades econômicas para o empreendimento.
b) Saúde animal - Problemas decorrentes da dificuldade ou impossibilidade do
controle de:
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• Disseminação de doenças, em face da ausência de inspeção eficaz e destinação
apropriada de carcaças e partes condenadas e dos resíduos oriundos do abate.
• Movimentação de animais e seus produtos.
• Eventuais programas especiais voltados para a área de saúde animal.
• Efluentes (águas residuais).
• Veículos transportadores de animais (Lavagem e desinfecção).
c) Meio ambiente - Problemas decorrentes da dificuldade ou impossibilidade do
controle de:
• Destinação adequada de gordura, sangue, fezes, conteúdo ruminal (estrume e outros
resíduos do abate).
• Tratamento dos efluentes para prevenir a poluição do ambiente, principalmente de rios
e lagoas.
• Emissão de odores.
O SUASA/SISBI, como dito anteriormente, foi criado para corrigir essas discrepâncias
no processo de inspeção de produtos de origem animal em todo o país e, representa a
solução para a reestruturação dos Serviços de Inspeção Municipais, Estaduais e do
Distrito Federal, com a finalidade de contribuir para a sanidade animal e a inocuidade
dos alimentos, a segurança alimentar, o bem estar animal, a preservação do meio
ambiente e para o desenvolvimento econômico de pequenos produtores.
O SISBI adota o principio universal da equivalência, com regras claras e bem definidas
sobre as obrigações a serem cumpridas pelos serviços oficiais de inspeção, bem como
os estabelecimentos candidatos à adesão. O conjunto de dispositivos legais que ampara
as decisões relacionadas aos procedimentos de adesão é composto por Leis, Decretos e
Legislação complementar, abaixo discriminado:
1- Lei no
7.889, de 23 de novembro de 1989 – Dispõe sobre a inspeção sanitária e
industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências.
2- Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991 – Dispõe sobre a política agrícola.
3- Lei no 9.712, de 20 de novembro de 1998 – Altera a Lei no 8.171, de 17 de janeiro
de 1991, acrescentando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária.
4- Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006 - Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-
A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências.
5- Instrução Normativa no 19, de 24 de julho de 2006 – Estabelece os requisitos para
adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, individualmente ou por
meio de consórcios, ao Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária,
integrado pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal,
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Sistema Brasileiro
de Inspeção de Insumos Agrícolas e Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos
Pecuários, na forma dos Anexos I,II,III e IV. (REVOGADA pela IN 36, de 20 de
julho de 2011.)
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6- Circular DIPOA/SDA/MAPA no52, de 20 de dezembro de 2006 – Padroniza os
procedimentos para analise de processos para adesão ao Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal / SUASA.
7- Instrução Normativa no36, de 20 de julho de 2011 – Estabelece os requisitos para
adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, individualmente ou por
meio de consórcios, ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,
integrado pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, em
sua forma.
8- Nota Técnica, de 20 de janeiro de 2011. Nota Técnica abatedouro carnes SISBI
6- Conceitos
1- Abatedouro (matadouro, matadouro-frigorífico), baseado no Art. 21 do
RIISPOA Brasil, 1952:
§ 1º - Entende-se por "matadouro-frigorífico" o estabelecimento dotado de instalações
completas e equipamentos adequados para o abate, manipulação, elaboração, preparo e
conservação das espécies de açougue sob variadas formas, com aproveitamento
completo, racional e perfeito, de subprodutos não comestíveis; possuirá instalações de
frio industrial.
§ 2º - Entende-se por "matadouro" o estabelecimento dotado de instalações adequadas
para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne
em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização;
disporá obrigatoriamente, de instalações e aparelhagem para o aproveitamento completo
e perfeito de todas as matérias-primas e preparo de subprodutos não comestíveis.
Entende-se por “abatedouro” o mesmo que “matadouro”, sendo uma termologia mais
leve e mais humanitária que “matadouro”, sendo a definição usada para animais com
menos de 60 kg de peso vivo (CASTILHO, 2008).
2- Atividade Clandestina - Toda atividade que envolva qualquer uma das etapas
de abate, manipulação, transformação, elaboração, preparo, conservação, embalagem,
acondicionamento, estocagem, rotulagem ou expedição de quaisquer produtos de
origem animal sem prévio registro no órgão competente para inspeção e fiscalização de
sua atividade.
3- Equivalência - Capacidade de diferentes serviços de inspeção e certificação
atingirem os mesmos objetivos.
4- Equivalência de Medidas Sanitárias - É o estado no qual as medidas sanitárias
aplicadas por um Serviço de Inspeção, ainda que não sejam iguais às medidas aplicadas
por outro Serviço de Inspeção, garantam o nível de proteção sanitária definido pelo
Serviço de Inspeção Coordenador.
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5- Medidas Sanitárias - Todas as medidas aplicadas para assegurar a saúde da
população dos riscos resultantes da presença de aditivos, contaminantes, toxinas ou
organismos patogênicos nos alimentos, dos riscos procedentes de enfermidades
transmitidas pelos alimentos de origem animal e seus derivados ou de quaisquer outros
riscos que surjam de perigos presentes nos alimentos.
As medidas sanitárias incluem toda a legislação, requisitos e procedimentos pertinentes,
critérios relativos ao produto final; processos e métodos de produção; procedimentos de
análises, inspeção, certificação e aprovação; disposições referentes a métodos
estatísticos pertinentes, procedimentos de amostragem, métodos de avaliação de riscos;
requisitos de embalagem e rotulagem diretamente relacionados com a inocuidade dos
alimentos.
6- Serviços de Inspeção - Serviço público oficial instituído pelo órgão Federal,
Distrital, Estadual ou Municipal responsável pela inspeção higiênico-sanitária e
tecnológica de produtos de origem animal.
7- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários –
SISBI - Sistema integrante do SUASA que tem por objetivo inspecionar e fiscalizar os
produtos de origem animal e vegetal e os insumos agropecuários.
8- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI/POA -
Sistema integrante do SUASA que tem por objetivo inspecionar e fiscalizar os produtos de
origem animal.
9- Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA - Sistema
organizado sob a coordenação do Poder Público nas várias instâncias federativas, no âmbito de
sua competência, incluindo o controle de atividades de saúde, sanidade, inspeção, fiscalização,
educação, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e
vegetal.
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7- Considerações sobre a Implantação de Estabelecimentos de Abate
7.1 - Planejamento inicial
De acordo com a Nota Técnica abatedouro carnes SISBI, é necessário que todos os
segmentos envolvidos nos processo, quer públicos ou privados, estejam conscientes de
que a construção de estabelecimentos de acordo com as plantas sugeridas pelo MAPA-
DIPOA não são independentes e suficientes para que a localidade / região tenha
garantia do abastecimento de carne dentro dos padrões de inocuidade. È necessário que
os estabelecimentos a serem construídos, além de equipados e construídos
adequadamente, sejam operados e mantidos seguindo os padrões higiênico-sanitarios e
que o Serviço de Inspeção da localidade assuma suas responsabilidades.
7.2 – Viabilidade
Faz parte do planejamento de qualquer atividade econômica o Estudo de Viabilidade
Econômico e Financeiro (EVEF) que tem como objetivo avaliar o plano de
investimento a ser realizado, demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do projeto,
considerando as atividades, a oferta de matéria-prima (animais para abate) e a demanda
do mercado.
7.3 – Localização e abrangência do estabelecimento
Deve-se considerar, também, a área de abrangência de acordo com as características da
localidade / região (número de habitantes, núcleos urbanos a serem atendidos, densidade
populacional, etc.), bem como a existência de estabelecimentos similares na região, o
que certamente levaria à falta de matéria prima.
7.4 – Equipe técnica e funcionários
Para que as operações e processos, em um estabelecimento de abate, ainda que de
pequeno porte, sejam conduzidos de forma adequada é necessário que todos estejam
treinados e aptos à sua execução. Este componente deve ser considerado quando do
planejamento, o plano de capacitação de funcionários em sua admissão, bem como de
atualização periódica. É ainda recomendado que esta equipe seja permanente e não
represente conflitos de interesses.
7.5 - Projeto de Construção Civil (com base na planta de orientação)
A Nota Técnica MAPA-DIPOA esclarece ainda que os projetos de construção civil
desses estabelecimentos, com base nas plantas orientadoras, podem sofrer ajustes para
adaptação às condições locais e aos propósitos dos empreendedores.
Adicionalmente o estabelecimento deverá ainda cumprir todos os requisitos
estabelecidos para a construção e o seu funcionamento, como:
- Aprovação previa do projeto junto ao órgão de inspeção sanitária, conforme o âmbito
de comercialização pretendido;
- Atendimento aos códigos de posturas municipais e estaduais, dispositivos relacionados
à saúde publica e ao controle do exercício profissional, exigências quanto ao meio
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ambiente (emissão de odores, resíduos sólidos e líquidos: tratamento e destinação),
aproveitamento adequado de resíduos do abate (sangue, materiais condenados pela
inspeção, gordura, cerdas, etc.) e de quaisquer outras disposições referentes a
construção e ao funcionamento dessa categoria de estabelecimento.
Lembra ainda, que as plantas fornecidas são apenas modelos de orientação, não se
constituindo em desenhos de execução. Assim, o projeto deve contemplar todos os itens
de um projeto de construção civil: projeto de execução, memoriais de construção, com
especificações técnicas, plantas de localização, instalações hidráulicas, elétricas,
sanitárias com as características dos equipamentos, etc., e estejam devidamente
assinados e sob a responsabilidade de profissionais habilitados da área de engenharia ou
arquitetura.
7.6 - Recomendações técnicas quanto à construção propriamente dita:
a) Ventilação e iluminação: todas as dependências devem ser bem iluminadas e
ventiladas. O fluxo da ventilação deve ser em direção oposta aquela do fluxo dos
produtos.
b) Paredes: as paredes devem ser impermeabilizadas com material resistente e de
cor clara.
c) Teto: O forro e dispensável, recomendando-se o emprego de estrutura metálica e
vedação para prevenir o acesso de pragas.
d) Piso: deve ser impermeável e resistente, de modo a facilitar a higienização, e
construído de forma a permitir uma boa drenagem.
e) Trilhagem aérea: a altura da trilhagem aérea em relação ao piso, em todo o seu
percurso, devera ser suficiente para garantir uma distância segura entre as
carcaças e o piso.
f) Câmeras de resfriamento de carcaças: o distanciamento entre os trilhos paralelos
nas câmeras de resfriamento devera ser suficiente para impedir o contato entre as
carcaças, devendo-se considerar, no caso dos suínos, o sistema utilizado para
suspensão (balancins ou ganchos para cada meia carcaças).
g) Equipamentos: os equipamentos devem ser construídos em materiais resistentes
a corrosão, com acabamento sanitário (de fácil higienização), sendo que as
superfícies que entram em contato com produtos comestíveis devem ser
preferencialmente de aço inoxidável.
h) Equipamentos - Manufatura: recomenda-se que os responsáveis pelo projeto se
assegurem quanto a capacidade técnica dos fornecedores relativamente as
características de funcionalidade e resistência dos equipamentos em geral e
particularmente daqueles a serem utilizados nas \ operações de abate.
i) Localização dos equipamentos - deve ser previsto distanciamento adequado
entre o trilhamento aéreo (e de sua projeção vertical), e plataformas, mesas,
demais equipamentos e quaisquer estruturas, incluindo paredes e colunas, de
modo a evitar o contato destes com as carcaças.
j) Currais, pocilgas, apriscos e respectivos corredores: o piso deve ser
impermeável, resistente, com superfície antiderrapante, de fácil higienização e
declividade apropriada para escoamento das águas. As cercas devem ser
preferentemente metálicas (tubos galvanizados).
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7.7 – Instalações e equipamentos:
Nos atos normativos do MAPA-DIPOA, entende-se por INSTALAÇOES, o setor da
construção civil da sala de matança, dos currais e seus anexos, incluindo também o
conjunto sanitário, sistemas de águas e esgoto, vapor, e etc. e por EQUIPAMENTOS,
a maquinaria, plataformas metálicas, mesas e demais utensílios e apetrechos utilizados
nos trabalhos de abate.
7.8 – Licenças e Autorizações necessárias (referência: Estado de São Paulo):
1- Organismos Municipais;
2- Órgão Estadual de Controle Ambiental: Licenças ambientais;
3- Certificados de Destinação de Resíduos Sólidos Industriais (CADRI – unidades
localizadas no Estado de São Paulo)
4- Manifesto de resíduos sólidos;
5- Outorga para uso de recursos hídricos (captação e lançamento de efluentes);
6- Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros – AVCB;
7- Licença e Relação de produtos químicos perigosos e controlados utilizados na
indústria (Exército e Polícia Federal);
8- Cadastro técnico de atividade potencialmente poluidora no IBAMA;
9- Inventários de emissões atmosféricas e/ou relatórios de monitoramento das
emissões (incluindo odor e ruído);
10- Inventário dos resíduos sólidos gerados e locais de disposição final / tratamento
dos locais de disposição dos resíduos Classe I – Perigosos; Contratos com
terceiros para transporte e disposição final desses resíduos;
11- Dados sobre a existência de transformadores, capacitores e estoques de óleo
dielétrico contendo PCB‟s (Ascarel) e o relatório de inspeção;
12- Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/ RIMA), Avaliações
Ambientais, dentre outros;
7.9 - Terreno
O terreno a ser escolhido para a construção do estabelecimento deve permitir a completa
instalação de todas as dependências do abatedouro, se possível fornecendo dois acessos,
uma para a entrada dos animais e a outro para a saída dos produtos acabados.
É muito importante que o local escolhido para a construção do abatedouro seja servido
por água em quantidade suficiente às operações e de boa qualidade para a limpeza e
lavagem das carcaças. Calcula-se um consumo de cerca de 500 litros por suíno e 800
litros por bovino abatido, incluindo-se lavagem de caminhões, pátios, currais e pocilgas
(MAPA, SDA, DIPOA, Brasil, 2007).
Um ponto muito importante que dependerá de investimentos consideráveis é a
implantação das redes de esgoto e da estação de tratamento de efluentes capazes de
suportar toda a carga residual do abatedouro. Para abatedouros de pequeno porte, até 15
abates/dia, o gradeamento, caixas de gordura ou valas de oxidação são suficientes.
Abatedouros maiores, entretanto, requerem o uso de tratamento prévio de efluentes
industriais, com lagoa de oxidação, lodos ativados ou biodigestores, antes de serem
lançados às redes (ALENCAR, 2007).
Se houver o aproveitamento do sangue dos animais abatidos, além de se obter mais um
subproduto, haverá a contribuição da empresa para minimizar a poluição, diminuindo a
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carga poluente nas etapas de tratamento dos efluentes, proporcionando custos menores a
este tratamento e evitando futuros problemas legais e ambientais (XAVIER, 2008).
Outro ponto a ser considerado com relação à posição do terreno é a sua localização, que
seja de preferência na zona rural, pois próximo às cidades há problemas em relação à
produção de odores fortes e não muito agradáveis à população, que quando levados
pelos ventos, podem motivar transtornos e reclamações para quem vai investir nesta
área. Para amenizar este problema árvores de cheiro agradável (eucalipto, citrodoros)
podem servir de barreiras e amenizar o problema, devendo assim ser plantadas ao redor
de todo o terreno (ALENCAR, 2007).
A área escolhida deve ser servida por energia elétrica, com potência suficiente para
atender à iluminação interna e externa do abatedouro, além do funcionamento das
máquinas, bombas, equipamentos e caldeira, caso ela seja movida por energia elétrica.
O terreno deve ser plano, seco, livre de enxurradas, próximo a vias de acesso fácil e
dotado de rede rodoviária que facilite o escoamento da produção. Se possível, o terreno
deve atender a futuros projetos de expansão (ALENCAR, 2007).
Na construção do abatedouro deve-se observar a predominância dos ventos, evitando
que o corpo do matadouro fique em posição posterior aos currais de espera e das lagoas
de tratamento dos efluentes, a fim de evitar os odores provenientes destes setores. São
necessárias as seguintes informações e análises:
1- Análise de qualidade do solo, das águas subterrâneas e superficiais;
2- Perfil geológico de poços de captação de águas subterrâneas (perfil construtivo);
3- Método construtivo e localização de fossas sépticas;
4- Localização de tanques enterrados ou superficiais, contendo insumos ou
matérias-primas, de preferência listando: produtos armazenados, volume dos
tanques, data de reformas, idade dos tanques e tempo de uso;
5- Resultados de teste de estanqueidade efetuados nos tanques subterrâneos;
7.10 - Instalações, Fluxogramas e Plantas Descritivas:
Na construção de um abatedouro deve ser observado as Normas Relativas e as
Condições Gerais para Funcionamento dos Pequenos e Médios Matadouros a que se
refere o Art. 2º do Decreto nº 94.554, de 07 de julho de 1987, que dispõe sobre
Estímulos à Construção e Reaparelhamento de Pequenos e Médios Matadouros e sua
Fiscalização.
Todas as instalações e os equipamentos de um abatedouro precisam oferecer segurança
ao pessoal encarregado do manejo e serem apropriadas para o abate dos animais. Se
houver deficiências, a qualidade da carne fica comprometida. Um mau exemplo é deixar
pontas afiadas por onde os animais passam. Elas podem ferir os suínos ou bovinos,
abrindo caminho para a entrada de microrganismos causadores de doenças (ALENCAR,
2007).
As normas técnicas recomendam paredes lisas no curral e no embarcadouro, para evitar
que os animais se machuquem (ABCZ, 2003). São necessárias as seguintes descrições:
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1- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno; Planta Baixa,
Cortes e Fachadas de todas as edificações;
2- Layout geral das unidades industriais – com identificação de máquinas e
equipamentos;
3- Layout do encaminhamento das redes de drenagem das águas pluviais, águas
servidas (efluente industrial e esgoto doméstico) e água de abastecimento da
indústria;
4- Layout da Estação de Tratamento de Água;
5- “layout” da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos;
6- Fluxograma dos processos produtivos (matérias-primas, efluentes líquidos e
resíduos sólidos gerados e emissões atmosféricas).
7.11 – Construção Civil
As instalações necessárias para o trabalho de abate e processamento das carnes podem
ser simples, com alguns ambientes distintos. As obras civis definidas para a
operacionalização do abatedouro devem prever:
1- Sala de matança e instalações frigoríficas;
2- Sala de subprodutos, como: triparia, miúdos, couro, mocotós e outros
3- Administração, com banheiros e vestiários;
4- Serviço de inspeção;
5- Área para higiene de carretilhas;
6- Casa de máquinas;
7- Casa de caldeira;
8- Graxaria.
9- Áreas de espera: pocilgas (com 1,4 m por suíno) e currais com 2,5 m por
bovinos.
As pocilgas e os currais devem estar localizados de maneira que os ventos
predominantes não levem em direção ao estabelecimento poeiras ou emanações; devem,
ainda, estar afastados não menos de 80 m (oitenta metros) das dependências onde se
elaboram produtos comestíveis e isolados dos varais de charque por edificações
(BRASIL, 1952, Art. 34-7 do RIISPOA). A concepção das instalações deve levar em
conta também:
1- Currais e pocilgas com bebedouros, capazes de saciar a sede, simultaneamente,
de pelo menos 30% do plantel;
2- Acesso ao prédio principal através de corredores isolados para cada tipo de
animal, desembocando em seringas situadas imediatamente antes dos boxes de
insensibilização e atordoamento;
3- Prédio principal (sala de matança e seção de subprodutos) em alvenaria,
respeitando as exigências das leis federais e ou estaduais, com paredes
impermeabilizadas (azulejos, gressit ou outro material de fácil limpeza) até dois
metros de altura. Acima desta altura, pintura com tinta látex. São recomendados
encontros arredondados entre as paredes e os pisos para evitar o acúmulo de
sujeiras nestes locais;
4- Áreas de sangria construídas em alvenaria, revestidas com material
impermeabilizante e com um bom sistema de esgoto;
5- Janelas com área equivalente a um quinto da área do piso, dando preferência a
paredes e tetos brancos, para permitir a utilização máxima da iluminação natural,
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instaladas a dois metros do chão com parapeito chanfrado, o que impede o
armazenamento de objetos no local. Telas mosquiteiro evitam a entrada de
insetos;
6- Um bom sistema de iluminação artificial com lâmpadas fluorescentes capazes de
fornecer no mínimo 300 lux na sala de manipulação e 500 lux na sala de
inspeção em horários com menor luminosidade natural e estas devem ser
protegidas evitando o estilhaçamento em caso de quebra;
7- Instalações elétricas bem dimensionadas, dotadas de circuitos independentes
para as máquinas com potência acima de 1.500 watts;
8- Piso de korodur ou outro material antiderrapante aprovado pelo serviço de
inspeção;
9- Teto da sala de matança em telhas de fibrocimento inteiriças; na seção de
subprodutos teto de laje pré-moldada ou concreto;
10- Paredes das câmaras frigoríficas isoladas com material apropriado e
impermeabilizadas com resina kresil;
11- Pisos do curral e da pocilga e de seus anexos revestidos e impermeabilizados
com cimento, sempre com declividade de 1,5% a 3% para facilitar o escoamento
de resíduos.
12- Todos os itens acima citados estão de acordo com a legislação federal (BRASIL,
1952, RIISPOA).
7.12 - Equipamentos
EQUIPAMENTOS correspondem à maquinaria, plataformas metálicas, mesas e demais
utensílios e apetrechos utilizados nos trabalhos de matança.
Abaixo estão relacionados alguns equipamentos necessários para a montagem de um
abatedouro:
* Ainda no curral e na pocilga, para um melhor controle dos animais, deve-se fazer uma
marcação com ferro quente;
* Box de atordoamento;
* Insensibilizador pneumático para bovinos;
* Insensibilizador elétrico para suínos;
* Grade de vômito (fica ao lado do Box de atordoamento);
* Carretilhas, ganchos, balancins e correntes para o trabalho de inspeção e
movimentação das carcaças;
* Mesas de inox, para evisceração dos animais e para o trabalho do serviço de inspeção;
* Três tipos de serras: Uma para retirar os chifres dos bovinos
Uma para serrar o peito
Uma para serrar a carcaça
* Guinchos elétricos ou mecânicos (talhas): para suspensão dos animais, como também
para retirada da pele de bovinos e para transpasse; * Trilhos aéreos que vão da área de vômito (no caso de bovinos), e da área de
insensibilização (no caso de suínos) até a área de expedição ou até a câmara frigorífica;
* Tanques de escaldagem e máquinas depiladoras para suínos;
* Mesa de retocagem após a depilação no caso de suínos;
* Rolete (cilindro que serve de guia para a retirada da pele do bovino);
* Lavadouro fixo em aço inox para lavagem de cabeças de bovinos, para uso do serviço
de inspeção;
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* Carrinhos de aço inox, tipo caçamba para transportes de órgãos retirados dos animais
ou outras partes como mocotós, chifres, buchos miúdos e outros;
* Depósito em aço inox para recolher conteúdo da vesícula biliar;
* Plataformas de trabalho:
Uma para esfola, remoção de mocotós e oclusão do reto,
Uma para evisceração,
Uma para serragem das meias-carcaças,
Uma para inspeção e toalete final
* Lança-chamas a gás com haste comprida (completar a depilação),
* Balança mecânica ou digital para pesagem das carcaças,
* Sistema de aquecimento de água por caldeira para produzir vapor,
* Esterilizadores de facas,
* Esterilizadores de serras,
* Lavatórios individuais de mãos,
* Misturadores de água e vapor
* Facas de sangria e evisceração,
* Fuzis,
* Ganchos de inspeção e de movimentação “S”,
* Lavador individual de botas,
* Lavatórios de mãos, braços e antebraços,
* Porta guilhotina para bovinos e suínos,
* Porta para box de atordoamento,
* Chuveiro de aspersão (conjunto),
* Ralo duplo para sangue,
* Saca-rolha,
* Calha para buchos,
* Maquina para lavagem das carcaças,
* Maquina para lavagem dos currais e pocilgas.
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Figure 1- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno; Planta Baixa
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Figure 2- Projeto de Implantação das edificações e instalações no terreno;
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Figure 3- Projeto de Implantação das edificações Cortes e Fachadas de todas as edificações
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Figure 4 – Corte de fachada e Planta baixa da área dos Escritórios e Anexo.
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O Abatedouro para ser registrado no SIF, deverá possuir três áreas distintas:
I – ZONA SUJA;
II – ZONA LIMPA;
III – ANEXOS.
Compõem a ZONA SUJA: a) Linha da sala de abate
b) Outras
a) Linha da sala de abate:
Box de insensibilização de animais;
Trilhagens de suspensão ou içamento e de matança;
Área de vômito;
Canaletas de sangria;
Área de esfola e excisão de patas e cabeças;
b) Outras:
Currais de matança e observação;
Corredores de matança;
Banheiros de aspersão;
Rampas de acesso à matança;
Área de higienização de carretilhas;
Área de bucharia suja e triparia;
Rampa de lavagem e desinfecção de veículo.
Compõem a ZONA LIMPA: a) Linha da sala de abate
b) Outras
a) Linha da sala de abate:
Área de abertura da cavidade abdominal e torácica;
Área de limpeza e inspeção de cabeças;
Área de evisceração alta;
Área de evisceração baixa;
Área de serragem de carcaças;
Área de inspeção final de carcaças;
Departamento de Inspeção Final – DIF;
Área de lavagem de meias-carcaças;
Instalações frigoríficas;
Área de expedição.
b) Outras:
Sala de vísceras vermelhas;
Área de bucharia limpa;
Sala de beneficiamento de tripas;
Compõem os ANEXOS:
Setor de condenados;
Depósito de peles, cerdas, patas e chifres;
Caldeira;
Graxaria;
Almoxarifado;
Veículos transportadores.
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O Abatedouro para ser registrado no SIF, deverá possuir três áreas distintas:
I – ZONA SUJA;
II – ZONA LIMPA;
III – ANEXOS.
Compõem a ZONA SUJA: a) Linha da sala de abate
b) Outras
a) Linha da sala de abate:
Box de insensibilização de animais;
Trilhagens de suspensão ou içamento e de matança;
Canaletas de sangria;
Área de escaldagem e depilação dos suínos;
Área de “toilette” da depilação;
b) Outras:
Pocilgas de chegada, observação e matança;
Corredores de matança;
Banheiros de aspersão;
Rampas de acesso à matança;
Área de higienização de carretilhas;
Área de triparia suja;
Rampa de lavagem e desinfecção de veículo.
Compõem a ZONA LIMPA: a) Linha da sala de abate
b) Outras
a) Linha da sala de abate:
Área de abertura da cavidade abdominal e torácica;
Área de limpeza e inspeção de cabeças;
Área de evisceração;
Área de serragem de carcaças;
Área de inspeção final de carcaças;
Departamento de Inspeção Final – DIF;
Área de lavagem de meia-carcaças;
Instalações frigoríficas;
Área de expedição.
b) Outras:
Sala de vísceras vermelhas;
Sala de beneficiamento de tripas.
Compõem os ANEXOS:
Setor de condenados;
Depósito de cerdas;
Caldeira;
Graxaria;
Almoxarifado;
Veículos transportadores;
Outras dependências opcionais.
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3- Abate de Caprinos e Ovinos
RECEPÇÃO
JEJUM / DIETA HÍDRICA
CHUVEIRO
INSENSIBILIZAÇAO
PENDURA
ISOLAMENTO DO ANUS
RETIRADA DA BOLSA
ESCROTAL
EVISCERAÇAO
RETIRADA DA CABEÇA E
PÉS
INSPEÇAO DAS VISCERAS
RESFRIAMENTO
CORTES
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9- Consumo de Água
A água que será consumida no matadouro deve atender as exigências dos padrões
sanitários que as Portarias da CONAMA nº 20 e 357, como também a Portaria nº 518 do
Ministério da Saúde e o Decreto nº 8.468 de 8 de setembro de 1976, prevêem.
Padrões de higiene das autoridades sanitárias em áreas críticas dos abatedouros resultam
no uso de grande quantidade de água. Os principais usos de água são para:
• Consumo animal e lavagem dos animais;
• Lavagem dos caminhões;
• Escaldagem e “toilette”, para suínos;
• Lavagem de carcaças, vísceras e intestinos;
• Movimentação de subprodutos e resíduos;
• Limpeza e esterilização de facas e equipamentos;
• Limpeza de pisos, paredes, equipamentos e bancadas;
• Geração de vapor;
• Resfriamento de compressores.
O principal fator que afeta o volume de água consumido são as práticas de lavagem. Em
geral, plantas para exportação têm práticas de higiene mais rigorosas. Quanto à
qualidade, os regulamentos sanitários exigem o uso de água fresca e potável, com níveis
mínimos de cloro livre residual, para quase todas as operações de lavagem e enxágüe.
(MAPA, SDA, DIPOA, Brasil, 2007).
O consumo de água varia bastante de unidade para unidade, em função de vários
aspectos como: tipo de unidade (só abate, abate e industrialização da carne, com ou sem
graxaria, etc.), tipos de equipamentos e tecnologias em uso, “layout” da planta e de
equipamentos, procedimentos operacionais, entre outros (PACHECO e YAMANAKA,
2006).
10- Efluentes Líquidos
Em abatedouros assim como em vários tipos de indústrias, o alto consumo de água
acarreta grandes volumes de efluentes - 80 a 95% da água consumida é descarregada
como efluente líquido (SIMBALISTA, 2000). Estes efluentes caracterizam-se
principalmente por:
• Alta carga orgânica, devido à presença de sangue, gordura, esterco, conteúdo
estomacal não-digerido e conteúdo intestinal;
• Alto conteúdo de gordura;
• Flutuações de pH em função do uso de agentes de limpeza ácidos e básicos;
• Altos conteúdos de nitrogênio, fósforo e sal;
• Flutuações de temperatura (uso de água quente e fria).
Desta forma, os despejos de abatedouros possuem altos valores de DBO5 (demanda
bioquímica de oxigênio) e DQO (demanda química de oxigênio) – parâmetros utilizados
para quantificar carga poluidora orgânica nos efluentes, além de sólidos em suspensão,
graxas e material flotável. Fragmentos de carne, de gorduras e de vísceras normalmente
podem ser encontrados nos efluentes. Portanto, juntamente com sangue, há material
altamente putrescível nestes efluentes, que entram em decomposição poucas horas
depois de sua geração, tanto mais quanto mais alta for a temperatura ambiente
(XAVIER, 2008).
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O sangue tem a DQO mais alta de todos os efluentes líquidos gerados no processamento
de carnes. Sangue líquido bruto tem uma DQO em torno de 400g/l e DBO5 de
aproximadamente 200g/l. Caso o sangue de um único bovino fosse descartado
diretamente na rede, o acréscimo de DQO no efluente seria equivalente ao do esgoto
total produzido por cerca de 50 pessoas em um dia. O sangue tem uma concentração de
nitrogênio de aproximadamente 30g/l (XAVIER, 2008).
Nos abatedouros, são comuns os efluentes líquidos serem divididos em duas correntes
(ou linhas): a linha “verde”, que contém os efluentes líquidos gerados em áreas sem
presença de sangue (por exemplo, recepção – lavagens de pátios, caminhões, currais ou
pocilgas, condução/ “seringa”, bucharia e triparia) e a linha “vermelha”, com os
efluentes que contêm sangue (de várias áreas do abate em diante). Isto é feito para
facilitar e melhorar seu tratamento primário (físico-químico), que é feito separadamente,
permitindo remover e segregar mais e melhor os resíduos em suspensão destes
efluentes, de forma a facilitar e aumentar possibilidades para sua destinação adequada
(ALENCAR, 2007).
Como conseqüência, também se diminui a carga poluente a ser removida nas etapas de
tratamento posteriores de forma mais efetiva, o que é desejável (atendimento aos
padrões legais de emissões, com custos menores) (XAVIER, 2008).
11- LEVANTAMENTO DE CUSTOS
Foi realizado um levantamento de preços para a construção de um abatedouro com
capacidade de abate de 25 cabeças/dia, de acordo com a planta acima:
Tabela 3 – Construção Civil
Descrição Metros
Área da unidade de abate 175 m2
Área da câmara fria 83 m2
Área dos currais e pocilgas 115 m2
Área dos escritórios e anexos 181m2
Totalizando a construção civil em aproximadamente R$ 500.000,00
Tabela 4 - Obtenção de Água e Tratamento de Efluentes
Descrição Custos
Perfuração de um poço artesiano R$ 18.000,00
Reservatório metálico de água – 50 mil litros R$ 17.000,00
Construção civil de Tratamento de Efluentes R$ 20.000,00
Impermeabilização de bacias de decantação R$ 60.000,00
Equipamentos hidráulicos e elétricos R$ 40.000,00
TOTAL R$ 155.000,00
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Tabela 5 – Equipamentos
Descrição Custos
1 câmara fria de 83 m2 R$ 50.000,00
1 box de atordoamento para bovinos R$ 11.850,00
1 pistola para atordoamento de bovinos R$ 10.500,00
1 grade de deslizamento para a área de vômito R$ 4.380,00
1 guincho elétrico para sangria de bovinos R$ 14.040,00
1 ralo duplo para sangue e água R$ 405,00
1 guincho com rolo para retirada da pele R$ 18.600,00
1 box fixo para lavar cabeça R$ 5.100,00
1 serra elétrica para corte do peito R$ 3.795,00
1 serra elétrica para chifres R$ 3.795,00
1 mesa fixa em inox para evisceração abdominal (4,00 x 2.5 m) R$ 7.950,00
1 serra fita para abertura de carcaça R$ 11.500,00
1 ducha com protetor em inox para lavagem de carcaça R$ 3.750,00
1 plataforma metálica para esfola (1ª e 2ª pata) com 3 metros R$ 11.250,00
1 plataforma metálica para esfola barriga alta com 1.5 metros R$ 5.625,00
1 plataforma metálica para serrar peito com 1 metro R$ 3.750,00
1 plataforma metálica para evisceração com 1,8 metros R$ 6.750,00
1 plataforma metálica para inspeção com 1 metro R$ 3.750,00
1 plataforma metálica para “toilette” com 1 metro R$ 3.750,00
1 plataforma pneumática para abertura de carcaça (elevatória) R$ 13.000,00
1 plataforma metálica para insensibilização de suínos R$ 4.200,00
1 box para insensibilização para suínos R$ 7.950,00
1 insensibilizador elétrico para suínos R$ 3.500,00
1 guincho elétrico para sangria de suíno R$ 11.505,00
1 tanque de escaldagem R$ 6.150,00
1 depiladeira manual 50/60 suínos hora R$ 39.450,00
1 mesa em inox para retirada de casquinhos e” toilette” R$ 3.570,00
1 guincho elétrico para elevação dos suínos após depilação R$ 11.505,00
1 mesa em inox para recepção de vísceras (2,5 x 0.80 m) R$ 3.945,00
1 mesa em inox para trabalhar miúdos (2 x 0.80 m) R$ 3.330,00
1 mesa em inox (1.20 x 0,80m) R$ 2.340,00
14 lavatórios tipo plataforma com esterilizador de facas e chairas R$ 10.920,00
1 lavatório tipo parede 2 bicos para braços e mãos R$ 2.235,00
1 lava botas duplo R$ 2.805,00
5 carretilhas para sangria R$ 1.285,00
50 carretilhas padrão 3,5 Kg R$ 2.100,00
50 balancins para suínos R$ 3.500,00
78,5 mts de trilho aéreo(p/ sangria, abate, inspeção, lavagem, estoque) R$ 73.125,00
Totalizando o custo com os equipamentos em: R$ 400.000,00
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Valores totais em relação à construção:
Descrição Custos
Construção civil R$ 500.000,00
Obtenção de Água e Tratamento de
Efluentes
R$ 155.000,00
Equipamentos R$ 400.000,00
Licenças Ambientais R$ 10.400,00
Total: R$ 1.065.400,00
12- ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO E VIABILIDADE ECONÔMICA
É necessário considerar a quantidade de animais que são comercializados e onde são
abatidos atualmente num município levantados junto ao comércio que exploram a
atividade de venda de carnes e seus derivados.
Importante considerar a realização de estudos de localização e sua respectiva
viabilidade econômica, em função de possíveis mercados, matéria-prima disponível e
outros fatores.
O tamanho compatível do matadouro a ser construído é de 25 cabeças/dia, sendo essa a
necessidade diária desse exemplo de acordo com levantamentos obtidos junto ao
comércio local de um município de 25 mil habitantes e o valor aproximado de R$
1.055.000,00 (Hum milhão e cinqüenta e cinco mil reais) para sua a construção.
13- FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Foram pesquisados diversos fornecedores na cidade de São Paulo/SP.
O orçamento considerado no presente projeto é referente à Indústria de Serras Dal
Pino, em São Paulo, telefone: (11) 4991-3833 contato com o Sr. João.
Outros Fornecedores de equipamentos e serviços:
2- Zeus S/A Ind. Mecânica (11) 2291-8111/ São Paulo-SP.
3- Frigma Indústria e Comércio de Equipamentos para Frigoríficos e Matadouros
Projeta, fabrica, monta máquinas e equipamentos para sala de abate, dessossa,
distribuição de carnes, etc.
Endereço: Rua Estados Unidos, nº 2130
Parque Industrial – Tupã – SP
CEP: 17.606-020
Fone: + 55 (14) 3496-5343 / fax: + 55 (14) 3496-6984
Diretor geral: Sérgio e Gerente geral: João Márcio.
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4- CS. Indústria de Equipamentos Frigoríficos Ltda.
Rua Nova Brasília 958 Jardim Grimaldi, São Paulo 03924-040, SP
t: (11) 2143-3133 / 2702-1363 f: (11) 2143-3933
http://www.csequipamentosfrigirificos.com.br
Estabelecida em São Paulo, pioneira na fabricação de equipamentos para Frigoríficos,
Laticínios, Supermercados, equipamentos para abate de Suínos e Bovinos, todos os
equipamentos de acordo com com a necessidade de cada cliente.
Horário de Funcionamento: de 2ª à 5ª (08:00 – 18:00) e 6ª (8:00 às 17:00).
Equipamentos disponíveis: Armário em aço inox; Ármario para Facas e Chairas ;
Borrachas para Depiladeira; box de atordoamento; carretilhas Bovinas e Suínas;
Carretilhas de inox 2,5 Kg; carretilhas de sangria Suína e Bovina; Carretilhas em inox
3,5 Kg; Carrinho de pátio; Carrinho para osso; carrinho plataforma; carrinho Vemag;
carrinhos em aço inox; depiladeira; depiladeira de suínos; Equipamentos Para
Abatedouros; Equipamentos para Frigoríficos; Equipamentos para laticínios;
Equipamentos Para Matadouros; Equipamentos Para Supermercados; Esteiras
Transportadoras; Esterilizador; Esterilizador a vapor; Esterilizador elétrico;
Esterilizador para facas e chairas; Esterilizador para serra de carcaça; Esterilizador para
serra de peito; Gancheira; Ganchos em aço inox; Guincho De Transpasse; Guinchos de
sangria; Lava Botas Automático; Lava Botas Manual ; Lavatório Automático; Lavatório
Duplo acionamento a pedal; Lavatório Duplo com acionamento no joelho; Lavatório
individual acionamento a pedal; Lavatório manual; Lavatório Triplo com acionamento a
pedal; Lixeira com acionamento a pedal; Maquina de limpar Bucho; Maquina de limpar
Mocotó; Mesas Em Aço Inox; Prateleiras para Câmara Frigorífica; Prensa Hidráulica;
ralos ou calhas; Tanque De Encolhimento; Tanque para Escaldagem; Trilhagem.
5- INDUSTRIAL SOUZA MAQ IMPL AGR LTDA.
R Coronel Araújo Ribeiro 771 - Centro
Barra do Ribeiro, RS | CEP: 96790-000
(51) 3482-1088
6- FRIGMAC INDÚSTRIA COMERCIO
R Santa Paula 3030 - Eldorado
São José do Rio Preto, SP | CEP: 15043-320
Matadouros – Equipamentos
Telefone: (17) 3236-4239
7- GIL Equipamentos Industriais Ltda.
A Gil Equipamentos produz equipamentos e peças de reposição para Frigoríficos,
Matadouros, Embutidos, Abatedouros, Indústria Alimentícia, Automotivas, Agricultura
de Precisão e outros seguimentos sob consulta.
http://www.gil.com.br/br/servicos.php
Matriz: Rua Guiana Francesa, nº 720
CEP: 14075-220 – Vila Elisa
Ribeirão Preto
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
Departamento comercial: Fone: +55 16 2138-2800 / Fax: + 55 16 2138-2806
Escritório São Paulo - Capital
José Antônio Franciosi
Rua Serra do Japi, 786 – Aptº 81
CEP 03309-000 – Tatuapé - São Paulo - SP
Fone: +55 11 2098-2966
Fax: +55 11 2294-5016
Cel: +55 11 9976-0974
Skype: jafranciosi
MSN: [email protected]
Email: [email protected]
8- ENGELMAC – Engenharia e Montagem de Equipamentos para Frigoríficos.
Endereço: Rua Iratema, nº 459
Bairro Industrial – Toledo – Paraná
CEP: 85.904-360
Fone/fax: 45-3378-4078
A ENGELMAC está estabelecida na cidade de Toledo, estado do Paraná. Especializada
em engenharia e produção de equipamentos para frigoríficos de suínos, bovinos,
caprinos, aves e peixes.
Equipamentos completos para sala de matança;
Equipamentos para bucharia limpa e suja;
Equipamentos para triparia;
Equipamentos para sala de mocotós;
Equipamentos para sala de miúdos;
Equipamentos para seção de cabeças;
Equipamentos para desossa;
Equipamentos para filetagem de pescado;
Equipamentos para evisceração de pescado;
Equipamentos para lavagem de pescado;
9- Greco – Inoxline
Endereço: Serra de Botucatu, nº 2559
Carrão / SP. CEP: 03417-000
Fone: 11 – 2296-4033
http://www.grecomaquinas.com.br/secao/empresa/empresa.html
10- HAUBER MACANUDA
Rua Otto Max Pettersen, 158 G3● Bairro Aventureiro ● 89226-250 Joinville – SC
Fone – Fax (47) 3425-5413 - (47) 3026-3755
Site: www.macanuda.com.br /
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
E- Mail: [email protected] ;[email protected]
11- JR Pisani
R. das Tulipas, 150 - Jd. Maria Cecília
São Bernardo do Campo, SP / CEP: 09720-530
(11) 4335-4227
www.jrpisani.com.br
12- CAMBRIDGE
R. Íris Meimberg, 23 - Barro Branco
06705-150 - Cotia - SP
Tel.: (55 11) 4616-0733
Fax: (55 11) 4616-0173
www.cambrigde.ind.br
Antonio Alvaro Tavares - Diretor
Produtos: esteiras transportadoras metálicas.
13- CAMPUS R. Espártaco, 459 - Parte Vila Romana
05045-000 - São Paulo - SP
Tel.: (55 11) 3875-4400
Fax: (55 11) 3875-4401
Ana Gabriela - Engenheira de Alimentos
Produtos: alginatos; anti-espumantes (grau alimentício); antioxidantes; carragenas;
corantes naturais; caseinato; emulsificantes; emulsionantes; eritorbato de sódio;
espessantes; fibras; fibras dietéticas; fibras solúveis; ingredientes funcionais; proteína
isolada de soja; fosfatos
14- CAMREY EQUIPAMENTOS FRIGORIFICOS
Rua Attilio Fava, 183 a 223 - Pq. Indl. Campo Verde
15076-100 - São José do Rio Preto - SP
Tel./Fax: (55 17) 3334-8000
www.camrey.com.br
Luis Campos – Diretor
Produtos: abatedouros; equipamentos para suinocultura e automatização de
abatedouros; matadouros; máquinas para frigoríficos; montagem de frigoríficos;
equipamentos para frigoríficos de frangos e peixes; lavatório de mão; lavadores de
botas; esteira cone; esteiras transportadoras; linhas completas de abate e desossa de
suínos e bovinos; processamento de tripas; projetos; fabricação de trilhamento;
equipamentos para armazenagem frigorificada.
15- CASA DOS ROLAMENTOS LTDA - CHAPECÓ
Av. Leopoldo Sander, 281-E - Cristo Rei
89809-300 - Chapecó – SC
Tel.: (55 49) 3319-2900 / Fax: (55 49) 3319-2999
www.casadosrolamentosltda.com.br
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
Mário Luiz Zatt - Supervisor Comercial
Produtos: rolamentos; correias; retentores; mangueiras; buchas; mancais; selos
mecânicos; vedações; braçadeiras; gaxetas hidráulicas e pneumáticas; juntas; anéis
o‟ring; cortina de PVC; acoplamentos; graxas e lubrificantes.
16- CENTRACO
R. Fritz Spernau, 1025 - Fortaleza
89055-200 - Blumenau – SC
Tel.: (55 47) 3337-6677 / Fax: (55 47) 3337-6688
www.centraco.com.br / [email protected]
Márcio Deschamps – Diretor
Produtos: correias; correias em PU; correias transportadoras termoplásticas; correias de
transporte e de processamento; correias de borracha; correias em PU-sistema super
drive; correias transportadoras; correias lonadas em PU e em PVC; correias dentadas;
correias industriais; correias sincronizadas; correias transp. termoplásticas em PU;
correias sincronizadoras; correias de transmissão.
17- COLDBRAS
R. Manoel José do Nascimento , 811 Distrito Industria
94930-340 - Cachoeirinha – RS
Tel./Fax: (55 51) 3303-2222
www.coldbras.com.br
Departamento Comercial
Produtos: geradores de gelo; separadores de líquidos; câmara frigorífica; compressores
alternativos; evaporadores para amônia; válvulas e filtros para refrigeração industrial;
condensadores evaporativos; equipamentos de refrigeração; compressor parafuso de
simples e duplo estágio; bombas centrífugas; instalações completas p/ frigorífico;
refrigeração industrial; trocadores de calor; túneis de congelamento.
18 - COOLING & FREEZING
R. Rondônia, 49 A - Nova Sapucaia
93230-390 - Sapucaia do Sul – RS
Tel./Fax: (55 51) 3452-3624
www.coolingfreezing.com.br
José Celso Marocco - Gerente Comercial
Produtos: automação industrial; câmara frigorífica; condensadores evaporativos;
cortinas de ar; desumidificadores; evaporadores; instalações completas p/ frigorífico;
montagem de frigoríficos; painéis elétricos c/automatização p/ plc; congelador a placa;
geradores de gelo; túneis de congelamento; separadores de líquidos; unidade satélite de
refrigeração com ciclo completo; túneis de congelamento contínuo para caixas.
19 - COPPI INDUSTRIAL LTDA
R. Avelino Volpato, 555 - Fundos - Nossa Senhora de Lurdes
89600-000 - Joaçaba – SC
Tel.: (55 49) 3522-3068
Fax: (55 49) 3522-3111
www.coppi.ind.br
Laércio Coppi – Gerente
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
Produtos: plansichter; válvulas; separadores magnéticos; correias transportadoras;
extrator de fundo vibratório; elevadores; balanças de fluxo.
20 - COZZINI DO BRASIL LTDA
R Antonio das Chagas, 439 - Chácara Santo Antonio
04714-000 - São Paulo – SP
Tel.: (55 11) 3321-5858 / Fax: (55 11) 3321-5860
www.cozzini.com / [email protected]
Produtos: misturadeiras; massageadores; bombas de transferência; transportadores;
elevadores; moedores; emulsificadores sem vácuo e a vácuo; silos de embutimento;
silos de estocagem; sistemas de afiação de facas; ferramentas de corte; ergo steel;
sistemas de cozimento alkar; sistemas de limpeza mimasa.
21 - CREMINÓX / TRIPORVAC
Rua Espartaco , 459 - Vila Romana
05045-000 - São Paulo – SP
Tel.: (55 11) 3801-9595 / Fax: (55 11) 3801-9555
www.creminox.com / [email protected]
Hugo de Oliveira Silva Jr - Representante no Brasil
Produtos: Creminóx -sistema multiformas para presuntos; prensa hidráulica; formas
individuais em inox; desenformadora de presunto automática; tanques de cozimento /
resfriamento; linha de desossa contínua de bovinos, suínos; equipamentos sanitários;
pallets metálicos; Triporvac - embaladoras a vácuo; embaladoras de bandeja; injetora de
salmoura; tumblers; estufas de cozimento e defumação; linhas de preparo de emulsões
contínuas; fatiadoras automáticas; formadoras de hambúrguer e empanados; tripas
naturais e de colágeno.
22- CRETEL SOUTH AMERICA
Av. Sete de Setembro, 4698 sala 906 Batel
80240-000 - Curitiba – PR
Tel.: (55 41) 3242-2536 / Fax: (55 41) 3242-2571
www.cretel.com / [email protected]
Mário Toniatti – Diretor
Produtos: classificação dinâmica de peso; descouradeiras; descouradeira de toucinho;
máquinas para embalagens a vácuo; máquinas para fatiar e porcionar; lavadoras
industriais.
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14- Licenciamentos Ambientais
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em sua Resolução nº 237, de 19
de dezembro de 1997, disciplina aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na
Política Nacional de Meio Ambiente. E define:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas
técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar
e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental,
relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete
diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de
dois ou mais Estados.
Os estabelecimentos foco do presente estudo estão sujeitos ao licenciamento ambiental,
conforme anexo 1, da referida Resolução do CONAMA.
O Poder público expedirá as seguintes licenças:
I - Licença Prévia (LP) – deve ser solicitada na fase preliminar do planejamento da
atividade. É ela que atestará a viabilidade ambiental do empreendimento aprovando sua
localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e definirá as medidas
mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos do projeto. Sua finalidade é
definir as condições com as quais o projeto torna-se compatível com a preservação do
meio ambiente que afetará.
É também um compromisso assumido pelo empreendedor de que seguirá o projeto de
acordo com os requisitos determinados pelo órgão ambiental.
Para as atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação ambiental, a concessão da licença prévia dependerá de aprovação de estudo
prévio de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente
(EIA/Rima). Esses instrumentos também são essenciais para solicitação de
financiamentos e obtenção de incentivos fiscais.
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A licença prévia possui extrema importância no atendimento ao princípio da prevenção.
Esse princípio se desenha quando, diante da ineficácia ou pouca valia em se reparar um
dano e da impossibilidade de se recompor uma situação anterior idêntica, a ação
preventiva é a melhor solução. Nesse conceito se encaixam os danos ambientais, cujo
impacto negativo muitas vezes é irreversível e irreparável.
Durante o processo de obtenção da licença prévia, são analisados diversos fatores que
definirão a viabilidade ou não do empreendimento que se pleiteia. É nessa fase que:
são levantados os impactos ambientais e sociais prováveis do empreendimento;
são avaliadas a magnitude e a abrangência de tais impactos;
são formuladas medidas que, uma vez implementadas, serão capazes de eliminar
ou atenuar os impactos;
são ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes;
são ouvidos órgãos e entidades setoriais, em cuja área de atuação se situa o
empreendimento;
são discutidos com a comunidade, caso haja audiência pública, os impactos
ambientais e respectivas medidas mitigadoras e compensatórias; e
é tomada a decisão a respeito da viabilidade ambiental do empreendimento,
levando-se em conta sua localização e seus prováveis impactos, em confronto
com as medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.
O prazo de validade da Licença Prévia deverá ser no mínimo, igual ao estabelecido pelo
cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao
empreendimento ou atividade, ou seja, ao tempo necessário para a realização do
planejamento, não podendo ser superior a cinco anos.
Para convênios celebrados com a Administração Pública Federal, o licenciamento está
previsto nas normas que regem a matéria como pré-requisito para sua celebração. O
interessado deverá expor proposta de convênio ao Ministério pertinente, mediante a
apresentação de plano de trabalho que conterá, dentre outros pontos, a licença prévia
ambiental, quando o convênio envolver obras, instalações ou serviços que exijam
estudos ambientais – EIA/ Rima. Além disso, o projeto básico que integrará o plano de
trabalho já deverá contemplar a implantação das medidas sugeridas nos estudos
ambientais. Ainda, a liberação de recursos para convênios em que haja condicionantes
ambientais também está condicionada à existência da licença prévia.
II - Licença de Instalação (LI) – após a obtenção da licença prévia, inicia-se então o
detalhamento do projeto de construção do empreendimento, incluindo nesse as medidas
de controle ambiental determinadas. Antes do início das obras, deverá ser solicitada a
licença de instalação junto ao órgão ambiental, que verificará se o projeto é compatível
com o meio ambiente afetado. Essa licença dá validade à estratégia proposta para o trato
das questões ambientais durante a fase de construção.
Ao conceder a licença de instalação, o órgão gestor de meio ambiente terá:
∙ autorizado o empreendedor a iniciar as obras;
∙ concordado com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
ambientais, seus detalhamentos e respectivos cronogramas de implementação;
∙ verificado o atendimento das condicionantes determinadas na licença prévia;
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∙ estabelecido medidas de controle ambiental, com vistas a garantir que a fase de
implantação do empreendimento obedecerá aos padrões de qualidade ambiental
estabelecidos em lei ou regulamentos;
∙ fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas mitigadoras e/ou
compensatórias).
O órgão ambiental realizará o monitoramento das condicionantes determinadas na
concessão da licença. O acompanhamento é feito ao longo do processo de instalação e
será determinado conforme cada empreendimento.
O prazo de validade da licença de instalação será, no mínimo, igual ao estabelecido pelo
cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a
seis anos.
III - Licença de Operação (LO) – autoriza o interessado a iniciar suas atividades. Tem
por finalidade aprovar a forma proposta de convívio do empreendimento com o meio
ambiente e estabelecer condicionantes para a continuidade da operação.
Sua concessão é por tempo finito. A licença não tem caráter definitivo e, portanto,
sujeita o empreendedor à renovação, com condicionantes supervenientes. O prazo de
validade da licença de operação deverá considerar os planos de controle ambiental e
será, em regra, de, no mínimo, quatro anos e, no máximo, dez anos. Cada ente da
federação determinará, dentro desse limite, seus prazos. O ideal é que esse prazo
termine quando terminarem os programas de controle ambiental, o que possibilitará
uma melhor avaliação dos resultados bem como a consideração desses resultados no
mérito da renovação da licença. No entanto, o órgão ambiental poderá estabelecer
prazos de validade específicos para a licença de operação de empreendimentos que, por
sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em
prazos inferiores.
A renovação da LO deverá ser requerida pelo empreendedor com antecedência mínima
de 120 dias do prazo de sua expiração. O pedido de renovação deverá ser publicado
no jornal oficial do estado e em um periódico regional ou local de grande circulação.
Caso o órgão ambiental não conclua a análise nesse prazo, a licença ficará
automaticamente renovada até sua manifestação definitiva. Na renovação da licença de
operação, é facultado ao órgão ambiental, mediante justificativa, aumentar ou reduzir
seu prazo de validade, mantendo os limites mínimo e máximo de quatro e dez anos. A
decisão será tomada com base na avaliação do desempenho ambiental da atividade no
período anterior.
A licença de operação possui três características básicas:
1. é concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, do efetivo cumprimento das
condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (prévia e de instalação);
2. contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que servirão de limite
para o funcionamento do empreendimento ou atividade; e
3. especifica as condicionantes determinadas para a operação do empreendimento, cujo
cumprimento é obrigatório, sob pena de suspensão ou cancelamento da operação.
O licenciamento é um compromisso, assumido pelo empreendedor junto ao órgão
ambiental, de atuar conforme o projeto aprovado.
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Portanto, modificações posteriores, como, por exemplo, redesenho de seu processo
produtivo ou ampliação da área de influência, deverão ser levadas novamente à
aprovação do órgão ambiental. Além disso, o órgão ambiental monitorará, ao longo do
tempo, o trato das questões ambientais e das condicionantes determinadas ao
empreendimento.
14.1 - Procedimentos para a obtenção da licença ambiental:
1ª ETAPA: Para obtenção do licenciamento ambiental, o interessado deverá
encaminhar sua solicitação ao órgão ambiental competente para emitir a licença,
podendo ser o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), os órgãos de meio ambiente dos estados e do Distrito Federal
(Oemas) ou os órgãos municipais de meio ambiente (Ommas).
2ª ETAPA - LICENÇA PRÉVIA: Para a obtenção da licença prévia do
estabelecimento, o interessado deverá procurar o órgão ambiental competente ainda na
fase preliminar de planejamento do projeto. Inicialmente, o órgão ambiental definirá,
com a participação do empreendedor, os documentos, projetos e estudos ambientais
necessários ao início do processo de licenciamento.
Em seguida, o empreendedor contratará a elaboração dos estudos ambientais, que
deverão contemplar todas as exigências determinadas pelo órgão licenciador. O
Tribunal de Contas da União já firmou entendimento de que o órgão ambiental não
poderá admitir a postergação de estudos de diagnóstico próprios da fase prévia para as
fases posteriores sob a forma de condicionantes do licenciamento (Acórdão 1.869/2006-
Plenário-TCU, item 2.2.2).
O empreendedor deverá requerer formalmente a licença e apresentar os estudos,
documentos e projetos definidos inicialmente. Nessa fase ainda não é apresentado o
projeto básico, que somente será elaborado após expedida a licença prévia. O pedido de
licenciamento deverá ser publicado em jornal oficial do ente federativo e em periódico
regional ou local de grande circulação.
No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a
certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou
atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo
e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso
da água, emitidas pelos órgãos competentes.
Após pagamento e retirada da licença prévia, o empreendedor deve publicar informativo
comunicando a concessão no diário oficial da esfera de governo que licenciou e em
jornal de grande circulação.
3ª ETAPA - ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSICO
De posse da LP, o próximo passo do empreendedor é elaborar o projeto básico do
empreendimento (projeto de engenharia). O projeto básico é o conjunto de elementos
necessários e suficientes, com nível de precisão adequado para caracterizar a obra, o
serviço, o complexo de obras ou o complexo de serviços. Ele é elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, de forma a assegurar a viabilidade técnica
e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento.
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O adequado tratamento da questão ambiental no projeto básico significa adotar, na sua
elaboração, a localização e a solução técnica aprovadas na licença prévia e incluir as
medidas mitigadoras e compensatórias definidas como condicionantes na licença prévia
no item “identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a
incorporar à obra”.
Não é recomendada a elaboração do projeto básico antes da concessão da licença prévia,
uma vez que não há garantias de que ela será outorgada. Além disso, deve-se considerar
a possibilidade de que o órgão ambiental condicione a licença à adequações do projeto
em itens como localização e solução técnica. Recomenda-se assim que ele seja
elaborado após a concessão da licença prévia, quando estará atestada a viabilidade
ambiental no que concerne à localização e à concepção do empreendimento.
Atenção: Reconhecendo a necessidade da existência de licença prévia anterior ao
projeto básico, o TCU proferiu o Acórdão 516/2003-TCU Plenário, qualificando como
indício de irregularidade grave, para efeitos de suspensão de repasses de recursos
federais, a juízo do Congresso Nacional, a contratação de obras com base em projeto
básico elaborado sem a existência de licença ambiental prévia (subitem 9.2.3.1).
4ª ETAPA - LICENÇA DE INSTALAÇÃO
A solicitação da licença de instalação deverá ser dirigida ao mesmo órgão ambiental que
emitiu a licença prévia.
Quando da solicitação da licença de instalação, o empreendedor deve:
comprovar o cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença prévia;
apresentar os planos, programas e projetos ambientais detalhados e respectivos
cronogramas de implementação;
apresentar o detalhamento das partes dos projetos de engenharia que tenham
relação com questões ambientais.
Após a análise pelo órgão ambiental, o empreendedor efetua o pagamento do valor
cobrado pela licença, recebe-a e publica anúncio de sua concessão no diário oficial da
esfera de governo que concedeu a licença e em periódico de grande circulação na região
onde se instalará o empreendimento.
O início das obras sem a devida licença de instalação é considerado indício de grave
irregularidade, conforme Acórdão 516/2003-TCU Plenário (subitem 9.2.3.2), ensejando
a interrupção do repasse de recursos financeiros federais.
As licitações de obras, instalações e serviços que demandem licença ambiental somente
devem ocorrer após a obtenção da licença de instalação, conforme Acórdão 26/2002-
Plenário-TCU, item 8.2, subitem „e‟. Nesse momento, o empreendimento já tem sua
viabilidade ambiental atestada pelo órgão competente bem como sua concepção,
localização e projeto de instalação devidamente aprovados.
5ª ETAPA - LICENÇA DE OPERAÇÃO
Ao requerer a licença de operação, o empreendedor deve comprovar junto ao mesmo
órgão ambiental que concedeu as licenças prévia e de instalação:
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a implantação de todos os programas ambientais que deveriam ter sido
executados durante a vigência da licença de instalação;
a execução do cronograma físico-financeiro do projeto de compensação
ambiental;
o cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas quando da concessão da
licença de instalação.
Com base nos documentos, projetos e estudos solicitados ao empreendedor, em
pareceres de outros órgãos ambientais porventura consultados e em vistoria técnica no
local do empreendimento, o órgão elabora parecer técnico sobre a possibilidade da
concessão da licença de operação. Em caso favorável, o interessado deve efetuar o
pagamento da licença e providenciar a publicação de comunicado a respeito do fato no
diário oficial da esfera de governo que licenciou e em jornal regional ou local de grande
circulação.
Concedida a licença de operação, fica o empreendedor obrigado a implementar as
medidas de controle ambiental e as demais condicionantes estabelecidas, sob pena de ter
a LO suspensa ou cancelada pelo órgão outorgante. Normalmente as condicionantes
visam à implementação correta dos programas de monitoramento e acompanhamento
ambiental do empreendimento. Também objetivam prevenir riscos à saúde e ao meio
ambiente.
A renovação da LO, esta deve ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da
expiração do prazo de validade da licença anterior, mediante publicação do pedido em
diário oficial e jornal de grande circulação.
14.2 – Custo do Licenciamento ambiental:
O licenciamento envolve as seguintes despesas, todas a cargo do empreendedor:
1. contratação da elaboração dos estudos ambientais (EIA, Rima, etc.);
2. contratação, se necessário, de empresa de consultoria para interagir com o órgão
ambiental (acompanhando a tramitação do processo de licenciamento), podendo
ou não ser a mesma empresa que elaborou o EIA/Rima;
3. despesas relativas à realização de reuniões e/ou audiências públicas, caso
necessárias;
4. despesas com publicações na imprensa de atos relacionados com o processo de
licenciamento;
5. pagamento da compensação ambiental;
6. pagamento das taxas (emissão das licenças e da análise dos estudos e projetos)
cobradas pelo órgão licenciador; e
7. despesas relativas à implementação dos programas ambientais (medidas
mitigadoras).
Os valores despendidos para a elaboração dos estudos ambientais e a contratação de
empresa especializada para interagir com o órgão ambiental variam de acordo com os
fatores envolvidos, com o tamanho e a localização do empreendimento e com a
magnitude dos seus impactos.
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O pagamento de taxas de emissão de licença ambiental envolve dois componentes de
custo: o valor da licença e o custo da análise. O primeiro é uma taxa cobrada pela
emissão da licença ambiental. O segundo é o valor que o órgão ambiental cobra pela
análise dos estudos ambientais necessários para fundamentar a decisão de emitir a
licença pleiteada. Importante destacar que o pagamento é feito para cada uma das
licenças ambientais (LP, LI e LO) e respectivas renovações.
Assim, para receber a LP, paga-se pela sua emissão e pela análise dos estudos que
nortearam a decisão do órgão ambiental para a outorga dessa licença, quais sejam, o
EIA, o Rima e outros estudos exigidos pelo órgão ambiental. Na LI, o valor cobrado por
ela refere se ao valor exigido pela análise dos planos e programas ambientais
detalhados, apresentados pelo empreendedor quando da solicitação da LI, e outros
documentos porventura requeridos pelo órgão ambiental. Na LO, paga-se o valor da
licença e o valor devido ao órgão ambiental pela análise do relatório de implementação
dos programas ambientais e demais documentos apresentados quando da solicitação
dessa licença.
O custo da análise dos documentos necessários para a obtenção da licença ambiental
inclui as despesas com viagens para fins de vistoria do empreendimento (diárias e
passagens) e os custos da análise propriamente dita, que considera os salários e os
respectivos encargos da equipe do órgão responsável, no período em que durar a análise
dos estudos ambientais.
O valor de cada licença, a depender do potencial poluidor e/ou porte do
empreendimento, é fixo para cada um dos tipos de licença ambiental (LP, LI, LO), em
função da categoria em que o empreendimento se enquadra na classificação do órgão
ambiental.
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14.3 - Tabela e formula de cálculo do valor cobrado para licenças ambientais do
IBAMA, que dependerá do tipo de licença e do tamanho do empreendimento
(pequeno, médio, grande):
Código DESCRIÇÃO
5017
CONTROLE AMBIENTAL
1 - LICENÇA E RENOVAÇÃO ( Lei 9.960 de 28/01/2000 )
1.1 Licença Ambiental ou renovação
EMPRESA DE PEQUENO PORTE (em Reais)
Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto
Licença Prévia 2.000,00 4.000,00 8.000,00
Licença de Instalação 5.600,00 11.200,00 22.400,00
Licença de Operação 2.800,00 5.600,00 11.200,00
EMPRESA DE PORTE MÉDIO
Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto
Licença Prévia 2.800,00 5.600,00 11.200,00
Licença de Instalação 7.800,00 15.600,00 31.200,00
Licença de Operação 3.600,00 7.800,00 15.600,00
EMPRESA DE GRANDE PORTE
Impacto Ambiental Pequeno Médio Alto
Licença Prévia 4.000,00 8.000,00 16.000,00
Licença de Instalação 11.200,00 22.400,00 44.800,00
Licença de Operação 5.600,00 11.200,00 22.400,00
Código AVALIAÇÃO E ANÁLISES ( Lei 9.960 de 28/01/2000 )
5027
2.1 - Análise de documentação técnica que subsidie a emissão de: Registros, Autorizações, Licenças inclusive para supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente e respectivas renovações:
Valor = { K + [ ( A x B x C) + ( D x A x E) ] }
A - Nº de Técnicos envolvidos na análise.
B - Nº de horas/homem necessárias para análise.
C - Valor em Reais da hora/homem dos técnicos envolvidos na análise + total de obrigações sociais(OS) = 84,71% sobre o valor da hora/homem.
D - Despesas com viagem.
E - Nº de viagens necessárias.
K - Despesas administrativas = 5% do somatório de (A x B x C) + (D x A x E).
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14.4 - ABATE (BOVINO E SUÍNO) – Produção mais Limpa P+L
A CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental elaborou uma série
de Guias Ambientais de Produção mais Limpa, com o intuito de incentivar e orientar a
adoção de tecnologias limpas nos diversos setores produtivos da indústria paulista, além
de fornecer uma ferramenta de auxílio para a difusão e aplicação do conceito de P+L,
tanto para o setor público como o privado.
De acordo com o Guia, a adoção da P+L como uma ferramenta do sistema de gestão da
empresa, pode trazer resultados ambientais satisfatórios, de forma contínua e perene, ao
invés da implementação de ações pontuais e unitárias. Estes dados permitirão
estabelecer, em futuro próximo, indicadores como a produtividade, a redução do
consumo de matérias-primas e dos recursos naturais, a eliminação de substâncias
tóxicas, a redução da carga de resíduos gerados e a diminuição do passivo ambiental,
sendo que os resultados positivos destes indicadores implicam diretamente na redução
de riscos para a saúde ambiental e humana, bem como contribuem sobremaneira para os
benefícios econômicos do empreendedor, para a sua competitividade e imagem
empresarial, tendo em vista os novos enfoques certificatórios que regem a Gestão
Empresarial.
Um deles é o GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE (BOVINO E SUÍNO) -
SÉRIE P+L que traz orientações teóricas e técnicas, com o objetivo de auxiliar a
empresa a dar o primeiro passo na integração deste conceito, e que tem levado diversas
organizações à busca de uma produção mais eficiente, econômica e com menor impacto
ambiental.
Em linhas gerais, considera-se P+L como uma série de estratégias, práticas e condutas
econômicas, ambientais e técnicas, que evitam ou reduzem a emissão de poluentes no
meio ambiente por meio de ações preventivas, ou seja, evitando a geração de poluentes
ou criando alternativas para que estes sejam reutilizados ou reciclados.
Na prática, essas estratégias podem ser aplicadas a processos, produtos e até mesmo
serviços, e incluem alguns procedimentos fundamentais que inserem a P+L nos pro-
cessos de produção. Dentre eles, é possível citar a redução ou eliminação do uso de
matérias-primas tóxicas, aumento da eficiência no uso de matérias-primas, água ou
energia, redução na geração de resíduos e efluentes, e reúso de recursos, entre outros.
As vantagens são significativas para todos os envolvidos, do indivíduo à sociedade, do
país ao planeta. Mas é a empresa que obtém os maiores benefícios para o seu próprio
negócio. Para ela, a P+L pode significar redução de custos de produção; aumento de
eficiência e competitividade; diminuição dos riscos de acidentes ambientais; melhoria
das condições de saúde e de segurança do trabalhador; melhoria da imagem da empresa
junto a consumidores, fornecedores, poder público, mercado e comunidades; ampliação
de suas perspectivas de atuação no mercado interno e externo; maior acesso a linhas de
financiamento; melhoria do relacionamento com os órgãos ambientais e a sociedade,
entre outros.
Disponível em:
http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/producao_limpa/documentos/abate.pdf
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
15- Modelo de Memorial Descritivo econômico e sanitário da construção.
01 - Nome da firma, do proprietário ou arrendatário (Razão Social)
02 - Denominação do estabelecimento;
03 - Localização do estabelecimento (endereço completo)
04 - Natureza do estabelecimento
05 - Área do terreno
06 - Área construída
07 - Pé direito
08 - Capacidade máxima diária (abate ou recepção)
09 - Produtos que pretende fabricar
10 - Procedência da matéria-prima
11 - Mercado de consumo;
12 - Número aproximado de empregados;
13- Equipamentos e aparelhos a serem instalados e meios de transporte a serem
empregados;
14 - Água de abastecimento:
a) Procedência e volume de vazão
b) processo de captação
c) sistema de tratamento;
d) depósito e sua capacidade;
15 - Destino dado às águas servidas, esgotos, meios empregados para depuração das
águas servidas antes de lançadas nos esgotos, rios, riachos, etc.
16 - Ventilação e iluminação (natural ou artificial) nas diversas dependências;
17 - Separação entre dependências de elaboração dos produtos comestíveis dos não
comestíveis;
18 - Esquadrias e portas (dimensões e material);
19 - Telas à prova de moscas nas janelas e molas vaivém nas portas das dependências de
elaboração e dos depósitos de produtos comestíveis; cortinas de ar nas portas e em
outras aberturas;
20 - Natureza do piso e material de impermeabilização nas paredes;
21 - Teto das salas de elaboração dos produtos comestíveis;
22 - Dependência da Inspeção ( sede e laboratórios) ;
23 - Natureza e revestimento das mesas; construção e revestimento interno dos tanques
para salga;
24 - Dependência para elaboração de subprodutos não comestíveis; localização,
instalação e equipamentos;
25 - Vestiários e refeitórios para operários;
26 - Informação sobre banheiros e instalação sanitária;
27 - Indicação de existência nas proximidades, de curtumes, fábricas de produtos
orgânicos, e outros estabelecimentos industriais que por sua natureza produzem mau
cheiro.
____________________, ____________de__________de_____________
(local) (data)
__________________________ _____________________________________
Responsável pelo projeto empresa requerente
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16- Modelo Memorial Econômico – Sanitário de Estabelecimentos de Carne e
Derivados.
01 - Nome da firma, do proprietário ou arrendatário.
02 - Denominação do estabelecimento.
03 - Localização do estabelecimento.
04 - Categoria do estabelecimento.
05 - Espécies de animais que pretende abater.
06 - Processo de matança.
07 - Capacidade máxima de matança/dia.
08 - Capacidade máxima diária do estabelecimento: a) abate; b) de industrialização dos
diferentes produtos.
09 - Produtos que pretende fabricar.
10 - Procedência da matéria-prima
11 - Mercados de consumo.
12 - Número aproximado de empregados.
13 - Maquinários e aparelhos a serem instalados e meios de transporte a serem
empregados.
14 - Água de abastecimento: a) procedência e volume da vazão; b) processo de
captação; c) sistema de tratamento; d) depósito e sua capacidade; e) distribuição.
15 - Destino dado às águas servidas, meios empregados para depuração antes de
lançadas nos esgoto, rios, riachos, etc.
16 - Ventilação e iluminação (natural ou artificial) nas diversas dependências.
17 - Separação entre as dependências de elaboração dos produtos comestíveis.
18 - Telas à prova de insetos nas janelas e molas de vaivém nas portas das dependências
de elaboração e dos depósitos de produtos comestíveis, cortinas de ar nas portas e em
outras aberturas..
19 - Natureza do piso, material de impermeabilização das paredes.
20 - Teto das salas de elaboração de produtos comestíveis.
21 - Laboratórios de controle.
22 - Natureza e revestimento das mesas, construção e revestimento interno dos tanques
para salga de carnes e couros, processo de limpeza de carretilha.
23 - Currais e anexos: pavimentação, declive, bebedouros, plataforma de inspeção, sala
de necropsia e forno crematório.
24 - Dependências para elaboração de subprodutos não- comestíveis: localização,
instalação e equipamentos.
25 - Vestiários e refeitórios para operários.
26 - Informações sobre banheiros e instalações sanitárias.
27 - Indicação de existência, nas proximidades, de curtume, fábricas de produtos
orgânicos e outros estabelecimentos industriais, que, por sua natureza produzam odores.
28 - Instalações frigoríficas: capacidade das Câmaras de resfriamento em carcaças
dependuradas e da estocagem, sistema de refrigeração e capacidade dos compressores.
29 - Sede da Inspeção Estadual.
NOTA: Os itens deste memorial deverão ser preenchidos detalhadamente pela firma
requerente, destinando-se a qualquer estabelecimento de carnes e derivados.
________________________________,__________de__________de__________
(local) (data)
___________________________________________
Assinatura do proprietário
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
ANEXOS
Etapas da inspeção - De acordo com o RIISPOA, as etapas de Inspeção são como segue
abaixo:
Inspeção “Ante-Mortem"
Art. 107 - É proibida a entrada de animais em qualquer dependência do
estabelecimento, sem prévio conhecimento da Inspeção Federal condições de saúde do
lote.
§ 1º - Por ocasião da chegada de animais, a Inspeção Federal deve verificar os
documentos de procedência e julgar das condições de saúde do lote.
§ 2º - Qualquer caso suspeito implica no exame clínico do animal ou animais
incriminados, procedendo-se, quando necessário, ao isolamento de todo o lote e
aplicando-se medidas próprias de política sanitária animal, que cada caso exigir.
Inspeção "Post-Mortem"
Art. 147 - A inspeção "post-mortem" consiste no exame de todos os órgãos e tecidos,
abrangendo a observação e apreciação de seus caracteres externos, sua palpação e
abertura dos gânglios linfáticos correspondentes, além de cortes sobre o parênquima dos
órgãos, quando necessário.
Art. 148 - A inspeção "post-mortem" de rotina deve obedecer à seguinte seriação:
1 - observação dos caracteres organolépticos e físicos do sangue por ocasião da sangria
e durante o exame de todos os órgãos;
2 - exame de cabeça, músculos mastigadores, língua, glândulas salivares e gânglios
linfáticos correspondentes;
3 - exame da cavidade abdominal, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes;
4 - exame da cavidade torácica, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes;
5 - exame geral da carcaça, serosas e gânglios linfáticos cavitários, infra-musculares,
superficiais e profundos acessíveis, além da avaliação das condições de nutrição e
engorda do animal.
Art. 149 - Sempre que a Inspeção Federal julgar conveniente, as carcaças de suínos
serão reexaminadas por outro funcionário, antes de darem entrada nas câmaras
frigoríficas ou serem destinadas ao tendal.
Art. 150 - Devem ser sempre examinadas, após incisão, os gânglios inguinais ou retro-
mamários, os ilíacos, os pré-crurais, os pré-escapulares e os pré-peitorais.
Art. 151 - Todos os órgãos, inclusive os rins, serão examinados na sala de matança,
imediatamente depois de removidos das carcaças, assegurada sempre a identificação
entre órgãos e carcaças.
Art. 152 - Toda carcaça, partes de carcaça e órgãos com lesões ou anormalidades que
possam torná-los impróprios para o consumo, devem ser convenientemente assinalados
pela Inspeção Federal e diretamente conduzidos ao "Departamento de Inspeção Final",
onde serão julgados após exame completo.
Art. 153 - As carcaças julgadas em condições de consumo são assinaladas com os
carimbos previstos neste Regulamento, por funcionário da Inspeção Federal.
Art. 155 - Depois de aberta a carcaça ao meio, serão examinados o externo, costelas,
vértebras e a medula espinhal.
Art. 176 - § 5º - Na rotina de inspeção obedecem-se às seguintes normas:
1 - cabeça - observam-se e incisam-se os masseteres e pterigóideos internos e externos;
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
2 - língua - o órgão deve ser observado externamente, palpado e praticados cortes
quando surgir suspeita quanto à existência de cistos ou quando encontrados cistos nos
músculos da cabeça;
3 - coração - examina-se a superfície externa do coração e faz-se uma incisão
longitudinal, da base à ponta, através da parede do ventrículo esquerdo e do septo
interventricular, examinando-se as superfícies de cortes, bem como as superfícies mais
internas dos ventrículos. A seguir praticam-se larga incisão em toda a musculatura do
órgão, tão numerosa quanto possível, desde que já tenha sido verificada a presença de
"Cisticercos”, na cabeça ou na língua.
4 - Inspeção final - na inspeção final identifica-se a lesão parasitária inicialmente
observada e examinam-se sistematicamente os músculos mastigadores, coração, porção
muscular do diafragma, inclusive seus pilares, bem como os músculos do pescoço,
estendendo-se o exame aos intercostais e a outros músculos, sempre que necessário,
devendo-se evitar tanto quanto possíveis cortes desnecessários que possam acarretar
maior depreciação à carcaça.
Agri BR Márcio Caparroz - [email protected]
Referências Bibliográficas:
1. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro
de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária –
Brasília: MAPA/SDA, 2007. 142 p.
2. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro
de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / RIISPOA.
3. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro
de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária –
Brasília: DECRETO Nº 94.554, DE 07 DE JULHO DE 1987, DOU de 08,julho
de 2007.
4. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro
de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Legislação / Secretaria de Defesa
Agropecuária – Brasília: CIRCULAR Nº 52/2006/DIPOA/SDA Brasília 20 de
Dezembro de 2006.
5. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de
Defesa Agropecuária, Departamento de Inspeção de Produtos Agropecuários,
Nota Técnica, 20 de janeiro de 2011. Nota Técnica abatedouro carnes SISBI.
6. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de
Defesa Agropecuária, Departamento de Inspeção de Produtos Agropecuários,
Inspeção de Carnes, Padronização de Técnicas, Instalações e Equipamentos,
Bovinos, novembro de 2007, 168p.
7. Brasil. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental /
Tribunal de Contas da União; com colaboração do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. -- 2. ed. - Brasília : TCU, 4ª
Secretaria de Controle Externo, 2007. 83 p. : il. color. Conteúdo disponível em:
http://www.tcu.gov.br e http:// www.ibama.gov.br
8. CODEX ALIMENTARIUS, Producción de alimentos de origen animal, Segunda
edición, Organización Mundial de la Salud, Organización de las Naciones
Unidades para la Agricultura y Alimentación, Roma, 2009.
9. FAO, Foro de Alto Nivel de Expertos – Como alimentar al mundo en 2050.
10. http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc77/03nocoescarne.html
11. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br , Dossiê Técnico Abate e Corte de Caprino e Ovino, Wilton Neves Brandão, Rede
de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA, abril de 2007.
12. OIE, Control de peligros que amenazan la salud de las personas y de los
animales mediante la inspección ante mortem y post mortem de la carne.
Documento informativo elaborado pelo Grupo de Trabalho da OIE sobre
Segurança dos Alimentos derivados da produção animal.
13. Pacheco, José Wagner. Guia técnico ambiental de abates (bovino e suíno) (e)
Hélio Tadashi Yamanaka – São Paulo:. CETESB, 2006. 98p. Disponível em:
http://www.crq4.org.br/downloads/abate.pdf
14. INDEA, Manual de Procedimentos e Normas Técnicas para Registro de
Estabelecimentos que manipulam e industrializam produtos de origem animal e
seus derivados.
http://www.indea.mt.gov.br/arquivos/A_248ce5076c9ee6ee7a1ee7cc60cca10eM
anual%20de%20Procedimentos%20CISPOA.pdf
Programa de Avaliação Genética de
Ovinos de corte de São Paulo
Lenira El Faro e Claudia Cristina Paro de Paz
Pesquisadoras da APTA Centro Leste – Ribeirão Preto - SP
Secretária de Agricultura e Abastecimento
Mônika Bergamaschi
Coordenador da APTA
Orlando Melo de Castro
Diretor da APTA Regional Centro Leste
José Ramos Nogueira
Pesquisadores Científicos
Lenira El Faro e Claudia Cristina Paro de Paz
Melhoramento Genético
Programa de Avaliação Genética de
Ovinos de corte de São Paulo
Equipe:
Pesquisadores da APTA – Regional - RP,
Pesquisadores do IZ – Nova Odessa
Sebrae – RP
Nelson Bernardi Jr (Pecuária Brasil Assessoria)
CARACTERÍSTICAS DA OVINOCULTURA REGIONAL
1 – Pequenas Áreas
2 – Sistema semi intensivo ou intensivo
3 – Pequena escala de produção
4 – Mão de Obra cara
5 – Cadeia produtiva não estruturada:
Não há frigoríficos regionais
Não há aproveitamento de subprodutos
Não há marketing e conscientização do consumidor
CARACTERÍSTICAS DA OVINOCULTURA REGIONAL
8 – Baixa eficiência zootécnica
7 – Dificuldade no relacionamento com o mercado (escala,
distância , preços baixos, concorrência carne importada)
9 – Baixo potencial genético e alta heterogeneidade
dos rebanhos comerciais
6 – Ausência de Gestão Financeira e Zootécnica:
não há informações do próprio rebanho
Exemplo da evolução da avicultura de corte
Por que fazer seleção?
0
20
40
60
80
100
120
0
500
1000
1500
2000
2500
1920 1940 1960 1980 2000 2020
peso (g)
idade abate (d)
Programa de Avaliação Genética de
Ovinos de corte de São Paulo
Objetivos: fornecer aos rebanhos participantes as
DEPs de todos os animais do rebanho, desde que haja
informações de desempenho
Ajudar o produtor a identificar os
melhores para selecioná-los
Melhoramento Genético
Como fazer a avaliação genética?
Usando-se todas as informações de desempenho dos animais, e seus parentes,
principalmente os machos
aplicamos modelos específicos!!
Programa de Avaliação Genética de Ovinos
de corte de São Paulo
Vantagens:
-Iniciar um programa de avaliação genética no Estado de
São Paulo, para identificação de animais superiores,
fornecendo ao produtor subsídios para a seleção dos seus
reprodutores;
- Auxiliar a sustentabilidade da cadeia produtiva de ovinos
de corte, mediante a agregação de valor dos animais
avaliados geneticamente
Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São
Paulo
QUEM PODE PARTICIPAR?
Todos os criadores de ovinos das raças Santa Inês e
Morada Nova do Estado de São Paulo e de outros
estados, que tenham controle zootécnico de todos os
animais dos seus rebanhos.
Programa de Avaliação Genética de Ovinos de Corte de São
Paulo
Características Avaliadas:
1. Produtivas:
• Pesos ao nascimento, P45 dias, desmame, P120 dias e P365;
• Ganhos de peso pré-demame e pós-desmame;
2. Reprodutivas
• Idade ao primeiro parto;
• Intervalo entre partos;
• Perímetro escrotal em diferentes idades
3. Resistência à verminose
• Método Famacha
Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São
Paulo
Fase Atual do Projeto: identificar e cadastrar os rebanhos
interessados em participar do processo
Lembrando: o processo não termina com o resultado da
avaliação genética, ou seja, as DEPs não asseguram
ganhos genéticos
Os melhores animais serão identificados, mas o processo
de melhoramento só é estabelecido quando realizamos a
seleção
Programa de Avaliação Genética de Ovinos de corte de São
Paulo
CONTATOS:
Lenira El Faro: [email protected]
Claudia Cristina Paro de Paz: [email protected]
Fones: (16) 3637-1849 Ribeirão Preto - SP