SÃO PAULO - XX FEVEREIRO DE 2018 - EDIÇÃO 234 DA PENHA... · para os sacramentos da iniciação...

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SÃO PAULO - XX FEVEREIRO DE 2018 - EDIÇÃO 234

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SÃO PAULO - XX FEVEREIRO DE 2018 - EDIÇÃO 234

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20182

Queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo Ressuscitado! Estamos no mês de fevereiro e, em breve, mais precisamente dia 14, ini-ciaremos o Tempo da Quaresma.

Este tempo de preparação para a Páscoa tem um cunho profundamente batismal, pois tem sua origem nos idos do século IV com a instituição do catecumenato em preparação para os sacramentos da iniciação cristã. O candidato ao Batismo, depois de ter passa-do por um longo período (cerca de três anos) de preparação para os sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia, passava por uma preparação imediata mais intensa nos 40 dias que antecedia a celebração da Páscoa anual. Nesta ocasião, na Vigília Pascal, os catecúmenos eram batizados, ungidos com o Espírito Santo na Crisma e participavam pela primeira vez do Corpo e do Sangue do Senhor na Eucaristia.

Nos dias de hoje, nas comunidades onde está instituído o Rito de Iniciação Cristã de Adultos, muitos catecúmenos fazem também esta preparação e são batizados na Vigília Pascal.

Tendo isto diante dos olhos enten-demos, portanto, que a Quaresma é um tempo propício para reavivarmos a graça do nosso Batismo, fazer uma nova experiência de conversão e aprendermos a viver seriamente a nossa fé cristã. Os exercícios quaresmais do jejum, da esmola (solidariedade fraterna) e da oração nos ajudam a vencer os impulsos e vícios do “homem velho segundo a carne” para vivermos como “homens novos segundo o Espírito” (cf. Rm 8, 13-14 e Gl 5, 16-25).

Não pensemos, contudo, que viver a Quaresma é mudar o aspecto exterior ado-tando uma aparente piedade nos gestos e palavras. Trata-se, antes de tudo, de uma mudança interior – conversão do coração – acompanhada de ações concretas de aber-tura para Deus e para o próximo, no amor. É um tempo de sérias reflexões e decisões, tempo de retornar para o Senhor, tempo reassumir o compromisso de nosso Batismo, mas sempre com serenidade e alegria! Viver piedosamente não é viver com aspecto tris-te e carrancudo, ao contrário, trata-se de alegrar-se sempre no Senhor (cf. Fl 4, 4-5).

A Igreja no Brasil nos propõe neste tempo especial a vivência da Campanha da Fraternidade. Ela nos ajuda a aprofun-dar um aspecto da realidade buscando ilu-minar com o Evangelho o mundo em que vivemos – partindo do aspecto pessoal (conversão do coração ao Senhor), pas-sando pelo encontro com o próximo (amor fraterno) até as consequências sociais da Boa Nova de nosso Senhor (transformação

EDITORIAL / IGREJA

do mundo segundo os critérios do Reino de Deus).

Neste ano de 2018 a Campanha terá como tema “Fraternidade e superação da violência” e como lema “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”.

Aprendendo com o Senhor Jesus, man-so e humilde de coração (cf. Mt 11,29) e imitando as virtudes de Maria, sua Mãe, busquemos engajar-nos nesta Campanha que visa a busca da paz por meio do combate às causas da violência em nosso meio, em nosso mundo. Comecemos pelas nossas atitudes básicas para com aqueles com quem convivemos diariamente. Para exemplificar: evitemos as reações e falas agressivas, pois diz a Escritura que “uma resposta calma aplaca a ira, a palavra dura atiça o furor” (Pv 15,1); não provoquemos contendas, pois “quem é raivoso atiça as brigas; quem é paciente acalma as dis-cussões” (Pv 15,18); sejamos tolerantes e respeitosos para com o diferente; não resistamos ao malvado (cf. Mt 5,39); sai-bamos perdoar (cf. Lc 6,37; Cl 3,13); não discriminemos ninguém, pois Deus ama a todos! Nas ocasiões de conflito, saibamos dar lugar à razão e controlar os impulsos. Estas orientações da Palavra de Deus valem para nosso relacionamento familiar, no ambiente de trabalho, no trânsito, nas redes sociais e em todos os lugares onde vivemos e atuamos. Todos sabem que violência gera violência, portanto, busquemos romper esta espiral através do perdão, nunca cedendo lugar ao ódio ou à vingança.

No que diz respeito à violência como dra-ma social, sabemos que as causas estão nas injustiças e desigualdades geradas por um sistema que privilegia o lucro e a concentra-ção e não promove a vida. Negar a alguém o acesso ao alimento, à água potável, à mora-dia, à educação, à saúde, é fazer violência contra sua dignidade humana e contrariar o plano de Deus que criou tudo para todos e que nos enviou Jesus, seu Filho, para que tenhamos vida em abundância (cf. Jo 10,10). Portanto, além de cultivar a paz nos relacionamentos é preciso também trabalharmos para que a paz, fruto da justiça, seja instaurada entre nós.

“O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz” (Nm 6, 24-25).

A paz de Cristo esteja com todos!

Pe. EDILSON DE SOUZA SILVAPároco da Basílica de Nossa

Senhora da Penha

Estamos vivendo uma “época em mu-dança”, ou ainda “uma mudança de época”, onde a sociedade vai se movendo em várias direções, em todos os âmbitos e se transfor-mando. Há um aparente esvaziamento espiritual e uma certa condição para a aceitação das realidades. Esta época é marcada pelas muitas opções oferecidas pelo mundo, que são caminhos diversos trazen-do inúmeros desafios: maneira de pensar, de agir, inversão de valores, incluindo a religiosidade.

Este contexto faz com que haja um empenho maior para trabalhar o acolhimen-to, procurando resgatar a afetividade das pessoas, despertando um desejo de viver, estar bem e de se inserir.

Todos querem, intensamente, escapar do anonimato, pertencer a algum grupo para se sentirem eles mesmos, construir e salvaguardar a própria identidade e sentir-se em comunhão com os demais. Ninguém que ser um rosto perdido na massa.

Refletindo diante desta situação, a Igreja tem que estar preocupada, não só com a dispersão de seus filhos, como também com a indiferença e desesperança dos outros. Procura orientar para que seja feito o resgate dessas vidas, de forma ampla, isto é, no sentido de redescobrir a dignidade humana com as práticas da

EQUIPE DA ACOLHIDA A Igreja e a Acolhida

MATRÍCULAS NO INSTITUTO DE TEOLOGIA

solidariedade, fraternidade, inserindo-as num contexto social, mantendo sua indi-vidualidade, valorizando-as devidamente, ao mesmo tempo em que promove a fraternidade.

No afã de servir e orien-tar no caminho reto, a Igreja sempre atualiza sua existên-cia ao longo dos séculos. O Concílio Vaticano II pro-vocou inúmeras mudanças e uma onda de renovação tomou conta de seu seio,

abrangendo estruturas e pessoas, pois a transformação de ambas deve acontecer ao mesmo tempo.

Também nós, ministros leigos da aco-lhida, como membros deste corpo que é a Igreja, devemos nos atualizar, conhecen-do melhor nossa Igreja e sua missão, os trabalhos que realiza e as atividades que desenvolve, para atender prontamente as necessidades e anseios de quem nos procura.

Em diversos documentos, a Igreja dá atenção à acolhida, de maneira rápida ou detalhada, colocando a importância desta atitude de misericórdia, à luz do gesto acolhedor de Jesus Cristo.

Acolher é evangelizar, é promover o outro, é integrá-lo, à exemplo de Cristo: eis a moti-vação do trabalho da pastoral da acolhida. Em cada irmão e irmã que acolhemos, é o próprio Senhor que estamos acolhendo (cf. Mt 25, 40).

ROBERTO A. de OLIVEIRAEquipe de Acolhida

Comunicamos que continuam abertas as inscrições no Instituto de Teologia para o ano letivo de 2018 até o dia 15 de feve-reiro quando acontecerá a aula inaugural proferida por Dom Benedito Beni dos Santos, bispo emérito de Lorena. O nosso Instituto oferece proporcionar aos alunos o conhe-cimento teológico do ser e do agir cristão. Portanto, não é um curso de graduação ou profissionalizante. É um curso pastoral.

Local do Curso: Pr. Pe. Aleixo Monteiro Mafra, 11 – fundos

São Miguel Paulista Fone: (11) 2031-5107

Fonte: Voz Diocesana

EDITORIAL

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 3PUBLICIDADES

“EDUCAR PARA A VIDA EM FRATERNIDADE, COM BASE NA JUSTIÇA E NO AMOR, EXIGÊNCIAS CENTRAIS DO EVANGELHO”

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20184FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

ROBERTO ALVES DE OLIVEIRA | Equipe de Comunicação

Claudete Neide Cassoli Dizimista 09/fevMaria Cecília Pereira Ministério da Eucaristia 09/fevJoão Gonçalves B. F. Junior Dizimista 10/fevMaria Aparecida Altermari Equipe de Liturgia/Coral 11/fevMaria de Lourdes M. Reis Dizimista 11/fevEduardo Jorge dos Santos Dizimista 12/fevJosé Batista de Oliveira Equipe de Liturgia/Coral 12/fevHilda Gonçalves Borges Dizimista 13/fevNabil Mansour Maroun Dizimista 13/fevJoão dos Santos Congregação Mariana 16/fevAlice Laura Santos Souza Ap. Sag. Coração de Jesus 21/fevMaria Helena Segismundo Dizimista 22/fevRonaldo Lorieri SASP 22/fevAdélia Cezário Dizimista 23/fevMeize Rocha de Oliveira Guerra Congregação Mariana 23/fevLuciana Batista de Carvalho Dizimista 24/fevAlice Santos Souza Dizimista 25/fevEliane dos Santos Dizimista 25/fevRosa Helena M. Chaves Funcionária 25/fevTherezinha M. Azevedo Equipe de Liturgia/Coral 25/fevCarlos Rodrigues Alves Oliveira Dizimista 26/fevMilene Mansano Cruz Dizimista 26/fevTeresa Leijoto do Prado Dizimista 26/fevAlberto Costa Campos Dizimista 27/fevAntonio Ganância dos Santos Dizimista 28/fevMirna Abbud Jacques Alvini Congregação Mariana 29/fevVicente Thuller do Prado Dizimista 29/fevJosé Pinfildi Filho Equipe de Comunicação 01/marMaria de Freitas T. Gouveia Dizimista 01/marAparecida M. de Carvalho SASP 03/marRita de Cássia Silva Toffoli Dizimista 03/marAndréia C. Siqueira Liturgia/Coral 04/marIdalina Conceição Machado Min. da Eucaristia 05/marAlessandro de Souza Dizimista 06/marMaria Regina C. Mello Dizimista 06/marAraci Pinto Quio Grupos de Rua 07/marJosé Mazzocatto Soc. São Vicente de Paulo 07/marMaria Lúcia Bodião Grupos de Rua 08/mar

AGENDA PAROQUIAL de JANEIRO e FEVEREIRO14/fev 4ª de Cinzas - Dia de jejum e abstinência - Missas às 08h; 15h e 19h, na Basílica.15/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.17/fev Pastoral do Batismo - palestra para pais e padrinhos ás 18h00, na Basílica.18/fev Pastoral do Batismo – celebração do batismo às 09h00, na Basílica.18/fev Abertura da CF 2017 às 15h00, na Catedral de São Miguel Paulista.22/fev Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha.01/mar Terço dos Homens às 19h00, na Basílica de N. Sra. da Penha

PARA VOCÊ LEMBRAR!

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:2ª feira às 15:00 h, no Ossário.4ª feira às 15:00 h (Novena Perpétua) 6ª feira às 15:00 h. (Pelos Enfermos)DOMINGO às 07:30 h, 10:30 h e 19:00 h.MISSA DO DIA 08: Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 07:30 h; 15:00 h e 19:00 h.MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORADE FÁTIMA:Todos os Domingos às 09:00 h.

MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:3ª a 6ª feira às 07:15 h e 17:00 h.Sábado às 07:15 h e 16:00 h.DOMINGO às 9:30 h.MISSAS NA IGREJA DO ROSÁRIO:2ª feira às 11:00 h.CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NA IGREJA DO ROSÁRIO:Todo primeiro domingo do mês às 10:00 hMISSA NA CAPELA DO CLUBE ESP.DA PENHA:2° Domingo do Mês às 09:00 h.

GRUPO DE ORAÇÃO – MISERICÓRDIA DIVINA:6ª feira 19:30 h na Igreja do Rosário.GRUPO DE ORAÇÃO – RENOVADOS PELO ESPÍRITO:Domingo às 16:30 h na Igreja do Rosário.CATEQUESE: Sábado das 09:00 h às 11:00 h.TERÇO DOS HOMENS: 5ª feira as 19:00 h, na Capela

do Santíssimo da BasílicaBATIZADOS e CASAMENTOS: Marcar de2ª à 6ª feira das 08:30 h às 11:30 h e das14:00 h às 17:00 h e Sábado das 08:30 hàs 11:30 h e das 14:00 h às 15:30 h nasecretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:Terça à Sexta: das 09:00 h às 12:00 h e das 15:00 h às 16:30 h

Sábado: das 09:00 h às 12:00 h.BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16:00 h às 17:30 h. - Sábado: das 14:00 h às 15:00 h.

NOTAS!O SANTÍSSIMO SACRAMENTOFica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no San-tuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, neces-sário agendar na livraria ou na secre-taria (deixando: endereço, telefone e

horários mais convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMEN-TOS PARA AS

FAMÍLIAS CARENTES:Trazer como ofertório nas missas do dia 08 de cada

mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICASegunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

Dízimo do mês de Janeiro de 2018 - R$ 9.030,00Ganhador(a) da Bíblia sorteada em 08 de Janeiro 2018

Antonio Martins Veras – Nº 175

PASTORAL DO DÍZIMO

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]://www.facebook.com/basilicanossasenhoradapenha

• DIRETOR: Pe. Edilson de Souza Silva • EDITOR: Roberto Alves de Oliveira • JORNALISTA RESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - MTb 39.450 • SUPERVISÃO DE TEXTO E DIGITAÇÃO: Soleimar Maria Rossi e Roberto A. de Oliveira • REVISÃO: Eduardo Mazzocatto • RELAÇÕES PÚBLICAS/ COMERCIAIS: Roberto A. de Oliveira e Elvis R. Bertola • ASSINATURAS: José Pinfildi Filho • REPORTAGEM e PESQUISAS: Roberto A. de Oliveira • COLABORADORES: Pe. Edilson de Souza Silva, Elvis Roberto Bertola, Soleimar M. Rossi, Roberto A. de Oliveira, Ralph Rosário Solimeo, Claudio e Maria Pincinato, Emilia T. Costa Tierno, Paulo Imparato, Marta Ap. L. de Ana, Marilena Alfano Teixeira Lima, Leonardo C. de Almeida e Atílio Monteiro Jr.• ILUSTRAÇÕES e FOTOS: : Roberto A. de Oliveira, Memorial Penha de França, Inventy Soluções Criativas, site da Diocese de São Miguel Paulista• TIRAGEM: 3.000 exemplares • DIAGRAMAÇÃO: José Hildegardo– Fone: (88) 99974-9086• FOTOLITO e IMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda Fone: (11) 4615-4680.

As matérias assinadas são de total responsabilidade de seus autores, isentando este jornal de qualquer responsabilidade sobre as mesmas.

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 5PUBLICIDADES

“É NA FAMÍLIA QUE A CRIANÇA JÁ ANTES DO SEU NASCIMENTO ENCONTRA ACOLHIMENTO E CARINHO”

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20186

nossas próprias distrações mani-festarão a Deus o ardor de nosso amor por Ele. (...) Senhor, permite que as minhas distrações te digam que te amo.”

Estas reflexões de Padre Leo Trese podem nos servir de inspi-ração e motivar a perseverança na oração, por mais dificuldades que possamos ter. Elas pouco a pouco desaparecerão, se nos comprome-termos, com o auxílio da graça, a buscar a Deus, pois Ele sempre se deixa encontrar. Estamos adentran-do o Tempo Quaresmal, em que a Igreja nos oferece como exercícios maiores o Jejum, a Esmola e a Oração. Que este tempo favorável seja para nós também momento de retomar ou de aprofundar uma vida espiritual talvez ainda mor-na ou mesmo quase inexistente. Sempre é tempo de recomeçar com Deus, que nos espera e nos deseja. Lembro o grande Santo Agostinho: “Deus tem sede de que tenhamos sede Dele”

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIOR

AS DIFICULDADES NA ORAÇÃO

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Todo cristão católico sabe, por princípio, que a oração é uma das atividades mais essenciais da fé cristã. Não se compreende um católico que não reze, que não busque a intimidade com o seu Senhor, algumas vezes ao dia, e, sobretudo, na escuta da Palavra de Deus. Já foi dito que a oração é a “respiração da alma!”, e assim é, de fato. E, como o respirar, a ora-ção também é alimento, sustento, refúgio e consolo. Quanto mais nos habituamos na vida interior (e tudo na vida espiritual depende de hábi-to), mais desejamos estar com Ele. “Como a corça suspira pelas águas correntes, assim minha alma suspi-ra por vós, ó Senhor! Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo” (Sl 41,1-2). Portanto, quanto mais se reza, mais se tem vontade de rezar. O bom orante sabe que a oração é um canal através do qual o nosso amor chega a Deus e o amor de Deus volta a nós. O cristão compreende a oração como a definição clássica da “elevação da mente e do coração para Deus”.

No entanto, não raro, acontece que aqueles e aquelas que mais se esforçam por orar bem, expe-rimentam as maiores dificuldades nesse exercício tão importante, e

essas dificuldades se apresentam a leigos, mas também a religiosos e sacerdotes. Entre estas dificulda-des, vamos destacar aqui as dis-trações. Estas podem estar ligadas à utilização de tantos elementos convidativos da nossa moderni-dade. Haja vista a dificuldade das pessoas se concentrarem por conta de smartphones, notebooks, televi-sores, etc. Outro fator que pode nos desconcentrar são as preocupações, tarefas a cumprir, trabalhos a entre-gar, etc. Tantos fatores podem nos levar a perder o foco da oração por uma imaginação descontrolada, sem domínio. E a imaginação é a mãe da distração. Santa Teresa de Ávila, a grande reformadora do Carmelo e mística do século XVI, usava uma expressão que se tornou clássica. Dizia ela que a nossa imaginação é a “louca da casa”.

De fato, seja durante a Santa Missa, ou na recitação do terço, ou nas orações da manhã e da noite, parece que começamos bem dispostos e, de repente, não sabe-mos como chegamos até a metade. Ou então, ao lermos uma página da Sagrada Escritura, começamos atentos e, ao chegarmos ao final de um trecho qualquer, não sabemos o que lemos acima.

É certo que qualquer esforço mental de concentração exige há-bito. O hábito é a mola mestra das virtudes. Com certeza, a virtude da piedade deriva do hábito de rezar. Assim como nosso corpo necessita de exercícios físicos para se man-ter em forma e saudável, a alma também necessita de exercícios espirituais próprios à sua natureza, de modo a manter a saúde espiri-tual. A oração é parte indispensá-vel desses exercícios. Do mesmo modo que desenvolvemos hábitos alimentares ou de ginástica para o corpo, precisamos desenvolver hábitos para o espírito.

Porém, sabemos que Deus não exige o impossível de ninguém. A condição fundamental para uma boa oração é a intenção de fazê-la, ainda que dirigir o nosso pensamento e o nosso coração a Deus exija esforço inicial. Durante muito tempo eu me debati com este dilema interior, que não é de poucos, até que uma leitura simples mas muito profícua iluminou minha caminhada de oração. Era um texto do Padre Leo J. Trese, sacerdote nor-te-americano, em seu livro “Não vos preocupeis”, da Editora Quadrante. Reproduzo abaixo o trecho que me marcou e o ofereço a você.

“Não há muito tempo, telefo-nou-me uma jovem mãe. Tinha-a conhecido quando era criança, e não voltara a vê-la. Alterou os seus planos para vir visitar-me e eu me senti lisonjeado por essa evidente prova de afeto pelo seu antigo pá-roco. Como não tinha empregada, teve que trazer consigo as suas três crianças. A contínua algazarra dos pequenos e os constantes esforços da mãe para aquietá-los, dar-lhes de beber ou leva-los ao banheiro, interromperam várias vezes nossa conversa. A sua atenção concen-trava-se mais nos pequenos do que em mim. No entanto, o sim-ples fato de ter vindo visitar-me, apesar de todas essas dificuldades, revelou a bondade dos seus sen-timentos. Quando se foi embora, precedida de suas três pequenas distrações, deixou atrás de si um pequeno rastro de luz para o resto de meu dia. De modo semelhante, quando nos dispomos a visitar a Deus, podemos consumir uma boa parte do tempo da oração – talvez a maior parte - correndo atrás dos nossos buliçosos e errantes pensa-mentos. A atenção que prestamos a Deus talvez seja mínima. De qualquer modo, Deus alegra-se com nossos esforços, sente-se satisfeito com nossas patentes intenções de falar com Ele. Quanto mais difícil se nos parece orar, mais agradável pode vir a ser nossa oração. As

«Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água, e o céu se abriu. E ele viu o Espírito de Deus descer, como uma pomba, e vir sobre ele. E do céu veio uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado; nele está o meu agrado”». (Mt 3, 16-17)

Na festa do Batismo do Senhor encerra-se o ciclo do Natal e dá-se início do Tempo Comum.

Batismo é o começo de uma vida nova!

Jesus não tinha necessidade de ser batizado, mas em sua humilda-de aceitou ser batizado por João Batista nas águas do Rio Jordão, santificando e abençoando assim todas as águas.

Batismo é compromisso com Deus e tem como consequência a missão para salvar e libertar os homens. Jesus nos batiza com o Espírito Santo e com o fogo do Seu amor, tornando-nos herdeiros da Vida Eterna. Jesus nos ensina que para entrar no Reino dos Céus devemos ser como as crianças – humildes, simples, totalmente confia-dos no Pai e entregues ao Seu amor. Para atender ao que o Senhor nos pede amemos uns aos outros como a nós mesmos. Batismo é adentrar numa família que é a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus a caminho.

A Igreja orienta-nos hoje, a ad-ministrar o batismo para as crianças

o mais cedo possível, com o objetivo de semear a boa semente da evan-gelização e da fé o quanto antes, e continuar, nas famílias e na comu-nidade, a desenvolver na criança os valores do Evangelho até o momento oportuno para prepara-la à Primeira Eucaristia. A infância, período da for-mação da personalidade da pessoa, é tempo propício para transmissão da fé. Após isso...

O bom caminho nos leva a Deus e para isso os pais devem ser os primeiros catequistas, dar bons exemplos, ser presente, estabelecer limites, ensinar seus filhos a serem dóceis e ternos, nunca alterar o tom de voz, agir com simplicidade e humildade, tratar o próximo com amor e respeito, faze-los participar em comunidade, ensina-los a par-tilhar com justiça e paz à caminho de um mundo novo.

Padrinhos devem acompanhar, sendo sempre presentes, o cresci-mento religioso do seu/sua afilha-do(a), dar exemplo de vivência da fé, de participação na Igreja e aju-darem os pais na educação na fé de seus filhos – até mesmo cobrar isso, quando necessário, pois são pais e

mães espirituais de seus afilhados. Que o Senhor nos ajude a viver

o nosso Batismo e a transmitir o Evangelho aos irmãos, especial-mente às nossas crianças e jovens.

MARIA/CLAUDIO PINCINATOPastoral do Batismo

PASTORAL DO BATISMO

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 7

“CONDIÇÕES DIGNAS DE MORADIA, TRABALHO, EDUCAÇÃO, SÃO AÇÕES PÚBLICAS QUE REDUZEM ÍNDICES DE VIOLÊNCIA”

PUBLICIDADES

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 20188FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Nas festas de fim de ano, es-tando no sítio e precisando de uma pessoa para ajudar a empregada, recorri à indicação dos parentes:

-Olha, tem a Ednéia. É uma moça “trabalhadeira” e tem a vantagem de não ser como essas chivetinhas, que vestem roupas escandalosas e vivem falando besteira - ela é crente.

-Mas, quer dizer que a ga-rantia dos seus atributos é ela ser “crente”? Não seria esse comportamento o esperado de qualquer moça católica? Afinal, o católico não foi sempre, não só crente, mas, também, evangélico e pentecostal?

• Crente – Pois acredita nos princípios fundamentais do cristianismo e faz esta profissão de Fé sempre que reza o Terço ou participa de uma Missa, rezando

o Credo;• Evangélico – Uma vez que é

fiel à Doutrina da Igreja, que é a explicitação da Revelação contida no Evangelho, da qual é a guardiã, por atribuição do próprio Cristo: “Pedro, tu és pedra e sobre ti edi-ficarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Céu: tudo o que ligares na terra será ligado no Céu e tudo o que desli-gares na terra será desligado nos Céus”. (Mt 16, 18-1) “Ide e ensinai a todas as nações, batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo que vos mandei. Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28, 19-20)

• Pentecostal – Ninguém invoca mais o Espírito Santo, do que o ca-

tólico, pois, a cada vez que reza o Pelo Sinal da Santa Cruz, o faz em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e crê que Ele: “é fonte da vida e procede do Pai e do Filho, e que com o Pai e o Filho, recebe a mesma adoração e a mesma glória. Foi Ele que falou pelos profetas...”.

Interessante! Mas parece estar havendo uma inversão doutriná-ria: embora a maioria dos protes-tantes professe a “doutrina da justificação pela Fé”, isto é, creia que as obras não são necessárias à salvação, bastando a Fé, é raro encontrar-se um protestan-te frequentando ambientes e divertimentos perigosos à Fé, ou tendo por hábito dizer palavrões e contar piadinhas pornográficas, ou ainda, adotando esta moda feminina que mostra, cada vez

Descendo a escada que fica entre o Altar principal e a Capela do Santíssimo chega-se ao Ossário. É um espaço grande e parecendo um labirinto, onde paroquianos e devotos adquirem um espaço (gavetas) para depositar as cinzas ou os ossos de seus entes queridos falecidos.

A quantidade de lóculos (gavetas) é de 4.248 e está praticamente esgotada e a espera para obter uma vaga é bem grande. Restam mais ou menos 50 unidades – a maioria com espaço somente para cinzas. Como praticamente todos os lugares estão ocupados existe a possibili-dade de negociação com os proprietários de espaços que não têm mais interesse em utilizá-lo.

Na área central do Ossário há uma Capela que comporta aproximadamente 100 pessoas, denominada Capela Padre Carlinhos, onde são realizadas celebrações todas as segundas-feiras às 15h00.

No Ossário, ao lado do altar da Capela está o túmulo do Padre Carlinhos que faleceu em 11 de Março de 1998 com fama de santidade: Pe. Carlos Otaviano Giele nasceu em 13 de Setembro de 1911, foi ordenado padre em 08 de Dezembro de 1937 por Dom Duarte Leopoldo e Silva, foi Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Sion na Região Episcopal Ipiranga e Conego Honorário do Cabido Metropolitano de São Paulo. Homem simples e bondoso, em 1967 fez parte do primeiro grupo de padres Diocesanos que assumiu a Paróquia de Nossa Senhora da Penha. Trabalhou na Paróquia da Penha por 31 anos, onde gastou sua vida no trabalho da evangelização. Amava atender as confissões do povo. Foi confessor também de Bispos entre eles: D. Angélico Sândalo Bernardino e D. Fernando Legal. Sua principal característica era a caridade aos colegas padres, ao povo e aos pobres. Se estivesse comendo e algum pobre batesse à porta da casa paroquial pedindo comida ele dava o seu próprio prato e ficava sem comer.

por ROBERTO A. de OLIVEIRA | Equipe de Comunicação

FORMANDO COM A IGREJA

VOCÊ CONHECE SUA IGREJA?

Crente, Evangélico e Pentecostal!

mais, o corpo da mulher do que a veste, cuidados estes abandonados por grande parte dos católicos.

-Você está por fora – observaram alguns amigos católicos, “de Missa e Co-munhão”, com os quais co-mentei o assunto – a Igreja mudou hoje a preocupação é mais com as injustiças sociais. O importante é a gente ter Fé e ajudar os pobres. O modo como a gente se veste ou se diverte nada tem a ver com a salvação. Assim, alguns deles, com as respectivas esposas, como costumeiramente o fazem, desfilaram no Sambódromo num dos blocos do “todo mundo nu”, ou quase, e na quarta feira, ainda curtindo a ressaca, foram à sua Igreja receber as Cinzas.

Realmente as coisas e os ho-mens mudaram, mas não a Igreja, pois Cristo, que é a Sua Cabeça, não muda e só Ele tem palavras de vida eterna. A Fé e a Caridade, como virtudes teologais, sempre foram pregadas pela Igreja, en-

tretanto, não basta apenas dizer que cremos, é necessário que vivamos como crentes: “Vós sois a luz do mundo... Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem vosso Pai que está no Céu”. (Mt 5, 14-16)

Lembremo-nos, ainda, da adver-tência de S. Pedro: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós, como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na Fé”.

RALPH ROSÁRIO [email protected]

Ossário da Basílica de Nossa Senhora da Penha

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 9PUBLICIDADES

“NO MAPA DA VIOLÊNCIA 2016 CONSTATA-SE QUE MORREM MUITO MAIS PESSOAS NEGRAS QUE BRANCAS”

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 201810FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

NOS CAMINHOS DE MARIA Com Maria, a Senhora da Luz, rumo à Páscoa!

PASTORAL DA CATEQUESE

Fevereiro é um mês generoso na espiritualidade mariana, por-quanto é dotado de comemora-ções que evocam títulos de Nossa Senhora. Esse mês também nos insere no tempo da Quaresma, nosso caminho para a Páscoa do Senhor, convidando-nos a refletir sobre a temática da Campanha da Fraternidade que nos dá pistas de ações concretas de conversão pessoal e social.

No início do mês, dia 2, ce-lebramos a Festa Litúrgica da Apresentação do Senhor no Tem-plo (antes chamada de Festa da Purificação de Nossa Senhora). O que se destaca aqui é a dedicação de Maria e José, pais de Jesus, em cumprir as prescrições da Lei, en-tregando seu Filho ao Pai quarenta dias após o nascimento (cf. Lc 2, 22-40). A vinda do Messias ao Templo de Jerusalém estava pro-fetizada pelo profeta Malaquias (cf. Ml 3,1-4). Essa celebração é também conhecida como a “Festa das Luzes”, devido à procissão de velas que se realiza neste dia. O rito da bênção e procissão das

velas tem origem nas palavras de Simeão, referindo-se ao Menino como “Luz para iluminar a nações e glória de Israel” (Lc 2,32). Essa Festa prolonga para nós os misté-rios do Natal, mas também contém certo sabor pascal, antecipando o esplendor da luz que brilhará sem ocaso na manhã da Ressurreição do Senhor. A piedade popular, por sua vez, evoca, nesse dia, Maria sob o título de Senhora da Luz, da Candelária ou das Candeias. A iconografia dessas invocações representa Maria carregando o Menino Jesus e com uma vela ace-sa na mão. Esse atributo – vela, candeia, candelária – remete à Luz de Cristo, Salvador de todos os povos. Há registros de aparição da Virgem das Candeias nas Ilhas Canárias em 1400.

Nossa Senhora da Candelária é Padroeira de Igrejas famosas, como a artística igreja dedicada a Ela no centro do Rio de Janeiro (junto da qual ocorreu a lamen-tável Chacina da Candelária em 1993), a igreja da Vila Maria, aqui em São Paulo, e a histórica Igreja

Matriz de Itu, cidade da qual é Pa-droeira. Sob a invocação de Nossa Senhora da Luz destacamos a igreja do Mosteiro da Luz (fundado no século XVIII por Frei Galvão em São Paulo e que originou o bairro homônimo). Pelo fato do dia 02 de fevereiro celebrar uma Festa do Senhor que tem relação com Maria, alguns lugares comemoram nessa data a Virgem sob o título de Nossa Senhora dos Navegantes, devoção surgida no século XV com os navegadores europeus, espe-cialmente os portugueses.

No dia 11 deste mês, a Igre-ja comemora a Festa de Nossa Senhora de Lourdes, fazendo memória das aparições da Virgem a Santa Bernadette Soubirous, na França, em 1858, a quem a Senho-ra se apresentou como a “Imacu-lada Conceição”, confirmando o dogma mariano proclamado alguns anos antes. O local das aparições tornou-se um Santuário procurado por milhões de devotos, sobre-maneira os enfermos, em busca da fonte de águas milagrosas e curativas revelada por Nossa Se-

nhora – sinal da predileção divina pelos que sofrem e padecem. Por essa razão, celebra-se em 11 de fevereiro também o Dia Mundial do Enfermo. Grutas e igrejas de Nossa Senhora de Lourdes per-petuam esse culto mariano por todo o mundo. Em nossa Basílica, no pátio principal, encontra-se a gruta de Lourdes, reconstruída na década de 2000 em substituição da primitiva gruta que havia no local onde hoje está a igreja. Também próximo de nós, na Água Rasa, existe um belo Santuário dedicado à Virgem de Lourdes.

Por fim, no dia 14, iniciamos nosso itinerário preparatório à Páscoa de Jesus. Nesta Qua-resma, com Nosso Senhor dos Passos, carregamos nossas cruzes na esperança da ressurreição e assumimos um compromisso de conversão e penitência. Consola-dos e amparados pela Senhora das Dores, percorremos os caminhos de nossa “via sacra” neste mun-do, associados aos sofrimentos de Jesus. Queremos também ser “cirineus” juntos aos irmãos so-fredores, construindo a cultura da paz. Como leigos engajados e conscientes de nossa missão, neste Ano do Laicato, assumimos os compromissos apresentados pela Campanha da Fraternidade

Caros leitores, William Shakes-peare afirmou que “aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedi-mos”. Assim, neste mês, trans-crevo abaixo o texto cujo título e autores são desconhecidos. Espero que gostem! Beijos carinhosos!

MARTA AP. L. DA ANA Catequista

O filho de um homem rico es-tava se formando na faculdade... Por meses, o filho ficou pedindo ao pai um novo carro, sabendo que seu pai tinha mais dinheiro que o suficiente para compra-lo.

Quando chegou o dia da for-matura, o pai do jovem rapaz chamou-o à sala de estudos. O pai entregou-lhe um presente embru-lhado e parabenizou o formando por sua conquista.

Parecendo decepcionado, o

filho abriu o presente e encontrou um adorável diário encadernado em couro, com o nome do jovem gravado em relevo na capa.

Ele levantou a voz com raiva, jogou o diário no chão e saiu.

O jovem rapaz não viu mais seu pai desde o dia da formatura. Ele tornou-se uma pessoa de sucesso e tão rico quanto seu pai, com uma bela casa e uma bela família.

Com o passar dos tempos, ele começou a perceber que seu pai estava envelhecendo e que talvez fosse a hora de deixar o passado para trás. Foi então que recebeu uma mensagem dizendo que seu pai havia falecido e que ele deve-ria retornar à casa para cuidar do patrimônio.

Assim que o filho em luto retornou à sua antiga casa, co-meçou a procurar nos documentos importantes do pai viu aquele diário ainda novo, assim como ele

deste ano, que nos convida, a par-tir da Palavra de Deus, a superar toda forma de violência por meio do diálogo, do perdão, da inclusão, da reconciliação e da justiça, pois “em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8).

LEONARDO CAETANO

DE ALMEIDAEquipe de Comunicação e

Associado da Academia Marial de Aparecida

o tinha deixado.Ele o abriu e, ao folhear as

páginas, a chave de um carro caiu da parte de trás do diário.

A etiqueta da concessionária estava anexada à chave e se lia “Tudo pago. Onde quer que esse carro te leve, escreva sobre ele para se lembrar para sempre. Com Amor, Pai”.

Não importa aquilo que você espera, seja grato por aquilo que recebe. A benção pode ser maior do que você imagina.

“Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos po-bres e até me entregasse como escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria” (1Cor 13,3).

O AMOR é o sentimento que nos liga a tudo e a todos. Somente a partir da sua prática é que nossa vida se torna real-mente feliz. O AMOR é o melhor de nós. É por meio dele que nos tornamos uma pessoa cativante, carinhosa, dócil, gentil, alegre, corajosa e disposta a ser útil a quem precise. Nenhum bem material será capaz de despertar tantas coisas boas nas pessoas como o AMOR que formos capa-zes de oferecer às pessoas que nos rodeiam. Somente o AMOR

SASPServiço Social da Penha

é a ponte que nos une a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Sem AMOR vivemos distantes de Deus, dos nossos semelhantes e de nós mesmos. A falta de AMOR é uma quebra nessa ligação divi-na com tudo e com todos. Agora, quando retornarmos ao nosso trabalho no serviço aos nossos irmãos em situação de rua, en-chamos nosso coração de muito AMOR, para que nosso trabalho seja abençoado e fecundo.

SOLEIMAR MARIA ROSSIEquipe do SASP

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 11PUBLICIDADES

“FELIZES OS SERES HUMANOS QUE VEM AO MUNDO NUM LAR ONDE SE É SIMPLESMENTE NORMAL”

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 201812FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

CICLO e TRÍDUO PASCAL

A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema: “Frater-nidade e superação da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt. 23,8). Segundo o texto-base: “o tema pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja Católica proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”.

O Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018 é: “Consti-tuir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de supe-ração da violência”. Há também nesta Campanha sete Objetivos Específicos:

a)Anunciar a Boa-Nova da fra-ternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal;

b)Analisar as múltiplas formas de violência, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas considerando suas causas e conse-quências na sociedade brasileira;

c)Identificar o alcance da violência, nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação, a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça, em sintonia com o Ensino Social da Igreja;

d)Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fra-terna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão;

e)Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas para superação da desigualdade social e da violência;

f)Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que

levem à superação da vio-lência;

g)Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e or-ganizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.

A Campanha usa o mé-todo conhecido de “Ver, Julgar e Agir” para analisar a situação da violência no país. A parte titulada “Ver” é dividida em três subdivisões:

I.As múltiplas formas da violência;

II.A violência como sistema no Brasil; e

III.As vítimas da violência no Brasil contemporâneo.

O texto-base da CF cita os tipos de violência sofridos pelas vítimas no Brasil contemporâneo: A lista é longa: Violência racial, doméstica, religiosa, no trânsito, contra jovens e mulheres, vio-lência sexual e tráfico humano, violência e narcotráfico, violência policial, violência contra os traba-lhadores rurais e contra os povos tradicionais etc.

O setor da CF titulado “Jul-gar” apresenta a fundamentação religiosa para evitar a violência. A violência é um tema abundante na Sagrada Escritura especial-mente no Antigo Testamento. O texto-base da CF oferece um riquíssimo estudo sobre isso. Porém, é no Novo Testamento que Jesus anuncia o evangelho da re-conciliação e da paz. “Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O cen-tro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta. Por isso, não se en-contra nenhum tipo de incentivo à violência em suas páginas”. Fiel à mensagem de paz e reconcilia-ção de Jesus a Igreja oferece sua colaboração para a superação da violência, como partilha de sua experiência e de sua fé. Vários documentos Pontifícios além do Concílio Vaticano ll são citados aqui no texto-base.

Finalmente, no setor titulado “Agir” encontramos ações para a superação da violência. “A supera-ção da violência nasce da relação com o outro. O primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar é na família”, portanto sua importância na luta contra a violência. A CF deste ano de 2018 propõe a construção e a promoção de uma cultura da paz. Apresenta pistas e áreas concretas que preci-sam ser reexaminadas para atingir esta meta:

a) O Estatuto da Criança e do Adolescente;

b) A violência doméstica e a Lei Maria da Penha;

c) Os Direitos Humanos;d) A superação da violência

gerada pela exploração sexual pelo tráfico humano;

e) Violência e juventude; f) O racismo e a superação

da violência; g) A superação da violência

no campo; h) A superação da violência

fruto do narcotráfico; i) O Estatuto do Desarma-

mento; j) A violência religiosa; k) A violência política; l) A violência no trânsito; m) A Defensoria pública. O Texto-base contém 124

páginas e vale a pena adquiri-lo, lê-lo e coloca-lo em prática. E que a paz esteja com todos!

por ROBERTO A. de OLIVEIRA

Equipe de Comunicação

O Ciclo Pascal começa na Quarta-feira de Cinzas e en-cerra-se com a Solenidade de Pentecostes. Todas as celebra-ções fazem memória da copiosa Redenção realizada por Jesus desde sua Paixão, Morte e Res-surreição até sua Ascenção e o envio do Espírito Santo em Pen-tecostes. É um ciclo que não tem datas fixas, porque segue um calendário variável com espaço preciso entre as celebrações. O Ciclo Pascal constitui o centro do Ano Litúrgico e é o mais importante e significativo para a vida da Igreja.

O Tríduo Pascal se inicia com a celebração da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, num cli-ma de extrema ternura de Jesus e de entrega voluntária de sua vida pela nossa Redenção. Des-se momento até a noite pascal relembramos o quanto custou a Jesus ter-nos amado até o fim: a traição, a condenação injusta, a tortura violenta e a crucifi-

xão e morte na Cruz. Assim a Comunidade anuncia a Morte do Senhor para proclamar com maior força, na noite do Sábado Santo, a fé na sua Ressurreição, simbolizado pelo Círio aceso. É importante que a renovação das promessas do Batismo expresse com força o empenho de cada cristão de viver como ressusci-tado com Jesus.

Os 7 domingos que seguem após a Páscoa, incluindo a Ascenção do Senhor, são um prolongamento do Domingo de Páscoa. E Pentecostes irá en-cerrar o Ciclo Pascal como uma renovação do sacramento da Cris-ma, que confirma a Igreja em sua realidade de construir comunhão e de existir para a missão.

Fonte: DEUS CONOSCO DIA A DIA – Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R

por ROBERTO A. de OLIVEIRA - Grupo do

Terço dos Homens

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 13

“A POBREZA/MISÉRIA, NA VERDADE – É UMA DAS PIORES FORMAS DE VIOLÊNCIA QUE UMA CRIANÇA PODE ENFRENTAR”

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O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 201814FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

“MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA, MESMO DEPOIS DE ANOS PRESA, AINDA NÃO FOI JULGADA”

O SANTUÁRIO DA PENHA FEVEREIRO DE 2018 15PUBLICIDADES

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“A C.F. DE 2018 NÃO É SIMPLESMENTE SOBRE VIOLÊNCIA, MAS SIM SOBRE A SUA SUPERAÇÃO”

O SANTUÁRIO DA PENHAFEVEREIRO DE 201816

“DEVEMOS OUVIR A VOZ LIBERTADORA DO SENHOR, QUE NOS CHAMA EM SEU AMOR”

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