1. INTRODUO 1.1 Antecedentes Para formao de um bom profissional necessrio que ele desenvolva habilidades durante seus estudos. Um dos objetivos do curso de Urbanismo tornar o aluno apto a analisar o tecido urbano das cidades, de modo que ao trmino do curso ele seja capaz de observar e entender a estrutura de qualquer territrio, independente da localizao geogrfica, do perodo histrico ou dos fatores culturais. Ao longo dos ltimos dois anos, na universidade, passamos por duas etapas principais: primeiramente o conhecimento terico onde fomos apresentados formao histrica das cidades, e posteriormente o contato prtico onde alm da anlise do local pudemos intervir com propostas de melhorias a determinadas regies. Outro fator marcante nessa trajetria foi a mudana de escala territorial. Comeamos pela anlise de uma pequena rua de uso residencial, depois partimos para um bairro e agora iniciamos o estudo aprofundado de uma cidade, no caso o Municpio de So Roque.

1.2 Objetivos gerais Essa pesquisa tem por objetivo analisar e entender a estrutura urbana buscando referncia na relao entre a Infraestrutura que compe o espao da aglomerao urbana e o conjunto de atividades de produo realizadas nessa rea. Para entender essa relao, indispensvel o levantamento de Uso e Ocupao do solo, para que assim a anlise e o entendimento da ocupao urbana sejam realizados.

1.3 Objetivos Especficos A anlise do municpio de So Roque tem por objetivo especfico levantar dados relevantes que ajudem a entender a estrutura urbana do local. Atravs do levantamento de Uso e Ocupao do solo serpossvel reconhecer e interpretar os fatores que compem o tecido urbano. Para tanto, 5

ser necessrio identificar, a rea central da cidade, ou seja, o local onde se concentram as atividades econmicas, como comrcios e servios; identificar tambm se o centro novo ou se histrico; se existem subcentros ou no; onde se localizam as residncias, se esto prximas ou afastadas do centro ou dos subcentros; se esto afastadas, quais so os meios que interligam essas duas reas. Analisando os usos de comrcio e servios, ser possvel identificar se h muita, ou pouca, oferta de empregos e tambm se a cidade apresenta desenvolvimento econmico. Com o uso Institucional pode-se verificar se as necessidades dos habitantes so atendidas ou se o investimento no suficiente. E as Indstrias podero mostrar onde se localizam, no municpio, os grandes polos de produo em grande escala.

1.4 Justificativas O intuito do levantamento de uma estrutura urbana criar uma base de dados sobre o municpio em questo para que ns possamos entender a sua dinmica. Foi proposto o estudo do Municpio de So Roque, devido dimenso do seu territrio - uma rea relativamente pequena, que possibilita a pesquisa de diversos temas por completo. Alm disso, uma cidade que apresenta seu carter histrico bem presente, que acaba influenciando em sua estrutura. Partindo destes conceitos, ao consolidarmos este mtodo de pesquisa seremos capazes de analisar e entender a estrutura urbana, e sua dinmica, de qualquer cidade.

1.5 Mtodo O mtodo de pesquisa e levantamentoadotado pelo grupo foi primeiramente busca de informaes relevantes sobre o local, como por exemplo, consulta ao Plano Diretor, pesquisas da histria da cidade, levantamento de mapas do municpio em geral e outros mais especficos, e at mesmo contato direto com a Prefeitura da cidade.

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Aps o recolhimento dessas informaes e j com o permetro urbano determinado, o grupo de doze pessoas foi subdividido em seis duplas, onde cada uma ficou responsvel pela visita em campo de uma determinada regio. O levantamento foi realizado no dia 09 de maro, com o objetivo de atualizao dos dados pesquisados, registros iconogrficos, e observaes gerais. Concluindo essa etapa o grupo juntou todas as informaes - tanto da cidade quanto das demais reas urbanizadas - e iniciamos o processo de produo de mapas e textos para enfim compreender, ainda que de forma genrica, as atividades do Municpio de So Roque.

1.6 Estrutura Seguindo o raciocnio utilizado para organizar as informaes deste trabalho iremos apresentar as reas urbanizadas de forma decrescente em relao a seu tamanho territorial. Apresentaremos as informaes mais relevantes levantadas pelo grupo, quanto ao Uso e Ocupao do solo e no final concluiremos o relatrio apontando a relao entre as atividades da cidade com as outras reas urbanizadas.

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2. MUNICPIO DE SO ROQUE 1.1 Cidade de So Roque Nesta seo do trabalho apresentaremos os levantamentos, de Uso e Ocupao do Solo, referentes ao permetro urbano da sede de So Roque, ou seja, a cidade. O ponto de partida foi a PraaMatriz, onde se localiza a Igreja Matriz.

2.1.1 Centro / (nordeste) rea levantada: centro e proximidades da rota Raposo Tavares, Av. Araa, Av. John Kennedy, Rua 3 de maio, Estrada da serrinha Bandeirantes. O destaque deste trecho a Raposo Tavares e seu desenvolvimento, o qual trabalha como ponto articulador entre o centro de So Roque e o acesso cidade atravs da rodovia. O inicio do percurso deu-se na rodoviria de So Roque (Anexo Foto 01) sentido Av. Araa (sentido norte da cidade), onde foi constatado o Centro Cultural (BRASITAL) (Anexo Foto 02), que ocupa uma antiga fbrica txtil tombada, com diversas atividades culturais e de lazer. Do outro lado da e Av.

rodovia encontra-se uma rea residencial, que se inicia no Jd. Amrica e se desenvolve na via conectora - Rua Santa Rita -, onde pode ser observada a organizao espacial e econmica a partir da igreja (Anexo Foto 03). medida que se aproximava da rea residencial, ficava clara a queda gradativa no padro social, assim como a qualidade das construes. A classe mdia da rea residencial se encontrava perto da igreja (Anexo Foto 04). No final da Av. Santa Rita, encontravam-se lotes com construes irregulares, constatados como rea rural e que, de acordo com um morador, eram lotes de uma fazenda, que foi dividida em pequenas chcaras pode-se dizer que ocorreu um loteamento irregular, pois surgiram vias no momento da diviso, porm no pavimentadas e nem com infraestrutura. O saneamento e toda manuteno do local por conta dos moradores, j que esta uma rea no consideradaurbanizada para a prefeitura (Anexo - Foto 05).

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No alto da Rua Honrio Mendes de Moraes, o uso comea a se mesclar, apesar de ainda apresentar residncias de classe mdia, fica claro que conforme se aproxima da rea central h um aumento do padro de vida (Anexo - Foto 06 e 07). A partir da temos a rea central com comrcios e servios, que apresenta duas praas - uma delas se localiza no encontro da Av. John Kennedy com a Av. Trs de Maio (Pa. Da Repblica) (Anexo - Foto 08), e a outra, h poucos quarteires, encontra-se na Rua Marechal Deodoro da Fonseca com a Av. Joo Pessoa (Pa. Da Matriz) (Anexo - Foto 09). No entorno da ltima existem comrcios e servios variados, um shopping pequeno e um supermercado e neste contexto que o centro se desenvolve (Anexo - Foto 10). Seguindo pela Av. 3 de maio (sentido Norte), continuao da Av. John Kennedy, h mais alguns comrcios e duas fbricas (Anexo - Foto 11), porm em seus arredores h uma predominncia residencial de classe baixa, em especial aps a parquia Nossa senhora de Ftima. Mantendo o sentido, pela estrada da Serrinha, tem-se acesso ao Sky Montain Park o principal ponto turstico de So Roque - e vrios condomnios de classe alta (Anexo - Foto 12). A partir da Chaid Kaid, o uso se restringe novamente ao residencial, primeiramente de classe baixa e conforme se aproxima da Av Bandeirantes, a partir da Rotary Club, a classe se eleva. Nota-se a presena de muitos condomnios de alto padro nessa rea, sempre de residncias unifamiliares (Anexo - Foto 13). Na Av. Bandeirantes, o usoresidencial deixa de ser presente e d lugar a fbricas, comrcios e centros de esttica, fazendo conexo com a Av Brasil e com o centro - com a praa John Kennedy.(Anexo - Foto 14 a 17) Nosso percurso finaliza com a passagem entre as praas e a igreja matriz, em direo rodoviria passando por uma faculdade pblica FATEC, e a prefeitura na Rua So Paulo, um posto policial atrs da Rodoviria.

2.1.2 Centro / (Norte) Dando continuidade ao levantamento do centro da Cidade de So Roque, as vias percorridas foram: Av. Brasil; Rua Sta. Quitria; Av. Varanguera; Av. Bernardino de Lucca; Rua Salespolis; Av. Jaboticabal; Rod. Raposo Tavares; Av. Getlio Vargas; Rua Paulino Hermlio de Campos; Igreja Matriz; Rua trs de maio. 9

Ao analisar a Avenida Brasil percebeu-se uma grande massa de Comrcios e Servios de Pequeno e Mdio porte por toda a sua extenso, cercados por Residncias Unifamiliares de renda Baixa ou Mdia. Afinando o levantamento, podese mencionar que, no sentido da Rod. Castelo Branco aparecem Residncias Unifamiliares de Baixa renda, enquanto que, no sentido Centro clara a mudana para Residncias Unifamiliares de Mdia e at Alta renda (isso tambm ocorre nas proximidades da Rod. Raposo Tavares, que veremos posteriormente). Continuando a anlise, percebeu-se uma clara mistura quanto aos usos dos lotes, pois no cruzamento da Av. Brasil com a Rua Santa Quitria observou-se uma Subestao de Energia Eltrica (Anexo - Foto 23), uma pequena igreja catlica (Anexo - Foto 24), servios diversos, algumas residncias unifamiliares de renda baixa euma grande rea verde. A maioria dos lotes apresentavam um muro, que delimitava a sua rea da calada, porm as edificaes apresentam recuos diversos - umas se encontravam ao fundo do lote, outras mais a frente - devido a essa diferena de usos, que tambm influencia na largura das caladas em determinados locais elas apresentavam largura de 2,5m, aproximadamente, e em outros at 4m devido ao recuo da edificao (Anexo - Foto 25 e 26). Entre essa paisagem, havia um grande lote ocupado pelo centro educacional SESI (Servio Social da Indstria) localizado mais precisamente na Av. Bernardino de Lucca, que uma via importante, pois liga a Av. Varanguera com a Rodovia Raposo Tavares (Anexo - Foto 27). Sua extenso composta por, alm do SESI, Comrcios e Servios eventuais de Mdio e Grande porte, como por exemplo marmorarias, marcenarias e postos de gasolina com convenincia. Paralela Av. Bernardino de Lucca aparece a Rua Salespolis (sentido oeste da cidade), que passa a ser importante dentro da anlise, pois demarca o contraste das residncias. Nelas as residncias so unifamiliares e as rendas vo de mdia baixa; no existem recuos frontais certas casas partem do limite da calada (Anexo - Foto 28 e 29). Outro fato importante se d pela quantidade de lotes desocupados. Ruas mais acima desta, como Rua do Planalto, Rua Mirassol e Rua Marlia, apresentam a mesma configurao de residncias irregulares. Seguindo pela Av. Jaboticabal lindeira Rod. Raposo Tavares surgem diversas fbricas e servios eventuais de pequeno porte, bemcaractersticos de rodovias. Atrs dela, surge uma srie de residncias unifamiliares de renda mdia.

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A Av. Getlio Vargas um dos acessos da rodovia apresenta uma srie de grandes lotes ocupados por grandes edificaes: um contm uma loja de artigos esportivos e o outro o Hospital Santa Marta. Aparecem residncias unifamiliares de media renda no final da via, que por sua vez, acaba na Rua Amador Bueno, onde est a Praa da Repblica (Anexo - Foto 8) um dos pontos tursticos e dos conjuntos paisagsticos da cidade. Retornando matriz, foi percorrida a Rua Paulino Hermlio de Campos (Anexo - Foto 30 e 31) que, por estar no centro, apresenta uma srie de servios e comrcios dirios de pequeno e mdio porte. Assim como a rua citada, a Av. Joo Pessoa, a Rua Dr. Stevaux e a R. Marechal Deodoro da Fonseca apresentam as mesmas caractersticas fsicas: alm dos mesmos usos, suas caladas e leitos carroveis so estreitos com nico sentido para automveis e as edificaes no apresentam nenhum tipo de recuo, sendo geminadas umas as outras. Saindo da R. Marechal Deodoro da Fonseca e seguindo em direo Av. Trs de Maio observa-se ainda a presena de servios e comrcios, porm, surgem tambm, usos institucionais maior quantidade de igrejas e escolas (Anexo - Foto 32, 33 e 34). 2.1.3 Centro / (Leste) Bairros percorridos: Jardim Meny / Vila Junqueira / Vila Mike / Jardim Irene / Taboo / Gabriel Piza. Diviso de Bairros de acordo com a Carta IV - PERMETRO SO ROQUE ZONAS URBANAS - MACROZONAS DE CONSOLIDAO URBANA encontrado no site da Prefeitura daEstncia Turstica de So Roque. A rea analisada tem incio no bairro Jardim Meny passando pela Vila Junqueira, Vila Mike, Jardim Irene e Taboo at Gabriel Piza. Todos os bairros analisados so predominantemente constitudos de residncias unifamiliares com pequenos pontos de comrcio. O comrcio gerador de maior fluxo se localiza na Rua So Paulo, uma via de comrcios e servios que interliga os bairros Jardim Meny e Jardim Irene. Na mesma via tambm se localiza a Cmara Municipal. No Jardim Meny, que o bairro mais prximo ao centro, encontramos residncias de alto padro, com predominncia de casas trreas e sobrados(Anexo Foto 35). Os recuos so diversificados, em algumas casas so frontais, outras

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laterais. Em determinadas casas no possvel saber onde comea e termina o lote. Identificamos alguns condomnios de casas e prdios residenciais. Alm de residncias encontramos tambm alguns equipamentos, entre eles o Grmio Unio So Roquense, duas escolas, sendo uma delas a ETEC So Roque, a estao de tratamento de gua da SABESP e o Cemitrio da Paz de So Roque (Anexo - Foto 36 a 38).

1.2 Distrito de So Joo Novo um dos distritos de So Roque e apresenta caractersticas tpicas de cidade interiorana. Organizase em torno de uma praa central Takeshi Ishimarul (Anexo Foto 39) localizada entre a Rua Faustina Maria das Dores (Via principal) e a Rua Jos Benedito Rodrigues, com as seguintes disposies abaixo: Nota-se que a praa o centro de convivncia da regio, mantido pela prefeitura, onde ocorrem as grandes atividades como,casamentos, feiras livres, festas infantis e atraes de rua, organizadas pelas instituies do local. Alm das atividades comunitrias, a praa serviu para uma organizao urbanstica, onde aparecem, hospitais (Hospital de Sade So Joo Novo), escolas (E.M.E. Escola de So Joo Novo Ciclo I), instituies (CRAS Centro de Referncia de Assistncia Social) e comrcios dirios (Rua Faustina Maria das Dores) em primeiro plano, comrcios eventuais em segundo plano (Rua Joo Matheus de Barros) e residncias em terceiro plano. (Anexo - Foto 40 a 44) No percurso do levantamento encontramos um segundo marco: uma igreja localizada num ponto bem elevado da regio com uma linha frrea passando aos ps do morro. Segundo entrevistas realizadas, notou-se ser uma rea que cresce economicamente, e que o antigo centro da cidade. (Anexo - Foto 45 e 46) A Rod. Engenheiro Ren Benedito da Silva divide o distrito em duas partes, e em uma delas encontravam-se residncias de classe alta - diferentemente do que ocorre no centro-novo, onde aparecem casas populares de classe mdia. (Anexo foto 47 e 48) Seguindo pela rodovia a caminho de So Joo Velho notou-se o incio e desenvolvimento de outras reas residenciais, e tambm o crescimento industrial, que atravs de entrevistas, concluiu-se que emprega parte da populao da regio. 12

Em So Joo Velho situao bem contrastante a So Joo Novo - as residncias so de classe baixa, onde a precariedade alta. Falta-se saneamento, infraestrutura, e a inexistncia de comrcios e servios dificulta ainda mais a situao.Alcanando a regio norte do municpio, descobriu-se uma rea de uso industrial, localizada entre a Rod. Castelo Branco, cidade de So Roque e o municpio de Itu. uma rea com ascenso industrial de grande porte e, atravs de pesquisas, soube-se que a regio sofreu um loteamento privado, devido ao baixo custo do local que foi destinado a essa funo. (Anexo Foto 49 e 50)

1.3 Distrito de Mailasqui uma rea urbanizada localizada a leste da cidade de So Roque e apresenta um uso predominantemente residencial. O acesso principal se d pela Rodovia Raposo Tavares, que atravessa todo o distrito e apresenta um cruzamento com Rua Luiz Matheus uma via importante, pois abriga o centro comercial linear do local, caracterizado por estabelecimentos de pequeno porte e uso dirio como aougue, mercearias, lojas de artigos diversos, padarias e etc. (Anexo Foto 51) Prximo a esse centro comercial h uma linha frrea abandonada e todas as construes alojadas junto estao so de classe baixa. Ainda a norte encontrouse uma edificao de Administrao Distrital que estava fechada, e que, segundo moradores, abandonada a algum tempo. (Anexo Foto 52 e 53) Voltando a Rodovia e seguindo em direo ao centro geogrfico correspondente a Rua Lencio de Toledo encontrou-se o nico Posto de Sade de Mailasqui e uma das Escolas a EMEF Prof. Tibrio e a Capela Sagrado Corao de Jesus, e a partir desse ponto que nos deparamos com as primeiras residncias, sempre unifamiliares e em sua maioria de classe mdia. (Anexo Foto 54 a 56) A regio sul, correspondente s ruas GiusepePrimianni, Jos F. Rodrigues e Leonardo Francisco so predominantemente residncias de Classe mdia (Anexo Foto 57). Ao lado na rua Jorge de Arajo encontra-se uma poro de loteamentos novos, j demarcados mas sem construo alguma, acredita-se que esta rea foi feita prevendo a expanso deste permetro. (Anexo Foto 58 e 59)

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A regio leste nas ruas Padre Camacho e Batista Pedroni encontram-se diversas chcaras e stios com loteamento bem extensos. J na outra ponta do permetro a oeste temos residncias de classe B e apenas na Rua Benedito Maciel algumas construes de Classe baixa. Foi constado que o nico centro de convivncia e lazer para os moradores da rea uma pequena praa prxima a Rodovia e a entrada do local, no muito arborizada e sem equipamentos. Atualmente est sendo construdo um campo de futebol, mas as obras esto apenas comeando. Notou-se que o Distrito est recebendo muito investimentos por parte da Prefeitura de So Roque com relao a Saneamento e Infraestrutura, um local que apresenta sinais de expanso, mas que ainda no tem condies para tal.

1.4 Distrito de Canguera Durante a viagem, seguindo a Rodovia Raposo Tavares, bastante tortuosa e acidentada, observou-se um crescimento significativo de urbanizao. Algumas atividades como restaurantes, condomnios, casas de baixa, mdia e alta classe e principalmente indstrias ao longo dela, caracterizaram a expanso linear da mancha urbana. No permetro urbano de Canguera, uma macrozona um pouco distante da cidade, saindo do centro de So Roque para a RodoviaQuintino de Lima, pde-se observar que a predominncia de reas verdes (Anexo Foto 60 e 61) at a ponte que delimita uma regio a outra. Ao passar a ponte, logo esquerda, observou-se a Ferrovia FEPASA, ainda ativa (Anexo Foto 62). Logo mais a frente, acima da ferrovia FEPASA, possui uma igreja antiga (Anexo Foto 60), o que talvez pudesse ter sido algo importante na estruturao urbana, mantido at hoje como patrimnio histrico da regio de Canguera. J ao lado direito havia algumas casas de baixa renda, com alguns comrcios, tais como bares, restaurante, etc. Seguindo para a Estrada do Vinho como um ponto turstico, conhecemos a Vincolas Gos (Anexo Foto 63), situada num ponto baixo. Ao seu redor possui alguns condomnios fechado e topografia mdia. Minutos depois a chegada, o trem de carga da Ferrovia FEPASA, passou por l (Anexo Foto 64). As ruas da regio 14

de Canguera no geral, possuem vias asfaltadas, servios como o de telefonia (Anexo Foto 65 e 66) e grandes chcaras e stios com a entrada bastante arborizada e alguns trechos da via de terra, apresentando algumas casas aparentemente abandonadas e outras venda (Anexo Foto 67 a 69). Neste ponto que deveria ser a rea central do distrito quase no tem infraestrutura. No existe sede ou subprefeitura e nem servios pblicos para populao, com a ausncia de postos de sade, escolas e reas de lazer. Ao voltar para a cidade de So Roque pela Estrada do vinho, observou-se tambm que h um grande contraste entre construes com e sem planejamento, ou seja, uma segregao scioespacial. No ultimo trecho da visita, na cidade de So Roque j apareceu certa infraestrutura e investimentos locais, alm do setor imobilirio marcado pelos grandes condomnios residenciais, localizados nas reas mais prximas a Rodovia Raposo Tavares. J nas reas mais distante vemos as casas de baixa a mdia classe e comrcios dirios de renda baixa e mdia, que as atendem. (Anexo Foto 70). (imagens anexas 14 a 30). claramente visto que o processo de urbanizao da cidade de So Roque se desintegra com as demais regies, devido a falta de infraestrutura em Canguera em relao ao planejamento de conjunto habitacional e escola, investidos pelo governo, na regio mais prxima do centro da cidade. Portanto podemos analisar da seguinte forma as melhores infraestruturas se encontram no centro e para as pessoas que moram na regio mais afastadas da cidade tendem a adquirir pouca infraestrutura e investimento local.

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3. CONCLUSO

Aps anlise apresentada a partir do levantamento de Uso e Ocupao do Solo, pode-se concluir que a organizao scio espacial do municpio se d principalmente a partir do centro da cidade, expandindo-se em seu entorno atravs das vias principais e da Rodovia Raposo Tavares e ao redor da linha frrea (Itapevi Mairinque) que atravessa o municpio. H tambm uma pequena concentrao urbana na regio de Canguera, localizada no sul do municpio; essa regio tambm cortada por uma linha frrea (Vargem Grande Paulista - Mairinque). A rea urbana do municpio extensa, em cada regio possvel notar um tipo de ocupao. Nocentro da cidade a maior parte da rea residencial de alto padro e pouco verticalizada. Ao redor das vias principais h um aumento de servios e comrcios de diversos tipos, principalmente na regio da Igreja da Matriz. Nas proximidades da rodoviria desenvolve-se uma rea institucional, sua esquerda uma rea residencial que vai at a Avenida Santa Rita. Ao passo que as residncias se distanciam das avenidas principais o padro econmico da populao fica mais baixo, contando inclusive com ocupaes ilegais. Na direo norte a partir do centro percebe-se uma grande massa de comrcios e servios de pequeno e mdio porte, cercada em toda a sua extenso por residncias unifamiliares de baixa e mdia renda. A maioria dos lotes so delimitados por muros, separando-os assim da calada, mas as edificaes apresentam recuos diferenciados. Na extenso de algumas vias importantes h indstrias de mdio e grande porte. Ao nordeste existem comrcios e fbricas, mais adentro residncias de mdio padro que vo at a Estrada da Serrinha, a partir desse ponto as residncias passam a ser de alto padro e se situam dentro de condomnios. O mesmo ocorre prximo a Av. dos Bandeirantes, onde as residncias tambm so de alto padro, porm ao invs de condomnios ocorre uma pequena verticalizao. A partir da Av. Bandeirantes o uso passa a ser comercial e de servios, havendo inclusive a presena de indstrias. A leste, a partir do centro, h uma forte influncia de seu passado, destacando o BRASITAL, que ocupa a rea de uma antiga fbrica txtil, hoje tombada. Ao nosafastarmos do centro, h loteamentos de fazendas em zonas rurais 16

bastante dispersas e diminui a qualidade de vida, caracterizada pela falta de saneamento e planejamento urbano. O sudoeste do centro predominantemente ocupado por residncias unifamiliares, que variam entre baixa, mdia e alta renda, em alguns casos as mesmas esto localizadas em grandes condomnios com acesso controlado. Grande parte do comrcio situa-se nas vias principais, em destaque a Rua So Paulo, onde o mesmo mais intenso. Existem algumas ocupaes importantes na regio, entre elas, duas escolas, sendo que uma delas a ETEC de So Roque, a estao de tratamento de gua da SABESP, e o Cemitrio da Paz, alm da Prefeitura da Estncia Turstica de So Roque e a Cmara de Vereadores, que esto localizadas na j citada Rua So Paulo. No Distrito de So Joo Novo nota-se a existncia de uma praa que o centro de convivncia da regio, onde acontecem diversas atividades, servindo como base da organizao urbana, dando incio ao desenvolvimento das reas residenciais e ao crescimento industrial. visvel a precariedade das reas residenciais e a falta de saneamento e infraestrutura urbana, alm da falta de comrcios e servios locais, fazendo assim com que a populao se desloque at a cidade vizinha - no caso o Municpio de Itapevi - para usufruir dos mesmos. O Distrito de Mailasqui predominantemente residencial, e conta com um centro comercial linear de pequeno porte. Prximo a este centro comercial h a linha frrea que atualmente est desativada. Em determinado permetroencontram-se loteamentos novos e diversas chcaras. O nico local de convivncia e lazer para os moradores da regio uma pequena praa pouco arboriza e sem equipamentos, localizada prximo a Rodovia Raposo Tavares, que a principal via de acesso ao local. O Distrito de Canguera conta com uma ocupao mais diversificada, as residncias variam entre baixo, mdio e alto padro, sendo que algumas delas esto localizadas em chcaras e stios. Em alguns pontos da regio nota-se um crescimento significativo da urbanizao, com a presena de restaurantes e grandes condomnios. As indstrias, dando destaque a Vincola Ges situada na Estrada do Vinho, esto localizadas ao longo das vias principais que tambm contam com outras vincolas que fazem parte do Roteiro do Vinho de So Roque. Por outro lado alguns trechos no possuem vias asfaltadas e h a ausncia de infraestrutura, assim 17

como servios pblicos, postos de sade, escolas e reas de lazer destinadas a populao. No geral, h um grande contraste entre as construes, gerando assim uma segregao urbana.