SaSSaaSa úúúúdeddeede ………… A Evolu çççção do Conceito · Jogar cartas, vídeo,...

16
1 AVENTURA SOCIAL Faculdade de Motricidade Humana / UTL Instituto de Higiene e Medicina Tropical / UNL Promoção da Saúde / Comportamento Social A Saúde dos Adolescentes Portugueses (4 anos depois) Relatório Nacional da rede HBSC/ OMS (2003) Sa Sa Sa Sa Sa Sa Sa Saú de de de de de de de de… A Evolu A Evolu A Evolu A Evolu A Evolu A Evolu A Evolu A Evoluç ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito ão do Conceito 2 Revolu 2 Revolu 2 Revolu 2 Revolu 2 Revolu 2 Revolu 2 Revolu 2 Revoluç ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais ões Fundamentais… Séc.XVIII: Primeira Revolução da Saúde Ênfase na Doença Combate ás grandes Epidemias Sujeito Passivo/ Influência Externa Saúde Pública: primeiros fundamentos Noção Causa/Efeito Modelo dicotómico Saúde/Doença Sec XX: Segunda Revolução da Saúde A Epidemia “Comportamental”!!! Perspectiva Histórica 50% das mortes prematuras que ocorrem nos países ocidentais podem ser atribuídas ao Estilo de Vida “Conjunto de estruturas mediadoras que reflectem as actividades, atitudes e valores sociais” “Aglomerado de padrões comportamentais, Intimamente relacionados, que dependem das condições económicas e sociais, da educação, da idade e de muitos outros factores” OMS Estilo de Vida???

Transcript of SaSSaaSa úúúúdeddeede ………… A Evolu çççção do Conceito · Jogar cartas, vídeo,...

1

AVENTURA SOCIALFaculdade de Motricidade Humana / UTL

Instituto de Higiene e Medicina Tropical / UNLPromoção da Saúde / Comportamento Social

A Saúde dos Adolescentes Portugueses (4 anos depois)

Relatório Nacional da rede HBSC/ OMS (2003)

SaSaSaSaSaSaSaSaúúúúúúúúdededededededede……………………

A EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA Evoluçççççççção do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceito

2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revoluçççççççções Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentais……………………

Séc.XVIII:

Primeira

Revolução

da Saúde

Ênfase na Doença

Combate ás grandes Epidemias

Sujeito Passivo/ Influência Externa

Saúde Pública: primeiros fundamentos

Noção Causa/Efeito

Modelo dicotómico Saúde/Doença

Sec XX:

Segunda Revolução da Saúde

A Epidemia

“Comportamental”!!!

Perspectiva Histórica

50%

das mortes

prematuras

que ocorrem

nos países

ocidentais

podem ser

atribuídas ao

Estilo de Vida

“Conjunto de estruturas mediadoras que reflectem as actividades, atitudes e valores sociais”

“Aglomerado de padrões comportamentais,Intimamente relacionados, que dependem dascondições económicas e sociais, da educação, daidade e de muitos outros factores”

OMS

Estilo de Vida???

2

OMS

Estilo de Vida

Principais comportamentos associados à doença:

.Abuso de álcool

.Abuso de tabaco

.Má nutrição

.Falta de exercício

.Comportamento sexual de alto risco

Segunda Revolução da saúde

� Foco na saúde e não na doença

� O comportamento humano como principal causa de morbilidade e mortalidade

““Estado de completo bem estar fEstado de completo bem estar fíísico, mental e social, total, e não sico, mental e social, total, e não

apenas a ausência de doenapenas a ausência de doenççaa””

OMS, 1948OMS, 1948

““Extensão em que o individuo ou grupo Extensão em que o individuo ou grupo éé capaz de realizar as suas capaz de realizar as suas

aspiraaspiraçções e satisfazer as suas necessidades e por outro lado, de ões e satisfazer as suas necessidades e por outro lado, de

modificar ou lidar com o meio que o envolve. A samodificar ou lidar com o meio que o envolve. A saúúde de éé um recurso para um recurso para

a vida e não um objectivo de vidaa vida e não um objectivo de vida””

OMS, 1986OMS, 1986

22ªª RevoluRevoluçção da Saão da Saúúdede…… A SaA Saúúde Positivade Positiva

Saúde Positiva

caracteriza-se pela presença de determinadascaracterísticas em vez de pela ausência deoutras.

� Aumento de longevidade� Aumento de quantidade de vida� Aumento da qualidade de vida

Constructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo Multifactorial

SaSaúúde Positiva: de Positiva:

Constructo MultifactorialConstructo Multifactorial

Saúde física

Saúde psicológica

Saúde social

Saúde ambiental

Promoção da Saúde

� Saúde processo em vez de um estado

� Intervenção ao nível das pessoas saudáveis de modo a reduzir a probabilidade de virem a adoecer.

Processo de capacitaProcesso de capacitaProcesso de capacitaProcesso de capacitaçççção do indivão do indivão do indivão do indivííííduo, visando duo, visando duo, visando duo, visando o aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua saúúúúdededede

Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986

3

SociaisAmbientaisPolíticos

Intra e interpessoais

Biológicos

Saúde “positiva”bem-estar

DeterminantesDeterminantes

RISCO

PROTECÇÃO

ProcessosProcessos

AMEAÇAS À SAÚDE E BEM ESTAR DOS ADOLESCENTES...

AntesAntes……

Factores de ordem biomédica

AgoraAgora…

Factores comportamentais,contextos (família, pares, escola, comunidade)

e processos, Estilo de vida.

?O Estado da O Estado da ““ ArteArte””::

AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004

O papel dos números: Conhecer para agir!

� HBSC - Health Behaviour in School-aged Children-Estudo epidemiológico realizado de 4 em 4 anos - amostras nacionais.

� Estudo colaborativo da OMSIniciado em 1982, (35 países actualmente envolvidos)

� Portugal * - 1994 Amesterdão, conferência ISBM 1995 Natanya, membro associado 1998 Viena, membro efectivo2002 PRESENTE ESTUDO

(relatório internacional - 4 Junho 2004)

�* “Aventura Social & Saúde”, FMH/UTL e IHMT /UNL

AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004

Objectivos:Conhecer os comportamentos e estilos de vida dos adolescentesem idade escolar, nos diferentes contextos das suas vidas.

Estudo de : Investigação/Monitorização

Instrumento:

Questionário HBSC (protocolo internacional)

Enquadramento Conceptual:Perspectiva Sócio-psicológica e Ecológica

AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004

Matos et al, 2005

SexoFeminino53%

SexoMasculino47%

Distribuição dos sujeitos por sexo

34,9% 37,5%

27,6%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

6º ano 8º ano 10º ano

Distribuição dos sujeitos por nível de escolaridade

4,4%6,2%

25,0%24,7%

39,7%

05

1015202530354045

Norte Centro Lisboa/Vale do Tejo Alentejo Algarve

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Amostra Nacional Representativa

1998 n= 6903 jovens; 2002 n= 6131 jovens

• Estudo HBSC, 1998, n= 6903;

• Estudo HBSC, 2002, n= 6131

4

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Descrição do Questionário 1998-2004

� QUESTÕES CENTRAIS

# Demográficas# Consumos de tabaco e álcool# Hábitos alimentares# Violência # Acidentes# Ambiente na escola# Expectativas futuras# Bem estar e apoio familiar# Sintomas físicos e psicológicos# Imagem pessoal

QUESTÕES OPCIONAIS

� Prática do exercício físico/desporto

� Consumo de drogas� Crenças e atitudes face a

indivíduos portadores do VIH/SIDA� Comportamento sexual� Relações com os pares� Lazer� Doença crónica / deficiência

Riscona

Adolescência

Consumo de Aditivos

Violência

Suicídio Acidentes

Desordens Alimentares

Gravidez na Adolescência

DST’s

Dificuldades de Relacionamento

SedentarismoObesidade

Depressão

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

“ Há diferenças….”

� A) Idade ?

� B) Género ?

� C) De 1998 até 2002 ?

� D) Região do país ?

� E) Nacionalidade ?

� F) Estatuto Sócio Económico

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Comparações Fundamentais

Factores ligados ao Risco

IdadeÀ medida que a idade

aumenta (dos 11 para os 16 anos) perdem-se indicadores de saúde

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESA) IDADE

Quando se se éé mais novomais novo...(11 anos)

Contente com o corpo

Feliz

Apoio dos pais Apoio dosProfessores

Menos consumos ( álcool, tabaco, drogas)

Confiante

Gostada escola

Estes indicadores perdemEstes indicadores perdem--se se nos mais velhos (16 anos)( quinos mais velhos (16 anos)( qui--quadrado,p<.05)quadrado,p<.05)

Mais actividade física

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al, 2000, 2003)

Factores ligados ao Risco

mas… quando se perdem indicadores de saúde, não se perdem da mesma maneira nos rapazes e nas raparigas

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESB) Género

5

Os comportamentos de risco e de protecção diferem nos rapazes e nas raparigas:

� Nos rapazes há maior tendência para externalização(violência, acidentes, consumos)

� Nas raparigas há maior tendência para internalização (perturbações da imagem do corpo, perturbações alimentares, sintomas físicos e psicológicos)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al, 2000, 2003)

Quando se é rapariga...

Mais descontente com o corpo

Gosta maisda escola

Quer mais prosseguir estudos

Menos consumos ( álcool, tabaco, drogas)

Mais queixas psicológicase somáticas

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Menos Menos

actividadeactividade

ffíísicasica

Quando se érapaz...

Mais contente com o corpo

Gosta menos da escola

Mais feliz e confiante

Mais consumos ( álcool, tabaco, drogas)

Maior percepção de ser saudável

Mais fácil fazer amigos

Mais participação em provocações

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Mais actividadeMais actividade

ffíísicasica

Que reflexão?Necessidade de abordagens diferenciadas não só em relação á idade como também ao género

Procuram agir e divertir-se

Falam sobreos problemas

Intervir o mais cedo possIntervir o mais cedo possíível: no 6vel: no 6ºº ano hano háá menos menos

comportamentos discriminatcomportamentos discriminatóórios de grios de géénero e estatutonero e estatuto

C) Estudo HBSC em Portugal: 1998 a 2002...C) Estudo HBSC em Portugal: 1998 a 2002...EvoluEvoluçção Negativaão Negativa

Alimentação menos

saudável

Menos Actividade

física

Mais Consumos

Mais Violência

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES

1998 / 2002: Evolução negativa

� Diferenças entre géneros atenuam-se

pela adopção de mais risco

( ex. raparigas fumam mais, rapazes mais sedentários )

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESESC) C) EstudoEstudo HBSC HBSC emem Portugal: 1998 a 2002...Portugal: 1998 a 2002...

6

Portugal e restantes 34 países

(2002)

Gostam mais da escola (“top” 25%)

Comem mais fruta (“top” 25%)

Acham os colegas simpáticos e

prestáveis (“top”25%)

Professores acham-nos

menos capazes (“top” 25%)

Tomam mais vezes o pequeno almoço (“top” 25%)

Sentem-se pressionados com os TPC (“top” 25%)

OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESESD) NacionalidadeD) Nacionalidade

Actividade física

basquetebol

ciclismo

natação

ginástica

futebol

Algum desporto

Pratica desportiva

nº de dias semana

Pratica de exercício

na última semana

Pratica de Actividade física

16151311RaparigaRapaz

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

�Actividades de lazer mais frequentes

�Ouvir música 97.6% (raparigas, mais velhos)�Jogar cartas, vídeo, computador 95.4% (rapazes)� Conversar com os amigos 95.2% (raparigas, mais velhos)

�Estar com os amigos 94.7% �Ver televisão 94.4%�Ir à praia 94.2%�Dormir 93.3%

� Actividades menos frequentes -

- Actividades tipo arte e expressão, - Actividades associativas, - Trabalho de solidariedade social

Que modelos sociais?Não há grande

envolvimento pessoal, cidadania…

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

93.3% dormem no tempo livre…

“O Amanhã foi cancelado por falta de interesse”

Tempo livre Tempo livre

não estruturadonão estruturado……

Riscos???

Consumo Passivo

Monotonia

Inactividade

Isolamento

Individualismo

Falta de contactos e relações pessoais

Falta de competências para projectos autónomos e activos

Uma oportunidade deUma oportunidade de

intervenintervençção?!ão?!

Vantagens!

Ocupação Positiva do tempo livre

Promoção da actividade Física, como fonte de prevenção de comportamentos desviantes

Carácter voluntário e autónomo

Psicologia da Saúde: Actividade Física

7

Preditores

Género

Adolescentes portugueses: preditores da AFAdolescentes portugueses: preditores da AF( apenas 10º ano, n= 1581 - , estudo 2002, idade 16, Regressão múltipla

Actividade

física

(mais)

R2=.69

Beber álcool

Experimentar tabaco

Experimentar haxixe

Ter tido Lesões

Envolver-se em Provocações

Faço AF com os meus pais

Faço AF com os meus amigos

Os meus pais gostam AF

Os meus amigos gostam AF

Eu gosto muito AF

Faço AF desde pequeno

Tenho jeito para AF

Ser fácil ir fazer AF

Ser seguro fazer AF

Ser caro fazer AF

Estou com os amigos

Passar tempo

Sentir bem fazer AF

Não engordar se fizer AF

Actividade fActividade fíísica como factor de sica como factor de distindistinçção entre grupos de ão entre grupos de

indivindivííduos com comportamentos duos com comportamentos saudsaudááveis e não saudveis e não saudááveisveis

Bourdeaudhuij & Oost,1999

Actividade Física: Factores ligado ao Risco e/ou Protecção

Como “pensar globalmente mas agir localmente”?

� Como intervir com relevância “perto” dos jovens, � de modo adequado às características e

necessidades de diferentes grupos de jovens � às práticas locais específicas, � de modo à mensagem adquirir significado no

quotidiano?� e se tornar credível/ acessível/ pertinente ?

Acessibilidade?

maus exemplos…

Bons exemplosBons exemplos……

Recomendações para a promoção AF:

• Medidas da actividade física (moderada)

• Perspectiva desenvolvimentista (idades, tarefas)

• Diferenças de género

• Tipos de AF ( grupo, individual, informal, formal)

• Perspectiva ecológica - (acessibilidade - espaços para prática)

• Apoio social ( ter companhia….)

• Hábito anterior ( criar rotinas o mais cedo possível)

• Ajustado (ao nível, idade e género e passo a passo…)

• Partir de onde se está (pré-contemplativo, contemplativo, activo)

• GOSTAR… DIVERTIR-SE… SER CAPAZ...

Ajudar os jovens a escolher e manter

estilos de vida saudáveis e activos :

� Os estilos de vida saudáveis e activos estão na “moda”?, dão prestígio entre pares?

���� Os jovens têm acesso a estilos de vida saudáveis e activos?

Fundamental:Fundamental: Sentimento de competência, Sentimento de competência,

acessibilidade facessibilidade fáácil, socialmente valorizada e cil, socialmente valorizada e

duradouraduradoura

Psicologia da Saúde: Actividade Física

. Ir al. Ir aléém da Informam da Informaççãoão

.Investir na autonomia e na competência (Empowerment, Advocacy).Investir na autonomia e na competência (Empowerment, Advocacy)

.Inclusão dos indivíduos no processo de decisão sobre as características da sua prática

.Adaptação de rotinas flexíveis (integráveis no quotidiano)

.Estabelecimento de objectivos realistas

.Não enfatizar aspectos competitivos

.Feed back relativo á realização e correcção

.Incluir aspectos do universo relacional relevantes

.Cultivar relações pessoais

.Utilização de pequenos grupos

Explorar limites!!!ACSM (1991)

Psicologia da Saúde: Actividade Física

8

“Quando uma rapariga pratica desporto com gosto, é logo Maria Rapaz e os rapazes quando jogam dizem logo “escolhe a Rute que é Maria Rapaz”

“Quando não havia aulas de educação física na escola as raparigas ficavam todas satisfeitas e iam para a escadas conversar, enquanto que os rapazes iam jogar futebol “

“As raparigas preocupam-se mais com o corpo, mas mesmo assim os rapazes praticam mais desporto; As raparigas só se preocupam nas vésperas do verão”

“Eu quando havia aulas de educação física estava sempre doente”

“Ginástica não…tomas comprimidos, pões creme para a celulite... já os rapazes fazem desporto todo o ano, jogam à bola”

“As raparigas com músculos ficam feias”

O que O que ““escondemescondem”” os nos núúmeros: Grupos Focaismeros: Grupos Focais

Alimentação/Imagem do Corpo

Fruta

Doces/ Chocolates

Hambúrgueres/ Cachorros quentes/ Salsichas

Colas/refrigerantes

Leite

Vegetais

16151311raparigarapaz

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses de dos Adolescentes Portugueses

�� Proibir ou limitar o acessoProibir ou limitar o acesso

(pouco eficazes se tomadas como medidas isoladas)

�� Assustar, exagerar, dramatizar, Assustar, exagerar, dramatizar,

�� LimitarLimitar--se se àà informainformaçção ou ão ou àà mensagem moralizantemensagem moralizante, têm efeitos prejudiciais.

A repensar…

Promoção de competências pessoais e sociais/intervenção nos contextos

•Ajudar os adolescentes a serem capazes de tomar decisões e de as manter?

•Ajudar os adolescentes a focarem-se em prioridades?

•Ajudar os adolescentes a assumirem a responsabilidade pelas suas vidas?

O que podemos fazer?

9

�� Envolver no processo os cenEnvolver no processo os cenááriosrios (local onde se cozinham e (local onde se cozinham e consomem alimentos)consomem alimentos) e os actorese os actores (quem disponibiliza e quem (quem disponibiliza e quem acompanha as refeiacompanha as refeiçções)ões).

�� Gerar acessibilidadeGerar acessibilidade (locais de consumo de alimentos saud(locais de consumo de alimentos saudááveis)veis)

e criar e criar competências alternativascompetências alternativas (auto(auto--monitorizamonitorizaççãoão””, , ““autoauto--controlocontrolo””, , ““ afirmaafirmaçção positiva de sião positiva de si”” ) ) ,em lugar de se centrar apenas na redução do comportamento “problema” e na pessoa com excesso de peso

�� Promover a procura de prazer e de bemPromover a procura de prazer e de bem--estar na saestar na saúúdede

Traduzir estes Conhecimentosem boas práticas….

Conhecer hábitos alimentaresPromover alimentação saudável

Prevenir obesidadePrevenir perturbações alimentaresPromover o gosto pelo seu corpo

Promover o gosto, a escolha e o acesso a uma alimentação saudável

Imagem Corporal

Género

35,5%

56,5%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim

RapazRapariga

Idade

36,0%

53,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim

11 anos+ 16 anos

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

Imagem do Corpo – Alterar Corpo

Aparência Física

Imagem Corporal

Componente subjectiva

Percepção Individual

Sexo Feminino

� Tendências para sobre-reportar imagem

� Consequências� Mais dietas desnecessárias e mais nutrição pobre� Mais peso psicológico excessivo� Mais desordens alimentares

� Sobretudo em extractos sócio-económicos e culturais elevados

Imagem Corporal

10

O que é para as mulheres o excesso de peso?

Crawford, IJO 1999 (IMC, 22,7 kg/m2)

IMC(kg/m2)

Idade

Imagem Corporal

Sexo Masculino

Imagem Corporal

� Muitos homens sub-reportam

� Consequências� Prevenção ou tratamentos adiados� Obesidade abdominal de risco acrescido� Menor carga psicológica

� Sobretudo na idade mais avançada e extracto sócio-económico-cultural mais baixos

O que é para os homens o excesso de peso?

Crawford, IJO 1999 (IMC, 22,7 kg/m2)

IMC(kg/m2)

Idade

Imagem Corporal

ConsumosConsumos

A)ÁlcoolB)Tabaco C)Drogas

Que Expectativas?

-Ganhos “secundários”-Menor limitação cognitiva e comportamental

-Mais relaxamento

-Redução de tensão e de “stress”

-Facilidade / desinibição social e sexual

-Efeito Anti depressivo

Wills, Sandy, Yearger, Cleary & Shinar, 2001

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

Consumo de álcool

cerveja

vinho

16 anos

11

anos

RaparigaRapaz

Bebidas espirituosas

11

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

De 1998 para 2002

+ 16 anos

11 anos

RaparigaRapaz

Embriaguez

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

Tabaco

Experimentaram

Fumam todos os dias

16 anos

11

anos

RaparigaRapaz

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

De 1998 para 2002

+ 16 anos

11 anos

RaparigaRapaz

Experimentar tabaco

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

Consumiram no último ano

Consumo de droga

Haxixe /Erva

estimulantes

16

anos

11 anos

RaparigaRapaz

Ecstasy

De 1998 para 2002

+ 16 anos

11 anos

RaparigaRapaz

Consumo de droga

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

.Necessidade de acção

-Elevada prevalência de consumo excessivo

-Morbilidade e mortalidade associadas

-Forte correlação com outros comportamentos de risco

-Elevados custos de saúde, sociais e económicos

12

. Intervenção: Aconselhamento

• Recomendar a mudança em função das necessidades de saúde. Personalizar os riscos do consumo

• Avaliar a motivação. Quer mudar a situação? Porquê?

• Avaliar experiências prévias de alteração comportamental. Tentativas anteriores?

• Identificar/comentar obstáculos/ barreiras: Padrão de consumo (quando, onde, como, circunstâncias)

• Falar sobre recursos. O que é possível fazer

• Desenvolver uma “Estratégia de Mudança”

Intervenção: Estratégias de MudançaA premissa fundamental para conseguir resultados

satisfatórios prende-se com a vontade de o utente para

mudar, adoptando um papel activo

• Negociar objectivos de comportamento

• Estabelecer calendário de acções

• Rever estratégias de mudança

• Fornecer material de apoio

• Avaliar necessidade de envolver outros recursos

(outros técnicos, centros etc.)

Intervenção (US Public Health Service Report, 2000)

Processo Motivacional: Reflexão ao nível de 4 áreas

•Relevância pessoal dos benefícios de deixar o consumo

•Riscos específicos: Tanto agudos como a longo prazo, tanto para o próprio como para outros

•Recompensas :Tanto agudas como a longo prazo, tanto para o próprio como para outros

•Métodos para enfrentar obstáculos (ex: aumento de peso, Síndroma de abstinência)

Violência

Lesões (último ano)

13 15

Envolvimento em lutas (último ano)

Armas (último mês)

Lutas e lesões

1611RaparigaRapaz

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

13 15

Provocaram (últimos dois meses)

Agressores

Foram provocados (últimos dois meses)Vítimas

Comportamentos de provocação

1611RaparigaRapaz

A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *

* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT

13

Violência

Violência física

Agressão

Luta

Pontapés

Dano de pertences

Extorsão

Violência Verbal

Frases desagradáveis

Calúnia

Insulto

Violência Psicológica

Ameaças

Arrelias

Implicações

Exclusão ou ostracismo

Assédio/ Abuso sexual

Violência“Bullying”: Provocação / Intimidação

Continuo molestar (físico ou psicológico) de um elementos mais vulnerável por parte de um mais forte.

A) Desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima

Individualmente ou em grupo

Violência“Bullying”: Provocação / Intimidação

Continuo molestar (físico ou psicológico) de um elementos mais vulnerável por parte de um mais forte.

B) Carácter intencional

(causar danos)

C) Carácter contínuo, repetido, sistemático

Comportamento Sexual de risco

Jovens que já tiveram relações sexuais(n = 3634, 8º e 10º ano- idade média 15anos)

Jovens que já tiveram relações sexuais (n = 3634)

sim não

23.7% 76.3%

sim não

rapaz 33.3%* 66.7%*

rapariga 15%* 85%*

* (χ² = 167.28, g. l. = 1, p<.001). n=3634

sim não

13 anos 11.3%* 88.7%*

15 anos 21.8%* 78.2%*

16+ anos 38.6%* 61.4%*

* (χ² = 212.54, g. l. = 2, p<.001). n=3634

Comparação entre géneros Comparação entre idades

Matos et al, 2005

Relações sexuais associadas a consumode álcool ou drogas (n = 838)

Relações sexuais associadas a consumo de álcool ou drogas (n = 838)

sim não

12.1% 87.9%

Comparação entre géneros

sim não

rapaz 15.3%* 84.7%*

rapariga 5.7%* 94.3%*

* (χ² =16.12, g. l. = 1, p<.001) n=838

Comparação entre idades

sim não

13 anos 15% 85%

15 anos 10.5% 89.5%

+ 16 anos 12.7% 87.3%

χ² =1.80, g. l. = 2, p=.406)n=838 (n.s.)

Matos et al, 2005

14

Uso do preservativo na última relação(jovens que já tiveram relações sexuais n=860)

Uso preservativo na última relaçãon= 860

utilizaram não utilizaram

70.1% 29.9%

Comparação entre géneros

utilizaram não utilizaram

rapaz 69.7% 30.3%

rapariga 71.1% 28.9%

(χ² =.181, g. l. = 1, p=.671) n=860 (n.s.)

Comparação entre idades

utilizaram não utilizaram

13 anos 59.8%* 40.2%*

15 anos 71.9% 28.1%

+ 16 anos

71.4% 28.6%

(χ² =6.535, g. l. = 2, p<.05) n=860

Matos et al, 2005

“ É lamentável construirmos sozinhos a nossa sexualidade, e ainda por cima termos de a esconder aos nossos pais, os pais precisam de ser ajudados a aceitar a sexualidade dos filhos”

“Não interessa proibirem-nos as relações sexuais e pretenderem mostrar-nos o caminho certo. Esse caminho não existe”

“ Quando o tema é discutido em casa, fica um ambiente confrangedor que acaba por intimidar, mais do que esclarecer ou partilhar”

“ Sabemos “tudo” sobre sexo e contracepção, falem-nos das emoções e de incertezas“

Para alPara aléém dos nm dos núúmeros (grupos focais)meros (grupos focais)

Sexualidade na Adolescência

(eles e elas):

� Diferentes estratégias de lidar com problemas

� Diferentes estratégias de comunicação

� Diferentes modos de viver as emoções

Comportamento Sexual de Risco

Eficácia das Intervenções:

.Construir crenças e competências que promovam práticas sexuais seguras

.Desenvolver capacidades de comunicação acerca dos aspectos sexuais

.Intervir nas normas de influência social de modo a que o grupo de pares se influencie mutuamente em termos de comportamentos de saúde

.Introduzir componentes que optimizem a utilização do preservativo de modo consistente

COMO TRADUZIR ESTES DADOS

EM CONHECIMENTOS ?

E ESTES CONHECIMENTOS

EM BOAS PRÁTICAS ?

Educação para o género - necessidades na saúde

15

Crescer com saúde e segurança Como Como ““viver a vidaviver a vida”” com maior segurancom maior segurançça ?a ?

• Evitar contacto com TODOS OS RISCOS ? PROIBIR, EVITAR todos os CONTACTOS ?

• Conviver com o risco com a MAIOR SEGURANÇA ?

PROTEGER, PROMOVER COMPETÊNCIASe ALTERNATIVAS ?

“A saA saúúde dos valores mde dos valores méédios individualizados e dios individualizados e culturalmente relevantesculturalmente relevantes” TobalTobal (2004)(2004)

Nutrição - (negligência e obsessão)

Actividade física - (sedentarismo e obsessão)

Relações interpessoais - (isolamento e dependência)

Participação social - (desinteresse e fundamentalismo)

Realização laboral e escolar - (desinteresse e obsessão)(…)

Competência Social

Défice de

Competências

Sociais

Desajustamento Escolar

Desajustamento Familiar

Consumo de Substâncias

Comportamentos de risco sexual

Delinquência

Competência Social: Promoção!

“…Promover o desenvolvimento de capacidades pessoais e relacionais, permitindo a cada indivíduo reflectir sobre o modo de se relacionar com os

outros, encontrando alternativas adequadas á situação”

Matos, M. et al, 1990

Como? Programa de promoComo? Programa de promoComo? Programa de promoComo? Programa de promoçççção de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:

.Comunicação interpessoal

.Identificação e gestão de emoções

.Resolução de Problemas

.Gestão de Conflitos

.Competências Sociais/Pessoais

.Treino de Assertividade.Treino de Assertividade

Planos para o futuro

““Aventura SocialAventura Social”” -- Programa de promoPrograma de promoçção de ão de competências pessoais e sociais:competências pessoais e sociais:

• Identificar problemas / informar-se / debater temas

• Pensar soluções, gerir emoções (tomar decisões)

• Agir (não agir ou adiar a acção), comunicar,afirmar-se positivamente.

• Projecto de vida ( ter e ter acesso)

(Matos et al., 1987 a 2005)

Competência Social

16

A saúde é a capacidade de cada homem, mulher ou criança, para criar e lutar pelo

seu projecto de vida, pessoal ou original em direcção ao bem estar

Cristoph Djours

www.fmh.utl.pt/aventurasocial

www.aventurasocial.com

email:[email protected]

tel. 214149152 ou tel. 214149105

fax 214151248

FMH/UTL - Estrada da Costa

1495-688 Cruz Quebrada

IHMT/UNL

Rua da Junqueira, 96 – 1300 Lisboa

tel. 213655260

fax 213632105