Saúde 20 jan 2016

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BELEZA Café previne cancro do fígado O consumo de café tem prós e contras, mas agora foi divulgado que a sua ingestão moderada pode pre- venir o desenvolvimento de cancro no fígado. É um relatório da World Cancer Research Fund que o diz. Segundo os investigadores, o risco de desenvolver esta do- ença diminui 14% nos casos de pessoas que “adoram café”, lê-se no jornal Huffington Post. Este estudo foi feito com base de 34 investigações transver- sais sobre a relação entre dietas, nutrição, atividade física e peso com o risco de desenvolver cancro. Os investigadores ainda não sabem o que leva o café a prevenir o aparecimento desta doença, mas acreditam que pode haver alguns componentes na bebida que combatem as toxinas. “Tanto o café como os extratos de café redu- zem o impacto dos genes envolvidos em inflamações. E os efeitos parecem ser mais significativos no fígado”, explica o relatório. As novas regras da nutrição e bem comer Opiniões contraditórias sobre saúde A existência de uma espécie de paranóia global, em que se multiplicam opiniões contraditórias sobre certos alimentos, foi alvo de investigação sociológica. Depois de analisar o Dietary Guidelines (guia de recomendações alimentares dos Estados Unidos), Harry Balzer – analista do NPD Group – revela que, pelo menos nos Estados Unidos, não existem alimentos saudáveis. E nunca existirão, diz em declarações ao e Washington Post, salientando que “a partir do momento em que um alimento se torna popular [por ser considerado saudável], alguém irá descobrir uma razão para o classificar como não saudável”. De acordo com Balzer, usar o termo saudável é “perigoso”. A salada, por exemplo, não é saudável, é “nutritiva”. Exemplo dessa confusão é a proteína: a proteína é boa para a saúde e melhora a condição física, mas os batidos de proteína “não é mais do que um negócio”, conclui. Nutricionista defende menos leite A o contrário do que, durante anos e anos, se tem vindo a dizer, que o leite é muito rico em cálcio e previne a osteoporose, o que se sabe hoje em dia é que o nosso corpo tem uma necessidade extrema de deslocar parte do cálcio que já existe nos nossos ossos para ir neutralizar a acidez do estômago provocada por este alimento”, declara o nutricionista Nuno Velho Cabral. Sublinhando que esta questão vai muito além da intolerância à lactose, Nuno Velho Cabral refere que as novas gerações fazem hoje outras opções quando procuram os profissionais para se aconselharem, com base na internet ou revistas da especialidade. Este é um exemplo de que os benefícios do consumo de leite por adultos deixaram de ser consensuais entre os especialistas, havendo quem sublinhe os dados científicos que comprovam que há também malefícios associados à ingestão deste produto. Todavia, não é certamente por um adulto saudável ingerir um copo de leite por dia que irá prejudicar a sua saúde. 20|01|2016

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Caderno Saúde publicado no dia 20 de janeiro de 2016 pelo Diário as Beiras

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BELEZA

Café previne cancro do fígado

O consumo de café tem prós e contras, mas agora foi divulgado que a sua ingestão moderada pode pre-venir o desenvolvimento de cancro no fígado. É um

relatório da World Cancer Research Fund que o diz.Segundo os investigadores, o risco de desenvolver esta do-ença diminui 14% nos casos de pessoas que “adoram café”, lê-se no jornal Huffington Post.Este estudo foi feito com base de 34 investigações transver-sais sobre a relação entre dietas, nutrição, atividade física e peso com o risco de desenvolver cancro. Os investigadores ainda não sabem o que leva o café a prevenir o aparecimento desta doença, mas acreditam que pode haver alguns componentes na bebida que combatem as toxinas. “Tanto o café como os extratos de café redu-zem o impacto dos genes envolvidos em inflamações. E os efeitos parecem ser mais significativos no fígado”, explica o relatório.

As novas regrasda nutriçãoe bem comer

Opiniões contraditórias sobre saúde

A existência de uma espécie de paranóia global, em que se multiplicam opiniões contraditórias sobre certos alimentos, foi alvo de investigação sociológica. Depois

de analisar o Dietary Guidelines (guia de recomendações alimentares dos Estados Unidos), Harry Balzer – analista do NPD Group – revela que, pelo menos nos Estados Unidos, não existem alimentos saudáveis. E nunca existirão, diz em declarações ao The Washington Post, salientando que “a partir do momento em que um alimento se torna popular [por ser considerado saudável], alguém irá descobrir uma razão para o classificar como não saudável”.De acordo com Balzer, usar o termo saudável é “perigoso”. A salada, por exemplo, não é saudável, é “nutritiva”. Exemplo dessa confusão é a proteína: a proteína é boa para a saúde e melhora a condição física, mas os batidos de proteína “não é mais do que um negócio”, conclui.

Nutricionista defende menos leite“

Ao contrário do que, durante anos e anos, se tem vindo a dizer, que o leite é muito rico em cálcio e previne a osteoporose, o que se sabe hoje em dia é que o nosso

corpo tem uma necessidade extrema de deslocar parte do cálcio que já existe nos nossos ossos para ir neutralizar a acidez do estômago provocada por este alimento”, declara o nutricionista Nuno Velho Cabral. Sublinhando que esta questão vai muito além da intolerância à lactose, Nuno Velho Cabral refere que as novas gerações fazem hoje outras opções quando procuram os profissionais para se aconselharem, com base na internet ou revistas da especialidade. Este é um exemplo de que os benefícios do consumo de leite por adultos deixaram de ser consensuais entre os especialistas, havendo quem sublinhe os dados científicos que comprovam que há também malefícios associados à ingestão deste produto. Todavia, não é certamente por um adulto saudável ingerir um copo de leite por dia que irá prejudicar a sua saúde.

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A alimentação dos portugueses, principalmente das áreas urbanas, está a ser profun-damente alterada pelos horários de trabalho, al-terando os estilos de vida e os hábitos alimentares.

Por outro lado, a própria constituição dos elementos alterou-se muito ao longo das épocas, seja através de novos produtos, resultan-tes da globalização, seja pelas novas técnicas de confeção de refeições pré-cozinhadas ou até a in-trodução dos designados super-alimentos.

A nutricionista e farma-cêutica de Coimbra, Maria João Campos, alerta para que “há muita desinforma-ção, sem que as recomen-dações que circulam pelo espaço público tenham em conta as características in-dividuais”. A especialista reconhece que a Direção Geral de Saúde (DGS), atra-vés do seu Programa de Ali-mentação Saudável, está a fazer o seu papel, aliás com um site muito atrativo e in-formativo e de fácil acesso para o público em geral.

Todavia, de acordo com a nutricionista, a DGS, “faz os necessários alertas e disponibiliza ferramentas de trabalho, mas também é necessário que haja pro-fissionais no terreno para aplicar os programas com sucesso”.

Pacotes com menos açúcarQuestões como a redução

do sal e do açúcar (cujos quantidade dos pacotes de acompanhamento do café vai ser reduzida de 6/7 gra-mas para 4 gramas) são es-truturantes para melhorar a qualidade da alimentação dos portugueses, sendo já identificados indicadores de redução de ingestão e energética num relató-rio referente ao período 2008/12.

Maria João Campos expli-ca que “apenas cinco por cento de redução do peso corporal já seria, para cada pessoa, um enorme avanço

na mobilidade, evitamento de doenças metabólicas e perfil epídico”.

Outra das realidades que é preciso ter presente ao lon-go da vida é que, à medida que a idade avança, é me-nor a necessidade de comer nas mesmas quantidades, o que pode começar a ocor-rer a partir dos 30 anos, em função das alterações do metabolismo.

“Tão importante como co-mer saudável é fazer as re-feições a horas certas, com os nutrientes certos”, refere a nutricionista, acrescen-tando que “é preciso comer com calma e mastigar bem os alimentos, porque o or-ganismo humano tem o seu ritmo próprio”.

Os técnicos reconhecem que, atendendo aos estilos de vida modernos, muitas vezes a hora de almoço é sacrificada, em detrimen-to de outras atividades, não restando muito tempo para uma refeição normal. Neste caso, a frequência de restaurantes, muitas vezes de comida rápida, faz au-mentar a probabilidade

de ingerir mais energia. Por outro lado, também é verdade que os estabe-lecimentos de restauração têm vindo, de forma geral, a reduzir a utilização de gor-duras e sal na cozinha. Mes-mo assim, a nutricionista defende que “é necessário identificar as limitações de cada um; por exemplo se alguém que trabalha tem mais disponibilidade para comer de forma saudável ao pequeno-almoço e jan-tar, deve apostar nessas refeições”.

Quanto ao almoço, a al-ternativa aos restaurantes passa por as empresas dis-ponibilizarem instalações próprias, com frigorífico para conservar saladas frescas que sejam levadas na marmita para o almoço ou aquecer refeições feitas em casa, onde é mais fácil controlar a composição nutricional dos alimen-tos. Isto está a acontecer nas empresas, “porque vão percebendo que uma alimentação saudável dos colaboradores aumenta a produtividade”.

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Comer a tempo e horasem respeito pelo corpo

Alimentações escolares servidas sob rigorosas indicações do Ministério da Educação

Batata doce, fruta da época e frutos secos na alimentação

As refeições escolares servi-das nos diferentes estabe-lecimentos de ensino são elaboradas de acordo com indicações muito precisas do Ministério da Educação, de acordo com a Circular n.º 3/2013.

É aí que está contemplado o teor dos alimentos e as características que têm de cumprir. É o exemplo dos pastéis de bacalhau, que têm de ter um teor de ba-calhau igual ou superior a 30%, de diâmetro igual ou inferior a 3 cm, enquanto os hambúrgueres devem ter uma percentagem de carne igual ou superior a 80% de carne de bovino e/ou suíno, sendo admitidas proteínas de soja hidrata-da, flocos de aveia hidrata-dos e cebolas tostadas.

O documento sublinha que as refeições têm que ser “saudáveis e equilibra-das”, seja nos refeitórios de gestão direta pelos estabe-lecimentos de educação e ensino, quer nos refeitórios concessionados a empre-sas de restauração coletiva selecionadas por contra-tação pública. A ementa

contém informação sobre capitação de alimentos e sazonalidade de frutos e hortícolas, acrescentando-se que “a apresentação deve ser apelativa”.

Redução progressiva de salNo caso do sal, a circular

determina “uma progres-siva redução das quantida-des de sal e à substituição gradual da dose de sal por alternativas (ervas aromáti-cas, por exemplo).

A e m e n t a d e v e r á s e r acompanhada pela respeti-va ficha técnica, que indica a composição da refeição, a matéria-prima utilizada, a respetiva capitação e valor calórico e descrição do(s) método(s) de confeção. Recomenda-se como fer-ramenta de apoio, o SPARE (Sistema de Planeamento e Avaliação de Refeições Escolares). Uma indicação que faz parte das ementas, publicadas semanalmente pelos agrupamentos esco-lares de Coimbra, seja no site, seja em folhas afixadas na porta de cada estabeleci-mento de ensino.

Curioso é que o documen-

to vai ao pormenor de suge-rir “que se incorporem, nas ementas, de forma gradual ,até atingir uma frequên-cia mínima de uma vez em cada duas semanas, os se-guintes modos de prepa-ração/confeção: ensopados, caldeiradas, jardineiras e açordas.

Espaço de educaçãoDe acordo com a diretiva

ministerial, “o refeitório escolar constitui um es-paço privilegiado de edu-cação para a saúde, pro-moção de estilos de vida saudáveis e de equidade social, uma vez que for-nece refeições nutricio-nalmente equilibradas, saudáveis e seguras a to-dos os alunos, indepen-dentemente do estatuto socioeconómico das suas famílias”.

No documento apela-se às direções das escolas “para a aplicação das pre-sentes orientações, tendo em vista a promoção de hábitos alimentares sau-dáveis bem como do su-cesso educativo dos alu-nos”.

Escolher o tipo de alimentos adequado ao metabolismo de cada um, mas também comer quantidades de acordo com idade: duas dicas para a alimentação saudável

Maria João Campos, farmacêutica e nutricionista

saúde&beleza saúde&beleza

Seleção de alguns alimentos da Tabela de Composição dos Alimentos (Instituto Dr. Ricardo Jorge)

Centro Estudos Educativos de Ançã

Colégio de S. Martinho

Agrupamentos das escolas de Coimbra (Indicações do Ministério da Educação e fornecimento pela empresa Eurest)

A discussão pública, sobre quais os melhores alimen-tos que devem constar de uma ementa saudável, não é pacífica. Umas vezes porque as informações são contraditórias, outras vezes porque o que é indi-cado para uma determina-da pessoa, não é indicada para outro grupo de con-sumidores, até atendendo à sua condição f ísica e às próprias características ou doenças.

Repare-se na tabela anexa, que não inclui carne nem peixe, mas onde se vê que determinados alimentos se revestem de características completamente diferen-tes, de acordo com a forma como são confecionados. A

batata é um caso exemplar, podendo representar, na sua constituição nutricional, um valor nulo de lípidos quando é cozida, mas aumentando exponencialmente esse teor quando é frita (mesmo em casa).

Alimentos de substituiçãoPor outro lado, o mesmo

alimento (batata corrente), que é fornecedora de eleva-dos níveis de energia (Kcal), tem vindo a ser substituída por batata doce, curgete e abóbora.

Quanto à fruta da época – segundo grupo de alimentos na tabela – destaca-se a capa-cidade destes alimentos for-necerem um razoável teor de energia, com baixos níveis

de proteínas e lípidos, mas mesmo estes devem ser con-sumidos moderadamente.

Quanto ao terceiro grupo, os frutos secos, consumidos ainda mais moderadamen-te, revelam uma composi-ção nutricional muito ele-vada em energia, proteínas e lípidos, mas muito menos em hidratos de carbono. Os frutos secos têm um alto teor em gordura total, mas se analisarmos mais ao por-menor verificamos que são ricos em gorduras polin-saturadas, que são as de-signadas gorduras “boas”. Os dados fazem parte da Tabela de Composição dos Alimentos (Instituto Nacio-nal de Saúde Doutor Ricar-do Jorge).

Grupos de alimentos que revelam uma grande diversidade de composição nutricional

opinião

Dietética e nutrição

A profissão de dietista constitui a mais antiga profissão no âmbito da dietética e nutrição, cuja existência data de 1938 em Portugal. Depois de

um interregno de 10 anos, a licenciatura em dietética e Nutrição da ESTeS Coimbra, reiniciou no ano letivo 2009/2010, tendo vindo a aumentar o número de candidatos e de colocados ao longo dos anos. O reco-nhecimento desta elevada procura está, certamente, relacionado com a riqueza da oferta formativa, tendo uma componente prática elevadíssima, através de um corpo docente que está no exercício, que prima pela elevada experiência profissional nas várias áreas de intervenção da nutrição, assim como a existência de protocolos com entidades públicas e privadas, nomea-damente com o CHUC.

Atualmente, o papel da nutrição encontra-se intrinse-camente ligado com as questões de saúde, ocupando cada vez mais um lugar atual e de destaque. Como tal, este ciclo de estudos prima por ser a resposta a uma vasta necessidade de profissionais da área tanto na ação preventiva, preditiva como na terapêutica.

Os dados de empregabilidade dos recém-licenciados revelam uma elevada proporção de empregabilidade após o primeiro ano de conclusão do curso de 75%.

A profissão de dietista está regulamentada a nível nacional e internacional. O Benchmark para a Dietética é o documento que define os parâmetros de referência para a formação e exercício profissional da Dietética na Europa: a Dietética é uma área de intervenção interdis-ciplinar cujo objetivo primordial consiste na aplicação das ciências da nutrição e da dietética na prevenção e no tratamento de doenças e na promoção e educação da saúde, a nível individual e coletivo, assim como nas áreas da investigação, gestão e ensino.

A Dietética e Nutrição em Portugal enquanto domínio cientifico têm grandes desafios e responsabilidades no futuro. O dietista/nutricionista pode assumir diferentes funções na sua prática, em áreas de atuação profissio-nal: Alimentação Coletiva e Restauração, Investigação em Alimentação e Nutrição, Nutrição Clínica, Nutrição Comunitária e Saúde Pública, Tecnologia e Inovação, Marketing Alimentar e outros.

Em 2010 foi criada a Ordem dos Nutricionistas, Lei 51/2010 de 14 de Dezembro, que regula o acesso e o exercício das profissões de nutricionista e de dietista. O novo estatuto da Ordem, aprovado em plenário da Assembleia da República, 22 de julho de 2015, abrange a convergência da profissão de dietista para a profissão de nutricionista, passando assim a regular as ciências da nutrição em Portugal. Assim o nutricionista é um licenciado em Ciências da Nutrição, em Dietética e Nutrição ou em Dietética na sequência da sua formação superior de 4 anos ( 240ECTS).

Penso que há muito a fazer no futuro próximo: Cum-prir os rácios Nutricionista ou Dietista/Utente de acordo com a OMS; Dotar as escolas e autarquias assim como Unidades de cuidados de saúde Primários Secundários e Terciários de Nutricionistas/Dietistas; Promover a gestão do risco; Implementar a comparticipação de suplementos nutricionais orais e nutrição entérica; Certificação de produtos dietéticos com informação detalhada credível.

Helena LoureiroDocente da escola ESTeSC

Obesidadeinfantil

Portugal encontra-se numa das posições mais

desfavoráveis do cenário europeu, apresentan-do mais de metade da população com excesso de peso e sendo um dos países do espaço da Europa em que é maior a prevalência de obesidade infantil, já que 30% das crianças apresentam sobrepeso e mais de 10% são obesas.

Estima-se que uma em cada cinco crianças na Europa, tem excesso de peso e sabe-se agora que esta afeção está rela-cionada com problemas físicos e psicológicos na infância e com um maior risco de contrair outras doenças e morrer prema-turamente. Por conse-guinte, a prevenção e tratamento da obesidade infantil constituem uma prioridade em matéria de saúde pública.

Na verdade são os países do Sul da Europa (Espanha, Itália, Grécia e Portugal) que estão na liderança da prevalência de obesidade

A compreensão do fenómeno da Obesidade Infantil é fundamental mas, ao mesmo tempo complexa, já que inte-ragem neste processo inúmeros factores desde genéticos a ambientais, mas sobretudo dever-se-ão conhecer os aspectos principais da vida de uma criança, que contribuem para este processo.

Fonte DGS - direção geral de saúde

Quarta-Feira, 20 de janeiroBebida: ÁguaSopa: de espinafresPrato: Arroz de feijão com filetes de pescada e salada mistaSobremesa: Fruta

Quinta-Feira, 21 de janeiroBebida: ÁguaSopa: de grão de bicoPrato: Carne guisada com esparguete e salada mistaSobremesa: Doce

Como exemplo de ementas servidas nas escolas, são aqui apresentadas as refeições agendadas para hoje e amanhã nos estabelecimentos escolares referidos

DB-Luís Carregã

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Os “jovens” de 40 e 50 anos mantêm a forma física

Substância extraída do marisco combate a osteoartrose

Deco denuncia práticas comerciais a coberto de falsos rastreios

111 As dores e dificuldades de mobilidade devido às articulações podem agravar-se no inverno. Agora é revelado que sulfato de glucosamina e condroitina, que se encontra dis-ponível nas farmácias, pode ajudar a ultrapassar esta fase. De acordo com um artigo publicado na revista Saú-de e Bem Estar, “se tem mais de 40 anos e sente dores nas articulações, provavelmente sofre de osteoartro-se, ou seja, a perda progressiva da cartilagem articular, que nos afeta a todos num dado momento da vida. Este problema é agravado pelo tempo frio e húmido”.

Uma forma possível de enfrentar a situação sem recorrer forçosamente a medicamentos é a administração de sulfato de glucosamina, substân-cia extraída do marisco, que já deu provas de aliviar a dor articular e até melhorar o funcionamento das

articulações quando tomada com regularidade.

Este composto trava a deterioração da cartilagem e ajuda a recuperar par-te da cartilagem degradada. A inves-tigação que tem sido realizada com o

sulfato de glucosamina demonstrou que a substância geralmente atua em oito a 12 semanas, sendo considerada “terapêutica altamente eficaz e com efeitos comprovados na prevenção e no tratamento da osteoartrose.

acaba por se revelar “uma armadilha” do consumo.

Estratégia comercial agressiva

“Os consumidores são in-fluenciados a adquirir de-terminados produtos e/ou tratamentos de valor bas-tante elevado e, caso não disponham da quantia soli-citada como sinal, são muitas vezes acompanhados pelo comercial a uma caixa mul-tibanco para efetuarem o levantamento do montante em causa”, denuncia a Deco.

O público-alvo destas cam-panhas de rastreios são con-sumidores com mais de 50 anos, com queixas clínicas, a

quem é prometida a resolução dos pro-blemas de saúde e lembrada a ne-cessidade de fazer exames regulares devido à idade.

A Deco diz que, além da abordagem enganosa, há também uma venda agressiva: “Che-gados ao local indicado, e perante a insistência e pressão dos vendedores, os consumidores vêem a sua liberdade de escolha limitada, acabando por as-sinar um contrato de forma precipitada”.

A Deco diz ainda que al-gumas das empresas que

praticam este tipo de ven-das não estão a respeitar o prazo de livre resolução (14 dias para cancelar o contra-to) e o prazo de reembolso das quantias despendidas pelos consumidores. A as-sociação alerta todos os consumidores para “este tipo de práticas”.

111 Com a melhoria das condições de vida e hábitos saudáveis, os atuais 40 anos são vividos como sendo os 30 da anterior geração. Ao atingirem a marca dos 40 anos, as pessoas querem viver mais, melhor e sauda-velmente. A busca pela boa forma f ísica, mas também pela saúde, leva muitas pes-soas a procurarem a prática regular de atividade física.

Diversos estudos vem de-monstrando que os adultos que tem boas condições físi-cas e são ativos fisicamente correm menos riscos – tanto a médio, como a curto pra-zo – de sofrerem de doen-ças cardiovasculares. Mas é necessário tomar algumas precauções, para que a prá-tica dos exercícios traga so-mente benefícios.

A Deco diz que, além da

abordagem enganosa,

há também uma venda

agressiva, com os

vendedores a insistir

e a pressionar

saúde&beleza

111 Há empresas a fa-zer anúncios de rastreios na área da saúde com objeticos comerciais. A denúncia é feita pelo Deco–Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, que afirma já ter encaminhado as queixas recebidas para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Direção Geral do Consumidor (DGC) e Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Sem revelar o número de casos, a Deco confirma que “continua” a receber recla-mações de consumidores que, a propósito da reali-zação de rastreios de saúde gratuitos, são alvo de “prá-ticas comerciais desleais e enganosas”.

A abordagem é feita pelo telefone, sendo os consumi-dores convidados a desloca-ram-se a determinado local para efetuarem exames clí-nicos gratuitos.

“Habitualmente, são locais que não levantam suspeita como, por exemplo, as ins-talações dos Bombeiros Vo-luntários ou coletividades”, adianta a associação, expli-cando que o rastreio de saú-de oferecido como gratuito

1Faça um checkup com-pleto e saiba de suas reais condições físicas.

2Escute seu corpo e esteja atento aos sinais que ele lhe dá.

3Comece devagar e tenha bom senso, não exagere na intensidade.

4 Não se esqueça dos exercícios de força, levante poucos pesos, com muitas repetições.

5Não se esqueça das cos-tas, uma das partes do corpo que mais sofrem.

6Desfrute do exercício, faça algo que lhe dê prazer.

7Não subestime a ajuda e os conselhos dos profissio-nais.

Pacote de açucar para o café, só se o cliente pedir

111 Para além de reduzir para três ou quatro gramas o açúcar contido nos atu-ais pacotes que costumam acompanhar o café (com sete ou oito gramas), a Dire-ção Geral de Saúde (DGS) su-geriu ao Ministério da Saúde que determine que o pacote de açúcar só deve ser entre-gue ao consumidor quando ele pede. O diretor do Pro-grama Nacional de Alimen-tação Saudável, Pedro Graça, admite que foram entregues recentemente no Ministério da Saúde um conjunto de medidas para reduzir o açú-car na vida dos portugueses, medidas, essas que vão ter “baixos custos para as pes-

soas e para o Estado”.Estabelecer parcerias com

a restauração e a indústria alimentar para que sejam reformulados os produtos alimentares de forma a te-rem menos açúcar, como por exemplo, os cereais de pequeno-almoço, mas que pode ser repicado para ou-tros alimentos é outra das propostas que chegaram ao Ministério da Saúde via DGS.

A restrição do acesso de açúcar às pessoas vai tam-bém ser feito através de ações de educação nas es-colas e ações de sensibiliza-ção junto da população em geral, explicou Pedro Graça.

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