SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO a interpretação de poemas e poesias vêm favorecer a...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MARIA APARECIDA PERINA

A LEITURA COMO PROCESSO DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL, SOCIAL E CULTURAL.

MARINGÁ

2012

MARIA APARECIDA PERINA

A LEITURA COMO PROCESSO DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL, SOCIAL E CULTURAL.

Projeto apresentado à Coordenação do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado

da Educação do Paraná, em convênio com a Universidade

Estadual de Maringá, como requisito para o desenvolvimento

das atividades propostas para o período de 2012/2013. Sob a

orientação da Professora Luciane Braz Perez Mincoff.

MARINGÁ

2012

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SUMÁRIO

Apresentação....................................................................................................... 05

1. Orientações Teóricas para o Professor............................................................ 06

2. Objetivos deste trabalho ................................................................................. 11

2.1 Objetivo Geral................................................................................................ 11

2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 11

3. Orientações Metodológicas para o Professor.................................................. 12

4. Conheça cada um dos módulos que compões este trabalho.......................... 13

4.1. Questionário................................................................................................. 13

4.2 Poema – O açúcar......................................................................................... 14

4.2.1 Poema - Meu Povo meu poema................................................................ 14

4.3 Revisão de conteúdo..................................................................................... 15

4.4 Atividades...................................................................................................... 15

4.5 Conhecendo o poema................................................................................... 15

4.6 Poemas Trabalhados..................................................................................... 15

5. Apresentação de Estudos: Poemas e autores de diferentes épocas.............. 17

5.1 Poema – Cidadezinha................................................................................... 17

5.2 Retomada de Conteúdo................................................................................. 18

5.3 Atividades...................................................................................................... 18

5.4 Conhecendo os poetas.................................................................................. 19

5.5 Poema – O Bicho........................................................................................... 22

5.6 Filme – Ilha das Flores.................................................................................. 22

5.7 Atividades ..................................................................................................... 22

5.8 Poesia – Retrato............................................................................................ 22

5.9 Conhecendo a poetisa .................................................................................. 23

5.10 Conhecendo a poetisa e o poeta................................................................. 24

6. Observação dos textos trabalhados na Unidade............................................. 25

6.1 Diferenciação entre poema e poesia............................................................. 25

6.2 Divisão em grupos......................................................................................... 25

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6.3 Visita ao Aterro Sanitário .............................................................................. 25

6.4 Atividades...................................................................................................... 26

6.5 Montagem de Mural....................................................................................... 27

6.6 Produção Textual Coletiva............................................................................. 27

6.7 Apresentação dos Trabalhos......................................................................... 27

6.8 Avaliação........................................................................................................ 27

6.9 Referências Bibliográficas............................................................................. 28

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Apresentação

“Para quem viaja ao encontro do sol é sempre madrugada”

Helena Kolody.

CARO PROFESSOR:

O presente trabalho tem a intenção de cooperar com a efetivação do

processo de leitura em níveis de compreensão, interpretação e análise,

apresentando uma diversidade discursiva interna dos textos lidos, indo além do

entendimento de senso comum, possibilitando a compreensão global social,

histórico e cultural.

Justifica-se, também pela contribuição para compreensão das diferenças e

preconceitos existentes em seu meio. Nesse sentido, a atividade de leitura e escrita

e a interpretação de poemas e poesias vêm favorecer a desenvoltura do aluno

leitor/escritor tentando definir as características próprias dos mesmos.

Outro ponto relevante para a apresentação do presente trabalho, diz respeito

às deficiências que os alunos têm em ler, interpretar e compreender os diversos

tipos de textos literários que o ambiente escolar proporciona através do livro, em seu

papel de conscientizar e ampliar a visão do mundo leitor e o contato dos discentes

com essas obras literárias, motivando seus conhecimentos e autonomia de ler,

analisar e produzir.

Portanto, será desenvolvida uma Sequência Didática composta por três

módulos, contemplando educandos do 1° ano da Educação Geral do Colégio

Estadual Doutor Camargo Ensino Médio, no município de Doutor Camargo.

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AQUI ENCONTRAM-SE ALGUMAS ORIENTAÇÕES TEÓRICAS PARA VOCÊ, PROFESSOR!

1. ORIENTAÇÕES TEÓRICAS

O aluno do Ensino Médio já passou por diversas etapas dentro da escola,

mas a maior barreira encontrada pelos professores de Língua Portuguesa é o

desafio visível em relação ao trabalho com a leitura, é também motivo de

preocupação constante dos profissionais que atuam na educação.

Algumas gerações vêm demonstrando não apenas o desinteresse pela

leitura, mas a incapacidade de fazê-la corretamente em profundidade, limitando as

possibilidades e as habilidades de conhecimento que o indivíduo poderia adquirir.

No Brasil, o meio social em que a criança e o pré-adolescente estão inseridos

tem uma grande contribuição na formação de um leitor, destacando-se a família,

amigos e a escola que frequenta, considerando o letramento conforme a

necessidade do grupo em que vive.

Por isso, a escola deve estar compromissada com o processo educativo de

sua clientela e o professor precisa estar engajado para que aconteça a formação de

um aluno leitor competente. Para tanto, é preciso que o professor seja um leitor

assíduo, tornando-se exemplo para o aluno; mas no momento percebe-se que o

professor vem perdendo o perfil de professor leitor pelo acúmulo de carga horária de

trabalho. Além disso, a redução de números de aulas de Língua Portuguesa no

ensino fundamental e médio tem causado a impressão de que a responsabilidade na

formação do aluno leitor e crítico é somente do professor de Língua Portuguesa e

que isso é muito simples de se fazer.

Na verdade, a abertura para o conhecimento é dada em todas as áreas do

currículo escolar constatando-se que há uma carência da leitura efetiva elevada

entre os alunos, professores e a escola, pois infelizmente, só se lê aquilo que é

necessário.

As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica

(Paraná, 2008, p.48) reiteram que “É tarefa da escola possibilitar que seus alunos

participem de diferentes práticas sociais, que utilizem a leitura, a escrita e a

oralidade, com finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação”.

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Evidentemente que o acesso de todos os tipos de leitura é fundamental para

desenvolver um sujeito leitor, tornando-o consciente com uma visão de mundo

amplificada que pode capacitá-lo a elaborar critérios próprios por meio dos quais

fará sua crítica e avaliação de obras literárias ou não. Sendo a leitura ingrediente

básico e fundamental no processo ensino e aprendizagem ela é tarefa não só dos

professores de Língua Portuguesa, mas é necessário que, juntamente com

professores de outras áreas, busquem metodologias e estratégias que auxiliem a

compreensão e utilizem a leitura como processo inovador para o ensino-

aprendizagem.

Como proposta de estudo da língua tem por finalidade desenvolver o gênero

poema e poesia e cooperar com a efetivação do processo de leitura em níveis de

compreensão, interpretação e análise, apresentando uma diversidade discursiva

interna dos textos lidos, indo além do entendimento do senso comum, possibilitando

a compreensão global social, histórica e cultural.

A escolha do texto-base, a poesia “O açúcar”, de Ferreira Gullar justifica-se

pelo fato de retratar a realidade da grande maioria da clientela escolar do município

onde o projeto será desenvolvido e a intervenção pedagógica realizada.

Outros textos poéticos como “Cidadezinha”, de Mário Quintana, “O bicho”, de

Manuel Bandeira e a poesia “Retrato”, de Cecília Meireles, serão trabalhados como

atividades de apoio, acompanhados de outros poemas que serão comparados e

analisados, onde os autores refletem a naturalidade de seus poemas despertando a

percepção da poesia existente em seus poemas, retratando a realidade da

comunidade local como êxodo rural, desigualdade social e o envelhecimento

populacional do município.

As escolhas justificam-se também pela contribuição para a compreensão das

diferenças e preconceitos em seu meio. Nesse sentido, a atividade de leitura escrita

e a interpretação de poemas e poesias vêm favorecer a desenvoltura do aluno

leitor/escritor, tentando definir as características próprias dos mesmos.

Outro ponto relevante são as deficiências que os alunos têm em ler,

interpretar e compreender os diversos tipos de textos literários que o ambiente

escolar disponibiliza para o aluno. O trabalho com a diversificação textual tem o

papel de conscientizar e ampliar a visão do mundo leitor e o contato dos discentes

com essas obras literárias motiva a aquisição de conhecimentos e autonomia de ler,

analisar e produzir.

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Para Irandé Antunes (2003),

“a atividade da leitura favorece, a ampliação dos repertórios de informação

do leitor. Por ela, o leitor pode incorporar idéias, novos conceitos, novos

dados, novas e diferentes informações a cerca das coisas, das pessoas,

dos acontecimentos do mundo em geral”. (ANTUNES, 2003, p.70).

Portanto, a leitura literária, constitui um desafio tanto para o aluno quanto para

o professor, pois é preciso trabalhar valores e ideais que permeiam a sociedade,

observando como se apresenta a mobilidade das ideias e das pessoas,

representando uma oportunidade significativa de aquisição de novas informações

possibilitando a experiência prazerosa pelo simples gosto de ler.

A atividade de leitura completa a atividade da produção escrita, pois é pela

leitura que se aprende o vocabulário específico de certos gêneros textuais ou outras

áreas do conhecimento, fundamentando-se para a ampliação da competência

discursiva em língua escrita.

Kleiman (2011, p.175) destaca a importância na leitura, das experiências dos

conhecimentos prévios do leitor, a autora afirma que ambos permitem ao leitor fazer

previsões e inferências sobre o texto. Considera a autora que o aluno leitor constrói,

e não apenas recebe um significado global para o texto, ele procura pistas formais,

formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, utilizando-se de

estratégias buscadas no seu conhecimento linguístico, na sua vivência sociocultural

e no seu conhecimento de mundo.

Segundo o miniaurélio Século XXI (1986, p. 941 e 942), POESIA é a “arte de

criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se

combinam sons, ritmos e significados”. Já o POEMA é definido como “obra em verso

ou não em que há poesia”.

Portanto, quando se fala em poema, trata-se da obra do próprio texto; e,

quando se fala em poesia, trata-se da arte, da habilidade de tornar algo poético.

Uma pintura, uma música, a cena de um filme, um espetáculo de dança, uma obra

de arquitetura também podem ser poéticos.

É difícil definir as características próprias de um poema. Um texto escrito em

versos rimados é um poema, outro feito sem rimas também pode ser, com formas

variadas, falando de diferentes temas, revelando sentimentos como tristeza e

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angústia, cantam saudades e beleza, uma história acontecida ou ainda que

denunciem injustiças e desigualdades sociais.

Os poetas escrevem para emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o

mundo de um jeito novo. Usam diferentes recursos, como rimas, repetições,

metáforas, e até formas diferentes de colocar as palavras no papel. Tudo para

transmitir ideias, experiências e emoções ao leitor.

Ao escrever um poema pode-se jogar com a sonoridade, rimando as palavras,

repetindo sons parecidos nos versos, fazendo com que eles ecoem ao longo do

texto. Também trabalham com ritmo, fazem com que o poema tenha cadência, como

um tambor batendo a intervalos regulares, tornando-se prazeroso ouvir poemas

sendo declamados.

Outro recurso usado pelo poeta é a comparação que pode, além de transmitir

a impressão que algo lhe causou, criar imagens; quando fazem isso criam metáforas

e, assim, dão às palavras um sentido mais rico, como se elas quisessem dizer algo

mais.

Solé (1998) considera que,

“a partir do Ensino Médio, a leitura é uns dos meios mais importantes na

escola para consecução de novas aprendizagens, não significando que não

se considere mais necessário em seu ensino, mais deve-se ter sempre um

momento reservado para a leitura.” (Solé, 1998,p.36).

Por outro lado, à medida que se avança na escolaridade, aumenta a

exigência de uma leitura independente.

A autora (1998, p.37), afirma, ainda, que “a leitura no Ensino Médio, parece

seguir dois caminhos dentro da escola, um em que o aluno melhore sua habilidade

adquirindo hábito de leitura e outro, em que deve utilizá-lo para ter acesso a novos

conteúdos de aprendizagem nas diversas áreas que formam o currículo escolar”.

Levando-se em conta que o desempenho dos alunos, quanto ao

desenvolvimento de capacidade leitora, tem-se mostrado bastante insatisfatório,

numa realidade dinâmica como a nossa, que se transforma na mesma velocidade

com que se disseminam informações nos meios eletrônicos, é essencial o papel que

a disciplina que a língua portuguesa desempenha na educação formal do indivíduo,

já que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas

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sociais. Além disso, na esfera escolar, a linguagem, seja oral ou escrita, é uma

ferramenta indispensável para a construção de conhecimentos nas diferentes áreas

e disciplinas.

Assim, ao se propor um trabalho de leitura de poemas e textos literários para

os alunos do Ensino Médio, através do Método Recepcional de Bordini & Aguiar

(1993), espera-se que a Estética da Recepção tenha estratégias suficientes para

desenvolver no aluno o gosto pela leitura através de textos mais simples dentro do

contexto social dele, cativando-o, auxiliando-o a apreciar a compreender e a

interpretar textos mais complexos, que possam ampliar seu horizonte de

expectativas voltando-se para formação de um cidadão autônomo, capaz de

interagir com a realidade em que vivemos.

Neste trabalho será desenvolvida uma Sequência Didática composta por

módulos. Desta forma, os educandos do 1° ano de Educação Geral do Colégio

Estadual Doutor Camargo Ensino Médio, na cidade de Doutor Camargo, terão a

oportunidade de desenvolver procedimentos de leitura e escrita, utilizando o poema

e a poesia que privilegiam o leitor no processo de ensino e em suas análises

literárias dentro de um contexto significativo, o que possibilitará que os alunos

desenvolvam e identifiquem as características composicionais esperando-se

reconhecê-los em outras circunstâncias.

A vontade de contribuir para o esclarecimento dos gêneros apresentados,

somada ao desejo de tornar cada vez menos doloroso o processo de leitura e escrita

estimularam o trabalho que tem vários objetivos; os quais podem ser observados a

seguir.

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PROFESSOR, VERIFIQUE, COM ATENÇÃO, OS OBJETIVOS DESTE TRABALHO !

2. OBJETIVOS: 2.1 - Objetivo Geral

Proporcionar e despertar o interesse pela leitura de textos literários (poemas e

poesias) nos alunos do 1° ano do Ensino Médio, a fim de que ampliem suas

habilidades e competências tornando-se leitores reflexivos e críticos, por meio de

atividades de diferentes formas e gêneros diversos, usando a metodologia da

Estética da Recepção.

2.2 - Objetivos Específicos

• Discutir a realidade social do aluno por meio da leitura que será trabalhada.

• Criar situações em que o aluno possa desenvolver o senso crítico a partir da

leitura criteriosa, inserindo-a em sua dinâmica social, além de espaço escolar.

• Estabelecer uma hierarquia entre as obras poéticas, poema e poesia, com

base no valor intrínseco de cada uma delas.

• Identificar os componentes ou elementos fundamentais de uma poesia.

• Levar o aluno a perceber que é pela leitura de poesias que reverterá em

outras visões de mundo.

• Valorizar o aluno através de suas produções poéticas, expondo seus

sentimentos, escondidos dentro de si.

• Propiciar um estudo interdisciplinar, a partir da leitura das obras trabalhadas.

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PROFESSOR, AQUI VOCÊ PODE CONFERIR ALGUMAS CONSIDERAÇÕES/ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ACERCA DO MÉTODO RECEPCIONAL QUE SERÁ UTILIZADO PARA O DESENVOLVIMENTO DESTE TRABALHO!

3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS: A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO

No momento atual, as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (Paraná,

2008, p.58) propõem que se pense no ensino de literatura fundamentada nos

pressupostos teóricos da Estética da Recepção, segundo a qual a leitura é vista

como “um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais

ou relações dialógicas que acontecem entre leitor/texto/autor”. Sendo assim, o

educador é um mediador que orienta e toma como base uma teoria que segue

determinada metodologia.

A Estética da Recepção tem oferecido bons resultados na formação do leitor

da literatura, ampliando horizontes de expectativas ao leitor, por meio da leitura de

obras distantes de sua realidade. Hans Robert Jauss (1994) é um dos principais

idealizadores da teoria que visa formar leitor capaz de sentir e de expressar o que

sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de leitura um envolvimento entre

obra/autor/leitor, interação presente no ato de ler, relacionando-se leitor e obra e

nela a representação do mundo leitor.

Segundo Bordini & Aguiar, (1993, p.31) a teoria da Estética da Recepção

“desenvolve seus estudos em torno de reflexão sobre as relações entre narrador –

texto – leitor. Vê a obra como um objeto verbal esquemático, a ser preenchido pela

atividade de leitura, que se realiza sempre a partir de um horizonte de expectativas”.

Utilizando os pressupostos teóricos da Estética da Recepção, foram

elaboradas algumas atividades, em diferentes etapas, para o ensino de leitura de

obras literárias, a partir do Método Recepcional que tem se revelado eficaz na

formação do leitor.

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PROFESSOR, AO INICIAR CADA MÓDULO, VOCÊ ENCONTRARÁ OS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS, EM CADA ATIVIDADE, ONDE SÃO PROPOSTAS AS AÇÕES PARA O APROFUNDAMENTO DO CONHECIMENTO DOS EDUCANDOS. A ÚLTIMA ETAPA DESTE TRABALHO SERÁ A APRESENTAÇÃO E A EXPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS.

NA SEQUÊNCIA, CONHEÇA CADA UM DOS MÓDULOS QUE COMPÕEM ESTE TRABALHO.

4. MÓDULOS

4.1 – Professor, este módulo tem como objetivo analisar o conhecimento prévio dos

educandos quanto ao gênero poema e poesia, para a ampliação de conhecimentos

a respeito dos gêneros em questão.

Neste momento será aplicado um questionário, por meio do qual será feita

uma sondagem com intuito de averiguar se seus aprendizes têm hábitos de leitura,

onde os resultados servirão de base para o encaminhamento das próximas

estratégias e o desenvolvimento das próximas etapas.

Questionário- Você já leu um poema? E uma poesia? Escreva o título e o autor dos mesmos.

Poemas:

Poesias:

- Você considera-se um poeta? ( ) sim ( ) não, Por quê?

- Já escreveu um poema ou uma poesia? ( ) sim ( ) não.

- Em sua opinião qual é a diferença entre um poema e uma poesia?

Poema:

Poesia:

- Você conhece o trabalho de algum poeta brasileiro ou paranaense? Destaque-os.

- Você afirmaria que o poema e a poesia são do mesmo gênero literário? ( ) sim ( )

não. Por quê?.

- Onde podemos encontrar inspiração para escrever um poema ou uma poesia?

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- Em qual série de sua escolaridade você ouviu falar em poema ou poesia?

- Escreva o nome de dois poetas ou poetisas famosos na literatura brasileira.

- Com suas palavras escreva um texto a respeito do tema de um poema ou de uma

poesia que você leu.

- Você conhece pessoas na comunidade que escreve poemas ou poesias? Cite-os.

4.2 – Professor, após a realização da sondagem e os resultados obtidos, esta etapa

será iniciada com a entrega de uma cópia do poema “O açúcar” de Ferreira Gullar.

Os alunos farão uma leitura silenciosa, e após uma discussão oral com

questões direcionadas pela professora como:

• A expressão poética retratada pelo autor.

• A antítese configurando a imagem da divisão social do trabalho na sociedade

brasileira.

• A comparação entre o poema e a realidade das pessoas do município que

trabalham no canavial.

• Origem do açúcar que adoça seu café da manhã.

• Fazer questionamentos como: Quanto ganha um trabalhador canavieiro?

• Você conhece famílias que sobrevivem com o plantio de cana-de-açúcar?

• Quais as vantagens e as desvantagens da tecnologia canavieira no Brasil?

• Além do açúcar, quais outros produtos que a cana-de-açúcar fornece?

• Discutir questões referentes à luta do trabalhador canavieiro pela sua

sobrevivência como: jornada de trabalho, salário, aposentadoria, saúde, e

outros pontos que certamente serão levantados.

Como apoio didático será trabalhado o poema metalinguístico “Meu povo,

meu poema”, Ferreira Gullar, encontrado no livro Toda Poesia, por meio do qual o

autor reflete sobre a natureza de sua poesia. Gullar atribui uma origem (expressão,

canto) e uma função (ação, semeadura) social à sua poesia, facilitando para o aluno

o entendimento poético do autor, despertando a consciência e a percepção da

poesia existente no poema.

Em papel Kraft serão escritos os dois poemas, facilitando a explanação dos

mesmos.

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4.3 - Na sequência será feita uma revisão do que é verso, estrofe, nome de outros

tipos de estrofe como: (terceto, quadra ou quarteto...). A definição do que é métrica,

ritmo e rima e a diferença entre a divisão silábica gramatical e a divisão silábica

poética que serão observadas nos dois poemas mencionados.

4.4 - Para finalizar esse módulo, será solicitado aos alunos que tragam nas

próximas aulas, poemas e poesias de vários autores brasileiros, com a finalidade de

montar um mural coletivo, deixando-o exposto até o término do trabalho.

4.5 - Conhecendo um pouco do autor:

José Ribamar Ferreira Gullar (1930 -2012)

Nascido em São Luis do Maranhão. Poeta, jornalista e crítico de arte.

Participou do concretismo, como qual rompeu em 1956 para criar o seu próprio

grupo de vanguarda, o Neoconcretismo. Principais obras: A luta corporal (1954),

Poemas Neoconcretos (1958), Dentro da noite veloz (1975), Poema sujo (1976).

4.6 – Poemas trabalhados

O açúcar. O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro

e afável ao paladar

como beijo de moça, água

na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.

Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.

Este açúcar veio

de uma usina de açúcar em Pernambuco

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ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso

no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos

plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.

Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

(Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p.227-8.)

Meu povo, meu poema.Meu povo e meu poema crescem juntos

como cresce no fruto

a árvore nova

No povo meu poema vai nascendo

como no canavial

nasce verde o açúcar

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No povo meu poema está maduro

como o sol

na garganta do futuro

Meu povo em meu poema

se reflete

como a espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo

menos como quem canta

do que planta

Ferreira Gullar. Toda Poesia (1950-1999). 9° ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 2000, p.155.

PROFESSOR, AQUI ESTÃO APRESENTADOS POEMAS E MÚSICAS AUXILIARES, ASSIM COMO INFORMAÇÕES A RESPEITO DE ALGUNS POETAS

05 – Apresentação de Estudo: Poemas e autores de diferentes épocas:

5.1 - Neste módulo, professor, o objetivo é estudar poemas de diferentes autores e

épocas, sua terra natal. Espera-se que através deles, os alunos despertem

sensações e sentimentos poéticos a observar o lugar onde vivem.

O primeiro poema a ser trabalhado com os alunos, será “Cidadezinha”, de

Mario Quintana. Primeiramente, será realizada uma leitura em voz alta e, em

seguida, será ouvida a música “Cidadezinha”, de Sandra Pestana (CD Poetas da

Escola). Na sequência, direcionada pela professora, acontecerá uma discussão oral

como:

• Imagine a cidade escrita pelo poeta.

• Pense no tema e no tom apresentados pelos poetas.

• Estabelecer um paralelo entre a cidade do texto da música e aquela em que

moram, justificando-se.

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• Interpretar os sentimentos do poeta em relação à cidade referida em cada

poema.

Realizando a discussão oral será solicitado a um aluno que faça a leitura do

poema “Cidadezinha Qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade, onde o autor

descreve o cotidiano de sua obra em tom irônico, herança da fase modernista em

suas primeiras obras.

Em seguida, os alunos deverão reler os dois poemas e ouvir novamente a

música, tentando imaginar o senso comum entre as cidades descritas por poetas

diferentes.

5.2 - Ao retomar o conteúdo da série, será feita uma análise aprimorada com as

rimas consonantais, metáfora, comparação e outros recursos sonoros como a

literação, assonância, paranomásia e o paralelismo engajados no poema e na

poesia.

Ao ouvir o poema “Milagre no Corcovado”, Angela Leite de Souza (CD poetas

da escola), o aluno fará uma análise verificando que a poetisa fala da cidade onde

vive e do que aprecia em sua rotina diária. Apesar de falar de tema semelhante e

usar recursos parecidos, a realidade das cidades são completamente opostas, esta

é a conclusão a qual o aluno deverá chegar ao término da análise.

5.3 - Finalizando o módulo, como atividade de produção escrita, será proposta a

elaboração de uma paródia da cidade em que vive, onde a tarefa do professor será

ajudá-los ao encontrar essa inspiração, resgatando impressões, relatos, fatos,

lembranças e sentimentos direcionados pelos questionamentos a seguir:

• Destacar o ponto mais importante das cidades retratadas no módulo.

• Nos recursos empregados nos textos, o leitor sente vontade de conhecer o

local destacado pelos poetas? ( ) sim ( ) não. Por quê? Qual?

• Quais as diferenças e a semelhanças existentes nos poemas apresentados?

• Qual a relação entre os poemas e a música que foram trabalhados?

• Qual a cidade maior e a menor que você visitou? Qual gostaria de conhecer?

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• Você conhece o Rio de Janeiro? ( ) sim ( ) não. Considerando ser a sede da

Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 qual é sua opinião sobre

os contrastes que a cidade apresenta?

• A cidade comporta um evento dessa grandeza? Faça seu comentário...

• Quais os temas que você fará sua paródia? (saúde, educação, segurança,

lazer, política...)

Assim, espera-se que eles sejam capazes de expressar em sua paródia um

olhar pessoal sobre o lugar onde vive imprimindo um tom autoral em seus versos,

incentivando a turma a observar pequenos detalhes, perceber as impressões e as

sensações causadas por essa observação é o principal objetivo.

Ao término da atividade, será aberto um espaço para leitura e a montagem de

um painel de paródias, reservando-o para a exposição no final do trabalho.

5.4 - Conhecendo um pouco sobre os poetas:

Mario Quintana (1906-1994)

Poeta Sul-Rio-Grandense. Buscando sempre uma poesia simples e

despojada, publicou mais de uma dezena de livros, entre os quais se destacam: A

rua dos cata-ventos (1940), Espelho mágico (1948), O aprendiz de feiticeiro (1950),

Caderno H (1973), Apontamentos de história sobrenatural (1976), A vaca e o

Hipógrifo (1977) e Esconderijos do tempo (1918).

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Nasceu em Itabuna MG, em 1902, faleceu no Rio de Janeiro em 1987.

Passou sua infância na cidade natal (Itabuna - MG) e fez seus estudos secundários

em Friburgo e Belo Horizonte. Formou-se em Farmácia, mas dedicou-se ao

jornalismo em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Foi também funcionário público.

Quando morreu, aos 84 anos era considerado um dos maiores poetas brasileiros de

todos os tempos.

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Cidadezinha

Cidadezinha cheia de graça…

Tão pequenina que até causa dó!

Com seus burricos a pastar na praça…

Sua igrejinha de uma torre só.

—-

Nuvens que venham, nuvens e asas,

Não param nunca, nem um segundo…

E fica a torre sobre as velhas casas,

Fica cismando como é vasto o mundo!…

—-

Eu que de longe venho perdido,

Sem pouso fixo ( que triste sina!)

Ah, quem me dera ter lá nascido!

Lá toda a vida poder morar!

Cidadezinha… Tão pequenina

Que toda cabe num só olhar…

Mario Quintana (n: Lili Inventa o mundo. São Paulo: Global. 2005 @ by Elena Quintana)

Cidadezinha Qualquer

Casas entre bananeiras

Mulheres entre laranjeiras

Pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus

Carlos Drummond de Andrade - Poesia Completa & Prosa. Rio de Janeiro: José Aguiar 1967.

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Milagre do Corcovado

Todas as noites

de céu nublado

no Corcovado

faz seu milagre

o Redentor:

fica pousado

no algodão-doce

iluminado

como se fosse

de isopor.

Mas todos sabem

que bem de perto

esse Jesus

é um gigante

de mais de mil

e cem toneladas...

Suba de trem,

vá pela estrada,

quem chega lá,

ao pé do Cristo,

vira mosquito.

E olhando em volta

para a cidade

de ponta a ponta

maravilhosa

a gente sente

um arrepio:

o milagre

é o próprio Rio!

Ângela Leite de Castilho Souza ( Meus Rios. Belo Horizonte: Formato 2000.)

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5.5 – Nesta etapa, o objetivo é observar que o poeta Manuel Bandeira consegue

cativar o leitor, através da leitura do poema “O bicho”, convidando-o a refletir a

realidade das condições desumanas que muitos brasileiros vivem, sendo que os

recursos poéticos usados pelo autor em seus versos deixam transparecer

sentimentos verdadeiros, como fosse um recado universal para humanidade.

Será entregue uma cópia do poema “O bicho” para cada aluno, solicitando

que alguém da sala faça a leitura em voz alta. Em seguida, será ouvida a música

“Comida – do grupo Titãs”, com o mesmo tema que ilustrará o poema, fazendo

oralmente a relação entre o poema e a música trabalhada.

5.6 - Dando ênfase ao tema, os alunos serão levados para o laboratório de

informática para assistir ao filme de curta-metragem “Ilha das flores”, do gênero

comentário; escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com duração de

10:28 minutos. Em seguida, serão feitos oralmente, comentários sobre o filme e

comparações da realidade e das condições em que o ser humano vive e também o

desperdício de toneladas de comidas que são jogadas por dia nos lixões do Brasil.

5.7 – Na sequência, como atividade proposta, será solicitado que façam,

primeiramente, uma produção de texto em prosa referente ao tema e, instigados por

alguns apontamentos, respondam por escrito os questionamentos abaixo:

• O que leva uma pessoa a sobreviver, financeiramente, por meio do trabalho

no lixão?

• O que leva uma pessoa a catar comida em um lixão?

• Em sua opinião, por que tanto desperdício, se milhões de pessoas passam

fome?

• Qual seria seu recado, aos governantes desse país, referente a esse

assunto?

• Se você fosse um político, qual seria sua proposta de trabalho para que esse

problema não existisse em nosso país?

5.8 - Finalizando o módulo, será apresentada a poesia “Retrato”, de Cecília Meireles,

onde será realizada, pelo professor, uma leitura da mesma e, juntamente, com os

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alunos deverão ser comentadas as relações explícitas entre os poemas, poesia e o

filme apresentado como:

• O tempo que o homem não viu e não vê passar e a fragilidade humana.

• A pobreza das cidadezinhas e do ser humano que vive no lixo.

• O contraste da beleza e da feiúra do homem comparado com o bicho.

• A admiração do corcovado, a exuberância da cidade do Rio de Janeiro, do

homem que se sujeita a catar lixo para sua sobrevivência.

• A realidade mostrada pelo autor do filme de forma única e irônica sobre a

pobreza do povo brasileiro.

• A vida indigna que leva o ser humano a se entregar ao sofrimento, não

percebendo que a velhice chega tão rápida e outras comparações que

surgirão no momento da explanação.

5.9 - Conhecendo um pouco sobre a poetisa:

Cecília Meireles (1901-1964)

Nasceu no Rio de Janeiro em 1901 e faleceu também no Rio de Janeiro em

1964, seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Foi

professora primária e universitária, além de pesquisadora do folclore brasileiro. Em

diversas viagens ao exterior, difundiu nossa cultura através de conferências e

publicações na imprensa.

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

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Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida

a minha face?

Cecília Meirelles. Flor de poemas. Rio de Janeiro. José Aguilar/MEC, 1972.

5.10 - Conhecendo um pouco sobre o escritor e poeta

Manuel Bandeira (1881-1968)

Nasceu em Recife (PE) em 1881 e faleceu em 1968, no Rio de Janeiro (RJ).

Seu nome completo era Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho. Em 1912, a

tuberculose obrigou o então estudante de Engenharia a abandonar o curso da

Escola Politécnica de São Paulo a deslocar-se para a Suíça em busca de cura.

Regressando ao Brasil, exerceu várias funções ligadas ao ensino, mais sua

atividade principal foi a de escritor. Além de traduções, crônicas e história literária

Manuel Bandeira fez sobretudo poesia, tornando-se um dos maiores poetas no

Brasil. Dois anos antes de morrer, em entrevista concedida a um jornal, Bandeira

falou da influência da tuberculose em sua vida. “Não tive condições físicas e

materiais para me casar, tive que parar os estudos, por causa da doença. Isso é

quase tudo o que não fiz”. O BICHOVi ontem um bicho

Na imundice do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa;

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

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06 – Observações dos Textos Trabalhados na Unidade

6.1 - O objetivo desse último módulo é observar que todos os textos trabalhados

abordam questões sobre conhecer a si mesmo, perceber a realidade e a

desigualdade social de cada ser humano que vive em diferentes espaços, por meio

dos quais os autores procuram chamar atenção dos leitores.

O aluno fará a leitura individual e em grupos, conversação do poema, a

diferença e as características entre poema e poesia, enfim, atividades que

propiciarão a participação e a interação entre os alunos e o professor.

Na sequência, após a leitura, discussão e o término das atividades propostas

até o presente momento, outras atividades serão desenvolvidas através de teatro,

maquete e desenhos.

6.2 - Para cada poema será proposta uma atividade específica. A sala será dividida

em 3 (três) grupos, todos com a orientação da professora.

O primeiro grupo ficará responsável pelo poema “O açúcar”, de Ferreira

Gullar, deverá preparar uma apresentação teatral.

O segundo grupo deverá montar maquetes que representem os poemas

“Cidadezinha”, de Mario Quintana, “Uma Cidadezinha Qualquer”, de Carlos

Drummond de Andrade e a poesia “Milagre do Corcovado”, de Angela Leite de

Souza.

O terceiro grupo deverá produzir desenhos que retratam o poema “O Bicho”,

de Manuel Bandeira e apresentar a música “Comida” do grupo Titãs, encerrando a

etapa com as apresentações de seus trabalhos.

6.3 - A atividade referente à poesia “Retrato”, de Cecília Meireles – uma discussão

reflexiva oral - será desenvolvida, coletivamente, no momento de uma visita ao

Aterro Sanitário Orgânico e Reciclagem Municipal de Doutor Camargo, localizado na

estrada “Pé de Galinha”, às margens da BR-323. Outro agendamento será feito para

Depósito de Entulhos Municipal localizado próximo ao morro da estrada velha

Maringá / Cianorte, por meio dos quais os alunos poderão fotografar a realidade dos

lugares visitados, observar o processo de coleta e reciclagem de todo lixo recolhido

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no município, o destino dos entulhos e ainda fazer uma entrevista com os

trabalhadores locais fazendo os seguintes questionamentos:

• Quando foi inaugurado o Aterro Sanitário de Doutor Camargo?

• Qual é a quantidade de lixo recebido por dia/mês/ano?

• Qual é o processo para o lixo orgânico? E para reciclagem?

• Quantas pessoas trabalham no local? E como são remunerados?

• Para efetuar o trabalho locar é usado equipamentos de proteção prevenindo

possíveis doenças?

• Qual é o destino do produto final reciclados no local?

• A população camarguense contribui na separação correta do lixo doméstico?

E o que é para reciclar? ( ) sim ( ) não ( ) ou em partes.

• Considerando as opções de respostas, o que é preciso fazer para que a

população esteja conscientizada do trabalho que está sendo realizado?

• Qual é a capacidade do aterro para os próximos anos?

• A questão ambiental foi resolvida, quando se fala em lixo no município?

• Qual são os entulhos recolhidos no local? E quantos quilos por dia/mês/ano

são transportados para o local?

• Qual é o destino do lixo hospitalar do município?

• Aqui no município existem pessoas que catam lixo para sobrevivência?

• Pedir ao responsável pelos locais visitados que faça explanação de todo o

processo realizado no local.

6.4 - Ao encerrar a primeira e a segunda etapa do módulo três, acredita-se que

os alunos terão com subsídios suficientes para produzir individualmente um poema

referente ao assunto trabalhado, e em seguida apresentá-lo em forma paráfrase,

deixando-a registrada no caderno. Para produzir as duas atividades citadas acima,

os alunos usarão seus conhecimentos escolares ou vivências pessoais, refletindo a

respeito de leituras realizadas e o mundo em que vive.

Espera-se que os alunos percebam que o trabalho realizado não seja apenas

uma tarefa escolar, mas que compare seu horizonte de expectativas iniciais com os

interesses atuais. Os alunos poderão perceber que suas experiências foram

ampliadas.

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6.5 - Esta etapa será iniciada com a montagem de um mural com apresentação

das fotos registradas dos lixões visitados e do poema produzido na etapa anterior.

Também será desenvolvida uma atividade de conversação em que os alunos

partilharão suas impressões a respeito do trabalho desenvolvido pelo projeto e

falarão acerca dos pontos positivos e negativos que perceberam, além de discutirem

questões que demonstrem a relação de proximidade entre os temas dos textos

trabalhados com a realidade dos alunos.

6.6 - Ao final dessa conversa, será proposta aos alunos uma produção textual

coletiva (duplas ou trios), de gênero livre, em que deverão escrever a respeito da

relação entre os temas trabalhados e a realidade em que vive.

6.7 - Concluindo a Unidade Didática, totalizando 32 horas/aula, será apresentada em

uma sala disponível para visitação, a exposição dos trabalhos realizados como:

• A representação da peça teatral “O açúcar”, apresentado pelo grupo 1.

• Mural coletivo de poemas de diversos autores e épocas.

• Painel de paródias individual da cidade onde vive.

• Registro dos poemas produzidos pelos alunos referentes ao lixo.

• Exposição das fotos que foram feitas durante a visitação dos lixões do

município.

• Exposição da maquete confeccionada pelo grupo 2.

• Exposição dos desenhos confeccionados pelo grupo 3.

6.8 - Os alunos serão avaliados desde o início do desenvolvimento da Unidade:

leitura, produção, apresentação e exposição das atividades propostas. O professor,

frequentemente, irá observar o interesse, a participação e principalmente o

envolvimento dos alunos durante todo processo de leitura e produção.

Para tanto, o aluno deverá envolver-se nos temas e nos acontecimentos

diários. Só assim seus trabalhos serão respaldados e valorizados pelo leitor que

quer atingir: professores, alunos e comunidade.

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