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Colégio Estadual “Conselheiro Carrão" Rua Riichi Tatewaki, 755 CEP: 86.220-000 ASSAÍ - PR Fone: (43) 3262-1212 Fax: (43) 3262-1212 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NUCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO CORNÉLIO PROCÓPIO COLÉGIO ESTADUAL CONSELHEIRO CARRÃO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011/2012

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

NUCLEO REGIONAL DA EDUCAO

CORNLIO PROCPIO

COLGIO ESTADUAL CONSELHEIRO CARRO

ENSINO FUNDAMENTAL, MDIO E PROFISSIONAL.

PROJETO POLTICO PEDAGGICO

2011/2012

ANO LETIVO 2012

IDENTIFICAO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Denominao:

Colgio Estadual Conselheiro Carro Ensino Fundamental, Mdio e Profissional.

(Ato Administrativo NRE de Cornlio Procpio Pr, n 289/98 de 23/09/98)

Municpio: Assa Paran. cdigo 190

Localizao: (X) Zona Urbana ( ) Zona Rural

NRE- Cornlio Procpio Paran cdigo 08

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paran. cdigo 0010

Distncia do Colgio ao N.R.E.: 50km.

N Total de Alunos:

Ensino Fundamental = 341

Ensino Mdio = 374

Ensino Mdio Integrado Formao de Docentes = 43

Ensino Mdio Integrado Tcnico em Informtica = 49

Educao Profissional Subseqente Tcnico em Informtica = 64

Educao Profissional Subseqente Tcnico em Administrao = 11

Total = 892

Equipe Administrativa e Pedaggica:

Diretora: Sandra Mara de Oliveira Gonalves

Diretora Auxiliar: Andra Tamura Kazuma

Secretria: Karina Libanio Gonalves

Pedagogas: Ana Paula de Melo

Andra Panfieti

Sandra Aparecida Batista

Sirley Bocchi de Oliveira

Identificao dos Cursos

Denominao do Curso: Ensino Fundamental Sries Finais

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

6 ano (3 turmas)

68

7 ano (4 turmas)

98

8 ano (3 turmas)

82

9 ano (4 turmas)

93

Denominao do Curso: Ensino Mdio

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

1 ano (4 turmas)

146

2 ano (4 turmas)

126

3 ano (4 turmas)

112

Denominao do Curso: Tcnico em Administrao (Subseqente)

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

3 semestre (1 turma)

11

Denominao do Curso: Tcnico em Informtica (Subseqente)

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

1 semestre (1 turma)

40

2 semestre (1 turma)

17

3 semestre (1 turma)

7

Denominao do Curso: Tcnico em Informtica (Integrado)

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

1 ano (1 turma)

37

3 ano (1 turma)

12

Denominao do Curso: Formao de Docente (Magistrio)

Modalidade de oferta: Regular

Regime de funcionamento: presencial

Nmero de Alunos por turma - Ano letivo 2012

Srie Nmero de Alunos

2 ano (1 turma)

19

3 ano (1 turma)

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RELAO DE PROFESSORES E FUNCIONRIOS.

DIREO

Diretora Sandra Mara de Oliveira Gonalves

Diretora Auxiliar Andre Tamura Kazuma

PROFESSORES

Agenor dos Santos Junior6.123.229-0Informtica

Aislan Jos de Mello Correia9.282.938-3Filosofia

Aldaleci Ftima de Almeida4.423.392-4Educao Fsica

Alessandra Lopes de Oliveira7.153.852-4Educao Fsica

Alexandre Bueno Gandra 8.218.493-7Informtica

Ana Cosmos de Oliveira 824.490-1Matemtica

Andrea Luzia Miyazaki da Silva6.020.687-2Educao Fsica

Andra Tamura Kazuma5.778.161-0Geografia

Aparecida Libanio1.279.479-7Geografia

Clio Dalvim Braga3.463.823-3 Administrao

Cludia Francisco Pelati6.158.445-5Matemtica

Claudineia dos Santos6.667.166-6Matemtica

Cristiane Carvalho Garcez6.745.376-0Matemtica e Administrao

Diana Rocilda da Rocha vila10.421.800-8Ling. Portuguesa

Diego Alves da Cruz9.075.585-4Biologia

Ednisia Aparecida Mariano4.298.969-0Cincias

lia Mika Kumagai3.158.244-0Ling. Portuguesa e Arte

Eunice Manoel Vieira3.103.916-9Biologia

Francislene Rosa do Vale7.116.841-7LEM Ingls

Felipe Andr Fagundes Ferreira 8.973.010-4Matemtica e Qumica

Gabrielli Oliveira de Jesus 13.051.882-6Matemtica e Fsica

Gelson Penteado da Cruz 3.954.436-9Histria

Grediela Moreira 5.349.366-1Matemtica

Ilcemara Regina Gomes da Silva 5.110.890-6LEM Ingls e Ling. Portuguesa

Isandra Cristiane Ramalho de Aquino 8.811.111-7LEM Espanhol

Ivanete Pires de Oliveira Neves 4.603.281-0Ling. Portuguesa

Ivete Moro Diniz vila 7.899.484-3Arte

Jos Roberto Celestino 5.349.354-8Matemtica

Josiane A. Santana Cheffer 8.659.988-0Biologia

Josiani de Assis Moreira Saragon 7.004.751-9Matemtica e Qumica

Larissa Brbara Cruz Martins 10.205.876-3Arte

Laura Mikiko Ogasawara 2.121.470-1Matemtica

Laura Rodrigues dos Santos 889.346-2Geografia

Leda Koguishi Utiamada 4.706.001-0Matemtica

Leila Rodrigues de Barros Libanio 7.997.576-1Histria

Letcia Rodrigues de Souza 9.130.334-5Lng. Portuguesa e LEM Ingls

Ligia Amaoka Fulan 8.079.918-7Qumica

Luclia Aparecida Pereira 4.804.977-0Histria e Sociologia

Luis Guilherme Cuenca Borsatto 9.320.706-8Informtica

Mrcia Jouvelina Rodrigues Pinto 6.001.639-9Ling. Portuguesa

Marcos Czar de Oliveira 6.429.476-8Matemtica e Qumica

Marcos Jos Pedrosa 7.128.385-2Informtica

Maria Aparecida Monteiro 3.290.597-8Lngua Portuguesa

Maria Luiza de Oliveira 6.403.938-5Ling. Portuguesa e LEM Ingls

Mariza Gonsales Soares Avelar 2.102.913-0Matemtica e Fsica

Michelli Rumi Goto T. 6.203.564-1Informtica

Mnica Santos de Souza 8.925.778-0Formao de Docentes

Neiva Severino dos Santos 2.107.458-6LEM Ingls

Nvia ngela Pereira 5.040.918-0Histria

Paula Denizia de Oliveira 6.929.500-2Geografia

Priscila de Castro Barros Greca 6.532.633-7Matemtica e Administrao

Priscila Ferri Veloso da Silva 8.326.802-6Professor de Apoio Permanente

Rafael Amaral Ferreira 5.941.776-2Filosofia

Rafael Elias de Oliveira 9.963.363-8Sociologia

Rafaela Aparecida Pulcinelli Harada 8.145.639-9Matemtica

Regiane dos Santos Vieira 6.225.193-0Lng. Portuguesa

Regina Clia Furlanetto 4.364.700-8Cincias e Qumica

Renata Juliane Luiz 6.403.593-2Ling. Port. e Form. de Docentes

Rodolfo Enriquy Diniz 12.596.196-7Biologia

Silvio Ravagnani 5.221.564-1Histria

Sonia Cristina Pereira Storto 5.305.239-8Histria e Ensino Religioso

Tnia Cristina da Silva Basso 5.963.623-5Formao de Docentes

Thas de Almeida 7.356.899-4Biologia

Valdomiro Domingues Paes 4.049.573-8Educao Fsica

Vanessa Fujihara 9.273.056-5LEM Ingls

Wagner Antonio Rodrigues dos Santos 6.845.581-2Educao Fsica

Zlia Del Anhol 4.975.761-1Lng. Portuguesa

EQUIPE PEDAGGICA

Ana Paula de Melo8.291.830-2

Andra Panfieti8.629.336-6

Maria Izabel Pessoa Vila Nova3.137.288-7

Sandra Aparecida Batista8.669.584-7

Sirley Bocchi de Oliveira1.196.682-9

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Ana Clia de Almeida3.026.675-7Tcnico Administrativo

Aquiles Csar Fernandes8.899.254-7Tcnico Administrativo

Edna Maria Maciel4.296.804-8RDE Tcnico Administrativo

Eunice Manoel Vieira3.103.916-9Coordenao de Curso

Inai Maria Pinto3.977.829-7Tcnico Administrativo

Ivanete Pires de Oliveira Neves4.603.281-0Coordenao de Curso

Karina Libanio Gonalves7.764.930-1Secretria - Tc. Administrativo

Maria Izabel Pessoa Vila Nova3.137.288-7Professor da Lei 15308/06

Nair Quitria de Jesus1.650.129-8Tcnico Administrativo

Rosana de Oliveiras Paes5.905.547-0Tcnico Administrativo

Vera Lcia Rosa1.499.386-0Tcnico Administrativo

EQUIPE SERVIOS GERAIS

Alzira S Roza Arajo5.935.283-0Auxiliar de Servios Gerais

Dulcinia Fernandes Eduardo5.763.956-3Auxiliar de Servios Gerais

Irani Barboza da Silva Vaz4.492.799-3Auxiliar de Servios Gerais

Ivone de Lourdes Paiva4.130.292-5Auxiliar de Servios Gerais

Leoni das Graas Gonalves Angenendt6.413.037-4Auxiliar de Servios Gerais

Lucinia Ap. Gomes Laurindo6.272.039-5Auxiliar de Servios Gerais

Lueide Batista3.251.887-7Auxiliar de Servios Gerais

Maria Adelina da Silva6.299.885-7Auxiliar de Servios Gerais

Maria Aparecida de Camargo3.472.778-3Auxiliar de Servios Gerais

Maria Helena Ramos da Silva8.040.717-3Auxiliar de Servios Gerais

Marlene Almeida da Silva5.232.678-8Auxiliar de Servios Gerais

Nilta da Fonseca3.325.627-2Auxiliar de Servios Gerais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

NCLEO REGIONAL DA EDUCAO

CORNLIO PROCPIO PARAN

PROJETO POLTICO PEDAGGICO 2011/2012

APRESENTAO

Este Projeto Poltico Pedaggico tem o objetivo de nortear as aes de Educao do Ensino Fundamental, Mdio e Profissional do Colgio Estadual Conselheiro Carro Ensino Fundamental, Mdio e Profissional.

um documento elaborado pela escola, tendo como colaboradores todos os elementos dos segmentos escolares. Cabe a todos da escola dar sua parcela de colaborao para a construo do PPP, sendo o Conselho de Classe de forma representativa um rgo importante na gesto das escolas.

A comunidade escolar est constituda por professores, equipe pedaggica, profissionais da educao(equipe de apoio e equipe administrativa), pais, alunos e a comunidade, todos integrados e participativos na construo e concretizao do PPP, que deve ser renovado periodicamente com idias coletivas elaboradas por membros da comunidade escolar, buscando aplic-las no seu dia-a-dia, visando a melhoria do ambiente em que trabalham, atuam e estudam.

Por ser um documento elaborado pela comunidade escolar o mesmo ter a aprovao dos membros desta comunidade estando disponvel pela leitura impressa ou em site da escola.

A escola tem como prioridade o ato de ensinar, e desta forma construir com todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem um conhecimento baseado em experincias individuais e coletivas levando em considerao todo o arcabouo que os sujeitos envolvidos historicamente possuem para que o estudante contribua como cidado consciente de seu papel enquanto transformador de sua realidade.

Sua elaborao amparada na Lei de Diretrizes e Bases n 9394/96, estabelecendo que a educao estende a todos os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais. Tambm explicita que a educao escolar dever vincular-se ao mundo do trabalho e prtica social..

Considerando-se a dinmica evolutiva do processo ensino aprendizagem abordada nos cursos e na prpria sociedade, torna-se importante afirmar que a construo e avaliao do Projeto Poltico Pedaggico deve ser um processo contnuo visando seu constante aperfeioamento.

Este documento explicita quais as aes necessrias para que seja atingida a formao do indivduo enquanto cidado das aes que sero previstos os meios para que se obtenha qualidade e atualizao das metodologias e contedos. Enfim, o Projeto Poltico Pedaggico que vai nortear a direo e quais objetivos querem atingir e que tipos de cidado querem formar.

O presente Projeto Poltico Pedaggico para o ano Letivo de 2012, segue o roteiro de trabalho apresentado pelo N.R.E. de Cornlio Procpio.

Assa, 07 de maro de 2012.

HISTRICO PORMENORIZADO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Colgio Estadual Conselheiro Carro, foi criado como Ginsio Municipal de Assa, pela Lei n 39 de 09/03/1950, sob o decreto n 12.047, assinado pelo Exmo. Sr. Governador Moises Lupion e secretrio da Educao e Cultura Sr. Erasmo Pilotto. A partir dessa data os professores foram mantidos como suplentes e os funcionrios no poderiam ter vencimentos aos que vinham percebendo no cargo ou funo. Ainda no mesmo governo sob o Decreto n 29.360 de 27/04/1960, o Ginsio Estadual de Assa, ficou denominado Conselheiro Carro.

O Colgio Estadual Conselheiro Carro foi inaugurado no ano de 1960, no governo de Moiss Lupion, Secretrio da Educao e Cultura Sr. Nivon Weigert e pelo Secretrio da Viao e obras pblicas Sr. Ladislau Lachowski.

Foi Assinado pelo Inspetor Seccional de Londrina, Sr. Otvio Mazziotti, Sob ato n 13 de 10/04/1960, a autorizao para funcionar com o 2 ciclo, condicionalmente, ad referendum do senhor diretor do Ensino Secundrio.

Sob o ato n 16 de 10/04/1960, foi assinado pelo mesmo inspetor a transferncia de sede da rua Manoel Ribas S/N, para a atual Riichi Tatewaki, n755, numa rea com 11.515.80 metros quadrados, no lote chcara n 87.

O ato n16 de 10/04/1960 foi retificado pelo diretor do Ensino Secundrio do Ministrio da Educao e Cultura Sr. Gildasio Amado. Ele ratifica o ato n 13 de 10/04/1960, para o funcionamento e a denominao de estabelecimento da escola para Colgio Estadual de Assa.

No Governo de Paulo Pimentel foi assinado o decreto n 4004 que revigora o decreto n 27.776 de 04/02/1960 que criou o Curso Colegial no Ginsio Estadual Conselheiro Carro. Na poca era Inspetor Regional de Ensino, o Sr Takao Aoki.

Foi autorizado o funcionamento do curso Colegial em perodo noturno sob a resoluo n 1671/72 de 10/07/1972, assinado pela secretria da Educao e Cultura Sr Roberta Linhares da Costa.

Pela lei n 043/76, sancionada pelo Prefeito Frederico Prudncio de Andrade, foi celebrado convnio com a FUNDEPAR para construo de uma Quadra de Esportes, inclusive chuveiros e vestirios no terreno do Colgio Estadual Conselheiro Carro, no valor de CR$ 174.000,00 (Cento e setenta e quatro mil cruzeiros).

O parecer n 234/76 do processo n 680/76 sobre o projeto de implantao de ensino regular de 2 grau nas habilidades de Tcnico em Contabilidade, Magistrio e Bsico em Qumica, Bsico em Sade estabelece o seu funcionamento a partir do ano letivo de 1977.

Ala nova, com (04) quatro salas de aula, foi inaugurada em maro de 1977, no governo de Jayme Canet Junior, com recursos administrativos pelo convnio FUNDEPAR e Prefeitura Municipal de Assa, sob a denominao Escola de 2 Grau de Assa, reunindo os estabelecimentos de 2 Grau j existentes: Colgio Estadual Conselheiro Carro, Escola Estadual Duque de Caxias e o Colgio Comercial Estadual Massayuki Matsumoto.

Os cursos em tela, sob auspcios da lei n 5692/71 foram implantadas gradativamente e o plano de implantao de Ensino de 1 Grau foi aprovado pelo Secretrio de Educao e Cultura Sr. Francisco Borsari Netto, sob a resoluo n 514 de 31/03/1977.

No governo de Ney Amyntas de Barros Braga foi assinado o Decreto n 1198/79 de 26/09/79, autorizando o funcionamento do Complexo Escolar Conselheiro Carro, Ensino de 1 e 2 Graus, resultante da Reorganizao do Colgio Estadual Conselheiro Carro, Escola Normal Colegial Estadual Duque de Caxias Colgio Comercial Estadual Massayuki Matsumoto e Grupo Escolar Diogo Antonio Feij.

No dia 28/01/1982, o Sr. Secretrio de Educao Edson Machado de Souza, autorizou, a partir de 1982, o funcionamento do Curso Supletivo de 1 Grau Fase II. A Implantao do referido Curso Supletivo, foi gradativa e ocorreu normalmente extino das classes de Ensino Regular de 1 Grau no turno noturno.

A Resoluo 4143/84, de 06/04/1984, assinada pela secretria do Estado do Paran Sr Gilda Poli Rocha Loures, pela Resoluo n 1423/86, extinguiu definitivamente as habilitaes em Qumica, neste Estabelecimento de Ensino.

O Curso de 2 Grau Educao Geral, no Colgio, foi reconhecido e assinado pelo Diretor Geral da SEED sob a Resoluo n3516/88 de 10/11/1988.

De acordo com a Resoluo n1210/90 de 08/05/1990, cessaram definitivamente os Cursos Supletivos de 1 e 2 Graus e seu funcionamento foram transferidos para o Colgio Estadual Baro do Rio Branco de Assa, nesta cidade.

A Resoluo n 4404/91 de 24/12/1991, assinada pelo Diretor Geral de Estado da Educao Caleb Pereira de Carvalho Filho, autorizou o funcionamento do Curso de Tcnico em Contabilidade, a partir de 1992, neste Estabelecimento de Ensino.

Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, L.B.D. n 9394/96. o Colgio Estadual Conselheiro Carro Ensino de 1 e 2 Graus, aderiu as reformas propostas, criando o Curso de Ensino Mdio, cuja implantao gradativa e Proposta Curricular foi aprovada pelo parecer: 25/98 de 21/12/1998, pelo Chefe do Departamento de Ensino de 2 Grau Paran, Tnia Sperry Ribas.

Pelo Ato Administrativo n289/98 de 23/09/98 do N.R.E. de Cornlio Procpio, ditado pela fora da L.B.D. n9394/96, o nosso Colgio passou a ser chamado: Colgio Estadual Conselheiro Carro Ensino Fundamental e Mdio.

Para atender a demanda escolar, A P.M. do Colgio construiu 04 (quatro) salas de aula, nos antigos ptios do Colgio.

Com os recursos da FUNDEPAR foram construdos: a Quadra Coberta para jogos esportivos, o Laboratrio de Informtica para atender a nova Matriz Curricular do Ensino Mdio, implantada em 1999 e a Biblioteca Escolar ao lado do Laboratrio de Informtica.

Com recursos da FUNDEPAR foram construdos: a Cantina, Depsito de Merenda e Refeitrio concludo no ano de 2003.

No ano de 2007, foi instalado um laboratrio de informtica com 20 computadores do Paran digital e outro laboratrio com 10 computadores do programa PR-INFO.

No ano de 2008, foi instalada em cada sala do estabelecimento, uma TV de 29 polegadas pelo governo de Roberto Requio e secretrio de educao Mauricio Requio, projeto TV Pendrive.

No ano de 2009, foi dada continuidade aos cursos tcnicos em Administrao (subseqente) e implantao do curso tcnico em Informtica (subseqente). No ano de 2010, retoma-se nas dependncias do colgio o curso profissionalizante Integrado ao Ensino Mdio de Formao de Docentes (antigo magistrio), no perodo vespertino, e no perodo Noturno curso tcnico em Informtica, tambm Integrado.

No ano de 2012, os cursos de Formao de Docentes, Tcnicos em Administrao, Tcnicos em Informtica subseqente e Integrado tiveram continuidade. Neste mesmo ano, a Sala de Apoio aprendizagem continua atuando com alunos do 6 ao 9 ano.

A- RELAO DE DIRETORES DO COLGIO ESTADUAL CONSELHEIRO CARRO ENSINO FUNDAMENTAL, MDIO E PROFISSIONAL

NOME DO DIRETOR

GESTO

Prof Carlos Zene Coimbra

1956-1957

Prof Nabor Silva Junior

1957-1958

Dr. Adamazildo Bomtempo

1958-1560

Dr. Edgar Alberto Bardal

1960-1963

Prof Jos Bonametti

1963-1964

Dr. Rui Aprgio Barbosa

1964-1975

Prof Aparecida Garcia dos Santos

1975

Prof Mitie Fuzitani

1975-1981

Prof Eufrida M Honrio da Silva

1982-1983

Prof Ansio Figueira

1983-1984

Prof Olinda Silva Santos

01/85-05/85

Prof Pedro Manrique dos Santos

06/85-12/85

Prof Walerian Wrosz

1986-1987

Prof Terezinha Thomaz

1987

Prof Roberto Marcelino Duarte

1988-1989

Prof Hiroko Akutagawa Tanaka

1990-1993

Prof Olinda Silva Santos

1993-1995

Prof Luiz Antonio dos Santos

1996-2000

Prof Aldaleci Ftima de Almeida

2001-2005

Prof Luiz Antonio dos Santos

2006-2007

Prof Valdomiro Domingues Paes

2008

Prof Eunice Manoel Vieira

01/2009-04/2009

Prof Grediela Moreira

05/2009-07/2010

Prof Eunice Manoel Vieira

08/2010 - 2011

EXPECTIVAS DA POPULAO A SER ATENDIDA

A comunidade escolar: professores e funcionrios, trabalham de forma a atender as necessidades da realidade dos alunos procurando adequ-los e prepar-los no s intelectualmente ,mas tambm para a vida.

Os professores participam efetivamente de Cursos de Formao Continuada e Projetos para seu aperfeioamento pedaggico, alm de Grupos de Estudos, palestras, encontros e outros eventos como o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).

A comunidade escolar do colgio apresenta-se com descendentes de diferentes etnias. Inicialmente de japoneses e atualmente com vrias etnias que colonizaram o municpio como africanos, libaneses, italianos, indgenas e portugueses, enfim formando um retrato do verdadeiro povo brasileiro.

Como a realidade de todas as escolas, o colgio no foge regra, no possuindo uma homogeneidade de classes sociais, apresentando em seu quadro de discentes, estudantes advindos de classe mdia baixa, carentes e tambm de condio financeira boa e estvel. O Colgio apresenta dentro de sua comunidade escolar alunos advindos da zona rural e escolas municipais.

A comunidade em que o Colgio est inserida, tem participao nas decises para viabilizao de projetos que visam o enriquecimento do aprendizado dos mesmos. Para a atualizao das informaes da comunidade escolar interna/corpo discente, a equipe pedaggica desenvolveu um instrumento de coleta de dados contendo questes significativas para a verificao das condies socioeconmicas e culturais dos alunos e de suas respectivas famlias.

No nos difcil comumente entendermos a escola como uma organizao cujo sentido se encontra na necessidade de preparar os indivduos para o desempenho de papis sociais. O seu papel difundir sabedoria e esta necessria para o funcionamento da sociedade. Reduz a ignorncia e, por isso, permite que os indivduos tenham uma conduta esclarecida. Assegura o ajustamento profissional, pois qualquer profisso requer uma quantidade considervel de conhecimentos.

Atendimento a alunos por meio de Mandado Judicial

Entre o corpo discente, encontram-se alguns alunos que frequentam as aulas por serem menores de idade e estarem em dvida com a justia por motivos diversos.

Em consonncia com a lei, a escola tem ofertado a estes alunos o direito de participar das aulas e de todas as atividades propostas pelo estabelecimento, porm a maioria praticamente no frequenta as aulas e quando o fazem tumultuam, dificultam a aprendizagem dos demais alunos, desrespeitam o professor, o espao fsico, ignoram e burlam as regras, praticando o bullying. Tambm, danificam o patrimnio, tomam atitudes que no condizem com o ambiente, como fumar, vir sem uniforme, cabular aulas, alguns at com suspeita de repasse de drogas para os demais. Utilizam constantemente palavras de baixo calo na sala ou no ptio, indiferentes a presena do professor ou qualquer um dos funcionrios, sendo at corriqueira a ameaa aos professores, funcionrios e estudantes.

A comunidade escolar entende e procura atender as individualidades, com metodologias diversificadas, como a sala de apoio para os 6 e 9 anos, em contra turno, onde so trabalhadas atividades diferenciadas com os alunos que tem dificuldades na aprendizagem devido defasagem ano/srie, projetos de capacitao de professores que visam se qualificar para melhor atender aos casos que possivelmente possam surgir no estabelecimento, o trabalho conjunto com o conselho tutelar e as famlias que buscam o atendimento aos alunos com problemas comportamentais.

O colgio tambm busca resgatar a valorizao, abolindo discriminaes, repreendendo estas e buscando a integrao destes estudantes junto aos demais, mas muito pouco de positivo tem recebido em troca, nem mesmo as famlias conseguem conviver ou conter o comportamento destes alunos ficando a cargo da escola tentar minimizar a situao.

MARCO SITUACIONAL O Diagnstico do Estabelecimento de Ensino

Apresentar o marco situacional do Colgio Estadual Conselheiro Carro significa tratar de condies atuais da escola no tocante a seus resultados, dificuldades, planos e utopias.

De forma geral temos como perspectiva de trabalho garantir a especificidade da intencionalidade da ao educativa na perspectiva da pedagogia histrico-crtica, evitando a fragmentao das prticas em educao em prticas e aes que secundarizam o contedo.

Neste sentido procuramos racionalizar os esforos e recursos para atingir fins do processo educacional na perspectiva definida, orientando-se por uma concepo tica que valoriza o processo educativo escolar, condio de estmulo ao conhecimento e a busca de solues de problemas pessoais, comunitrios contemporneos. Pensando assim, a escola tem como primcia a necessidade de trabalhar os conhecimentos histricos, cientficos e filosficos construdos pela humanidade, acarretando consequentemente, mudanas no processo ensino-aprendizagem e construindo o cidado desejado.

A partir disso, o marco situacional envolve a perspectiva de professores, alunos, funcionrios, comunidade dos pais e comunidade local, onde cada segmento manifesta seu pensamento e posio, onde os professores normalmente se manifestam quanto aos temas citados da seguinte forma: Em relao comunidade que temos entende-se que a mesma participa da vida escolar, porm apenas quando solicitada, necessitando de maior organizao e viso de totalidade e de bem comum, sendo que tais atitudes so explicitadas na injusta distribuio de renda, que gera disparidades entre ricos e pobres, causando grande desestmulo pela educao escolar por parte da classe menos favorecida. O Estado promove aes que tentam minimizar estes problemas sociais entre elas as tecnologias de informao e comunicao, porm so insuficientes.

Diante do perfil da sociedade atual torna-se utpica a pretenso de uma participao intensiva da sociedade na escola, pois se isso acontecesse efetivamente a conseqncia seria a conquista de uma sociedade mais igualitria e justa, porm enquanto isso defendemos aes mais efetivas dos rgos governamentais e no governamentais para o bem comum. No mesmo sentido a moralizao das aes polticas e privadas em todas as esferas e setores, bem como o fim da impunidade, da sonegao e da corrupo devem ser aes a serem cumpridas ou punidas para que assim a contribuio de cada cidado seja revertida em uma educao de qualidade.

Quanto escola, os professores se dedicam a atender aos interesses da totalidade, sem distino, respeitando as individualidades e buscando a melhoria na qualidade de ensino para todos.

A escola tenta ir ao encontro das atuais demandas sociais, integrando escola e comunidade na discusso de temas como: valores familiares, violncia, drogas, gravidez na adolescncia e etc., sem, contudo, perder a perspectiva dos contedos.

Em relao aos investimentos pblicos, melhoraram, mas ainda so insuficientes. A escola se desdobra para gerar recursos prprios junto comunidade escolar: a privatizao do ensino pblico por via inversa.

Com base neste quadro queremos construir uma escola que seja espao de valorizao da cultura produzida pela humanidade. Para isso, entendemos a necessidade de repensar o processo de formao de professores. Ainda, que a escola tenha razoveis condies fsicas, materiais, financeiras e humanas para garantir a todos os alunos o acesso, a permanncia e a qualidade na educao, no se melhora a instruo pblica apenas com melhores e maiores investimentos pblicos na escola, financiamento total, dinheiro na escola com autonomia de gesto, mas neste sentindo, faz-se necessrio manter uma constante reflexo sobre as causas do fracasso escolar, que todos os envolvidos responsabilizem-se em construir uma educao de qualidade inclusiva e cidad.

Ainda no tocante ao marco situacional, deve-se discutir o aluno que temos e o aluno que queremos. Sabe-se que a realidade vivenciada nos dias atuais apresenta um estudante bombardeado por diversas tecnologias e que muitas vezes nossa escola perde em atrativos para a aprendizagem, denotando um aluno que busca apenas a utilidade momentanea do que ensinado esquecendo-se que a aprendizagem necessita de dedicao e afinco.

Nos alunos que temos, a escola tem enfrentado um problema relacionado a matriculas de alunos advindos de diferentes pases (Japo, Bolvia, Filipinas, Inglaterra, entre outros) cujos os pais retornaram ao Brasil e o colgio tem-se dedicado no atendimento a estes que na maioria das vezes no conhecem a Lngua Portuguesa.

No que se refere ao aluno que queremos, temos conscincia que o mesmo precisa ser formado aos poucos, porm necessrio que ele queira aprender, queira se dedicar a seus estudos e consequentemente conscientes de seu papel. A direo, juntamente com a equipe pedaggica e professores, vem buscando metodologias para acercar ao mximo a garantia de educao a estes alunos, que quando chegam adequada a srie de acordo com suas idades e de conformidade a lei que os ampara. Para tal trabalho que visa incluso destes, o colgio solicita a participao efetiva dos familiares.

Contamos tambm com alunos oriundos de diversos setores da sociedade, alunos que como em outras escolas, enfrentam aes judiciais e problemas relacionados s drogas e outros inmeros casos que compem nossa clientela educacional. Quanto aprendizagem, apresentam muita defasagem na sua formao bsica quanto leitura, escrita e expresso oral, e tambm em clculos bsicos.

O trabalho com os estudantes que queremos devem embasar-se no cotidiano, compromissado com a qualidade do que ensinado, em alunos interessados, participativos e crticos.

Quanto aos professores, a formao inicial a exigida e praticamente todos tem curso de ps-graduao e alguns com mestrado. De forma geral h interesse em atualizao constante, consequentemente, possuindo domnio dos eixos bsicos de suas disciplinas, desenvolvendo uma proposta condizente com o que lhe exigido pela escola.

Buscamos por professores que reflitam coletiva e constantemente sobre sua prtica, que se envolvam mais com o fundamento terico da proposta pedaggica da escola e por ele se responsabilizem. Hoje temos condies de trabalho melhoradas com as tecnologias, material didtico, hora atividade, sala de apoio e aprendizagem, que se revertem em possibilidades de melhorias, de construo de uma escola para todos, porm com qualidade, autonomia e participao de todos.

Quanto aos funcionrios, so na maioria mulheres, mes e donas de casa, disponveis ao trabalho em conjunto, o que facilita sua valorizao. Pensando e trabalhando por uma gesto democrtica, tais funcionrios tem participado das decises e estudos da escola. Sendo parceiras no processo educacional, tal seguimento cumpre suas funes na limpeza da escola, passando pelas abordagens que so feitas aos alunos no ptio e ao servir o lanche so grandes observadoras do comportamento e das preferncias dos alunos.

Com respeito ao trabalho pedaggico na escola, na sala de aula e o relacionamento no processo pedaggico, sabemos que este trabalho fruto das relaes sociais.

A aprendizagem proposta pelo colgio atende as expectativas da pedagogia histrico crtica, com atividades contextualizadas ao contedo sem desvincular-se da fundamentao cientfica no mais restrita a decorar informaes, partindo do conhecimento prvio que junto ao professor e interagindo com seu colega, construa uma aprendizagem formal e que o mesmo possa interferir positivamente em sua realidade.

Quanto avaliao todos os professores, mediante reunies pedaggica decidem pelos mtodos avaliativos diversificados, sendo portanto a avaliao contnua e cumulativa se faz por meio de atividades, projetos, tarefas de casa, trabalhos de pesquisa ou manuais, campeonatos, avaliaes escritas,evitando assim que se use da avaliao para selecionar, rotular, classificar e controlar.

Embasado na pedagogia histrico-crtica procuramos construir um Projeto Poltico Pedaggico comprometido com os interesses e anseios das camadas populares aprimorando-o a cada processo de transformao que necessite adequao as necessidades da sociedade.

Marco Conceitual - Princpios Didtico-Pedaggicos

A cultura escolar criada ou recriada no dia-a-dia pelo professor, atravs de aplicao diversa, prpria, de um currculo formal que em seu mbito profissional transforma-se nas verdadeiras aprendizagens: o currculo real. Interpretar os fenmenos educativos e fazer sua correo e projeo depende, em grande medida, o correto exerccio da funo docente. Da sua interao social resulta a construo de uma escola que, fundada no conhecimento das realidades individuais do ser social, das circunstncias educativas e dos meios convenientes, promova a possibilidade de transmisso de valores humanos s geraes futuras e a incluso dos atores num mundo social gratificante.

Toda escola deve ter definido para si mesma e para sua comunidade escolar sua identidade, bem como um conjunto orientador de princpios e de normas que iluminem a ao pedaggica cotidiana. A reflexo sobre a prtica despontar em ao coletiva consciente, intencional e consistente, ao a favor de uma escola pblica de boa qualidade para a populao. O Projeto Poltico Pedaggico reflete, indiscutivelmente, tal identidade.

Na perspectiva do Projeto Poltico Pedaggico surge uma responsabilidade coletiva, que dar espao para aes direcionadas a fins comuns, sendo que a funo da escola a transmisso do conhecimento cientfico-filosfico.

Os princpios filosficos embasam todos os demais elementos, portanto, sua definio essencial. A escola que se fundamenta na pedagogia histrico-crtica condiciona-se pelos aspectos sociais, polticos e culturais, efetivando-se como espao que aponta possibilidades de transformao social. A educao, ento, possibilita a compreenso da realidade histrico-social, o que torna o aluno sujeito transformador dessa realidade. Esta tendncia pedaggica prope interao entre contedo e realidade concreta, visando a transformao da sociedade. O contedo, ento, tem enfoque importante, considerando que este produo histrico-social de todos os homens. Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos e saberes universais, partindo do conhecimento adquirido ou vivenciado, sem se desvincular do propsito cientfico.

Para Saviani:

Esta a base da idia da socializao do saber que a gente tem formulado em termos pedaggicos. Aqui preciso desfazer uma confuso. Elaborao do saber no sinnimo de produo do saber. A produo do saber social, se d no interior das relaes sociais. A elaborao do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prtica social. Essa expresso elaborada supe o domnio dos instrumentos de elaborao e sistematizao. Da a importncia da escola: se a escola no permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nvel da elaborao do saber, embora continuem, pela sua atividade prtica real, a contribuir para a produo do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a servio do grupo dominante. (2000, p.91)

O pensamento do educador Saviani terico da pedagogia histrico-crtica aponta a dialtica como pressuposto desta, posicionando a filosofia que fundamenta a referida tendncia: o materialismo histrico-dialtico.

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expresso Pedagogia Histrico-Crtica o empenho em compreender a questo educacional a partir do desenvolvimento histrico objetivo. Portanto, a concepo pressuposta nesta viso da Pedagogia Histrico-Crtica o materialismo histrico, ou seja, a compreenso da histria a partir do desenvolvimento material, da determinao das condies materiais da existncia humana. No Brasil, esta corrente pedaggica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (idem, 2000, p.102).

A necessidade de se definir os princpios filosficos da escola determinada na construo do Projeto Poltico Pedaggico, que exige profunda reflexo acerca das finalidades da escola, bem como a explicitao de seu papel social e a definio das aes a serem implementadas por todos os envolvidos no processo educacional.

Vasconcellos define projeto pedaggico como a sistematizao nunca definitiva de um processo de planejamento participativo, que se aperfeioa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ao educativa que se quer realizar. (1995, p. 46)

Podemos concluir que a construo do PPP, independente da nomenclatura utilizada, feita pelos sujeitos envolvidos com o processo educativo da escola em ato deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discusses e debates, cuja concepo requer tempo, estudo, reflexo e aprendizagem de trabalho coletivo.

De acordo com Veiga:

O projeto poltico pedaggico, como projeto/intenes, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos servios pedaggicos (Superviso Escolar e Orientao Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construo desse projeto pedaggico.

Se, por um lado, a coordenao do processo de construo do projeto pedaggico tarefa do corpo diretivo e da equipe tcnica, por outro, co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal tcnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaborao e a assessoria efetivas de profissionais ligados educao.(1998, p.31)

Logo, para que a escola torne-se espao de inovao e investigao, sendo autnoma, imprescindvel a escolha de um referencial metodolgico que permita a construo/determinao de sua identidade. Para isso necessrio refletir e questionar o trabalho pedaggico realizado at os dias de hoje.

A legitimidade de um PPP est devidamente ligada ao grau e ao tipo de participao de todos os envolvidos com o processo educativo da escola. Para construir um PPP preciso enfrentar o desafio da mudana e da transformao, o que implica em:

uma organizao escolar que busca e deseja prticas coletivas e individuais baseadas em decises tomadas e assumidas pelo coletivo escolar, efetividade da gesto democrtica;

equipe escolar, mais especificamente dos servios pedaggicos, com liderana e vontade firme de coordenar, dirigir e comandar o processo decisrio como tal;

incentivar a participao dos pais e dos educandos no apenas na elaborao dos documentos escolares, mas tambm no bom funcionamento da rotina escolar;

autonomia: para ser autnoma a escola no pode depender somente dos rgos centrais e intermedirios que definem a poltica da qual ela no passa de executora. Ela concebe sua proposta pedaggica e tem autonomia para execut-la e avali-la ao assumir uma nova atitude de liderana no sentido de refletir sobre as finalidades scio-polticas e culturais da escola;

domnio de conhecimentos especficos, por parte dos professores, utilizao de metodologia eficaz, conscincia crtica e o propsito firme de ir ao encontro das necessidades concretas se sua sociedade e de seu tempo.

Os pressupostos norteadores do PPP so: filosfico-sociolgico, epistemolgico e didtico-metodolgico.

I- Pressupostos filosfico-sociolgicos

Concepo de mundo

A contradio a essncia da dialtica. Marx aplicou a lei da contradio no estudo da estrutura econmica da sociedade capitalista e demonstrou que a contradio principal da sociedade capitalista a existncia de duas classes: o proletariado e a burguesia.

preciso pensar o mundo e a histria numa dimenso dialtica. Para tanto queremos assumir uma concepo de mundo que se firme nos seguintes Princpios ou leis da Dialtica:

1 Tudo se relaciona o princpio da totalidade. A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenmenos so ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreenso da totalidade significa no s que as partes se encontram em conexo entre si e com o todo, mas tambm que o todo no pode ser petrificado na abstrao situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si mesmo na interao das partes.

2 Tudo se transforma o princpio do movimento. Esse movimento uma qualidade inerente a todas as coisas. A natureza e a sociedade no so realidades acabadas, mas em contnua transformao, jamais estabelecidos definitivamente.

3 Mudana qualitativa a mudana das coisas no se realiza num processo de eterna repetio. Esta mudana qualitativa d-se pelo acmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.

4 Unidade e luta dos contrrios o princpio da contradio, isto , a transformao das coisas s possvel porque no seu interior coexistem foras opostas tendendo simultaneamente unidade e oposio. A contradio a essncia da dialtica.

Concepo de Histria e Sociedade

A sociedade est organizada de forma injusta e desigual que marginaliza e exclui as classes menos favorecidas. Queremos uma sociedade onde os princpios de solidariedade existentes, possam realmente transform-la em justa, igualitria e efetivamente aberta s diversidades.

Materialismo Histrico uma das concepes, uma das formas de entendimento da histria. Como materialismo diz respeito teoria que atribui realidade material o sentido e explicao da mesma. Como dinmica e dialtico concebe esta realidade explicada e entendida a partir de uma relao dinmica e contraditria de vrios processos que do origem a novas realidades. uma teoria marxista segundo a qual a maneira ou modo como uma sociedade realiza a produo da vida material (bens e servios) interfere e define o processo social, a poltica, a produo intelectual em geral. As manifestaes do pensamento humano surgem a partir da estrutura econmica da sociedade.

Desta forma as relaes sociais e culturais se definem e so influenciadas pelo modelo econmico. Os fenmenos econmicos explicam todos os outros aspectos da sociedade e a estrutura econmica definida nas relaes de produo e foras de produo forma a infra-estrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouo de explicaes, idias, definies, conceituaes, organismos e instituies.

A concepo materialista tem por objeto os modos de produo que surgiram e que surgiro na histria, suja estrutura, constituio e as formas transio de um modo de produo para outro. Considera a forma das idias to concreta quanto a forma da natureza. Tem um duplo objetivo: como dialtica estudar as leis mais gerais do universo; como materialismo uma concepo cientfica que pressupe que o mundo uma realidade material (natureza e sociedade), onde o homem est presente e pode conhec-la e transform-la.

Entende-se que as mudanas sociais so fruto de uma permanente luta de contrrios, mas devem ser aceleradas com atuao consciente dos homens, atravs de uma vinculao comprometida do pensamento prtica social no sentido de desvelamento (tirar o vu, desmascarar as contradies) da realidade (SEVERINO, 1994).

Concepo de Ensino/ Educao

A escola surgiu para divulgar o conhecimento cientfico a todo cidado, porm, as classes dominantes a utilizaram para manter o poder, ficando este acesso restrito minoria. Embora, as polticas pblicas estejam voltadas ao acesso, permanncia e sucesso para todos os cidados, os papis que a escola tem assumido e os saberes que esto sendo repassados no do conta da real funo da escola. Para atender as questes emergentes, a escola tem que resgatar sua real funo, sendo aberta, democrtica e emancipatria, onde os alunos tenham conscincia da importncia desta instituio para seu crescimento pessoal e acadmico.

A educao enquanto ensino e transmisso de conhecimentos uma necessidade humana nascida da prtica social especfica dos homens; portanto, um fenmeno prprio dos seres humanos. O ensino o processo de disseminao e apreenso do conhecimento historicamente produzido pela sociedade, no entanto o ensino no se resume na socializao dos conhecimentos j produzidos, ele deve viabilizar as condies para a produo de novos conhecimentos, dentro dos limites de compreenso possveis para cada momento da vida acadmica.

Compreender a organizao pedaggico-administrativa e o funcionamento da escola, seu projeto poltico pedaggico, sua filosofia, seus diversos espaos de relacionamento (relaes de poder) entre direo e alunos, professores e alunos, professor-professor, aluno-aluno, o ambiente fsico pedaggico do espao escolar. A escola, e especificamente o espao da sala de aula, deve ser construdo na diferena de conhecimento.

II- Pressupostos Epistemolgicos

Concepo de Currculo

Saber o que a escola a partir do currculo e do ensino no tarefa simples. Currculo deve ser entendido como uma construo e realizao coletiva. bsico considera-lo como definio de opo poltica pela emancipao e apreenso do conhecimento produzido pela sociedade sem menosprezar o conhecimento produzido pela classe social do aluno. Isso depende da pedagogia assumida: crtica (progressista) ou liberal (conservadora), portanto, depende da opo pela construo de uma nova ordem social ou manuteno da ordem social existente. preciso dar vazo reconstruo do conhecimento pelas camadas populares a partir da apropriao das ferramentas necessrias a uma melhor compreenso do contexto social em que se vive.

preciso tambm evitar metodologias que privilegiam a transmisso de conhecimentos distanciados da realidade e da sua confrontao crtica: necessrio ocupar-se dos problemas da prtica social relacionados com os contedos curriculares. Deve estar voltada para a totalidade do processo, comprometida com a superao do senso comum e o estabelecimento da sistematizao (organizao) dos contedos produzidos pela sociedade humana.

Entendemos currculo como algo polissmico e multifacetado, visto como uma construo cultural, historicamente situado, socialmente construdo, vinculado, indissociavelmente, ao conhecimento e constituindo o elemento central do projeto educativo da escola. O currculo, hoje, reflete as contradies da realidade scio-educacional, espelhando lutas e conflitos e sendo o lugar no qual se cruzam as reflexes sobre a prtica e a teoria da educao.

Enfim h que repensar o conceito de currculo, entendendo-o como: contedo / mtodos / avaliao / posturas. Atividades extracurriculares s tem sentido se fundamenta, se embasa e amplia o curricular. Deve estar amparado na funo especfica da escola: transmisso / discusso da cultura letrada (alfabetizao / domnio da lngua padro / mundo dos clculos / interpretao / aprender estudar = condio de cidadania. Neste sentido se estabelecem as diretrizes curriculares: acesso-permanncia-aprendizado: acesso cultura letrada; contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais sociedade mais justa; elaborao de propostas curriculares baseadas nas diretrizes zelo pela aprendizagem; valorizao do conhecimento sistematizado (seleo do saber escolar) elaborao coletiva da proposta curricular.

Concepo de Conhecimento

A viso de conhecimento est vinculada s vises de homem e de mundo. O conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta da escola. Sendo assim, ele no um produto pronto e acabado.

A escolha dos contedos, portanto, no uma escolha do gosto do professor ou da imposio dos contedos por eles mesmos ou da vida pregressa dos alunos. A escolha dos contedos deve estar intimamente ligada aos grandes problemas enfrentados na prtica social.

Concepo de Trabalho Pedaggico

Na perspectiva da nova organizao do trabalho pedaggico, ensino entendido como uma atividade profissional complexa que exige preparo, compromisso e responsabilidade do educador para instrumentalizar poltica e tecnicamente o aluno, ajudando-o a constituir-se como sujeito social. Aprendizagem concebida como um processo de assimilao / apreenso de determinados conhecimentos, habilidades intelectuais e psicomotoras, atitudes e valores, organizados e orientados no processo de ensino. A aprendizagem a atividade do aluno de assimilao / compreenso / produo de conhecimento.

II Pressupostos Didtico-Metodolgicos

A doutrina liberal apareceu como justificao do sistema capitalista que ao defender a predominncia da liberdade e dos interesses individuais na sociedade, estabeleceu uma forma de organizao social baseada na propriedade privada dos meios de produo, tambm denominada sociedade de classes. Nos escritos de Aristteles j se encontra clara a discusso sobre o papel do Estado na educao sobre a importncia desta na vida dos homens. No inicio do sculo, Dewey, filsofo americano, criou as bases do que no Brasil viria a se tornar o movimento da "Escola Nova". A Pedagogia da Esperana, a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire fincou razes em diversos pases. At hoje o pensamento de Paulo Freire continua na permanente busca da educao como prtica da liberdade.

A linguagem, sistema simblico dos grupos humanos, representa um salto qualitativo na evoluo da espcie. A aprendizagem fundamental ao desenvolvimento dos processos internos na interao com outras pessoas. Piaget coloca nfase nos aspectos estruturais e nas leis de carter universal (de origem biolgica) do desenvolvimento situado na relao com o ambiente no qual se vive, oferecendo orientaes de como fazer com o processo estrutural se agilize e acontea em toda a sua potencialidade, enquanto Vygotsky destaca as contribuies da cultura, da interao social e a dimenso histrica do desenvolvimento mental.

Estamos ento diante de dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, onde a educao existe como prtica da dominao, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educao surgiria como prtica da liberdade. Respeita-se a natureza do ser humano, o ensino dos contedos no pode dar-se alheio formao moral do educando.

Considerando que a natureza especfica da escola pblica a difuso da escolarizao, colocando a formao cultural e cientfica nas mos do povo, a delimitao de alguns elementos fundamentais seria definida na busca por uma didtica contextualizada social e historicamente, que se daria a partir da valorizao da instruo como domnio do saber sistematizado definido a partir dos problemas sociais mais fundamentais enfrentados no contexto histrico-social.

Em sntese, o ponto de partida deve ser a realidade histrico-social mais ampla, devendo os contedos responder problemtica apresentada por essa realidade especfica. a valorizao da especificidade do pedaggico na sua relao com as demais dimenses, como, por exemplo, a poltica. Isto significa no baratear o contedo e nem sua recepo passiva. O professor deve atuar no processo de contato do aluno com os contedos definidos como representativos para a realidade a ser enfrentada, explicada, compreendida, transformada. O trabalho docente deve considerar como fundamental nessa ao: o desenvolvimento de uma apropriao ativa, os conhecimentos dos determinantes scio-culturais e cognitivos do aluno em condies concretas de vida. Em outras palavras, os elementos pedaggicos (contedo, mtodo, avaliao) devem ser sempre contextualizados no social.

Numa didtica voltada transformao da realidade, o ponto de partida e o ponto de chegada do ato educativo so a prtica social, que deve ser entendida como toda atividade humana transformadora da natureza e da sociedade, e que se d conforme o modo de produo da existncia vigente que se realiza numa realidade histrica determinada. Da que uma prtica didtica voltada para uma prtica social num contexto de uma sociedade de classes deve estar mobilizada para o enfrentamento com objetivo de superao desta realidade opressora.

A superao no se d de forma individual, mas no empenho coletivo. A mediao entre o ponto de partida e o ponto de chegada do ato educativo (a prtica social) o contedo selecionado, que na atuao do professor se define em funo da escola oportunizar o acesso s condies mnimas para esse enfrentamento: a valorizao da instruo e do ensino como instrumentos de humanizao, o que exige uma didtica numa viso crtica da sociedade (domnio da matria, domnio metodolgico que garantem efeitos formativos duradouros e relevantes para a transformao do mundo social) e a articulao entre ensino e realidade histrica e social). O que deve fazer sempre presente o questionamento sobre qual a funo de contedos, mtodos e outros elementos pedaggicos na compreenso e superao da realidade social vigente?

Criada as condies de relacionamento e de conhecimentos prvios adequados, o fazer docente deve estar articulado ao contexto scio-cultural. O ponto de partida deve ser a experincia vivenciada, a perspectiva de compreenso das realidades construdas pelo aluno at aquele momento, e os grandes problemas enfrentados pelo contexto social mais geral. a contextualizao do ensino. Retomando que a funo definidora da prtica docente o aprender, que para isso que ela existe, necessrio promover uma espcie de dissecao explicitadora do processo educativo que desnude as relaes entre o fazer e suas consequncias na vida do educando, e por que no, do professor. O conhecimento e o acesso ao conhecimento nunca so algo esttico, mediados por realidades e marcados por pessoas que percebem essas realidades conforme suas influncias.

Diante do grande desafio e especificidade da educao (que ensinar), as estatsticas que medem a qualidade em educao so preocupantes e denunciam as dificuldades, sobretudo de permanncia e de permanncia com a qualidade social necessria na escola. A reteno, a evaso e precariedade da qualidade so denncias do muito que ainda precisa ser enfrentado. O que demanda conhecer, saber quais so as dificuldades, como os estudantes aprendem e como eles pensam.

Didtica e Prtica Histrico-Social

Pedagogia crtico-social - esta corrente da pedagogia progressista defende o ponto de vista de que a principal contribuio da escola para a democratizao da sociedade est na difuso da escolarizao para todos, colocando a formao cultural e cientfica nas mos do povo como instrumento de luta para sua emancipao. Valoriza a instruo como domnio do saber sistematizado e os meios de ensino como processo de desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos e viabilizao da atividade de transmisso/assimilao ativa de conhecimentos. A didtica progressista assentada numa pedagogia crtico-social dos contedos vai buscar formas pedaggicas da pedagogia tradicional, da pedagogia renovada e outras pedagogias, em procedimentos lgico-metodolgicos de anlise da realidade concreta que sirvam de apoio ao professor nas situaes pedaggicas especficas.

Como se manifestam os saberes construdos na prxis social dos atores do espao scio-cultural da escola, docentes e discentes (saberes da prtica, do fazer, da experincia vivida, da cultura prpria desses sujeitos)? Estas questes so fundamentais na discusso para uma introduo coerente aos seguintes fundamentos do trabalho docente:

Resgatar, no contexto escolar, a variedade de saberes sociais que permeiam a escola, convocando para uma racionalidade do agir do professorado (afirmao profissional, cultural e da identidade dos educadores);

Concentrar-se nos atores principais da prtica pedaggica no cotidiano escolar que simultaneamente ensinam e aprendem, que constroem as prticas culturais docentes e as prticas culturais dos estudantes;

Identificar subsdios que possam contribuir nos debates sobre a formao na prtica e resgatar a variada gama de saberes sociais que permeiam o contexto escolar.

Para que a escola seja palco de inovao e investigao, tornando-se autnoma, fundamental a opo por um referencial terico-metodolgico que permita aos envolvidos a construo da identidade e exera o direito diversidade, especificidade, transparncia, solidariedade e participao.

Para os prximos anos, a educao do municpio buscar atender as demandas da sociedade, uma vez que temos carncia de professores para as sries iniciais do ensino fundamental, e profissionais para atuarem nos cursos tcnicos em Administrao e Informtica, ser relevante o papel do nosso estabelecimento de ensino no trabalho com estas demandas.

Tendo em vista as dimenses e os princpios que devem ser repensados e garantidos no PPP do Colgio Estadual Conselheiro Carro, a proposta de currculo do curso de Formao de Docentes em nvel mdio est calcada numa viso educacional que tem como referncia trs princpios pedaggicos: o trabalho como princpio educativo, a prxis como princpio curricular e o direito do educando ao atendimento escolar, os quais devem perpassar a formao inicial dos professores na contemporaneidade.

Em todos os nveis e modalidades de ensino que o colgio oferece, ( Sries Finais do Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Ensino Mdio Integrado para rea de Informtica e Formao de Docentes, Ensino Subseqente em Informtica e Administrao),alguns princpios norteadores se fazem necessarios destacar:

identificao das dificuldades em relao aplicao correta dos conceitos de interdisciplinaridade e contextualizao;

clareza e coerncia dos objetivos formulados, do parmetro de qualidade social de ensino e aprendizagem definidos nos planejamentos das disciplinas, tanto da Base Nacional Comum como da Parte Especfica, como tambm do plano de ao executado;

definio de procedimentos que favoream a incluso de alunos com necessidades educacionais especiais e de alunos com dificuldade de aprendizagem;

diagnstico da aprendizagem escolar, o primeiro passo do planejamento que sendo bem feito, baseado em informaes seguras, mostrando a correta identificao dos problemas. muito importante estabelecer um paralelo entre a situao observada (como ela se manifesta hoje) e a situao adequada (como deveria ser).

Considerando o atual contexto, h necessidade de se refletir sobre a prtica que se vem desenvolvendo, a forma como a escola est organizada e como se d a convivncia em seu interior, alm do resultado da aprendizagem dos alunos. Conhecer o contexto da prtica pedaggica da escola significa conhecer a comunidade a que se destina, somente desta forma poderemos buscar alternativas para articular, efetivamente, a formao para o mundo do trabalho, para o prosseguimento dos estudos e, sobretudo, para a cidadania.

2.1 A escola que queremos

Um desafio se apresenta para quem pretende mudar a maneira de entender e de ser das pessoas: o de transformar os paradigmas sobre os quais pautam sua forma de ser e agir, pois todo mundo que est a nossa volta constantemente nos ensina, nos marca e modela.

Atualmente nossa sociedade sofre uma forte influncia tecnolgica onde os valores do ter mais ficam acima do ser mais e, alm disso, a escola tambm sofre condicionamentos scio-polticos e desenvolvem a necessidade de se preservarem e de se permanecerem. Mas felizmente, sempre h quem aceite o desafio de mudanas, abraa a idia de enfrentar essas dificuldades e, como pioneiro e desbravador, vai a luta, pondo em prtica sua deciso. Como apregoa Regis Moraes "As mentes mais acadmicas esto sempre pensando: ' no devo me arriscar...', quase sempre esquecidas de que s se prossegue realmente vivo dentro da vida aquele que aceita ser vulnervel". No entanto, timo que o novo seja buscado, mas ele no deve ser transformado numa obsesso inibidora.

Ns, profissionais da Educao, somos impulsionados pelo desejo de romper barreiras e pela vontade de pr em ao o fazer diferente, seguimos o ideal de trabalhar com a escola que temos para implantar novos projetos com o objetivo de alcanarmos a escola que queremos.

Em nossa sociedade atual, a escola requer muita habilidade de pensamento e ao para no se cair nos laos que podem aprisionar-nos no restrito interior de interesses de classe. Pois embora tenhamos o enfrentamento da falta de recursos, devemos assumir nosso papel, proporcionando uma educao de qualidade social para todos e possibilitando a estes a melhoria de vida fora da escola.

Os professores que assumem postura de compromisso e responsabilidade, mesmo sobrecarregados pela jornada excessiva, propem um trabalho que vem ao encontro das necessidades de nossos alunos. Estes, muitas vezes, por circunstncias da precria situao econmica, so desvalorizados.

Hoje a escola que temos no , ainda, a escola que queremos. Todavia, a que queremos muito presente em nossas metas, objetivos e ideais, que muitas vezes so utpicos, mas caracterizam nossa aspirao em relao a educao. Nossa luta difcil, porm contnua e persistente, desenvolvemos projetos e parcerias com a comunidade externa e as famlias, tendo como objetivo concretizar a escola que queremos: uma escola prevista pelo Plano Nacional de Educao/Sociedade Brasileira, que possibilite oportunidade para todos, que tenha qualidade social, que prime pela igualdade e, assim, constitua a cidadania plena. Queremos uma escola que forme cidados crticos, conscientes de seus direitos e deveres, comprometidos com a coletividade, bons profissionais na atividade que optarem, ticos e responsveis pela vida do outro e do planeta.

A escola que queremos a que forme bons leitores de mundo, que saibam utilizar o conhecimento escolar na vida cotidiana, efetivando assim, sua insero na vida social e comunitria. Enfim, continuaremos sempre em busca de uma educao emancipadora, e que nasa no interior do educando um dilogo constante entre o precioso bem da liberdade e o outro precioso bem da disciplina. Que os alunos exercitem desde cedo a escolha dos seus caminhos que possam pintar peixes da cor que emergem das suas guas, que inventem sadas para as dificuldades que a vida sempre apresenta e, que despertem para uma participao poltico-social que faa florescer seu sentido de cidadania e suas aspiraes de justia.

Marco Operacional Planejamento de Aes da escola

Aqui so definidas as linhas de ao e reorganizao do trabalho pedaggico, a curto, mdio e longo prazo, na perspectiva pedaggica, administrativa e poltico-social, luz de todos os elementos da prtica pedaggica.

1. Aes Administrativas

Estabelecer um sistema de relao democrtico, reflexivo, crtico, de respeito mtuo e libertador com todos os segmentos da comunidade educativa.

Garantir a matrcula dos alunos na unidade escolar, desde que no ultrapasse o nmero mximo permitido em sala de aula que segundo a lei prev de um metro quadrado por aluno e dois para professor.

Distribuir as tarefas segundo as necessidades da Unidade Escolar (Diretor Geral/Diretor Auxiliar), fazendo as devidas observncias quanto aos desvios de funo.

Garantir ensino de qualidade ministrado por profissionais capacitados e atualizados em suas reas de atuao

Estabelecer um sistema de relao, democrtico, reflexivo, crtico, de respeito mtuo e libertador com todos os segmentos da comunidade educativa.

Planejar, executar, coordenar e avaliar a ao pedaggica, comunitria e administrativa de modo a garantir um espao de discusses com todos os segmentos, assessorando e administrando todo trabalho referente a organizao da secretaria escolar, determinar as funes e horrios de servio de cada funcionrio da secretaria, assim como supervisionar e administrar todo o trabalho funcional.

Disponibilizar um funcionrio encarregado para manter equipamento audio-visual, como aviso prvio para sua utilizao.

Providenciar condies dignas e objetivas de trabalho para a comunidade escolar.

2. Aes Pedaggicas

A proposta pedaggica ser elaborada, executada e avaliada pelo corpo docente da unidade escolar, em conformidade com os interesses da Comunidade Escolar, que ser avaliada durante o ano letivo, a fim de verificar se os objetivos esto atendendo s necessidades da escola ou precisam ser reelaborados.

2.1 Competncias do Professor

Participar da elaborao e execuo do PPP da escola, com a liberdade para expor suas idias.

Participar de cursos, seminrios, palestras, a fim de promover a qualificao profissional, alternando os professores participantes usando-se do sorteio quando houver maior nmero de interessados.

Atender com eficincia a carga horria de trabalho.

Promover uma aprendizagem que favorea o desenvolvimento intelectual, crtico e consciente do aluno.

Elaborar uma aula que desperte o interesse da turma.

Utilizar diferentes instrumentos de avaliao para verificar a aprendizagem (debate, seminrio, fruns, trabalho multimdia, avaliao escrita e portiflios e outros).

Manter os alunos dentro da sala de aula, de forma a colaborar com a disciplina da escola e promover uma real aprendizagem.

Estabelecer uma metodologia de ensino, que d suporte frente a exames como (Prova Brasil, ENEM e Olimpadas)

Participar de reunies pedaggicas conforme as necessidades do ambiente escolar.

2.2 Competncias do Aluno

Participar ativamente das atividades escolares, de modo a garantir a construo do conhecimento

Ser crtico, participativo e criativo na elaborao de seus pensamentos e trabalhos de modo a ampliar sua viso de mundo.

Respeitar e ser respeitado em sua condio de ser humano e no discriminar ou sofrer qualquer forma de discriminao em decorrncia de diferentes tnicas, de credo, de sexo, de ideologia, de preferncias poltico-partidrias ou quaisquer outras.

Assistir as aulas de forma a ampliar seus horizontes culturais e intelectuais.

Ser assduo e pontual s atividades escolares, permanecendo na unidade escolar durante o perodo estabelecido.

Estabelecer uma relao de respeito com seus colegas, professores, funcionrios da unidade escolar e demais representantes da Comunidade escolar.

2.3 A Prtica pedaggica

O desenvolvimento da plena capacidade de aprender, tendo como meios bsicos o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo.

A compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e valores.

O fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social, sendo de responsabilidade jurdica o acompanhamento escolar dos filhos.

Campanha de conscientizao quanto a hbitos e atitudes no momento do lanche.

Compra direta do produtor para alimentos da merenda escolar.

Profissionais do governo encarregados do controle de notas e frequncia, atrelados ao Bolsa Famlia.

Desenvolver projetos para melhoria da biblioteca.

Ensino de nove anos

Aquisio de uma tecnologia: ALFABETIZAO

Sabemos que o sistema de escrita e as convenes para seu uso constituem uma tecnologia inventada e aperfeioada pela humanidade ao longo de milnios: desde os desenhos e smbolos usados inicialmente at a extraordinria descoberta de que, em vez de desenhar ou simbolizar aquilo de

que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais grficos.

Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita a aquisio de uma tecnologia a aprendizagem de um processo de representao: codificao de sons em letras ou grafemas e decodificao de letras ou grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lpis, caneta, borracha, rgua...; a aprendizagem da manipulao de suportes ou espaos de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a aprendizagem das convenes para o uso correto do suporte: a direo da escrita de cima para baixo, da esquerda para a direita.

A essa aprendizagem do sistema alfabtico e ortogrfico de escrita e das tcnicas para seu uso que se chama ALFABETIZAO.

De competncias para o uso da tecnologia da escrita:

LETRAMENTO

Apenas com a aquisio da tecnologia da escrita um dos passaportes no se tem entrada no mundo da escrita, um outro passaporte necessrio: o desenvolvimento de competncias para o uso da leitura e da escrita nas prticas sociais que as envolvem. Ou seja, no basta apropriar-se da tecnologia saber ler e escrever apenas como um processo de codificao e decodificao, como quando dizemos: esta criana j sabe ler, j sabe escrever; necessrio tambm saber usar a tecnologia apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situaes em que precisamos ou queremos ler ou escrever: ler e escrever diferentes gneros e tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos, em interao com diferentes interlocutores, para diferentes funes: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginrio, no esttico, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio memria, para catarse...

A esse desenvolvimento de competncias para o uso da tecnologia da escrita que se chama LETRAMENTO.

Concepo de infncia e adolescncia articulado concepo de ensino-aprendizagem.

Pode-se afirmar que tem ocorrido avanos nos estudos sobre a infncia medida que se

destaca esta etapa da vida humana como uma construo social, o que supera as compreenses de carter inatista, pois se compreende que aprendizagem se d na interao social, no estando condicionada pela maturao biolgica.

A concepo de infncia e de desenvolvimento infantil como construo histrica foi uma das grandes contribuies dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interao social na formao da inteligncia e das caractersticas essencialmente humanas. Mostrando que importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criana se est trabalhando, quais

suas necessidades e como possibilitar que todas as crianas se apropriem dos contedos organizados no currculo escolar.

Visto como uma fase especial no processo de desenvolvimento, a adolescncia foi durante muito tempo identificada como uma fase de confuso de papis e dificuldades de estabelecer uma identidade prpria. Tal concepo chega at o Brasil acrescida de ideias sobre desequilbrios e instabilidades externas e vulnerabilidade especial, porm estas colocaes passam a ser questionadas e a adolescncia passa a conceber uma fase inerente ao desenvolvimento do ser humano como um processo que se constri historicamente, com caractersticas como a rebeldia, as instabilidades de afetos, busca de si mesmo, flutuaes de humor.

A concepo de adolescncia identifica uma noo de universalidade do fenmeno visto como uma fase critica, como um momento de crise, momento de construo de uma identidade nova marcada pela rebeldia, a instabilidade afetiva, a tendncia grupal, as contraes, as crises de identidade (Knobel, 1981)

Cabe agora destacar que o jovem no algo por natureza. So caractersticas que surgem nas relaes sociais, em um processo no qual o jovem se coloca inteiro, com suas caractersticas pessoais e seu corpo. Assim, a adolescncia deve ser entendida a partir de sua insero na totalidade, na qual est sendo produzido.

Pensando a adolescncia como totalidade que se constri, a escola tem papel fundamental neste momento, uma vez que a mesma est inserida nesta fase e precisa construir com o adolescente possibilidades de ao e formao. Essencialmente o processo ensino-aprendizagem em que a escola das sries finais est inserida ir lidar com este adolescente, convivendo com suas caractersticas prprias sejam elas construdas pela sociedade capitalista burguesa ou pela justificativa em classificar em especfico uma fase da vida, constituda socialmente a partir de necessidades sociais e econmicas e de caractersticas que vo se constituindo no processo.

A leitura crtica desta fase perpassa pela questo de entender este adolescente de forma heterognea e no homognea como quer a mdia e a sociedade que precisa classificar os indivduos, ideologias muitas vezes usadas para justificar atitudes de alguns, porm a escola tem como funo principal partir do conhecimento prvio trazido pelo aluno, inser-lo no processo de aprendizagem e construo do conhecimento e consequente atuao consciente e cidad.

Um questionamento oportuno se faz: o que favoreceria a experincia social dos adolescentes? Buscando responder e atuar nesta questo a escola deve buscar uma relao mais estreita com a famlia, uma vez que esta condio indispensvel em todo processo para a construo da autonomia deste adolescente. Entendendo e vivenciando uma realidade do mundo tecnolgica, a escola pode usufruir destas novas tecnologias j presentes nas salas de aula e laboratrios do Paran, para atrair e construir um cidado participativo.

A concepo de ensino e aprendizagem buscado pela escola, no deve conceber a infncia e a adolescncia como problema, mas como uma etapa, como vrias que o ser humano passa, em que suas potencialidades so trabalhadas e vistas como sujeitos atuantes, pensantes e capazes de transformar a sociedade em que vivem.

Propostas de articulao entre a Educao Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental e entre esta etapa e o Ensino Mdio, conforme a oferta.

A incluso da criana de seis anos no Ensino Fundamental uma das discusses presentes na formulao e construo do Projeto Poltico Pedaggico, considerando o estudante como um todo articulado, que ter um tempo maior para a apropriao dos conhecimentos relacionados ao processo de aprendizagem.

Sabe-se que a educao vem passando por grandes transformaes entre elas a ampliao do ensino fundamental, com 09 anos de durao, para crianas a partir de 06 anos de idade. Isto implica no apenas no aumento de um ano, mas tambm num processo onde todos devero repensar e reavaliar todo o processo de formao dos estudantes, que permita uma nova organizao curricular.

Para tanto, preciso que um sistema de articulao entre a Educao Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental e entre esta etapa e o Ensino Mdio como ofertado no Colgio Estadual Conselheiro Carro.

Um dos fundamentos da criao da ampliao do ensino fundamental superar a ruptura entre o primeiro e o segundo segmento do Ensino Fundamental, nas suas diferentes formas de organizao das pessoas, dos saberes, das prticas, dos tempos e dos espaos que necessitam de articulao e integrao. Afinal, nossos estudantes tramitam das escolas municipais para as estaduais e cabe a todos garantir um processo de formao integrada desses alunos.

Nesta articulao essencial que se evidencie a importncia da Formao Continuada dos profissionais da educao sobre a unidade teoria/prtica de maneira articulada e dialgica., uma vez que os professores precisam resolver o embate relacionado organizao didtica, como a adequao dos diferentes contedos no tempo escolar, mostrando que todas as disciplinas tm a mesma importncia e estabelecem interaes entre elas.

A coerncia entre o que ensinado nas sries finais deve ter consonncia com o que ensinado nas sries finais, buscando para isso a organizao de encaminhamentos metodolgicos coerentes com os objetivos de cada etapa de ensino. Para tanto, necessita-se que os professores das sries finais conheam o que est sendo realizado nas sries dos anos iniciais, propondo a construo de uma relao dialgica entre os profissionais das duas redes.

Os professores do colgio veem demonstrando responsabilidade no processo pedaggico na sala de aula, num encontro dialgico com outros profissionais da escola, com outros professores, pedagogos e direo, buscando, de maneira organizao e planejada, o processo intencional de ensino. Essa ao acompanhada de um tratamento articulado entre o conhecimento prvio do estudante e realizando um trabalho de construo do conhecimento sistematizado.

fundamental, ento, que passamos a repensar o conjunto, no perdendo a nova e ousada oportunidade um nova prtica dos educadores, com reflexes sobre o homem, a sociedade e a escola, como seus determinantes para o trabalho pedaggico e transformador.

Proposta de adaptao dos alunos oriundos dos anos iniciais organizao do trabalho pedaggico nos estabelecimentos que ofertam os anos finais do Ensino Fundamental (espao, tempo e procedimento)

O Colgio Estadual Conselheiro Carro receber no prximo ano (2012) alunos oriundos das redes municipais, com experincias vivenciadas no ensino de 09 anos, para tanto, o mesmo se prepara inicialmente com a formao de seus professores, o debate pertinente nova fase a ser conhecida.

Os professores tm conscincia das particularidades dos alunos que vivenciaram uma realidade de ensino de 09 anos, buscando para isso encaminhamentos metodolgicos coerentes.

O espao escolar est preparado para receb-los, porm, como os mesmos veem de uma realidade menor, tais estudantes tero um atendimento especial no incio do ano no que concerne ao espao fsico, sua mobilidade no mesmo. Tambm a biblioteca passar por uma revitalizao referente sua organizao, bem como projetos voltados leitura (evidenciados nos projetos expostos no PPP).

Assim, ao receber estes alunos, o colgio j ter durante este ano letivo (2011) buscado aperfeioamentos para bem receb-los.

Proposta de formao continuada aos professores, com vistas a assegurar o entendimento dos objetivos do Ensino Fundamental de nove anos, bem como as especificidades dos alunos.

Frente s mudanas na educao no ensino de nove anos, a busca pela formao continuada uma prtica entre os professores conscientes de seu papel transformador na sociedade e em escala nuclear na vida dos alunos.

Devido a isso, ve-se a necessidade da constante formao do professor que j no inicio do ano de 2011, comea sua capacitao com programas que incluem desde o novo ensino fundamental de nove anos, impresso para o estabelecimento, e online no site do dia a dia educao, at projetos e prticas de ensino que visam as constantes mudanas que provavelmente ocorrero durante o ano.

Um outro momento de reflexo, a j adquirida hora atividade que visa entre outros assuntos, coletar teorias e instrumentos que transformados atendero aos alunos com dificuldades de aprendizagem, seja em sala de aula ou de atendimento individual, pois a mesma permite ao professor a troca de experiencias que podero auxili-lo em sua prtica.

Perfil do Profissional da Escola

Por meio de Cursos de Formao Continuada trazido aos professores pela SEED, textos atualizados e comprometidos de fato com a educao, desta forma o professor trabalha os contedos, diversifica os exerccios, enriquece os conceitos com mdias ou laboratrios, enfim contextualiza o terico-cientfico, associando-o a vida cotidiana do aluno, elaborando o crescimento pessoal aliado e embasado a teoria cientfica das disciplinas.

O profissional domina contedos e processos bsicos relevantes do conhecimento cientfico, tecnolgico, cultural e das diferentes modalidades de linguagem necessrias para a autonomia intelectual e moral, compreendendo as transformaes histricas, econmicas, polticas e sociais, de forma a proceder, orientado por valores democrticos e solidrios que fundamentam o agir tico no exerccio da cidadania e na interveno na sociedade.

As atividades escolares, desta forma, consolidam-se por meio do resgate de valores: integridade, liberdade, tica, responsabilidade, respeito, compromisso com o prximo e exerccio dos deveres e direitos; sempre aliados aquisio do conhecimento historicamente acumulado.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais objetivos:

Tornar a escola um espao de formao e informao;

Desenvolver no aluno o domnio de habilidades necessrias para a compreenso e transformao da realidade, por meio da participao nas relaes culturais, polticas e sociais;

Possibilitar ao aluno uma experincia escolar coerente e bem sucedida, propiciando ao professor xito no exerccio do magistrio.

Diante do propsito de que a escola seja realmente comprometida com a formao dos indivduo tem como principal essncia a valorizao do ser humano. Neste sentido, o processo de escolarizao adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos princpios e fins da educao nacional, que esto inscritos nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 9394/96, manifestando a vontade da nao.

Objetivos de aprendizagem

Propiciar ao aluno acesso aos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes que lhes permitem utilizar-se desses conhecimentos na compreenso da realidade e amplie o seu modo de v-las, e para que estes mesmos possam adquirir conhecimentos, atitudes e habilidades a fim de:

I dominar linguagens;

II compreender fenmenos;

III enfrentar situaes problema;

IV construir argumentaes;

V elaborar propostas;

VI utilizar o conhecimento adquirido para agir sobre a realidade concreta;

VII a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

VIII a preparao bsica para o exerccio da cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com a flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento anteriores;

IX o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico;

X a compreenso dos fundamentos cientficos e tecnolgicos dos processos produtivos,

XI - relacionar a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.

XII Domnio e habilidade com as quatro operaes.

Os Princpios da Educao Inclusiva

O Projeto Poltico Pedaggico do Colgio Estadual Conselheiro Carro- Ensino Fundamental, Mdio e Profissional, construdo coletivamente pela comunidade escolar, no ano de 2009, em consonncia com a legislao vigente, j contemplava a educao inclusiva, prevendo o reconhecimento, a aceitao e a valorizao das diversidades, bem como no campo das deficincias. E neste momento de revitalizao do referido projeto, a comunidade escolar deste estabelecimento de ensino prope as seguintes aes para enfrentar com responsabilidade o desafio da incluso educacional:

Realizar grupos de estudos para anlise e perspectivas reais da nossa Escola para atendimento a esses alunos, com apoio do mantenedor;

estabelecer parcerias governamentais e institucionais, em busca de suporte terico e metodolgico para o enfrentamento e solues de problemas;

buscar junto aos rgos competentes a alocao de recursos (humanos, materiais, tcnicos e tecnolgicos) governamentais, conforme prev a Deliberao n 02/03 - CEE, necessrios ao desenvolvimento do processo de aprendizagem, bem como a adequao do espao fsico para alunos com necessidades educacionais especiais;

assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais a continuidade de atendimento nos Centros de Apoio Pedaggico, mantidos pelo poder pblico;

garantir a flexibilizao curricular no atendimento pedaggico especializado, adequando-o as necessidades individuais;

ressaltar a responsabilidade e comprometimento de cada sujeito no processo de incluso.

Procurar manter o espao fsico na medida do possvel o mais adequado para garantir a acessibilidade.

Para a escolarizao do aluno com deficincia necessrio o envolvimento da comunidade escolar num trabalho conjunto, atravs da criao de ambiente integrador para que acontea a permanncia do aluno, oportunizando a formao crtica, autnoma e criativa em sua cidadania.

Nosso espao fsico no totalmente adequado para pessoas com necessidades especiais e para facilitar o acesso dos mesmos foram construidas rampas de acesso na entrada principal, nos banheiros, em uma sala de aula do piso inferior e no acesso ao refeitrio e entrada central. disponibilizado pela SEED um professor de atendimento a comunicao alternativa (PACA)para um aluno com Paralisia Cerebral e comprometimento dos membros superiores e inferiores, o mesmo utiliza o banheiro da biblioteca por ser mais amplo e possuir adaptaes fsicas.

Desta forma, as barreiras arquitetnicas e a falta de material adequado constituem nosso maior problema. Logo, necessitamos do amparo/subsdio de nosso mantenedor, que tanto se preocupa com o atendimento pedaggico dos alunos com necessidades especiais.

Concepo de Educao Inclusiva

uma questo de cidadania o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, poisestudantes que apresentam defasagem na idade cronolgica, mental, emocional, apresentando dificuldades de aprendizagem em algumas reas do conhecimento. Boa parte destas necessidades especiais se apresenta a partir de diferenas, sociais, culturais e pessoais.

Pessoas com necessidades especiais no so somente aquelas que possuem alguma deficincia (auditiva, visual, mental, fsica), mas todos os que possuem dificuldades, sejam elas de aprendizagem, limitaes, dficits intelectuais entre outros.

Especificamente no que diz respeito Educao Especial no ensino regular deve-se gerar o apoio de conjuntos de servios, ofertados pela escola e comunidade geral. Tendo como objetivo fundamental as respostas educativas para as dificuldades apresentadas, assim oportunizando regular servios de apoio pedaggico especializado que so desenvolvidos em sala de aula, ou em contra turno, por meio de oferta de recursos humanos, tcnicos, tecnolgicos, fsicos e materiais e tem por objetivo possibilitar o acesso e a complementao do currculo comum ao aluno.

O Projeto Poltico Pedaggico da escola expressa as aes para enfrentar, com responsabilidade, o desafio da incluso educacional atravs da construo coletiva, ouvindo todos os membros da comunidade escolar, traaremos estratgias embasadas em textos norteadores para que esses alunos sejam atendidos em todas as suas necessidades, dentro do possvel, no interior da escola e atravs de parcerias com grupos de apoio de nossa comunidade.

Ao longo da histria da humanidade foram construdos modelos a serem seguidos como padro, com a marca da homogeneidade, prevalecendo a negao diferena, onde o no-diferente o aceito socialmente. Na escola igual para todos existe espao para as diferenas? Como a diferena abordada na escola? Algo s diferente se comparado com outro. A cultura a resposta apresentada pelos grupos humanos ao desafio da existncia, determinando o comportamento do homem e justificando suas realizaes. Este processo no trata apenas de permitir o acesso destas pessoas na sociedade, mas sim, aceitar, possibilitar e dar condies para que estes sujeitos possam efetivamente se educar e se preparar para a realidade do mundo.

tambm a partir do ambiente escolar que a criana e o jovem estabelecem seu convvio social. O isolamento ao qual muitos alunos com deficincia passam na sala de aula da rede regular de ensino, so atribudo a diversos fatores. A dificuldade expressa pelos professores em lidar com as questes da diferena, da deficincia e seus limites um deles.

A escola deve se organizar para a escolarizao do aluno com dificuldades educacionais especiais por meio de aes paralelas e contnuas de apoio aprendizagem, a saber: acolhimento do diferente, flexibilizao de planejamentos e contedos, elaborao de projetos de recuperao de estudos e de avaliao, especficos e adequados s necessidades dos alunos; encaminhamento sala de recursos; encaminhamento a salas especiais; encaminhamento a centros de atendimento especializado.

O atendimento incluso exige um redimensionamento do Projeto Poltico-Pedaggico, a implantao/implementao dos servios e apoios especializados, o envolvimento da comunidade escolar, o respeito s diferenas de todas as origens (cultura, sexo, deficincias, origens, etnias, opes, religio, etc); atendimento especfico, acompanhamento da presena do aluno, a interao do aluno e comunidade em todo processo educativo, recuperao de contedo, projetos de parcerias.

O aspecto fundamental ser o conhecimento/esclarecimento para os professores sobre as atividades a serem desenvolvidas com alunos especiais ou no, colocando em equilbrio o que comum e individual para cada aluno. Existem dificuldades em facilitar as adaptaes como mudar o sistema, repensar mtodos e tcnicas diferenciados.

H a necessidade de uma constante conscientizao da comunidade escolar em adaptar, no recortar contedos, porque o que se acaba recortando so possibilidades para o futuro. A escola de todos passa a no ser escola para todos. Tratar a excluso/incluso no apenas relacionado a deficincia, mas tambm as diferenas de classe social, racismo, entre outros, o caminho para o enfrentamento promissor da questo.

O Calendrio Escolar

Em cumprimento a legislao vigente, especificamente a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9394/96, captulo II, artigo 24, inciso I, o Calendrio Escolar consta de, no mnimo, 800 horas em 200 dias letivos.

O incio do ano letivo, bem como seu trmino, frias, perodo de capacitao e o destinado ao planejamento, feriados nacionais e recessos so determinados pelo mantenedor, que prev a indicao de feriado municipal.

Est previsto erm nosso calendrio, a Olimpada de Matemtica (OBMEP), Reunies Pedaggicas e os Conselhos de Classe. A referida semana tem temtica estabelecida e data prevista de acordo com a necessidade do colgio, podendo ser realizada no primeiro ou segundo semestre. Quanto s Reunies Pedaggicas e aos Conselhos de Classe, amparados pela Deliberao n 002 de 07 de junho de 2002, estes acontecem no perodo letivo, j que os alunos so envolvidos em atividades organizadas que buscam seu desenvolvimento como pessoa, cidado e trabalhador. Desta forma, tais dias so considerados de efetivo trabalho escolar, que tambm so realizadas em contraturno.

O cumpriment