Segunda Guerra Mundial(Avanca o ROLO Compressor Russo)

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    Como conseqncia, estas e as demais fbricas foram transferidas para tneis, grutas, pequenos povoadosinterioranos e bosques, sendo de tal forma camufladas que os ataques seguintes no conseguiram atingi-las.Isso possibilitou que, em pleno ano de 1944, as fbricas de avies atingissem ndices nunca vistos.

    No que diz respeito s aes contra os centros de produo de carburantes, os principais ataques tiveramincio em maio de 1944. As refinarias situadas no corao da Alemanha foram atacadas impiedosamente,apesar dos caas alemes. O papel que os pilotos alemes haviam representado na Segunda Guerra chegava

    ao seu fim. Varridos do cu pelas gigantescas formaes anglo-americanas, "as guias", no seu crepsculo,tinham de contemplar, impotentes, a destruio dos depsitos e refinarias. Como conseqncia, a produocaiu para menos da metade, descendo de 416.000 toneladas, no ms de maio, para 107.000, em setembro.Em resumo, em meados de 1944, a Alemanha se transformava lentamente em um monto de runasfumegantes.

    A luta na Hungria

    Em novembro de 1944, enquanto o corao da Alemanha era minucioso e metodicamente destrudo pelossucessivos bombardeios aliados, que varriam reas predeterminadas com milhares de toneladas de bombasincendirias e explosivas, na Frente Leste os exrcitos alemes enfrentavam uma situao dramtica.

    Na Hungria, por essa poca, a batalha alcanava sua mxima violncia. Nas proximidades de Budapeste, naplancie que se estendia entre a velha capital hngara e a cidade de Tokai, a uns 200 km a nordeste, quasecem grandes unidades russas, integradas por infantes e foras blindadas, haviam sido contidas em seuavano. Assim, combatentes alemes, dez vezes inferiores em nmero ao seu antagonista, conseguiram

    paralisar, em novembro de 1944, o avano russo naquele setor.A grande batalha da Hungria continuaria, assim, sem soluo de continuidade, durante todo o inverno. Masao sul, entretanto, a uns 200 km de Budapeste, s margens do Danbio, os efetivos da Terceira Frente da

    Ucrnia, comandados por Tolbuchin e reforados pelas tropas oriundas da Iugoslvia e parte da SegundaFrente da Ucrnia, de Malinovski, conseguiram quebrar o desesperada resistncia das foras do 2 o ExrcitoHngaro. O valor das combatentes da pequena e herica nao em nada resultou ante a incontestvelsuperioridade das tropas soviticas. A conseqncia foi o imediato cruzamento do Danbio pelos russos e acaptura da cidade de Fnfkirchen, a 40 km a oeste. A interrupo devida debilidade da frente alem nestesetor, onde se uniam as foras do Grupo de Exrcitos Sul e do Grupo de Exrcitos F, provou o erro doComando Supremo ao emprestar a esta zona escassa ateno e, conseqentemente, a inteno sovitica decercar Budapeste.Restava agora, a cargo do Grupo de Exrcitos Sul, a tarefa de retirar do setor da frente de Hatvan, nas

    proximidades da capital da Hungria, duas divises, que deveriam ser deslocadas, sem demora, para o sul deBudapeste, onde formariam uma linha de reteno para os exrcitos russos, que avanavam

    ameaadoramente do sul, aps terem cruzado o Danbio.Chegou assim 1o de dezembro e, nesse perodo, os efetivos da Terceira Frente da Ucrnia iniciaram ainvestida a oeste do Danbio. Avanando por Kaposvor, a 80 km do Danbio, os formaes soviticasiniciaram a converso para o norte, no flanco do Grupo de Exrcitos Sul.Simultaneamente, foras russas cruzavam o Danbio na altura da cidade de Dunafoldvar e pela ilha Czepel, auns 150 km de Budapeste.Tambm ao norte de Budapeste, no setor de Hatvan, a 50 km da capital, os efetivos russos da Segunda Frenteda Ucrnia, integrados por numerosas unidades blindadas, se lanaram ofensiva. O objetivo era o ponto deencontro dos 6o e 8o Exrcitos, dispostos ao norte de Budapeste. Aps setenta e duas horas de intensa luta, o

    avano russo pde finalmente ser contido. Em linhas gerais, o duplo ataque russo mostrava claramente ainteno de envolver Budapeste, seguindo paralelamente um eixo que conduziria seus efetivos at Viena.

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    As foras germano-hngaras, que ofereciam resistncia ao avano russo, eram frgeis e insuficientes. Osreforos propalados por Guderian, com a finalidade de defender a capital da Hungria, em cumprimento dodiretivo de Hitler de lutar por Budapeste "casa por casa", limitaram-se a trs divises, que, logicamente,eram mais do que insuficientes para restabelecer um equilbrio de foras que antevisse a estabilizao dafrente de luta em um prazo mais ou menos prximo. carncia de tropas se acrescia, no "front" germano-hngaro, a notria diminuio das reservas decombustvel e munies, que j atingiam nveis crticos. Isto vale dizer que as esgotadas e estropiadas tropas

    deveriam racionar a sua munio e o emprego dos seus poucos blindados. Contribua ainda para agravarmais a situao o estado das estradas, convertidas em lodaais e praticamente intransitveis. O inconvenienteque, logicamente, este ltimo fator representava para os russos ficava relativamente amenizado pela enormequantidade de veculos lanados luta.Entretanto, ao norte de Budapeste, a situao dos exrcitos alemes tornava-se crtica, ante a investida russa.Como conseqncia, com vistas ao perigo iminente de uma perfurao das linhas alemes no ponto deencontro dos 6o e 8o Exrcitos, Guderian no viu outra sada seno enviar para o norte parte das divisesdestinadas ao sul.Veio o dia 20 de dezembro, poca em que os efetivos das Segunda e Terceira Frentes da Ucrnia insistiam,simultaneamente, na ofensiva em ambos os lados de Budapeste.Ao norte da capital hngara, as foras russas conseguiram romper as defesas germano-hngaras ecompletaram o cerco.O cerco de Budapeste

    A batalha pela posse da capital da Hungria foi objeto, aps a guerra, de muitos estudos poltico-militares.Analisou-se profundamente a importncia da cidade de Budapeste, e as concluses se inclinaram para doissentidos diametralmente opostos. Efetivamente, desde a posio de negar importncia capital da Hungriacomo objetivo vital, at a de convert-la no ponto-chave da situao na Europa oriental, todas as

    possibilidades foram aventadas. O certo que Budapeste, por sua situao geogrfica, constitua um baluarte

    levantado no caminho dos exrcitos russos para os centros industriais da Alemanha. E era esse, alis, ogrande alvo dos soviticos, que procuravam com af adiantar-se a seus aliados anglo-americanos. O fracassodo plano russo se deveu, precisamente, frrea resistncia dos efetivos hngaros que defendiam sua velhacapital.As unidades que defendiam Budapeste do ataque russo pertenciam aos exrcitos hngaro e alemo. O

    primeiro estava sob as ordens do Tenente-General Hindy e era integrado pelas 10a e 12a Divises deInfantaria, o que se somavam parte da 1a Diviso Blindada, elementos da 1a Diviso de Hussardos, seis

    batalhes de artilharia, o Batalho Budapeste, cinco batalhes de gendarmaria, um grupo de artilhariaantiarea, com 160 peas e dividido em cinco batalhes, um grupo de engenharia dividido em trs batalhes,um batalho composto por estudantes universitrios, voluntrios, as unidades da polcia e grupos menores.Os alemes, por sua vez, sob as ordens do General Pfeffer-Wildenbruck, alinhavam as 8a e 22a Divises de

    Cavalaria SS, a 13a

    Diviso Blindada SS, "Feldhernhalle", e a 13a

    Brigada Flak.Setenta mil homens era a soma total dos efetivos germano-hngaros, dos quais 55% eram hngaros. No quese refere artilharia de campanha, o percentual dos efetivos hngaros era de 65%, e na artilharia antiarea,de 85%.

    Na noite do Natal de 1944, um grupamento blindado russo ocupou, inesperadamente, as colinas que seestendem a oeste da capital, atingindo pouco depois alguns centros suburbanos. Um contra-ataqueempreendido pelo Batalho Budapeste, apoiado por um batalho de gendarmaria e alguns canhes de assalto,se fez sentir imediatamente, rechaando os russos.

    No setor sul, entretanto, os alemes organizaram a defesa sobre as colinas e retiraram a 8 a Diviso de

    Cavalaria do setor oriental, reforando assim a defesa do oeste.A 3 de janeiro, os russos, lanando suas unidades ao ataque, conseguiram romper as primeiras linhasdefensivas, chegando at ao principal reduto de defesa. Dois dias depois, os soviticos se apoderaram das

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    instalaes do Hipdromo de Budapeste, pea importante da defesa, porque dali levantavam vo os aviesque transportavam os feridos para a retaguarda e aterrissavam os que transportavam reforos e munies. Nacidade, entretanto, a vida seguia ritmo quase normal.O ataque da artilharia russa, de incio, limitou-se a um fogo disperso. Mais tarde, porm, a cortina de fagocomeou a intensificar-se, chegando a constituir bombardeios macios de muitas horas de durao. Ocomrcio permaneceu aberto para o pblico da capital hngara at os primeiros dias de janeiro de 1945. Como aumento progressivo da intensidade dos ataques da artilharia russa, a cidade comeou a mudar de aspecto,

    dando mostras palpveis do assdio a que estava submetida. As ruas, pouco o pouco, foram ficando desertas;o abastecimento de gs e de eletricidade, normal a princpio, passou a ser feito com deficincia e interrupo.Por fim, a situao comeou a tornar-se crtica, quando, a 1o de janeiro, uma exploso interrompeu oabastecimento de gua corrente em alguns distritos. Os problemas que os administradores hngarosenfrentavam atingiam dimenses que escapavam s suas possibilidades de soluo, acrescendo ainda que acidade se encontrava repleta de refugiados, que se somavam populao normal. Desde janeiro, portanto, a

    populao se viu obrigada a viver em stos, desprovido de corrente eltrica e, em muitos casos, sem gua.A luta prosseguia com intensidade, enquanto os bombardeios russos aumentavam paulatinamente.A essa altura dos acontecimentos, as divises de cavalaria j sacrificavam seus animais, destinando a carneao consumo da tropa e da populao civil. A rao de po teve que ser reduzida para 150 gramas dirios percapita.Os efetivos alemes tentavam a todo custo romper o stio. O grupo de exrcitos "Balck", reforado com duasdivises blindadas SS ("Totenkopf" e "Wiking"), atacou a 1o de janeiro. A 8 do mesmo ms haviam atingido

    perto de 40 km alm das linhas de defesa da cidade, ficando, ento, retidos.Os russos, por sua vez, como resposta contra-ofensiva, iniciaram uma violenta ao ao norte do Danbio.A oportunidade que naquele momento se apresentou aos sitiados para tentar romper o cerco no foiaproveitada, permanecendo as unidades em suas posies.

    O dirio de um combatente hngaro, integrante dos grupos que defendiam a cidade das arremetidas russas,registrou o seguinte: "Nossas jornadas so marcadas por trs ataques desesperados dos russos. Estes ataquessignificam perdas enormes para eles, visto que os combates se desenrolam entre edifcios, onde suasupremacia em artilharia e blindados no pode desenvolver o mximo. Os russos querem romper as nossasdefesas custe o que custar e muitas vezes enviam tropas ao ataque at o seu aniquilamento total...".A resistncia hngara e alem, sob incessante e esmagadora presso, comeava a debilitar-segradativamente. Os defensores da cidade, entrincheirados em suas posies, a defendiam com denodo eherosmo at o ltimo cartucho e, muitas vezes, at o ltimo soldado. A luta, ento bastante confusa,desenvolvia-se bairro por bairro, rua por rua, casa por casa. Reproduzem-se os lances dramticos do episdiode Stalingrado, quando um edifcio se encontrava em poder de russos e alemes, alternados em seusdiferentes andares. Finalmente, a 18 de janeiro, os defensores viram-se compelidos a abandonar Peste

    concentrando-se em Buda. Os alemes, apesar da resistncia do Estado-Maior hngaro, fazem voar pelosares as famosas pontes da velha capital hngara. Ainda no dia 18, os efetivos germano-hngaros realizamuma segunda tentativa no sentido de romper o cerco estendido pelas tropas russas. No ataque tomam partequatro divises Panzer e mais as 23a e 25a Divises de Infantaria Hngara. Nesta oportunidade, os sitiadosconseguiram uma penetrao em maior escala, sendo mais felizes, portanto, que na tentativa anterior.Todavia, a falta de reforos, bem como os considerveis contra-ataques russos fizeram fracassar mais esteintento. Entre 18 e 29 de janeiro ocorreu em Buda uma relativa calma. Salvo alguns vos de reconhecimentoe um ataque areo de grande intensidade, que ocorreu no dia 25, no se verificaram aes de maior vulto. Ja esta altura dos acontecimentos, a cidade e as tropas que a defendiam recebiam seus abastecimentos pormeio de pra-quedas, e mesmo assim de forma muito precria e escassa. A fome comeava a se fazer

    presente em todas as horas e os efetivos de defesa viam-se obrigados a realizar um gigantesco esforo para semanterem em suas linhas, sob o fogo do inimigo.

    Vinte e nove de janeiro foi o dia da ofensiva geral contra Budapeste. A presso exercida pelas tropasatacantes, aumentando constantemente, abrigou os soldados hngaros e alemes a retrocederem. J pelo dia 2de fevereiro os russos avanavam cleres sobre as posies alems, ameaando extermin-las. Os efetivos

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    hngaros, todavia, contra-atacando vigorosamente, conseguiram deter o avano sovitico mais uma vez,restabelecendo as primitivas linhas de defesa.A partir de 29 de janeiro a situao se tornou to crtica que os defensores se viram quase que sem qualqueropo, divididos que estavam em dois grandes grupos, um no Monte Gellrt e outro no Palcio Real.Por ltimo, os combatentes, obedecendo ordem superior, agruparam suas foras e, rompendo o cerco,abandonaram a cidade, tomando o rumo noroeste. Era a noite de 12 para 13 de fevereiro de 1945.

    As tropas hngaras, sofrendo pesadas baixas, conseguiram unir-se ao resto das formaes no Monte Vrtes.A sorte do Tenente-General Hindy, comandante das foras hngaras, no foi das melhores.Os russos, com efeito, guisa de prmio a suas tropas pela conquista da cidade, aps julgamentosumarssimo, condenaram morte e fuzilaram o Tenente-General Hindy.Atividades dos guerrilheiros

    Em maro de 1944, quando os efetivos do 6o Exrcito Hngaro se apressavam para organizar a defesa doregio dos Crpatos, a situao se lhes apresentava extremamente difcil. O terreno que restava s tropas semostrava perigoso e inspito. Os caminhos se encontravam cobertos por espessas camadas de neve quedificultavam sobremaneira o deslocamento das unidades mecanizadas. Grandes bosques cobriam a regio,dificultando ainda mais o deslocamento e servindo, por outro lado, de excelente refgio para os numerososgrupos de guerrilheiros que ali operavam.Os movimentos das tropas hngaras eram seguidos, passo a passo, pelos "partizans", que vigiavam eatacavam constantemente as unidades, principalmente as da retaguarda, desde o interior dos bosques at ascostas mais elevadas que dominavam os caminhos. Com efeito, os destacamentos e unidades que cerravam amarcha dos regimentos e divises tiveram que suportar permanentemente o fogo dos fuzis e metralhadorasque os guerrilheiros faziam de colinas que variavam entre 1.000 e 1.500 metros.O comando hngaro, diante do recrudescimento e periculosidade dos ataques dos guerrilheiros, tomou

    imediatamente medidas defensivas. Em primeiro lugar, informou populao civil das regies batidas pelasguerrilhas que a atividade dos "partizans" seria punida com a pena capital, correspondendo idntico castigoaos moradores que, de uma ou outra maneira, colaborassem com os guerrilheiros. Com relao s unidadeshngaras que combatiam contra os russos, deu-se publicidade de uma nota geral, cujos principais pontoseram os seguintes:1) Os moradores das regies onde operem guerrilheiros devero ser transferidos para a cidade, concentrando-se para seu melhor controle. Alm disso, todo cidado dever levar sempre consigo sua carteira deidentidade.2) Todos os habitantes do sexo masculino, maiores de doze anos, devero ser registrados em listas especiais.3) A populao de cada regio dever eleger um juiz de paz, que ser responsvel pela ordem e a seguranado lugar. Alm disso, dever providenciar para que nenhum estranho se abrigue dentro da sua jurisdio.4) Todos os homens em condies de desempenhar trabalhos fsicos devero organizar-se em grupos de

    trabalho, que sero alojados em separado. As mulheres podero afastar-se para apanhar alimentos para suamanuteno, bem como dividi-los com seus parentes.5) Das dezenove horas at s sete da manh do dia seguinte, todo os movimentos e sadas rua estaro

    proibidos.6) Quando tiver que se realizar uma demanda, esta dever ser empreendida por uma patrulha do exrcito sobo comando de um oficial.7) A propriedade privada dever ser respeitada. No entanto, todo aquele que insistir em viver margem dalei ser castigado com a requisio de seus animais.As inmeras atividades dos guerrilheiros em toda a frente foram mais notrias, especificamente, no setorcoberto pela 27a Diviso, cujas linhas de abastecimento se estendiam ao longo de uns 150 km. Sem dvida, oentrevero de maior importncia se verificou no Vale de Bistritza, onde efetivos hngaros da 201 a Diviso

    conseguiram cercar, aps dura refrega, um importante grupo de guerrilheiros. Ao completar-se o cerco, daslinhas guerrilheiras se destacou um grupo de trs homens, um dos quais, munido de uma bandeira branca,fazendo sinais e identificando-se como parlamentar.

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    Cessado o fogo, o guerrilheiro se aproximou das linhas hngaras, identificando-se como combatenteguerrilheiro ucraniano e manifestando aos hngaros o propsito de seus camaradas de no combater contraos hngaros e sim contra os russos, seus tradicionais inimigos. Os ucranianos tambm manifestaram seudesejo de combater os russos em consonncia com as foras hngaras.Deve-se destacar que, neste setor, operando como irregulares, se encontravam guerrilheiros que respondiama trs orientaes distintas. Um dos grupos era integrado por homens que recebiam ordens do exrcitovermelho; o segundo estava constitudo por membros do UPA (Ucrainsca Povstaucha Armia), exrcito

    nacionalista da Ucrnia, inimigo dos soviticos; o terceiro, finalmente, era o dos guerrilheiros nacionalistaspoloneses, que, com os hngaros, chegaram a um acordo, evitando o confronto e colaborando bastante natarefa comum de enfrentar os russos. A 27 de junho de 1944, um oficial do Estado-Maior do 6 o Corpo deExrcito da Hungria manteve uma longa entrevista com o chefe dos guerrilheiros da UPA, firmando-se,ento, o seguinte acordo, autorizado pelos comandos superiores de ambos os combatentes:a) A luta contra o bolchevismo comum. Portanto as formaes hngaras e os membros da UPA devero, deora em diante, agir em conjunto, evitando aes blicas recprocas.

    b) As discordncias que surgirem no decorrer da campanha devero ser solucionadas por intermdio deconferncias e nunca pelas armas.c) O Exrcito hngaro lutar na frente de combate e os efetivos da UPA o faro por trs das linhas inimigas,dando combate aos guerrilheiros russos.d) Para facilitar o contato entre os guerrilheiros da UPA e os efetivos hngaros, aqueles enviaro aoComando da 27a Diviso Hngara um oficial de comunicaes, que gozar de total liberdade de movimentos.Aps a concluso do acordo de 27 de junho de 1944, as atividades dos guerrilheiros ucranianos contra osexrcitos hngaros cessaram completamente. O comando alemo, posto a par do pacto firmado peloscomandos hngaros, o aprovou integralmente.As aes seguintes

    O cerco de Budapeste por parte dos efetivos russos e a conseqente ameaa de assalto resultou nas seguintes

    providncias nas linhas alemes: o Fhrer, sem perda de tempo, procedeu s substituies de Friessner porWhler e do comandante-chefe do 6o Exrcito, General Fretter-Pico, pelo General Balck; ordenou, tambm,o imediato envio Hungria de um corpo blindado SS, com o objetivo de reconquistar Budapeste; Hitler

    prometeu ainda enviar outras foras, ento estacionadas na frente ocidental, onde nesses momentos tinhaincio a ofensiva das Ardenas, alcanando xitos iniciais promissores. O 5o Corpo Blindado SS se lanou luta a 1 de janeiro, atacando e estabelecendo uma cunha at Bicske, a 25 km a oeste de Budapeste, e atGran, a 30 km a noroeste. A reao russa foi imediata, detendo a investida inimiga com suas poderosasformaes, no sem evitar, entretanto, que as linhas alemes se aproximassem o suficiente para despertar noscomandos germano-hngaros grandes esperanas de um prximo rompimento nas linhas russas, o que

    permitiria a sada da guarnio sitiada.As esperanas, todavia, eram excessivamente otimistas e, tal como havia advertido infrutiferamenteFriessner, o xito no poderia concretizar-se. O Fhrer, no entanto, persistia em seus planos desprezando asafirmaes de Friessner. Os russos, aproveitando sua superioridade numrica e estratgica, re-encetaram asoperaes de ataque. A 6 de janeiro, um corpo de exrcito blindado sovitico avanou a curta distncia da

    margem norte do Danbio em direo do oeste, sobre Komorn, a 70 km a noroeste de Budapeste, e sobre aretaguarda das formaes alemes que se acercavam de Budapeste. O 5o Corpo Blindado SS ficava, assim,neutralizado desde a retaguarda.A 11 de janeiro, o Fhrer ordenou uma mudana no dispositivo das foras blindadas em direo ao sul, coma finalidade de romper as linhas inimigas em Stuhlweissenburg, a 50 km a sudoeste de Budapeste, e avanarde imediato at a capital da Hungria.Esta providncia, no entanto, tal como havia advertido Guderian, j se fazia extempornea e a ajuda nochegaria a tempo.A esta altura dos acontecimentos, os russos j se lanavam grande ofensiva, preparada desde muito tempo

    antes, e que abrangia o setor compreendido entre os Crpatos e o Mar Bltico. Apesar das vantagensauferidas pelos soviticos, at esse momento, no haverem justificado o emprego das imensas quantidades detropas e material blico lanados luta, existia, todavia, um saldo bastante promissor, ou seja, o de ter

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    obrigado os alemes a retirar importantes dotaes de tropas de outros setores de maior importnciaestratgica, com a finalidade de tentar estabelecer o equilbrio na frente hngara.

    AnexoAtaque russo

    Os ataques macios russos seguem, sem grandes variantes, as seguintes disposies: o ataque se desencadeia,

    inesperadamente, em vrias direes simultneas. Graas ruptura, efetuada em vrios pontos, e rpida arremetidarealizada atravs das brechas por unidades mveis de explorao, as reservas alemes se vem rapidamente isoladasumas das outras e em seguida vencidas.Os intervalos entre as brechas prximas so da ordem de 15 a 20 km, o que permite s unidades que atacam, logo apsdesarticular o dispositivo alemo, estabelecer a unidade entre elas, a partir do segundo dia.A extenso da frente de ataque, por outro lado, obriga a aviao alem a dispersar suas unidades de reconhecimento,deixando no comando alemo dvidas com relao verdadeira direo do ataque.O dispositivo de ataque, organizado em profundidade, formado por dois escales. No primeiro, frente, progridemunidades de todas as armas e servios, apoiados por artilharia e tanques, encarregados que so de realizar a penetrao.O segundo escalo, formado base de unidades blindadas e motorizadas, est destinado a transformar em xitoestratgico o at ento xito ttico. As foras mveis devero alcanar o mais rapidamente possvel a retaguarda e ascomunicaes do inimigo. Para isso, contornam os obstculos e as resistncias organizadas, dos quais se incumbem asunidades de todas as armas que avanam na frente de combate.Na batalha pela posse de Stalingrado, cuja manobra foi tpica e se repetiu em todas as ofensivas posteriores at o finalda guerra, a profundidade da progresso das unidades mveis chegou at 100 e 120 km, como no caso das unidades dafrente de Stalingrado e das da frente do Don respectivamente. A conjugao das foras se efetua em menos de cincodias, a uma velocidade de progresso de 30 a 35 km por dia, alcanando em algumas direes 50 ou 60. A velocidadede progresso da infantaria de 5 a 10 km dirios, durante o curso da penetrao, e de 20 km em mdia, durante aprogresso posterior. Na batalha de Kursk, quando o ataque alemo foi distribudo por uma extenso de no mais de100 km, a contra-ofensiva sovitica foi ordenada em uma frente de seiscentos. Os alemes se viram ento naimpossibilidade de empregar suas reservas e de constiturem grupamentos suficientemente fortes para deter o avanosovitico. Foi assim que a diviso blindada SS "Gross Deutschland", depois de haver participado da ofensiva na direoBielgorod-Kursk, foi lanada em direo a Orel e, em seguida, aps a ofensiva da frente de Voroneye, tornou a traz-lana direo de Akhtirka.Entre julho e agosto de 1943, as ofensivas soviticas obedeceram a uma srie de manobras coordenadas, obrigandosucessivamente o rodzio das foras alemes que, sem inteno de retirada, se encarregavam da defesa dos centros deresistncia organizada. Assim sucedeu em Bolkhov, Mtsensk, Bielgorod, Borissovka, Tomarovka, Orel e Kharkov.Em 1944, na imensa extenso do "front", se sucederam, sem soluo de continuidade e com xito sempre crescente, asmanobras de envolvimento. Destas manobras, as trs mais importantes custaram aos alemes um total de 62 divises,assim distribudas: Korsun-Shevchenkovski: 10 divises; Rssia Branca: 30, e Yassy-Kishinev: 22. rapidez do avano sovitico se sucederam as interrupes, necessrias para o restabelecimento das comunicaes,fazer chegar os abastecimentos e proceder aos reagrupamentos necessrios. Alm disso, o esforo no podia seraplicado indefinidamente nas mesmas direes. Desta forma se explicam os golpes de arete levados a caboalternativamente pelo exrcito vermelho, ora num setor, ora em outro do imenso "front", aproveitando sempre asvantagens advindas das ofensivas precedentes. O comando sovitico evita, assim, o erro cometido pelos alemes emMoscou (1941) e em Stalingrado (1942), que fizeram penetrar profundamente suas linhas de ataque sem ter certeza depoder supri-las com efetivos e material.A ttica prottipo dos soviticos pode ser resumida em poucas palavras: penetrao, envolvimento, defesa contra

    possveis contra-ataques; destruio das foras cercadas e exterminao.

    Guerrilheiros

    A importante contribuio que os combatentes irregulares prestaram s potncias em luta (principalmente s aliadas)obriga a esboar uma srie de consideraes a respeito da situao legal destes homens diante das convenesinternacionais.Deve-:e destacar que os regulamentos de Haia de 1889 e 1907 estabelecem claramente a distino entre beligerante eno beligerante. Denominamos beligerante a todo indivduo que faz parte da fora armada de um pas, que integra suareserva ou trabalha na indstria blica ou afins. Por sua vez, entre os beligerantes se distinguem os combatentes e os nocombatentes. Os primeiros fazem parte dos grupos armados que constituem as foras regulares de uma nao. Nestecaso, ao serem capturados, devero ser tratados como prisioneiros de guerra, com todas as vantagens que tal condiooferece. A condio de combatente se estender, sem distino de nacionalidade, a todos aqueles que prestem servios

    como voluntrios a outras naes. Os no combatentes, por seu turno, so os operrios das fbricas e todos aqueles que,de uma ou outra maneira, contribuam para o esforo de guerra de um pas.O aparecimento dos guerrilheiros, durante a contenda 1939-45, criou novos e difceis problemas. No caso dos maquis,especialmente, a situao alcanou lances de singular gravidade. A Alemanha, com efeito, em junho de 1944, poucodepois da invaso do continente pelos exrcitos aliados, deu a conhecer uma diretiva que dispunha que os guerrilheiros

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    seriam considerados como franco-atiradores e, como tais, se aprisionados, executados como terroristas. O governofrancs de Argel, por sua parte, os considerava como parte integrante de suas foras regulares. Eisenhower, comandantesupremo aliado, todavia, os inclua na estrutura orgnica dos seus exrcitos.O fundamental, no entanto, era que, para serem considerados beligerantes, os grupos armados, fossem guerrilheiros,tropas regulares ou milcias, deveriam integrar regies no ocupadas pelo inimigo, conduzir a guerra de acordo com asleis estabelecidas, usar os uniformes e distintivos correspondentes e empregar meios e procedimentos lcitos.

    Diretiva n 68

    Teleprint21 de janeiro de 1945Comando Supremo das Foras ArmadasMinhas ordens so as seguintes:Os comandantes-chefes, comandantes de exrcito e comandantes de diviso providenciaro para que me sejamcomunicados com a devida antecednciaa) Qualquer deciso que signifique iniciar algum movimento.b) Qualquer ataque em nvel de diviso.c) Qualquer ao ofensiva nos setores tranqilos da frente.d) Qualquer plano para afastar ou unir foras.e) Qualquer plano para submeter uma posio, um ponto estratgico ou uma fortaleza.As comunicaes devero chegar a este comando com suficiente margem de tempo para que, se necessrio, possamos

    emitir uma contra-ordem, que, por sua vez, chegue at a linha de frente antes do incio das aes.Os comandantes-chefes, comandantes de exrcitos e comandantes de diviso sero responsveis no sentido de que ascomunicaes cheguem at mim sem atrasos e sem intermedirios. No futuro, qualquer falha que venha a prejudicarestas comunicaes ser punida severamente.Assinado, Adolf Hitler

    Bombardeio

    "O crculo se fechava em torno da Alemanha. Do leste avanavam os exrcitos vermelhos. A oeste, o inimigo efetuavapenetraes profundas. O fim rpido era previsto. H muito tempo que a Alemanha no conhecia um momento detrgua e os Aliados se apoderavam cada vez mais irremediavelmente do domnio dos ares no cu alemo. Desde o msde fevereiro a morte caa novamente sob a forma de toneladas de bombas."A 3 de fevereiro, mil bombardeiros devastaram Berlim. A guerra area se desenvolvia com uma violncia quase

    irracional. Apesar de os russos at ento se haverem abstido do bombardeio das cidades no oeste, naquele momento odeus da vingana redobrava os golpes de sua espada. Os cavaleiros do Apocalipse se precipitaram sobre a Alemanha."A 14 de fevereiro, Dresden foi palco de um espantoso caso. Nenhum esprito humano, por mais forte que fosse,poderia descrever o que passou naquela desgraada cidade. Nem sequer podemos saber com riqueza de detalhes todosos momentos decorridos durante aquele dia de terror. Dresden era, naquele instante, a cidade da misria e do desespero.Os observadores aliados viram as imensas ondas de refugiados que, desde o leste, se dirigiam para Dresden. Puderam,com toda a tranqilidade, voar sobre a cidade e observar a imensa quantidade de homens e mulheres que seamontoavam em suas ruas e praas, debaixo de um frio glacial. Dresden era desprovida de defesa antiarea. No GrandeJardim e nas margens do Elba, os observadores divisavam as dbeis fogueiras feitas por aquelas milhares de criaturasque ali esperavam sob frio e umidade penetrantes... Pois bem, sobre aquela imensa aglomerao, caram cinco milbombas explosivas e quatrocentas mil incendirias..."

    A luta contra o comunismo

    Durante a Segunda Guerra Mundial, em todos os pases aliados da Alemanha por pactos ou simpatia ideolgica,formaram-se organizaes que tinham por objetivo o recrutamento de voluntrios destinados a combater os exrcitosrussos. Em todos os casos, o objetivo primordial no era reunir e militarizar homens destinados a combater os cidadosrussos, embora pudesse parecer primeira vista, mas to-somente combater a infiltrao comunista que o avano russotrazia consigo. Os voluntrios eram incorporados inicialmente por um perodo de tempo que se aproximava de um ms,com a finalidade de investigar seus antecedentes, bem como impedir que indivduos perseguidos pela justia tivessemacesso organizao.No perodo citado, os voluntrios eram doutrinados no sentido de sua luta futura, aclarando-se-lhes, ainda, que nogozariam de vantagens especiais e franquias de nenhum tipo. Durante os cursos, para os quais era exigido dos alunosnica e exclusivamente que fossem anticomunistas, no se entrava em outras consideraes polticas, respeitando-se astendncias de cada um. Os voluntrios eram instrudos no manejo das armas e recebiam aulas de alemo, praticandoainda esportes e ginstica.Ao concluir este primeiro perodo, os voluntrios podiam optar pela continuidade no servio militar ou regressar a seusrespectivos pases na condio de licenciados. Os combatentes que optavam pela incorporao definitiva no ExrcitoAlemo prestavam o juramento regularmentar e, imediatamente, eram enviados, em grupos de cem homens, aosbatalhes das diferentes divises, onde recebiam instruo militar durante um novo perodo de quatro meses, antes de

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    serem reincorporados a uma unidade combatente. Tomemos como exemplo a organizao da 11 a Diviso MotorizadaSS "Nordland". As unidades que a integravam eram as seguintes:Comando da Diviso.24o Regimento de SS Danmark (Dinamarca).25o Regimento de SS Norge (Noruega).11o Regimento de Artilharia, com trs grupos leves e um pesado.Batalho de Tanques (Panthers de 45 toneladas).Batalho de Explorao, blindado.Batalho de Sapadores.Batalho de Comunicaes.Batalho Antiareo.Batalho de Canhes de Assalto.Batalho de Manuteno.Batalho de Intendncia.Companhia de Gendarmaria militar.Alm de mais onze companhias de abastecimentos.A 54a Brigada Motorizada SS Nederian dispunha, por sua parte, das seguintes unidades:Comando da Brigada.1o Regimento Holands "General Seyfart".2o Regimento Holands "Almirante Ruyter".Batalho de Canhes de Assalto.14o Regimento de Artilharia, com dois grupos leves.Batalho de Sapadores.De acordo com as disposies regulamentares do Exrcito Alemo, cada militar deveria ficar em seu lugar de origempelo menos vinte dias por ano. Eram licenas concedidas quando dos perodos de tranqilidade, j que nos de lutaintensa tal concesso era praticamente impossvel. Enquanto uma parte dos efetivos era licenciada, um outrogrupamento chegava com o objetivo de incorporar-se s fileiras, no sofrendo ressalvas o aspecto quantitativo daunidade. Esse sistema, como era de se esperar, ofereceu alguns inconvenientes, pois se fazia difcil desenvolver umainstruo dentro de um sistema to inconstante, no que concerne ao material humano.Convm salientar que nos acampamentos no existia a tradicional disciplina prussiana. Praticava-se, verdade, umregime disciplinar severo, que dava excelentes resultados. A base da disciplina foi sempre, em essncia, o respeito quecada soldado devia ao seu superior imediato.

    Guerra qumicaEm 1943, nos campos de treinamento da Wehrmacht, chegou uma diretiva dispondo que, sem demora, se procedesse aotreinamento de pessoal especializado em guerra qumica, a fim de integrar unidades especiais.A Alemanha dispunha, nessa poca, de duas grandes escolas de guerra qumica e alguns regimentos especializados. Aessas escolas foram enviados os oficiais e praas designados para receberem instruo especializada.Os alemes haviam iniciado a guerra com uma organizao relativamente adequada para o desenrolar de uma possvelguerra qumica. Cada soldado dispunha, como parte de seu equipamento, de mscara contra gs e capa antivesicante. Osregimentos, comandos e unidades menores tinham, alm disso, grupos antigs constitudos por um cabo e trs soldados,especializados em guerra qumica. Nos comandos das grandes unidades operativas havia tambm um oficial antigs,que contava com um laboratrio especializado, depsitos e manuteno de meios qumicos.At os primeiros anos da guerra, as armas qumicas no mereciam grande interesse por parte da Alemanha, visto queseus tanques estavam em condies de aniquilar, com sua potncia, qualquer inimigo. Tanto assim que, tanto nasoperaes desenvolvidas na Polnia como na Frana, nenhum destes pases utilizou elementos qumicos, fosse por falta

    destes ou por inteno manifesta de no recorrer a tal expediente.Mais tarde, na Rssia, em algumas oportunidades, foram empregados projteis qumicos. Em todos os casos, noentanto, se presumia com fundamento que isto era devido a erros na entrega das munies. Os alemes, em suas rpidasinvestidas iniciais, tomaram algumas vezes depsitos de elementos qumicos. sabido, entretanto, que os russos noutilizavam essas armas, num tcito acordo com seus inimigos, que tampouco as empregavam. No referente guerrabacteriolgica, o mesmo se pode dizer. Em nenhuma oportunidade foi usado esse meio de guerra para entorpecer oudeter os movimentos do inimigo. Nas oportunidades em que foram constatados poos com gua contaminada, osalemes interpretaram que se tratava de pura casualidade, no culpando os russos. Tampouco os alemes, por sua vez,recorreram guerra bacteriolgica. Em 1943, do Comando Supremo originaram-se ordens no sentido das defesasantigs serem reforadas nas diferentes unidades. As razes da ordem citada no vieram a pblico. Supe-se, contudo,que a Alemanha esperava uma possvel ofensiva qumica do inimigo. Com efeito, deve-se destacar que os servios deinformaes alemes haviam antecipado que a Inglaterra e os Estados Unidos estavam preparados para esse tipo deguerra. Em Dacar, alm disso, foi registrada a chegada de mais de 6.000 toneladas de materiais qumicos, destinados a

    algumas operaes blicas. Tampouco se deve desprezar o fato de que a Alemanha se aprontava para lanar umaofensiva-surpresa contra os exrcitos inimigos. Tudo isto , no entanto, simples suposio. Durante a guerra, a indstriaalem produziu grande quantidade de produtos qumicos. Estes, penetrando sob o uniforme do inimigo, perfuravamtambm a pele. Outros, por sua vez, ao serem aspirados, paralisavam o sistema nervoso do combatente, provocando asua morte por asfixia em poucos minutos.

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    As medidas para incrementar o pessoal capacitado neste tipo de guerra conduziram necessidade de abreviar os cursoscorrespondentes, que, de seis semanas, se reduziram a trs, no caso especfico dos oficiais, e de quatro a duas, no dospraas. Foram criadas, tambm, novas escolas especializadas.

    Posio defensiva

    A organizao de uma posio defensiva obedecia, com pequenas alteraes, aos seguintes quesitos:Cada unidade, ao receber ordem de manter-se em determinada posio, como primeira iniciativa, procedia minagem

    do terreno numa faixa de, aproximadamente, 500 metros alm da linha de defesa. Tambm cavavam fossas antitanque,alternando-as com os campos minados.Em continuao, colocavam obstculos em vrias linhas escalonadas e em direo oblqua.Vinha ento a linha principal, constituda por duas posies, sendo a primeira delas com a incumbncia de resistir at ofim, continuando a outra a luta da em diante.As posies de defesa estavam formadas por redutos e pontos de resistncia, ligados entre si por trincheiras decomunicao. Os redutos abrigavam ninhos de metralhadoras. Novos obstculos enfechavam as posies citadas.Primeira posio: formada por uma trincheira que se estendia quase sem interrupo ao longo da frente, com mais umafileira de obstculos a sua frente. Entre cem e duzentos metros atrs da primeira posio encontravam-se os redutos demetralhadoras pesadas. Com efeito, para evitar que estas fossem destrudas pelo fogo inimigo, preparavam-se duas outrs bases para cada uma, com a finalidade de remov-las em caso de perigo. Tambm ali se construam abrigosdestinados a permitir o descanso dos homens que se retiravam da linha de frente com a finalidade de recompor suasforas e seu moral. A trincheira mais avanada e a linha das metralhadoras e refgios estavam unidas por vrios tneis

    de comunicao, sendo que, em conjunto, constituam a primeira posio. O servio na referida primeira linha erasumamente rgido, e as inspees, constantes. A ltima revista era efetuada pouco antes do anoitecer, hora em que eraservido o rancho aos combatentes. Depois, ao cair da noite, a primeira linha era ocupada pelos atiradores avanados. Ametade da tropa se encontrava pronta para iniciar o combate a qualquer momento; o restante descansava, dormitandosentado, mas com suas armas prontas.Ao amanhecer, tornava-se a efetuar uma nova inspeo e se fornecia aos soldados a primeira refeio do dia. A seguir,as tropas que haviam mantido a guarda durante a noite eram substitudas para descanso, isto quando as condies dafrente de combate permitiam. Eram substitudas por sentinelas, em nmero de trs para cada grupo. Os refgios ondedescansavam os homens na primeira linha eram subterrneos e tinham uma profundidade mdia de um metro e meio.A guarnio das metralhadoras, por sua vez, mantinha durante a noite a metade dos efetivos pronta para a ao. Osoutros defensores tambm se retiravam para descansar nos refgios cavados junto linha.Entre a primeira e a segunda linhas, encontravam-se novos campos de minas antitanque e antipessoal, alm de outrosobstculos antitanque.

    Segunda posio: encontrava-se a uns quinhentos metros atrs da primeira. Estava preparada para receber as armaspesadas e os destacamentos que se vissem obrigados a abandonar a primeira linha. Achavam-se tambm ali os canhesantitanque e os morteiros.Postos de comando: geralmente ficavam colocados atrs da primeira linha, como no caso dos postos de comando decompanhia; quando se tratava de comandos de batalho, os postos ficavam s vezes atrs da segunda linha e outrasvezes entre ambas. Os postos de comando ficavam unidos s linhas correspondentes por intermdio de trincheiras decomunicaes.

    Diretiva n 69

    Teleprint28 de janeiro de 1945Comando Supremo das Foras Armadas

    Objetivo: Emprego do VolkssturmA experincia de combate adquirida na Frente do Leste mostra que o Volkssturm carece, em realidade, de valorcombativo ao atuar isoladamente. Em troca, seu valor como unidade de combate cresce enormemente quando entrosadocom unidades do exrcito regular.Portanto ordeno: quando o Volkssturm se encontrar em zonas onde sua interveno se justifique e se suponhanecessria, os comandos disporo para que sua participao no combate seja efetuada em coordenao estrita comtropas do exrcito regular.(a) Adolf HitlerDiretiva n 70

    Teleprint5 de fevereiro de 1945Comando Supremo das Foras ArmadasObjetivo: Transporte de refugiados do leste para a Dinamarca Nossos compatriotas, evacuados temporariamente do leste para o Reich, sero enviados Dinamarca, antes dechegarem Alemanha. Os civis, em particular, sero enviados para a Dinamarca, que pode ser alcanada por mar, semprejudicar o movimento das tropas que se realiza por terra. As autoridades alemes na Dinamarca cooperaro com as

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    autoridades locais no sentido de alojarem os refugiados alemes. As foras armadas prestaro toda a assistnciapossvel.(a) Adolf Hitler