SEGURANÇA ALIMENTAR: : mais do que um conceito, um...

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SEGURANÇA ALIMENTAR SEGURANÇA ALIMENTAR: : mais do que um conceito, um mais do que um conceito, um desafio a ser alcançado. desafio a ser alcançado. Raul Ribeiro de Carvalho Raul Ribeiro de Carvalho Santa Maria / RS Santa Maria / RS – Setembro de 2008 Setembro de 2008

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SEGURANÇA ALIMENTARSEGURANÇA ALIMENTAR: : mais do que um conceito, um mais do que um conceito, um

desafio a ser alcançado.desafio a ser alcançado.desafio a ser alcançado.desafio a ser alcançado.

Raul Ribeiro de CarvalhoRaul Ribeiro de Carvalho

Santa Maria / RS Santa Maria / RS –– Setembro de 2008Setembro de 2008

INTRODUÇÃO

Vida saudável = Alimentos em quantidades, qualidades e variedades adequadasqualidades e variedades adequadas

Produção alta = consumo baixo

Fome, desnutrição, obesidade

Segurança Alimentar como política

DIREITOS

DIREITOSDeclaração Universal dos Direitos Humanos – 1948:

Artigo III: “Toda pessoa tem direito à vida, àliberdade e à segurança pessoal”

Artigo XXV, Parágrafo 1: “toda pessoa tem direito aum padrão de vida capaz de assegurar a si e asua família saúde e bem estar, inclusivealimentação, vestuário, habitação, cuidados médicosalimentação, vestuário, habitação, cuidados médicose os serviços sociais indispensáveis, e direito àsegurança em caso de desemprego, doença,invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perdados meios de subsistência fora de seu controle”

DIREITOS

Constituição Brasileira – 1988

Capítulo II – Dos Direitos Sociais

Artigo 6º: “São direitos sociais aeducação, a saúde, o trabalho, a moradia,o lazer, a segurança, a previdência social, ao lazer, a segurança, a previdência social, aproteção à maternidade e à infância, aassistência aos desamparados, na formadesta Constituição”

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

“o alimento não é apenas umamercadoria que se compra e se vende.mercadoria que se compra e se vende.Não é apenas os nutrientes queconsumimos. O alimento preenche muitasnecessidades humanas – culturais,psicológicas e sociais, entre outras. Ele éo bem social. A falta de alimento é ao bem social. A falta de alimento é aexclusão definitiva. Pessoas que não têmalimento estão excluídas do que o restoda sociedade faz habitualmente: comer”

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

FAO – mais de 800 milhões de pessoas têm fome FAO – mais de 800 milhões de pessoas têm fomeno mundo

Brasil – 44 milhões

Dia Mundial da Alimentação – 16 de outubro

1960 – início da campanha contra a fome pela 1960 – início da campanha contra a fome pelaFAO

Revolução Verde / Modernização da Agricultura

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

1963 – Codex Alimentarius

1974 – Conferência Mundial sobreAlimentação

1994 – Programa Especial para aSegurança Alimentar – FAOSegurança Alimentar – FAO

1996 – Conferência Mundial sobreAlimentação – Carta de Roma

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

Carta de Roma:

“a pobreza é a maior causa deinsegurança alimentar. Umdesenvolvimento sustentável, capazde erradicá-la, é crucial parade erradicá-la, é crucial paramelhorar o acesso aos alimentos”

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

Brasil:

2003 – Programa Fome ZeroPrograma Bolsa Família

Problemas: fome, desnutrição, obesidade

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA

CONCEITOS Segurança Alimentar e Nutricional: é o

direito de todos terem acesso regular edireito de todos terem acesso regular epermanente a alimentos de qualidade,em quantidade suficiente, semcomprometer o acesso a outrasnecessidades essenciais, tendo como basepráticas alimentares promotoras de saúde,que respeitem a diversidade cultural e queque respeitem a diversidade cultural e quesejam social, econômica eambientalmente sustentáveis

CONCEITOS

Segurança dos Alimentos: é acondição de todos os alimentoscondição de todos os alimentosutilizados serem úteis e inofensivos àsaúde humana

CONCEITOS Taxas de desperdício de alimentos em diversas

etapasetapas

Fonte: Revista Veja, maio de 2003

CONCEITOS

Soberania Alimentar:

É o direito dos povos definirem suaspróprias políticas e estratégiassustentáveis de produção,distribuição e consumo de alimentos.distribuição e consumo de alimentos.

MERCADOS

MERCADOS

Internacionalização da Produção e Consumo

afeta produção e consumo interno desarticula setores produtivos, como

a agricultura familiar influi na decisão sobre plantios e influi na decisão sobre plantios e

criações da agricultura empresarial estimula novos hábitos alimentares

ÉTICA e MORAL

ÉTICA e MORAL

Ethos: comportamento, valores,juízosjuízos

Morus: código de conduta

Agente consciente Agente consciente

Ter consciência de si e do outro

ÉTICA e MORAL

É preciso possuir uma consciênciaconsciência críticacríticasobre a ciência e um comportamentocomportamentosobre a ciência e um comportamentocomportamentoéticoético frente às possibilidades que seuconhecimento propicia

As incertezas quanto aos impactosimpactoseconômicos,econômicos, sociaissociais ee ambientaisambientais deeconômicos,econômicos, sociaissociais ee ambientaisambientais denovas tecnologias passam a exigir umaavaliação mais criteriosa

ÉTICA e MORALÉTICA e MORAL

SerSer éticoético é possuir um comportamento que,guiado pelo julgamento do que é bom,guiado pelo julgamento do que é bom,correto, justo e/ou adequado, possaconduzir nossas opções e condutas atravésdo fazer profissional

PosturaPostura éticaética é se perguntar,permanentemente, a quem serve os saberespermanentemente, a quem serve os saberesproduzidos e para quem produzir novossaberes; “poispois aa ciênciaciência detémdetém oo poderpoderdede convencerconvencer aa sociedadesociedade aa aceitaraceitardeterminadosdeterminados riscosriscos ambientaisambientais””

ÉTICA e MORALÉTICA e MORAL

“Só é sujeito ético moral aquele quesabe o que faz, conhece as causas eos fins de sua ação, o significado desuas intenções e de suas atitudes e aessência dos valores morais,essência dos valores morais,entendida a ética como um saberprático” (Chauí, 1995)

TECNOLOGIAS e ALIMENTOSTECNOLOGIAS e ALIMENTOS

TECNOLOGIAS e ALIMENTOSTECNOLOGIAS e ALIMENTOS

TecnologiasTecnologias: solução para osproblemas eleitos, assim, já fazemproblemas eleitos, assim, já fazemparte de uma seleção ordenada porjuízo de valores definidora do quedeve ser resolvido ou não

CiênciaCiência ee tecnologiastecnologias: precisam e CiênciaCiência ee tecnologiastecnologias: precisam epodem estar a serviço da pluralidadeque conforma a sociedade brasileira

PAPEL do TÉCNICOPAPEL do TÉCNICO

PAPEL do TÉCNICOPAPEL do TÉCNICO

A produção de uma tecnologiasocialmente apropriada e a criação desocialmente apropriada e a criação deum modelo de desenvolvimento queprivilegie a pluralidadepluralidade dadapopulaçãopopulação no econômico, no social,no cultural, torna-se a vianecessária e passível de garantir onecessária e passível de garantir oacesso de todos a uma vida maissaudável e melhor

PAPEL do TÉCNICOPAPEL do TÉCNICO Conhecimento científico e técnico precisa estar

comprometido com o desenvolvimentodesenvolvimentocomprometido com o desenvolvimentodesenvolvimentointegradointegrado dede todostodos os componentes dasociedade, meio possível para uma vidacoletiva mais interessante

É preciso criarmos um modelomodelo dede produçãoproduçãoagrícolaagrícola que seja socialmente justo eambientalmente sustentávelambientalmente sustentável

Isso pode ser realizado como tarefa dosprofissionais que produzem ou transmitemtecnologias ao campo. EstaEsta relaçãorelação éépolitizadapolitizada

PAPEL do TÉCNICOPAPEL do TÉCNICO

A Qualidade como objetivo:sensorial, inocuidade, comercial e nutricional

Níveis de inspeção Conhecimento:

Produção – Transmissão – AplicaçãoProdução – Transmissão – Aplicação O Consumidor

COMPROMISSOCOMPROMISSO

COMPROMISSOCOMPROMISSO

“Não devemos esquecer que nossa “Não devemos esquecer que nossaterra não é uma herança de nossosantepassados. Ela é algo quetomamos emprestado de nossosfilhos”[agricultora canadense – Nettie Wiebe, em[agricultora canadense – Nettie Wiebe, emum foro sobre comércio internacional eagricultura]

FINALIZANDO...

MUITO OBRIGADO!MUITO OBRIGADO!

Raul Ribeiro de CarvalhoFaculdade de VeterináriaUniversidade Federal FluminenseFone: 021 2629-9518

[email protected][email protected]@vm.uff.br