Semanário O ALGARVE Edit 204

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DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO. VENDA INTERDITA Informação de qualidade Director Mário Lino 2 de Novembro de 2012 Sai à sexta-feira Ano 104 Edição nº 204 | 2ª série FUNDADO EM 1908 1 € (IVA 6 % incluido) Atum volta a níveis históricos no Algarve > pág. 6 CORAZZA Austeridade não chega para sair da crise > pág. 4 ORÇAMENTO UE Ricos e pobres combatem pelo dinheiro > pág. 4 PESCAS Portugal tem o melhor peixe do Mundo > pág. 7 FAÇA VOCÊ MESMO Como se constrói a União Europeia > pág. 3 ECONOMIA Empresa algarvia de pesca procura nanciamento na UE > pág. 7 UE. Pode o Algarve viver sem ela? > dossier especial Bruxelas págs. > 2 a 8 www.farmaciasportuguesas.pt NOVOS PACKS de serviços BEMLHEQUER Quando se trata da sua saúde, os nossos serviços têm outra embalagem.

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Semanário regional de referência. Edição especial Bruxelas

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DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO. VENDA INTERDITA

Director

Mário Lino

2 de Novembro de 2012

Sai à sexta-feira

Ano 104

Edição nº 204 | 2ª série

FUNDADO EM 1908

1 €(IVA 6 % incluido)

Atum volta a níveis históricos no Algarve > pág. 6

CORAZZAAusteridade não chega para sair da crise

> pág. 4

ORÇAMENTO UERicos e pobres combatem pelo dinheiro

> pág. 4

PESCASPortugal tem o melhor peixe do Mundo

> pág. 7

FAÇA VOCÊ MESMOComo se constrói a União Europeia

> pág. 3

ECONOMIAEmpresa algarvia de pesca procura fi nanciamento na UE

> pág. 7

UE. Pode o Algarve

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Representação Legislativa

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Conselho

Europeu

Conselho

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Europeia

Comissão

Europeia

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de Justiça

da UE

Tribunal

de Justiça

da UE

Tribunal

de Contas

Tribunal

de Contas

Conselho

da União Europeia

Parlamento

Europeu

Parlamento

Europeu

União Europeia

Constituição da UE

Representação Orgânica

Identidade Visual

A construção da União Europeia: 10 passos

1951A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço é criada por seis membros fundadores

1957Os mesmos seis países assinam os Tratados de Roma, onde se institui a CEE Comunidade Económica Europeia e a Comunidade Europeia de Energia Atómica

1973A Comunidade passa a ter nove Estados-membros

1979Primeiras eleições directas para o Parlamento Europeu

1981Primeiro alargamento mediterrânico

1992Criação do mercado interno europeu

1993O Tratado de Maastricht institui a União Europeia

2002O euro entra em circulação

2007A União Europeia é alargada a 27 Estados-membros

2009Entra em vigor o Tratado de Lisboa e com isso muda a forma de funcionamento da União Europeia

Textos:

> Mário Lino

> Rodrigo Burnay

> Pedro Guerreiro

Infografi a:

> Mário Coelho

O próximo quadro de pro-gramação da União Europeia, à partida, terá uma matriz di-ferente do actual, em vigor até ao fi nal de 2013. Defi niram-se objectivos ou prioridades no sentido de construir na União até 2020 uma economia inte-ligente, sustentável e inclusiva, com linhas-mestras em ma-téria de emprego, inovação, educação, inclusão social e energia.

O Algarve, através da CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e os vários parceiros institucio-nais, aposta para já em dois desses pilares: a inovação e o emprego.

A administração deverá, por isso, dar um sinal aos em-presários no sentido de, além de procurarem trabalhar em conjunto, incorporarem ino-vação nos seus projectos de investimento.

Mas os investimentos, para serem inovadores, não têm obrigatoriamente de ser pesados, afi rma a O ALGAR-VE Catarina Cruz, directora da Direcção de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDR.

“A inovação também se faz através de pequenas melho-rias num determinado servi-ço – não tem necessariamente de haver um processo criativo muito pesado”, sustenta.

A responsável falava à margem de uma visita à Co-missão Europeia, em Bruxelas, promovida pela CCDR, onde também defendeu a necessi-dade de haver mais trabalho conjunto entre os vários agen-tes da região.

“Inovação” -considera - “é haver uma maior sinergia entre a universidade e as em-presas, mas não só: a região pode ter ganhos competitivos assentes na inovação se todas as entidades regionais estive-rem mais interligadas”.

Segundo Catarina Cruz, “a CCDR, as autarquias, as direc-ções regionais e as associações

empresariais têm de trabalhar mais em sinergia em vez de cada um trabalhar a sua ca-pelinha – o importante é o Algarve, o importante é ser-mos uma região mais compe-titiva, inovadora e com mais emprego”.

Menos fundosEmbora ainda haja muita

incerteza em relação ao próxi-mo quadro de programação da União Europeia, uma coisa parece ser cada vez mais cer-ta: relativamente ao quadro anterior, o Algarve deverá re-ceber menos fundos no perío-do entre 2014 e 2020. O actual Programa Operacional para o Algarve tem uma dotação de 278 milhões de euros. No pró-ximo quadro de programação a redução pode chegar aos 40 por cento, isto é, menos 111,2 milhões de euros.

“Não temos de ficar as-sustados, porque pode haver

transferência de fundos das re-giões mais desenvolvidas para as regiões de transição, como o Algarve”, ressalva Catarina Cruz. Além disso, acrescenta, “o Algarve também tem de aprender a desenvolver-se sem os fundos comunitários”.

Segundo a responsável, o importante para o Algarve é corrigir os problemas actu-ais. Deve deixar de ter uma monocultura económica baseada no turismo, tem de combater a sazonalidade e o desemprego e também não pode continuar a ter apenas serviços.

“Já tivemos muitos fundos comunitários, criamos muitas infra-estruturas de qualida-de, agora é altura de a região ser mais competitiva só por si, com as suas empresas e os seus cidadãos: temos de ver a eventualidade de vir a perder fundos comunitários, não como uma desgraça mas

como um desafi o”, sustenta.Outra questão em cima da

mesa é a da própria gestão dos fundos no próximo quadro de programação. A hipótese é a de deixarem de ser geridos regionalmente e passarem a sê-lo a nível central, em Lis-boa.

“Fala-se na possibilidade de não ser obrigatório serem as regiões a gerir os fundos, mas também nada está deci-dido”, desvaloriza Catarina Cruz.

Além disso, adianta, mes-mo não sendo a CCDR a gerir os fundos, poderiam passar a ser as associações de mu-nicípios a fazê-lo: os fundos não têm necessariamente de passar a ser centralizados em Lisboa, podem sê-lo regional-mente, mas através de outras entidades”, conclui.

> RB

Algarve tem de desenvolver-se sem fundos comunitários

Catarina Cruz, directora da Direcção de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDR

foto: Mário Coelho

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Unido

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República

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União Europeia

As Cores

da União Europeia

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Processo Legislativo

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Europeia

Serviços

Nacionais

Solução

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Serviços

Nacionais

Estudo

Directiva

Transposição

para a

Legislatição

Nacional

Parlamento

Europeu

Identificação

do Problema

Conselho

Europeu

Comissão

Europeia

Tribunal

de Justiça

da UE

Tribunal

de Contas

Parlamento

Europeu

Identidade Visual dos Orgãos

Conselho

Europeu

Comissão

Europeia

Tribunal

de Justiça

da UE

Tribunal

de Contas

Conselho

da União Europeia

Parlamento

Europeu

Representação OrgânicaUnião Europeia

Constituição da UE

O Conselho Europeu é a principal instituição

política da União Europeia. É composto pelos chefes

de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros

e pelo presidente da Comissão Europeia. É o centro

impulsionador das principais iniciativas políticas da

União Europeia e é a quem compete estabelecer os

objectivos e as formas de os alcançar.

O Conselho Europeu tem um presidente perma-

nente, eleito por um mandato de dois anos e meio

e pode ser reeleito uma vez. O antigo primeiro-

ministro belga, Van Rompuy, ocupa este lugar desde

Dezembro de 2009

O Conselho da União Europeia é composto por

ministros dos governos nacionais. Os Estados-

membros exercem rotativamente a presidência

do Conselho da União Europeia. A sua principal

função é aprovar legislação da União Europeia,

responsabilidade partilhada com o Parlamento Eu-

ropeu. Neste fórum são também formalizados os

acordos internacionais negociados pela Comissão

Europeia.

O Parlamento Europeu, à semelhança dos

parlamentos nacionais, é o órgão fi scalizador da

União Europeia em geral e

da Comissão Europeia em

particular. Com 736 eurode-

putados, eleitos por sufrágio

universal directo, este órgão repre-

senta os cidadãos da União Europeia.

Em Junho de 2009, o antigo primeiro-

ministro polaco, Jerzy Buzek, foi eleito

presidente do Parlamento Europeu por um

período de dois anos e meio.

A Comissão Europeia é o órgão executivo

da União Europeia, compete-lhe, portanto, pôr

em prática as decisões tomadas pelo Conselho

Europeu. Por outro lado, só a este órgão compete

apresentar propostas de legislação. Os seus mem-

bros são nomeados por períodos de cinco anos,

após a aprovação do Parlamento Europeu. Há um

comissário por cada Estado-membro, incluindo o

presidente. Em Fevereiro de 2010, o Parlamento

Europeu aprovou a nova Comissão Europeia e o

ex-primeiro ministro de Portugal, Durão Barroso,

foi reconduzido para mais um mandato como pre-

sidente daquele organismo.

O processo legislativo e de Governo da UE

Conheça as faces da União Europeia,

recorte e faça voçê mesmo

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A negociação do próximo orçamento da União Europeia está neste momento bloque-ada: a Comissão Europeia já fez uma proposta, mas o Par-lamento Europeu quer mais dinheiro. A Alemanha, por seu turno, apresentou uma «proposta de compromisso» para a programação finan-ceira da União para período entre 2014 e 2020, mas o Rei-no Unido nem isso aceita e exige uma redução efectiva do orçamento comunitário, o principal mecanismo de re-distribuição de dinheiro no seio da União Europeia.

As negociações destes qua-dros plurianuais, conhecidos como perspectivas fi nancei-ras, sempre estiveram envoltas em polémicas. As diferenças agravaram-se agora com a crise económica e fi nanceira vivida na União Europeia, especialmente na Zona Euro – da qual o Reino Unido não faz parte.

A Comissão Europeia pro-pôs um valor de mais de um bilião de euros para o perío-do entre 2014 e 2020, ou seja, 1,1 por cento do PIB – Produto Interno Bruto da União Euro-peia.

Já a «proposta de compro-misso» da Alemanha limitaria o crescimento das despesas orçamentais da União Euro-

peia a um por cento do PIB da União.

Por seu turno, o primeiro-ministro britânico tem-se mostrado intransigente e ameaça vetar qualquer acor-do que envolva um aumento dos gastos da União.

A «proposta de compro-misso» apresentada pela Ale-manha tem o apoio de, pelo menos, outros seis Estados-membros: Holanda, Suécia, Dinamarca, Áustria, Finlân-dia e República Checa.

Já os países mais pobres, be-nefi ciários dos fundos estrutu-rais, estão contra uma redução do orçamento. A própria chan-celer alemã, Angela Merkel, gostaria de ver a questão do orçamento europeu resolvida na cimeira prevista para 22 e 23 de Novembro, a fi m de abrir caminho às próximas negocia-ções sobre a crise da Zona Euro, a realizar no mês seguinte.

Se não houver entendi-mento, não há orçamento. A União Europeia passará a funcionar em regime de duo-décimos.

Ainda no âmbito das pers-pectivas fi nanceiras para o pe-ríodo 2014-2020 vai passar a existir um alto-representante contra a gestão danosa de fun-dos comunitários, disse ao O ALGARVE fonte da Comissão Europeia. >RB

É a discussão do mo-mento. Entre economistas, políticos ou à mesa de café, a pergunta é a mesma: a aus-teridade pode, afi nal, solucio-nar a recessão e fomentar o crescimento? Carlo Corazza, porta-voz de Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela Indústria e Empreendedoris-mo, diz claramente que não. “Austeridade não é sufi ciente para estimular e criar cresci-mento. É preciso mais que isso”, afi rmou o responsável, num encontro em Bruxelas com o O ALGARVE. Segun-do Corazza, “não se pode ser competitivo apenas aumen-tando impostos – também é preciso investir”.

Com o crescente declínio de competitividade da indús-tria na Europa, diz o porta-voz italiano, há que investir, até porque disso dependem os empregos. “Perdemos uma parte importante da nossa indústria, e sem in-dústria não há serviços, mas se se cria indústria, criam-se automaticamente empregos nos serviços”, assegura.

Mas numa altura em que se perderam quase três milhões de empregos na In-dústria europeia e esta baixou quase dez por cento, os ob-jectivos da Estratégia Europa

2020, assinada pelos Estados Europeus em 2010, passam por conseguir que a Indús-tria, que hoje representa 15,6

por cento do Produto Interno Bruto (PIB) europeu, chegue aos 20 por cento em 2020.

As acções prioritárias da nova política industrial para inverter este declínio da Indústria passam pelo investimento na inovação, melhoria do mercado inter-no e abertura de mercados internacionais, acesso ao fi -nanciamento e mercados de capitais. Uma coisa é certa, diz Corazza: “Ser proteccio-nista é, hoje, estúpido”. Já as indústrias-prioridade para a União Europeia são, entre outras, energia, redes e cons-trução inteligente.

Solução para o Turismo no Algarve?

Sobre o Algarve, região que “vive do Turismo” quase como mono-indústria – e que está, por sua vez, também ela em crise -, Carlo Corazza diz que a solução poderá estar em diversifi car o tipo de ofer-

ta e tentar buscar turistas em outras paragens. “Tal como noutras regiões da Europa, os hóteis no Algarve têm um perfi l muito ligado ao golfe e ao mar. As estratégias para contornar «a crise» poderão passar por aproveitar a low season turística e procurar atrair turistas de outros pontos do Mundo”, afi rmou Corazza ao semanário O ALGARVE, numa sessão de visita à Comissão Europeia promovida pelo Centro Euro-pe Direct Algarve. Segundo o porta-voz, a chave para atrair turistas de outros mercados, como Brasil ou Argentina, pode ser simplesmente libe-ralizar a política de conces-são de vistos turísticos. Para isso acontecer, Carlo Corazza defende que podem procurar-se estratégias de renegociação dos pacotes turísticos, através de uma política voluntária de descontos acordada com os operadores. > PFG

“Austeridade não é sufi ciente para sair da crise”

Orçamento da UE entre duas visões para o futuro

“Tal como noutras regiões da Europa, os hóteis no Algarve têm um perfi l muito ligado ao golfe e ao mar. As estratégias para contornar «a crise» poderão passar por aproveitar a low season turística e procurar atrair turistas de outros pontos do Mundo”

Carlo CorazzaComissão Europeia

Porta-voz do Comissário Europeu do Turismo, Carlo Corazza, diz que a austeri-dade não resolverá todos os problemas na UE

foto: Mário Coelho

foto: Mário Coelho

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UE apoia pescas até 2017

Os Estados da União Eu-ropeia vão continuar a poder subvencionar o sector das pes-cas até pelo menos 2017 atra-vés de um novo instrumento chamado Fundo Europeu Marítimo e Pesqueiro, na se-quência do acordo alcançado pelos 27 estados-membro. O acordo foi conseguido por maioria dos Estados depois de uma reunião entre os mi-nistros das Pescas em Bruxe-las e determina que as ajudas ao abate de navios de pesca e outras medidas de apoio ao setor - como subvenções para paragens temporárias na pesca de espécies defi nidas e para modernização das frotas - continuem a existir durante pelo menos mais 5 anos no âmbito do futuro Fundo Eu-ropeu Marítimo e Pesqueiro (FEMP), que Bruxelas propõe dotar com 6,5 mil milhões de euros para o período de 2014 a 2020. O acordo não foi fá-cil, já que opunha ministros que defendiam a manutenção das ajudas - como Portugal, Espanha e França - e os que as condenavam, como o Reino Unido, a Holanda, a Suécia e a Alemanha. A continuação das ajudas estatais também não é vista com bons olhos pela Co-missária Europeia das Pescas, Maria Damanaki, que afir-mou durante as negociações considerar que este tipo de subvenções são medidas «do passado» e apelou a que o or-çamento seja reorientado para acções inovadoras. No fi nal do acordo, o Chipre - país que ocupa a presidência rotativa da UE - explicou que o pacto votado pela «grande maioria» dos Estados-membros limita as ajudas ao abate de navios de pesca até 2017 e torna-as incompatíveis com outros apoios de cessação temporá-ria da atividade. Ao mesmo tempo, o acordo fi xa um tecto de 15% para as dotações que cada país pode canalizar do Fundo Europeu para ajudas à pesca.

As capturas de atum-rabi-lho em águas algarvias estão a crescer e todos os estudos científi cos apontam para um aumento dos stocks.

Segundo dados apurados pelo semanário O ALGARVE, o nível de atum na região terá atingido este ano um volume-recorde, equiparando núme-ros dos anos 60, o período áu-reo deste tipo de pescaria. Esta poderá ser uma boa notícia para o Algarve, tendo em con-ta que o atum-rabilho é hoje uma espécie de elevado valor económico e que conta sobre-tudo para as exportações, em especial para o Japão, onde é bastante valorizado. Segun-do Miguel Neves dos Santos, investigador do Instituto Por-tuguês do Mar e da Atmosfera, em Olhão, os dados recentes poderão vir a permitir aos téc-nicos sugerirem um aumento das quotas de pesca junto dos representantes políticos, que por sua vez terão de fazer pres-são em Bruxelas, no Conselho de Ministros da Comissão Eu-ropeia.

“A partir do momento em que o período de pesca no mediterrâneo foi muito re-duzido, nas artes de cerco e

palangre, começámos a assis-tir a um aumento do potencial de capturas nesta armação (da Tunipex)”, explica o investiga-dor.

A armação da empresa Tunipex já não é a única no Algarve, mas continua a ser aquela que obtém um maior valor acrescentado a partir da matéria-prima. “Ela hoje tem capacidade de capturar mui-to para além da cota que está atribuída a Portugal. Sempre associámos isso a um efeito directo das medidas de regu-lamentação. Mas não se pode avaliar só por aí o estado do manancial”. Segundo Neves dos Santos, especialista por-tuguês na conservação desta espécie, a Comissão Interna-cional para a Conservação do Atum Atlântico (ICAT) efectuou este ano um estudo para avaliar o stock de atum rabilho – e todos os indicado-res demonstram que o stock estará a recuperar nos últimos anos.

Ainda é cedo para festejar

Se por um lado é certo que as capturas tendem a aumen-tar, por outro o Comité Cien-

tífi co da ICAT recomenda que haja estabilidade nestas captu-ras, isto é, que se mantenha o esforço actual de pesca no que ao atum diz respeito. O IPMA explica porquê: “Isso serve para que não se veja já uma oportunidade de aumentar de imediato as capturas permiti-das, para que se avalie se estes sinais são de facto verdadeiros ou se decorrem por exemplo de um maior recrutamento da espécie”, afi rma Miguel Neves dos Santos. “Tudo indica que não, que o stock está de facto a recuperar e que em anos vin-douros se possa aumentar as capturas. Mas a decisão é dos gestores, não é dos cientistas”, admite.

O atum-rabilho é captura-do normalmente entre Maio e Julho ouAgosto e a explora-ção deste recurso tem vindo a ganhar terreno, no Algarve sobretudo com a reintrodu-ção de armações ao longo da costa, que permitem não só apanhar como engordar o atum, permitindo uma valori-zação diferente do peixe que é apanhado em mar aberto por navios de pesca. O atum geri-do pela Tunipex, empresa de capitais japoneses, é morto e

enviado de avião para o Japão, onde chega a ser vendido em leilão a mais de €100 o quilo, para sushi, um estilo de culi-nária gourmet que utiliza pei-xe crú e hoje muito em voga em todo o mundo. No caso do Algarve, a captura do atum chegou a empregar centenas de pessoas, no antigo Arraial Ferreira Neto, em Tavira, hoje convertido em hotel. Mas nos anos 70, a pescaria entrou em declínio e acabaria por ser abandonada. Só em 1995 entrou de novo em actividade, mas desta feita com tecnolo-gia e know-how avançados, importados do Japão. Já este ano, em 2012, abriram duas novas armações, na Praia do Barril (Tavira) e no Cabo de Santa Maria (Faro), ambas propriedade da Companhia Portuguesa de Pescas (CPA), ainda que apenas a de Tavira esteja para já activa.

Valorizar os produtosSe os números em si mes-

mos são positivos, há um factor que impede que a eco-nomia cresça de forma mais acentuada, devido ao sistema de quotas. Em Portugal, a quo-ta para o atum-rabilho cifrou-

se em 2012 nas 226,84 tonela-das, sendo que só a armação da Tunipex será responsável sozinha por cerca de 180 to-neladas. Este ano, segundo os técnicos do IPMA, e devido ao sistema de quotas - que é ne-gociado em Bruxelas entre os ministros das Pescas dos 27 Estados-Membros - a empresa japonesa sedeada em Portugal apenas terá aproveitado cerca de um quarto do potencial de atum na costa algarvia. É por isso que, mais do que tentar continuar a lutar pelo aumen-to das quotas, é preciso saber cada vez mais valorizar os produtos da pesca: “Redefi nir a cadeia de valor é algo hoje transversal à pesca. Não se pense que o panorama geral seja o de aumentar as captu-ras ou a produção, porque é muito difícil, poderá aconte-cer num ou noutro recurso”, garante Miguel Neves dos Santos. “Os nossos pescadores terão de tentar valorizar cada vez mais os produtos da pesca, inovando nos mercados, no tipo de produto, na apresen-tação, acrescentar valor aos produtos da pesca para daí poderem retirar mais rendi-mento”, conclui. >ML

Captura do atum poderá aumentar no AlgarveO Atum-Rabilho, uma espécie de elevado valor económico, é exportado para o Japão. Stocks estão a crescer, admitem os cientistas.

foto: D.R.

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Mais espaço para o bacalhau

A Comissão Europeia quer aumentar os totais ad-missíveis de capturas (TAC) e níveis de esforço de pesca para 13 espécies geridas ex-clusivamente pela UE, entre as quais o lagostim a oeste da Escócia, a solha no canal da Mancha oriental, o bacalhau e o linguado no mar Céltico e o linguado no canal da Mancha ocidental que se encontram com stocks sus-tentáveis. Em contrapartida, há 47 outras espécies para as quais a CE dá sinal vermelho e recomendações de redução. Isto porque, segundo a UE, de acordo com a reforma em curso da política comum da pesca (PCP), se pretende que a pesca de todas as unidades populacionais seja feita a ní-veis sustentáveis, até 2015.

«Temos de pensar a lon-go prazo. Sem unidades po-pulacionais sustentáveis e saudáveis, os pescadores da Europa enfrentam um futu-ro sombrio. Graças à gestão a longo prazo, várias unidades populacionais do Atlântico são já pescadas a níveis sus-tentáveis”, afirma a grega Maria Damanaki, Comissá-ria responsável pelo pelouro dos Assuntos Marítimos e da Pesca. Segundo Damanaki, ao nível da UE 47% das uni-dades são ainda objeto de so-brepesca, casos do linguado no mar da Irlanda e golfo da Biscaia, arinca no mar Cél-tico ou ainda o bacalhau e badejo do oeste da Escócia. Os limites de captura propos-tos baseiam-se nos pareceres científi cos do Conselho In-ternacional de Exploração do Mar e do Comité Científi co, Técnico e Económico das Pes-cas (CCTEP). Ao todo, existem 83 unidades populacionais cujos TAC são estabelecidos unicamente pela UE.

> ML

Em Bruxelas, na Comis-são Europeia, as pescas não são apenas uma gota no Oce-ano, no que à Economia diz respeito. O sector pesqueiro é fonte de várias desavenças não só entre a União Euro-peia e países terceiros, como até entre Estados-membro da União. E a explicação, garante Fernando Cardoso, jurista e representante português na Direcção-Geral das Pescas na Comissão Europeia, em Bru-xelas, é fácil de perceber. O peixe vale muito dinheiro e a UE é defi citária na sua ‘pro-dução’. “Existe um consenso a nível nacional e internacional sobre isto. As pescas são hoje globalmente um dos três sec-tores mais importantes: há o petróleo, há o gás natural e a seguir vem o peixe”, explica Fernando Cardoso. No mun-do, existem actualmente 55 milhões de pescadores, 95% dos quais trabalham na Ásia. Os maiores produtores mun-

diais de pescado são a China,o Peru, a Indonésia, os Estados Unidos da América e a Índia, e não existe sequer nenhum país da UE entre os maiores 20 produtores do Mundo. Ainda

assim, nesta matéria, Cardo-so garante que Portugal não é um país pequeno. “Em ter-mos de pescas, Portugal nem sequer é um país periférico. Eu diria que é um país central em

termos de recursos, até pela sua posição geográfi ca, que nos coloca entre a Europa e o Atlântico”, refere. O país tem aliás o maior consumo euro-peu per capita de peixe (80kg)

e o segundo a nível mundial, algo que não será difícil de ex-plicar: “Portugal tem o melhor peixe do mundo!”, exclama, confiante, o responsável da DGP em Bruxelas. > ML

Chama-se Pescarade e é, em facturação, uma das maiores representantes do Algarve no sector das pescas. A empresa Pescarade, natural de Ferragudo, tem uma factu-ração média de três milhões de euros por ano, extraídos do mar com dois navios, o Alma Lusa e o Príncipe das Marés, que operam longe, bem longe das águas algarvias. Em Bru-xelas, André Teixeira - fi lho do ex-presidente da Associação de Armadores do Barlavento Algarvio, António Teixeira - procura sobretudo indica-dores para orientar estrategi-camente a actividade: “É im-portante saber o que se passa aqui, para que nós possamos decidir o que fazer e como fa-zer no futuro”, explica o jovem empresário, de 26 anos.

Actualmente, a actividade da empresa assenta sobretudo na pesca do espadarte, tanto no Oceano Índico como no Atlântico. O “Alma Lusa”, com 260 toneladas, tem 45 metros

de comprimento e é um dos maiores navios pesqueiros da frota do palangre ao nível da Europa, mas devido às restri-ções e quotas de captura no Atlântico, acaba por operar sobretudo em Madagáscar e na África do Sul, onde descar-rega o pescado, que é depois

exportado em contentores para Espanha. Já o “Príncipe das Marés, de 27 metros, ope-ra a maior parte do tempo em águas de Cabo Verde, e o peixe capturado - que para além de espadarte, inclui também tu-barão e atum - segue o mesmo caminho.

Problema com os espanhóis

Ainda que tenha um vo-lume de facturação aparente-mente interessante, a empresa algarvia depara-se cada vez mais com problemas decor-rentes dos custos de explora-ção: o custo do combustível

é cada vez mais elevado, tal como a manutenção dos na-vios, e o mercado de venda é controlado por uma mão-cheia de intermediários, que acabam por ditar as regras e conseguir manipular os pre-ços. Resultado: a margem de lucro é cada vez menor. É por isso que em Bruxelas, a con-vite do grupo Europe Direct, da CCDR-Algarve, André foi pesquisar oportunidades de fi nanciamento para uma ideia que lhe assola o pensamen-to: a criação de uma fábrica de processamento de peixe, que poderá vir a fi car sedeada no Algarve ou nos Açores, de forma a conseguir exportar o espadarte já processado. A diferença é só uma: em vez de receber 5 euros por cada quilo de espadarte em bruto, a Pescarade poderia vender o seu peixe pelo triplo do valor, em lombos, fi letes, postas ou até refeições individuais.

> ML

UE: “Portugal tem o melhor peixe do mundo”

Empresa algarvia procura novas oportunidades no mar

Fernando Cardoso, da Direcção Geral das Pescas na UE: “Portugal tem o melhor peixe do mundo!”

André Teixeira, da Pescarade, está atento a novas oportunidades na UE

foto: Mário Coelho

foto: Mário Lino

Page 8: Semanário O ALGARVE Edit 204

8 // o algarve 02|11|12

Avox pop // abertura

“Donnez-moi un café. Ex-presso, s’il vous plait!”. « Ai quer uma bica ? Sim senhor. É curta ou normal??” – ques-tiona o empregado. A resposta em português, no bar do edi-fício da Comissão Europeia (CE), em pleno coração de Bruxelas, deixa os jornalistas algarvios estupefactos, mas agradavelmente surpresos. É que do outro lado do balcão, Nélson Campos, empregado de restauração, trabalha há duas décadas na Bélgica, mas ainda sente as ‘costelas portu-guesas’. Num país que viveu quase dois anos sem Governo - só há pouco tempo o novo Executivo tomou posse, após a demissão do anterior - Nél-son não sentiu praticamente diferença: “Os impostos e as facturas chegaram sempre à caixa do correio”, graceja, admitindo que em Bruxelas, cidade com 1,8 milhões de habitantes, a crise não se faz

sentir como em Portugal. “A crise aqui é mais abafada, há mais oportunidades porque todas as grandes sociedades e companhias querem estar cá”,

admite. Obviamente, não é o único português em Bruxe-las, a começar por José Manuel Durão Barroso, presidente da CE que - diz Nélson - tem pou-

co tempo para cafés no bar, mas ocasionalmente desce ao piso 1 e pede uma bica. E se é certo que Nélson e José sa-bem bem onde fi ca o Algar-

ve, o mesmo já não se poderá dizer dos belgas, para quem a Europa é... Bruxelas. Que o digam Julie e Michael, estu-dantes de Produção de Rádio

na capital belga, abordados num pequeno inquérito de rua: “O Algarve? Não, nunca ouvi falar. Isso é o quê?”, per-guntam. Ao falar em Portugal, sabem referenciar Lisboa, ou Cristiano Ronaldo, o futebo-lista do Real Madrid. Mas não conhecem a principal região turística portuguesa. Entra-mos numa loja de bombons. Arsen, 38 anos, funcionário, já ouviu falar: “O Algarve? Sim, nunca lá fui mas sei onde é, te-nho amigos em Portugal”. 1-1, empate, mas cedo o resultado se desiquilibra, neste inquéri-to improvisado em Bruxelas. Nos outros inquiridos - mais nove - pelas ruas da capital belga, ninguém mostrou ter conhecimento de um dos des-tinos turísticos alegadamente mais relevantes na Europa.

Num universo aleatório de dez entrevistados, apenas um admitiu já ter ouvido falar da região do Algarve.

E em Bruxelas, alguém viu por lá o Algarve?

Dois estudantes de Rádio, em Bruxelas, nunca tinham ouvido falar do Algarve. “Ça c’est où?” (Isso onde é?)

foto: Mário Coelho

Page 9: Semanário O ALGARVE Edit 204

// 902|11|12 o algarve

// barómetro

B barómetro diz que disseestrelas da companhia barómetro

estrelas da companhia

Todos os agentes terão de ser chamados a discutir a reforma dos serviços do Estado, porque há escolhas a fazer, e o debate terá que ser sério”

> Hélder RosalinoSecretário de Estado

da Administração Pública

Temos de trabalhar mais em sinergia (...) O importante é o Algarve. Temos de ser uma região mais competitiva, inovadora e com mais emprego”

> Catarina Cruzdirectora da Direcção

de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDR

Austeridade não é sufi ciente para estimular e criar crescimento. É preciso mais que isso”

> Carlo CorazzaPorta-voz

do Comissário Europeu

do Turismo

foto-aplauso

Depois do afundamento da Corveta Oliveira e Carmo e do Navio-Patrulha Zambe-ze, outros dois navios vão ser afundados em Portimão em 2013. A ideia é atrair turismo subaquático à costa algarvia.

> última #

Depois dos melhoramentos introduzidos em Abril, o Ser-viço de Oncologia tem agora mais três televisores ofere-cidos por esta associação de serviço social.

> pág.22

A autarquia vai recuperar ha-bitações degradadas de idosos do concelho, num investimen-to superior a 30 mil euros.

> pág. 11

Luís Sá CoutoProprietário da empresa

Subnauta

Lions Clube de Faro

José EstevensPresidente da Câmara

de Castro Marim

“O Governo está na disposição

de adoptar medidas contingentes até 0,5 por

cento do produto, se isso for necessário”

Passos CoelhoCM

“A sobretaxa de solidariedade

sobre as reformas é absolutamente

inconstitucional”Bagão Félix

ifoto-denúncia

Em Bruxelas, após intenso jornalismo de investigação sobre cerveja, houve alguém que descobriu esta marca, entre 250. «Faro, Lambic», a provar que a capital do Algarve chega a todo o lado.

A Associação A Rocha realizou, mais uma vez, um passeio na Ria de Alvor para observação de aves. Excepcional iniciativa, lamentável é o estado miserável em que o local se encontra.

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10 // o algarve 02|11|12

Cconcelhos

// concelhos

FARO O movimento autár-quico independente «Cida-dãos com Faro no Coração» acusa a autarquia de provocar a “falência e agonia de mui-tas empresas” e, simultanea-mente, de fazer “propaganda político-partidária ilegítima” à custa desses mesmos empre-sários, apresentando-se como “pai e fi nanciador” dos inves-timentos. A associação referia-se à última visita promovida pela autarquia a vários projec-tos de investimento em curso no concelho.

De acordo com a Câmara de Faro, as obras e projectos integrados na visita do pas-sado dia 20 de Outubro re-presentam um investimento na ordem dos 10 milhões de euros e a criação de 80 postos de trabalho permanentes.

A comitiva integrava os membros do executivo, da Assembleia Municipal e jun-tas de freguesia, directores de departamento, chefes de divi-são da autarquia e presidentes das empresas municipais.

Visitaram a depuradora Maria Libânia, na zona in-dustrial de Faro, o futuro Iate Club, localizado na Quinta do Progresso, junto às docas,

a zona do Plano de Porme-nor do Sítio da Má Vontade e Pontes de Marchil, dois in-vestimentos privados na área do turismo rural em Esto e o local onde será instalado uma central fotovoltaica, na mes-ma freguesia.

Para o movimento liderado pelo ex-presidente da Câmara de Faro e recandidato ao cargo, José Vitorino, a autorização da ampliação do Forum Algarve, especialmente nesta altura de “profunda crise, além de “ir-

responsável”, “representará mais uma machadada fatal na actividade empresarial de quase toda a cidade”.

Vitorino critica também a decisão tomada pelo actual executivo municipal de autori-zar mais um centro comercial no Plano de Urbanização do Vale da Amoreira e a abertura da Decathlon. Estas decisões, afi rma, vão atrair a população para a periferia, ”sugando-a da baixa e outras zonas”.

O facto de as obras da

variante a Faro só serem re-tomadas em Março do próxi-mo ano é, considera o líder do movimento cívico, uma “ma-nobra eleitoral inqualifi cável e condenável”. Segundo José Vitorino, “a única justifi cação é a Câmara estar a fazer uma programação para a obra ser atrasada e inaugurada na vés-pera das eleições autárquicas de 2013”. Entretanto, acrescen-ta, “a Estrada da Penha con-tinua cortada. São crimes!”, conclui.

FARO A Fundação Francisco Manuel dos Santos organiza no próximo dia 7 de Novem-bro uma conferência sobre «As Novas Escolas», um evento inserido no ciclo de «Confe-rências da Educação».

Segundo a organização, «Novas Escolas» são “formas diferentes de organização da escola ou do sistema de ensi-no, na possibilidade de esco-lha da escola pelas famílias, na organização e autonomia da escola, no fi nanciamento”, entre outros aspectos, um modelo emergente em vários países do Mundo, enquanto em Portugal, acrescenta a Fundação, “persiste um mo-

delo centralizado de gestão escolar”.

No encontro vão ser apre-sentados e discutidos vários modelos internacionais de novas formas de organização da escola, procurando eviden-

ciar as características que os distinguem bem como res-ponder a questões como: têm mais ou menos sucesso que as outras? Serão estes modelos melhores do que um modelo centralizado? Em que medida

e em que aspectos? A norte-americana Marga-

ret Raymond, especializada em política educativa, falará da experiência das charter schools, Simon J. Steen, espe-cialista holandês, discutirá o modelo vigente naquele país e Alexandre Homem Cristo apresentará um estudo sobre as principais características de vários modelos de gestão escolar no Mundo. O debate será moderado por Helena Quintas, da Universidade do Algarve.

A conferência é dirigida a pais, professores e todos os interessados no processo educativo.

Vitorino acusa Câmara de fazer propaganda ilegítima

Reequilíbrio fi nanceiro é uma “trapalhada”

PORTIMÃO O PSD de Por-timão classifi cou o Plano de Reequilíbrio Financeiro, as-sim como a candidatura da autarquia local ao PAEL – Pla-no de Apoio à Economia Lo-cal como pouco transparente e uma “grande trapalhada”.

“Tarde e a más horas, o PS reconheceu que o mu-nicípio de Portimão se en-quadra numa situação de necessidade de reequilíbrio fi nanceiro. A miopia a que assistimos nos últimos três anos levou à degradação e ao aumento brutal do défi -ce, tornando a situação com-pletamente insustentável no plano fi nanceiro”, referem os sociais-democratas, em co-municado.

Para o PSD, o partido que lidera a maioria na Câmara “é o único responsável pelo cenário de miséria fi nanceira do município de Portimão”, constituindo “um paradigma no panorama nacional”.

“Neste momento, o total da dívida é um verdadeiro monstro que cresce mensal-mente de forma insustentável e que já ninguém consegue dominar”, afi rma a comissão concelhia do PSD, liderada por Pedro Castelo Xavier.

Os sociais-democratas criticam o PS por ter aprova-do um plano de ajustamen-to fi nanceiro que “não tem capacidade para resolver os problemas de insustentabi-lidade das contas do muni-cípio”, sublinhando que se trata de “mais uma autêntica fraude”.

Para o PSD de Portimão, o documento contém “expec-tativas não concretizáveis” e pretende “apenas continuar a utilizar dinheiros públicos, sem responsabilização nem critério”.

A estrutura social-demo-crata lamenta, em conclusão, “as irregularidades proces-sais de todo o dossier, onde o Partido Socialista é o único responsável”

Montenegro com apoio psicológicoFARO A Junta de Fre-guesia do Montenegro inaugurou na quinta-feira o Gabinete de Psico-logia Infantil e de Apoio a Jovens e Adultos, o mais recente serviço de apoio à comunidade.

O principal objectivo é dar uma resposta atem-pada a vulnerabilidades de necessidade psicoló-gica. O serviço procura desenvolver acções diri-gidas a toda a população, abrangendo as diferentes faixas etárias: crianças, jo-vens, adultos e seniores.

Berbigão ilegal

FARO A Polícia Maríti-ma impediu esta semana na Praia de Faro o desem-barque de meia tonelada de berbigão capturado ilegalmente na Ria For-mosa.

A situação foi detecta-da durante as patrulhas regulares nocturnas e o berbigão foi devolvido à Ria Formosa. As auto-ridades suspeitam que o berbigão teria como destino a venda para Es-panha.

Fundação Francisco Manuel dos Santos promove debate sobre novas escolas

Movimento autárquico está contra a ampliação do Forum

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// 1102|11|12 o algarve

// actualidade

Centenas manifestam-se contra extinção de freguesias

Uma centena de pessoas manifestou-se em Faro con-tra a prevista extinção de cerca de um quarto das 84 freguesias do Algarve, duas semanas depois do fi nal do prazo dado às assembleias municipais para se pronun-ciarem sobre o assunto.

Com cartazes em que se podiam ler palavras de ordem como «As Juntas de Freguesia são a Democracia», «Pela defe-sa do Poder Local Democráti-co» e «Quem cala não sente», os manifestantes protestaram contra a extinção de mais de duas dezenas de juntas algar-vias, proposta pelo Governo e actualmente em discussão no quadro de comissão téc-nica parlamentar. Em todo o Algarve, só as assembleias municipais de Albufeira e Loulé aprovaram agregações de freguesias dos respectivos concelhos. Todas as restantes 14 assembleias municipais al-garvias, chamadas a debater o tema até dia 15 de Outubro, decidiram não se pronunciar ou aprovaram moções contra as extinções propostas pela comissão técnica. Contudo, notou Sérgio Martins, presi-dente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, concelho de Faro, “a comis-são técnica vai-se substituir às assembleias municipais, cujos pareceres não são vin-culativos”. Em declarações à Lusa, aquele autarca – um dos organizadores da mani-festação – observou que as fre-guesias “não são um peso no Orçamento de Estado e não têm dívida”, pelo que não faz sentido a extinção. “Se a mi-nha freguesia acabar, haverá um outro presidente, de uma terra mais longínqua, que to-mará conta da população que agora está próxima dos que elegeu”, sublinhou o autarca eleito pela CDU.

Sustentou que a perda de contacto entre os eleitos e a população “vai resultar num prejuízo para as po-pulações e na incapacidade de resposta aos seus proble-mas”, pois agora “as pessoas sabem quem é o presidente e os eleitos”.

A Câmara de Castro Marim vai recuperar habitações de-gradadas de idosos do conce-lho, num investimento supe-rior a 30 mil euros, com verbas provenientes de um protocolo celebrado com o Instituto de Segurança Social, anunciou a autarquia.

O investimento vai per-mitir intervir em nove casas de idosos que benefi ciam de apoio domiciliário, ao abrigo

do Programa de Conforto Ha-bitacional para Pessoas Idosas (PCHI), acrescentou a Câmara algarvia.

O PCHI visa “o combate à pobreza e à exclusão, em espe-cial de pessoas idosas, cujas ha-bitações estejam degradadas e necessitem de intervenções, de modo a que estas permaneçam o mais tempo possível no seu ambiente natural”, segundo a informação avançada pela au-

tarquia num comunicado.“Trata-se de um investi-

mento de 31.500 euros do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, que abrange a qualificação de nove habitações degrada-das, mediante um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e o Instituto de Segurança Social, IP, cabendo ao Município os custos com a mão-de-obra das interven-

ções a realizar”, acrescentou a Câmara Municipal.

A autarquia de Castro Ma-rim considera que esta medida tem um “grande alcance so-cial”, por ser destinada a uma “faixa da população que tem necessidade de ser devidamen-te apoiada e acompanhada”.

Este segmento da popula-ção conta também com outros apoios sociais, como o Cartão do Idoso, “que permite a um

número cada vez maior de cas-tromarinenses ter benefícios na obtenção de medicamen-tos”, frisou a autarquia.

A aquisição de medica-mentos é feita através de um protocolo celebrado com as farmácias do concelho e a au-tarquia disponibiliza ainda aos idosos transporte para consultas médicas, numa medida denominada «Castro Marim mais perto».

Castro Marim recupera habitações degradadas de idosos do concelho

A Comissão de Utentes da Via do Infante anunciou que vai pedir reuniões com autarquias e o Turismo do Algarve para debater a pa-ragem das obras na Estrada Nacional 125 e o cancela-mento de lanços que esta-vam previstos.

Em comunicado, a Co-missão de Utentes da Via do Infante (CUVI) refere que pretende analisar com a Comunidade Intermuni-cipal do Algarve (AMAL), o Turismo do Algarve e as

Câmaras de Lagos, Olhão, Tavira, Faro e S. Brás de Al-portel a suspensão de vários lanços e a paragem das obras de requalificação daquela estrada.

A Estradas de Portugal acordou no início do mês com a subconcessionária Rotas do Algarve Litoral, responsável pela requalifi ca-ção da EN125, uma redução de 155 milhões de euros ao contrato inicialmente pre-visto.

A renegociação do con-

trato implica o cancela-mento de quatro projectos de lanços e um novo plano para as obras, suspensas no fi nal de Abril por difi culda-des económicas do consórcio construtor.

Em causa está a retirada do contrato inicial das va-riantes de Odiáxere (Lagos), Olhão, Luz de Tavira e da Es-trada Nacional 2, entre Faro e São Brás de Alportel.

A CUVI acrescenta ainda que vai organizar um con-junto de iniciativas que cul-

minarão numa “poderosa jornada de luta” pela suspen-são imediata das portagens na A22 a 8 de Dezembro, dia em que passa um ano desde a introdução de portagens nas antigas SCUT.

De acordo com aquela comissão, a iniciativa en-volverá a EN 125 e a Via do Infante e será antecedida de uma nova assembleia de utentes que deverá ser convocada para meados de Novembro.

“O governo PSD/CDS de

Passos Coelho e de Paulo Portas é o grande respon-sável por toda esta situação de descalabro, destruição e morte que se abateu sobre o Algarve e as suas popula-ções”, refere a comissão.

A CUVI responsabili-za ainda os deputados “da maioria governamental e igualmente do PS” eleitos pelo Algarve que, “perante o avolumar da catástrofe, ain-da não levantaram um dedo a exigir o levantamento das portagens”.

CUVI revoltada com paragem de obras na EN 125

Nova jornada de luta contra as portagens será a 8 de Dezembro

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12 // o algarve 02|11|12

// desporto

D desportoFarense e Olhanense com destinos diferentes na Taça

FUTEBOL O Farense vai receber o Beira-Mar, en-quanto o Olhanense vai jogar em Paços de Ferreira, na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, de acordo com o sorteio realizado na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Aqueles que são os únicos algarvios em prova seguem assim caminhos diferentes, com a equipa de Faro a re-ceber o actual 16.º e último classifi cado da Liga Zon Sa-gres, enquanto o conjunto de Olhão visita o terreno de outro emblema primodivi-sionário.

Os jogos da 4.ª ronda da prova estão marcados para 18 de Novembro.

Hugo Santos vence Açores PGA Open

GOLFE O golfi sta algarvio Hugo Santos venceu no do-mingo a 1.ª edição do Aço-res PGA Open, disputado no Batalha Golf Course, em São Miguel, e recuperou a lide-rança da Ordem de Mérito do Tee Times Golf.

Hugo Santos terminou as duas voltas com um agrega-do de 140 pancadas (quatro abaixo do «par»), à frente do irmão Ricardo Santos, que totalizou 145.

O primeiro prémio, de 1100 euros, permitiu a Hugo Santos voltar ao comando da Ordem de Mérito Tee Times Golf, a classificação da As-sociação de Profi ssionais de Golfe (PGA) de Portugal que só contabiliza resultados de torneios realizados em solo luso.

Os portugueses Hugo Santos e Nuno Henriques disputam em Novembro a segunda das três fases da Escola de Qualifi cação, que lhes poderá garantir um lu-gar no European Tour, onde compete Ricardo Santos.

Portimonense empata a zeros em jogo fraco

FUTEBOL Portimonense e União da Madeira empata-ram no domingo 0-0, um re-sultado que castiga ambos os conjuntos pelo fraco futebol apresentado no jogo da 11.ª jornada da II Liga portugue-sa de futebol, disputado em Portimão.

Numa partida técnica e tacticamente pobre, e na qual escassearam as oportunida-des de golo, o Portimonen-se, que não ganha há cinco jornadas, foi, ainda assim, a equipa que mais “lutou” pela vitória. A equipa de Portimão jogou os últimos sete minu-tos com dez elementos, por expulsão do defesa central Ricardo Nascimento por acu-mulação de cartões amarelos, mas entrou melhor, assumiu o controlo do meio-campo, sem ser capaz de abrir espa-ços na defesa do União da Madeira. A formação ma-deirense apresentou-se com redobradas cautelas defensi-vas, deixando a iniciativa de jogo para os algarvios, e em contra-ataque tentou explo-rar a velocidade de Silva, mas sem sucesso.

Em toda a primeira par-te, registou-se apenas uma oportunidade de golo e para os algarvios. Aos 23 minutos, Mendes rematou forte ao lado da baliza de Marcelo. Na se-gunda metade, as duas equi-pas baixaram a qualidade do futebol, com a bola a ser dis-putada a meio-campo, num futebol de passes falhados e de pontapé para a frente, sem situações de perigo para as balizas.

Ciclismo de Tavira na China

CICLISMO A equipa profi s-sional Carmim/Prio/Tavira corre pela primeira vez na China, para participar no Tour de Taihu Lake, entre os dias 1 e 8 de Novembro. A equipa vai lutar pela vitó-ria, numa prova que conta-rá, para além dos conjuntos chineses, com outras equipas europeias.

FUTEBOL O Olhanense anu-lou no sábado duas desvanta-gens no marcador, com duas grandes penalidades marca-das por Rui Duarte, e conse-guiu assegurar um ponto no empate com o Moreirense (2-2), em jogo da sétima jornada da I Liga de futebol.

No regresso ao Estádio José Arcanjo, os algarvios viram os minhotos ganhar “terreno” por duas vezes, com golos de Pablo Oliveira e Ghilas, aos 35 e 56 minutos, mas ambas as situações de vantagem acaba-ram anuladas por Rui Duarte, na marcação de grandes pena-lidades (39 e 86).

Com este empate, as duas equipas prolongam as suas sequências de jogos sem vencer na Liga: o Olhanense não festeja um triunfo desde a primeira jornada da prova e o Moreirense segue com cinco partidas sem saborear a vitória.

Na primeira parte, o Moreirense colocou-se em

vantagem aos 35 minutos, por Pablo Olivera. O empate demorou apenas quatro mi-nutos (39), com o árbitro Ma-nuel Oliveira a assinalar um corte com a mão de Anilton na grande área, e o “capitão” da equipa de Olhão, Rui Duarte, a converter a respectiva grande penalidade.

A segunda parte arrancou praticamente com o segun-do golo do Moreirense, aos 56 minutos. Pablo Olivera cru-zou na linha de fundo para o “coração” da área, Nuno Reis não conseguiu afastar e Ghi-las aproveitou para “fuzilar”, assinando o quinto golo na Liga.

O Olhanense “pegou” na partida mas, sem ideias e com muitos erros na construção ofensiva, nunca conseguiu criar perigo, enquanto o Mo-reirense, com um bloco baixo e a apostar no contra-ataque, esteve perto de avolumar a vantagem, quando Wagner atirou ao poste (73).

O resultado fi nal pratica-mente “caiu do céu” para os algarvios, que viram o juiz assinalar nova grande pena-lidade, aos 86 minutos, por falta de Diego Gaúcho sobre Targino, e Rui Duarte não claudicou na sua segunda tentativa da tarde, selando a igualdade a duas bolas.

KARTING Entre 28 de No-embro e 1 de Dezembro, o Kartódromo Internacional do Algarve recebe a 13.ª edi-ção das Rotax Max Challenge Grand Finals, vulgarmente co-nhecidas por Finais Mundiais Rotax, a decorrer pela segun-da vez em Portugal.

Este é o maior evento mun-dial de karting com a chance-la da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que reúne jovens pilotos de todo o mun-do, com o objectivo máximo de vingar no plano automo-bilístico mundial.

Cerca de 300 pilotos com idades compreendidas entre os 8 e os 18 ou mais anos, oriundos dos quatro cantos do mundo entrarão naquele

que é considerado um dos melhores kartódromos da Europa, divididos por seis categorias distintas.

O programa inclui quatro dias de programa intenso com as grandes fi nais a realizarem-

se no dia 1 de Dezembro.Os bilhetes para a prova

encontram-se à venda no sítio e loja do Autódromo Interna-cional do Algarve com preço único de cinco euros para os quatro dias de evento.

Olhanense segura empate nos últimos minutos

Maior evento mundial de Karting em Novembro

DES POR-TO Foram celebrados recentemente, pela Câmara de Alcoutim, contratos-programa com três associações do concelho, com o objectivo de apoiar os jovens atletas e promover o desporto como forma de melhorar a saúde e o bem-estar de todos. No total, foi concedido um apoio de 36.600 euros às três associações, abrangendo um conjunto de modalidades diversifi cadas.

Grande penalidade ditou último golo do Olhanen-se

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// 1302|11|12 o algarve

Iniciativa com o apoio de:

Programa nacional de marcha e corrida

Próxima actividade: Lagoa (Urbano)

Decorreu mais uma activi-dade do Calendário Regional de Marcha Corrida do Algarve, realizado em Benafi m, com a organização do S.C. Benafi m

em parceria com o C.C. Bena-fi m e a J.F. de Benafi m. Cerca de 350 participantes puderam realizar a sua actividade em marcha ou corrida, por dois

percursos de 5 ou 10km, rea-lizados maioritariamente na serra. De realçar, para além da excelente organização, as paisagens espectaculares do

interior algarvio. As próximas actividades

realizam-se no dia 4 de No-vembro, em Carvoeiro, con-celho de Lagoa.

Marcha-corrida no interior algarvio

Dia: › 4 de Novembro

Hora: › 10h

Local de concentração: › Largo da Igreja - Carvoeiro

Percurso: › 4,5-9 quilómetros

Tipo de percurso: › Urbano

Organização: › Câmara Municipal de Lagoa

Contactos e inscrições: › [email protected]

Telefone: › 282 380 437

Fax: › 282 341 314

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14 // o algarve 02|11|12

// economia

Eeconomia

Breves

O secretário de Estado da Administração Pública, Hél-der Rosalino, garante que é preciso evitar os cortes mar-ginais na despesa pública e que deve existir um debate sério sobre as “gorduras” do Estado.

“O desafi o é de cortar ain-da mais, signifi cativamente, a despesa pública, mas isso terá que ser feito a pensar no modelo de organização do Estado, num debate sério”,

disse à agência Lusa Hél-der Rosalino à margem do XXXII Colóquio Nacional da Associação dos Técnicos Administrativos Municipais (ATAM) que decorre em Car-voeiro (Algarve).

Segundo o governante, “todos os agentes terão de ser chamados a discutir a reforma dos serviços do Estado, porque há escolhas a fazer, e o debate terá que ser sério”.

De acordo com Hélder Rosalino, apesar da despesa pública “ter caído, em dois anos, o Estado manteve-se na sua confi guração mais ou menos estabilizado”.

“Não houve uma transfor-mação de fundo”, destacou.

Segundo o secretário de Estado da Administração Pública, os cortes incidiram, sobretudo, “nos custos com pessoal e consumos inter-médios, porque havia de-

ficiências e capacidade de ajustar o funcionamento”.

“Agora temos que pe-sar que modelo queremos, porque cortar mais 4 000 milhões de euros sem alte-rar a estrutura de funciona-mento, será bastante mais difícil”, observou.

Para Hélder Rosalino, pe-rante a actual situação que o país atravessa “é impensável que se mantenha tudo inal-terado”.

FUNDA-ÇÕES As autarquias que não seguirem a recomendação do ministério das Finanças para extinguirem e transferirem dinheiro para as suas fundações terão um corte de igual valor na verba do Orçamento do Estado (OE), de acordo com a proposta de OE 2013 entregue na Assembleia da República (AR). Qualquer alteração à proposta de OE, que começa a ser discutida no Parlamento na quarta-feira, “terá de ser vista à luz do debate na especialidade”, explicou à Lusa fonte ofi cial do Ministério das Finanças. Na lista das fundações que o Governo recomenda extinguir encontram-se a Fundação António Aleixo (Loulé - Algarve), Fundação ELA, da Câmara de Gaia, a Fundação PortoGaia, a Carnaval de Ovar e a Fundação Paula Rêgo e D. Luís I (Cascais), entre outras.

Mariscadores compensados

O Governo anunciou que vai compensar os ma-riscadores da Ria Formosa, que declaram a actividade, e que estiveram impedidos de apanhar bivalves cerca de um mês devido à presença de to-xinas prejudiciais à saúde.

O valor disponibilizado pelo Executivo é superior a 16.000 euros para apoiar 40 profi ssionais, que vão rece-ber “uma compensação di-ária correspondente ao seu salário declarado”, refere em comunicado o Ministério da Agricultura, do Mar, do Am-biente e do Ordenamento do Território. “As compensações devem chegar à conta dos be-nefi ciários ainda esta semana e estão abrangidos ‘apanha-dores, armadores e tripu-lantes’ que apresentaram as suas candidaturas entre 4 e 22 de Outubro”, acrescenta o ministério. A mesma fonte refere que a Direcção Geral de Recursos Naturais, Seguran-ça e Serviços Marítimos está “a analisar as candidaturas relativas aos trabalhadores das embarcações de pesca com ganchorra e os apanha-dores de marisco, num total de 61 trabalhadores e com uma compensação prevista de 24,659 euros”. Este valor será disponibilizado através do Fundo de Compensação Salarial dos Profi ssionais da Pesca, que recebeu 69 can-didaturas e rejeitou oito por não serem elegíveis de acordo com a legislação em vigor.

Devido às toxinas, que podem provocar diarreias, paralisia e amnésia, os maris-cadores e viveiristas de Faro, Olhão e Fuzeta estiveram im-pedidos de exercer a sua acti-vidade na Ria Formosa entre 21 de Agosto e 21 de Setem-bro, enquanto os pescadores da pesca com ganchorra da costa algarvia continuam im-pedidos de trabalhar desde 21 de Agosto. “A lei prevê a compensação das perdas de rendimento dos profi ssionais obrigados a parar a activida-de desde que sejam titulares de cédula marítima válida e que exerçam a sua actividade, em exclusividade, a bordo de embarcações de pesca licen-ciadas e apresentem decla-rações da Segurança Social e das Finanças”, explicou o ministério.

Cerca de 1.100 imóveis foram entregues aos bancos para pagamento da dívida no terceiro trimestre deste ano, o que representa um aumen-to em relação aos três meses anteriores, mas uma redução para quase metade face ao iní-cio do ano.

Segundo dados da As-sociação dos Profi ssionais e Empresas de Mediação Imobi-liária de Portugal (APEMIP), a que a agência Lusa teve acesso, entre Janeiro e Setembro fo-ram entregues 4.400 imóveis em dação em pagamento,

tanto por famílias como por promotores imobiliários, ten-do um quarto deste número sido registado entre Julho e Setembro.

A análise da APEMIP mos-tra que no terceiro trimestre o fenómeno registou um au-mento de 9,9 por cento em relação aos três meses ante-riores, mas os valores estão muito mais baixos do que no primeiro trimestre, quando foram entregues 2.300 casas. Este aumento, diz a associa-ção no mesmo documento, é o “corolário da continuidade

de um ano extremamente di-fícil, com níveis de confi ança no mercado combalidos e expectáveis perante o futuro desenvolvimento do sector imobiliário e do mercado, quer no âmbito nacional, quer global”.

Entre Janeiro e Setembro, os distritos onde foram entre-gues mais imóveis em dação em pagamento foram os do Porto, de Lisboa e de Faro, representando em conjunto 40,5 por cento do total.

Entre os 10 distritos onde o fenómeno é mais relevante

encontram-se ainda os de Se-túbal, de Santarém e de Coim-bra, que representam 23,8 por cento do total, e, por último, os de Aveiro, de Braga e os ar-quipélagos da Madeira e dos Açores, que somam 21,9 por cento dos imóveis entregues até Setembro.

A APEMIP adianta ainda que as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concen-traram quase um terço (31,7%) do número de casas entregues entre Janeiro e Setembro, sen-do que só no terceiro trimestre o valor foi de 22,7 por cento.

“O desafi o é de cortar mais a despesa pública”

1.100 imóveis entregues aos bancos para pagar dívida

Hélder Rosalino diz que é preciso evitar os cortes marginais na despesa pública

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Semanário O AlgarvePonto de encontro dos bons negócios

À sexta, numa banca perto de si.

Ao sábado, com o maior semanário português.

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16 // o algarve 02|11|12

E// economia

O PO Algarve 21 vai dispo-nibilizar um novo pacote de fi nanciamento, no montante de 15,85 milhões de euros, que se insere no âmbito do Sistema de Incentivos do QREN, visando promover o investimento empresarial.

Para simplifi car o proces-so de decisão e introduzir um maior planeamento no acesso aos apoios disponíveis às PME, a recepção de candi-daturas será feita de forma contínua até fi nal do QREN. Desta forma, no âmbito des-tes avisos, é estabelecido um plano por fases para apresen-tação e decisão de candida-turas.

No âmbito do Sistema de Incentivos (SI) da Inovação, os apoios ao sector do turismo devem ter um elevado perfi l diferenciador e de qualifi ca-ção da oferta turística exis-tente no território, de acordo com as prioridades defi nidas para este sector no Algarve,

nomeadamente através da criação ou requalifi cação de estabelecimentos hoteleiros de quatro ou cinco estrelas, entre outros.

No SI I&DT, podem candi-datar-se projectos promovidos por empresas individualmen-te ou em parceria (empresas

e entidades do SCT – Sistema Científico e Tecnológico), conducentes à criação de no-vos produtos, processos ou sistemas ou à introdução de melhorias signifi cativas nos mesmos.

Também se encontram abertas candidaturas ao SI

QPME para apoio a inves-timentos empresariais que reforcem a capacidade das empresas para assegurar ga-nhos mais rápidos em termos de uma maior orientação do produto interno para a procu-ra externa, aposta na interna-cionalização.

Neste sector, também cabe destacar os projectos simplifi -cados (Vales) a que se podem candidatar empresas que, junto de entidades qualifi ca-das, requisitem a aquisição de serviços de consultoria de apoio à inovação e ao empre-endedorismo.

FARORua Drº Cândido Guerreiro, 41 r/chão 8000-318 FARO

tel.: 289 890 100e-mail: [email protected]

Cozinheiro587 871 373º oferta: n - A Tempo Completo - Montenegro / Faro

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Professor/a de 1º e 2º Ciclos587 879 346º oferta: n - A Tempo Completo - Sé / Faro

Calceteiro587 882 408º oferta: n - A Tempo Completo - Sé / Faro

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Cafeteiro / Empregado de balcão587 884 489º oferta: n - A Tempo Completo - Sé / Faro

Grelhador587 884 747º oferta: n - A Tempo Completo - Sé / Faro

Distribuidor587 884 785º oferta: n - A Tempo Completo - Sé / Faro

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Engenheiro Civil / Eletrotécnico

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Carpinteiro / Operador de Máquina CNC

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LAGOSRua Teixeira Gomes Lote 1-C 8600-587 LAGOS

tel.: 282 780 100e-mail: [email protected]

Cozinheiro587 883 288º oferta: n - A Tempo Completo - Lagos / S. Sebastião

Técnico de Contas (Guarda-Livros)587 552 358º oferta: n - A Tempo Completo - Lagos / Stª Maria

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PORTIMÃORua da Hortinha, 21-238501-854 PORTIMÃO

tel.: 282 400 340e-mail: [email protected]

Formador (cabeleireiro)587 862 127º oferta: n - A Tempo Completo - Lagoa

Programador - Informática587 874 495º oferta: n - A Tempo Completo - Portimão

Florista587 877 105º oferta: n - A Tempo Completo - Carvoeiro

Técnico de Vendas587 883 075º oferta: n - A Tempo

Completo - Portimão

VRSA Rua Catarina Eufémia, 53-A

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tel.: 281 511 133e-mail: [email protected]

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Cozinheiro

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Técnico de Manutenção

587 884 805º oferta: n - A Tempo Completo - Duração 6 meses - Com conhecimentos eletrotécnicos e mecânica - Vila Real de Santo António

Técnico de Vendas

587 801 709º oferta: n - A Tempo Completo - Duração 6 meses - Venda ao domicílio - Tavira / VRSA

Auxiliar de Limpeza

587 883 712º oferta: n - A Tempo Completo - Duração 6 meses - Montegordo

Inquilinos pagam mais por renda condicionada

Os inquilinos em regi-me de renda condicionada vão desembolsar mais 20 a 25 euros mensais em 2013, dependendo da zona em que moram, segundo uma portaria que fi xa os preços a vigorar no próximo ano. Os preços da habitação por metro quadrado aplicados ao ano de 2013, para efeitos do cálculo da renda condicio-nada, são de 793,21 euros na zona I (sedes de distrito e áre-as metropolitanas de Lisboa e Porto), 693,38 euros na zona II e de 628,19 euros na zona III. Estes valores representam um acréscimo de, respecti-vamente, 25,79 euros, 22,54 euros e 20,42, face ao ano passado.

Ao contrário do regime de renda livre, cujo valor é esti-pulado por livre negociação entre as partes, no regime de renda condicionada o valor é fi xado através de uma porta-ria governamental.

PO Algarve 21 aposta 15,85 milhões no investimento empresarial

Ofertas dos Centros de Emprego //

Novo pacote de fi nanciamento insere-se no Sistema de Incentivos do QREN

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// 1702|11|12 o algarve

// consultóriojurídico

A Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2013 contém uma alteração relativa à recuperação do IVA dos créditos incobráveis,

que torna o regime mais fl exível.Os créditos incobráveis causam grandes difi cul-

dades às empresas, que têm a obrigação de entregar ao Estado o IVA liquidado nas operações praticadas e, muitas vezes, não chegam a receber o pagamento da factura cujo IVA já pagaram – o que implica um grande esforço fi nanceiro.

O Código do IVA contém um conjunto de regras que permite a regularização do IVA liquidado e en-tregue ao Estado, mas este regime é muito limitado e depende da verifi cação de alguns requisitos – que, na prática, quase nunca se verifi cam. Em regra, a recuperação do IVA implica quase sempre o recurso à via judicial – tornando o processo mais demorado e oneroso.

Na Proposta de Lei estabelece-se uma distinção entre “créditos incobráveis” e “créditos de cobrança duvidosa”. Os primeiros passam a incluir os créditos em processo especial de revitalização e os abrangi-dos pelo Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial.

Já relativamente aos segundos, passará a ser pos-

sível a recuperação do IVA desde que apresentem um risco de incobrabilidade devidamente justifi cado (a lei detalha as situações em que se considera verifi ca-do este risco). Nestes casos, os sujeitos passivos terão de requerer à Administração Tributária autorização para regularizar o IVA a seu favor.

Caso o regime venha a ser aprovado, as empresas poderão recuperar com mais facilidade o IVA inclu-ído em créditos vencidos a partir de 1 de Janeiro de 2013 – o que, nas actuais circunstâncias, é uma boa notícia.

A garantia legal relativa a um automóvel pode constituir o maior pesadelo de um vende-dor descuidado, como ao mesmo tempo se

pode tornar na melhor amiga de um comprador informado.

Assim sendo, nas próximas linhas dedicar-nos-emos a clarifi car, em traços largos, alguns aspectos relevantes sobre a garantia automóvel.

I – No caso de venda a consumidor (ou seja, não profi ssional) de um automóvel, este terá, por impo-sição legal – o Decreto-Lei n.º 67/2003 –, um prazo de garantia não inferior a 2 anos.

Tratando-se de automóvel usado, o prazo de 2 anos acima mencionado pode ser reduzido a 1 ano, desde que por acordo das partes.

E diga-se ainda que o prazo de 1 ou 2 anos, con-forme as hipóteses supra referidas, não pode ser diminuído, ainda que por acordo das partes.

Porém, nada impede que as Condições Gerais relativas à compra de um automóvel estipulem um prazo de garantia superior ao previsto na lei.

Para exercer os seus direitos, o consumidor deve denunciar ao vendedor a falta de conformidade num prazo de dois meses a contar da data em que a tenha detectado.

II – No caso de venda a profi ssional de um auto-móvel, o n.º 2 do artigo 921.º do Código Civil dispõe

que “No silêncio do contrato, o prazo da garantia expira seis meses após a entrega da coisa, se os usos não estabelecerem prazo maior”.

Ou seja, poderá ser acordado (ex.: contrato / do-cumento de garantia) prazo de garantia inferior ou superior aos 6 meses e, no limite, não existir garantia.

A falta de conformidade deve ser denunciada ao vendedor, salvo estipulação em contrário, num prazo de trinta dias a contar da data em que a tenha detectado.

III – Por fi m, refi ra-se que em qualquer das si-tuações (venda de automóvel a consumidor ou a profi ssional), o vendedor não poderá ser responsável por defeitos resultantes de má utilização do auto-móvel, pelo desgaste e deterioração resultantes da sua normal utilização, nem pelo que se verifi que em consumíveis.

Os créditos incobráveis causam grandes difi culdades às empresas”

Nada impede que as Condições Gerais relativas à compra de um automóvel estipulem um prazo de garantia superior ao previsto na lei”

O seu automóvel tem garantia? Diz que sim...

Proposta de lei do Orçamento do Estado para 2013 – nota positiva em sede de iva

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iniã

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José Braz da SilvaAdvogado

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Marta GaudêncioAdvogada

Anúncio de RecrutamentoPedro Raposo & Associados, Sociedade de Advogados, RL, sociedade de advogados com sede em Lisboa e escritórios nacionais nas regiões dos Aço-res, S. Miguel, em Ponta Delgada e do Algarve, em Albufeira, pretende inte-grar na sua equipa do escritório do Algarve um/a advogado/a estagiário/a.

Os candidatos devem enviar o seu CV e carta de apresentação para o seguinte endereço de correio electrónico:

[email protected]

Page 18: Semanário O ALGARVE Edit 204

18 // o algarve 02|11|12

F fórum

// fórum

A história única

Se há vantagens nas redes sociais, uma delas é a fa-cilidade que temos em

aceder a conteúdos e conhe-cimento que de outra forma estariam longe de nós.

Aconteceu, recentemente, por via de uma dessas parti-lhas numa rede social, a desco-berta de Chimamanda Ngozi Adichie. Chimamanda, é um nome estranho para nós, e só a sua pronúncia já encerra um imaginário e uma história, ainda que involuntários. Se a isto acrescentarmos alguns factos, como por exemplo, o de se tratar de uma nigeriana de 35 anos, com certeza que os contornos desse imaginário vão ganhando formas mais definidas, tomando corpo em alguma história trágica, como todas as que normal-mente associamos ao conti-nente africano, e sobretudo às suas mulheres. No entanto, a história de Chimamanda é outra e poder-se-ia descrever como uma (improvável?) “his-tória de sucesso”. Na realidade trata-se de uma jovem que aos 19 anos se muda para os Esta-dos Unidos, onde faz os seus estudos superiores, na área da escrita e dos estudos afri-canos; que publica o seu pri-meiro livro aos 26 anos, pelo qual recebe o Common Weal-th Writer’s Prize, em 2005, na categoria de melhor Primeiro Livro, iniciando um percurso de reconhecimento pela sua escrita que até agora não pa-rou. Cheguei agora à escrita e ao pensar de Chimamanda, não só através dos seus livros, mas também de algumas das suas lições e conferências (fe-lizmente disponíveis na in-ternet), das quais se destaca a sua participação numa TED Talk sob o tema “The danger of a single story”. Uma análise imprescindível e de uma actu-alidade urgente.

As costas marítimas baseiam-se na procura de alimento, riqueza, saúde, relaxamento e qualidade de vida. A

História ensina-nos que foram espaços de ligação entre o físico e o imaginário, a tro-ca e o uso/extracção de recursos, a invasão e defesa, constituindo zonas que carecem de uma ordem face à desordem de necessidades simultâneas (ex: pesca, marinha, dragagens, recreação) que são portadoras.

É possível que o maior valor do Portugal Tu-rístico seja a sua costa marítima. Se organizada e regulada, pode oferecer a melhor combina-ção económica e social possível para emprego e desenvolvimento.

A via são os Parques Marinhos Turísticos. Estão são Reservas Naturais especializadas em actividades económicas, sociais, culturais e científi cas de sustentabilidade no Turismo. Visam a captação de uma procura turística mundial que desenvolva os recursos das co-munidades locais baseados no valor de uma periferia, de uma fronteira, de um limite. O Mar é meio de comunicação exclusivo entre hóspede e hospedeiro, seja, entre o pescador que pesca a refeição do turista e lhe informa simultaneamente quarto para alojamento, o mergulhador que oferece recreação ao turis-ta e conhecimento aos alunos das escolas, o ambientalista que faz serviço de informação turística e formação vocacional a fi lhos de pes-cadores em aquacultura. Haverá melhor forma de criar oportunidades de riqueza a favor de populações locais?

O Parque Marinho concilia preservação e manutenção do ecossistema e sementeira do leito marinho com negócios turísticos (ex:

snorkeling, mergulho recreativo, viagens de birdwatching) sustentáveis em eco- tecnologia certifi cada de saúde. Combina pesca comercial e recreativa (aquela compensando esta pela sua pluriactividade). Organiza escalas de activida-des confl ituosas (mergulho, pesca, actividade desportiva e transporte recreativo), através da sua descontinuidade no tempo. Adapta, através de regulações locais especializadas, dispersa legislação administrativa dessas actividades.

Existem bons exemplos mundiais de su-cesso dos Parques Marinhos Turísticos. Nas Ilhas Texel, com o apoio da Universidade de Amsterdão na Holanda (não foi este o país construído sob o mar?), no Mer d´Iroise, Bre-tanha em França ou nas ilhas Sporades na Grécia. Associações ambientais, cientistas, empresários turísticos, representantes de pescadores locais e municípios, com forte compromisso governamental, constituem sua base institucional.

Quando se discutem alternativas de crescimento em Portugal, aqui fica uma recomendação. A desregulação turística da costa deixa-a na corrente de fortes interes-ses poluentes. A exploração petrolífera no Algarve está aí. Organizada. Efi ciente. Mas o petróleo de serviços nacional que é o Turismo tem a sua organização marítima adiada. Até quando?

O Orçamento do Estado para 2013 é um orçamento de desastre nacional! É um orçamento que ilustra de forma trágica

o que signifi ca para Portugal e para o povo português a política da troica. Uma política de empobrecimento generalizado, de redução brutal de salários e pensões, de afundamento da economia, de destruição do emprego e de ataque às funções sociais do Estado. É uma política que rouba aos portugueses qualquer esperança de um futuro melhor! Quando o PS, o PSD e o CDS negociaram e assinaram o cha-mado Memorando da Troica, o PCP denunciou-o imediatamente como um Pacto de Agressão. Uma agressão que o povo português sentirá, em 2013, de forma ainda mais dolorosa.

Com este orçamento o Governo pretende fazer um autêntico assalto fi scal aos portugue-ses, sem paralelo na nossa história recente. A alteração dos escalões do IRS e a sobretaxa de 4%, acrescidas da imposição de novos tetos para as deduções fi scais com a habitação, a saúde e a educação, representam um inaceitável confi sco dos rendimentos dos portugueses. Enquan-to isso, os grupos económicos e fi nanceiros, por via de escandalosos benefícios e isenções fi scais, continuam a furtar-se ao pagamento dos impostos devidos. Entre 2004 e 2011, os 17 principais grupos económicos e fi nanceiros acumularam lucros líquidos de 46.000 mi-lhões de euros. É aqui que o Governo deve ir buscar o acréscimo de receita fi scal, e não aos trabalhadores, aos reformados e aos pequenos empresários.

Com o Orçamento do Estado para 2013, o desemprego irá agravar-se ainda mais. Nas estimativas do Governo, a taxa de desemprego atingirá os 16,4%. Mas este valor está subesti-mado, pois assenta numa previsão completa-mente irrealista de diminuição do PIB. Há um ano o Governo falhou miseravelmente na sua previsão de desemprego para 2012: previa uma taxa de 13,4%, quando na realidade esta atingiu os 15,5%. É expectável, pois, que em 2013 a taxa de desemprego seja bem mais elevada do que os 16,4% previstos pelo Governo. Apesar disso, no Orçamento do Estado não há medidas de criação de emprego, pela simples razão que para este Governo a prioridade não é o combate ao desemprego, mas sim a redução do défi ce orçamental e da dívida pública “custe o que custar”, mesmo que o custo seja de 1.300.000 desempregados.

O Orçamento do Estado para 2013 não re-solverá nenhum dos problemas nacionais, pelo contrário, só os agravará. Todos sabemos que com este orçamento a economia dará mais um passo na direção do abismo e que, daqui a uns meses, o Governo irá anunciar aos portugueses um novo pacote de austeridade, ainda mais brutal, num processo sem fi m de afundamento da economia nacional e de empobrecimento dos portugueses. A política da troica, expressa no Orçamento do Estado para 2013, não serve os interesses nacionais. É necessário acabar com esta política, antes que esta política acabe com o País!

DirectorMário Lino (C.P. nº 5562)[email protected]

RedacçãoRodrigo Burnay (C.P. nº 7223)

[email protected]

Carina Rosa (C.P. nº 8927)[email protected]

Susana Helena de Sousa (T.P. nº 1611)[email protected] Correspondente concelhos

Vila Real de S. António, Tavira, Castro Marim e Alcoutim.

Departamento Gráfi coMário [email protected]

Departamento ComercialSusana [email protected]

Andreia [email protected]

Serviços AdministrativosSusana [email protected]

Projecto Gráfi coAgostinho Franklin Comunicação [email protected]

PropriedadeCanalAlgarve, Sociedade Jornalística e Editorial, Lda.

Rua Dr. José de Matos - Edífi cio Platina - Loja A- R/C 8000 - 502 Faro

NIF : 509 840 906

Capital social: 50.000 euros

• ACRAL - Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve

Gerência: João Rosado e Vitor Vieira

Depósito Legal Nº 286772/08

Título registado no ICS sob o nº 104 915

ContactosTELEFONE: 289 801 548 /9

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Membro de

Semanário. Sai à sexta-feira

Tiragem deste número

2.100 exemplares

Parques marinhos turísticos

Um orçamento de desastre nacional!

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Virgílio MachadoDocente

universitário - consultorvirgilio.machado

@empreenderturismo.pt

Turismo e Inovação

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Paulo SáDeputado do PCP

na Assembleia da Répública

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Anabela AfonsoAdministradora

do Teatro de Faro

Page 19: Semanário O ALGARVE Edit 204

// 1902|11|12 o algarve

Mário LinoDirector

// fórum

O senhor Ministro das Finanças utilizou a metá-fora da maratona recentemente para explicar o agudizar do nosso sofrimento. A analogia não

podia estar mais errada. A maratona é uma corrida de fundo com 40km, para a qual os atletas treinam anos, e mesmo assim alguns desistem a meio da prova. Portugal não estava “treinado” e muito menos prepa-rado para esta onda de choque que se abateu sobre nós. Depois está-nos vedada a hipótese de desistir, e por fi m existe uma coisa importantíssima; a meta. É que o corredor da maratona sabe que mesmo que não ganhe e até seja o ultimo, chega à meta, e isso dá-lhe ânimo para correr. Bem ou mal chega ao fi m e com isso o seu esforço. Acontece que é isso que falta ao senhor ministro, a data do fi m do sofrimento. Ele inclusive dá-se ao luxo de afi rmar que não sabe se vamos con-seguir. Assim sendo a primeira pergunta que se coloca é; Correr para quê? Depois o senhor ministro parte de um pressuposto errado, a de nós todos sermos atletas de maratona que não somos. Muitos já estão nesta corrida de cadeira de rodas , e metade já caíu para o lado. Outro pressuposto errado do Gaspar é que os maratonistas estão lá de livre vontade. A nós ninguém nos perguntou se queríamos participar. Aliás gostava que alguém neste governo explicasse ao país porque é que milhares de famílias estão a passar fome, e o estado social a ser desmantelado. Dizem que não podemos gastar o que não temos. Correcto! Mas então tudo isto não deveria servir para pagar o BPN, os submarinos, o Banif, as Offshores, os deputados, os carros de luxo, as mordomias, os partidos, os ordenados milionários.

Decerto que a população portuguesa teria outro ânimo se existisse a sensação de justiça, essa coisa rara para o cidadão comum, e que todos estaríamos a lutar para um bem comum com uma data anunciada do fi m do sofrimento. Mas não! O senhor ministro das Finanças não só é muito evasivo, como depois de tudo isto não garante nada. A minha leitura é que o senhor ministro é um incompetente. O senhor primeiro -ministro coi-tado não deve ter tempo para ver televisão e assistir ao desboroar da economia portuguesa e as consequências ruinosas das medidas do seu governo. A teimosia , não é determinação. Qualquer ser humano erra, mas uma pessoa inteligente admite os seus erros. As portagens na via do Infante são um erro enorme, o IVA a 23% tam-bém, aumentar os impostos não resolve o problema e a nossa esperança de um dia ter um governo que acabasse com as mordomias e fosse escorreito desapareceram num ápice. Como dizem os comunistas, “só mudam as moscas”. Vamos ver se despois desta maratona algum de nós consegue chegar à meta….

No dia 15 de Setembro de 2012 assistiu-se à maior manifestação depois do 1º de Maio de 74. Os portugueses disseram-nos de forma clara e

inequívoca que, se por um lado, estão disponíveis para serem autores dos seus próprios destinos.

Têm sido poucas as consequências políticas das manifestações de rua e das petições que pululam a internet. Ainda que muitas das petições não tenham condições de admissibilidade o facto é que querem dizer alguma coisa, em jeito de alegoria, são o coro de vozes das tragicomédias gregas. O ruído deste coro é tal que passou despercebido o facto de o primeiro-mi-nistro ter em suas mãos um estudo que visa a redução do número de deputados, algo que o PSD defende há bastante tempo e que deve ser objeto de grande refl exão e ponderação de modo a não penalizar a participação parlamentar dos pequenos partidos.

Observem-se duas petições e o que elas implicam. A petição que pede a redução do número de deputados na AR tem cerca de 80 mil assinaturas. Segundo a Lei, uma petição com um mínimo de 75.000 assinaturas sobe imediatamente a plenário porque se assume que esse número de assinaturas, de portugueses com capa-cidade eleitoral, é tão elevado que o seu tema só pode ser de grande relevância para a Nação, ultrapassando os assuntos na agenda parlamentar. No entanto, esta petição até agora ainda não foi entregue a quem de direito, o que signifi ca que a mesma não tem qual-quer efeito prático. A petição que pede a demissão do Presidente da República recolheu 50 mil assinaturas, no entanto, difi cilmente será admitida na AR por ser considerada inconstitucional.

Estes dois temas enquadram-se na Revisão Cons-titucional ou mesmo na refundação da Constituição. Vejamos de fi o a pavio, a redução do número de depu-tados obriga: a uma alteração da Lei Eleitoral e à forma como os partidos indicam os seus candidatos; sendo alterados os círculos eleitorais e para que se estabeleça uma relação útil e responsável entre o Poder Central e o Poder Local, é preciso que seja revista a Lei Quadro

das Regiões Plano; por fi m, um menor número de de-putados, obriga a uma revisão ao Processo Legislativo pois o que temos é obsoleto, inefi caz e inefi ciente e está construído, não só, para não funcionar e, como também, para dar guarida aos negócios paralelos que se fazem na AR.

Quanto à petição que pede a demissão do Presidente da República, oferece-me dizer o seguinte: nunca nos perguntaram se queremos viver numa democracia ou num regime totalitário (por absurda que seja a questão); nunca nos perguntaram se queremos viver numa democracia representativa, semidirecta, ou di-reta. Nunca nos perguntaram se queremos viver em democracia com regime monárquico ou republicano, tal como nunca ninguém nos perguntou se quere-mos viver num Sistema de Governo Presidencial ou Parlamentar. Alguém optou, em nosso nome, por um Sistema de Governo Semi-Parlamentar (para alguns constitucionalistas) Semi-Presidencialista (para outros). Este sistema de governo não sendo carne ou peixe, é, em minha opinião, o que melhor favorece o “deixa andar” e “o ninguém se responsabiliza”. Pessoalmente, acho que este “semi” é a fonte de muita da corrupção que temos em Portugal pois facilita um “jogo de Ping-Pong” entre os Órgãos de Soberania. O jogo é levado ao extremo quando se atira a “bola às pitas” – como quem diz, “o Tribunal Constitucional que se pronuncie”. Por tudo isto, urge refundar a Constituição que vá ao encontro do coro de vozes que ecoa desde 15 de Setembro em todo o Portugal.

De fi o a pavio

Não (h)à crise

E sta semana, o semanário O AL-GARVE é atípico e os leitores bem podem perguntar-se o por-

quê de esta edição estar ‘carregada’ de Europa. A redacção foi convidada a deslocar-se a Bruxelas, através de um programa que pretende aumentar a proximidade entre as regiões e os cen-tros de decisão europeus que – diga-se em abono da verdade – habitual-mente pouco dizem aos portugueses. Bruxelas tem as costas largas. Quando é para justifi car os raids implacáveis da ASAE, é Bruxelas. Quando é para ter de pagar portagens, porque não pode haver discriminações positivas, também é Bruxelas. Bruxelas para aqui, Bruxelas para ali. Mas afi nal o que é Bruxelas e para que serve, para além de nos enviar uns fundos co-munitários? Por lá, parece que existe uma Comissão Europeia que propõe as leis que posteriormente condicio-nam o Parlamento, onde Portugal se faz representar com 22 dos 751 (!) deputados europeus. E apesar desta sensação vaga de Europa a 27, de uma alegada coesão europeia, cada um luta pelos seus interesses, é óbvio. Nes-te momento, é lá que se negoceiam os orçamentos e se discutem as áreas estratégicas de crescimento. E embora por cá isso nos diga pouco, Bruxelas é tão importante que por lá existem centenas de empresas a fazer pressão junto dos deputados, para tentar fazer passar esta ou aquela lei, os famosos lobistas. Dado curioso: a Bélgica esteve quase dois anos a funcionar sem Go-verno e mesmo assim por lá, nas ruas, não se sente ainda a crise. O desem-prego ronda os 7 por cento e o país, mesmo sem governação e a viver em duodécimos, não foi ao fundo. Como seria se isto fosse cá? No meio de tudo isto, convém pensar o que seria do Algarve sem Bruxelas e, sobretudo, o que será da região sem os fundos, que são cada vez mais escassos e onde devemos aplicá-los no futuro, a bem do progresso. É por isso que, mesmo longe, Bruxelas está afi nal tão perto: é que basta um espirro por lá, para dar uma constipação aqui.

Maratona

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Armando MotaMaestro

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Antonieta Guerreiro

Membro do Conselho

Regiões do IDP

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G global

gps guia para a semana

Depois da digressão pelo Algarve, Almada, Coimbra e Évora, a peça de teatro «Laço de Sangue», protagonizada pela ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve - chega ao Teatro da Comuna, em Lisboa. Estará em cena nos dias 15,16 e 17 de No-vembro, pelas 21h30, e no dia 18 de Novembro, pelas 16 horas.

«Laço de Sangue» conta-nos

a história de dois irmãos, fi lhos da mesma mãe, um de pele cla-ra e outro de pele escura, que, procurando aliviar o tédio das suas existências, compram um jornal para que Zach, de pele escura e analfabeto, possa ten-tar arranjar uma correspon-dente do sexo feminino. Emer-ge então a África do Sul sob o apartheid, num jogo perigoso

que põe em cena o drama da barreira de cor, com todos os seus medos e ódios. Metáfora da inaceitável e severamente injusta segregação racial en-tão vigente na África do Sul, Laço de Sangue usa a consan-guinidade entre irmãos para falar do nó de sangue entre todos os homens – um laço quebrado pela consciência

tornada supremacia de uma raça (ou etnia, ou casta) sobre as restantes.

A encenação é de Luís Vi-cente e as interpretações estão a cargo de Luís Vicente e Mário Spencer.

A peça de teatro é aconse-lhada a maiores de 12 anos e o preço dos bilhetes é de 10 euros, sem descontos.

A sede da Associação Cul-tural de Lagoa vai disponibi-lizar aulas de iniciação a viola, guitarra eléctrica, piano, ba-teria e baixo com o professor Fernando Leão.

As aulas decorrem em turmas até quatro alunos, destinadas a jovens a partir dos cinco anos de idade e a adultos. As aulas terão lugar na sala polivalente da sede da

associação, em Lagoa, e na sala de aulas/ensaios da Clave do Sul, em Portimão.

A iniciativa da direcção da Ideias do Levante - As-sociação Cultural de Lagoa (Algarve), em parceria com a Clave do Sul, conta com o apoio do Município de La-goa, da Freguesia de Lagoa, da Locauto Rent a Car e do Estorninho.biz

ACTA apresenta «Laço de Sangue» em Lisboa

Ideias do Levante promove aulas de iniciação a instrumentos

10 de Novembro, Salir, Mostra de Produtos Locais

De 2 a 15 de Novembro, Faro, Mostra do Fundo Antigo

Átrio da Biblioteca de Faro - Mostra do Fundo Antigo da Biblioteca - cerca de quatro milhares de livros do século XVI ao século XVIII.

De 15 a 17 de Novembro, Loulé, Cinema

Cine-Teatro Louletano - primeira edição da LUSODOC – Mostra de Cinema Documental de Loulé.

Bléu...bléu

O bléu bléu é um som estridente. Os sons dos humanos deram

origem à comunicação. Sur-gem os sons guturais que o tempo foi amenizando até aos nossos dias. Surge a fonética. As palavras são uniões de sons. Esta deu origem a um acordo ortográfi co, já que a ortografia surge depois da fonética, e, talvez por isso o ZÉ, pai da língua portuguesa, sacrifi ca-se num acordo, em que a escrita sai “derrotada” pela fonética brasileira. São os sons do tempo. O homem reúne-se. Criam-se grupos de família. O ancião, com seu sa-ber chefi a. O conhecimento da vida, elege-o com respeito e dignidade. A justiça é decidi-da pelos princípios de cultura do grupo. O saber, iluminado pela palavra, resolvia confl i-tos, exalta soluções, tudo para bem do grupo. Os grupos de-senrolaram-se na história do mundo, dentro dos princípios do seu povo. Alastraram-se as tentações contaminadas pelo PODER. Crescem os grupos e muitos encavalitam-se nas religiões, perante a DÚVIDA da GALÁXIA e sua origem. Constitui-se a democracia. O punhal surge arrumando a concorrência do poder do che-fe. A partir daí a democracia foi-se substituindo, sempre acompanhada pela ÂNSIA do PODER. Assim a VOZ do POVO é aproveitada – “Hoje eles...nós amanhã”, diabolizando o PODER. O BLÉU BLÉU dos políticos, não resolvendo os problemas do ZÉ POVO, vão sempre riscando uns fósforos, que se apagam rapidamente, perante as DITADURAS DE-MOCRÁTICAS, refúgio da-queles que vão dizendo que foram eleitos pelo POVO e nunca dizem viemos servir o POVO, E o ZÈ, sempre aperta-do, agarrando-se a guita dos PAPAGAIOS, que o vão lixan-do, até que o vento abrande com o papagaio caído.

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o

Henrique Dentinho

Artista plástico

quebrado pela consciência

Ideias do Levante promove aulas de iniciação a instrumentos

o algarve 02|11|12

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entrevista // global

«Rolling Stones» é o tema do livro de Rolando Rebelo a ser lançado no dia 10 de Novembro, pelas 18h30, na Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, em Portimão.

O lançamento contará com a presença do humoris-

ta Nilton e de Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés.

O autor, um dos mais bem documentados entusiastas portugueses da mítica ban-da liderada por Mick Jagger, revisita nesta obra a relação que os Rolling Stones tiveram com o nosso País ao longo de

50 anos de intensa carreira, revelando alguns episódios desconhecidos do grande público.

O livro tem selo editorial da Zebra Produções e conta com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Portimão.

Loulé prossegue com uma aposta forte na programação de arte contemporânea, com mais duas exposições de fo-tografi a.

De 3 de Novembro a 31 de Dezembro, vai estar pa-tente na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé, a exposição «Murca-do da Balbúrdia», de Vasco Célio, enquanto na mesma data, «Trans-cidades», de João Henriques, pode ser visitada no CECAL - Centro de Experi-mentação e Criação Artística de Loulé, Parque Municipal.Estas duas exposições estão unidas por uma temática comum e transversal: a más-cara, a identidade individu-al, colectiva e dos lugares, o Carnaval, neste caso de Alte e Torres Vedras.

Vasco Célio frequentou o

Curso Nível 3 no CENJOR, em Lisboa, e concluiu uma Pós-Graduação em Arte e Progra-mação Cultural no Instituto Superior Afonso III. Tem par-

ticipado em vários projectos artísticos e mostras individu-ais e colectivas.

João Henriques completa actualmente o Mestrado em

Fotografi a no Instituto Poli-técnico de Tomar. Tem expos-to individual e colectivamente em várias instituições nacio-nais desde 2007.

Rolando Rebelo apresenta «Rolling Stones» em Portimão

Vasco Célio e João Henriques expõem fotografi a em Loulé

Noite de Fado em Alte

LOULÉ O Grupo Folclórico de Alte vai comemorar o seu 75.º aniversário no dia 10 de Novembro, num programa que inclui a apresentação de um CD e a realização de uma noite de fado. O programa tem início pelas 15 horas, no jardim em frente à Casa do Povo de Alte. O grupo apre-senta o seu trabalho, numa cerimónia que contará com a representação de algumas danças e cantares onde a escola de folclore e o grupo de adultos se irão apresentar devidamente trajados.A par-tir das 20 horas, o salão da casa do povo recebe a Gran-de Noite de Fado de Alte, es-tando prevista a realização de um jantar típico de São Martinho, aliada a uma noi-te de fado tradicional.

destaques

4 de !Novembro, Lagoa4 de Novembro - Workshop de Dança Oriental - Asas Isis (Ins-crições abertas) - Associação Cultural de Lagoa

Até 2 de !Novembro, LagosExposição de fo-tografi a « Algarve Panoramic», de Dimitri Reoutov - Antigos Paços do Concelho de Lagos.

www.orquestradoalgarve.comhttp://twitter.com/orquestralgarve . T. 289 860 890http://facebook.com/orquestralgarve

ORQUESTRAdoALGARVE NOVEMBRONOVEMBER 2012

Maestro Titular Principal Conductor Pedro NevesPrincipal Maestro Convidado Principal Guest Conductor Cesário CostaMaestro Associado Associate Conductor John Avery

INFORMAÇÕES INFORMATIONI RESERVAS DE BILHETES TICKETS RESERVATIONR CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA AGE>6

Ciclo de Música Alemã - Integral das Sinfonias de Beethoven German Music Cycle - Beethoven Symphonies Integral

02/11/AYAMONTE (ESPANHA SPAIN) Teatro Cardenio6ªfeira friday, 20h30 8.30pmEntrada paga Paid admissionR T. (0034) 959 32 18 71

03/11/ALBUFEIRA Auditório Municipal, sábado saturday, 21h30 9.30pm, Entrada paga Paid admission, I T. 289 860 890Obras de Works byL.V. BEETHOVEN, CARL VON WEBER Maestro ConductorPedro NevesSolista SoloistPedro Nuno (Clarinete Clarinet)

Ópera sem palavrasOpera without words

09/11/FARO Auditório Pedro Ruivo (Conservatório Regional do Algarve Maria Campina) 6ªfeira friday, 21h30 9.30pm Entrada paga Paid admission

I T. 289 860 890Obras de Works byOTTO NICOLAI, G. VERDI, R. WAGNER, ARTHUR SULLIVAN, LÉO DELIBES, J. STRAUSS II, G. PUCCINI, E. HUMPERDINCKMaestro Conductor John Avery

Ciclo de Música de Câmara Chamber Music Cycle

17/11/TAVIRA Igreja do Carmo, sábado saturday, 18h00 6.00pm, Entrada paga Paid admission

18/11/FAROMuseu Municipal, domingo sunday, 18h00 6.00pm, Entrada livre Free admissionObras de Works byANTONÍN DVORÁK, ANTON ARENSKYAgrupamento de Música de Câmara Chamber Music GroupKrassimir Dzhambazov (Violino Violin)Laurentiu Simões (Violino Violin)Ivetta Natzkaya (Viola)Vasile Stanescu (Violoncelo Cello)Jean-Christian Houde (Contrabaixo Double Bass)

Concerto de Encerramento: Masterclass Internacional Direção OrquestraClosing Concert: International Masterclass for Orchestra Conducting

24/11/FARO Grande Auditório de Gambelas (Universidade do Algarve), sábado saturday, 21h00 9.00pmEntrada paga Paid admission, I T. 289 860 890Obras de Works byW.A. MOZART, J. GUTIÉRREZ HERAS, J.P. MONCAYO, E. ANGULOMaestro Conductor Jesús Medina

Ciclo de Música Alemã - Integral das Sinfonias de Beethoven German Music Cycle - Beethoven Symphonies Integral

30/11/TAVIRA Igreja do Carmo, 6ªfeira friday, 21h30 9.30pmEntrada paga Paid admission I T. 289 860 890Obras de Works by F. MENDELSSOHN, W.A. MOZART, L.V. BEETHOVENMaestro Conductor Pedro NevesSolista Soloist Jorge Alves (Viola)

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Masterclass Internacional de Direção de Orquestra International Masterclass for Orchestra Conducting

20>22/11/FAROUniversidade do AlgarveOrientada por Conducted by Jesús Medina

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saúde // global

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Foi inaugurado a 1 de Novembro, na freguesia de Montenegro, um Gabinete de Psicologia Infantil e de Apoio a Jovens e Adultos, o mais recente serviço de apoio à comunidade.

Segundo refere a Junta de Freguesia em nota de impren-sa, o principal objectivo é “dar uma resposta atempada a vul-nerabilidades de necessidade psicológica”. “Trata-se de um serviço que procura desen-volver acções dirigidas a toda a população, abrangendo as diferentes faixas etárias: crian-ças, jovens, adultos e séniores”, referem os responsáveis, em comunicado.

A junta considera “benéfi co o desenvolvimento do projec-to, uma vez que se conhecem as vantagens de uma intervenção psicológica que permita uma avaliação e acompanhamento atempados dos problemas que se colocam nesta área”.

Com esta iniciativa, criam-se também condições fi nan-ceiras “mais facilitadoras para a participação e integração de todos os que dela necessitam, uma vez que se trata de uma

área em que os serviços públi-cos têm ainda grandes difi cul-dades em dar respostas.”

Os interessados poderão fazer a suas marcações atra-

vés dos contactos habituais da Junta de Freguesia de Monte-negro.

“Com a abertura deste novo serviço, é dado mais um pas-

so para a mudança e inovação na Freguesia de Montenegro, tendo em vista o bem-estar e a qualidade de vida da popu-lação”, rematam.

Dando continuidade ao esforço de melhoria das con-dições de conforto dos doen-tes seguidos no Hospital de Dia de Oncologia, requalifi -cado recentemente graças à solidariedade do Lions Clube de Faro, o espaço conta agora com três novos televisores oferecidos pela referida asso-ciação de serviço social.

Os equipamentos vão contribuir para amenizar o período de tempo inerente aos tratamentos, humanizar os cuidados de saúde e pro-mover uma efectiva melhoria das condições de conforto dos utentes que recorrem a este serviço.

A entrega dos televisores contou com a presença de representantes do Lions Clu-

be de Faro, da directora e da enfermeira-chefe do Serviço de Oncologia, bem como do presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro.

Recorde-se que em Abril passado foram inauguradas as obras de intervenção no

Hospital de Dia de Oncolo-gia, as quais contemplaram pinturas, substituição do chão e roda-macas, num esforço de humanização dos cuidados de saúde materializado pelo Lions Clube de Faro, que até à data contribuiu com cerca de 18 mil euros.

Gabinete de Psicologia Infantil abre no Montenegro

Hospital de Dia de Oncologia requalifi cado

TRT

Um dos factores que influencia as doen-ças num organismo

é o excesso de ácidos no cor-po. A doença não surge pelo facto de existirem bactérias ou vírus no organismo, mas sim pelo ambiente ácido ou base que o próprio possui.As microzinas são peque-nos fermentos que habitam nas células, no sangue, nos fluídos linfáticos, nos gân-glios e a sua função pode ser construtora ou recicladora do organismo. Quando o organismo está saudável, a sua função é a fermentação e ocorre normalmente, tornan-do os micróbios aeróbicos como os acidofi lus e bífi dos. Quando o organismo está doente as condições desse “terreno” tornam-se pato-lógicas e a microzina trans-forma os micróbios a que se denominapleomorfi smo (Pleo- muitos), (morf- mor-fologia). Quando o ph dos tecidos do corpo é ácido os sintomas são menos graves. Quando se conjuga um ph ácido, uma má nutrição e um ambiente defi citário, ocorre um enfraquecimento dos órgãos e do sistema imuno-lógico. As pessoas recorrem à medicação que por sua vez vai originar a mutação e sur-girem sintomas mais graves, tais como, cancro, diabetes, artrite, etc. As microzinas não se destroem pelos anti-bióticios, apenas se mutuam consoante o ambiente que as envolve e do ph existente. As toxinas (ácidos) combinam-se a partir de microformas para provocar no organismo sintomas de crise de cura através de uma secreção na-sal, do suor ou pela diarreia para tentar eliminar as to-xinas, forma adoptada pelo organismo para se “limpar”. A TRT, permite ao organismo no seu todo fazer uma limpe-za de todos os tipos de ácidos existentes como: bebidas, co-midas, ar poluído, excesso de medicação, etc.

666 mil idosos vacinados

Estima-se que cerca de 666 mil idosos com 65 ou mais anos estejam vacina-dos contra a gripe. Dados recentes indicam que foram vacinados 27,3 por cento dos indivíduos pertencentes aos grupos prioritários, 36 por cento dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, 28 por cento dos indiví-duos portadores de doenças crónicas, 22 por cento dos profi ssionais de saúde e pro-fi ssões de risco e 23 por cento dos indivíduos com idades entre os 60 e os 64 anos.

De acordo com a Socieda-de Portuguesa de Pneumo-logia (SPP) e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a vacinação contra a gripe é fundamental para prevenir a doença e a transmissão Pelo 4º ano consecutivo, estas duas entidades apre-sentam os resultados do vacinómetro. Lançado em 2009, este projecto pioneiro em Portugal, permite moni-torizar em tempo real, a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e também no grupo de indivíduos com idades entre os 60 e os 64 anos.

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Hermínia Martins Psicóloga

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Dr. Bravo PimentãoEspecialista em Reumatologia

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Page 23: Semanário O ALGARVE Edit 204

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TLF.: 289 801 548/9FAX: 289 801 [email protected]@oalgarve.com

Rua Dr. José de MatosEdífi cio Platina - Loja A R/C8000 - 502 Faro

O “Guia de Restaurantes” é uma montra útil da variedade dos restaurantes da região. Para a inclusão de novos restaurantes neste guia, consulte-nos através do telefone 289 801 548/9.

FaroRialgarve

Rua Diogo Tavares, Lt 1, Montenegro R

TEL.: 289 806 222 ESPECIALIDADES: Cozinha Tradicional, Grelhados no Carvão, Arroz de Marisco, Cataplanas (por encomenda) Grande Esplanada Exterior, Parque de Estacionamento HORÁRIO: Aberto todos os diasSiga-nos no Facebook

O RibatejanoRua de S.Luis nº32-A R

TEL.: 289 812 110ESPECIALIDADES: Vegetarianos: Bifinhos de Seitam e Cogumelos Frescos, Brique de Tofu e Legumes, CONVENCIONAIS: Raviolis de Carne e Especiarias, Raviolis de Peixe, Carne Assada á Casa, Bife á ChefeHORÁRIO: 12 - 15h; 19 - 22:30hEncerra ao Domingo

Restaurante O BrunoLargo do Mercado (O Italiano), Faro R

TEL.: 289 820 404 TLM.: 919 260 443ESPECIALIDADES: peixe fresco grelhado, Caracóis. Refeição completa ao almoço por 6.50€

Restaurante LaPizaTravessa José Coelho, 13 Faro R

TEL.: 289 806 023ESPECIALIDADES: Comida ItalianaHORÁRIO: 12h - 14:30h; 18:30 - 23:30h

Restaurante O PalhacinhoMercado Municipal de Faro R

TEL.: 289 824 980 ESPECIALIDADES: Cozinha Tradicional, Peixe do dia Grelhado e CarnesHORÁRIO: Encerra aos Sábado à noite e Domingos

Restaurante Sol e JardimPraça Ferreira de Almeida nº 22, Faro R

TEL.: 289 820 030ESPECIALIDADES: Ensopado de Borrego, Arroz de Marisco, Cataplanas, Grelhados no Carvão. Menu Económico (hora de almoço). Grande

Esplanada Exterior, Espaço Fumadores HORÁRIO: Encerra aos Domingos/ Verão aberto todos os dias.

Cervejaria O FarolLargo Dr. Francisco Sá Carneiro R

Mercado Municipal de FaroTEL.: 289 813 394

ESPECIALIDADES: Cozinha tradicional Portuguesa, Carnes Porco Preto, Gambas al Ajilho, Bife à Farol, Peixe e Marisco HORÁRIO: Encerra à Segunda

Restaurante Vasco da GamaRua Vasco da Gama nº 49 -A, Faro R

TEL.: 289 825 646 TLM.: 965 327 129ESPECIALIDADES: Bacalhau no Forno Cataplana de Cherne, Cataplana de Marisco, Marisco VivoHORÁRIO: Aberto todos os dias.

Restaurante Costa AlgarviaRua D. Francisco Gomes, R

nº 13 a 19, FaroTEL.: 289 823 333

ESPECIALIDADES: Cozinha Tradicional, Marisco, Cataplanas, Peixe e Carnes Grelhados, Massinha de Peixe, Arroz de Marisco, Jantares de GrupoHORÁRIO: Aberto todos os dias.

Restaurante Flor do RoxoRua Cruz das Mestras nº 59, Faro R

TEL.: 965 124 825 ESPECIALIDADES: Bacalhau c/ grão, ensopado de Borrego, Galinha de Cabidela. Terça e Sábados: peixe fresco grelhado. Aceitamos reservas jantares: grupo / cursos / aniversários HORÁRIO: Encerra aos Domingos

Rest. Retiro dos AmigosEst. N. 125, Rio Seco R

TEL.: 289 822 917 TLM.: 916 999 196ESPECIALIDADES: Grelhados, Assador à retiro dos Amigos, Cataplanas. HORÁRIO: Encerra às Segundas

Restaurante CentenárioLargo Terreiro do Bispo nº 4/6, Faro R

TEL.: 289 823 343ESPECIALIDADES: Cozinha Típica Algarvia, Peixe fresco Grelhado, Bacalhau ou Polvo á Lagareiro,

Carvoada de Picanha.HORÁRIO: 12 - 16h; 18 - 24h

Restaurante SambadaSambada, Estói, Faro R

TEL.: 289 991 560ESPECIALIDADES: Cataplanas, Arroz de Marisco, Comidas Regionais, Grelhados no CarvãoHORÁRIO: Encerra aos Sábados.

Churrasqueira Santo AntónioLargo Camões nº 23, Faro, R

TEL.: 289 802 148ESPECIALIDADES: Grelhados no carvão, Peixe e carne, Espetadas, Arroz de Marisco Jantares de Grupo e Aniversários

Restaurante PontinhaRua Pé da Cruz nº 5, Faro R

TEL.: 289 820 649ESPECIALIDADES: Cataplanas, Arroz de Marisco, Fondue, Bacalhau Natas, Açorda de Marisco, Xarém c/ MariscoHORÁRIO: 10:30 - 15:30h; 19 - 23 hEncerra aos Domingos

Restaurante O GimbrasR. General Teófilo da Trindade R

nº 3, FaroTEL.: 968 889 669 WWW. ogimbras.pt

ESPECIALIDADES: Caril de Camarão, Bacalhau c/grelos e Broa, Pernil à AntigaSOBREMESA: Lasanha de Maça.HORÁRIO: Aberto todos os Dias.

Restaurante David,Cervejaria, Marisqueira

Gerência de Duarte “ Baixinho” R

Largo do Mercado nº 20/21, Faro TEL.: 289 812 407 TLM.: 916 138 515

ESPECIALIDADES: Peixe e carne de Qualidade, Caracóis, Marisco Vivo, Massinha de peixe, 1 Hora de estacionamento grátis no parque do mercado para os nossos clientes (Almoços e Jantares).

LouléRestaurante Retiro dos Arcos

Av. M. Pacheco, nº 25 R

TEL.: 289 413 861 ESPECIALIDADE: Comida tradicional AlgarviaHORÁRIO: 12 -15h; 18:30 - 22h

OlhãoRestaurante O Lagar

Sitio Belmonte de Cima, Pechão R

TEL.: 289 715 437 FAX.: 289 715 765ESPECIALIDADE: Caça e Arroz de Cherne horário: 12 - 15h; 19 - 23hEncerra às 4º feiras.

São Brás de Alportel Restaurante Beira Serra

Mealhas R

TEL.: 289 843 506ESPECIALIDADES: Espetadas, cabrito no Forno, Cozido á PortuguesaHORÁRIO: Encerra às quintas-feiras

Restaurante Vila VelhaRua Gago Coutinho, Nº 45 / 47, R

8150-151 S.Brás de Alportel TEL.: 289 098 520 TLM.: 965 676 344

E-MAIL: [email protected],

WWW. vila-velha.comESPECIALIDADES: Folhado de Tamboril, Cozinha Portuguesa Alterada

LagoaRestaurante Club House

Mte Sto Aldeamento Turístico, Rua João R

Paulo II, Sesmarias, CarvoeiroTEL.: 282 321 000

CONCEITO DO RESTAURANTE: Club House é Casual Chic, com uma oferta de qualidade a preços moderados especialidade: Cozinha tipicamente algarvia com influências mediterrânicas HORÁRIO: 12 - 5h; 19 - 22h

Quarteira Lendário Rest. & Bar

Calçadão, Av. Infante de Sagres; R

Ed. AtlântidaTEL.: 289 308 067

ESPECIALIDADES: Cataplana de Peixe à Lendário, Sopa Rica de Peixe, Xerém com Conquilhas, Choquinhos Fritos à Algarvia, Bacalhau com Broa de Milho, Espetada de Carne à Lendário, Polvo à LagareiroHORÁRIO: 9- 02h

Restaurante Pic NicAvenida Infante Sagres, R

127/129, 8125 QuarteiraTEL.: 289 301 252 TLM.: 910 550 107

ESPECIALIDADES: Bifinhos na Pedra, Espetadas, Leitão à Bairrada, Peixe Fresco | Vista MarHORÁRIO: 10 - 02h; Aberto todos os dias; Cozinha aberta todo o dia.

Restaurante Rosa BrancaAvenida Infante Sagres, R

Largo do Mercado, 8125 QuarteiraTEL.: 289 314 430 TEL.: 910 550 106

ESPECIALIDADES: Peixe Fresco, Marisco Vivo, Esplanada na PraiaHORÁRIO: Verão: 9 - 02h; Inverno: 10 - 23h; Aberto todos os diasCozinha aberta todo o dia.

Albufeira A Lagosteira

Açoteias, Olhos D’ Água R

TEL.: 289 501 679

WWW. alagosteira.comESPECIALIDADES: Marisco Vivo, Carnes de 1ª Qualidade, Peixe Fresco, Grelhados no Carvão, Cozinha Tradicional Portuguesa, Garrafeira Seleccionada, Menus para festas.

Manjar do MariscoSítio da Mosqueira, 8200 Albufeira R

TEL.: 289 572 969 TLM.: 910 550 101910 550 111

ESPECIALIDADES: Marisco Vivo e Cozido, Mariscadas, Peixe Fresco5 AQUÁRIOS com Mariscos VivosHORÁRIO: 11 - 02hAberto todos os dias. Cozinha aberta todo o dia .Parque infantil e estacionamento privado. Venda directa ao público

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Tempo

Depois do afundamento da Corveta Oliveira e Carmo e do Navio-Patrulha Zambe-ze, outros dois navios vão ser afundados em Portimão já em 2013.

Segundo Luis Sá Couto, proprietário da empresa Sub-nauta - que coordena o pro-jecto Ocean Revival - o navio hidrográfi co Almeida Carva-lho e a fragata Hermenegildo Capelo estão neste momento a ser sujeitos a operações de descontaminação que per-mitam o afundamento até Junho, juntando-se assim aos outros dois no fundo do mar, a cerca de 3 milhas (cinco quilómetros)da costa.

A ideia é atrair turismo subaquático à costa algarvia, com o primeiro museu a ní-vel mundial que junta quatro

navios da Armada de um país. O afundamento da “Oliveira e Carmo” ocorreu a 30 de Outu-bro às 11h38, na sequência de uma explosão controlada. O mesmo aconteceu com o Zam-beze, afundado às 16h04 do mesmo dia, demorando cerca de três minutos a submergir,

após as explosões. O material explosivo foi importado dos EUA, sob elevadas medidas de segurança.

Embora o afundamento de navios para efeitos de mergu-lho não seja inédito, será a pri-meira vez que num só local se poderá visitar quatro navios

de grande porte, pertencen-tes neste caso à Marinha de Guerra Portuguesa. “A ideia era fazer algo de mediático e espectacular para colocar Portugal como destino de mergulho mundial”, explicou o promotor do projeto “Ocean Revival”.

«Algarve Exportador» avança

No âmbito das candidatu-ras abertas no PO Algarve21 - Eixo 1 – Competitividade, Inovação e Conhecimento, no Sistema de Incentivos Qualifi cação de PME, a ACRAL apresentou esta semana uma candidatura a um projecto conjunto de Internacionali-zação, o “Algarve Exportador”, que reúne as intenções de 20 empresas algarvias com vis-ta à exploração de mercados externos. A formalização da candidatura surge após a aus-cultação de várias empresas que demonstraram interesse em integrar o projecto, cuja missão principal é a promo-ção e reforço da competitivi-dade das empresas assegu-rando uma maior orientação dos produtos internos para a procura externa. A iniciativa proposta visa beneficiar as empresas diretamente ligadas aos sectores de Alimentação e Bebidas e de Construção e

Serviços. Segundo o presiden-te da ACRAL, João Rosado, “o projecto pretende agilizar processos de participação conjunta de empresas com in-teresses comuns e que preten-dem promover e divulgar os produtos e serviços junto dos respectivos potenciais merca-dos de interesse, procurando explorar as oportunidades identifi cadas”, afi rma. “Esta-mos certos que este projecto irá contribuir para o aumento das exportações na nossa re-gião e que irá abrir diversas portas nos mercados externos que nos propomos explorar”, acrescenta. Entre as várias ac-ções de promoção destaca-se a participação das empresas em algumas das principais feiras internacionais do sector agro-alimentar e a criação de uma marca comum de divulgação do “Algarve Exportador” e re-alização de suportes promo-cionais (catálogos, website e vídeos promocionais).

Mais dois navios vão ao fundo em 2013

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efundar o estado, é a pedra de toque da direita liberal, lançada por Pedro Pas-sos Coelho. Finalmente, sabemos ao que

veio. Refundar, signifi ca para ele, redesenhar as funções do estado, reduzir as redes de segu-rança social, abrir a livre escolha aos serviços de saúde e à educação. O estado só deve fazer o que ninguém mais pode fazer. Signifi ca que o setor público deve apenas prestar os servi-ços que estão em subprovisão, isto é, que os privados não consigam fornecer. É a ideia do estado mínimo.

Esta ideia peregrina, enraizada neste Go-verno, hiperboliza o sentimento de culpa na-cional. Repetem, até à exaustão, que vivemos acima das nossas possibilidades. Argumentam: não há dinheiro para manter o atual nível de serviços públicos. Dizem: os portugueses não pagam o sufi ciente para ter acesso a tanta coisa. Neste país em que o nível de impostos, este ano, é o maior da Europa.

Consideram, iluminados, que os portu-gueses ganham muito mais do que merecem. Temos de empobrecer. É preciso cortar nos salários, para reduzir despesa pública e tornar competitiva (à custa do trabalho) a economia portuguesa. Daí a redução da TSU e a tentativa de transferência direta dos rendimentos dos trabalhadores para as empresas. Neste país

em que os salários são dos mais baixos da Europa.

Com estes preconceitos ideológicos, o Go-verno tem uma agenda. Promover uma econo-mia de baixos salários, destruir o estado social e degradar os serviços públicos. Para privatizar tudo o que há para privatizar.

Eis como nos querem refundar. Fazer uma contra-reforma. A nossa resposta é clara. Não vamos por aí. Pedra

de toque

Dois navios foram afundados em Portimão, e outros dois já estão a caminho

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Miguel FreitasDeputado do PS

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