SEMI Projeto de Extensao a Comunidade 01 02

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    Projeto de Extenso

    ComunidadeAutor: Mrcio Bergamini

    Tema 01Extenso e Currculo: Espaos para o

    Protagonismo do AlunoTema 02Pensando a Extenso: configuraes e possibilidadesde interveno social para o curso de Letras

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    Tema 02:Pensando a Extenso: configuraes e possibilidades de interveno socialpara o curso de Letras 24

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    Tema 01

    Extenso e Currculo: Espaos para oProtagonismo do Aluno

    Como citar este material:

    BERGAMINI, Mrcio. Projeto de Extenso Comunidade (PEC): Extenso e Currculo:Espaos para o Protagonismo do Aluno.Caderno de Atividades. Valinhos: AnhangueraEducacional, 2014.

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    Tema 01

    Extenso e Currculo: Espaos para oProtagonismo do Aluno

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    Contedo

    Nessa aula voc estudar: A importncia da Extenso na formao acadmica do aluno.

    O currculo como espao dinmico de prticas pedaggicas e sociais.

    O papel do estudante como protagonista dos projetos de extenso.

    CONTEDOSEHABILIDADES

    Introduo ao Estudo da Disciplina

    Caro(a) aluno(a).

    Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Currculo, territrio em disputa,

    do autor Miguel Gonzalez Arroyo, editora Vozes, 2011, Livro-Texto N 612.

    Roteiro de Estudo:

    Mrcio BergaminiProjeto de Extenso a

    Comunidade

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    Habilidades

    Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes:

    Qual o conceito de Extenso utilizado nessa disciplina?

    Quais as contribuies da Extenso para a formao do aluno?

    Como o currculo educacional pode ser um espao para intervenes sociais?

    O que protagonismo estudantil e quais competncias o estudante deve apresentarpara realiz-lo?

    CONTEDOSEHABILIDADES

    LEITURAOBRIGATRIAExtenso e Currculo: Espaos para o Protagonismo doAluno

    Nos ltimos anos, apesar da queda no percentual de abertura de novas turmasnos cursos de licenciatura, observam-se mudanas significativas nas grades curriculares

    e nas abordagens terico-metodolgicas e pedaggicas das disciplinas tradicionaisdesses mesmos cursos. O uso das Tecnologias da Informao e Conhecimento (TIC), asabordagens conceituais e metodolgicas que colocam o aluno no centro da construo doconhecimento, a tutoria dos professores durante o processo de ensino-aprendizagem, eoutros fatores, fazem com que a graduao deixe de ser mais uma mera etapa da educaoformal dos sujeitos, passando a ser um momento de construo da identidade pessoal eprofissional dos mesmos.

    Nessa perspectiva, as instituies de ensino superior tm proporcionado oportunidadespara que os alunos sejam os construtores do prprio conhecimento, oferecendo no s

    a infraestrutura necessria para os cursos, como tambm oportunidades para a prticaprofissional associada a valores de cidadania e contextualizada s comunidades em que osalunos vivem, tornando, assim, a aprendizagem mais significativa.

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    LEITURAOBRIGATRIAEssa postura vai ao encontro do que prope a Lei de Diretrizes e Bases da EducaoNacional, Lei n 9.394 de 20 de dezembro de 1996, quanto finalidade da Educao Superior,em seu artigo 43, inciso IV: promover a extenso, aberta participao da populao,visando difuso das conquistas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisacientfica e tecnolgica geradas na instituio (BRASIL, 1996). O termo Extenso aquientendido como

    O processo educativo, cultural e cientfico que articula o Ensino e a Pesquisa

    de forma indissocivel e viabiliza a relao transformadora entre Universidadee Sociedade. A Extenso uma via de mo-dupla, com trnsito assegurado comunidade acadmica, que encontrar, na sociedade, a oportunidadede elaborao da prxis de um conhecimento acadmico. No retorno Universidade, docentes e discentes traro um aprendizado que, submetido reflexo terica, ser acrescido quele conhecimento. Esse fluxo, queestabelece a troca de saberes sistematizados, acadmico e popular, ter comoconsequncias a produo do conhecimento resultante do confronto com arealidade brasileira e regional, a democratizao do conhecimento acadmicoe a participao efetiva da comunidade na atuao da Universidade. Alm deinstrumentalizadora deste processo dialtico de teoria/prtica, a Extenso umtrabalho interdisciplinar que favorece a viso integrada do social (FORPROEX,2006, p. 21).

    Assim, diante das crescentes necessidades comunitrias e do amplo engajamento dasuniversidades com suas comunidades, tambm no intuito de promover uma formao slidaa seus graduandos, a Extenso se faz importante e necessria por proporcionar experinciassignificativas para os alunos, que articulam os conhecimentos tericos construdos emsala de aula com a prtica efetiva junto comunidade, dentro de sua rea de atuao. preciso destacar ainda, que ela se justifica pelo carter de indissociabilidade entre ensino-pesquisa-conhecimento e por promover o carter autnomo da universidade, bem como a

    exibilidadecurricular.

    diante desse quadro da Extenso que Arroyo (2011) aponta a urgente necessidade de serepensar o currculo, tornando-o espaoso para as vivncias sociais, coletivas e individuais,de professores e alunos. O autor faz essa afirmao observando que ainda pequeno oespao curricular que comporte as experincias dos sujeitos envolvidos no processo deensino-aprendizagem. Isso porque o currculo ainda tratado como se fosse possvel aseparao entre experincia e conhecimento (ARROYO, 2011, p. 116).

    Ocorre, no entanto, que experincia e conhecimento so processos complementares, aindaque nem toda experincia produza conhecimentos academicamente aceitos. Em relaoa isso, preciso considerar que muitas vezes a academia e a escola so excludentes e,

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    LEITURAOBRIGATRIApor vezes, preconceituosas quando se trata da cultura popular e do conhecimento queela produz. Isso porque esto preocupadas no com a aprendizagem significativa, capazde proporcionar aos sujeitos a reflexo sobre os problemas sociais e a interveno parasolucion-los, mas com o ndice satisfatrio em avaliaes internas e externas e em manteruma ordem moralista que est ultrapassada do ponto de vista das exigncias do mundoatual. Como exemplo disso, o autor aponta que

    As cincias s pensam as tecnologias, as descobertas que apontam para oprogresso, para o aumento da produo, para a racionalidade, para a ordem. A

    desordem econmica, social, poltica, moral, cultural que essas adolescnciaspadecem no objeto de conhecimento srio, racional, progressista, cientfico.Logo, suas vidas to precarizadas no faro parte do saber social acumulado,nem da produo intelectual e cultural. Consequentemente, nem se cogitaque as indagaes que os educandos carregam de seu viver entrem em noterritrio por excelncia do conhecimento, o currculo (ARROYO, 2011, p. 240).

    Diante desse quadro, o autor prope que se abra espao nos currculos para os conhecimentosproduzidos em experincias que se do em esferas sociais alm da academia. Para queisso ocorra, necessrio colocar o aluno, tanto da escola regular quanto da graduao, em

    uma relao que envolva experincia/conhecimento-comunidade-aluno. Nesse sentido, aExtenso o locusdo currculo que proporciona essa interao indissocivel, permitindoum trabalho complexo e enriquecedor.

    O currculo de graduao que prev a Extenso para seus alunos no busca atender somentes exigncias legais e normativas que regem o Ensino Superior; mas, sobretudo, buscareformar o pensamento de futuros profissionais, oportunizando prticas reflexivas, sociais,singulares e criativas capazes de abarcar experincias de vida tanto dos graduandos, quantodo pblico alvo atendido em um projeto, professores e demais envolvidos no programa de

    extenso comunitria. no aspecto da flexibilidade do currculo acadmico, em relao extenso, que aescola deveria elaborar seu currculo e suas propostas pedaggicas. Essa posturaproporcionaria, tanto ao professor quanto ao aluno, oportunidades de serem autores deseu prprio conhecimento, trazendo para o espao curricular e escolar, experincias vividasem comunidades que permitam a construo de reflexes sobre as identidades, asrelaes sociais, culturais, econmicas, entre outras.

    Na graduao, a flexibilidade da extenso comunitria permite ao aluno assumir uma posturaproativa em relao s aes desenvolvidas em projetos sociais, bem como em relao pesquisa e produo do conhecimento. Para tanto, exige-se que os sujeitos envolvidos nos

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    nesse sentido que se caracteriza o Protagonismo Estudantil, tambm chamado de

    Protagonismo Jovem ou Protagonismo Juvenil. Em essncia, o Protagonismo Estudantil o movimento marcado por aes lideradas por estudantes de uma determinada instituiode ensino em prol da prpria comunidade estudantil ou das comunidades sociais das quaiseles fazem parte. So aes de interveno a essas comunidades que visam melhoriade problemas, o bem estar, a socializao, a produo de conhecimentos e bens culturais,assim como a construo, resgate e vivncia de valores ticos e morais por todos osenvolvidos no projeto.

    Arroyo (2011) observa que essa uma viso positiva do Protagonismo Estudantil e pondera

    que existe uma viso negativa, bastante cultivada por professores e gestores, que considerao jovem como protagonista de confuses, desordens, indisciplina e desajuste social. O autordefende que embora alguns jovens ajam dessa forma, preciso uma viso positiva sobre oProtagonismo Estudantil, a fim de desconstruir vises cristalizadas de jovens desajustadose inadaptveis escola. E vai alm, afirmando que necessrio analisar o espao do jovemno currculo escolar, reformulando as prticas pedaggicas e curriculares para que o jovemtenha voz ativa e postura proativa ante os desafios de aprendizagem.

    Voc deve ter notado que essa reflexo se pauta em trs pontos: a Extenso, o currculo

    e o Protagonismo Estudantil. No ensino superior, esses trs elementos se articulam demodo mais flexvel do que nas etapas anteriores da educao escolar. Pode-se observar,inclusive, que tais etapas, ensino fundamental e mdio, por exemplo, no possuem sequera Extenso, mas, em tese, proporcionam o Protagonismo Estudantil na prpria escola.

    Toda essa reflexo objetiva que voc tenha compreendido a importncia da Extensoenquanto espao flexvel do currculo do ensino superior e como oportunidade de exercciodo Protagonismo Estudantil. Por fim, espera-se tambm, que, a partir da leitura dos textosindicados, tenha observado a necessidade de maiores reflexes sobre o currculo das escolas

    e a urgente mudana em busca de espaos para a as experincias sociais comunitrias deprofessores e alunos.

    LEITURAOBRIGATRIA

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    LINKSIMPORTANTES

    Quer saber mais sobre o assunto?Ento:

    Sites

    Leia o caderno: Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extenso e a Flexibilizao Curricular:uma viso da Extenso, publicado pelo Frum de Pr-Reitores de Extenso das Universi-dades Pblicas Brasileiras FORPROEX, em 2006.

    Disponvel em:. Acesso em: 2 jan. 2014.

    A publicao traa o processo histrico da implantao da Extenso nas UniversidadesPblicas, observando as mudanas do conceito, bem como a indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extenso, compreendendo a Extenso como espao de flexibilidade curricular.

    Leia o artigo: INFORSATO, E. C. O ofcio de aluno. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA.Prograd.Caderno de Formao: formao de professores didtica geral. So Paulo: Cultura

    Acadmica, 2011, p. 59-65, v. 9.Disponvel em: .Acesso em: 2 jan. 2014.

    No texto, o professor analisa rapidamente as mudanas das concepes pedaggicas daescola e analisa como elas interferem no papel do aluno enquanto sujeito do processoensino-aprendizagem.

    http://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/582/1/01d15t03.pdfhttp://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/582/1/01d15t03.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdf
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    LINKSIMPORTANTESLeia o artigo: CHATEAUBRIAND, A. D; ANDRADE, E. B; MELO, P. P. A Extenso Universitriacomo Instrumento de Cidadania, Organizao Comunitria e Desenvolvimento Sustentvel.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 jan.2014.

    No artigo, as professoras apresentam o resultado de um projeto de extenso relacionado sustentabilidade ambiental com excelente embasamento terico sobre a extenso, suaimportncia e necessidade.

    Vdeos

    Projetos estimulam jovens a conhecer direitos e divulgar aes comunitrias.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 jan. 2014.

    A reportagem mostra como Projetos Sociais estimulam jovens a conhecer direitos edivulgar aes comunitrias. Apresenta tambm vdeos de protagonismo estudantil e juvenil

    desenvolvidos em comunidades escolares na cidade de Belo Horizonte/MG.

    Instrues:

    Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resoluesdas questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarovoc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamenteos enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo deresoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto

    e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

    AGORAASUAVEZ

    https://www.ufmg.br/congrext/Direitos/Direitos3.pdfhttp://www.youtube.com/watch?v=AZViCYSxKYshttp://www.youtube.com/watch?v=AZViCYSxKYshttps://www.ufmg.br/congrext/Direitos/Direitos3.pdf
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    Questo 1:

    Sabe-se que muitas instituies de ensinosuperior oferecem projetos de extensocomunitria, envolvendo estudantes-pro-fessores-pblico alvo, nas mais diversasreas do conhecimento e promoo social.Escreva um breve texto sobre o que voc

    sabe sobre os projetos sociais oferecidospela Instituio de Ensino Superior em quevoc estuda. Em seguida, analise comovoc pode ajudar nesses projetos, consi-derando sua rea de formao. Comparee discuta suas respostas com os colegasde turma.

    Questo 2:

    Em relao finalidade da Extenso, cor-reto afirmar que:

    a) Sua finalidade promover exclusiva-mente a pesquisa, utilizando pessoascomo objetos de estudo dos problemassociais e/ou especficos de uma determi-

    nada rea do conhecimento.

    b) A Extenso tem como finalidade fazercom que o aluno se empenhe em resolverproblemas sociais apenas com os conhe-cimentos adquiridos em sua rea de for-mao.

    c) A Extenso tem como finalidade pro-

    mover a integrao entre estudantes--comunidade-conhecimento, por meio deintervenes sociais, promovendo o re-

    sultado de pesquisas cientficas a partirde projetos elaborados previamente emestudos interdisciplinares.

    d) A finalidade da extenso servir comoestgio para o aluno, preparando-o paraentrar no mercado de trabalho, visto queas atividades desenvolvidas esto dentro

    da rea de formao do graduando.e) A extenso tem como finalidadepromover o bem-estar comunitrio pormeio do trabalho obrigatrio de estudantese instituies de ensino superior.

    Questo 3:

    Arroyo (2011, p. 116) aponta um tratamentodo currculo que impede que experinciassociais sejam consideradas na produodo conhecimento. De acordo com o autor,esse tratamento consiste no fato de:

    a) O currculo ser tratado como umdocumento dissociado da realidade socialde professores e alunos.

    b) O currculo ser tratado como se fossepossvel a separao entre experincia econhecimento.

    c) O currculo ser tratado como se a ex-perincia fosse algo proveniente exclusi-vamente do conhecimento.

    d) O currculo ser tratado como um terri-

    trio estritamente acadmico, sem espa-o para a expresso pessoal dos alunose professores.

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    e) O currculo ser tratado como se o co-nhecimento fosse algo proveniente exclu-sivamente da experincia acadmica.

    Questo 4:

    No captulo O direito a conhecer as expe-rincias sociais e seus significados (p.124-136), Miguel Arroyo (2001, p. 124-125) afir-ma o seguinte:

    Vivemos um impasse na sociedade que chega docncia, s escolas, e aos currculos.De um lado, na medida em que aumenta adiversidade social e cultural dos coletivosque lutam pela emancipao social somosobrigados ao reconhecimento da diversidadede sujeitos autores de experincias diversas.Tentar sintonizar os saberes escolarescom esse movimento ser uma forma deenriquecer os currculos e a docncia. Deoutro lado, [...], a emergncia de um mondoa ser dominado pelas tecnologias vai nosprivando das relaes sociais atravs dasquais as geraes anteriores transmitiam oseu saber s seguintes geraes. Nessasrelaes sociais a educao, os saberes e osvalores, a cultura e a leitura de um mundo setraduziam em experincias.

    Em seguida, a partir de exemplos colhidosem mltiplas experincias escolares, o au-tor prope algumas aes para superar odficit de experincias nos espaos curri-culares. So essas aes:

    a) Ampliao do significado das experi-ncias docentes e discentes; O dilogoentre o real vivido e o real pensado; A va-

    lorizao das experincias mais radicais;O trabalho com as indagaes mais de-sestabilizadoras; A priorizao de experi-

    ncias libertadoras das vises negativasque pairam sobre a escola; e a Explora-o de experincias por meio de inven-es didticas.

    b) Privilegiar somente a experincia dedocentes-educadores; Trabalhar com asrealidades presentes na literatura; O tra-

    balho com as indagaes mais desesta-bilizadoras; A priorizao de experinciaslibertadoras das vises negativas quepairam sobre a escola.

    c) A valorizao das experincias maisradicais; A incorporao apenas de ex-perincias dos grupos socialmente viti-mados; A inveno de uma didtica que

    exclua os conceitos dominantes do co-nhecimento; A vivncia de experinciaslimite durante as prticas docentes.

    d) A incorporao da realidade virtual; Acaptao da pluralidade de significados ob-tidos em experincias; A inveno de umadidtica que incorpore exclusivamente asexperincias sociais de grupos socialmen-

    te vitimados; e o Trabalho com indagaesdesestabilizadoras da realidade virtual.

    e) A reduo dos significados das experi-ncias; A considerao apenas do real vi-vido e excluso do real pensado; A desva-lorizao de experincias mais radicais emvirtude de experincias comuns a todos osenvolvidos no processo ensino-aprendiza-

    gem; O trabalho com indagaes que per-mitam estabilidade das respostas; O traba-lho com experincias de opresso.

    AGORAASUAVEZ

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    Questo 5:

    Embora a escola de nvel fundamental emdio no apresente a Extenso, tal qualas Instituies de Ensino Superior, que pri-vilegia a flexibilidade do currculo com aincorporao das experincias sociais dosestudantes, um conjunto de aes e inter-

    venes, liderado pelos alunos, pode serfeito no ambiente escolar. Esse tipo de ex-perincia chamado de:

    a) Protagonismo Scio colaborativo.

    b) Protagonismo Infantil.

    c) Protagonismo das Experincias.

    d) Protagonismo Coletivo.

    e) Protagonismo Estudantil.

    Questo 6:

    De acordo com o Livro-Texto, tea consi-deraes crticas sobre a necessidade ur-

    gente de os currculos escolares abriremespaos para as experincias sociais deprofessores e alunos.

    Questo 7:

    Miguel Arroyo (2011, p.130) afirma que al-guns projetos trabalham com realidades

    trazidas pelo material didtico utilizadosnas escolas, sobretudo o material literriocomo crnicas, novelas, romances, relatos,

    entre outros. O autor aponta, ainda, que aliteratura latino-americana constitui umarica fonte por apresentar o realismo social,de um modo muito prximo realidade.Discorra sobre como utilizar esse tipo dematerial para o trabalho com experinciassociais.

    Questo 8:

    Considerando a Extenso como um espa-o de flexibilidade do currculo acadmico,aponte a importncia e a necessidade doProtagonismo Estudantil, bem como os be-nefcios que ele traz para a formao daidentidade profissional e pessoal dos gra-

    duandos.

    Questo 9:

    De acordo com Miguel Arroyo (2011,p.116), a polarizao e dessocializao en-tre conhecimento e experincia passou aoperar como padro hierarquizante de sa-

    beres e, principalmente, de experincias ede coletivos sociais e profissionais. Nesseprocesso de hierarquia, supe-se que co-letivos superiores produzem experinciase conhecimentos nobres, enquanto os co-letivos tidos como inferiores, atolados nasvivncias comuns do trabalho e da sobre-vivncia, produzem saberes comuns. Teaconsideraes sobre como transpor esseprocesso de hierarquia, reconciliando co-nhecimento e experincia.

    AGORAASUAVEZ

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    Questo 10:

    Realize uma pesquisa na internet, em sitesde Universidades brasileiras, levantando osprojetos de extenso comunitria que elasoferecem. Procure analisar se as experin-cias sociais dos envolvidos so valorizadase como elas contribuem para a construo

    do conhecimento. Em seguida, debata oral-mente com colegas de turma, trocando in-formaes de modo a exercitar uma refle-xo sobre a temtica estudada.

    AGORAASUAVEZ

    Nesse tema, voc aprendeu que a Extenso, no Ensino Superior, o espao deflexibilizao curricular que permite o trabalho do Protagonismo Estudantil, a partirde experincias sociais de alunos e professores. Ela se faz relevante e necessria porcolocar o graduando em contato com a comunidade na aplicao de conceitos tericose interdisciplinares, na tentativa de solucionar problemas sociais. Aprendeu tambm que,

    na prtica, o currculo escolar no possui essa flexibilidade, porque mantm aspectos daeducao tradicional em um mundo cujas exigncias sociais so outras. Da a necessidadede se repensar o currculo com urgncia.

    Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar

    sua ATPS e verifcar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

    FINALIZANDO

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    ARROYO, M. G. Por novas fronteiras de reconhecimento: a modo de apresentao. In: Cur-rculo, territrio em disputa.Petrpolis: Vozes, 2011. p. 9-19.

    ______________. As experincias sociais disputam a vez no conhecimento. In: Currculo,territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p.115-123.

    ______________. O direito a conhecer as experincias sociais e seus significados. In:Currculo, territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p.124-136.

    ______________. Adolescentes e jovens: seu lugar nos currculos. In: Currculo, territrioem disputa. Petrpolis:Vozes, 2011. p.223-230.

    ______________. Histrias de no esquecimentos, de reconhecimentos dos adolescentese jovens. In: Currculo, territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p. 231-244.

    ______________. Reconhecer os educandos como sujeitos ativos-afirmativos. In: Currcu-lo, territrio em disputa.Petrpolis: Vozes, 2011. p.245-258.

    BRASIL.Lei n 9394 de 20 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da EducaoNacional. Braslia: MEC, 1996. Disponvel em: Acesso em: 2 jan. 2014.FORPROEX. Indissociabilidade ensinopesquisaextenso e a exibilizao curricular:uma viso da extenso. Porto Alegre: UFRGS, 20065. Disponvel em: . Acesso em: 2 jan. 2014.

    REFERNCIAS

    http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723http://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www.unifal-mg.edu.br/extensao/files/file/colecao_extensao_univeristaria/colecao_extensao_universitaria_4_indissociabilidade.pdfhttp://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723
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    Extenso:o processo educativo, cultural e cientfico que articula o Ensino e a Pesquisa deforma indissocivel e viabiliza a relao transformadora entre Universidade e Sociedade.

    Currculo:conjunto de normas, diretrizes e contedos de um curso de graduao e/ou deuma das determinadas etapas da educao formal, ensino infantil, ensino fundamental eensino mdio.

    Protagonismo estudantil: aes e projetos de interveno social em comunidades,liderados por estudantes dos mais diversos nveis da educao formal.

    Flexibilidade: capacidade de ser flexvel, adaptvel, malevel. No texto, a flexibilidade uma qualidade da Extenso que permite ao aluno trazer vivncias e experinciasextracurriculares para a instituio de ensino.

    Relaes sociais: toda e qualquer relao estabelecida em uma sociedade, quer sejaem aspecto individual ou coletivo. As relaes sociais vo desde o contato com familiares,amigos e vizinhos, at o grupo estudantil, professores, profissionais e demais pessoas doconvvio pessoal de um sujeito.

    GLOSSRIO

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    Questo 1

    Resposta: Espera-se com esta questo que o aluno saiba dizer quais so as aes sociaisempreendidas por sua instituio de ensino e que, por meio da reflexo, encontre emsi possibilidades de ajuda e trabalho dentro dessas aes. A questo mobiliza tambmconhecimentos prvios sobre a Extenso e a operacionalizao de projetos sociais emmbito comunitrio.

    Questo 2

    Resposta: Alternativa B. A resposta sintetiza os conceitos abordados no texto da LeituraObrigatria. A finalidade da extenso o trabalho conjunto entre aluno-instituio-comunidadepara a soluo de questes sociais. Para tanto, recomendvel que o aluno protagonizeas aes de coordenao de um projeto social, mobilizando no s conhecimentos de suarea, mas de outras reas que interferem em uma problemtica.

    Questo 3

    Resposta: Alternativa C. A ruptura entre experincia e conhecimento faz com que os

    currculos priorizem apenas o conhecimento em detrimento da experincia. Na viso doautor, essas categorias so complementares: todo conhecimento produzido a partir deexperincias ao mesmo tempo que toda experincia a partir de conhecimentos prvios geranovos conhecimentos.

    Questo 4

    Resposta: Alternativa A. Essas aes esto elencadas em tpicos ao longo do captulo eso analisadas uma a uma em sua importncia para a resoluo da problemtica apontada.

    GABARITO

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    Resposta:Alternativa E. O conceito de Protagonismo Estudantil foi explorado na LeituraObrigatria. O termo tambm conhecido como Protagonismo Juvenil e ProtagonismoJovem, e, essencialmente, refere-se liderana de jovens e estudantes em projetos deaes sociais.

    Questo 6

    Resposta: A partir do Livro-Texto, espera-se que voc compreenda que os currculosso estruturas fechadas que pouco possibilitam a expresso do professor e do aluno, emvirtude do cumprimento de um contedo e do bom desempenho em avaliaes internas eexternas. Alm disso, os contedos curriculares so aqueles considerados como nobres eacadmicos, pois provm de experincias dentro das universidades e no de experinciassociais. Nesse sentido, o currculo dissocia o conhecimento da experincia. A necessidadesurge, ento, das motivaes sociais significativas para os estudantes por estarem inseridosna comunidade e viverem experincias sociais que produzem conhecimentos que deveriamser trabalhos nas escolas.

    Questo 7

    Resposta:Esta uma questo de reflexo que exige que voc associe conhecimentosconstrudos nas disciplinas de literaturas uma possibilidade de trabalho com as realidadespresentes nas obras literrias. Leia o livro Literatura e sociedade, do professor AntnioCndido (Ouro sobre Azul, 2006), que aborda a questo da temtica social relacionada critica literria. Para Cndido, toda literatura revela algo de social e voc, enquanto estudantee professor de Letras, deve pensar sobre isso de modo crtico, articulando a literatura com

    a realidade dos alunos. Na comanda da questo, Arroyo (2011) aponta os escritores latino-americanos como donos de um retrato social bastante fiel que pode ser usado para areflexo sobre as realidades comunitrias.

    Questo 8

    Resposta: Dentro da Extenso, o Protagonismo Estudantil necessrio e importante porproporcionar experincias que associam o conhecimento construdo dentro da sala de aulas prticas de interveno social. Isso ajuda a construir a identidade profissional e pessoaldos graduandos, pois exige deles autonomia, discernimento, engajamento e compromissopara com questes alm-academia, formando cidado ntegros e cultivando valores para amelhoria das relaes humanas em todos os seus aspectos.

    GABARITO

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    Resposta:Existem muitas tentativas de reconciliar experincia e conhecimento, de modoa fazer com que o currculo abra espao para experincias sociais de professores e alunos.O primeiro caminho o repensar o currculo, desconstruindo conceitos consolidados eoferecendo voz aos grupos sociais vitimados e excludos dos centros de reflexo. O segundo, a busca do reconhecimento e autorreconhecimento da identidade desses grupos, comobservao das experincias e do conhecimento que elas produzem. Ao se trabalhar a

    identidade, pode-se refletir sobre as experincias, encontrando solues para problemasque parecem singulares, comunitrios, mas que podem atingir uma gama maior de pessoasna sociedade. Por fim, um terceiro caminho, o alargamento e flexibilizao do horizontecurricular, no sentido de valorizar experincias, considerar singularidades e propor aesmais voltadas comunidade, encarando de frente as [des]ordens do mundo contemporneo.

    Questo 10

    Resposta: Este exerccio tem como objetivo a pesquisa e o contato com projetos de

    extenso. Por meio da anlise crtica, voc deve focar se a experincia valorizada ouno nesses projetos. Em caso positivo, deve refletir sobre como ela contribui na produodo conhecimento. Em caso negativo, deve observar os motivos que levam a sua exclusoe o que poderia ser feito para coloc-la no espao do projeto. A troca de informaes comos colegas de turma e o debate sobre as ideias permite que voc mobilize competnciasde anlise crtica, enriquea seu repertrio cultural e conceitual sobre projetos sociais eencontre inspiraes para agir, por meio da extenso, junto s comunidades das quais fazparte.

    GABARITO

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    Tema 02

    Pensando a Extenso: configuraes epossibilidades de interveno social para o

    curso de Letras

    Como citar este material:

    BERGAMINI, Mrcio. Projeto de Extenso Comunidade (PEC): Pensando a Extenso:configuraes e possibilidades de interveno socialpara o curso de Letras. Caderno de Atividades.Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

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    SeesSees

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    Tema 02

    Pensando a Extenso: configuraes epossibilidades de interveno social para o

    curso de Letras

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    Contedo

    Nessa aula voc estudar: A necessidade de se pensar a Extenso enquanto espao flexvel do currculo.

    A afirmao dos sujeitos enquanto construtores da cultura e do viver digno e justo.

    As possibilidades de intervenes sociais na Extenso do curso de letras.

    CONTEDOSEHABILIDADES

    Introduo ao Estudo da Disciplina

    Caro(a) aluno(a).

    Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Currculo, territrio em disputa,

    do autor Miguel Gonzalez Arroyo, editora Vozes, 2011, Livro-Texto N 612.

    Roteiro de Estudo:

    Mrcio BergaminiProjeto de Extenso a

    Comunidade

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    CONTEDOSEHABILIDADES

    LEITURAOBRIGATRIA

    Habilidades

    Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes:

    Por que a Extenso deve ser pensada como um espao flexvel que oportuniza novosespaos e novos tempos curriculares?

    Como os sujeitos podem se autoafirmar construtores da cultura e do conhecimento

    nos espaos do currculo? Quais possibilidades de interveno sociais podem ser pensadas e realizadas naExtenso do curso de Letras?

    Pensando a Extenso: confguraes e possibilidades deinterveno social para o curso de Letras

    Para incio da reflexo, convidamos voc a assistir conferncia que o escritor e filsofofuturista norte-americano Jamais Cascio (1974) proferiu no TED Ideas worth spreading,

    em 2006, sob o ttulo Ferramentas para construir um mundo melhor. O vdeo possui udioem ingls e legendas em portugus que devem ser ativadas no menu especfico. Paravisualiz-lo acesse o link: .(Acesso em: 2 jan. 2014).

    Depois de voc assistir conferncia, reflita um pouco: a fala de Cascio revela a preocupaocom a construo de um mundo melhor a fim de garantir o bem-estar das comunidades,por meio do uso de tecnologias a favor da resoluo de problemas pontuais e de ordemplanetria. Pode-se observar que muito do que o pensador diz parece estar distante das

    possibilidades concretas do cotidiano, uma vez que ainda grande a dificuldade de acesso abens tecnolgicos e aes comunitrias de amplo engajamento que possam intervir de modosignificativo na sociedade ele mesmo usa um exemplo fictcio para ilustrar suas ideias.

    http://www.ted.com/talks/jamais_cascio_looks_ahead.htmlhttp://www.ted.com/talks/jamais_cascio_looks_ahead.html
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    LEITURAOBRIGATRIANo entanto, as reflexes que o palestrante realiza sobre a postura ante as aes sociaispossveis vo ao encontro das ideias de Arroyo (2011), no que concerne viso otimista emrelao aos problemas do cotidiano: no se pode ignor-los e passada a hora de abord-los oficialmente nas esferas sociais que produzem o conhecimento academicamente aceito.

    Diante dessa postura, pode-se afirmar que, em currculos ainda conservadores e que excluemas experincias sociais docentes e discentes, como visto no tema anterior, o espao quetorna possvel a reflexo e a ao social comunitria no Ensino Superior a Extenso. Da

    a necessidade perene de se pensar sobre ela como o espao de exibilidade curricular.

    A Extenso permite que ideias como as da palestra se desenvolvam, concomitantemente,no ambiente acadmico e comunitrio, como uma via de mo dupla na qual a universidadeest ligada s comunidades excludas e margem dos currculos, ao mesmo tempo em queestas passam a integrar a universidade e a fazer parte dos currculos.

    Nesse sentido, a Extenso proporciona o dilogo aberto entre comunidade e universidade,de modo que as competncias/habilidades exigidas para o trabalho complexo e

    interdisciplinar extrapolem o domnio daquelas que so desenvolvidas na graduao pelosestudantes. Exige-se mais porque a Extenso trabalha diretamente com a sociedade alm-acadmica, investigando problemticas que necessitam da certa sensibilidade humanista,poltica e social para as interaes, intervenes e realizaes seguras que proporcionema soluo de problemas.

    Assim, por excelncia, a Extenso ultrapassa o currculo, construindo novas investigaese intervenes, a partir das experincias sociais de professores, alunos e integrantesda comunidade. Por isso ela deve ser valorizada como o espao para a construo dosprincpios e valores que proporcionaro aos sujeitos em formao a consolidao daidentidade pessoal/profissional.

    Esse processo que concatena as experincias sociais de alunos e professores, reconhecendo-as como experincias vlidas para a produo de conhecimento socialmente aceito e semdeixar de lado a singularidade excntrica de seus contextos de produo, possibilita que ossujeitos exeram seu direito ao viver digno e justo.

    Essa afirmao encontra respaldo nas ideias de Arroyo (2011), ao analisar o processo deluta de coletivos-docentes em busca de um espao nos currculos que permita construira cultura de experinciassociais slidas e que garantam a presena e construo de

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    saberes a partir da vivncia nos mais diferentes espaos socias. Alm disso, o autor propeque nesses processos de luta para autoafirmao identitria so construdas didticas daexperimentao que buscam na singularidade dos sujeitos os parmetros para reconfiguraros espaos de aprender, integrando problemticas em vez de exclu-las ou segrega-las aespaos/tempos fora do espao/tempo do ensino regular.

    Nesse sentido, de acordo com Arroyo (2011), a legitimao das lutas que constroem nocurrculo os espaos da cultura de experincia ressignifica tambm a cultura dos mestres

    e dos educandos. Em relao aos primeiros, o autor aponta a reconfigurao da culturaprofissional coletiva por tenses que provocam perda dos referenciais de classe, constituindoassim, uma das crises do magistrio. J em relao aos segundos, o autor assinala que acultura desse grupo vem se tornando uma cultura de direitos, marcada por reconhecimentoshistricos e legais, como a implantao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA),a universalizao e obrigatoriedade do ensino, o surgimento de programas de cotas eauxlio estudantil, ente outras coisas. Assim, esses sujeitos se afirmam e exigem direitos,procurando seu espao na sociedade e nos currculos.

    Mas, apesar dos quadros em que existe a legitimao das lutas por espaos reconhecidospor direito, nem sempre ocorre o estabelecimento pragmtico das culturas identitrias dosgrupos marginalizados. E a causa disso a rigidez curricular, que se preocupa mais comcontedos reconhecidos pela academia e que se tornam socialmente hierarquizantes dadoo domnio das elites sobre as classes marginalizadas.

    Diante de todo esse cenrio de luta por espaos, pode-se sintetizar a questo da seguinteforma: enquanto na escola professores e alunos buscam seus direitos, mas no encontram

    espao suficiente em um currculo rgido e conservador para vivenciar sua cultura e tomaras experincias sociais como alicerce para a produo do conhecimento, na universidade,a Extenso proporciona a flexibilizao do currculo acadmico, oportunizando experinciascomunitrias que tm como foco a experincia dos sujeitos envolvidos em projetos sociais.Por isso a Extenso, atualmente, importante, pois, pela prtica social durante a formaoacadmica, os futuros profissionais chegaro docncia certos da necessidade de dilogocom a comunidade e vidos por uma prtica mais dialgica e currculos menos engessados.

    Pensando nisso, voc pode se questionar como a Extenso no curso de Letras pode

    trabalhar em conjunto com a comunidade, proporcionando experincias sociais queexercitem a cultura, a produo de conhecimento, a pesquisa, entre outras coisas. Bem,

    LEITURAOBRIGATRIA

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    LEITURAOBRIGATRIAso inmeras as oportunidades para a ao social que vo desde o oferecimento de cursosde idiomas e alfabetizao para jovens e adultos, at programas de consultoria lingustica,apoio preparatrio para vestibulares, entre tantos outros exemplos possveis.

    Para explorar melhor o assunto, apresentamos alguns programas e projetos desenvolvidospor alunos e professores dos cursos de Letras de vrios lugares do pas. interessante quevoc entre em contato com esse material a fim de criar repertrio para pensar a Extensoem sua Instituio de Ensino superior. a partir dos exemplos que voc pode se inspirar e,

    quem sabe, propor aes semelhantes, considerando as problemticas de sua comunidade. Programa Letras e Textos em Ao, da Faculdade de Letras da Universidade Federalde Minas Gerais. O programa proporciona educao continuada para a comunidade emgeral, por meio de palestras, oficinas, cursos e seminrios que envolvem literaturas,expresses da linguagem e idiomas.

    Conhea mais em: . Acesso em 2jan. 2014.

    Veja tambm um vdeo do Projeto Contos de Mitologia mantido pelo programa: . Acesso em 2 jan. 2014.

    Servio de Cultura e Extenso Universitria, da Faculdade de Filosofia, Letras eCincias Humanas USP. O portal mantido pela Faculdade oferece a agenda de cursos,encontros, palestras, simpsios e demais atividades de Extenso promovidas porprofessores e estudantes.

    Acesse para saber mais. Acesso em 2 jan. 2014.

    Centro de Lnguas da Universidade Federal de Gois. O Centro de Lnguas um projeto de extenso do curso de Letras da UFG que oferece cursos de idiomasa preos acessveis a toda populao. No vdeo, a professora coordenadora ValdireneMaria de Arajo Gomes explica o funcionamento do projeto: . Acesso em 2 jan. 2014.

    Projeto de Extenso Comunitria de Educao Continuada em Lnguas Estran-

    geiras: lao entre a Educao Bsica e o Ensino Superior, da Universidade Catlicade Gois. O artigo apresenta o projeto, seu desenvolvimento e resultados, mostrando arelevncia da formao continuada para professores de lngua estrangeira. Disponvel em:. Acesso em 2 jan. 2014.

    http://contosdemitologia.wordpress.com/program/http://www.youtube.com/watch?v=NVQU9QssmMchttp://www.youtube.com/watch?v=NVQU9QssmMchttp://sce.fflch.usp.br/http://www.youtube.com/watch?v=3QTl-jnRZ6ohttp://www.youtube.com/watch?v=3QTl-jnRZ6ohttps://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa153.pdfhttps://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa153.pdfhttp://www.youtube.com/watch?v=3QTl-jnRZ6ohttp://www.youtube.com/watch?v=3QTl-jnRZ6ohttp://sce.fflch.usp.br/http://www.youtube.com/watch?v=NVQU9QssmMchttp://www.youtube.com/watch?v=NVQU9QssmMchttp://contosdemitologia.wordpress.com/program/
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    LINKSIMPORTANTES

    Quer saber mais sobre o assunto?

    Ento:

    Sites

    Explore o portal: Integrao Social Comunitria PISC, da Universidade Estadual de SoPaulo UNESP.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 jan. 2014

    L voc encontra diversos programas mantidos pela faculdade, em parcerias com os

    Governos Federal e Estadual, voltados para o desenvolvimento social marcado pelainterveno direta dos estudantes nas realidades comunitrias.

    Explore o portal: Desenvolvimento Socialdo SENAC.

    Disponvel em:. Acesso: 2 jan. 2014.

    No portal voc pode encontrar os muitos programas sociais que a instituio oferece a seusalunos e comunidade em geral.

    Projeto Nossa Mdia, Departamento de Comunicao Social da Universidade Fede-ral do Paran. No sitevoc acompanha deperto uma iniciativa de professores e estudantes de Comunicao Social em desenvolvera Educomunicao com alunos e professores da rede pblica de ensino no estado doParan, objetivando desenvolver o senso crtico da comunidade escolar em relao aosmeios de comunicao.

    LEITURAOBRIGATRIA

    http://unesp.br/proex/conteudo.php?conteudo=115http://feiradenegociosfemsa.blogspot.com.br/p/senac.htmlhttp://projetonossamidia.wordpress.com/http://projetonossamidia.wordpress.com/http://feiradenegociosfemsa.blogspot.com.br/p/senac.htmlhttp://unesp.br/proex/conteudo.php?conteudo=115
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    LINKSIMPORTANTESNavegue pelo portal e explore: Programa Rede Social.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 jan. 2014.

    Observe como as Redes Sociais so importantes por unir pessoas em torno de um interessecomum, construindo uma complexidade rica em valores e atitudes em prol do bem comum.

    Vdeos

    Redes sociais em linguagem simples.

    Disponvel em: . Acesso: 2 jan. 2014.

    De modo rpido e pontual, o vdeo mostra a evoluo histrica do conceito de Rede Social.Observe como se d a ligao entre pessoas em busca de um interesse comum.

    O que so redes sociais?

    Disponvel em: . Acesso: 2jan. 2014.

    No vdeo, pessoas ligadas comunicao e design tentam explicar o conceito. A pesquisadoraElisa Andries quem esclarece o assunto, ressaltando a relevncia das experincias sociaisque a rede proporciona.

    Redes comunitrias e classifcados sociais.

    Disponvel em: . Acesso: 2 jan. 2014.

    A partir do conceito de rede comunitria, os envolvidos em um projeto do SESC explicam aimportncia dos classificados sociais que visam aproximas pessoas dentro de um interessecomum.

    http://redesocialcambuci.wordpress.com/about/http://www.youtube.com/watch?v=fdb1Aw6IuNEhttp://www.youtube.com/watch?v=ty9xmwMnqtg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=gzzFwpYCPz4http://www.youtube.com/watch?v=gzzFwpYCPz4http://www.youtube.com/watch?v=ty9xmwMnqtg&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=fdb1Aw6IuNEhttp://redesocialcambuci.wordpress.com/about/
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    Instrues:

    Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resoluesdas questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarovoc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamenteos enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo deresoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Textoe fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

    Questo 1:

    Rememore seus tempos de escola. Pensesobre suas aes enquanto aluno e nasaes de seu professor. Dessas lembran-as, identifique atos de autoafirmao iden-titria, procurando as razes de pratic-los.

    Pense em como a escola e a comunidadeescolar professores, diretores, funcion-rios e alunos se relacionavam com a co-munidade local. Procure explicaes, ana-lisando criticamente aquelas posturas. Emseguida, debata com os colegas de turma,procurando analisar a escola de seu tempoe a escola atual.

    Questo 2:

    No texto da leitura obrigatria desta aula, foiapresentado um aspecto da reconfiguraocultural da identidade docente. No captuloReconfiguraes da cultura dos mestres edos educandos, p. 354-361, Arroyo (2011)

    aponta e analisa a fundo alguns processosdessa reconfigurao. Aponte quais so ostrs processos apontados por ele e quaisas consequncias pra a cultura docente.

    AGORAASUAVEZ

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    Questo 3:

    Sobre a relao Extenso-Currculo estcorreto o que se afirma em:

    a) A Extenso ignora o Currculo, ofere-cendo ao estudante outros contedos eprticas dissociadas sua realidade aca-

    dmica, com a finalidade de melhorar asociedade.

    b) A Extenso baseada no Currculo,pois visa colocar em prtica, na sociedadeapenas o que os graduandos desenvolvemem sala de aula.

    c) A Extenso refora o Currculo, porqueapresenta, na prtica, os contedos evivncias pedaggicas vistos em sala deaula.

    d) A Extenso flexibiliza o Currculo, poisaplica nas prticas sociais os conheci-mentos construdos em sala de aula,agregando outros conhecimentos inter-disciplinares.

    e) A Extenso enriquece o Currculo, poisapresenta contedos e prticas que noso vistas no decorrer de um curso.

    Questo 4:

    Pensando no contexto da escola pblica,sua demanda e seu currculo, disserte bre-

    vemente sobre a importncia e necessida-de do estabelecimento da cultura de expe-rincia.

    Questo 5:

    Nos modelos de programas e projetos deExtenso apresentados na Leitura Obri-gatria, bem como na leitura dos textosindicados nos Links Importantes e na vi-sualizao dos Vdeos Importantes, pode--se perceber o forte trabalho social que as

    instituies de ensino realizam junto co-munidade. Em cada um dos programas eprojetos so usados modelos estratgicosdiferentes, ante as necessidades da comu-nidade com a qual se trabalha. Pesquisee escreva sobre o conceito e a funo domodelo chamado Rede Social, tambm co-nhecido com Rede Comunitria.

    Questo 6:

    No captulo Sujeitos do direito aos es-paos do viver digno e justo, p.329-343,Miguel Arroyo (2011) aponta um caminhopara explorar as diversidades de lutas peloespao. Esse caminho sugerido pelo autor

    consiste em:a) Vivenciar experincias de desenraiza-mento, de sem-lugar, todavia, reencon-trando-se sempre com suas origens.

    b) Identificar os coletivos que lutam poruma terra, territrio e pela diversidadede espaos sociais, mostrando a relao

    entre essas lutas e seus significados eas experincias de desterritorializaopadecidas ao longo da histria.

    AGORAASUAVEZ

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    c) Criar a conscincia de que serprofissional da educao e trabalharcom outros docentes e pblico aprendizdiversificado desdobra novas exigncias eposturas que reconheam outros espaose novos significados.

    d) Abrir tempos e didticas para a escuta

    de experincias que trazem como essnciaa luta por espao, de modo a compreenderexclusivamente os processos histricosque envolvem essas lutas.

    e) Procurar entender o processo de lutaespacial como um processo digno deconstruo identitria.

    Questo 7:

    Apesar dos quadros em que existe a______________ das lutas por espaosreconhecidos ___________, nem sempreocorre o estabelecimento pragmticodas culturas identitrias dos gruposmarginalizados. E a causa disso a

    ___________, que se preocupa mais comcontedos reconhecidos pela academia eque se tornam socialmente ____________dado o domnio das elites sobre as classesmarginalizadas.

    A alternativa que melhor completa as lacu-nas :

    a) identificao; por lei; ausncia daExtenso; poderosos.

    b) apropriao; como pblicos; polticaeducacional; reconhecidos.

    c) presena; identitrios; flexibilidade cur-ricular; vlidos.

    d) observao; pelo governo; cultura deexperincias; excludentes.

    e) legitimao; por direito; rigidez curricu-lar; hierarquizantes.

    Questo 8:

    O sistema e a escola com sua organizao,com seus rituais, com seus ideais e seusvalores institucionalizados, com seus orde-

    namentos curriculares, de conhecimentos,tempos e espaos seriam a matriz confor-madora dos valores e ideais, das identida-des e culturas docentes e discentes. Nestamatriz ou nesta forma escolar, o professor ea professora se aprendem como docentese os alunos e alunas se aprendem comoaprendizes. Como explorar esse peso con-formante da estrutura escolar sobre a cultu-ra, valores e identidades? (ARROYO, 2011,p.349)

    Assinale a alternativa que melhor corres-ponde resposta lanada pelo autor:

    a) Estudando, por meio de cursos eoficinas, como a estrutura, o sistema e aforma escolar se formaram, percebendoa influncia que esse processo exercesobre os sujeitos.

    AGORAASUAVEZ

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    b) Investigando, por meios de projetos deExtenso, a formao das disciplinas e opapel especfico dos professores no tratocom o aluno.

    c) Observando e analisando, por meio depesquisas cientfcas, as identidades deprofessores e alunos dentro da escola,

    principalmente em relao s posturasdidticas de ambos.

    d) Estudando, por meio de projetos deExtenso, a estrutura de formao doespao, da cultura, da identidade, parapropor aes que estimulem alunos eprofessores a buscar as origens de sua

    conformao escolar.

    e) Estudando, por meio de pesquisacientfica, a origem do sistema histricoda escola, por meio da anlise dedocumentos e depoimentos de alunos eprofessores.

    Questo 9:

    Assinale a alternativa que melhor repre-senta a relao escola x Extenso, quanto cultura de experincias

    a) A escola, assim como a Extenso, va-loriza as experincias de alunos e profes-sores flexibilizando espaos curriculares

    para dar voz s vivncias sociais.

    b) Enquanto escola valoriza a cultura deexperincias, flexibilizando o currculopara manifestao de professores e alu-nos, a Extenso trabalha apenas o curr-culo acadmico junto comunidade.

    c) Enquanto a escola possui um currculorgido, conteudista, hierrquico e exclu-

    dente, a Extenso pratica a flexibilidadecurricular, proporcionando espaos paraexperincias sociais entre professores--alunos-comunidade.

    d) Tanto a escola quanto a Extenso pro-porcionam a cultura de experincias, arti-culando o conhecimento com prticas so-ciais positivas em comunidades diversas.

    e) A escola possui em seu currculo o es-pao para a cultura de experincias e aExtenso, embora no possuindo esseespao no currculo, pratica as experin-cias, contradizendo as normas legais.

    Questo 10:

    Faa uma pesquisa sobre as principais li-nhas de Promoo Humana. Em seguida,tente relacionar os cinco exemplos de pro-gramas e projetos apresentados na LeituraObrigatria e explorados por voc a algu-mas dessas linhas. Toque ideias com oscolegas de turma se necessrio. Depoisde realizada a tarefa, arquive sua resposta.Ela ser utilizada no comeo do estudo do

    tema 3: Linhas de Promoo Humana.

    AGORAASUAVEZ

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    Nesse tema, voc aprendeu que existem diferenas entre educao bsica e ensinosuperior, no que concerne cultura de experincias: enquanto o currculo escolar nopermite experincias de interveno social, o ensino superior as busca como elemento deflexibilizao curricular. Isso faz com que novas identidades pessoais/profissionais sejamconstrudas durante a formao acadmica. Observou tambm que muitas so as lutas porespao para manifestao das identidades, e que, quando legtimas, essas lutas acabampor reconfigurar a identidade e cultura dos professores e alunos. Por fim, voc explorouexemplos de interveno social a fim de criar repertrio para propor projetos sociais em suarea de formao.

    Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessarsua ATPS e verifcar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

    ARROYO, M. G. Disputas pelo direito cultura. In: Currculo, territrio em disputa.Petrpo-lis: Vozes, 2011. p.344-353

    ______________. Reconfiguraes das culturas dos mestres e educandos. In: Currculo,territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p.354-361

    ______________. Sujeitos do direito aos espaos do viver digno e justo. In: Currculo, ter-

    ritrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p.329-344.

    FINALIZANDO

    REFERNCIAS

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    REFERNCIAS

    ______________. Reconhecer os educandos como sujeitos ativos-afirmativos. In: Currcu-lo, territrio em disputa. Petrpolis: Vozes, 2011. p.245-258.

    CASCIO, J. Ferramentas para construir um mundo melhor. TED: 2006. Disponvel em:. Acesso em: 2 jan. 2014.

    DEPARTAMENTO DE COMUNICAO SOCIAL UFPR. Projeto Nossa Mdia. Curitiba:UFPR, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 2 jan.2014.

    FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Pro-grama Letras e Textos em Ao. Belo Horizonte: 2010. Disponvel em: . Acesso em: 2 jan. 2014.

    UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS. Projeto de Extenso Comunitria de EducaoContinuada em Lnguas Estrangeiras:lao entre a Educao Bsica e o Ensino Superior.Disponvel em: . Acesso em: 2 jan.2014.

    Competncias/habilidades: conjunto de operaes cognitivas, psquicas, mecnicas eafetivas ligadas ao saber ser e ao saber fazer, que so mobilizadas quando na realizaodas tarefas do dia-a-dia, produo do conhecimento e nas relaes sociais.

    Cultura de experincias: conjunto de procedimentos habituais de um determinadosegmento social, profissional ou no, que tem por valorizao o hbito da experinciasocial. A cultura de experincias toma como princpio a valorizao das vivncias pessoaise coletivas como elemento essencial para a produo do conhecimento.

    GLOSSRIO

    http://www.ted.com/talks/jamais_cascio_looks_ahead.htmlhttp://projetonossamidia.wordpress.com/http://contosdemitologia.wordpress.com/program/http://contosdemitologia.wordpress.com/program/https://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa153.pdfhttps://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa153.pdfhttp://contosdemitologia.wordpress.com/program/http://contosdemitologia.wordpress.com/program/http://projetonossamidia.wordpress.com/http://www.ted.com/talks/jamais_cascio_looks_ahead.html
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    Questo 1

    Resposta: Espera-se com esta questo que o aluno reflita sobre seu tempo de escola,elencando como a identidade estudantil fora construda. Nesse processo, deve analisara prpria postura, a postura dos professores e demais envolvidos no processo ensino-aprendizagem quanto valorizao das experincias scias e s lutas de afirmao daidentidade. No debate com os colegas, o aluno deve comparar a postura da escola de seu

    tempo e a postura da escola atual, observando diferenas e semelhanas quanto a essesprocessos e tecendo consideraes crticas sobre as posturas de antes e de agora.

    Questo 2

    Resposta: 1: Reconfigurao da cultura profissional coletiva; as consequncias dissoso a persistncia da rgida, segmentada e hierarquizada organizao do trabalho e dosconhecimentos que acarreta tambm na perda de autoria dos profissionais em virtude daobedincia de um currculo limitado.

    2: O estabelecimento de uma cultura de direitos, que coloca os coletivos docentes comoprotagonistas de lutas por direitos de classe. No entanto, algumas dessas lutas so fracas,por tenses maiores de ordem governamental e curricular.

    GABARITO

    Flexibilidade curricular:um currculo o conjunto de normas, diretrizes e contedos. Ele flexvel quando permite possibilidades de trabalhos e aes que no esto previstas demaneira formal, oriundas das experincias e necessidades dos sujeitos que trabalham como prprio currculo.

    Relaes sociais: toda e qualquer relao estabelecida em uma sociedade, quer sejaem aspecto individual ou coletivo. As relaes sociais vo desde o contato com familiares,amigos e vizinhos, at o grupo estudantil, professores, profissionais e demais pessoas do

    convvio pessoal de um sujeito.

    GLOSSRIO

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    3: A ampliao dos direitos dos educandos educao, que acarreta na exigncia deconformao de novas prticas profissionais que abarquem a diversidade das identidadesdiscentes, a fim de garantir o direito dos educandos.

    Questo 3

    Resposta:Alternativa D. Como estudado, a Extenso flexibiliza o currculo, permitindo prti-cas e experincias sociais que exigem habilidades e competncias alm das desenvolvidas

    durante o curso de graduao. O estudante pode e deve mobilizar conhecimentos de outrasreas, interdisciplinares, para intervir na sociedade de modo a solucionar problemas dasmais diversas ordens.

    Questo 4

    Resposta: Nesta questo, voc deve sintetizar a relevncia da implantao da culturade experincias nas prticas escolares, porque ela permite tornar a aprendizagem maissignificativa, socialmente til, abrindo espao no currculo para a autoria docente e para

    o protagonismo estudantil. A cultura das experincias permite ainda o estabelecimentoda relao escola-comunidade-conhecimento, desconstruindo valores hierarquizantes eexcludentes, e reformando as mentalidades ante as novas necessidades sociais, polticas,econmicas e culturais.

    Questo 5

    Resposta:Rede social uma estrutura social composta por pessoas ou organizaes,conectadas por interesses e objetivos comuns, que possibilita relacionamentos horizontais,

    democrticos, no hierarquizantes, desenvolvendo o esprito colaborativo para o alcance deseus propsitos. A funo de uma Rede Social agregar pessoas em busca de objetivoscomuns, permitindo a troca de ideias, o desenvolvimento da autonomia, da confiana e dasolidariedade.

    Para saber mais sobre Redes Sociais, acesse:

    SENAC. Programa Rede Social. Disponvel em: . Acesso em 2 jan. 2014.

    WIKIPEDIA. RedeSocial. Disponvel em: . Acessoem 2 jan. 2014.

    GABARITO

    http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=a19581.htm&testeira=1928http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=a19581.htm&testeira=1928http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_socialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_socialhttp://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=a19581.htm&testeira=1928http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=a19581.htm&testeira=1928
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    Resposta:Alternativa B. O autor aponta que a identificao dos coletivos que lutam por espao um dos caminhos para explorar a diversidades dessas lutas, permitindo compreendera origem das batalhas. Isso, porque, ao conhecer os grupos, conhecemos as razes deluta, para legitim-las ou no. Grupos minoritrios expulsos ou privados de territrios porbatalhas histricas carregam consigo a cultura e a tradio que outrora pertencera a umlugar. Assim, na explorao da diversidade de lutas por espao compreendido que, muitas

    vezes, luta-se pelo direito memria e identidade.

    Questo 7

    Resposta:Alternativa E. A alternativa completa o sentido do texto, que afirma que, emborahaja legitimao das lutas por espaos reconhecidos, nem sempre essas lutas entram nocurrculo dada a sua rigidez em transmitir um contedo hierarquizante, que exclui, muitasvezes, o processo histrico das lutas da minorias consideradas margem da sociedade.

    Questo 8

    Resposta: Alternativa A. O autor prope que, para entender a forma da escola enquantoconformante das identidades de professores e alunos, preciso privilegiar cursos e oficinasque destaquem o peso conformante da estrutura, do sistema e da forma escolar (ARROYO,2011, p. 349). Isso porque, por meio de tais estudos, possvel se repensar nas relaesespao-curriculo-comunidade-conhecimento, encontrando as razes da escola e de suaidentidade, podendo-se traar planos para a renovao do pensamento em relao a essainstituio e seus sujeitos.

    Questo 9

    Resposta:Alternativa C. A alternativa resume uma sntese da Leitura obrigatria: Enquantona escola professores e alunos buscam seus direitos, mas no encontram espao suficienteem um currculo rgido e conservador para vivenciar sua cultura e tomar as experincias sociaiscomo alicerce para a produo do conhecimento, na universidade, a Extenso proporcionaa flexibilizao do currculo acadmico, oportunizando experincias comunitrias que tmcomo foco a experincia dos sujeitos envolvidos em projetos sociais. Por isso, a Extenso,

    atualmente, importante, pois, pela prtica social durante a formao acadmica, os futurosprofissionais chegaro docncia certos da necessidade de dilogo com a comunidade evidos por uma prtica mais dialgica e currculos menos engessados.

    GABARITO

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    Questo 10

    Resposta:Esta atividade uma sensibilizao prvia para o estudo do tema 3, Linhasde Promoo Humana. Primeiro, voc deve pesquisar quais so as linhas de promoohumana e, depois, tentar classificar os exemplos apresentados na Leitura Obrigatria dotema 2 dentro dessas linhas. Esta uma atividade de pesquisa e de levantamento deconhecimentos prvios a fim de subsidiar o incio da discusso do prximo tema.

    GABARITO

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