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Seminário 1 26 de Maio de 2014 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Hospital Pedro Ernesto Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Anestesiologia Alunos: Alik Bangury Betania Bretas Cintya Caravella Gabriel Carraro Marcela Montojos Nathalia ANESTESIA GERIÁTRICA

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Seminário 126 de Maio de 2014Universidade do Estado do Rio de JaneiroHospital Pedro ErnestoFaculdade de Ciências MédicasDisciplina de Anestesiologia

Alunos:Alik Bangury

Betania BretasCintya

CaravellaGabriel CarraroMarcela

MontojosNathalia

VetereThais

Albuquerque

ANESTESIA GERIÁTRICA

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO

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SISTEMA NERVOSO CENTRAL Diminuição de reflexos e sensibilidade Diminui a capacidade intelectual com

alterações na atenção. Atrofia cerebral Menor fluxo sanguíneo, consumo de glicose e

oxigênio Desgaste de neurônios e depleção de

neurotransmissores Disfunção autonômica: Homeostase difícil (Alargamento PA – Anestesia/Hipotensão)

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SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO

Diminuição da estatura - achatamento dos discos vertebrais. 

Apresenta perda de equilíbrio e dificuldade na marcha

os ossos tornam-se menos resistentes e esponjosos devido à descalcificação.

As articulações se tornam mais frágeis Redução do tônus muscular, ocasionando

atrofia muscular. Sendo o coração um órgão muscular,

aumenta-se o volume.

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SISTEMA CARDIOVASCULAR O coração aumenta-se o volume Hiperplasia do endocárdio Acumulo lipídico no miocárdio Desequilíbrio na condução sinusal Calcificações de estruturas como válvulas e coronárias Frequência cardíaca diminui (“vagotonia fisiológica”) Aumento da PA sistólica Redução ou manutenção da PA diastólica (espessamento arterial) Manutenção do débito: por aumento do volume sistólico

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SISTEMA DIGESTIVO Boca: Edêntulos e xerostomia Esôfago : Menor atividade da inervação intrínseca (facilita

refluxo) Estômago: Hipocloridia e retardo do esvaziamento Pâncreas: Menor secreção de lipase e bicarbonato Fígado: redução do fluxo Sanguíneo que interfere no

metabolismo de drogas (primeira passagem, aumento da meia vida)

Delgado: redução da superfície mucosa e das vilosidade, menor motilidade, menor absorção de nutrientes podendo gerar perda de peso e aumento da proliferação bacteriana

Colo: aumento do tempo de transito e maior incidência de neoplasias

Reto e Anus: Alteração na musculatura esfincteriana

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SISTEMA GENITURINÁRIO Atrofia renal Esclerose e redução de elastina nos vasos Menor taxa de filtração glomerular (menor eliminação de drogas) Túbulos menos responsivos ao ADH Redução do clearance de creatinina(Normalmente a função residual suficiente para evitar azotemia) Menor resistência dos músculos da bexiga e do esfíncter da

uretra (aumento de perdas urinarias) Aumento no risco de infecção em ambos os sexos e de HPB.

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SISTEMA RESPIRATÓRIO Menor capacidade ventilatória Alterações expirométricas – aumento do volume residual e redução

na capacidade vital, volume expiratório máximo ao primeiro segundo , Índice de Tiffeneau e ventilação máxima voluntária

Menor eficiência de trocas gasosas(↓PaO2) Maior rigidez da parede torácica Calcificação das cartilagens costais Degeneração do parênquima pulmonar com redução da

elasticidade e aumento da complacência Redução da força muscular respiratória Redução dos reflexos protetores das vias aéreas (movimento ciliar, reflexo da tosse) Redução da perfusão pulmonar

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SISTEMA ENDÓCRINO Hipotálamo: Menor atividade neurosecretória e maior limiar

de excitabilidade Hipófise: Fibrose difusa e menor sensibilidade aos hormônios Tireóide: menor captação de Iodo, redução do metabolismo

basal e troca do metabolismo tecidual Paratireóides: Maior ação óssea (menor excreção renal) –

Osteoporose Pâncreas: produção lentificada de insulina e aumento na

resistência periférica Supra-renais: redução global, menor ação do SRAA (propensão a hipovolemia e hiponatremia) Gônadas: Redução de estrógenos e Progesterona

(Menopausa) e Testosterona

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SISTEMA ENDÓCRINO

Alterações na pele – perde de umidade (seca e escamosa) e descamação da pele.

Cabelos e unhas frágeis Alteração na visão – diminuição da

acuidade, do campo visual periférico, da adaptação claro/escuro, da noção de profundidade e identificação de cores.

Alterações na audição – diminuição na percepção e discriminação de sons da fala e ambiente.

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SISTEMA ENDÓCRINO Alterações do paladar – diminuição da sensação

gustativa, do interesse pela comida e percepção de odores.

Alterações no tato – diminuição da sensibilidade da palma das mãos e na sola dos pés e da percepção de estímulos nocivos.

Alterações imunológicas: menor resposta das células T e NK e queda na capacidade de resposta dos anticorpos aos novos antígenos.

Alterações psicológicas: Isolamento, dificuldade progressiva nas atividades diárias e angustia em relação a morte

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AVALIAÇÃO DO RISCO FUNCIONAL E CARDIOVASCULAR

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AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICAAnamnese e exame físico Avaliar as condições físicas, emocionais e laboratoriais do

paciente - capacidade funcional Conhecer as drogas utilizadas, dosagem e tempo de uso Identificação de comorbidades - HAS - insuficiência cardíaca - insuficiência renal - diabetes - DPOC Programar a medicação pré-anestésica Selecionar o tipo de anestesia

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Capacidade funcional: expressa em equivalentes metabólicos. Na maioria dos procedimentos

cirúrgicos a taxa metabólica basal chega a 4 METS

1 a 3 METS:• higiene pessoal

• se alimentar• deambular dentro de casa

4 METS:• subir lance de escadas ou uma ladeira

4 a 10 METS:• corrida leve

• arrastar móveis pesados• esfregar o chão

> 10 METS:• esforços vigorosos – futebol, basquete, natação

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RISCO DA ANESTESIA NO IDOSO

Mortalidade em 48h no pós-operatório • 0,5% > 80 anos • 1,6 % > 90 anos

Morbidade • Cardiovascular:12,5% > 80 anos • Respiratória: 7 % > 80 anos • Neurológica: 25,8%

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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO - ASA

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AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA

Identificar fatores de risco : história de IAM, ICC, arritmias, insuficiência coronária

ECG Ecocardiograma Teste ergométrico Solicitar: -Hemograma completo - Eletrólitos, uréia, creatinina - Provas de função hepática

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Raio-x de tórax Espirometria Identificar fatores de risco para

complicações: - DPOC e asma - Tabagismo - Pneumopatia intersticial - Hipertensão pulmonar

AVALIAÇÃO PULMONAR

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COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO

Cardiovasculares (5%) - São as piores do pós-cirúrgico - IAM (3%) - ICC (10%)

Pulmonares - São as mais frequentes (15 a 45%) - Pneumonia é 2x mais prevalente que na

comunidade - Insuficiência respiratória - Broncoaspiração - Tempo de desmame ventilatório prolongado

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Menos comuns: - insuficiência renal - hemorragias - AVC - distúrbios hidroeletrolíticos

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSASMantidos ate o dia

Apenas no dia

1 dia antes 7 dias antes ≥15 dias antes

Β bloq, Cardiotonicos,

K⁺

(iECA) AINE (1 a 2d) Ginkobiloba(36h a 7d)

Inib. do apetite

(Sibutramina)Insulina BCC Alho e Ginseng Ticlopidina

Corticoides e Anti-

histaminicos

Heparina cálcica ou

sódica

Clorpropamida(36 a 48h)

Erva de São João (5 a 7d)

E₂ e tamoxifeno (4

sem)Anti-

hipertensivosHipoglicemiantes

orais em geralGlibenclamida Anticoagulant

es orais (5d)Psicotrópicos,

levodopaVitaminas Insulina NPH

(iniciar a regular)

AAS e Clopidogrel (7

a 10d)Anticonv. ↓ do colesterol HBPM

(Enoxaparina) 12 a 24h

Midazolam

Broncodiltd. Diuréticos Antidepressivos

so iMAO (3 a 5d,

ou 15d)Levotiroxina,

propiltiouracil e metimazol

Heparina cálcica ou

sódica

Varfarina (3a5d)

substituir porheparina

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INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA

DA ANGIOTENSINA Maior incidência de hipotensão arterial,

durante anestesia geral ou regional. Causam moderada hipercalemia Se mantido pode aumentar necessidade

de vasopressores após indução e manutenção da anestesia. (pp captopril)

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BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CALCIO

↓ inotropismo e cronotropismo na associação aos inalatórios

Ligam-se às proteínas deslocando outras drogas (lidocaína, bupivacaína, diazepam, disopiramida, propranolol).

↑ potência dos BNM adespolarizantes e anestésicos inalatórios (Eflurano). ↑ depressão miocárdica e vasodilatação periférica

OBS nimodipina: ↑ consumo de morfina no pós-op Com Digital e Beta-bloq → BAV total. REVERSÃO COM Ca ++ !!

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BETA BLOQUEADORES INESPECÍFICOS

Efeito aditivo com agentes inalatórios ou venosos

Podem reduzir a recapitação celular de K+

Podem produzir broncoespasmo na asma brônquica

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BETA-1-BLOQUEADORES

Diminuem: frequência cardíaca sangramento per-operatório arritmias provocadas pelos agentes

inalatórios

Aumentam estabilidade cardiovascular

Em doses clínicas não provoca broncoespasmo

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ANTIARRITMICOS QUINIDINA: Causam depressão miocárdica Potencializa ação dos BNM: Adespolarizantes e Despolarizantes

AMIODARONA E O BRETÍLIO Duração de efeito até 45-60 dias Produzem bradiarritmias, baixo débito e

hipotensão arterial durante anestesia

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VASODILATADORES

Hidralazina - isossorbida - diazóxido: Podem aumentar efeito hipotensor dos

anestésicos

NitroglicerinaProlongam o relaxamento muscular (por

diminueirem fluxo sanguíneo muscular)

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DIURETICOS

Hipovolemia

Hipocalemia + alcalose respiratória (disrritmias)

Aumentam a toxicidade dos digitálicos

Potencializa ação dos BNM

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CORTICOIDES

Duração e dose do glicocorticoide indicam seu manejo:

< 3 semanas, alternado (cronicamente) Doses permanecem Prednisona 5-20mg/dia por > 3 semanas ?? Teste ou empírico Prednisona > 20mg/dia ≥ 3 semanas ou

aparência Cushingóide Doses maiores

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Caso essa medicação tenha sido utilizada por via oral, parenteral ou tópica, até seis meses antes da cirurgia, a sua reposição deverá ser realizada no período perioperatório, com hidrocortisona, na dose de 100 a 200 mg, por via intravenosa, evitando, assim, a insuficiência suprarenal.

Se descontinuar o glicocorticoide?

Hipotensão – refratária a reposição volêmica

CORTICOIDES

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iMAO’s

Há interação especialmente com opióides.

Risco de taquicardia e IAM com uso de halotano e vasopressores

Opção: Selegilina, inibidor seletivo da MAO-B

Evitar associação com meperidina: agitação, rigidez muscular e hipertermia

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ANTIPARKINSONIANOS

Levodopa deve ser mantida até a manhã da cirurgia e retomada o quanto antes.

A T½ é curta: interrupção >6 a 12 horas →abrupta perda da resposta terapêutica.

Retirada abrupta: intensa rigidez muscular, prejudicando ventilação

Pré-anestesia: contra-indicados os fenotiazínicos e butirofenonas (droperidol), pelo antagonismo dos efeitos da dopamina nos gânglios da base.

A pré-anestesia deverá ser realizada com benzodiazepínicos via oral.

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Na Manutenção da anestesia: Utilizar anestésicos halogenados de rápida

recuperação (sevoflurano e desflurano) Halotano: maior chance de disritmia cardíaca Estudos com rato: Halotano, enflurano e isoflurano:↑dopamina nos

gânglios da baseTIOPENTAL E CETAMINA (IV)

Rigidez após uso de alfentanil pode indicar uma diminuição da transmissão central dopaminérgica induzida pelos opióides.

ANTIPARKINSONIANOS

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AAS Inibidor da COX ↑ risco de perda sanguínea intraoperatória e complicações hemorrágicas. Ajuda a prevenir complicações vasculares, como o tromboembolismo

cardíaco.

Retirar a aspirina no pré-operatório está associado a aumento da mortalidade em pacientes que irão realizar bypass arterial e pacientes com doença cardiovascular (aumenta risco de SCA e AVE).

Continuar ou descontinuar? Avaliar risco X benefício Continuar: Pacientes com risco de complicações vasculares (ex. pacientes

com stens ou que irão realizar intervenção arterial periférica) Descontinuar (7-10 dias): Pacientes com baixo risco de eventos

cardiovasculares. Bem como pacientes na qual uma hemorragia possa ser catastrófica (ex.cirurgias no SNC, camara posterior do olho, intramedular ou espinhal, cirurgia plástica etc).

Reiniciar a terapia após aproximadamente 24h (se hemostasia adequada)

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MIDAZOLAM E GINKOBILOBA

Estudos demonstram que o extrato de Ginko Biloba pode diminuir a concentração sérica do Midazolam em torno de 30-34%, após seu uso por 4 semanas ou mais. Interromper 7 dias antes da cirurgia

Maior risco de hemorragias

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HIPOGLICEMIANTES ORAIS

Os hipoglicemiantes orais devem ser suspensos, para se evitar o risco de hipoglicemia durante o jejum pré-operatório.

Os diabéticos, caso seja necessário, precisarão de insulina regular para tratamento da hiperglicemia.

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AGENTES E TÉCNICAS EM GERIATRIA

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AGENTES

Anestésicos inalatórios:CAMEfeitos no miocárdio

Anestésicos não-voláteis:DoseTiopental;agonistas opióides;diazepam;midazolam

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Relaxantes musculares:

Início do bloqueio

Recuperação do efeito das drogas(excreção renal/ excreção hepática)

Atracúrio e pipecurônio

Succinilcolina:(efeito da colinesterase)

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TÉCNICA

Posicionamento

Técnica anestésica pré-anestésica:seleção de fármacos e adequação de doses

Atenção especial na unidade de recuperação pós-anestésica

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OBRIGADO !!!