Seminário internos de Pesquisa - Funedi/Uemg
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PROJETO DE PESQUISA
A ATUAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO FRENTE À PROMOÇÃO DA PAZ E O COMBATE À
VIOLÊNCIA Coordenador André Martins
1º. SEMINÁRIO INTERNO DO GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FUNEDI/UEMG
CRISTINA ALVARENGA SANTOS5º. PERÍODO DE PSICOLOGIA
BOLSISTA E PESQUISADORA FUNEDI/UEMG
http://lattes.cnpq.br/8043836582538805
ARTIGOS CULTURA DA PAZ E PSICOLOGIA ESCOLAR Miriam Lúcia Herrera Masotti Dusi Claisy Maria Marinho de Araújo Marisa Maria Brito da Justa Neves Fonte: Revista Psicologia Escolar e Educacional, 2005 Volume 9 Número
1 135-145• Aprendendo a “Brigar Melhor”: Administração de Conflitos sem
Violência na Escola Helga Loos Thomas Josef Vincenz Zeller Fonte: Interação em Psicologia, 2007, 11(2), p. 281-289
• A PAZ ETERNA? Michel Plon Ágora v. VII n. 1 jan/jul 2004 9-21
• “…exigimos o eterno do perecível, loucos.”• Caio Fernando Abreu, in Pequenas epifanias
CULTURA DA PAZ
A Cultura da Paz
Processo construtivo e dinâmico - ONU
• “Conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, propiciando o fomento da paz entre as pessoas, os grupos e as nações.”(Declaração sobre uma Cultura de Paz, ONU, 1999, artigos 1 e 2)
OBJETIVO
• Estabelecer uma interface entre a Cultura da Paz declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Psicologia Escolar.
Instituição escolar como espaço
relevante para a promoção do desenvolvimento humano e canalização cultural.
“A paz envolve uma visão de
construção, de ação e de investimento pessoal na auto-
transformação e na transformação do meio.”
Paz ausência de conflitos.
Processo positivo, dinâmico e participativo em que se promove o diálogo e a solução dos conflitos
Sujeito como importante agente de transformação e de ação cidadã.
Presença do afeto negativo
Situações potencialmente geradoras deviolência.
Muszkat (2003) aponta:
violência como testemunho da dificuldade de conviver com a diversidade
UNIVERSO ESCOLAR
Local de divergências constantes
Fonte objetiva de conflitos
O Artigo 4 da Declaração sobre uma Cultura de Paz reafirma a posição educacional, considerando-a como um dos meios fundamentais para a edificação da cultura de paz, particularmente na esfera dos direitos humanos.
Escola enquanto espaço de manifestação e vivência da realidade subjetiva do sujeito.
PAPÉIS DA CULTURA CULTURA COMO MEDIADORA DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO
CULTURA COMO PROCESSO DE INTERNALIZAÇÃO/EXTERNALIZAÇÃO DE UMA REDE DE SIGNIFICADOS HISTORICAMENTE CONTRUÍDOS E PARTILHADOS.
ESCOLA COMO LOCAL QUE POSSIBILITA O SUJEITO O CONTATO COM ESTA REDE DE SIGINIFICADOS TRANSMITIDOS PELA CULTURA.
Possíveis motivos para do comportamento agressivo
Potencial individual para a agressão está relacionado a variáveis situacionais presentes no momento que podem ser influencidos por fatores:
biológicos afetivo-emocionais cognitivos
Estes fatores são modulados pelas relações sócio
culturais que são vivenciadas por cada pessoa ao longo da vida.
Vivências prévias em situações de stress e conflito, bem como o nível de exposição à violência, tanto no ambiente familiar como no grupo social, incluindo a mídia, têm sido consideradas relevantes para a formação do potencial para a agressão.
Aprendendo a “brigar melhor” – o papel damediação
• A mediação método de condução de conflitos e disputas por uma terceira parte (treinada), que busca facilitar a negociação (Souza, 2003)
• Procura favorecer uma posição equitativa de poder entre elas – o que não estão conseguindo fazer por si próprias.
LOCAIS
• A partir de observações prévias, por ocasião da realização de uma pesquisa no contexto de uma escola pública municipal que atende a uma comunidade socioeconomicamente desfavorecida na cidade de Curitiba (PR), em que se constatou a presença constante de episódios de agressividade.
Métodos da intervenção
• Diversas atividades lúdicas como: (1) Jogos: desenvolver habilidades ligadas à
percepção, à comunicação, à cooperação e ao desenvolvimento da auto-estima
• (2) Discussão/avaliação: as discussões, sempre em círculos, tinham por finalidade sensibilizar o grupo
• (3) Trabalho com fantoches • 4) Dramatizações
A PSICOLOGIA ESCOLAR
A ética profissional na atuação da Psicologia
Escolar pressupõe a revisão de crenças, conceitos e concepções sobre a especificidade da ciência psicológica que, efetivamente, proporcione o desenvolvimento de novas atitudes e comportamentos.
A Psicologia Escolar uma área de atuação
promotora da Cultura de Paz no contexto educativo, por meio de construções, de ações direcionadas ao respeito pleno à vida, aos Direitos Humanos, à dignidade e ao desenvolvimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprender a “brigar melhor”, isto é, a encarar a diversidade de motivos e de opiniões, a argumentar de forma
direta e empática, evitando assim confrontos agressivos e exercitando
a alteridade.
O uso do recurso dialógico pode e deve funcionar como neutralizador das desigualdades e, por conseguinte,
da violência, como assinala Morais (1995), inspirado em Martin Buber.
“Nunca teremos um mundo sem conflitos – e talvez isso nem seja
desejável, pois o conflito é a expressão da diferença.”
A PAZ ETERNA?
A partir de uma análise das reflexões de Freud sobre as motivações da guerra e as possibilidades da paz, presentes sobretudo nos textos “Considerações atuais sobre a guerra e a morte” e “Por que a guerra?”, o autor formula a idéia de que o pacifismo poderia ser encarado como uma expressão da pulsão de morte, enquanto o
reconhecimento da guerra como forma primeira do socius poderia manifestar uma expressão da pulsão de vida.
• Freud sublinha a pulsão de morte como sendo a “pulsão de destruição quando voltada para o exterior, o outro, o estranho, o hostil, não está longe talvez de assegurar ao ser humano a preservação da “sua própria vida, por assim dizer, destruindo uma vida alheia ”...
• (FREUD, 1920-1981)
Inversamente, o reconhecimento da guerra
como forma primeira do socius, na sua forma menos marcada de crueldade, a política, produto extremamente precioso destes processos culturais constituiria a manifestação da pulsão de vida.