Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

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Apresentação feita para o seminário que realizamos em nossa instituição.

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No prefácio, Emmanuel adverte que o objetivo

da obra é recordar as lutas acerbas e os

ásperos testemunhos de um coração

extraordinário, que se levantou das lutas

humanas para seguir os passos do Mestre,

num esforço incessante.

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Paulo e Estevão é um marco no trabalho do

médium mineiro pelo esforço em psicografá-lo

que consumiu cerca de 8 meses em atividade

de recolhimento diário no porão da casa da

família Joviano, sem outras testemunhas a não

ser um sapo. Em várias ocasiões que falou

sobre este livro, Chico dizia que primeiro era

levado pelo seu mentor e autor da obra para

ver as cenas, em detalhes, e depois psicografar

os textos.3

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Todos os dias, com exceção de domingo,

depois do expediente no escritório da Fazenda

Modelo, em Pedro Leopoldo, ele descia para o

porão da casa do Sr. Rômulo Joviano, o seu

chefe, e punha-se a trabalhar na psicografia.

Começava por volta das 17:15 horas e, por

vezes, ia até à 1:00 h. da madrugada!

Como única testemunha um sapo que aparecia

todas as noites e se retirava assim que ele

terminava a psicografia. 4

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A obra representa um resgate do Cristianismo,

em sua pureza espiritual, representando um

roteiro seguro para os trabalhadores da Seara

do Mestre.

Ler este livro é trazer luz para a sua

consciência. Ele luariza o ambiente e amplia

visões. Vivemos um momento em que nossa

sintonia tem valorizado muito livros que apesar

de se dizerem espíritas fazem novelas infernais

do umbral, reeditando o inferno medieval.

Trazendo o velho com roupa de novo.

Reflitamos...

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A missão da Doutrina Espírita não é entulhar

as mentes com detalhes do Umbral que

deve ser superado. Mas, encher nossas

mentes com luz divina para que deixemos

de uma vez por todas o umbral e ajudemos

nosso mundo doente a se regenerar.

Diretores da federação espírita brasileira

tem o feliz hábito de ler Paulo e Estevão

uma vez por ano e ir a ele, sempre que

querem melhorar a ambiência. Fica a dica.

Devemos tirar os espíritos do umbral e não

trazer o medo e a ameaça de novo à Terra.

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Chico Xavier, em inúmeras entrevistas,

declarou sua predileção pelo

romance Paulo e Estêvão dizendo se

tratar da obra que lhe proporcionou

experiências gratificantes e profundas,

tendo em vista os quadros espirituais por

ele presenciados e a presenças dos

espíritos mencionadas no romance.

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Em seu livro Amor e Sabedoria de Emmanuel (edição

Ide), Clóvis Tavares, amigo de Chico Xavier e das mais

lúcidas expressões do movimento espírita no século

passado, traz-nos a descrição de um fato muito

importante que, parece-nos, não foi registrado no meio

espírita com a ênfase necessária.

Trata-se de mensagem de Emmanuel, recebida por

Chico Xavier, a 13 de março de 1940, e que trata do

encontro entre Emmanuel, então na figura do

respeitado senador Públio Lentulus, com o apóstolo

Paulo, na Roma Antiga, pouco antes do martírio do

apóstolo dos gentios.

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No século XVI, Emmanuel reencarnado como Manuel da

Nóbrega, fundou, no planalto paulista, um então modesto

núcleo civilizatório ao qual deu o nome de São Paulo, em

homenagem ao Apóstolo dos Gentios, que se tornou,

atualmente, uma das mais importantes megalópoles do

Planeta.

Uma observação importante de Emmanuel sobre Paulo de

Tarso é a de que Jesus encarregou-o da missão de trazer

para o Aprisco do Bem as grandes inteligências desviadas

no Mal, o que retrata o perfil daquele que, em suas

encarnações conhecidas, é sempre um misto de doçura e

firmeza inquebrantável, mas cuja característica maior é a

fidelidade absoluta ao Divino Mestre.

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O Cristo é uma entidade de evolução inimaginável.

Dirige de forma gloriosa os destinos planetários. Daí

que sua vinda a este planeta é um marco.

Não é uma data qualquer. Sua presença marca o

início do processo de maturidade espiritual

planetária.

Nossos inconscientes recebem um incremento. Um

fermento.

O ensino do Cristo , vivido, não tão somente

pregado. Demarca uma mudança nos hábitos do

mundo. O Cristo prega à luz do dia. Não mais para

iniciados, renunciantes ou mestres de meditação.

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Jesus: o mestre radical

da não violência

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e

de toda a tua alma e de todo o teu entendimento, este é o

maior e o primeiro mandamento. E o segundo,

semelhante a este, é : Amarás ao teu próximo como a

ti mesmo. (Mateus: 22: 34-40)

Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e

aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os

vossos inimigos, fazei bem aos que vos odiais, e orai

pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes

filhos de vosso Pai... (Mateus: 5.43-47)

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1. O ensino de Jesus tinha autoridade. Jesus

ensinava como quem tinha autoridade (Mc

1:14, 15; 21, 22), que era demonstrada por

seus atos e palavras. Essa autoridade era

autenticada por seu conteúdo e sua pessoa.

Jesus amava aqueles aos quais ensinava.

Jesus amava seus alunos de um modo que

indica os profundos desejos de todo o coração

por um relacionamento de intimidade com o

outro e com Deus. Esse relacionamento de

amor com Jesus era também caracterizado por

uma preocupação com a verdade conforme o

mestre por excelência a comunicava.

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A Sublime Iniciação

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Albano Metelo em Obreiros da Vida Eterna“– Também eu

tive noutro tempo a obcecação de buscar apressado a

montanha. A Luz de cima fascinava-me e rompi todos os

laços que me retinham em baixo, encetando dificilmente a

jornada.

(...)

Consegui, porém, vencer os óbices imediatos e ganhei,

jubiloso, pequenina eminência. Em me voltando, todavia,

espantou-me a visão terrífica do vale: o sofrimento e a

ignorância dominavam em plena treva. Desencarnados e

encarnados lutavam uns contra os outros, em combates

gigantescos, disputando gratificações dos sentidos

animalizados. O ódio criava moléstias repugnantes, o

egoísmo abafava impulsos nobres, a vaidade operava

horrenda cegueira... Cheguei a sentir-me feliz, diante da

posição 15

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que me distanciava de tamanhas angústias. Contudo,

quando mais me vangloriava, dentro de mim mesmo,

embalado na expectativa de atravessar mais altos

cumes, eis que, certa noite, notei que o

vale se represava de fulgente luz. Que sol

misericordioso visitava o antro sombrio da dor? Seres

angélicos desciam, céleres, de radiosos pináculos,

acorrendo às zonas mais baixas, obedecendo ao

poder de atração da claridade bendita. Que acontecera?

– perguntei ousadamente, interpelando um dos áulicos

celestiais. – “O Senhor Jesus visita hoje os que erram

nas trevas do mundo, libertando consciências

escravizadas. Nem mais uma palavra.

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O mensageiro do Plano Divino não podia conceder-

me mais tempo. Urgia descer para colaborar com o

Mestre do Amor, diminuindo os desastres das quedas

morais, amenizando padecimentos, pensando feridas,

secando lágrimas, atenuando o mal e, sobretudo,

abrindo horizontes novos à Ciência e à Religião, de

modo a desfazer a multimilenária noite da

ignorância.(...)

Albano Metelo, Obreiros da Vida Eterna)

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É a sublime iniciação. O Amor vivido a todos.

Visando a retirada de todos das trevas íntimas.

Vivenciar o amor.

O Cristo nasce numa etnia que se julga

escolhida por Deus.

Em meio a um povo dominador que tinha o

orgulho e a violência como marca maior. E, Ele

veio, Pão da Vida, Luz do Mundo, tinha o olhar

quente e profundo, soerguer a todos nós.

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Sua mensagem renova a vida mental da

humanidade. Muito mais que fenômenos, sua

aura de amor toca o plano físico e inicia o

processo de renovação planetária.

Essa a Missão de seus ensinos. Educar as

almas semi-animalizadas e conduzi-las a um

patamar “desumbralizado”

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-A Missão de Paulo

- A judaização do cristianismo e a

revolta Judaica que começa em

66 d.c e termina com a

destruição de Jerusalém no ano

70.

- -A difusão do cristianismo.

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Pequena narração Emotiva

Vídeo com as poesias do Gladston

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Abigail, na candidez dos seus dezoito anos, era

um gracioso resumo de todos os encantos das

mulheres da sua raça. Os cabelos sedosos

caíam –lhe em anéis caprichosos sobre os

ombros, emoldurando -lhe o rosto atraente num

conjunto harmonioso de simpatia e beleza. No

entanto, o que mais impressionava, no seu talhe

esbelto de menina e moça, eram os olhos

profundamente negros, nos quais intensa

vibração interior parecia falar dos mais elevados

mistérios do amor e da vida.22

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Abigail mostrou-se muito impressionada com as pa

lavras do irmão- e acentuou:

Lembras-te? Sempre nos ensinou que os filhos de

Deus devem estar prontos para a execução das

divinas -vontades. Os profetas, por sua vez, nos

esclarecem que os homens são varas no campo da

criação. O Todo –Poderoso é o lavrador e nós devemos

ser os galhos floridos ou frutíferos, na sua obra.

(...) Não será uma felicidade, neste mundo,

podermos sofrer alguma coisa por amor de Deus?

Quem nada tem, inda possui

o coração para dar.23

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Ansioso de aproveitar os instantes felizes que desfrutava,

desejando perpetuar aquele encontro, perguntou o que

fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios

do Cristo e a resposta não se fez

esperar: Ama! Respondeu Abigail.

E nova pergunta de Saulo: como proceder de modo a

enriquecer na virtude divina? (...) como fazer para que a

alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com

Jesus Cristo? E a resposta: Trabalha! A nova resposta do

Espírito.

Saulo voltou a perguntar: Que providências adotar contra o

desânimo destruidor? Espera! Responde Abigail.

Nova pergunta foi apresentada: Como conciliar as

grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos

homens? Perdoa! Afirmou Abigail. 24

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Interessante refletir nos quatro verbos apresentados pelo

Espírito como respostas às aflitivas indagações de Saulo:

amar, trabalhar, esperar, perdoar.

Observados detidamente permitem visualizar um autêntico

roteiro de vida com serenidade. Imaginemos aplicarmo-

nos à prática efetiva da conjugação de referidos verbos.

É notável porque quem ama compreende. Quem trabalha,

equilibra-se. Quem espera, confia. Quem perdoa, liberta-

se.

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Ao encontro do amor

Marielza Tiscate

Quando a vi...da mostrar-te as marcas do coração:

Enga...nos, me...dos, segredos perdidos na imensidão

do tem...po...

Se...rá a ho...ra de reu...nires tua força e fé.

A vi.....da te ajudará pois nosso destino é amar, o nosso

destino é amar...

To...dos que vivem sob o hálito de Deus

Se...guem uma estrada de trabalhos, descobertas,

E com seu suor constróem a paz...

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Jeziel após ser apedrejado, agonizante, pede a Abigail:

Abigail, vou-me em paz... Queria ouvir-te em prece... dos

aflitos e agonizantes.

Senhor Deus Pai dos que choram,

Dos tristes, dos oprimidos.

Fortaleza dos vencidos,

Consolo de toda a dor.

Embora a miséria amarga, Dos prantos de nosso erro,

Deste mundo de desterro Clamamos por vosso amor.

Nas aflições do caminho Na noite mais tormentosa,

Vossa fonte generosa,

É o bem que não secará.

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Sois em tudo, a luz eterna,

Da alegria e da bonança,

Nossa porta de esperança,

Que nunca se fechará,

Quando tudo nos despreza,

No mundo da iniqüidade,

Quando vem a tempestade,

Sobre as flores da ilusão,

O! Pai, sois a luz divina,

O cântico da certeza,

Vencendo toda aspereza,

Vencendo toda aflição.

No dia de nossa morte, No abandono ou no tormento, 28

Page 29: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Trazei-nos o esquecimento, Da sombra,

da dor, do mal...

Que nos últimos instantes,

Sintamos a luz da vida,

Renovada e redimida,

Na paz ditosa e imortal.

Abigail

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“(...) O jovem acorreu solícito e

pressuroso. Abraçado ao pai, ouviu -lhe

o desabafo amargo, palavra por

palavra. No vigor da juventude, não se

lhe poderia dar mais de vinte e cinco

anos; mas o comedimento dos gestos e

a gravidade com que se exprimia,

deixavam entrever um esp írito nobre,

ponderado e servido por uma

consciência cristalina.” 30

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Em Atos dos Apóstolos, a primeira referência que é feita a

Estêvão, se encontra no cap. 6, v. 5 e seguintes, ao relatar a

escolha dos diáconos (aqueles que servem) para a Igreja de

Jerusalém (Casa do Caminho) Emmanuel, no entanto, ao

enfocar a saga de Paulo de Tarso, inicia a sua maravilhosa

narrativa, com a história da família de Jochedeb ben Jared,

no ano 34, que se constituía do pai, Jochedeb, a filha Abigail,

de 18 anos e Jeziel, no vigor dos seus 25 anos de idade.

Naquele ano, o representante de César em Corinto, Licínio

Minúcio, lhes tomou a propriedade e destroçou a família. O

pai morreu açoitado diante dos dois filhos. Abigail foi

socorrida pelas generosas mãos do casal Zacarias ben Anan

e sua esposa, que haviam acabado de sofrer a morte do

filho, e foi viver, em uma granja, na estrada de Jope. Jeziel,

após sofrer bárbara tortura por espancamento, foi recolhido à

prisão e encaminhado, transcorridos mais ou menos 30 dias,

para o serviço das galeras romanas.31

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O ilustre romano Sérgio Paulo, que se encontrava a bordo,

em missão política, adoeceu gravemente. Abriu-se seu

corpo em chagas, de tal forma que nem seus amigos o

desejaram tratar. A incumbência foi dada ao jovem

escravo Jeziel.

À conta de suas preces e seus cuidados, a autoridade

romana se restabeleceu, enquanto o escravo manifestou a

mesma enfermidade.

Grato pelo cuidado de Jeziel, Sérgio Paulo conseguiu se

opor ao comandante do barco que o desejava jogar ao

mar, para evitar a contaminação, e o deixou em terra, na

costa da Palestina, munido de uma bolsa de dinheiro.

Depois de ter dado a bolsa a um homem que o encontrou,

o jovem israelita mereceu dele a misericórdia de ser

conduzido à casa de um tal Efraim, que o levou à Casa do

Caminho, em Jerusalém.32

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O seu primeiro encontro com o futuro Apóstolo dos

Gentios se deu na própria Casa do Caminho, quando

Saulo ali esteve, levado por Sadoc que o desejava

liderando uma campanha contra "aqueles homens",

cujo prestígio crescia em Jerusalém.

Saulo ameaçou Estêvão com a autoridade do Sinédrio,

mas o pregador não se atemorizou. Para ele, não havia

autoridade maior que a de Deus.

Convidado ao debate, no Sinédrio, escusou-se,

dizendo que esse era contrário aos ensinos de Jesus.

Denunciado formalmente, então, por amigo de Saulo,

compareceu perante o Tribunal, sozinho.

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Page 34: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

O interrogatório foi presidido pelo próprio Saulo que,

vencido pela serenidade e paz que descobriu em

Estevão e sua convicção inabalável em Jesus, acabou

por se deixar dominar pela cólera e o esbofeteou,

repetidas vezes. A sentença final foi a morte por

apedrejamento, após quase dois meses, período em

que Estêvão foi mantido em regime carcerário.

No dia marcado para o apedrejamento, foi conduzido

às proximidades do altar dos holocaustos, no Templo.

Apresentava equimoses nas mãos e nos pés. O passo

tardio demonstrava cansaço. A barba estava crescida e

maltratada.

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Após a leitura das acusações, antes de

pronunciar a sentença, Saulo perguntou-lhe se

estaria disposto a abjurar, com o que teria

preservada sua vida.

A resposta desassombrada do moço de Corinto

foi de que nada no mundo o faria renunciar à

tutela de Jesus. Morrer por Ele significava uma

glória.

O tumulto foi geral. Fariseus exaltados o

arrastaram, puxaram-no pela gola, e não fosse a

intervenção enérgica de força armada, ele seria

estraçalhado pela multidão furiosa.

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Page 36: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Estêvão pensa em Jesus e ora. O peito se

cobre de ferimentos e o sangue flui, abundante.

Ele recita o Salmo XXIII de Davi: "O senhor é

meu pastor...Nada me faltará..".

Sentindo a presença de seus amigos espirituais

exclama, o que os Atos, no cap. 7, vers. 56,

registrou: "Eis que vejo os céus abertos e o

Cristo ressuscitado na grandeza de Deus!"

Recorda a irmã Abigail. Por onde andaria? Que

teria sido feito dela? Nunca mais a encontrara.

Abigail, noiva de Saulo, e por ele convidada

para assistir a execução chegava naquele

instante.

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Page 37: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Estêvão pensa em Jesus e ora. O peito se

cobre de ferimentos e o sangue flui, abundante.

Ele recita o Salmo XXIII de Davi: "O senhor é

meu pastor...Nada me faltará..".

Recitação do Salmo XXIII

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Page 38: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Salmo XXIII

“O Senhor é o meu Pastor,

Nada me faltará.

Deitar-me faz em verdes

pastos,

Guia-me mansamente

A águas mui tranqüilas,

Refrigera minhalma,

Guia-me nas veredas da

justiça

Por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse

Pelo vale das sombras da

morte,

Não temeria mal algum,

Porque Tu estás comigo...

A Tua vara e o Teu cajado me

consolam.

Prepara-me o banquete do

amor

Na presença dos meus

inimigos,

Unges de perfume a minha

cabeça,

O meu cálice transborda de

júbilo!...

Certamente,

A bondade e a misericórdia

Seguirão todos os dias de

minha vida

E habitarei na Casa do Senhor

Por longos dias...“

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Page 39: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Surpresa, reconhece o irmão e ele, ante a visão

do Cristo que olhava melancolicamente para

Saulo, a reconhece igualmente. (...)

Tanto quanto pôde, Jeziel resumiu para Abigail

sua história e lançou em sua alma as primeiras

sementes da Boa Nova.

A irmã lhe apresenta o noivo, Saulo, a quem o

moribundo contempla sem ódio e acentua:

"- Cristo os abençoe... Não tenho no teu noivo,

um inimigo, tenho um irmão... Saulo deve ser

bom e generoso, defendeu Moisés até ao fim...

Quando conhecer a Jesus, servi-lo-á com o

mesmo fervor... Sê para ele a companheira

amorosa e fiel." (3)39

Page 40: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Ora e Confia

Vê, irmão, que cintilam lá no céu o

amor do Pai...

Em oração agradece à vida e confia,

meu irmão,

Que a luz virá, em resposta à tua

solidão,

Revigorar teu coração. [2: BIS]

A luz virá revigorar teu coração.

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Page 41: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

1.1 – Sobre Paulo:

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Page 42: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Os 5 Macacos.

Paulo sofre a adaptação ao meio em que

nasceu. Obstinado e determinado ele se

entregava completamente ao ideal. No

entanto ele não se sentia realizado. “Desde a

adolescência que encarecia a paz interior(...)”

Nós vivemos sobre determinados padrões

que nos moldam, e sempre que os

correspondemos recebemos um dado

positivo da sociedade, do meio em que

vivemos. Isso reforça nosso vínculo com

aquele modo de viver. A pessoa assim não

questiona o seu modo de viver. Se ajusta e

nele vive confortavelmente. Mas... 42

Page 43: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Quando a alma traz consigo uma certa

maturidade algo a incomoda. Algo leva-

a buscar. Há uma ansiedade, um

anseio, uma busca por algo que ela

Não identifica. Ela entra em uma crise

existencial. Um vazio. Ela não sabe o

que está acontecendo, mas ela, alma

madura no fundo, no fundo, sabe lá no

seu íntimo que ela não está satisfeita...

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Page 44: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Paulo trazia essa busca pela paz interior. E

essa busca, esse anseio eram as marcas

de seu nível espiritual. Mas sua

personalidade marcante, ardorosa,

vibrante, dedicada e extremamente

inteligente, reverenciada pelos seus,

Idealista ao extremo, não conseguia abrir

mão de seu modo de vida.

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Page 45: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Paulo no entanto reconhece a paz interior

de Estevão. A lógica do argumento

fundamentado no amor. A superioridade de

suas atitudes. Emmanuel narra: “Recordava os amigos mais eminentes, e em nenhum

deles encontrou qualidades morais semelhantes às

daquele jovem pregador do “Caminho”, que afrontara a

sua autoridade político-religiosa, diante de Jerusalém em

peso, desdenhando a humilhação e a morte, para morrer

depois, abençoando-lhe as resoluções iníquas e

implacáveis.”

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Page 46: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Quando alguém fala algo que não combina com

nossa personalidade. É no nosso íntimo uma

apreciação apressada e equivocada ficamos tristes.

Mas quando a crítica nos irrita, nos sentimos

desafiados, precisamos estar atentos, ali está sendo

dito algo quiçá seja verdadeiro e que estamos

deixando de lado, ignorando, não querendo

confrontar. Adiando confrontos, que sabemos

exigirão mudanças. Exigirão a saída de nossa zona

de conforto.

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Page 47: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

O Homem Velho é sutil, imperceptível, mas é

obsoleto. A mudança exige confronto, como

não queremos confrontar, nossa raiva se

projeta para aquele que ousa, de alguma

forma, tocar nas nossas fragilidades. Ficamos

com raiva, odiamos, xingamos, excluímos do

facebook, reações abruptas que denunciam: foi

tocada uma área obscura, que nos amedronta,

que nos confronta, que nos desconforta, por

isso a reação virulenta. É uma ameaça a tudo

que fomos até agora. Uma ameaça que, talvez,

nos faça ver que temos tido escolhas erradas.

Nosso orgulho, nosso apego, nossa

“umbralinidade” não quer, não permite, não

aceita mudanças, nem arrependimentos. 47

Page 48: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Paulo vê a paz interior de Estevão. Sua

morte com resignação, seu perdão

sincero, sua espiritualidade. Era isso

que ele buscava, ele não via essa paz

em seus companheiros... Estevão era

exemplo, não discurso, seu amor vivido

era a sua força presencial. Estevão

acorda Paulo pelo amor, pelo exemplo.

Sem dedos em riste, sem acusação.

Estevão não se sente ofendido, pois

sabe que o ofensor está doente.

Doença grave. A ignorância espiritual do

que se é, e do por quê de se estar aqui.48

Page 49: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Paulo era sincero, mas inserido em

uma cultura que não lhe trazia

plenitude, não tinha a paz que a sua

maturidade intelectual, ética, espiritual

ansiava. Está em crise.

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Page 50: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Suas reflexões são de alto nível. Está

envolvido por Abigail e por Estevão.

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Page 51: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Privilégio?

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Page 52: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Não.

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Page 53: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Sintonia.

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Page 54: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Essas reflexões irão culminar

no encontro com Jesus na

Estrada de Damasco.

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Page 55: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Por que só Paulo vê Jesus na Estrada de

Damasco?

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Page 56: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Foi uma Graça? Um Milagre?

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Page 57: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Não. Como sabemos não existem

milagres. Mágicas e pirlimpimpins no

caminho do Espírito. Paulo trazia ínsito em

seu ser a maturidade espiritual. Apenas

imerso num ambiente pouco propício ao

despertar espiritual profundo. Estava preso

aos hábitos da tradição em que estava

inserido. 57

Page 58: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Romper com o velho, o obsoleto, o ritual

mágico, depende de uma profunda reflexão

do Ser.

A maioria de nós, poderíamos ser, se

priorizássemos completistas, mas o

orgulho, o egoísmo, os hábitos antigos, a

velha tendência em se arvorar em muletas

e não na lei do mérito, nos deixa preso ao

passado. E confortáveis.

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Page 59: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Senhor que queres que eu faça

É a fala do homem novo. Sem culpas que

paralisam e sim com a responsabilidade

dos atos cometidos. Buscando não ficar

preso ao passado condenável, mas

focado na construção de um coração

novo.

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Page 60: Seminário Paulo e Estevão 5 de maio 2013

Seria ainda Estêvão que, ao lado de Jesus, e de

Abigail (desencarnada pouco depois do irmão,

acometida de febre) viria receber Paulo, liberto dos

laços da carne, consumada a sua decapitação.

Estêvão abraça o antigo perseguidor, agora Servidor

de Jesus, com efusão.

"E assim unidos, ditosos, os fiéis trabalhadores do

Evangelho da redenção seguiram as pegadas do

Cristo, em demanda às esferas da Verdade e da

Luz..." (4)

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A obra mostra que o trabalho gigantesco de

Paulo, fincando as nobres ideias do plano

superior na Terra, é um trabalho de equipe.

o Apóstolo não poderia chegar a essa

possibilidade em ação isolada no mundo. Sem

Estevão, diz, não teríamos Paulo de Tarso.

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O grande mártir do Cristianismo nascente

alcançou influência muito mais vasta na

experiência paulina, do que poderíamos

imaginar tão-só pelos textos conhecidos nos

estudos terrestres. A vida de ambos está

entrelaçada com misteriosa beleza. A contribuição

de Estevão e de outras personagens desta

história real vem confirmar a necessidade e a

universalidade da lei de cooperação.

Aliás, sem cooperação, não poderia existir

amor; e o amor é a força de Deus, que

equilibra o Universo.”

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Primeiro se regenerar, depois, pelo

exemplo auxiliar os outros com amor.

Eis o caminho que nos está proposto.

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Jesus mostra uma grande lição nessa obra, ao

juntar Estevão e Paulo. Vítima e algoz, em uma

dupla de trabalho espiritual. Paulo no mundo

físico e Estevão no mundo espiritual. Uma lição

fundamental para nós, de que precisaremos, se

quisermos realmente trabalhar pela regeneração

planetária, abrir nossos corações e receber à

todos de forma profunda. Eliminando de nossas

almas toda raiva, toda indiferença, toda mágoa,

toda disputa. O mundo de Regeneração já

aparece no horizonte, mas espíritas urge a

necessidade de ouvir o Chamado. 64

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Chamado Marielza Tiscate

Então Ele veio

E disse já é hora de seguir

E indicou o caminho tortuoso

Mostrou as pedras e os

espinhos

E quando viu

Que o medo assolava os

nossos corações

Nos fez olhar o sol atrás dos

montes

Só disse: "Confiem e vão"

Então viemos

Porque ninguém resiste ao Seu

chamado

Voltamos à terra mãe que nos

abriga

Por Seu Amor, haveremos de

amar

E ao final da luta,

Ele haverá de estar nos

esperando

E erguerá a voz ao Pai num

hino

E então dirá: "Eis os Teus

filhos enfim em paz!"

Então viemos

Porque ninguém resiste ao Seu

chamado

Porque ninguém resiste ao Seu

chamado

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