Semmais 25 junho 2016

SOCIEDADE PÁGINA 3PENÍNSULA DE SETÚBAL CONTA COM 37 MIL IMIGRANTESA península de Setúbal continua a ser muito atrativa para os imigrantes, apenas supera-da pelas regiões de Lisboa e Faro. Segundo o relatório de Imigração, Fronteiras e Asilos, a proximidade do mar é um chamariz para quem decide agarrar amarras em Portugal. A comunidade brasileira continua a liderar.

SOCIEDADE PÁGINA 3MINISTÉRIO PÚBLICOPEDE CONDENAÇÃO PARA INSPETOR DA PJO inspetor da PJ de Setúbal, João Sousa, en-volvido na fraude do ouro, pode vir a ter pena pesada, já que o MP acusa-o de ser o “cerébro” de uma associação criminosa, com vários crimes em julgamento. O ex-presidente da Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul também está na berlinda.

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Sábado 25 | Junho | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 908 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisCENTROS DE SAÚDE VÃO RECEBER 42 MÉDICOS JÁ EM JULHO

As vagas clínicas que a tutela vai cobrir podem atingir cerca de 80 mil novos utentes. Estão em causa os agrupamentos de centros de saúde de Palmela, Sesimbra e Setúbal; Barreiro, Moita e Montijo e Almada e Seixal. A cada um dos novos médicos vão ser atribuídas listas de 1900 utentes.SOCIEDADE PÁGINA 4

SOCIEDADE PÁGINA 626.ª PIMEL DIVULGA POTENCIALIDADES DE ALCÁCER DO SAL Valorizar e promover os produtos de uma terra fértil é o lema da PIMEL deste ano, que tem como ponto alto, este sábado, o concer-to de Mariza. O edil local elogiou os produ-tos e as gentes da terra, os empresários, o turismo, a restauração e apelou à criação de emprego.

2 | SEMMAIS | SÁBADO | 25 DE JUNHO | 2016

SEMANA

Roubo de carteira obriga a paragem de comboio em Pinhal Novo

Quando tudo parecia ser uma normal viagem de comboio, o pânico entre

um dos passageiros instalou--se na composição que parou na estação de Pinhal Novo, na quarta-feira, pelas 18h30 de-pois do alerta de um furto de uma carteira. Os militares da GNR do Pi-nhal Novo foram acionados para o local, realizando buscas em toda a composição, segundo uma testemunha, o comboio ti-nha como destino Faro. As buscas por parte da GNR foram efetuadas o que levou à identificação de vários indiví-duos de etnia cigana. O com-

boio ainda permaneceu vários minutos imobilizado na estação da vila de Pinhal Novo devido à

Menina salva de afogamento no Parque Urbano de Albarquel

Uma menina de 5 anos está internada em estado crí-tico no Hospital S. Estefâ-

nia, em Lisboa, depois de quase ter morrido afogada no Parque Urbano de Albarquel, em Setú-bal, na terça-feira, durante uma visita organizada por uma cre-che de Lagameças. Maria estava no areal com cerca de 20 crianças e duas pro-fessoras, quando escapou à vigi-lância das responsáveis e entrou no rio Sado. Mesmo com a rápida inter-venção de populares, que ajuda-ram as educadoras a resgatar a menina, a criança foi retirada já inconsciente da água.

A menina foi depois assistida no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, e depois transportada para D. Estefânia, onde está em estado crítico, mas estável. A praia em causa não é vigia-da e tem vários avisos sobre o perigo das correntes e do movi-mento de barcos, mas os alertas são ignorados por dezenas de pessoas. As testemunhas dizem que o número de educadoras era insuficiente e criticam a falta de socorristas. O Centro Social de Lagame-ças, em Palmela, garante que está em permanente contacto com a família e que vai abrir um inquérito.

O Anim’art Montijo decorre já este sábado. Pelo tercei-ro ano consecutivo, o mu-

nicípio, em parceria com diversas entidades, aposta neste grande evento de animação de rua. A arte, a música, a dança, a moda, o artesanato, a gastrono-mia e os vinhos vão invadir o centro da cidade, prolongando--se pela noite dentro com muita animação. Com 28 estabeleci-mentos, 23 eventos e 8 ruas, o evento trará, mais uma vez, o espírito festivo e a diversão ao eixo central da cidade.A festa começa com o Comércio Online / In Loco. Entre as 9 e as 13 horas, na Praça da República, visi-te a banca das flores e dos produ-tos originais e artesanais, na sua maioria, de fabrico próprio, co-mercializadas por gente da terra.Das 10 às 18 horas, na Banda De-mocrática 2 de Janeiro decorre-rá mais uma edição da Young Flea Market.Para os mais pequenos, junto à galeria municipal, das 10h30 às 13 horas, a Hora do Conto traz a história “O Kibongo”, seguindo--se o atelier de expressão plásti-ca “Vamos fazer uma flor!”.A festa prossegue a partir das

Montijo promete noite muito animada

16h30, com a apresentação oficial da obra vencedora do concurso de arte urbana. Na Praça Gomes Frei-re de Andrade visite o trabalho do conceituado street artist portu-guês José Carvalho “Oze Arv”.A partir das 17 horas, a animação de rua invade o Montijo. As ruas do centro da cidade vão ser per-corridas ao som do Grupo de Ca-vaquinhos da Sociedade Filar-mónica 1.º de Dezembro e com o espetáculo do “One Man Show”.Às 17h30 será inaugurada a expo-sição de pintura e desenho “Na volta da Maré”, de Isabel Sabino.De seguida, no palco junto à ga-leria terá lugar o espetáculo “Fratia das Canções”.

A partir das 16 horas, os estabe-lecimentos apresentam as suas iniciativas que se prolongam pela noite dentro. Dj’s, passa-gens de modelos, concertos, ati-vidades para crianças, rastreios de saúde, arraial de santos po-pulares, dança, artistas circen-ses, eventos gastronómicos, um sem número de atividades para conhecer e desfrutar.No Passeio do Cais, a partir das 22 horas, não perca mais uma edição da Noite Havaiana, este ano com a novidade de incluir uma festa da espuma. A largada de balões luminosos, um dos pontos altos do ano passado, também não irá faltar.

Incêndio em Palmela fere 10 pessoas

O incêndio colocou habita-ções em perigo e feriu 10 pessoas, sendo que duas

das vítimas são bombeiros e fo-ram transportados para o Hospi-tal de Setúbal. Segundo o Comando Distri-tal de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, o distrito re-gistou esta terça- feira três grandes incêndios da época, um desses incêndios foi o mais gra-ve fazendo 10 feridos. O alerta foi dado pelas 12h40 e o incêndio localizado junto à rotunda das Oliveiras perto da Autoeuropa, as chamas ameaça-ram habitações e feriu oito pes-soas civis e dois bombeiros, um dos bombeiros ficou com feri-mentos leves e outro com feri-

mentos graves, tendo sido assis-tidos no local e transportados para o Hospital de Setúbal. As restantes vítimas foram também assistidas no local devi-do a inalação de fumos. No local estiveram várias corporações da Península de Se-túbal com 19 veículos de comba-te a incêndios e 59 operacionais. As causas do incêndio são para já desconhecidas.

PRÉMIO HEALTHCARE EXCELLENCE DISTINGUE PRÁTICAS HOSPITALARESO CENTRO HOSPITALAR BARREIRO/MONTIJO E O HOSPITAL GARCIA DE

ORTA ESTÃO ENTRE OS DEZ FINALISTAS DO 3.º HEALTHCARE EXCELLENCE, UMA INICIATIVA DA ASSOCIAÇÃO DE ADMINISTRADORES HOSPITALARES.

DIA 27, NO HOTEL PRAIA D’EL REY MARRIOTT, EM ÓBIDOS, SERÃO DISTINGUIDOS OS 3 MELHORES NO QUE DIZ RESPEITO AO

APERFEIÇOAMENTO DO SERVIÇO PRESTADO AOS DOENTES EM 2015.A DISTINÇÃO PRETENDE INCENTIVAR A RECONHECER PROJETOS DE

QUALIDADE E ORIENTADOS PARA A MELHORIA DO SERVIÇO AOS UTENTES. A AVALIAÇÃO, QUE TERÁ COMO CRITÉRIOS A INOVAÇÃO E A REPLICABILIDADE,

FICA A CARGO DE UM JÚRI DE QUATRO ELEMENTOS.

operação desencadeada pelas autoridades e pelo alerta do furto.

SEMMAIS | SÁBADO | 25 DE JUNHO | 2016 | 3

SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM


REGIÃO AINDA É DAS MAIS ATRATIVAS PARA OS IMIGRANTES E A PROXIMIDADE DO MAR É UM DOS TRUNFOS

Península de Setúbal conta com cerca de 37 mil imigrantes a residir e a trabalharA região é muito atrativa para os imigrantes, só mesmo superada por Lisboa e Faro. No total, o distrito conta com quase 37 mil imigrantes oriundos de várias partes do mundo. A proximidade do mar é um chamariz. Brasileiros, cabo-verdianos, ucranianos, romenos, chineses e angolanos, marcam o perfil dos que nos procuram para residir.

Setúbal está entre os três distritos portu-gueses com mais imi-

grantes, segundo foi reve-lado esta semana pelo Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) de 2015. A região contabiliza-va no ano passado um to-tal de 36994 estrangeiros a residirem na península, sendo apenas superada pelos distritos de Lisboa e Faro. De acordo com o RIFA, a população es-trangeira residente dimi-nuiu 1,6% no ano passa-do, embora os novos

títulos tenham aumenta-ram 7,3%. Aliás, «desde 2010 que a população es-trangeira residente tem vindo a decrescer», refere

o relatório do Serviço de Estrangeiros e Frontei-ras, admitindo que a con-firmação da tendência de aumento na concessão

de novos títulos de resi-dência, «indicia um reto-mar da atratividade de Portugal como destino de imigração». Quer isto dizer que o distrito continua a ser apetecível para a imigra-ção devido à proximidade do mar, adiantando ainda o documento que se re-gistou em 2015 uma redu-ção da representatividade da população estrangeira oriunda de países de lín-gua oficial portuguesa, embora a nacionalidade brasileira se mantenha como a principal comuni-dade estrangeira, seguida da cabo-verdiana, ucra-niana, romena, chinesa e angolana.

Número de brasileiros diminui mas ainda lideram

O relatório sublinha que a diminuição do número de residentes oriundos do Brasil representa cerca de 75,9% do decréscimo total de estrangeiros residentes no país, atribuindo esta di-minuição à aquisição da nacionalidade portugue-sa, a alteração de fluxos migratórios e o impacto da atual crise económica no mercado laboral. Ainda segundo o RIFA 2015, cerca de 83% dos imigrantes fazem parte da população ativa e regis-tou-se «uma redução do potencial de crescimento

demográfico» entre os es-trangeiros. Já em relação ao aumento de 7,3% de novos títulos emitidos em 2015 face a 2014, o SEF justifica com o acréscimo do trabalho subordinado e pela subida do número de nacionais da União Eu-ropeia a residir no país devido ao regime fiscal para residentes não habi-tuais. Entretanto, os pedidos de asilo aumentaram 100% em 2015, uma reali-dade transversal à região, registando-se o maior nú-mero de solicitações dos últimos 15 anos, segundo o SEF. Pediram asilo ao distrito mais de uma cen-tenas de estrangeiros.

O AGENTE DA PJ ESTÁ A SER JULGADO POR ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA NUM CASO DE VENDA DE ‘OURO’ QUE ENVOLVE MÚLTIPLOS CRIMES

Ministério Público pede condenação para inspetor da Judiciária de Setúbal

O inspector da judiciária de Setúbal teria sido, segundo o ministério público um dos cérebros da alegada associação criminosa, conjuntamente com o ex-presidente da Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul. Há mais arguidos, três dos quais deverão ser absolvidos.

O Ministério Público do Seixal pediu a condenação do ins-

petor da Polícia Judiciária que prestava serviço no Departamento de Investi-gação Criminal de Setúbal durante as alegações fi-nais. João de Sousa é acu-sado dos crimes de asso-ciação criminosa e corrupção, sendo um dos 33 arguidos num mega-processo (incluindo qua-tro empresas), relativo a uma fraude fiscal de 6,6 milhões de euros. A Procuradora do Mi-nistério Público pediu ain-da a condenação dos prin-cipais arguidos no processo, Paulo Martinho, ex-presidente da Associa-ção de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, Florbela Gaspar e

Celeste Rodrigues, pelos crimes de associação cri-minosa, fraude fiscal e branqueamento de capi-tais, entre outros. Para os restantes arguidos no pro-cesso, o Ministério Públi-co pediu a condenação por crimes de fraude fis-cal, defendendo a absolvi-ção de todos os crimes de que eram acusados ape-nas para três arguidos: Fá-tima Faria, Hugo Faria e Catarina Gomes de Costa. João Sousa continua detido no Estabelecimen-to Prisional de Évora, vai para dois anos, sobretudo devido à postura e contac-tos privilegiados com a Comunicação Social, se-gundo os argumentos do Ministério Público e do juiz do Tribunal do Seixal, que consideraram ainda haver perigo de fuga por-que, em tempos, partici-pou em ações de forma-ção no estrangeiro.

Arguido é considerado peça-chave no processo

O inspetor está a ser jul-gado por associação cri-minosa, recebimento in-devido de vantagem, denegação de justiça, cor-rupção, abuso de poder e violação de segredo de

funcionário. É considera-do pelo Ministério Públi-co a peça-chave num es-quema de fraude fiscal e está a ser julgado por in-tegrar um grupo que es-coava barras de ouro para a Bélgica, lesando o Esta-do em mais de seis mi-lhões de euros.

A acusação sustentou que o alegado grupo cri-minoso operava num mercado que teve um crescimento exponencial, «fruto das elevadas cota-ções do ouro no mercado internacional», e no con-texto da crise que se insta-lou em Portugal desde

2008, que levou muitos portugueses a desfaze-rem-se de bens e joias de família. Foram a viagens para formações no estrangeiro, os carros emprestados e um anel em ouro fabricado por outro arguido que le-varam Maria Alice Fernan-des, antiga líder da PJ de Setúbal, a afirmar em tri-bunal que João de Sousa vivia acima das possibili-dades do ordenado de po-lícia e terá recebido «con-trapartidas» por alegadamente ajudar uma rede de fraude fiscal, bran-queamento de capitais e recetação no negócio do ouro. A coordenadora su-perior de investigação cri-minal, que se aposentou há um ano, explicou que a in-vestigação ao ouro come-çou com uma denúncia anónima às Finanças e que chegou ao seu subordina-do «através de escutas».


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COM ESTAS CONTRATAÇÕES, O MINISTÉRIO ADMITE UMA COBERTURA DE MAIS 80 MIL UTENTES

Região recebe 42 médicos em Julho para assistirem 80 mil utentes

A tutela abriu vagas nos locais que considera mais carenciados da região e pretender preencher o mais depressa possível. A lista indica A lista indica 14 vagas no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Arrábida (Palmela/Sesimbra/Setúbal), outras 14 no Arco Ribeirinho (Barreiro/Moita/Montijo) e ainda 14 no ACES Almada/Seixal.

Se as contas do Ministério da Saúde baterem certas, o dis-trito de Setúbal vai assistir em

julho a um dos concursos mais rápidos de sempre para a contra-tação de jovens médicos de famí-lia, que deverão garantir uma co-bertura a 80 mil utentes. A tutela abriu 42 vagas nos locais que con-sidera mais carenciados da região e que pretende preencher o mais depressa possível. A lista indica 14 vagas no Agrupamento de Cen-tros de Saúde (ACES) da Arrábida (Palmela/Sesimbra/Setúbal), ou-

tras 14 no Arco Ribeirinho (Bar-reiro/Moita/Montijo) e ainda 14 no ACES Almada/Seixal. A cada médico será atribuída uma lista de 1900 utentes. Segundo avança a própria Administração Central do Siste-ma de Saúde (ACSS), os médicos deverão começar a trabalhar já a partir do início de Julho - a data prevista para a entrada em fun-ções dos novos médicos é, preci-samente, 1 de Julho - permitindo que em cada agrupamento do distrito cerca de 27 mil pessoas passem a ter clínico assistente nos centros de saúde. O secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, confir-

mou esta aposta do Governo numa recente visita a Setúbal, admitindo que o preenchimento total das 42 vagas «permitirá re-duzir o número de utentes sem médico de família em 30 a 40 por cento», reiterando que a maior parte destas vagas será ocupada no princípio de julho, acrescentou. Ainda assim Rui Nogueira, o presidente da Associação Portu-guesa de Medicina Geral e Fa-miliar (APMGF), até aplaudiu o investimento do Governo, mas considera praticamente «im-possível» que se consiga pôr os jovens médicos a trabalhar já dia 1 de Julho alertando que «é

muito ambicioso dizer que terão listas de 1900 utentes», justifi-cando que esse número não é possível nem resulta na prática».

Concelhos de Almada e Seixal são os mais carenciados

Almada e Seixal são os concelhos com maiores carências na região, com os números da Comissão de Utentes a apontarem para cerca de 70 mil pessoas sem médico de família. Já quanto aos edifícios é o Centro de Saúde de Corroios que tem gerado mais contesta-ção, por funcionar num imóvel de habitação com quatro anda-res, sem elevador e que, apesar

de ter sofrido sucessivas obras de requalificação, continua «sem o mínimo de condições para asse-gurar a acessibilidade plena dos utentes», como já este mês re-lembrou na Assembleia da Repú-blica a deputada Heloísa Apoló-nia, do Grupo Parlamentar Os Verdes. Mas nem por isso o Centro de Saúde de Corroios surge en-tre os projetos de investimento associados à construção e re-modelação de centros e exten-sões de saúde no distrito de Se-túbal já autorizados pelo Governo e que contemplam a construção de novas extensões de saúde para Pinhal Novo (1,1 milhões de euros), no concelho de Palmela, e para Santiago, freguesia de Sesimbra. O Go-verno reconhece que as atuais instalações onde funcionam es-tas unidades já não se adequam às necessidades da população e que é «absolutamente necessá-rio» serem substituídas. Através dos despachos, o Governo não só autoriza as ver-bas, como também celebra con-tratos-programa com os respe-tivos municípios, no sentido de transferir para eles os montan-tes financeiros e serem os mu-nicípios a lançar os concursos e as obras respetivas.


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SOCIEDADE

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

MANUEL, HEITOR, MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR VISITOU POLITÉCNICO DE SETÚBAL E GOSTOU DO QUE VIU

Politécnico de Setúbal convence ministro com o seu potencial tecnológico e de investigação

Manuel Heitor, o ministro que tutela o ensino superior e as áreas da ciência e tecnologia esteve no Instituto Politécnico de Setúbal. Gostou e aplaudiu o trabalho que está a ser desenvolvido e afirmou que a instituição está no com caminho. E há mudanças no horizonte.

O ministro da minis-tro da Ciência, Tec-nologia e Ensino Su-

perior, Manuel Heitor, esteve esta semana no Instituto Politécnico de Setúbal para aferir o po-tencial científico e tecno-lógico daquela instituição de ensino. O membro do governo quis medir as oportunidades e desafios a nível local e socioeconó-mico, com vista ao desen-volvimento sustentado tanto do Instituto como da região. Durante a visita Ma-nuel Heitor salientou a importância do papel dos Politécnicos no Ensino Superior. «Vou daqui to-

talmente convencido de que o ensino politécnico não só é uma realidade, como deve ser reforçado e estimulado», afirmando ainda que o IPS «é uma entidade de referência no contexto do ensino supe-rior» Na sua alocução, o mi-nistro que tutela as várias frentes da atividade do

politécnico de Setúbal deu a conhecer o programa de modernização e valoriza-ção do ensino politécnico, o qual, segundo o próprio, «pretende estimular a ati-vidade de investigação ba-seada na prática». E teve a oportunidade de verificar em loco na visita que fez aos laboratórios do IPS. «São destes casos que es-

tamos a falar», dando os exemplos dos cursos de Fiscalidade e Contabilida-de, Tecnologias de Saúde, Fisioterapia e Terapia da Fala, onde a experiência do Politécnico de Setúbal «é muito importante não apenas para capacitar a força de trabalho mas também para valorizar a atividade de investigação científica nestas áreas». A visita registou inten-sa atividade com reuniões, nomeadamente com a co-munidade académica e parceiros do IPS, durante as quais foi manifestado o desejo de fortalecer a cola-boração com as empresas nos mais variados aspetos. A criação de um Polo de Ciência e Tecnologia na Península da Mitrena, o estreitamento da colabo-

ração no cluster da aero-náutica ou na estrutura-ção das cidades, bem como a formação de re-cursos humanos altamen-te qualificados capazes de atrair novos agentes eco-nómicos à região, foram igualmente deixados como contributos decisi-vos do IPS para o desen-volvimento da região e do conhecimento técnico e científico.

Pedro Dominguinhos orgulhoso do trabalho desenvolvido

O presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, reconhe-ceu a importância da visi-ta do ministro, nomeada-mente a oportunidade de, como frisou, «permitir um conhecimento do trabalho

que está a ser desenvolvi-do» pelo Instituto. «Sinto um grande orgulho pelo que estamos aqui a reali-zar», afirmou o líder do IPS. O presidente do Poli-técnico de Setúbal salien-tou também a «excelente capacidade de desenvol-ver investigação aplicada face à crescente aposta na qualificação do corpo do-cente com o aumento do número de doutorados». E anunciou o lançamento dos centros de investiga-ção «já foi homologado um centro na área da edu-cação e proximamente se-rão homologados mais três na área das ciências empresariais, das ciências da saúde e das tecnolo-gias, em especial no setor da energia».


SOCIEDADE

Colégio do Vale encerra ano letivo ao ritmo do vocalista da mítica banda UHF

O músico António Manuel Ribeiro, vocalista da histó-rica banca rock UHF, foi o

convidado surpresa da festa de encerramento do ano letivo do Colégio do Vale, subordinado ao tema “Uma Viagem pela Arte em Portugal” A festa abriu com uma visita à época dos Descobrimentos, através de uma mensagem do Infante D. Henrique e durante cerca de 2 horas os alunos foram os timoneiros de uma viagem na história e através das várias re-giões de Portugal, com os seus trajes, canções, músicas, danças! Percorreram o país de norte a sul, acompanhando os Caretos

e os Pauliteiros ou as tradicio-nais noivas do Minho, passando pelas várias regiões, não esque-cendo as zonas costeiras, com os pescadores e as peixeiras, as marchas populares e a repre-sentação do Alentejo com o seu “cante”. Encenando uma manifesta-ção de estudantes, ao som das canções de Zeca Afonso, os alu-nos passaram ainda pela época dos Movimentos Estudantis em Portugal! O rock esteve presente em força, sendo um momento alto da tarde, quando António Ma-nuel Ribeiro, dos UHF, entrou em palco com a sua guitarra,

juntando-se aos alunos do Colé-gio e pondo toda a plateia a can-tar “Cavalos de Corrida”. Seguiu-se a união em torno da Seleção Nacional para acom-panhar o jogo com a Áustria para uma torcida onde só faltou o golo, mas que encerrou o ano letivo do Colégio do Vale, com chave de ouro! Agora, e até ao regresso às aulas, em setembro, destaque para a Colónia de Férias do Co-légio do Vale, que acontece na primeira quinzena de Julho. Re-corde-se que as inscrições/ma-trículas para o próximo ano leti-vo estão abertas até ao dia 15 de Julho.

XXVI FEIRA DO TURISMO E DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS ANIMA GENTES DE ALCÁCER DO SAL

«A PIMEL mostra o interesse dos empresários que querem ver valorizados os seus produtos»Valorizar e promover os produtos de uma terra fértil é o lema da PIMEL deste ano, que tem como ponto alto, este sábado, o concerto de Mariza. O edil local elogiou os produtos e as gentes da terra, os empresários e apelou à criação de postos de trabalho.

O parque de feiras e exposi-ções de Alcácer do Sal acolhe, até este domingo,

a 26.ª edição da PIMEL – Feira de Turismo e Atividades Econó-micas. O ponto alto da feira é este sábado, a partir das 22h30, com o concerto de Mariza, que atua pela primeira vez no Lito-ral Alentejano. Tasquinhas, expositores, cozi-nha ao vivo, exposição de gado e máquinas agrícolas, desporto, corrida de toiros, passeios de charrete, batismos a cavalo e con-certos são algumas das propostas do certame que aposta na divul-gação dos produtos endógenos. O certame foi inaugurado na passada sexta-feira pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo secretário da Esta-do da Energia, Jorge Sanches, en-tre outras individualidades. O ministro da Economia, afirmou que Alcácer continua a ser uma «porta de entrada» para o Alentejo. O governante não tem dúvidas de que se trata de um terra atrativa, com boas pai-sagens e boa gastronomia. Ma-nuel Caldeira Cabral considera que a PIMEL é uma feira «muito interessante», pois existe «um enorme interesse de participa-ção dos empresários e da visita das pessoas em geral». Por outro lado, vê este certame como uma boa forma de «promover os pro-dutos locais de qualidade e de dar visibilidade ao que se faz aqui. Isto recompensa o esforço e o trabalho de pessoas e de em-

presários que trabalham no dia--a-dia e conseguem atingir o pa-tamar da qualidade dos seus produtos».

«Alcácer tem produção excecional»

O presidente do município alca-cerense Vítor Proença frisou que a PIMEL continua a apostar e a divulgar as potencialidades de um concelho «com 6 mil hecta-res de arrozais», o que significa que «30 por cento do arroz pro-duzido em Portugal é produzido no concelho de Alcácer do Sal». Por outro lado, afirmou que o pinhão que se produz em Alcá-cer é de uma qualidade «exce-cional», ou seja, «estamos a falar do melhor pinhão demonstrado pelos investigadores». Além dis-

se, revelou, «setenta por cento da pinha de Alcácer do Sal é ex-portada para o estrangeiro». Por outro lado, enalteceu o empenho de um produtor de azeite local, com a marca Vale de Arca, que está a apostar em pro-dutos de qualidade para o mer-cado interno e externo. Além disso, Vítor Proença destacou a qualidade dos vinhos produzidos no concelho, sendo de destacar o vinho “Cavalo Ma-luco”, que ganhou o 1.º prémio do melhor vinho português em 2013. O autarca elogiou o trabalho do grupo Pestana, através da unidade hoteleira existente no castelo da cidade, todavia, quei-xou-se que existe um défice de alojamentos no concelho para que «as pessoas se sintam bem no Alentejo Litoral». No que

concerne à restauração, o autar-ca reconhece que existem «es-paços de qualidade, abertos to-dos os dias» para os turistas. A seu ver, é também, impor-tante criar novos empregos no

concelho, através da criação de «cadeias de valor». Por último sublinhou a importância da va-lorização dos produtos endóge-nos, ou seja, «aqueles produtos que são da região».

HERDADE DA BARROSINHA DIVULGA NOVOS VINHOS E PROJETOS TURÍSTICOS

A Herdade da Barrosinha volta a estar representada na PIMEL com os seus vinhos e produtos turísticos. Trata-se de um proje-to renascido, desde há 3 anos a esta parte, depois de mudança de administração. João Pedro, gerente da Herdade da Barrosinha, realçou que a empresa resulta de «um esforço muito grande da atual adminis-tração», sublinhando que o nome da Barrosinha já começa a cir-cular como um projeto de qualidade e isso dá-nos um grande alento para continuarmos a trabalhar mais e melhor». Os novos vinhos que estão a ser apresentados no stand é o rosé, com nova colheita, e uma mono-casta de arinto, um vinho «mais ácido», ideal para acompanhar o peixe e os petiscos. Depois tam-bém há o moscatel graúdo e o branco normal. O restaurante da herdade acaba de ser remodelado, para melhor servir o cliente, e a aposta da empresa recai também na sua unidade hoteleira. No dia 16 de julho, a herdade recebe a romaria por forma a «en-volver as pessoas da Barrosinha, da região e de Alcácer do Sal, com o apoio da paróquia local.


LOCAL

SEIXAL MUNICÍPIO ESTUDA VIABILIDADE DO PORTO RIBEIRINHO O município, o porto de Lisboa, o grupo ETE e a Libertas assinam dia 29, às 12 horas, um protocolo para a realização de estudo de viabilidade para a instalação do porto de recreio do Seixal, um equipamento que prevê a existência de estaleiro naval, acostagem e permanên-cia de embarcações, atividades maríti-mo-turísticas e centro de recursos náuticos. O referido porto terá também potencialidades para apoio à valorização da pesca tradicional. A assinatura do protocolo acontece no âmbito do batismo do rebocador costeiro Baía do Seixal, um navio que está a ser construí-do nos estaleiros da Navaltagus. De salientar que há muitos anos que não se constroem rebocadores em Portugal, pelo que se trata de algo inovador. A cerimónia do batismo tem lugar na sede da Navaltagus, às 11 horas, e conta com a presença da ministra do Mar.

MONTIJO ÁUREA E JORGE PALMA NAS FESTAS DE S. PEDRO De 28 de junho a 3 de julho, as ruas voltam a receber milhares de pessoas. São esperadas mais de 300 mil visitantes. Áurea e Jorge Palma são cabeças de car-taz nos concertos. Um programa diversi-ficado, abrangente e amplo, para todas as idades e todos os gostos: das procissões às tradições taurinas, da gastronomia à música, das marchas aos bailaricos. No dia 28 junho, durante a inauguração, des-taca-se a apresentação do hino das festas. Às 21h30, na Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos haverá a atuação das escolas taurinas do Montijo e de Badajoz e às 22 horas, na Praça da República, um grande concerto com Aurea. No dia 29 de junho, dia de S. Pedro, imperam as tradi-ções religiosas com a procissão fluvial, com saída da Base Aérea n.º 6 às 10h30, e a procissão noturna a iniciar na Igreja Matriz, às 22 horas.

SINES FÁBRICAS ROMANAS DO CASTELO COM RECUPERAÇÃO À VISTA As fábricas romanas do Largo João de Deus, a nascente do castelo, vão ser recuperadas e musealizadas. O municí-pio recebeu da autoridade de gestão do Alentejo 2020 a confirmação da aprova-ção da candidatura e vai avançar para o lançamento do concurso da empreitada. O investimento é de 170 mil euros. Além da salvaguarda do interesse histórico e cultural destas fábricas de preparados piscícolas da época romana (século I), cuja estrutura vai ser recuperada, a au-tarquia pretende com este projeto atingir objetivos mais latos, mediante a sua mu-sealização, de forma a atrair um público mais vasto para a visita ao património local. A localização das “salgadeiras” numa área aberta, junto de um dos mais importantes acessos à praia, irá chamar a atenção de públicos que de outra forma não entrariam num museu convencional.

SETÚBAL COMBATE ÀS DROGAS AVANÇA EM BREVE O município aprovou esta semana, a celebração de um protocolo com a Agência Piaget para o Desenvolvimento, no âmbito do GIRUSetúbal, projeto de intervenção junto dos utilizadores de drogas. O acordo define o modelo de colaboração com vista a “melhorar a qualidade de vida e os processos de in-tegração social das pessoas que utilizam substâncias psicoativas” no concelho, em particular na União das Freguesias de Setúbal e na freguesia de S. Sebastião. A autarquia aponta «a importância e o interesse da iniciativa para o concelho» para justificar a pertinência da assinatu-ra do protocolo com a referida agência.O GIRUSetúbal materializa-se numa equipa de rua que opera junto de consu-midores de drogas, com base na filosofia de intervenção da redução de riscos e minimização de danos.

GRÂNDOLA TABERNAS DO CONCELHO DÃO A PROVAR IGUARIAS Desde o dia 10 que está a decorrer a Rota dos sabores da gastronomia típica alentejana em seis locais de tradição e de costumes no concelho. Este sábado, a rota passa por A Taberna, onde são servidos torresmos, jaquinzinhos fritos, feijoada de catacuzes e estufadinho de aves do campo. A edição deste ano da Rota das Tabernas começou na taberna “Justen-se” e termina um mês depois na “Casa Dimas”. Durante este período a iniciativa do município, com o apoio do Turismo de Portugal, promove a gastronomia regio-nal e dá a conhecer a tradição musical da região. Nas seis tabernas aderentes à Rota vai ouvir-se o cante alentejano e grupos de música instrumental do cancioneiro tradicional alentejano.

MOITA FEIRA DO LIVRO ANIMA ALHOS VEDROS Arrancou na sexta-feira, na rua Caldas Xavier, no Bairro Gouveia, em Alhos Vedros, a 45.ª feira do livro, promovida pela Academia Musical e Recreativa 8 de Janeiro, com o apoio da Câmara, Junta de Alhos Vedros, União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreia e população. A feira decorre até este do-mingo, e nos dias 1, 2 e 3 de julho (sextas--feiras a partir as 21 horas, sábados a partir das 20 horas). Por lá pode encon-trar obras de cerca de 50 editoras, com destaque para jovens autores, a preços mais convidativos. Além da venda de diferentes tipos de livros, para miúdos e graúdos, a feira conta com animação diá-ria. O autor Rafael Augusto estará a auto-grafar o livro “Fragmentos de Verdade”.

PALMELA PROCISSÃO NOTURNA REGRESSA ÀS FESTAS DE MARATECA Entre 29 de junho e 3 de julho, Águas de Moura vive mais uma edição das tradi-cionais Festas de S. Pedro da Marateca. A grande novidade deste ano é o regresso da procissão noturna em honra do pa-droeiro da agricultura, 20 anos depois. As marchas de S. Pedro da Marateca, com mais de duas décadas de existência, recebem, este ano, como convidadas, as marchas infantil e adulta da Sociedade Filarmónica Humanitária, de Palmela. Além dos festejos religiosos, em honra do seu padroeiro, as festas possuem uma componente de animação musical, com espetáculos e bailes, onde se destaca o encontro concelhio de folclore, no dia 3 de julho, às 16h30, uma iniciativa do mu-nicípio, que contará com nove grupos.

SANTIAGO DO CACÉM MUNICÍPIO TRANSFORMA FRIGORÍFICOS EM BIBLIOTECAS O município transformou 12 frigoríficos em bibliotecas. Os aparelhos em fim de vida estão espalhados pelo concelho e surgem no âmbito do “Levar, Ler e De-volver”, inaugurado a 21 deste mês.O projeto «visa democratizar ainda mais o acesso à cultura e à leitura», sublinha Álvaro Beijinha, presidente da autar-quia. «Esta ideia partiu dos serviços das bibliotecas e consiste em recuperar/reci-clar 12 frigoríficos em fim de vida que fo-ram espalhados por todas as freguesias do município. Sem qualquer formalismo, pois só têm de deixar o nome e contacto, as pessoas podem vir buscar um livro, levá-lo para casa, lê-lo e devolvê-lo. Os frigoríficos/bibliotecas estão todos em espaços públicos, de fácil acesso. Con-tamos com a população, que procura muito as bibliotecas», conclui o edil.

ALCÁCER DO SAL MEMORIAL HOMENAGEIA COMBATENTES DO TORRÃO Os nove munícipes da freguesia do Tor-rão tombados em combate na 1.ª Grande Guerra e na Guerra Colonial foram ho-menageados pela Junta do Torrão no dia 11, com a inauguração de um memorial, no jardim de S. Francisco. Na cerimónia marcaram presença o edil Vítor Proença, e Virgílio Silva, presidente da Junta do Torrão, entre outros. Antes da inaugura-ção do memorial, realizou-se na igreja de S. Francisco uma missa de sufrágio pelos combatentes falecidos. A homenagem transitou depois para o jardim, onde o pároco da freguesia proferiu palavras a recordar os que perderam a vida ao serviço da pátria e benzeu o monumen-to, seguindo-se a deposição de coroas de flores junto ao mesmo e respetivas honras militares e a interpretação de marchas militares pela banda da Socie-dade 1.º de Janeiro.

BARREIRO MUNICÍPIO CONDECORA OS ‘FILHOS DA TERRA’ O Barreiro comemora, dia 28, o 32.º ani-versário de elevação a Cidade. A cerimó-nia Barreiro Reconhecido realiza-se, às 17 horas, no auditório Augusto Cabrita. A cerimónia inclui a entrega de meda-lhas de Bons Serviços e Dedicação aos bombeiros que completam 40 anos de serviço. De acordo com o Regulamento Municipal de Atribuição de Condecora-ções, a Medalha Barreiro Reconhecido é a “Condecoração destinada a reconhecer percursos relevantes e de grande impac-to na vida e projeção da comunidade, constituindo o mais relevante galardão municipal no contexto de trajetórias nas várias áreas. Jorge Fernando, José João Engrossa, Raúl Malacão e Trabalhadores do Centro Hospitalar Barreiro Montijo são alguns dos distinguidos.

SESIMBRA AVANÇAM PAVIMENTA-ÇÕES EM MAIS 52 ESTRADASEstá a iniciar-se no concelho mais obras de pavimentação. No total, são 52 vias equivalente a mais de 14 quilómetros de estrada pavimentada que vão melhorar os acessos no interior do concelho e a qualidade de vida dos munícipes e em-presas. Em muitos casos, as intervenções incluem arranjo da rede de abastecimen-to público de água. As obras abrangem as três freguesias que apresentam, atual-mente, cenários distintos. A freguesia do Castelo é aquela que abrange a maioria do território do concelho e consequen-temente o maior número de estradas. As povoações da freguesia são afastadas entre si o que faz com que estas obras se encontrem bastante dispersas no espaço. Toda esta imensa área recebeu, na última década, uma importante intervenção de instalação de saneamento básico que obrigou a abrir a maioria das vias, que estão agora a ser repostas.

ALCOCHETE PAPAGAIOS DÃO COR AOS CÉUS DA VILA O 14.º Festival Internacional de Papa-gaios de Alcochete realiza-se este sábado e domingo, na praia dos moinhos, em Al-cochete, com participantes de Portugal, França, Itália, Alemanha, Brasil, Inglater-ra, Israel, Espanha e Suíça. Ateliês gratui-tos de construção de papagaios, exibição de criações originais e papagaios artísti-cos e gigantes, voos sincronizados com papagaios acrobáticos de duas e quatro linhas, concurso de moinhos e jardins de vento, festival noturno e animação desportiva e musical são muitos motivos para uma visita à praia dos moinhos nes-te fim-de-semana.

ALMADA MARCHAS ANIMAM A CIDADE EM NOITE DE S. JOÃO Na passada quinta-feira, noite de S.João, as marchas desfilaram na Av.ª Aliança Povo MFA, a partir das 22 horas, em Ca-cilhas. Dez marchas apresentaram-se a concurso num espetáculo que foi encer-rado pelo tradicional fogo-de- artifício na zona dos antigos estaleiros da Lisna-ve. A grande final acontece a 2 de julho, pelas 22 horas, no pavilhão do Feijó.Eis os temas deste ano: 1 - Beira Mar de Almada “Lava que lava… esfrega que esfrega”; 2 - Pragal “Costureiras do Pragal”; 3 - Sport Almada e Figueirinhas “Golfinhos e gaivotas a namorar o Tejo; 4 - Rua 15 “Há festa na rua 15”; 5 - Al-Madan “Sabor a Sal… no Cais do Ginjal”; 6 - Li-feshaker “Almada Jóia do Tejo”; 7 - Capa Rica “Depois da Boa Esperança”; 8 - Costa da Caparica “Costa, o retrato de uma casa portuguesa”; 9 - Charneca de Caparica “Sonho e Tradição”; 10 - Centro Comuni-tário PIA II “PIA navega sobre o Tejo”.


CULTURA

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COM UMA PROGRAMAÇÃO DE GRANDE DIMENSÃO E AMPLITUDE

33.º Festival de Teatro de Almada aposta na diversidade e qualidade

Além dos 29 espetáculos de teatro apresentados em 15 dias, o Festival de Almada também inclui dança, música, artes plásticas, formação e reflexão. A diversidade é pois a aposta da Companhia de Teatro de Almada para este certame que põe Almada no mapa cultural de qualidade da região.

A 33.ª edição do Festi-val de Teatro de Al-mada, orçado em

cerca de793 mil euros, foi apresentada no passado dia 17, no Teatro Joaquim Benite, em Almada. Ricar-do Pais, a personalidade homenageada, irá dar o curso “O Sentido dos Mes-tres”, que nas duas últimas edições trouxe à cidade os criadores Luís Miguel Cin-

tra e Peter Stein. Rodrigo Francisco, di-retor da CTA, deposita «as melhores expetativas de sempre» na edição deste ano, que decorre entre 4 e 18 de julho, sublinhando que, ano após ano, tenta-mos procurar «sempre melhorar» a programação que é, na sua opinião, «muito diversificada». Sobre a programação deste ano, Rodrigo Fran-cisco fala em espetáculos «mais experimentais e tradicionais para que o

público se senta bem re-cebido». «Queremos pro-porcionar bons espetá-culos a pessoas que não podem ir a Buenos Aires, à Andaluzia, a Paris, para que possam ter acesso a espetáculos de excelên-cia. É esse trabalho que continuamos a fazer em conjunto com o municí-pio almadense, por forma a trazer à região, durante 15 dias, os melhores ar-tistas do mundo», argu-menta. Segundo o responsá-

vel, o festival é organiza-do por uma companhia de teatro que «ao longo do ano prepara este certame, que dura 15 dias, e que funciona como um ponto de encontro de públicos muito distintos que con-sumem uma vontade de fruir espetáculos, muitos dos quais são raros, como o de Mercedes Ruiz, um espetáculo de flamenco, que vai acontecer pela primeira vez por uma grande intérprete de fla-menco».

«Uma parcela daquilo que de melhor se faz em Portugal e pelo mundo»

Para o presidente do mu-nicípio, Joaquim Judas, afirma que «ao longo de suas semanas voltaremos a desfrutar de uma parcela daquilo que de melhor se faz em Portugal e pelo mundo no domínio do sa-ber e da arte de colocar em palco retalhos da vida co-mum dos homens e mu-lheres, em 29 produções onde cabem igualmente a música e a dança numa síntese naturalmente feliz de formas distintas de ex-pressão dos sentimentos, dos afetos e dos pensa-mentos humanos». O edil sublinha que a programação vai ser de «grande dimensão e am-plitude, proporcionando ao público uma nova opor-tunidade de contato com um leque diversificado de realidades sociais e cultu-rais e com as diferentes formas de as interpretar».

Para o autarca, o festi-val é, «uma vez mais, a ex-pressão de um aconteci-mento que afirmará a determinação do municí-pio em contribuir ativa-mente para o aprofunda-mento e partilha do saber e do acontecimento cole-tivos, da vida dos homens das culturas e das socie-dades do mundo». O município almaden-se comparticipa com cer-ca de 257 mil euros, en-quanto o Ministério da Cultura/DG Artes apoia com 178 mil euros. As par-cerias e receitas do festival apuram cerca de 358 mil euros para pagar os custos do investimento. A pintora Graça Mo-rais, autora do cartaz do festival, irá inaugurar as exposições “Metamorfo-ses” (Casa da Cerca) e “Os biombos” (Escola D. Antó-nio da Costa). O preço das assinaturas Festival de Almada, para todos os espetáculos, varia entre os 44 e os 70 euros.

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM


CULTURAAGENDA

SETÚBAL25SÁBADO21H30 “O ÚLTIMO DOS ROMÂNTICOS”FORUM LUÍSA TODI

A comédia “O Último dos Românticos”, uma sátira sobre a solidão e a procura do amor no século XXI, tem encenação de João Mota e é produzido pela Comuna. Está centrado na vida de um homem que, num curto espaço de tempo, tenta seduzir três mulheres no apartamento da mãe para uma tarde de amor extraconjugal.

SEIXAL25SÁBADO22H00HMB E CARMINHO DÃO CONCERTOFESTAS POPULARES DO SEIXAL

Os HMB são uma banda que se identifica entre o soul e o R&B, com alguns êxitos bem conhecidos, entre eles “O amor é assim”, em que são acompa-nhados por Carminho, fadista que também teve oportunidade de há bem pouco tempo subir aos palcos do Seixal. À mesma hora, no outro palco das festas populares do Seixal toca a banda da União Seixalense.

MOITA25SÁBADO22H00NOITE PARA DANÇAR E OUVIR BLUESFORUM CULTURAL JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO No terceiro dia do festival de blues, pode ouvir Doug Macleod, que acaba de se sagrar, uma vez mais, “Acoustic Artist of The Year”, nos Blues Music Awards 2016. A encerrar a noite, vai estar a banda europeia de blues do momento, Travellin Brothers, que aposta num blues vintage.

GRÂNDOLA25SÁBADO22H00CONCERTO A FAVOR DOS ANIMAIS CINE-GRANADEIRO Com entradas a 5 euros, as receitas do concerto de Dave Lamb & Scuta Blues, com Frank Peters e convidados especiais, revertem a favor da AGIRGDL – proteção animal de Grândola.

ALCOCHETE25SÁBADO16H00LANÇAMENTO DO LIVRO DE AGOSTINHO MONTEIROBIBLIOTECA DE ALCOCHETE

É lançado esta tarde o livro de Agostinho Monteiro, intitulado “A Margarida e eu”, da autoria de Agostinho Monteiro. Trata-se de uma obra autobiográfica, editada pela Chiado Editora.

AGENDA

GANHE CD´S DE MÚSICA PORTUGUESA“Futura”, de Ana Malhôa, “Money, Money”, de Ruth Marlene, “Believe US”, dos Pretty Boys, “O Melhor de Mim”, de José Malhôa, “Amigos para sempre”, dos Bandalusa, e “Eu faço 69”, de Quim Barreiros, são os CD´s que temos para oferecer aos nossos lei-tores esta semana.Trata-se de discos gravados e editados pela editora Espacial. Para solicitar os prémios terá de ligar para o 969 431 085 ou para o 918 047 918.

ENSAIADORES QUEREM ALTERAÇÕES NO REGULAMENTO E EXIGEM PONTUAÇÃO GERAL

Amoladores dão vitóriaà marcha dos “13” em Setúbal

Alguns ensaiadores exigem ao município a pontuação geral das marchas e outros reclamam alterações ao regulamento. Tudo isto porque algumas marchas estão a ‘beber’ muito do que se faz por Lisboa.

Os 13” venceram as marchas de Setúbal, depois do júri ter ava-

liado as coreografias e sur-presas, a 17 e 18, na Praça Carlos Relvas. Além do 1.º lugar, a co-letividade conquistou ain-da a melhor cenografia, fi-gurino e desfile da avenida, que teve lugar no dia 11, na Av.ª Luísa Todi. Fábio Carmelo, o en-saiador, mostrou-se «muito feliz» com a vitória. «Temos o sentimento do dever cumprido e reconhecido por todos. Acho que o júri deu-nos o 1.º lugar pelo nosso perfecionismo técni-co e pelo bom trabalho que desenvolvemos. Não pode-mos ter só um bom tema. Temos de o saber desen-volver e ter uma boa equi-pa técnica para o passar para o real», sublinhou. Queixa-se Fábio Car-melo que sempre exigiu ao município a pontuação ge-ral das marchas, mas, «ul-timamente, isso sempre nos foi escondido. Sempre taparam tudo para não vermos nada». E admite que em relação ao regula-mento, «alguns pontos po-diam ser alterados».

«O Independente também merecia a vitória»

O júri, presidido pela atriz Ângela Pinto, atribuiu o 2.º lugar ao Independente,

que arrecadou ainda os prémios de melhor coreo-grafia e música, e o 3.º lu-gar ao Bicross, que ganhou também a letra. O ensaiador Bruno Frazão estava convencido que o júri iria dar o 1.º lu-gar ao Independente. «Tanto o Independente como os 13 mereciam a vitória. Estamos muito fe-lizes porque ganhámos o prémio de reconhecimen-to dos marchantes, ou seja, a coreografia, bem como o prémio da músi-ca, que certamente ficou nos ouvidos, pois mesmo noutras coletividades era cantarolada». Devido ao facto das críticas pelo facto de os arcos serem circulares, Bruno Frazão explica que o regulamento «não espe-cifica a forma dos arcos nem por quantas pessoas devem ser transporta-dos». Já o ensaiador do Bi-cross, Rui Conceição, está satisfeito com o 3.º posto mas admite que esperava «subir um pouco mais na classificação». A seu ver, a sua marcha fez «um tra-balho limpo, bem execu-tado e com muita alegria. Isso foi uma mais-valia para uma marcha de con-ceito popular». Sobre a divulgação ge-ral das pontuações, como acontece em Lisboa, Rui

Conceição revela que «isso já foi feito mas o município entende que é injusto as marchas terem conhecimento do número de pontos alcançados».

«Regulamento deve ser revisto»

O 4.º lugar foi para o Bair-ro Santos, a que se segui-ram a Perpétua Azeitonen-se, as Pontes, a Actas - que venceu o prémio de me-lhor madrinha - Maria Cordeiro, o Faralhão, a Fonte Nova e Brejos de Azeitão. Amílcar Caetano, o mentor da marcha do Bair-ro Santos, diz que está tranquilo com o 4.º lugar. «A minha marcha estava bonita e colorida. Tudo es-tava de acordo com o tema. Havia uma boa união e sempre esperei

que, ao menos, ficássemos com o 3.º lugar. Faltou--nos, talvez, o fator ‘gran-de-surpresa’». E desabafa: «O meu conceito de marcha está a ser ultrapassado pelas ino-vações vindas de Lisboa. Os arcos começam a dar lugar a outras peças que por não serem arcos, não perdem nem a beleza nem a funcionalidade.». Amílcar Caetano deixa um recado ao município: «O regulamento deve ser revisto por forma a ser adaptado aos tempos mo-dernos, onde não se exija que as coletividades levem arcos, mas sim arcos ou outros elementos com a mesma funcionalidade e que os temas defendidos nas letras não tenham obrigatoriamente que ser alusivos à quadra dos San-tos Populares».

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Sol da Caparica conta com seis novos artistas

O Sol da Caparica tem novidades frescas: um conjunto de no-

mes que remata da melhor forma o cartaz da edição deste ano que acontece en-tre 11 e 14 de agosto próxi-mo. Os artistas Os Azeito-nas e Valete, e as bandas The Black Mamba, Keep Razors Sharp, Capitão Fausto e Jimmy P levarão rimas de eletricidade, groo-ves e canções, juventude e experiência, rock, rap, soul e pop até ao mais portu-guês evento deste Verão.

Em tempos fez-se cam-panha a favor da inclusão em Portugal com um slo-gan que ficou para a histó-ria: “todos diferentes, todos

iguais”. No cartaz d’O Sol da Caparica também são muitas as diferenças, com cada artista e cada banda a levar para o palco uma

identidade própria, um som distinto, canções que não se confundem com as do lado: todos são diferen-tes e todos são também iguais no empenho que co-locam nas suas prestações ao vivo. «É que além de ar-tistas com obras gravadas que têm merecido os mais variados aplausos, todos eles são igualmente verda-deiros furacões em palco, responsáveis por concer-tos de primeira onde quer que se apresentem», subli-nha a organização.


POLITICA

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SOCIALISTAS NÃO DESARMAM SOBRE O EVENTUAL PROCESSO DE REVISÃO DO PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DA ARRÁBIDA

Deputados ‘rosa’ exigem que tutela do ambiente mostre resultados da avaliação do POPNA

O processo é antigo, com muitas críticas e elogios, mas continua em cima da mesa. Os deputados do PS pelo Círculo Eleitoral de Setúbal não querem “mexer” no POPNA sem conhecerem resultados da avaliação e se a mesma teve em conta todas as partes envolvidas.

Os deputados socia-listas do distrito de Setúbal querem que

o atual ministro do Am-biente apure as conclu-sões que resultaram da avaliação do Plano de Or-denamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) e outro conjun-to de resposta de modo a avaliar a necessidade de revisão ou alteração da-quele importante docu-mento estratégico. A proposta foi manifes-tada formalmente pela de-putada do PS, Euridice Pe-reira, que é membro da Comissão Parlamentar nas áreas do Ambiente e Orde-namento do Território, e decorre de uma preocupa-ção antiga dos socialistas da região. «É preciso saber as conclusões, bem como se nesta avaliação houve envolvimento das comuni-dades locais que têm maior relação como Parque, para que se possam tomar eventuais medidas», expli-ca Euridice Pereira, coor-

denadora regional dos de-putados do PS. Euridice Pereira lembra que o POPNA foi sujeito a manifestações críticas, quer durante a fase de dis-cussão pública, quer após a

sua aprovação, tendo sido objeto de tentativa de im-pugnação judicial, movida nuns casos por particula-res, como os pescadores e suas estruturas representa-tivas, mas também pelos

municípios de Setúbal, Pal-mela e Sesimbra. Do lado aposto, convém sublinhar, o Plano mereceu sempre o reconhecimento de organi-zações ligadas à defesa do ambiente.

Manifestações críticas e reconhecimento ambiental

Reconhecendo que aquele instrumento de gestão para uma área tão sensí-

vel, pode sempre ser me-lhorado, a deputada reafir-ma que a posição dos socialistas foi sempre de-fender a não avaliação do POPNA antes de passados três anos sobre o início da sua «plena produção de efeitos», prazo que ocor-reu em Agosto de 2009. E também fazer depender uma eventual alteração ou revisão mediante os resul-tados da avaliação, os quais ainda não se conhe-cem. Os socialistas afirmam ainda que desde o início do processo defenderam ainda «uma avaliação abragente», incidindo so-bre todas as vertentes pre-vistas no instrumento de ordenamento, onde, expli-cam, «o apuramento técni-co não pode dispensar o testemunho das entidades e das comunidades locais, particularmente as que têm diretamente ligação ao Parque Natural da Ar-rábida, pela relação eco-nómica ou social».


DESPORTO

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Desportos radicais e aventura no parque urbano de Albarquel

Exposições, workshops, demonstração e expe-rimentação de despor-

tos radicais e de aventura são as propostas do “STB Radical e Aventura” a reali-zar este sábado e domingo, na Praia da Saúde, em Se-túbal. A oportunidade de des-frutar de momentos lúdi-cos e de entretenimento é o principal enfoque da pri-meira edição da iniciativa, integrada no calendário de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016, progra-ma a decorrer até dezem-bro, dinamizado pela au-tarquia, com eventos de caráter popular e provas de alta competição. O certame, uma orga-nização da CMS, conta ao longo dos dois dias com um leque variado de ativi-dades radicais e de aventu-ra para todos os públicos. A mostra de materiais

e equipamentos para ati-vidades de aventura em cerca de duas dezenas de expositores é um dos atra-tivos do “STB Radical e Aventura”, com abertura agendada para este sába-do, às 10 horas, e que in-clui ainda demonstrações e experimentação de al-guns desportos. Skate, long board, pa-

tins, frisbee, slackline, pa-rkour, canoagem, escala-da, BMX, BTT, boot camp e paddle surf são algumas das atividades do “STB Radical e Aventura”. Hoje realiza-se uma “Setúbal Bike Party”, com mostra e passeio de bici-cletas, aberta a todos os interessados, devidamen-te equipados com capace-

te, que pretende fomentar a prática regular de exer-cício físico. A atividade, com início às 18 horas, inclui um passeio de cicloturismo, de cinco quilómetros, pela zona ribeirinha, a que se segue, das 20 às 22 horas, uma festa com ce-nários de luz e cor a cargo de um DJ.

Traduziu-se num enor-me sucesso a partici-pação da disciplina de

trampolins da secção de ginástica do Vitória no Campeonato Nacional de Infantis, que decorreu re-centemente em Torres No-vas. O ponto alto da com-petição para os sadinos foi o título de campeão nacio-nal conquistado pelo quarteto formado por Vas-co Vale, Isaac Lopes, Afon-so Mendes e Rui Praxedes em trampolim individual. Os mesmos quatro ginas-tas foram ainda vice-cam-peões nacionais em duplo minitrampolim. Quem também teve direito a su-bir ao pódio foram os dois pares femininos que os vi-

Ginastas do V. Setúbal voltam a arrasar

torianos apresentaram na categoria de trampolim sincronizado. As duplas se-tubalenses Maria Reis/Ma-tilde Chumbinho e Marta Conceição/Matilde Santos ficaram empatadas no 3.º lugar. Um dos treinadores da

disciplina de ginástica do Vitória, Rui Praxedes, faz um «balanço muito positi-vo» da participação sadina. «Foi muito bom. Foi o nos-so melhor ano, claramente. A equipa masculina já tinha ficado em 3.º lugar em du-plo minitrampolim no ano

passado. É uma geração muito interessante. Traba-lham imenso. São fantásti-cos. É uma colheita muito boa, como nem sempre há», afirmou o técnico. Re-feriu ainda o «excelente comportamento daqueles que não foram ao pódio».

Barreiro acolhe estágios de karaté

Este fim-de-semana realiza-se, no Pavi-lhão Gimnodesporti-

vo da Escola Secundária de Santo António da Char-neca, o 59.º Estágio Técni-co Distrital/9.º Estágio In-ternacional de Karaté Shotokan, da Associação Karaté do Distrito de Setú-bal (AKDS). Esta iniciativa decorre, sexta-feira, das 19 às 22h30, sábado, das 9h30 às 13h30 e das 16h30 às 21h00, e, domingo, das 9 às 14h00. Este sábado tem lugar, das 10 às 13 horas, no Pavi-lhão Municipal Luís de Car-valho, o Estágio Nacional de Verão da Liga Nacional de Karaté de Portugal. A Câmara do Barreiro é par-ceira em ambos os eventos. Na reunião pública de 15 de junho último, a CMB aprovou uma “uma pro-funda e calorosa saudação aos Atletas Inês Ferreira, Joana Lopes e Gonçalo Henriques pelos resulta-

dos obtidos no Campeo-nato Nacional de Iniciados a Juvenil que decorreu no passado dia 28 de Maio no Pavilhão dos Desportos de Vila Real”, voto “extensível aos treinadores das respe-tivas equipas e ao diretor técnico da LNKP”. “A comprovar a rele-vância do trabalho desen-volvido pela LNKP estão os resultados obtidos no Campeonato Nacional de Iniciados a Juvenil, organi-zado pela Federação Na-cional de Karate de Portu-gal, onde os karatecas do Barreiro conquistaram 3 medalhas: Inês Ferreira, kumite Iniciados -54kg- Campeã Nacional; Joana Lopes, kumite Iniciados -44kg - Vice-campeã Na-cional e Gonçalo Henri-ques, kumite juvenil -50kg – 3º lugar. De referir que a atleta Inês Ferreira se tor-nou Bi – Campeã Nacional com esta conquista”, refere a deliberação.

Palmela é palco do campeonato nacional de contra-relógio em ciclismo

No âmbito de uma parceria entre a As-sociação de Ciclis-

mo do Distrito de Setúbal e a Câmara Municipal de Palmela realiza-se, no dia 2 de julho, às 15 horas, o Campeonato Nacional de Contra-Relógio – Elites Amadoras, Masters e Pa-raciclismo. A iniciativa, com parti-da da Alameda 25 de Abril, em Palmela, decorrerá en-

tre aquele local e o Vale de Barris. É esperada, para esta prova, a participação de cerca de 60 ciclistas. A realização desta ini-ciativa surge na sequên-cia da aposta do Municí-pio na área do desporto e contribuirá para a forma-ção desportiva dos muní-cipes e para o desenvol-vimento da cultura da atividade física e do des-porto.


NEGOCIOSESTA INTENÇÃO VAI AO ENCONTRO DAS AMBIÇÕES DOS PORTOS DE SINES E DE SETÚBAL

Ferrovia entre Sines e Caiana agenda para 2017

As intervenções previstas e agora com data anunciada são consideradas decisivas para dar um novo impulso económico à região, uma vez que esta linha passa a estar bem mais próxima das duas plataformas portuárias. A questão que falta afinar é se vai contemplar o transporte de passageiros.

As obras de eletrifica-ção da linha ferrovi-ária que vai ligar Si-

nes à Extremadura espanhola deverão come-çar em 2017 no troço entre Elvas e o Caia, segundo o

projeto apresentado pelo Governo português atra-vés do próprio ministro do Planeamento e Infraestru-turas, Pedro Marques, em reunião com o alcaide de Badajoz, Francisco Javier Fragoso, realizada em Lis-boa. Recorde-se que as in-tenções reveladas pelo mi-

nistro vão ao encontro do que é ambicionado por Si-nes e Setúbal, uma vez que a eletrificação da linha de mercadorias será decisiva no impulso económico da região que passa estar bem mais próxima dos dois portos da região, podendo mesmo viabilizar o trans-porte de passageiros entre

Lisboa e Badajoz, em ape-nas duas horas.

Linha pode vir a receber comboios de passageiros

Recorde-se que, como o Semmais já noticiou, a li-nha ferroviária entre Si-nes e Espanha poderá vir a receber comboios de

passageiros que farão li-gação em Badajoz aos comboios de alta veloci-dade para Madrid, se-gundo o Ministério do Planeamento e das In-fraestruturas. Já este ano a Comissão Europeia aprovou o proje-to para o desenvolvimen-to da linha de alta veloci-


TEXTO ANA VENTURAIMAGEM SM

JORNADAS QUE DECORREM ENTRE 8 A 10 DE JULHO EM SINES ANTECIPAM A ABERTURA OFICIAL DA FEIRA DO MAR COM DUAS DEZENAS DE EXPOSITORES

Porto de Sines arranca jornadas da Economia do Mar com palestrantes de luxo

A organização é do Sines Tecnopolo em parceria com o Porto de Sines. As jornadas subordinam ao tema “Tech Sines’ 16 – Por Novos Mares” e garantem um painel de palestrantes conceituado.

O Sines Tecnopolo, em parceria com o Por-to de Sines, vai orga-

nizar, entre 8 e 10 de Julho, o “Tech Sines ’16 - Por No-vos Mares – Jornadas da

Economia do Mar”, num formato que pretende lan-çar novas amarras para outras iniciativas do géne-ro. As Jornadas da Econo-mia do Mar iniciam-se com uma Conferência, de-correndo em paralelo uma Feira do Mar, um concur-

so de embarcações sus-tentáveis, o Aporvela Pro-ject Race, e um conjunto de atividades que reunirão diferentes stakeholders li-gados à Economia do Mar. A Conferência, que se realizará no Auditório da APS em Sines, no dia 08 de julho, contará com um

painel de referência, com Tiago Pitta e Cunha do Fó-rum Oceano, António Sar-mento, Fundador e Presi-dente do WavEC, Centro de Energia Offshore, An-tónio Pascoal do Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técni-co, Pedro Madureira da

EMEPC – Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, e Jorge Relvas, Presidente da Associação Centro Ci-ência Viva do Lousal. Serão ainda apresenta-dos, no Auditório do Porto de Sines, quatro casos de sucesso empresarial na área da Economia do Mar, a Thalasso Nazaré, um moderno centro de talas-soterapia, Porto Muiños, uma empresa de aquacul-tura (algas), Team Work Technology, de energias renováveis e o Cabaz do Mar, projeto de valoriza-ção do pescado e promo-ção da identidade das co-munidades piscatórias.

Feira vai decorrer em plena Avenida Vasco da Gama

No final do dia será feita a abertura oficial da Feira do Mar, na Avenida Vasco da Gama, que incluirá de-monstração de atividades

e produtos inovadores do mar e que conta já com mais de duas dezenas de expositores. O 2º dia das Jornadas da Economia do Mar in-cluirá uma visita ao Porto de Sines, por terra e mar e uma sessão de roundta-bles, dinamizadas pelo Tu-rismo do Alentejo – ERT, Aporvela, EDP Inovação, AICEP Global Parques, Alga Plus, APS, FOR-MAR, Ciência Viva e Sines Tec-nopolo, desta feita no edi-fício da Academia do Mar e Energias no Sines Tecno-polo, em Sines. Este evento, que se pretende a primeira de vá-rias edições neste formato e dimensão, será parte de um contributo deste terri-tório e dos seus agentes para a concretização de um desígnio nacional, pretendendo explorar o presente e o futuro da Economia do Mar, não só na região, mas também no país.

dade que vai ligar Madrid à fronteira portuguesa do Caia, num investimento que ronda os 310 milhões de euros, mas há uma curiosidade: o projeto fala da melhoria da ligação férrea entre «Madrid e Lis-boa», apesar de se saber que Portugal está fora do TGV.


NEGOCIOS

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Grão de Bico celebra 10 anos com festa animada na Casa da Baía

A Grão de Bico, empre-sa de serviço de cate-ring de Setúbal, co-

memorou, no passado dia 17, na Casa da Baía, em Se-túbal, o seu 10.º aniversário. No wellcome drink, se-guido de um apetitoso co-cktail, houve muita alegria e animação ao som dos DJ Isabel Figueira e Monchi-ke. Na festa marcaram presença cerca de 120 convidados e figuras VIP, entre os quais a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, a atriz e modelo Isabel Fi-gueira, o professor José Fernando (diretor da Casa da Baía), assim como di-versas outras figuras e empresários da cidade de Setúbal. Patrícia Veiga, a sócia--gerente da Grão de Bico, fez ao Semmais Jornal um balanço «bastante positi-vo» dos 10 anos de exis-

tência GDB. «A GDB está neste momento presente no mercado com uma marca já conhecida e bas-tante consolidada», subli-nhou a responsável. A aniversariante GDB

atua, com os seus servi-ços, nas zonas de Lisboa, Grande Lisboa e Margem Sul, apostando, sempre, na «qualidade, profissio-nalismo e no detalhe, de modo a criarmos momen-

tos especiais e memorá-veis aos nossos clientes». O grande sonho da GDB passa por «sermos uma empresa inovadora na área dos grandes even-tos», vinca a gerente.

Quanto aos projetos para futuro da empresa, tanto para empresas como para os clientes particula-res, Patrícia Veiga revela. «Queremos crescer dentro dos grandes eventos, mar-

cando uma boa posição no mercado». A GDB aposta no lema “Uma cultura empreende-dora, focada na paixão pela qualidade e inovação dos nossos serviços”. Congressos, jornadas médicas e eventos com entidades governamen-tais são algumas das ini-ciativas mais marcantes que a empresa já levou a cabo no terreno.


OPINIAO

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

A Excelência não rima com Maledicência

Incontornável. CR7. Ronaldo. Microfone. Críticas. Gloria. Superação. Nos idos de Roma,

os gladiadores eram deuses que colmatavam as fracas condições de vida da populaça.Hoje, para colmatar as crises, os índices de inflacção, o PIB que tarda em não corresponder, o deficit que nos descontenta anualmente, os ratings da agências de notação financeira, temos o Benfica, o Sporting, o Porto, o Nelson Évora, o Rui Costa, o João Sousa, mais um ou dois atletas de eleição e, sobretudo os nossos deuses – Ronaldo e Mourinho.Neles transportamos a esperan-ça de um Povo, mas nas suas costas carregam as suas frustrações, os seus míseros ordenados, quando comparados com os seus parceiros Euro-peus, as ausas frustrações pessoais, familiares, profissio-nais, onde não conseguem ser nem os melhores da sua rua,

quanto mais os melhores do País ou do mundo. Não isso, apesar de ser matéria que nos devia honrar, por vermos um compatriota a ter esse reconhe-cimento universal, optamos por fazer um jogo interessante – procurar e apontar as suas falhas, dimensioná-las, dissecá--las, explorá-las. Tudo num exercício de auto-destruição muito nacional.Somos tão rápidos e bons a apontar o dedo. A recriminar, a julgar, como desonestos e ingra-tos, desmemoriados a reconhe-cer o que de bom nos fazem. Eu sei disso. Também o sofro na pele. Por melhor que trabalhe, por mais preocupado e diligente que seja, a ingratidão está sempre lá, ao virar da esquina.Parecemos um Povo que apenas promove os malandros, os aldrabóes, aqueles que, confor-me diz o Povo “rouba mas faz”, como diziam muito orgulhosa-mente daqueles Presidentes

indiciados e até condenados no exercício das suas gestões camarárias.Ronaldo tem um defeito: não está acusado de um mega-crime fiscal. É bonito, rico, jovem e saudável. Isso viola o nosso bom fado. Nós idolatramos coitadinhos – Zés Marias, mas só enquanto são coitadinhos.Nós aceitamos tranquilamente um Governo que não ganhou as eleições, apoiado por dois partidos que prometeram tudo o contrário do que estão a fazer. Não questionamos nada. Ninguém está preocupado em questionar a causa das coisas. Quanto pior melhor. Não gostamos da excelência, porque

a excelência não rima com maledicência.Por mim continuarei a gostar da arrogante busca pela perfeição de José Mourinho, De Ronaldo, de Siza Vieira, de Vhils, de Nelson Évora, de António Guterres, de Jorge Moreira da Silva, António e tantas e tantas outras personalidades que teimam em tentar ser os melhores do mundo nas suas áreas.E continuarei a apoiar quem trabalha para se superar no que faz. Porque quer queiram, quer não, quem pode elevar a nossa Nação ao olímpo será com certeza Ronaldo e não quem tão mal dele fala.

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

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UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL

Recebi pelo correio uma bonita carta – o nome e a morada estavam

escritos graciosamente, combinando o traço fino e delicado da ponta da caneta com a verdadeira arte caligrá-fica borbulhando na ponta dos dedos; o selo mostrava uma minúscula chávena de chá marcada com um carimbo inglês; no verso, a aba ostenta-va um contorno colorido, vibrante, desembocando num encantador autocolante, ao centro. Por ser tão requintada não a abri logo, não estava certo –

E agora?

Ainda não sei se o resultado do referen-do do Reino Unido é

assim tão dramático como muitas vozes têm defendido. Há para já duas ilações a tirar: a vontade do povo foi manifestada e funcionou a democracia, coisa que esta Europa dita unida não tem alimentado conveniente-mente.Na verdade, é preciso considerar que o avanço do referendo tem uma origem que radica nas atrocidades políticas que nos têm sido impostas e num desvio doentio das verdadeiras causas que geraram e criaram a União. Mesmo com as suas imperfeições.A Europa social foi a primeira a quedar-se. Morreu. E os britânicos reagiram. E tomaram posição sobre a “guerra” liberal que tomou conta de tudo e de todos. Quantos de nós o não quereríamos ter feito?Nesta Europa, neste estado da Europa, os democratas e o povo não se revêem. Essa é uma certeza. E, agora, o caminho é pantanoso, porque, prevejo um efeito de contágio. E prevejo anos de assimilação de uma nova conjetura política, porque, ao longo da história a Europa reergue-se sempre.O pior é que também se reergueu em divisões, truculências e guerras de fogo que deixaram um pasto de miséria e de morte. O que sei, afinal, é que nada será como dantes. Aguarde-mos e confiemos que da paz podre que vamos assistir, nasça uma ideia mais consistente. A bem da velhinha e nova Europa, dos europeus convitos e até do mundo ocidental.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

deixei que a beleza do envelope e a curiosidade de quem sou prevalecessem durante dois dias. Receber uma carta assim é raro, é inesperado e traz uma felicidade descomunal, uma súbita vontade intensa de viver e o ligeiro desejo de dançar. Nestes tempos a caligrafia foi há muito substituída pelas teclas do computador, a habilidade está escondida atrás dos ecrãs e a ação está submer-sa no sistema operativo do telemóvel. Por isso não a abri logo, por egoísmo, para prolongar a satisfação que é receber uma carta.

Abri-a finalmente, estreme-cendo de alegria ao ouvir o simples som do envelope a abrir. Fora escrita por uma amiga, o papel era azul e seu cheiro característico inundou--me os pulmões, recheado de pequenos relevos e as negras letras manuscritas fluíam como

um rio, serpenteando da folha até ao meu olhar. Lia-a e voltei a colocá-la no envelope, começando a inspirar-me para lhe responder, num destes dias. Receber uma carta é receber amizade, endereçando consigo um sorriso e uma vasta sensação de prazer.

Pelo Correio

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OPINIÃOO medo come a alma

Drama versus pós-dramatismo

Arte e política. “A opinião de que a arte nada deve ter a ver com a política é,

em si, uma atitude política”, escreveu George Orwell em Why I Write (1946). Os quatro motivos que identificava para alguém se dar ao trabalho de escrever eram: puro egoísmo; entusiasmo estético, impulso histórico, propósito político. Isto para além de ganhar a vida, claro. No mesmo ensaio assumia que a sua maior motivação foi política: “O desejo de empurrar o mundo numa determinada direcção, de alterar as ideias das outras pessoas acerca do tipo de sociedade pela qual devem lutar”.Estética e ideologia. Na Alema-

nha Nazi, a realizadora Leni Riefenstahl fez alguns filmes que continuam a gerar discus-são. Produzidos com fins de propaganda, são estudados em todo o mundo como exemplos de proficiência formal. Quando a II Guerra Mundial terminou, teve dificuldade em voltar a filmar: foi vista como uma artista do regime, associada ao III Reich e às atrocidades cometidas.Cultura e economia. “A cultura gosta de ser instrumentalizada pela economia” é uma frase que nunca vou esquecer. O contexto em que a escutei: uma reunião de programadores, representan-tes políticos, economistas, entre outros. Instrumentalizar:

a curiosas constatações. Por exemplo: há quem afirme defender determinada ideologia quando, no quotidiano, age de acordo com uma ideologia diferente (ou mesmo oposta).Consciência. O que temos de mais extraordinário é a consciên-cia de existirmos. Conseguimos ter um ponto de vista sobre nós próprios, os outros e a realidade. Quando tenho oportunidade de

Há uma tensão latente no teatro contemporâneo europeu que de algum

modo encontra eco na 33.ª edição do Festival de Almada. De um lado, uma corrente estética que reconhece ainda no texto, e no trabalho do actor, o lastro no qual assenta o teatro enquanto arte de palco. Do outro, a chamada tendência pós-dramática, que vê no actor um performer e no texto um instrumento de denúncia, feita directamente ao público, do estado a que chegou o Mundo. A 26 de Fevereiro deste ano o encenador alemão Thomas Ostermeier estreava em Lausana uma “Gaivota” na qual a célebre cena de teatro que Treplev representa para a sua

“servir-se de alguém ou de alguma coisa como meio para atingir os seus fins”. Quais serão os fins da economia? E quais serão os da política, sem a orientação da qual tenho dificuldade em compreender quer a economia, quer a cultura? Pensamento e acção. Quem já teve oportunidade de se debruçar, de alguma forma, sobre a História das ideias políticas, tem consciência de que foi na prática que estas tiveram de dar provas. É a partir do confronto com o real que as ideias passam de abstracções a vivências concretas. Nada disto é tão puro como se possa pensar, o que, para quem aprecia a pluralidade, dá origem

família não era mais do que uma paródia à dita performan-ce pós-dramática, com vídeo, algazarra electrónica e sangue caprino à mistura. O espectá-culo iniciava-se mesmo com uma improvisação, à boca de cena, na qual dois actores discorriam para um microfone de pé alto. Uma semana depois, em Estrasburgo, Falk Richter, companheiro de Ostermeier na Schaubühne, estreava o seu texto “Je suis Fassbinder” no qual, a dada altura, um actor gritava ao público que, estando o Mundo como está, não era possível continuar a fazer “As três irmãs” e a montar os textos de Yasmina Reza. Se o exemplo da peça de Tchecov ainda dá espaço a alguma ambiguidade,

a nomeação de Reza, de quem Ostermeier estreou em Berlim “Bella figura” no ano passado, não deixa espaço para dúvidas sobre aonde Falk Richter queria chegar.Este ano trazemos a Almada espectáculos destes dois criadores alemães, havendo espaço para cada um deles conversar com o público: Falk Richter no dia 8, Thomas Ostermeier no dia 11 de Julho, ambos às 18h00, na Esplanada da Escola D. António da Costa, em Almada.Apresentar espectáculos de correntes distintas, de que estes dois criadores são exemplo, constitui, parece-me, uma boa oportunidade para que um festival internacional

de teatro cumpra um dos desígnios para os quais se encontra numa posição privilegiada: dar a conhecer ao seu público uma amostra do teatro que se vai fazendo lá fora. Não me parece que quando temos a responsabili-dade de escolher espectáculos devamos optar por uma estética, por uma corrente, em detrimento de outra. Enquanto artistas, que também somos, fazemos essa escolha ao longo

À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

ATUALIDADES

JOSÉ GERALDESMEMBRO DO PS A.M. SEIXAL

Os Munícipes residentes na Freguesia de Fernão Ferro, cerca de 18.000,

muito mais que alguns Conce-lhos do País, têm vindo a ser privados de um bem essencial. Estamos a falar de Água.Esta situação é recorrente e arrasta-se há vários anos, com tendência a agravar-se.A Câmara Municipal do Seixal, desde 2005, tem vindo a adiar as obras necessárias bem como a construção de um CDA (Centro Distribuidor de Água) para esta populosa Freguesia.É incompreensível e altamente censurável o que se está a passar.Tanto mais grave que este

Na Freguesia de Fernão Ferro, Concelho do Seixal vivem-se dias preocupantes

problema tem sido abordado nos Órgãos Autárquicos (Câmara e Assembleia), quer por diversos Munícipes, denunciando esta situação em sessões da Assembleia Munici-pal, quer também pela banca-da do PS na Assembleia Municipal a qual tem interpe-lado o Executivo acerca deste assunto.Como se tudo isto não bastas-se, em 2008 e tendo por base a Lei das Finanças Locais, foi aprovado em Sessão de Câmara e Assembleia Munici-pal, um pedido de empréstimo no valor de 3.640.000,00€ (Três Milhões, seiscentos e quarenta mil euros), emprésti-

mo esse, que após aprovação pelo Tribunal de Contas, foi autorizado e afecto exclusiva-mente à construção do novo Centro de Distribuição de Água (CDA) em Fernão Ferro. Tanto quanto se sabe, este valor terá sido consumido em despesas correntes. Estamos assim perante uma constata-ção óbvia: A Câmara faltou à verdade quer ao Tribunal de Contas, quer à população de Fernão Ferro.O PS Seixal vem condenar vivamente tal atropelo à legalidade.Para além da gravidade da situação, o Orçamento Cama-rário para 2016 tem inscrita a

quantia de 30.000,00€ para a empreitada de construção do CDA.A Junta de Freguesia tem sido parte do problema e não da solução, devido à sua subservi-ência perante a Câmara, para além de se debater com problemas de funcionamento e mau estar interno.O cenário existente configura

conversar sobre política cultural – que talvez devesse estar, com a educação, na base do pensamen-to político – parece-me que se trata de um escolha simples: queremos ou não contribuir para uma evolução da consciência e da vida humanas? Nada evolui sem que estejamos dispostos a pôr-nos à prova. E como diz Ali no inesquecível filme de Fassbin-der, “o medo come a alma”.

do ano, confrontando-nos com as reacções do nosso público às criações que apresentamos no Teatro Municipal Joaquim Benite. Em Julho cabe-nos proporcionar o contacto desse mesmo público com os artistas que são para nós um exemplo – e também com aqueles de que esteticamente estamos distantes.No fim de contas, Festival ainda pode rimar com diversi-dade – ou não?

uma situação de conflitualida-de e de desespero. A Câmara perante este cenário, limita-se a dar desculpas esfarrapadas e a assobiar para o lado.O PS Seixal exige a construção imediata do Centro Distribui-dor de Água (CDA), bem como as obras necessárias, quer a montante, quer a jusante do CDA.

Semmais 25 junho 2016

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