Semmais 30 maio 2015

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Sábado 30 | Maio | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 857 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais SOCIEDADE PÁGINA 3 ESCOLAS DA REGIÃO SÃO DAS MAIS PROBLEMÁTICAS As escolas do distrito continuam no topo das que mais ocorrências registam nos balanços anuais das autoridades policiais. Só o ano passado foram contabilizadas 546 queixas. CULTURA PÁGINA 9 A FESTA DA ILUSTRAÇÃO Abre já no próximo domingo, à meia-noite, a Festa da Ilustração em Setúbal. Desenhos não faltarão por todo o lado. Nós andaremos pela cidade a conviver com os melhores ilustrado- res da actualidade. Os arqueólogos encontraram nas ruínas de Tróia vestígios de sepulturas únicas do período romano com mais de 2000 mil anos.Umas estão já à vista, mas a maioria está ainda soterrada. Este achado revela que os ‘romanos de Tróia’ faziam banquetes em cima das campas dos seus mortos e acreditavam que estes também participavam. ENFOQUE PÁGINA 2 CASA DA CULTURA GALERIA DO 11 CASA BOCAGE GALERIA DO BANCO DE PORTUGAL FÓRUM LUISA TODI CLAUSTROS DO IPS CASA DA BAÍA CASA DA AVENIDA MUSEU DO TRABALHO MUSEU SEBASTIÃO DA GAMA LAVADOUROS DE AZEITÃO LARGO DA RIBEIRA VELHA LARGO DA MISERICÓRDIA LARGO DA FONTE NOVA LOJAS DA BAIXA ANDRÉ CARRILHO LIMA DE FREITAS MANUEL JOÃO VIEIRA MARIA KEIL JOÃO ABEL MANTA JOÃO ABEL MANTA |ESCOLAS DE ARTES ESCOLAS SECUNDÁRIAS BEATRIZ MANTEIGAS PELOS OLHOS DENTRO |25 DE ABRIL ANDRÉ LETRIA |MAR ANDRÉ LETRIA |PATO LÓGICO MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA ROMANOS DE TRÓIA FAZIAM BANQUETES EM CIMA DAS SEPULTURAS

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Edição do Semmais de 30 de Maio

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Sábado 30 | Maio | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 857 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

SOCIEDADE PÁGINA 3ESCOLAS DA REGIÃO SÃO DAS MAIS PROBLEMÁTICASAs escolas do distrito continuam no topo das que mais ocorrências registam nos balanços anuais das autoridades policiais. Só o ano passado foram contabilizadas 546 queixas.

CULTURA PÁGINA 9A FESTA DA ILUSTRAÇÃO Abre já no próximo domingo, à meia-noite, a Festa da Ilustração em Setúbal. Desenhos não faltarão por todo o lado. Nós andaremos pela cidade a conviver com os melhores ilustrado-res da actualidade.

Os arqueólogos encontraram nas ruínas de Tróia vestígios de sepulturas únicas do período romano com mais de 2000 mil anos.Umas estão já à vista, mas a maioria está ainda soterrada. Este achado revela que os ‘romanos de Tróia’ faziam banquetes em cima das campas dos seus mortos e acreditavam que estes também participavam.

ENFOQUE PÁGINA 2

CASA DA CULTURAGALERIA DO 11CASA BOCAGEGALERIA DO BANCO DE PORTUGALFÓRUM LUISA TODICLAUSTROS DO IPSCASA DA BAÍACASA DA AVENIDAMUSEU DO TRABALHOMUSEU SEBASTIÃO DA GAMA LAVADOUROS DE AZEITÃOLARGO DA RIBEIRA VELHALARGO DA MISERICÓRDIALARGO DA FONTE NOVALOJAS DA BAIXA

ANDRÉ CARRILHOLIMA DE FREITAS

MANUEL JOÃO VIEIRAMARIA KEIL

JOÃO ABEL MANTAJOÃO ABEL MANTA | ESCOLAS DE ARTES

ESCOLAS SECUNDÁRIASBEATRIZ MANTEIGAS

PELOS OLHOS DENTRO | 25 DE ABRILANDRÉ LETRIA | MAR

ANDRÉ LETRIA | PATO LÓGICO MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA MOSTRA COLETIVA

ROMANOS DE TRÓIA FAZIAM BANQUETES EM CIMA DAS SEPULTURAS

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CIVILIZAÇÃO ACHADO SINGULAR NAS RUÍNAS DE TRÓIA ‘RECONSTRÓI’ VIVÊNCIA NA NECRÓPOLE DA BASÍLICA PALEOCRISTÃ

Romanos de Troia comiam no cemitério para «conviverem» com os seus mortos

ENFOQUE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Para viver espiritu-almente com os seus entes queridos, os romanos que habi-taram a Península há dois mil anos, faziam banquetes em cima das sepul-turas destes. Os arqueólogos desco-briram esse legado histórico nas ruínas de Tróia. São sepul-turas únicas em Portugal. A maioria ainda está debaixo dos pés.

O escândalo da FIFA só sur-preendeu quem anda mes-mo muito distraído. Nos últi-mos mundiais, sob a gestão do senhor Blatter, escorreu muito vil metal e a organiza-ção deste que é considerado o maior espetáculo do mun-do juntou à sua volta parte dos negócios de submundo.Se há setor no mundo global que torna a corrupção num enfeite é o mundo da bola. Todos ganham e ganham muito.Os futebolistas, os empresá-rios e os agentes, e sobretu-do quem decide, ao mais ní-vel, os ganhos, as comissões e as localizações dos mun-diais e afins.Em Portugal, por exemplo, foi o que se viu. Com honro-sas exceções, criaram-se ver-dadeiros ‘elefantes-brancos’, a norte, no centro e a sul do país. O último mundial, no Brasil, pais do futebol, levan-tou tumultos, por tantos ma-gotes de dinheiro estarem a ser gastos (e ganhos por al-guns) havendo outras priori-dades mais sociais a cumprir.O futebol não tem culpa. É um espetáculo de massas, o ópio do povo, como alguém classificou, mas tem sido um setor à parte, pouco escruti-nado, sem rei-nem-roque, onde tudo pode e onde tudo acontece.E nem mesmo com esta he-catombe de detenções ao mais alto nível, num escân-dalo que já contabilizou um movimento corruptivo de 137 milhões de euros, se adi-vinham grandes mudanças.Há nestas organizações um sentimento de impunidade que rasga, muitas vezes, o contrato social, e os chefes--de-fila, que se eternizam no poder e criam gigantescas oligarquias, sabem bem como se rodear.Neste caso particular, como parecem suscitar os sinais deste caso, há ainda o envol-vimento de gente corrupta oriunda de continentes onde grassam a fome, a miséria e guerra. E este facto diz tudo.Um caso a seguir com parti-cular atenção.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

Iremos assistir ao definhamento do senhor Blatter & companhia…

Normal fazer igrejas sobre sepulturas de figuras veneradas

Além de servirem para os banquetes de familiares e ami-gos do defunto, as mesas fúne-bres também seriam usadas para oferendas, entre os séculos IV e V. A investigação concluiu que pelos vários túmulos - que transformaram em cemitério aquele que foi o local de culto do império romano instalado em Troia desde o século I – estarão os restos mortais de pessoas que terão sido consideradas «san-tas» pela comunidade da época. «Era muito normal fazer as igrejas sobre as sepulturas das pessoas que eram veneradas

pela população», justifica Inês Vaz Pinto, dando o exemplo da mediática basílica de São Pedro, em Roma, construída no local onde o santo foi sepultado. «Aqui não precisavam de ter santos muito conhecidos. Eles é que os escolhiam. Não houve nenhum célebre, porque não há qualquer lenda em Troia que aponte nesse sentido», sublinha. Algumas sepulturas até estão à vista, mas a maioria está de-baixo dos pés, tapada com pe-dras e areia, no que resta da an-tiga basílica.«Temos a esperança de um dia as poder valorizar, pelo que a conservação é, para já, a nossa prioridade», explica a arqueóloga.

Os romanos que há dois mil anos estiveram em Troia acredi-tavam que através de banquetes em cima das sepulturas dos fa-miliares mortos, estariam a con-viver espiritualmente com eles. A convicção era a de que tam-bém os defuntos participavam na refeição, o que lhes permitia «viver melhor no além», revela a arqueóloga Inês Vaz Pinto. Daí que as refeições na necrópole da basílica paleocristã «fossem fre-quentes», admitindo-se que ocorressem em datas especiais, justificando as mais de 20 sepul-turas de mesa – assim se cha-mam. «São sepulturas únicas em Portugal. Em Espanha também há algumas, mas depois só en-contramos no norte de África», avança Inês Vaz Pinto, diretora da equipa de arqueologia do Troiaresort, que está a proceder ao restauro do complexo roma-no nas margens do rio Sado. As placas que cobrem as se-pulturas são de pedra retangula-res, mas também as há em for-ma de ferradura, as mais raras, com uma parte central funda, para permitir que os comensais se reclinassem enquanto durava a refeição. «A ceia era algo muito importante e foi um ritual a que os próprios cristãos deram con-tinuidade, mesmo com crenças diferentes. Temos, desde logo, o caso da Última Ceia no cristia-nismo», recorda a arqueóloga.

RUÍNAS QUE SOBRARAM DA “CAPITAL DA GARUM”

A imponência das Ruínas Romanas de Troia, traduz-se num raro complexo de produção de salga de peixe nas margens do rio Sado, que será o maior do mundo romano, com vista sobre com Setúbal, a «sua» antiga Cetóbriga. Por ali se produziu o distinto paté de peixe, celebrizado por «garum», quando há 2 mil anos Troia ainda seria uma ilha com o nome de Ácala.Foi por ali que o império romano ergueu fábricas para deitar mãos a uma espécie de «produção gourmet», com paté de peixe que era conduzido a Roma, via marítima, para abastecer, sobretudo, as fa-mílias mais abastadas. Um preparado muito apreciado nas cozi-nhas da época e um grande negócio para os seus produtores, que exploravam o bom peixe desta região. A construção do complexo foi feita na primeira metade do século I, tendo a ocupação romana perdurado ao longo de 500 anos. Foi para tirar partido das poten-cialidades do peixe da região e da excelência do sal do rio Sado, as-sociados ao clima, que os romanos construíram esta conserveira.O complexo é conhecido desde o século XVI, mas só 200 depois viria a ser sujeito à primeira escavação, por ordem da então Infanta D. Maria -futura rainha – que permitiu desvendar as casas da chama-da rua da Princesa. Nos meados do século XIX os trabalhos arqueo-lógicos conduziram à descoberta do núcleo residencial e de parte das termas. Foi já em pleno século XX que foram desenvolvidos grandes trabalhos pelo Museu Nacional de Arqueologia que puse-ram a descoberto a totalidade da termas e a maior fábrica de salga, além de várias necrópoles. Hoje fazem-se visitas guiadas ao sítio que mostram as fábricas, oficinas de salga, as termas e «muito fora do comum» basílica paleocristã, diz Inês Vaz Pinto.

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O distrito de Setúbal continua no topo das regiões do país ao nível das ocorrências em con-texto escolar, segundo os dados oficiais revelados pelo Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que têm por base os re-gistos da «Escola Segura» no ano letivo 2013/2014, elabora-dos pelas forças de segurança (PSP e GNR). A região somou 546 ocorrências ocupando o ter-ceiro lugar entre os distritos mais preocupantes, apenas atrás de Lisboa e Porto. Segundo dados a que o Sem Mais teve acesso, mais de 70% das ocorrências nas escolas da região foram de natureza crimi-nal. Comparativamente com o ano letivo anterior, há um ligeiro aumento, que rondará os 5%. Contudo, se contabilizarmos apenas as ocorrências de natu-reza criminal, então o aumento ronda os 8%. Tal como tem vindo a verifi-car-se ao longo dos últimos anos, a maioria das ocorrências

ENSINO DISTRITO É TERCEIRO A NÍVEL NACIONAL E O ANO ANTERIOR FORAM REGISTADAS 546 QUEIXAS

Escolas da região estão entre as mais problemáticas do país

TRANSPORTES PROCESSO TEM REGISTADO AVANÇOS E RECUOS, MAS AS EXPETATIVAS SÃO OTIMISTAS

Montijo na rota dos voos de baixo-custo

SOCIEDADE

detetadas tiveram lugar dentro das escolas. Analisando as ocorrências de natureza criminal registadas pe-las duas forças de segurança, verifica-se que se destacam os seguintes crimes, por esta or-dem de participações: as ofen-sas corporais lideram claramen-te a lista, seguindo-se os furtos, injúrias e ameaças. Os roubos também constam do rol de ca-sos, à frente do vandalismo e ofensas sexuais, segundo o RASI.

70 por cento das agressões ocorrem em período de recreio

Entretanto, ficou a saber-se que uma em cada quatro crian-ças em idade escolar está ou es-teve envolvida numa situação de bullying, sendo que 70% das situações ocorrem nos recreios das escolas. Por isso os especia-listas falam já na necessidade de ser criado um Plano Nacio-nal de Combate ao Bullying,

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

As nossas escolas continuam no topo das que mais ocorrências deste tipo registam nos balanços anuais a nível nacional. Os relatórios da PSP e da GNR registam só o ano passado 546 queixas. justificando o psicólogo Luís

Fernandes que através de pro-jetos nas escolas é possível «quebrar o ciclo de violência, como está já provado em alguns estabelecimentos». O especialista garante que o bullying não está a aumentar nas nossas escolas do distrito, mas a reação dos alunos é que

passou a ser bem diferente comparando com há uns anos atrás. «Os miúdos tinham mais vivência de rua e lidavam me-lhor com essas situações», diz, alertando que as crianças que hoje venham a ser vítimas de bullying poderão vir a sentir os efeitos negativos do fenómeno no futuro.

A ideia não é propriamente nova, mas há avanços. A Câma-ra já entregou à ANA – Aeropor-tos de Portugal um caderno de encargos. O edil saiu animado da reunião havida quarta-feira. A revelação é feita pelo pró-pria Câmara do Montijo: A Base Aérea nº 6 está ser alvo de estu-dos para poder vir a receber o futuro aeroporto complementar de Lisboa, destinado aos cha-mados voos ‘low-cost’. O presi-dente do município, Nuno Can-ta, revela que já entregou um caderno de encargos à ANA-Ae-roportos de Portugal, durante uma reunião com o CEO da em-presa, Jorge Ponce de Leão, que teve lugar quarta-feira, tendo obtido a confirmação do inte-

resse pela utilização dos terre-nos públicos daquela base aérea. «Garantiram-nos que a base área do Montijo é a principal op-ção que eles têm neste momento e que uma das pistas vai ser uti-lizada para aeroporto civil», adianta o edil ao Sem Mais, numa altura em que decorrem estudos de impacte ambiental, ordenamento do território e se-gurança da pista, entre outros.

Da “Portela mais um” para único aeroporto

Pelo meio da conversa en-tre autarquia e ANA surgiu uma ideia nova que altera o concei-to de «Portela mais um». Isto é, explica Nuno Canta, «a pista da Base Aérea nº 6 e a pista da Portela serão operadas como sendo um único aeroporto. Passa a ser o Aeroporto de Lis-

boa», sublinha o autarca do Montijo, revelando ainda que o investimento que será feito terá em linha de conta o «longo prazo», procurando assegurar uma utilização da pista para mais tempo. «Acaba por ser um investimento mais importan-te”, sublinha o edil. Entre as infraestruturas mais relevantes, a autarquia inclui a necessidade de concluir a circu-lar externa até ao Seixalinho, a construção da Avenida do Seixa-linho com ciclovia e uma nova ligação viária à Ponte Vasco da Gama. Nuno Canta revela que do caderno de encargos consta ainda a melhoria dos transpor-tes públicos e a prestação do abastecimento de água e do tra-tamento dos esgotos ao novo aeroporto pelos Serviços Muni-cipalizados de Água e Sanea-mento do Montijo.

Entre as infraestruturas mais relevantes, a autarquia incluiu a necessidade de conclusão da circular externa até ao Seixalinho, a construção da Avenida do Seixalinho com ciclovia e uma nova ligação viária à Ponte Vasco da Gama.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

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SOCIEDADE

PRÉMIOS ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO ALENTEJO E EMPRESÁRIO TIAGO HENRIQUES DISTINGUIDOS NA 1.ª GALA DA AHRESP

Região marca pontos no turismo e na restauração nacional

Estudantes do IPS batem recorde na Shell Ecomarathon 2015

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, liderada por Ceia da Silva, e Tiago Henri-ques, o empresário de Setúbal que lançou a marca “Choco Real”, estiveram em destaque na 1.ª Edição dos Prémios AHRESP (Associação da Hotelaria, Res-tauração e Similares de Portu-gal), que decorreu, quinta-feira, no Páteo da Galé, em Lisboa. Na gala de entrega dos pré-mios, organizada pela AHRESP e pela agência de comunicação Greenmedia, a Turismo do Alen-tejo conquistou o título de “Me-lhor Entidade Regional de Turis-mo” e Tiago Henriques venceu a categoria de “Jovem Empresá-rio/Empreendedor” do ano. Perante cerca de 400 convi-dados e participantes, entre os quais os secretários de Estado

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

TEXTO TÊNIA NEVESIMAGEM SM

Adjunto e da Economia e do Tu-rismo, Leonardo Mathias e Adolfo Mesquita Nunes, respeti-vamente, o presidente da Enti-dade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, Ceia da Silva, exortou os agentes do setor a «incrementar as parcerias» e re-afirmou a ideia de que a distin-ção pertencia «a todos os profis-sionais que diariamente ajudam a construir um território de ex-celência». Ao Semmais, o responsável não deixou de sublinhar «tratar--se de um orgulho», tendo em conta que estavam nomeadas todas as regiões turísticas do país e ilhas, e afirmou que todos os galardões e feitos dos últimos anos nas regiões que tutela «são obra de trabalho, dedicação e empenho, em nome de uma es-tratégia de valorização dos terri-tórios, suas gentes e produtos». E fez questão de partilhar o prémio com «todos os alenteja-nos e ribatejanos», sem esquecer os players regionais. «Não há homens providenciais e mais que estar na moda, importa manter esta excelência de forma sustentada. Só dessa forma tem sido possível nos últimos anos ganhar turistas e aumentar o número dos que nos visitam», afirmou Ceia da Silva, lembran-do que os números dos primei-ros cinco meses de 2015 fazem adivinham «mais um ano de crescimento».

Uma marca lançada para crescer fora de portas

Disputando o título com pro-tagonistas de marcas já ampla-mente reconhecidas da restau-

O turismo do Alentejo reconfirmou a sua pujança e o seu dinamismo perante o país do turismo, da restauração e da hotelaria. E houve ainda a surpresa da distinção do jovem empresário que criou a marca do “Choco Real”. Uma noite em cheio.

A equipa SHELL ECO EST, do Insti-tuto Politécnico de Setúbal (IPS), alcan-çou a melhor pon-tuação portuguesa na categoria de pro-tótipos a gasolina da Shell Eco-marathon 2015.

ração nacional, o jovem empresário responsável pela marca e conceito “Choco Real”, acabou por ser uma das surpre-sas da noite. Tiago Henriques, de 34 anos de idade, dispõe apenas de um espaço, inaugurado em Novembro do ano passado no Alegro, em Setúbal. O reconhecimento do júri é «sinal de grande responsabilida-de para elevar a fasquia da qua-lidade e manter o dinamismo», disse ao Semmais, logo após ter recebido o galardão. O empresá-rio, vai agora expandir o negó-cio, para fora de portas. «É nossa intenção abrir um espaço em Lisboa antes do final do ano», garantiu. Até porque, acrescen-tou, a concorrência em Setúbal «é muito forte». Com fortes raízes sadinas, Tiago Henriques, aposta num produto «diferenciador» para centros comerciais, cuja restau-ração é muito à base de carne. «O nosso conceito surpreende o consumidor, uma vez que é um

fast food diferente, porque, para além da frescura e da qualidade é produzido ao momento». E o chavão da marca “Choco Real” diz tudo: “Tradicional, mas não convencional».

De realçar que o Prémio Exce-lência foi entregue a Rui Nabeiro, fundador dos grupos Delta Cafés e Nabeiro e, entre outros, o Pré-mio Carreira distinguiu o crítico gastronómico José Quitério.

UMA GALA COM O DEDO DA GREENMEDIA

A Gala da entrega de prémios da AHRESP juntou cerca de 400 pessoas, num ambiente requintado, em que não faltaram os momentos de entretenimento, num espetáculo apresentado pela mediática Cristina Ferreira, um dos rostos da TVI. Para além dos dois membros do governo, marcaram presença o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e responsá-veis das diversas associações do setor em Portugal. O presidente da AHRESP, comendador Mário Pereira Gonçalves, falou em «ventos de mudança» no seu discurso para justificar esta 1.ª edi-ção. «Queremos premiar os corajosos, os empreendedores e os profissionais que, com as suas boas práticas, fazem a diferença e marcam novos caminhos», disse.«É um gesto simbólico e de apoio», reafirmou, numa organiza-ção onde esteve bem patente o profissionalismo e a competên-cia dos responsáveis e equipa da Greenmedia’, uma das mais dinâmicas agências de comunicação do país.

O grupo de estudantes do IPS ficou classificado em 20.º lugar, entre 38 participantes desta ca-tegoria, sendo a melhor pontua-ção portuguesa na prova. O ve-ículo da equipa de Setúbal conseguiu percorrer 435 quiló-metros com apenas um litro de gasolina, superando a marca de-terminada pela equipa, nomea-damente de 300km/litro de combustível, e ultrapassando o recorde do ano passado, que fi-cou pelos 224 quilómetros. Tratou-se de uma competição intensa, durante a qual houve a necessidade de melhorar em al-guns aspetos mecânicos do veícu-lo. João Gomes, Team Manager e estudante da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS, refe-riu que a participação na prova

«contribuiu para melhorar o tra-balho em equipa e adquirir experi-ência a nível da competi-ção com outras equipas mais experientes». O estudante revelou que para o próximo ano a competição de-correrá em Londres, e manifes-tou a ambição de melhorar a per-formance do veículo. «Será um novo desafio e a equipa terá de trabalhar arduamente durante o ano para preparar tudo de forma a obter o melhor resultado possí-vel», afirmou. Os participantes são estu-dantes dos cursos de engenharia mecânica, engenharia informá-tica e engenharia do ambiente da ESTSetúbal/IPS, e participam na Shell Eco-marathon há qua-tro anos consecutivos.

Na edição deste ano, o projeto contou também com o apoio das estudantes do curso de comunica-ção social da Escola Superior de Educação do IPS (ESE/IPS), na di-vulgação do protótipo e da partici-pação da equipa na competição, nas redes sociais. Os trabalhos desenvolvidos no

veículo da equipa portuguesa fo-ram dirigidos por docentes da EST Setúbal do IPS, e contam com pa-trocínios de diversas empresas tais como Grow, representante da Honda Portugal, CityPrint, 3M, VPelículas Legend Bikes, SKF, KIP ( Kartódromo Internacional de Palmela) e ExtinSad.

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SOCIEDADE

SAÚDE NOVENTA POR CENTO DOS AFETADOS SÃO MULHERES ENTRE OS 30 E OS 50 ANOS

Fibromialgia causa dores a 50 mil pessoas no distrito

A fibromialgia afeta cerca de oito por cento da população adulta da região, atingindo cerca de 50 mil pessoas no distrito, sendo que a esmagadora maioria (perto de 90 por cento) são mulheres entre os 30 e os 50 anos. O combate a esta patologia está longe de ser consi-derado eficaz na região, onde al-gumas zonas têm das populações mais envelhecidas do país. É que a fibromialgia só foi reconhecida

como doença pela Organização Mundial de Saúde na década de 70, mas ainda hoje não é bem co-nhecida pelos médicos. A explicação é avançada pelo reumatologista Jaime Branco, para quem a fibromialgia - uma síndrome crónica caracterizada por queixas dolorosas neuro-musculares difusas e pela pre-sença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente deter-minadas – continua a pagar a dispendiosa fatura de se tratar de uma patologia que não tem análises que a possam diagnos-ticar nem exames de imagens, como radiografias, por exemplo. «É uma situação clínica que não transparece nos exames au-xiliares de diagnóstico. O seu diagnóstico depende apenas das queixas do paciente», admite o especialista, revelando que, por norma, os sinais de fibromialgia passam pela dor, fadiga, altera-ções cognitivas e do sono, com sono não reparador. «Digamos que há um conjunto de sintomas que fazem o quadro típico da fi-bromialgia», sublinha.

Dores fazem explodir absentismo no trabalho

Também por isso, nem sem-pre esta doença é entendida por médicos, familiares, amigos ou empregadores destes pacientes, já que o absentismo laboral acaba por ser muito elevado devido às dores. «As pessoas têm alguma tendência para dizer que as dores de que estas pessoas se queixam não existem e que será apenas uma questão psicológica», refere Jaime Branco, para logo contes-tar esta versão com os vários es-tudos científicos realizados por vários países. «Está hoje cientificamente comprovado que estes doentes sentem mesmo a dor e que não estão a fingir. Há vários estudos, com várias metodologias feitos em várias países e com várias equipas que não deixam dúvi-das», sublinha o reumatologista, acrescentando que a fibromial-gia tem estatuto de doença cró-nica, mas há estudos que apon-tam para recuperações no prazo dez anos.

Isto apesar de não haver, pelo menos para já, a cura, existem tra-tamentos que permitem que uma média de um por cada cinco pa-cientes possa ficar sem qualquer sintoma ao fim de uma década e também há os casos de pessoas a

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM GREENMEDIA

Cerca de oito por cento da população do distrito padece deste mal. São mais de cinquenta mil pessoas afetadas e o combate a esta doença incapacitante está longe de ser eficaz.

quem as dores são significativa-mente atenuadas. «Além do trata-mento farmacológico, também se pode recorrer ao não farmacoló-gico, apostando, por exemplo, no exercício físico, como a natação», resume.

ATENÇÃO ÀS DORES

O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor, que pode afetar uma grande parte do corpo. Em certas ocasiões, a dor co-meça de forma generalizada e, em outras, numa área como o pescoço, ombros ou região lombar. A dor da fibromialgia pode ser descrita como queimadura ou mal-estar. Às vezes podem ocorrer espasmos musculares. Com frequência, os sintomas va-riam em relação à hora e ao dia, podendo ter maior incidência matinal, agravando-se com a atividade física, com as mudanças climáticas, com a falta de sono e o stress. Acredita-se que a do-ença seja devida a uma perturbação dos mecanismos da dor, nos fusos neuromusculares, não havendo propriamente lesão de qualquer órgão, nomeadamente músculos ou articulações, podendo nalguns casos ser altamente incapacitante.

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Adrepes confirma candidaturas para desenvolvimento rural na Península de Setúbal

SOCIEDADE

GASTRONOMIA INICIATIVA DECORRE ENTRE 29 DE MAIO E 10 DE JUNHO EM MAIS DE 20 RESTAURANTES

Peixe-espada preto para todos os gostos na Semana Gastronómica de Sesimbra

O peixe-espada preto, um dos ícones da pesca da vila de Sesimbra, vai vol-tar a ser rei-à-mesa em mais de uma vintena de restaurantes da localida-de, entre 29 de Maio e 10 de Junho, em mais uma semana gastronómica de-dicada àquela espécie que faz as delícias dos aprecia-dores de peixe. Durante a iniciativa, os clientes vão ter a oportuni-dade de experimentar no-vas receitas à base deste peixe, acompanhadas com vinhos da Península de Se-túbal, que prometem agra-dar a diferentes paladares. A vila piscatória de Se-simbra é responsável pela captura de cerca de 90% do peixe-espada preto consu-mido em Portugal conti-nental. A pesca desta espé-cie, que é realizada de forma artesanal há mais de 30 anos é, neste momento, ga-

TEXTO JESSICA PROENÇAIMAGEM SM

São 24 restau-rantes que pro-metem surpre-ender com sabores únicos e novas aborda-gens gastronó-micas do peixe rei das águas sesimbrenses. E cerca de 40 pratos que con-tam com a criati-vidade dos chefes de cozinha do concelho. Uma festa de sabores.

rantida por cerca de 260 pescadores. A apanha desta espécie é uma referência na gas-tronomia e economia lo-cais e enaltece «o papel de grande importância que a pesca tem em Sesimbra e que Sesimbra tem na pes-ca», tal como afirmou o presidente da câmara mu-nicipal Augusto Pólvora, durante a conferência de imprensa de apresentação da iniciativa.

Iniciativa antecipa abertura da época alta para atrair mais turistas

O evento, que serve também para fazer a ante-cipação da época alta, já vai na 10.ª edição e, mais uma vez, vai contar com a parceria entre a autarquia sesimbrense e a Artesa-nalPesca, maior emprega-dora privada de Sesimbra

neste setor. «Esta iniciati-va acaba que confirmar a importância de serem ne-cessárias estruturas em terra, como a nossa asso-ciação, para valorizar os produtos do mar. E esta semana gastronómica, vem ajudar a evidenciar essa relação», disse Ma-

A Associação de Desen-volvimento Regional da Península de Setúbal (Adrepes) viu confirma-das, no final de Maio, as candidaturas realizadas no âmbito do processo de pré-qualificação, que vão permitir a apresentação de Estratégias de Desen-volvimento Local de Base Comunitária (DLBC) na península de Setúbal. DLBC é considerado um instrumento de envol-vimento dos agentes re-gionais no desenvolvi-mento de soluções para determinados desafios so-ciais, ambientais e econó-micos. Este instrumento vai ser gerido pela Adre-pes, com o objetivo de fo-calizar o panorama de empreendedorismo e criação de postos de tra-balhos em Parceria Portu-gal 2020. Segundo um comuni-cado da Adrepes, o resul-tado alcançado nas candi-daturas são fruto de um procedimento participati-vo de construção da Es-tratégia de Desenvolvi-mento Local da Península

de Setúbal 2014/2020, de modo a estabelecer uma linha importante na reco-lha de parcelas comunitá-rias para o DLBC, com vis-ta a permitir melhor intervenção e apoios em projectos nas zonas rurais e costeiras, bem como em zonas urbanas desfavore-cidas e afligidas pelo ele-vado grau de exclusão na região O programa já abran-geu mais de trezentas en-tidades locais e regionais representativas dos inte-resses socias, económicos, ambientais e culturais. Entretanto, a Adrepes vai expor no Mercado do Livramento, em Setúbal, a mostra de projetos subor-dinada ao tema: “Penínsu-

la de Setúbal, Território de Terra e Mar – Consolidar o Passado, Planear o Futu-ro”. A exposição tem por objetivo a divulgação dos projetos apoiados na Pe-nínsula de Setúbal pelo PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural e pelo PROMAR – Progra-ma Operacional Pescas, no período 2007-2013. Recorde-se ainda que este conjunto de projetos no âmbito dos dois pro-gramas, atingiram na pe-nínsula um valor superior a 24 milhões de euros e permitiram criar outro di-namismo nas áreas de produção, criação de em-presas, turismo, patrimó-nio e na área social.

nuel José Pólvora, diri-gente daquela associação de armadores. Este ano, associada à iniciativa, vai estar paten-te na avenida 25 de Abril e na Sala Multiusos da For-taleza de Santiago a expo-sição de fotografia em grande formato alusiva à

faina da pesca ‘Vidas com Sal’, organizada pela Arte-sanalPesca. O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto Alves, que marcou presença na apresentação do evento, elogia a iniciativa e garante que «Sesimbra é um exem-plo a nível nacional».

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POLÍTICA

Deputados da direita consideram que futuro do Alfeite está assegurado

Deputados do PC fazem périplo na região

UGT não vai participar no debate eleitoral das LegislativasTEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

O líder da UGT esteve em Setúbal para falar de desemprego, privatizações e segurança social. E garantiu que a central sindical não vai entrar na ‘guerra’ das legislativas.

O secretariado nacional da UGT deslocou-se sexta-feira a Setúbal, para uma reunião ordi-nária, no hotel do Sado, para de-bater os principais problemas que afetam os portugueses, à semelhança do que tem vindo a acontecer noutros pontos do País. A sustentabilidade da Segu-rança Social, a precariedade no emprego, a elevada taxa de de-semprego e as privatizações fo-ram alguns temas que estiveram em cima da mesa numa reunião liderada pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e pelo presi-dente da UGT de Setúbal, Rui Godinho. Manuel Fernandes, vice-pre-sidente da UGT de Setúbal, refe-riu que a UGT «não vai entrar no debate eleitoral das próximas eleições Legislativas», explican-do que esta central sindical pre-

fere «aguardar pelas diferentes propostas dos partidos políticos para depois se pronunciar em sede própria, ou seja, na sede da concertação social».

Atentos às propostas das forças políticas para pedir justificações

«Vamos estar atentos às pro-postas dos partidos e depois queremos pedir justificações, em função das propostas eleito-rais apresentadas, ao partido que vencer o ato eleitoral», su-blinha Manuel Fernandes. No que se refere à sustentabi-lidade da Segurança Social, Ma-nuel Fernandes, a UGT defende a «salvaguarda e o pagamento das reformas atuais e das gerações futuras, enquanto ao nível do de-semprego, a central sindical re-conhece que «existe emprego não declarado e, segundo esti-

NOTÁRIA : MARIA TERESA OLIVEIRA----------------------------------------------------Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal--------------------------------------Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e seis de maio de dois mil e quinze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação, a folhas 50 do livro 280 – A, de escrituras diversas, na qual: --------------------------------------------------------------Ana Sofia Ramires dos Reis de Oliveira Ramos, solteira, maior, natural, contribuinte nú-mero 213575442 e Carlos Manuel Ramires de Oliveira Ramos, solteiro, maior, ambos resi-dentes na Rua Alves da Silva, n.º 12, 5º Esquerdo, em Setúbal, contribuinte número 211110680, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: -------------Prédio misto, sito na Rua Esteiro do Almo, anteriormente designado por Brejos de Canes ou Cotovia, Caminho de Batelatas, freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, com a área de novecentos e dezasseis metros quadrados, composta a parte rústica de cultura arvense de regadio, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 161 de Secção D, e a parte urbana de edifício de rés do chão destinado a habitação, com a área de cento e cinquenta e seis virgula cinquenta metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 150, o qual se encontra descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número mil quinhentos e cinquenta e três, somente quanto à área de setecentos e setenta e dois metros quadrados e por descrever na mencionada Conserva-tória quanto à área de cento e quarenta e quatro metros quadrados. ---------------------Está conforme.----------------------------------------------------------------------------Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em ----------------------Setúbal, 26 de maio de 2015. --------------------------------------------------------------

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 851

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

Os deputados do PSD e do CDS--PP do distrito consideram que a solução encontrada pelo Go-verno para o Arsenal do Alfeite garante o seu futuro e moderni-zação. Acompanhados dos presiden-tes das respetivas concelhias de Almada, os deputados, que esti-veram reunidos quarta-feira à tarde com o conselho de adminis-tração do Arsenal do Alfeite, re-cordam que o Governo solicitou a realização de um estudo antes de tomar uma decisão sobre o futuro do Alfeite, que assenta numa «so-lução evolutiva da empresa, que poderá constituir-se como uma plataforma naval global». O modelo do Governo prevê também a rentabilização de vários hectares de terreno que neste mo-mento não estão a ser usados, e que podem ser rentabilizados por empresas públicas ou privadas.

«Esta decisão veio acabar com as dúvidas lançadas pela oposição sobre o futuro da em-presa. Os despedimentos nunca estiveram nos objetivos do Go-verno», sublinha Bruno Vitorino. O deputado defende, no en-tanto, a necessidade de se fazer rapidamente o levantamento dos investimentos que terão que ser feitos pelo Governo, e de se definirem as prioridades desses mesmos investimentos, reco-nhecendo que a empresa precisa de modernizar parte da sua in-fraestrutura. «Acreditamos que estes in-vestimentos vão ser feitos, pois são decorrentes de uma decisão clara e inequívoca do Governo. Com este modelo, o Alfeite vai criar condições para continuar a garantir todo o seu apoio à ma-rinha e será mais competitivo», vinca.

Os deputados do PCP, Bruno Dias e Paula Santos, têm pro-gramados um conjunto de con-tactos com entidades diversas da região na próxima segunda--feira, dia 1 de Junho.Assim, Bruno Dias, acompa-nhado de uma delegação de di-rigentes regionais do PCP, visi-ta um conjunto de micro e

mativas da OCDE, a taxa ronda os 27 por cento, a nível nacional, uma vez que as pessoas deixam de constar nas listas de desem-prego do IEFP. «Na região temos acompanhado com grande preo-cupação o desemprego, porque os programas ocupacionais es-condem os verdadeiros números de desempregados. Temos mui-tos milhares de desempregados

e, muitos deles correspondem a 27 por cento de emprego não de-clarado», vincou. Sobre as privatizações, Ma-nuel Fernandes entende que é preciso «salvaguardar os postos de trabalho» e que vê, «com al-guma preocupação, a forma muito repentina como o proces-so está a decorrer», dando como exemplos a TAP e a Carris.

pequenas empresas da região, num percurso que passa por cinco concelhos da Península e toca diversos sectores econó-micos, nomeadamente a pani-ficação, o comércio, a constru-ção civil, a contabilidade, a restauração e a reparação au-tomóvel.Para assinalar o Dia Mundial

da Criança, a deputada Paula Santos visitará pelas 11 horas a XIV Feira Pedagógica do Con-celho do Barreiro, seguindo-se da parte da tarde reuniões e vi-sitas com a Comissão de Prote-ção de Crianças e Jovens do Barreiro, o Cantinho Alegre da Infância, o Centro de Ação So-cial de Palhais e o CATICA.

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CULTURA

Com um cartaz de luxo e um orçamento de cerca de 40 mil euros, a 16.ª Mostra Internacio-nal de Teatro de Santo André, decorre de 1 a 28 de junho, nos palcos de Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, Si-nes, Porto Covo, Odemira, S. Te-otónio, Grândola e Alandroal. O diretor da mostra, Mário Pri-mo, durante a apresentação do evento, que decorreu quarta-feira, durante um almoço num restau-rante de Vila Nova de Santo André, deposita boas expetativas na edi-ção deste ano, fazendo votos para que «não se diminua o entusiasmo e o afluxo de público que temos tido nos últimos anos», acrescen-tando que a ambição passa, tam-bém, por «captar novos espetado-res», vincando que em 2014 a mostra foi vista por 7 mil pessoas, sempre com «salas cheias». Organizada pela associação Ajagato, a mostra tem como prin-cipal patrocinador o município de Santiago do Cacém. Já a Repsol é o maior apoiante privado. Da DGAr-tes só veio um apoio na ordem dos 25 mil euros em 2007. «Esta mos-tra é, inegavelmente, um projeto cultural de grande significado para a região e um exemplo da capaci-dade de resistência dos seus pro-motores e da dinâmica da Ajagato que, sem o apoio mecenático que o evento justifica, a realizam com o recurso a uma vasta rede de patro-cinadores locais e algumas entida-des com as quais estabelece proto-colos anuais de colaboração», frisa Mário Primo. A edição 16 traz a palco produ-ções de 13 companhias profissio-nais, nomeadamente o Teatro Me-ridional, Teatro do Mar, A Barraca, Circolando, Propositário Azul, Te-atro da Trindade/Academia Inatel, TAS, O Gato, CENDREV, ESTE, Te-atro Pícaro (Itália), Lucas Locus (Espanha) e Companhia da Esqui-

16.ª Mostra de Santo André quer captar novos públicos

Maratona do folclore é novidade nas festas de Pinhal Novo

na. No global, o público poderá ver 14 espetáculos diferentes reparti-dos por 33 sessões, além de outras atividades paralelas.

Produção “Vai Vem” é sucesso

O Gato vai levar à cena “Vai Vem”, uma produção de teatro sem palavras, dirigida pelo colom-biano Juan Plata, que estreou em abril, na Barraca, em Lisboa, e que custou ao grupo 10 500 euros. «É um espetáculo de teatro físico, sem texto, de que nos orgulhamos bastante, pois tem tido uma gran-de recetividade junto do público. Queremos levá-lo para fora do País». Mário Primo refere que «50 por cento dos espetáculos convi-dados acabaram de estrear há pouco tempo e outros ainda es-

TEXTO ANTÓNIO LUÍS

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS ANTÓNIO LUÍS

Com um orçamento a rondar os 191 mil euros, a 19.ª edição das Festas Populares de Pinhal Novo decorrem entre 5 e 10 de junho, sob o lema “Origens”, para ho-menagear José Maria dos San-tos, «figura incontornável» no desenvolvimento da vila. O mu-nicípio de Palmela e a Junta de Freguesia de Pinhal Novo com-participam com 12 e 7 mil euros, respetivamente, não esquecen-do o apoio logístico. António Rafael, presidente da associação das festas, que de-posita boas expetativas na edi-ção deste ano, realçou que a grande novidade é a Maratona do Folclore, com a duração de dez horas. «Pela primeira vez, vamos realizar a maratona do folclore, entre as 15 e a 1 hora, com 25 grupos oriundos de todo o País». O 1.º Encontro de Re-nault 4 L também é novidade. Mas também merecem destaque o desfile das pasteleiras e das charretes e o piquenique cara-melo. «Esperamos superar os 200 mil visitantes, segundo esti-mativa da GNR», vincou António Rafael. O presidente da Junta de Fre-guesia, Manuel Lagarto, afirmou que as festas são «a imagem de uma freguesia moderna que sabe e pode oferecer o seu melhor». Na sua opinião, as festas têm vindo a registar uma «vitalidade crescente e ânimo novo», enaltecendo o es-pírito de voluntariado e os apoios em torno das mesmas. «São festas tradicionais que representam o evento maior da nossa freguesia. Estamos confiantes que vão ser uma grande edição». O presidente do município, Álvaro Amaro, revelou que as festas constituem «um momen-to apoteótico de afirmação de

identidade, da cultura e das tra-dições caramelas», sublinhando que o evento funde «tradição e modernidade», de onde se des-taca «a tradição ferroviária e a parte rural da freguesia», e hon-ra «as origens e os destinos». O edil deu os parabéns a to-das as comissões organizadoras das festas pelo «empenho e de-dicação» na realização de um evento que constituição «a afir-mação da comunidade» e que serve, também, para promover o dinamismo e as potencialidades económicas da freguesia.

Iniciativas para todos os gostos

Com cerca de 145 exposito-res, as festas têm como cabeças de cartaz Fernando Pereira (dia 5), Prophet Dream e Orquestra Filarmónica de Lisboa (6), Ciga-nos d’ Ouro (8) e Mickael Carrei-ra (10), não esquecendo a noite de fados com a castiça Maria Madalena, entre outros, e o es-paço da gastronomia onde a Sopa Caramela é rainha. Na ver-tente religiosa, o destaque vai para a missa e procissão em honra a S. José. Além das larga-das de touros diárias, está agen-dada uma tourada que envolve o cavaleiro Luís Rouxinol A noite da sardinha assada também costuma atrair centenas de visi-tantes, não esquecendo as pro-vas desportivas e as marchas populares. No páteo caramelo vão estar em destaque os petis-cos e a música ao vivo e pelo palco do coreto há atuação de bandas e grupos corais. No final da apresentação das Festas Populares de Pinhal Novo, Rita Santos interpretou a marcha deste ano da autoria de Álvaro Amaro. O saxofonista Gonçalo Ferreira e o grupo Ba-lha ca Carroça também anima-ram a apresentação das festas.

As festas do Pinhal Novo estão de volta para, entre 5 e 10 de Junho, valorizar a identidade e cultura locais, intimamente ligadas às tradições caramelas e ferroviárias, afirmando-se, também, como mo-mento privilegiado de promoção do dinamismo e das potencialidades económicas da freguesia.

tão em preparação». Em suma, espera um «grande festival, feito com poucos apoios», relembran-do que a organização tem vindo, aos poucos, a investir em meios técnicos de acordo com as exi-gências dos grupos que vão pas-sando pelo festival. «Já investi-mos mais de 95 mil euros em equipamento técnico», revela. Além de duas peças para o público infantil, a mostra conta com exposições, workshops, de-bates e animações teatrais a an-teceder os espetáculos. O ingresso normal custa 5 euros, mas também há descon-tos para sócios e jovens, que pa-gam apenas 3 euros. A entrada permanente custa 25 euros, sen-do que os sócios desembolsam apenas 15 euros.

O SONHO DO NOVO AUDITÓRIOMário Primo continua a defender a criação de um novo auditó-rio cultural em Santo André, dado que o da escola António Ma-cedo começa a ser pequeno e necessita de obras de remodela-ção. «Aqui justifica-se um novo auditório porque temos vários projetos culturais, como uma companhia de teatro residente, uma mostra de teatro, um festival de jazz, concertos organiza-dos pela Quadricultura, bem como uma população com apetên-cia pelos espetáculos de palco, realça Mário Primo, que reco-nhece que «a conjuntura económica não é favorável».Enquanto o novo auditório não avança, o da escola António Ma-cedo, o ‘coração’ da mostra, vai ser remodelado, estando previs-ta a colocação de novas cadeiras, o alargamento do palco, a pa-vimentação da sala e intervenções nos camarins e na régie. «Parte das obras já avançaram, por parte da escola, enquanto a intervenção do município, no valor de cerca de 75 mil euros, está em fase de projeto e deverá ter lugar este ano».

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CULTURA

SETÚBAL30SÁBADO21HTRIO PEDRO JÓIAFórum Luísa Todi

Compositores de Setúbal, Lisboa e Buenos Aires apresentam peças que refletem o movimento das marés. O espetáculo é protagonizado pelo Trio Pedro Jóia, que se faz acompanhar por João Frade e Norton Daiello, contando ainda com o contributo dos percussionistas do Ensemble Juvenil de Setúbal.

PALMELA30SÁBADO21H30EM NOME DA TERRATeatro O Bando

A companhia de Teatro O Bando decidiu fazer a última sessão de “Em Nome da Terra “, este sábado. O espetáculo, que con-ta uma história de amor e de desintegração, é encenado por Miguel Jesus.

SESIMBRA30SÁBADO22HCONCERTO TEATRAL Fortaleza de Santiago O concerto teatral “O Amor e o Projetor” conta com a envolvên-cia dos músicos Luísa Brandão (soprano), Bibi Perestrelo (atriz) e João Lucena e Vale (piano).

ALMADA30SÁBADO21H30AS POSSIBILIDADESTeatro Joaquim Benite Em “As possibilidades”, Howard Barker propõe vários quadros, em tempos e espaços distintos, nas quais as múltiplas perso-nagens se debatem com situações de guerra, de opressão e de culpa. Com Alexandre Silva, Ana Água, André Alves, Beatriz Wellenkamp Carretas, entre outros.

BAIXA DA BANHEIRA31DOMINGO16HTEATRO SEM PALAVRASForum Cultural José Manuel Figueiredo No âmbito do Festival Sementes-Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, sobe ao palco a peça “Que escondes tu?”, pelo PIM Teatro, de Évora, com entrada livre.

SETÚBAL1SEGUNDA00HFESTA DA ILUSTRAÇÃO 2015Casa da Cultura Abertura da Festa da Ilustração com a inauguração da exposição de André Carrilho VER AO LONGE. À meia-noite de domingo acontece o reveillon da ilustração. As exposições iniciam-se aqui. Durante todo o mês de junho, espaços culturais da cidade serão montras da ilustração contemporânea.

PASSATEMPO GANHE CONVITES PARA “NOITE DAS MIL ESTRELAS” “A Noite das Mil Estrelas”, em cena no Casino Estoril, é um musical de Filipe La Féria que conta a história do Casi-no Estoril e da Costa do Sol desde as suas origens à atualidade. O musical faz reviver no palco os grandes artistas que ali atuaram, como Amália, Maysa Matarazzo, Charles Aznavour, Nina, Simone, José Carreras, Montserrat Ca-ballé, Liza Minelli, Ray Charles, Elton John, entre centenas de estrelas que brilharão no céu do Estoril neste grande espetáculo de La Féria. Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa, Pedro Bargado, Dora, Rui Andrade, Cláudia Soares, João Frizza, Catarina Mouro, David Ripado e Inês Herédia são os protagonistas do espetáculo que apresenta um sensacional corpo de baile, coreografado por Marco Mercier, e três magníficos acrobatas. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 0 85.

O dia das crianças, introduzido no último dia do 1.º Festival O Sol da Caparica, alcançou grande sucesso que vai repetir-se este ano. O Avô Cantigas e Luísa Sobral são atrações no evento, que decorre no dia 16 de agosto, no parque urbano de Costa de Caparica, entre as 10 e as 18 horas. Segundo a organização, este dia atraiu «dezenas de milhares de crianças e famílias, sendo que este ano vai haver mais atividades, di-versidade e animação. «Para as famílias que se querem divertir prepa-rámos um leque grande de experiências para usufruir em conjunto, além daquelas que são exclusivas para os mais pequenos», vinca. Além de oficinas de danças africanas, a cargo dos Batoto Yetu, e de danças do mundo, pelo coletivo Pé de Chumbo, o dia da criançada inclui uma Dance Battle, pela Academia de Dança Show It, e um FlashMob. Vários contadores de histórias prometem encantar pais e filhos. Livros Debaixo do Guarda Sol e Histórias de Balde e Ancinho são os protagonistas deste espaço. Maria Remédio, Madalena Marques, Ca-tarina Claro e Silva Moreira criaram e vão contar histórias para a pequenada. Quem quiser levar uma recordação de o Sol da Caparica basta subir ao palco principal para uma inesquecível Star Experience, onde haverá oportunidade de tirar uma fotografia. Não faltam insufláveis, para saltar e queimar energias, um acam-pamento de índios, rampas de skate e um espaço de graffiti.

SOL DA CAPARICA REPETE DIA PARA CRIANÇAS E FAMÍLIAS

AGENDA

OBRA SINFÓNICA DE JORGE SALGUEIRO ASSINALA DIA DO CONCELHO DE PALMELA

A “Sinfonia Palmela” é apre-sentada ao público este domin-go, às 21h30, no teatro S. João, no âmbito das comemorações do dia do concelho, composta por Jorge Salgueiro. De grande valor artístico, cultural e, também, simbólico, a obra está estruturada em cinco partes e contou com forte apoio do tecido económico local, no âmbito do projeto “Mecenas de Palmela”. Dirigida pelo maestro, esta primeira apresentação pública da “Sinfonia Palmela” contará com a participação dos músicos dos “Loureiros”, da Humanitá-ria, da Sociedade Filarmónica União Agrícola, da Sociedade de Instrução Musical, do Conser-vatório Regional de Palmela e da Orquestra Nova de Guitarras. Tendo como base a mesma obra musical, pretende-se que o projeto possa desenvolver-se em 2016 e 2017, através da inte-gração de novos elementos mu-sicais e participantes, designa-damente, os grupos corais das nossas coletividades, contri-buindo para que o projeto possa crescer e ganhar maior impo-nência. O espetáculo tem entra-da gratuita.

ILUSTRAÇÃO EM FESTA E pronto: Setubal vai ser a Capital da Ilustração já a par-tir da meia-noite do próximo domingo. A cidade vai viver ambientes ilustrados pelos melhores artistas. Vamos conhecer o trabalho de André Carrilho, Lima de Freitas, Maria Keil, João Abel Manta, Manuel João Vieira e de mui-tos dos mais representativos ilustradores da actualidade. Vários espaços da cidade vão ser montras da excelente forma em que se envontra a actividade. Convidados.

PICASSO E ESTALINEAlice Brito estreou-se na literatura com o excelente As Mulheres da Fonte Nova. Agora vai apresentar mais um romance que propõe outras conversas. Picasso e Estaline encontraram-se na biblioteca, diz ela. Não acreditam? É verdade. Este livro não me deixa mentir. O enredo faz-nos deslizar pelas ruas de

Das coisas nascem coisasJosé Teófilo Duarte

Designer | Art director

Setúbal que passam por todo o mundo. Confusos? Venham perceber tudo na próxima sexta-feira, dia 5, a partir das 22 horas. É na Casa da Cultura | Setúbal que tudo vai ser muito explicadinho. E é o professor Fernando Rosas que vai dar a lição. Não se esqueçam. Picasso e Estaline agradecem a vossa presença. Convidados.

É PRECISO FAZER UMDESENHO?FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015

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LOCAL

ALCOCHETE REVIVE TRADIÇÃO DE S. FRANCISCO Até ao próximo dia 2 de junho, a freguesia de S. Francisco continua em festa, com a realização da 41.ª edição das tradicionais Festas de Confraternização Camponesa de S. Francisco. Do programa constam largadas de toiros, espetáculos musicais, folclore, sardinhada e sevilhanas.Este sábado, o destaque vai para largadas de touros, gala do folclore, demonstração de zumba, a noite da sardinha assada e arruada nas ruas pela “Charanga das Fresqui-nhas”. Já no domingo, que arranca com o passeio equestre, há missa, passeio motard, VI encontro de motorizadas antigas, o almoço camponês, largada de toiros, sevilhanas e baile.No dia 1, voltam as largadas de toiros, a demonstração de defesa pessoal, os bailes e as sevilhanas. As festas culminam na terça-feira, com o espetáculo “Cantigas da Rua” e o fogo-de-artifício.

ALCÁCER PEDE ARRANJO URGENTE DO IC-1O presidente Vítor Proença, após reunir com a Estradas de Portugal, exige que se avance rapidamente com as obras de reparação do IC-1, no troço Alcácer do Sal/Grân-dola, que se encontra em «mau estado e tem causado acidentes, alguns mortais».O edil exige data para o arranque da obra, mas a EP justifica que, «tendo em conta que não está concluída a transferência de competências para o Estado do contrato de subconcessão com a Estradas da Planície, já que continuam a decorrer negociações que venham a definir o que são novas áreas de concessão do consórcio Estradas da Planície e o que serão intervenções do Estado, através da EP, só é possível iniciar obras após a conclusão dessas negociações». A EP, que não avançou data para o início da intervenção, deu apenas conhecimento ao autarca de que está a desenvolver o projeto que ainda não está concluído.

SINES FESTIVAL DE MÚSICA GANHA SELO EUROPEU

O FMM Sines – Festival Músicas do Mundo faz parte dos festivais europeus que em 2015 e 2016 vão ostentar o selo EFFE - Europe For Festivals, Festivals for Europe. A lista de festivais selecionados foi anunciada este mês, pela European Festivals Associations, sedeada em Bruxelas.EFFE é uma plataforma criada com o objetivo de promover o envolvimento dos ci-dadãos e profissionais nos festivais europeus comprometidos com as artes, as suas comunidades e os valores da Europa. O selo é um reconhecimento da excelência do trabalho desenvolvido pelos festivais aos quais é atribuído.Nesta primeira geração de festivais com o selo EFFE estão incluídos 761 eventos de 31 países. De Portugal foram selecionados 65 eventos de todos os campos das artes e cultura. A plataforma EFFE tem o patrocínio da Comissão Europeia.

PALMELA DISTINGUE PERSONALIDADES DA TERRA Dia 1 de junho, no S. João, às 17 horas, o município vai condecorar cidadãos, trabalha-dores e entidades que têm contribuído para o desenvolvimento da terra. A medalha de honra será atribuída a Agostinho da Silva, enquanto as de mérito homenageiam a AMI; o Instituto Marquês de Valle Flôr e a UNICEF.No Património Cultural e Investigação Historiográfica, serão atribuídas medalhas a Isabel Fernandes e Adão da Fonseca. No plano local, distingue-se o grupo 40 de Pal-mela dos Escoteiros de Portugal, a Associação de Convívio para Idosos de Cabanas, a Associação de Moradores do Lau, a Associação Juvenil Odisseia, o Banco Alimentar, os Bardoada e o FIAR.A medalha de serviço prestado será atribuída a mais de 50 trabalhadores, pela sua assiduidade e comportamento exemplares. A medalha de dedicação galardoará duas trabalhadoras.

MONTIJO ENTREGA CADERNO DE ENCARGOS À ANAO município entregou à ANA o caderno de encargos com os investimentos necessá-rios para acolher o aeroporto ‘low-cost’ na base aérea n.º 6 do Montijo. Foram indicadas a necessidade de concluir a circular externa até ao Seixalinho, a cons-trução da Av.ª do Seixalinho com ciclovia, uma nova ligação viária à Vasco da Gama, a melhoria dos transportes públicos e a prestação do abastecimento de água e do trata-mento dos esgotos ao novo aeroporto pelos SMAS do Montijo.O caderno foi entregue dia 27 a Jorge Leão, CEO da ANA, que confirmou a opção pela utilização dos terrenos públicos daquela base, bem como os estudos em curso sobre as condições de utilização da pista, sobre os impactes ambientais e sobre os efeitos no ordenamento do território.O município está empenhado em «garantir um aeroporto orientado pelas melhores práticas ambientais conhecidas», sublinha Nuno Canta.

ALMADA PROMOVE ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEISAté dia 5, Almada acolhe a Semana Verde, com iniciativas que promovem estilos de vida sustentáveis. Depois da Festa Verde, ontem, na Praça S. João Baptista, uma inicia-tiva que envolveu milhares de crianças das escolas, segue-se, este sábado, o Dia Aberto no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental. Há ateliês de construção de casas-ninhos em madeira, um workshop sobre plantas aro-máticas e uma saída de campo para observação de aves no jardim da Costa de Caparica. Há ainda projeção de filmes sobre o património natural e sessões do Aquário Virtual, que proporciona uma viagem pela frente atlântica de Almada.Durante a ação, é também possível comprar produtos biológicos ou de produção local. Sábado, realiza-se, na Costa de Caparica, o mercado da horta, e a 3 de junho, em Caci-lhas, o mercado biológico.

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LOCAL

SEIXAL SEGUNDA EDIÇÃO DA FESTA DAS NOVE LUAS A 7 e 8 de junho, a Qt.ª da Fidalga, em Arrentela, recebe a 2.ª Festa das Nove Luas, que junta famílias, casais grávidos e técnicos de saúde em momentos de animação, sensi-bilização e celebração da natalidade e da parentalidade.Dia 7, às 10 horas, tem lugar o 7.º Caminhar por uma Gravidez Saudável e 2.º Passeio de Bebés, uma caminhada entre parque da Qt.ª dos Franceses e a Qt.ª da Fidalga.Na Qt.ª da Fidalga, a animação começa também às 10 horas e até às 19 horas haverá pintura de barrigas, dança do ventre, ioga, dança criativa, tai-chi e pilates, animação musical, concursos, ateliês para as crianças e insufláveis.De destacar ainda, às 17 horas, o concerto Palmo & Meio, com a banda da PSP, na Quin-ta da Fidalga. No dia 8, há vários workshops, sessões de relaxamento e atividades lúdi-cas, especialmente para grávidas.

SANTIAGO HOMENAGEIA MULHERES ELEITAS

Santiago recebeu, dia 23, o encontro “As Mulheres no e pelo Poder Local Democrá-tico”. Paula Lopes, presidente da Assembleia Municipal, alerta para a necessidade de «continuar a dar-se passos no reforço da participação feminina no poder local e de se discutir e estabelecer objetivos concretos que visem o reforço da participação feminina nas listas, mas também em lugares elegíveis, bem como a promoção de encontros, de-bates e eventos, em que se fale não só dos problemas locais para os quais as mulheres estão mais atentas, mas também o papel que cada uma de nós desempenha na socie-dade em geral», conclui. A líder da AMSC congratula-se com o caminho percorrido até à data, mas alerta para os passos a dar no futuro. «Ainda há muito para fazer. Não é possível ficar indiferente a este défice, que ainda é muito grande. Em alguns órgãos, há uma grande disparidade».

BARREIRO AGUARDA ESTUDOS SOBRE TERMINAL DE CONTENTORES O lançamento dos estudos prévio e do impacte ambiental do Terminal de Contentores do Barreiro está por dias, anunciou, dia 26, o presidente do município Carlos Humberto, no debate realizado no Museu da Baía do Tejo.«É necessário localizar na margem sul equipamentos de vária índole», de cariz funda-mentalmente produtivo, que, do ponto de vista do desenvolvimento, «possam equilibrar as margens», defendeu o edil. O Terminal pode ser um contributo para a construção da “Cidade Região”, “Cidade das Duas Margens”, “Cidade Polinucleada” ou “Cidade das Cidades”, afirmou; independente-mente da denominação.Já Marina Ferreira, presidente da APL, afirmou que «somos, mesmo, estratégicos», acrescentando que é no Atlântico «que se joga o futuro». Marina Ferreira adiantou que vai ser lançado um estudo para dragagens no Seixal.

SESIMBRA PRESTA TRIBUTO AOS HOMENS DO MAR O município presta tributo aos homens do mar, este domingo, enaltecendo a sua cora-gem e contributo para a economia e identidade sesimbrenses.As comemorações iniciam-se este sábado, às 15 horas, com visita às portas e janelas decoradas no âmbito do “Sesimbra é Peixe” e “Arte na Rua”.No domingo há missa, é inaugurado o monumento à Pesca, na rotunda do Marco do Grilo, realiza-se a cerimónia de distinção ao pescador mais antigo e aos barcos com maior valor de vendas em 2014, uma visita à exposição de fotografia “Vidas Com Sa”l, organizada pela ArtesanalPesca, patente na Av.ª 25 de Abril e na Fortaleza de Santiago, a homenagem aos pescadores falecidos, com concentração, o desfile de barcos na baía de Sesimbra e a colocação de coroa de flores junto ao monumento ao pescador, no Largo de Bombaldes. As comemorações pretendem refletir a importância do setor das pescas.

SETÚBAL MOSTRA PRODUTOS DE EXCELÊNCIA DA REGIÃO

Uma mostra de produtos regionais de vários pontos do País, com 25 produtores, decorre de 5 a 10 no Largo José Afonso.O certame dispõe de artigos de artesanato diversificado, da bijutaria à decoração, pas-sando pelas peles, rendas de bilros e peças de barro, e de produtos gastronómicos, como petiscos, vinhos, licores e doçaria.A TASCA-Tuna Académica de Setúbal Cidade Amada, da ESCE, atua dia 5, às 22 horas. Segue-se a atuação do Rancho de Fernando Pó, dia 6, às 16 horas. Por volta das 22 ho-ras, a fadista Mariana apresentar os temas do álbum, “Voz do Mar”.Dia 7, às 22 horas, é apresentado um espetáculo dos Toquivozes, da Sociedade Provi-dência, enquanto a 8, à mesma hora, canta Toy.A Orquestra Bohemia, da mesma filarmónica de Azeitão, atua dia 9, às 22 horas, e a professora Vanessa Fonseca conduz um flashmob a 10, às 17h30.

GRÂNDOLA DÁ A PROVAR PITÉUS NA ROTA DAS TABERNAS

As tabernas do concelho recebem entre 1 de junho e 5 de julho a 21.ª Rota das Tabernas.No ano em que completa duas décadas a iniciativa gastronómica promovida pelo mu-nicípio com o apoio do Turismo de Portugal apresenta-se com novo formato.A pensar no reforço da promoção da gastronomia, nos apreciadores da comida típica alentejana e devido à grande adesão registada nas edições anteriores, 5 das tabernas participantes vão apresentar petiscos diferentes durante vários dias.Tiborna e gaspacho, jantarinho de grão, açorda de espinafres com amêijoas, açorda de coelho, açorda de beldroegas com toucinho frito, cachola de porco, miolos com carne de porco, javali estufado e bacalhau assado com pimentos são alguns dos tradicionais petiscos alentejanos que poderá degustar nas tabernas aderentes à rota. A animação musical está garantida.

MOITA REVIVE FEIRA MEDIEVAL

Alhos Vedros acolhe, até domingo, a 8.ª Feira Medieval, com o tema “1415-2015 – D. João I, O de Boa Memória em Alhos Vedros”. A arena do torneio, o acampamento ber-bere, o palco do foral, as tabernas e o espaço do artesanato vão estender-se entre o parque das salinas e o pelourinho de Alhos Vedros.Promovida pela Associação Alius Vetus, com o apoio de várias entidades, este evento tem vindo a afirmar-se e hoje é já uma referência pelo diversificado programa que apresenta e pelo número de artistas que envolve.É de destacar, este sábado, pelas 22 horas, o “Justas no Campo do Torneio”, com cava-leiros de ribadouro, espada Lusitana, agape e artFalco. O desfile pelas ruas do burgo com todos os grupos de animação envolvidos na feira, está marcado para as 16h30, de domingo, e às 18h30, tem início o “Torneio de Armas de Cortesia”.

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NEGÓCIOS

GASTRONOMIA EMPRESA E IEFP ACERTAM COLABORAÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE EMPRESAS NO PARQUE DO BARREIRO

Baía do Tejo ‘abre portas’ a vinte novas unidades empresariaisTEXTO TÂNIA NEVESIMAGEM SM

TEXTO ANTÓNIO GASPARIMAGEM SM

TEXTO JESSICA PROENÇAIMAGEM SM

O Parque Empre-sarial da Baia do Tejo vai ceder es-paço para a instala-ção de vinte novas empresas. A inicia-tiva decorre de um protocolo celebrado, quarta-feira, com o Instituto de Em-prego e Formação Profissional.

O mercado da vila piscatória vai ser intervencionado para melhorar as condições dos comerciantes e do público. A obra está orçada em cerca de meio milhão de euros e os trabalhos arrancam esta segunda-feira.

As instalações da Baia do Tejo, no Parque Empresarial do Bar-reiro, vão poder acolher cerca de vinte novas empresas, ao abrigo de um protocolo celebra-do, quarta-feira, com o Instituto de Emprego e Formação Profis-sional (IEFP).

De acordo com o protocolo, a empresa vai ceder o espaço, objeto de requalificação, de modo a permitir a instalação de projetos empresariais nas mais diversas áreas de atividade. «Desde a nossa tomada de posse temos vindo a promover a apro-ximação com diversas entidades ligadas à formação profissional, de modo a facilitar o acesso aos nossos parques empresariais», disse Jacinto Pereira, presidente do Conselho de Administração da Baia do Tejo. Segundo mesmo responsá-vel, com esta intervenção de re-qualificação de espaços, a em-presa «passou a estar capacitada para acolher todo o tipo de em-presas, das mais diversas ativi-dades, e de qualquer dimensão».

Apoiar jovens e desempregados que queiram criar o seu negócio

Por seu turno, o presidente do IEFP, Jorge Gaspar, que mar-cou presença na cerimónia de assinatura do protocolo, afir-mou que este novo destina-se a jovens e trabalhadores desem-

pregados que «queiram criar o seu próprio negócio ou abrir a sua própria empresa». Uma ‘alavanca’, como sugere Jorge Gaspar, uma vez, como sa-lientou, o protocolo «permitirá que todos aqueles que venham a beneficiar dos apoios do IEFP, e que queiram lançar-se no mer-cado empresarial, possam insta-lar-se nos espaços agora dispo-nibilizados pela Baia do Tejo em condições mais favoráveis».

Os novos espaços que vão funcionar ao abrigo do proto-colo com o IEFP ficam localiza-dos em zona contígua ao Busi-ness Center que a Baia do Tejo já tem em funcionamento. Esta área de negócios, destina-se, segundo Jacinto Pereira, a pro-jetos de empreendedorismo, e foi concebida para atrair e rece-ber empresas que estejam em fase inicial de atividade.

Porto de Setúbal continua a modernizar zona ribeirinha

Desde o início de Maio que es-tão em curso as obras de requa-lificação da zona envolvente ao cais 3 do Porto de Setúbal. A em-preitada visa dar continuidade ao conjunto de melhoramentos já realizados na frente ribeirinha e tem o objectivo de proporcio-nar, aos moradores e visitantes da cidade, um mais agradável usufruto desta área. O projecto inclui a criação de um passeio na marginal do rio Sado, com uma zona preparada para a instalação de pequenos bares e quiosques para restaura-ção e papelarias. Além da moder-nização urbana, que passa por exemplo pela substituição inte-gral das infraestruturas existen-tes de água e electricidade, não é esquecido o desenvolvimento ambiental e paisagístico através da criação de espaços verdes. A APSS adjudicou a obra à empresa Viesa – Engenharia, Lda, com o prazo de execução previsto de 90 dias.

PRESIDENCIAIS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL ARRANCAM A 1 DE JUNHO

Mercado de Sesimbra reabre com ‘cara lavada’ em Outubro

As obras de requalificação do mercado municipal de Sesim-bra, orçadas em 465 mil euros, vão arrancar esta segunda-feira, e a Câmara municipal garante a reabertura ainda durante o mês de Outubro. Segundo a autarquia, as obras

vão ser realizada de forma faseada, sendo que a primeira etapa, que decorrerá até dia 9 de Junho, ocor-rerá na zona que dá acesso ao lar-go de Bombaldes, para permitir o funcionamento normal da área de venda de peixe. Por outro lado, os vendedores de frutas, legumes, pão, queijos e flores, que se encontram presente-mente no piso térreo vão passar, a partir do dia 10 de Junho, a comer-

cializar os seus produtos no Largo do Munícipio, onde vão ser insta-ladas bancas móveis, zonas de sombras e um estabelecimento sanitário para serviço de apoio. Após a concretização das obras, que incluem ainda a coloca-ção de novas bancas, piso e cober-tura no interior do edifício, o mer-cado voltará a abrir as portas logo ao início de Outubro, já com todas as atividades comerciais em pleno.

Está ainda previsto, após a conclusão das obras, a instalação de uma câmara frigorífica e cria-ção de uma sala de formação, a localizar na cave do edifício. Recorde-se que esta interven-ção de requalificação, decorre no âmbito da operação do programa de Valorização da Cultura Maríti-ma e Piscatória de Sesimbra, cus-teada pelo Fundo Europeu das Pescas/ PROMAR.

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FUTEBOL SESIMBRA SUMMER CUP 2015 APRESENTADA NA FEDERAÇÃO PARA GANHAR ESTATUTO NACIONAL

Promoção do Futebol Juvenil é aposta ganha

DESPORTO

A sede da Federação Portugue-sa de Futebol foi o palco para a apresentação, em conferência de imprensa, da 5ª edição do Se-simbra Summer Cup, o Torneio Internacional Infantil de Futebol e Futebol de Praia, que decorre em Sesimbra entre os dias 24 e 28 de Julho, e onde se prevê a participação de mais de dois mil jovens futebolistas, com idades entre os 9 e os 19 anos, oriundos de vários países e representando alguns dos principais emblemas nacionais e estrangeiros, que vão disputar perto de duas cen-tenas de jogos. A exemplo das últimas edi-ções, em 2015, o Sesimbra Sum-mer Cup manterá a sua especifi-cidade de juntar à prática desportiva do futebol e do lazer, o Futebol de Praia, sendo o úni-co evento nesta modalidade para escalões de formação. Enquadrada no espírito do Programa Grassroots da UEFA, a prova assume-se como um meio privilegiado de fomento da práti-

ca desportiva, dentro dos princí-pios do fair-play e respeito, sem esquecer a promoção da ética entre os jovens participantes. Francisco Jesus, presidente da Junta de Freguesia do Castelo e responsável pela organização da prova, assumiu na apresentanção pública do evento que os objetivos propostos há cinco anos estão a ser cumpridos e que o regresso de algumas equipas, ano após ano, reforça isso mesmo. «Temos uma taxa de reincidência enorme, o que prova que as equipas ficam agra-dadas com aquilo que lá vivem.

Evento não procura mediatismo, mas sim o fomento do desporto

Este é um evento que não pro-cura mediatismo ou que vive ape-nas para a exposição, mas para o fomento da prática desportiva segundo os princípios do Grass-roots da UEFA, que são funda-mentais para os jovens que parti-cipam. Além disso, esta prova permite divulgar positivamente

Telma Monteiro lidera ranking mundial e ganha Globo de Ouro

Quim Machado pediu enchentes nos jogos do Vitória

Apesar do resultado menos conseguido no Masters de 2015, em que não conseguiu pontuar após ter estado parada sem competir perto de seis meses, Telma Monteiro mantém a lide-rança do ranking mundial de judo na categoria de -57 quilos. A atleta do Sport Lisboa e Benfica tem atualmente 1946 pontos, mais seis que Corina Ca-prioriu, da Roménia, e mais oito que a americana Marti Malloy. A preparar o campeonato da europa, Telma Monteiro assume que a liderança do ranking não é a sua maior prioridade, mas ain-da assim «é sempre bom saber

que ainda estou no topo da lista». A judoca lusa, que se encon-tra no top 5 das atletas com mais combates ganhos no Masters desde sempre, conquistou no passado domingo o terceiro glo-bo de ouro para melhor despor-tista feminina de 2014 na gala promovida pela Sic e pela revis-ta Caras. Após mais esta conquista, Telma Monteiro agradeceu atra-vés das redes sociais a todos quantos a ajudaram a que 2014 fosse um dos melhores anos da sua carreira desportiva. «Obri-gada sinceramente a todos os que me ajudaram a fazer de 2014

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRAColaborador

… À tangente!Respirar fundo é sinal de proveitoso alívio. Acontece, repetidas vezes, com todos nós. E foi bem o caso do colectivo do Vitória de Setúbal, em “maus lençóis” classificativos, ao vencer o seu jogo da penúltima jornada, frente ao também aflito Arouca. Foi um esforço bem recompensa-do com a vitória por 2-1 que lhe valeu o 15º lugar, podendo dizer-se que as agruras experi-mentadas ao longo de largos meses tiveram um final feliz.O Vitória, do Bonfim (e antes era do muito castiço Arcos) é um dos 6 clubes com maior número de participações no Campeonato Nacional, algumas delas de relevante classificação, nos bons velhos tempos de Fernando Vaz e José Maria Pedroto.De enaltecer a tenacidade e a crença do actual treinador vitoriano, Bruno Ribeiro, um sadino de raiz, que soube merecer o convite para continuar.Após uma muito preocupante crise financeira, parece agora estar no bom caminho, muito em especial se não se aventurar excessivamente nas aquisições para 2015/16. Algumas das contratações efectuadas não deram o resultado previsto e há elementos do plantel actual que estão a ser alvo de convites para outros destinos como por exemplo o coreano Suk e o polivalente brasileiro João Shmidt que, por certo, Bruno Ribeiro

pretende que se conservem no Vitória.Não descurando o importante aspecto de formação, com “prata da casa” a evoluir, o Vitória continua a marcar posição de valia, dos iniciados aos juniores.O muito jovem André Horta, na esteira do seu irmão mais velho (a actuar em Espanha, no Málaga) afigura-se como uma espécie “porta estandarte” de um “pelo-tão” de prometedores iniciados juvenis e juniores (14-19 anos). O clube tem de os aproveitar em troca de muito duvidosas contratações além-fronteiras.Aliás, o “plantel” vitoriano que, à tangente, se aguentou na 1ª Divisão integra 5 ex-juniores, a saber: Miguel Lázaro, Lourenço. Venâncio, Kiko e Zequinha. O treinador Bruno Ribeiro, que também foi junior do Clube, sabe bem o valor afectivo dessa “produção” interna com desejável aproveitamento para épocas mais calmas da que acaba de terminar. Desde este recanto do “Semmais” envio para o presidente do Vitória, Fernando Oliveira (e seu filho Paulo que conheço desde a sua adolescência) os parabéns pela manutenção entre os “maiorais”, com os votos de uma nova época em que não se fale de sobressaltos e “tangentes”.E que haja sensatez, técnica e financeira, na procura de reforços para 2015/16.E viva o Vitória!

os espaços desportivos que Se-simbra possui» para além da pro-moção turística do concelho. Pedro Dias, da Federação Portuguesa de Futebol, elogiou a forma como a organização apostou na promoção do des-porto infantil e juvenil, já que uma das principais apostas da federação é aumentar os índices

de prática desportiva no nosso país. Pedro Dias salientou ainda que «todos os agentes que têm responsabilidades na promoção do desporto estão representados neste evento, comprovando que a aposta na promoção do des-porto infantil e juvenil revelou ser inteligente e ganha por esta organização.»

TEXTO MARTA DAVIDIMAGEM SM

Vai na 5.ª edição e sempre a atingir níveis de grande qualidade. A Sum-mer Cup de Sesim-bra já se tornou um dos principais tor-neios de veraneio no futebol juvenil. Os ‘olheiros’ estão à ‘coca’.

um dos melhores anos da minha carreira. Obrigada ao meu clube Sport Lisboa e Benfica e aos meus amigos e família. Obrigada a todos os que me apoiam.» Telma Monteiro é a atleta mais titulada do judo português com quatro títulos de campeã da Europa e quatro títulos de vice--campeã mundial, entre outros feitos relevantes a nível interna-cional. A medalha olímpica é a única que escapa ao palmarés da atleta que foi 9ª classificada nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008 e que espera conseguir colmatar essa falha nos Jogos do Rio de Janeiro do próximo ano.

Depois de ter trazido o Tondela para a I Liga, Quim Machado foi apresentado na sexta-feira, na sala de conferências de imprensa do estádio do Bonfim, como o novo treinador do V. Setúbal para a tem-porada 2015/16, perante sócios e comunicação social. Ainda o treinador não tinha en-trado na sala e um jovem adepto já gritava: «Onde está o mister? Eu amo o Vitória, eu quero ver o mister do meu coração que nos vai dar alegria». Depois, quando o Quim Machado entrou na sala, com ca-checol do Vitória ao pescoço, acompanhado do presidente Fer-nando Oliveira, o sócio voltou a pe-

dir para que Quim Machado levas-se o clube à Europa na próxima época e sublinhou que «O Vitória não é grande, é enorme! Gosto mais do Vitória do que da minha mãe». O sucessor de Bruno Ribeiro, que confessou ser um «orgulho enorme» representar o V. Setúbal, um «grande clube, com uma histó-ria enorme, centenário, que já ga-nhou 3 taças de Portugal e uma taça da Liga», prometeu «muito trabalho». Quim Machado, que disse que rejeitou algumas propostas do es-trangeiro, frisou que o seu nome representa «muito trabalho, que-rer e ambição» e fez votos para ter

«a sorte necessária e o apoio dos sócios, pois necessitamos da vossa presença nos jogos porque é mais fácil o Vitória ganhar com a casa cheia». «Quero ficar aqui, se possí-vel, alguns anos, ter êxito, criar um grupo forte e unido, e fazer parte da história deste grande clube». Já Fernando Oliveira, o líder dos sadinos, realçou que o novo técnico é «ambicioso, campeão, simples, diferente e que se asse-melha às caraterísticas do nosso clube que quer ser grande e tem uma ambição enorme» e esclare-ceu que Quim Machado foi «a pri-meira e única opção» para treinar o clube na temporada 2015/16.

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OPINIÃO

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UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Paulo Edson CunhaVereador Câmara Municipal Seixal

E de repente a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquer-que, lançou para a ribalta a discussão sobre a sustentabili-dade da Segurança Social.Sejamos sérios e assumamos dois Pontos Prévios: 1- A Ministra foi séria a e intelectualmente honesta. “ 2- A Ministra foi politicamen-te inábil.Quando a ouvi, disse e escrevi: Mas no PSD anda tudo doido? Isto é mesmo vontade de dar tiros nos pés? Não querem ganhar as eleições?O simples facto de mencionar novos cortes já atinge de urtica-ria os nossos estimados conci-dadãos, quanto mais referir expressamente esses cortes.Devia a Ministra mentir? Na minha óptica não, contudo,

sabendo a Sra. Ministra que os responsáveis do PS não iam discutir este tema de uma forma politicamente séria e, não só não iam acompanhar esta intenção de aumentos dos cortes, como até iriam prometer baixar, logo, devemos questionar o valor de tais declarações.A verdade é que o que a Sra. Ministra veio fazer a seguir às suas primeiras declarações, claramente emendando a mão da sua primeira afirmação, já mostram mais tacto político e não comprometem a verdade dos factos. Vir a público dizer que a sustentabilidade da segurança social está em causa e que é necessário uma discussão séria é muito mais razoável e falta agora vir lançar o repto para

uma ampla discussão pública, apolítica (pelo menos apartidá-ria), que envolva todos os agentes e actores envolvidos, nomeadamente os partidos habitualmente do eixo do poder - PSD, PS e CDS, mas também o PCP e o Bloco de Esquerda, os dois maiores sindicatos, as assosciações representativas do patronato e, claro, o Presidente da República e os candidatos já assumido e aí sim, parece-me claramente mais correcto. Não foi precisamente nestes termos que a Sra. Ministra apresentou a proposta, mas pelo menos abriu caminho a essa discussão.E nesse fórum nacional, sem demagogias, com dados concre-to, os Portugueses seriam confrontados com os proble-mas, e as diversas soluções em

Um amigo de longa data com percurso de esquerda, sempre com uma leitura atenta da sociedade com quem troco opiniões, tem surgido ultimamen-te com argumentação contrária às convicções do seu pensamento. Sem dar conta, este meu amigo enleou-se na argumentação da direita europeia, conduzida em Portugal pela coligação PSD/CDS, interiorizou a responsabilidade própria (portuguesa) para justificar o resgate de 2011 e “aceita” pacificamente a tragédia social que vivemos. Este meu amigo é um grande exemplo de que a direita corrompeu o pensamento de esquerda levando um povo secular á autoflagelação por ter vivido “acima das suas possibilidades”. A Europa, sem estratégia e impreparada, distribuiu responsabilidades nacionais acusando incapacidade política para lidar com a crise financeira de 2008. Esse facto levou a erros de diagnóstico que, aproveitados pelos partidos de direita e nacionalistas do norte e centro da Europa, permitiu aplicar a austeridade sem grande contestação na generalidade dos povos europeus. Exceção feita em Espanha e Grécia onde a contes-tação inferiu no próprio sistema político, com a criação do Podemos e a ascensão do Syriza

ao poder. Interessa pois, fazer o diagnóstico correto das políticas económicas dos diferentes estados membros e, contextuali-za-las perante a superior gestão do Banco Central Europeu. Muito embora este meu amigo tenha presente que já não dominamos a moeda e outros instrumentos da nossa soberania económica, assume de forma errónea, responsabilidades nacionais, invocando as imperfeições democráticas como o corporati-vismo, a corrupção ou a econo-mia paralela, como se isso fossem singularidades lusas. Sendo problemas comuns a todos os países desenvolvidos e a todas as sociedades, porque diabo terá a esquerda de carregar o fardo da responsabilidade dos erros da democracia. Sendo um homem de Esquerda, este amigo, enre-dou-se na apresentação gráfica da direita, demonstrações matemáticas do PIB; do défice; da divida pública. Meu caro amigo, estes indicadores falharam todos os objetivos propostos inicial-

mente e ignoram a tragédia social. Mais, são indicadores económicos com curvas comuns em todos os países do euro. O défice subiu em Portugal quando subiu na Europa; a divida subiu em Portugal e em todos os países do euro; as medidas expansionistas portu-guesas foram simultâneas com a zona euro; o colapso financeiro em Portugal resultou de proble-mas de regulação comuns em todo o lado. Na resposta á crise com os PECs, a austeridade aplicada surtiu o mesmo efeito por toda a Europa. A nossa única particularidade foi a atitude dos partidos da oposição em 2011 que colocaram o interesse partidário acima do interesse nacional. A nossa particularida-de é que a especulação em redor da nossa divida trouxe-nos sanções ao contrário do incum-primento da Alemanha no início da moeda única. Meu caro amigo, o problema é europeu! Portugal nunca o poderá resolver sozinho.

A um amigo de esquerda

O Homem Foi Feito à Semelhança da Caixa de Cartão

ACTUALIDADES

Manuel FernandesDirigente UGT

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

Margarida NietoEstudante

cima da mesa e, essas soluções não seriam trunfo político de nenhum partido ou candidato Presidencial, nem seriam uma arma de arremesso contra quem ousasse apresentar soluções.Mas a nossa democracia infelizmente ainda não atingiu esse grau de maturidade e, quando vemos um candidato a Primeiro-Ministro, ou melhor, o líder do maior partido da oposi-ção a prometer tudo, mas rigorosamente tudo aquilo que ache que lhe renda votos,

Tiro nos pés

Nós somos pequenas caixas - daquelas de cartão - que se encontram nas prateleiras das lojas com cores e padrões infinitos: exóticas, pueris, clássi-cas, glamorosas, excêntricas, coloridas, acinzentadas, pitorescas ou lúgubres. Temos todos a mesma forma cúbica, diferindo apenas no tamanho, no padrão e no conteúdo. Somos tão simples assim, reduzidos e comparados a meras caixas de cartão.Temos uma fragilidade intrínseca associada que nunca conseguire-mos contornar e uma inerente história associada, contada para tornar verosímeis todas as que se lhe seguirem. Assim somos nós: caixas secretas, sofridas, alegres, medrosas, ridículas, ingénuas, promissoras, egoístas, trabalhado-ras, humildes, traidoras, ou cordiais.Guardamos para nós o que de melhor somos capazes de dar e o que de pior temos a tenacidade de fazer, tal como numa pequena caixa se guardam chocolates, pulseiras e anéis, gravatas, cigarros, fotografias, bilhetes, chaves de fendas, lâminas, canetas ou dinheiro.Olhamos para os outros guardan-do um desmesurado preconceito para com o mundo, estando demasiado acostumados ao nosso

A nossa única particularidade foi a atitude dos partidos da oposição em 2011 que colocaram o interesse partidário acima do interesse nacional.

próprio conteúdo, esquecemo--nos que ele existe, nem damos por ele, tanto que o enganador padrão exterior acaba por ser mais valorizado que o precioso recheio que cada um de nós carrega.O ser humano tende a acatar o mundo, a deixar que cada um dos seus poros absorva todos os milímetros possíveis de planeta, conformando-se, tal e qual uma caixa, porque, até hoje, poucas foram vistas com movimento próprio, acabando todas por se seguirem pelos mesmos moldes que não poderiam ser mais orquestrados, - a típica forma cúbica – acomodando-se ao que lhes foi destinado ser.O Homem foi feito à semelhança da caixa de cartão, aguardando um destino que supõe estar já traçado, entregando-se à inércia do quotidiano e à sua própria monotonia. Ninguém se conhece realmente, todos contactam de forma física, filtrando apenas o que lhes convém, transparecen-do quem não são. É muito básica, esta espécie evoluída, afinal. Temo, no entanto, que a solução seja simples: esperemos, como nos está, aliás, estabelecido, que o fabricante de caixas se lembre de deixar de fabricar as tampas respetivas.

percebemos que jamais ele se comprometeria com uma solução séria para o País, ainda que eventualmente impopular, com medo de perder meia dúzia de votos.Aliás, se ele foi capaz de “trair” politicamente o Secretário-Geral do seu partido, precisamente há uma ano atrás, desafiando-o porque a vitória nas Europeias tinha sido escassa, naturalmente que é capaz de muito mais. Mas... Pode ser que lhe saia o tiro pela culatra.

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É PRECISO FAZER UM DESENHO?FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015CONVITEABERTURA1JUNHOZEROHORASCASADACULTURA

ANDRÉCARRILHOVERAOLONGE