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Com a participação de oito universidades brasileiras e coordenada pela Petrobras, a mais completa avaliação ambiental já feita sobre a Baía de Guanabara mostra que a biodiversidade resistiu às agressões da ação humana e pode ser revitalizada BAÍA viva! ANO 17 N O 169 JUNHO 2011 Golfinhos nadam nas águas calmas da baía

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Há 45 anos na região portuária do Mucuripe, em Fortaleza, a

Refi naria de Lubrifi cantes e Derivados de Petróleo do Nordeste

– Lubnor é uma das líderes nacionais em produção de asfalto,

principal produto fabricado na unidade – 235.000 toneladas por

ano, o que corresponde a 62% do seu volume total de processa-

mento e a cerca de 13% da produção nacional.

Braço logístico da Petrobras no Ceará, a Lubnor (foto maior)

foi a primeira unidade do Refi no a instalar, em 1996, um sistema

de cogeração de energia elétrica e vapor com turbinas a gás. Em

1998, ela inaugurou a primeira – e única do país até hoje – unida-

de de lubrifi cantes naftênicos, trocando seu nome de Fábrica de

Asfalto de Fortaleza (Asfor) para Lubnor.

De lá saem diariamente 200 metros cúbicos desses lubrifi can-

tes especiais, usados como isolante térmico em transformadores

de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos

pneumáticos ou, ainda, na formulação de graxas especiais e óleo

de corte para a indústria metalúrgica.

Com uma força de trabalho de 800 profi ssionais, a Lubnor

produz também, em menor escala, os óleos combustíveis indus-

triais usados na produção de energia – em turbinas a gás e de

calor, em fornos e caldeiras, inclusive de navios –, além do óleo

amaciante de fi bras. Todo o petróleo utilizado pela Lubnor é do

tipo ultrapesado: 3/4 do Espírito Santo e 1/4 do Ceará.

Quando foi inaugurada, em 24 de junho de 1966, a refi naria

tinha capacidade para processar 450 metros cúbicos de petró-

leo por dia (foto menor). Hoje a unidade tem uma capacidade

instalada de processamento de 10.000 barris de petróleo diários

e está sendo ampliada para dobrar sua capacidade de produ-

ção de lubrifi cantes, com investimentos de US$ 60 milhões.

Também funciona como terminal para importação e cabotagem

no abastecimento do mercado regional de combustíveis, o que

representa parte substancial do seu faturamento.

Além de produtora, é distribuidora de asfalto para nove esta-

dos das regiões Norte e Nordeste e uma das maiores recolhedo-

ras de ICMS do Ceará. Com efetiva ação social junto às comuni-

dades e atenta à biodiversidade local, a Lubnor investe em pes-

quisa de ponta e no desenvolvimento de produtos, com a parti-

cipação das universidades da região e do Núcleo Experimental

(NuEx) de Fortaleza, onde são realizados testes de novas tecno-

logias para o refi no, com foco no desenvolvimento de bioprodu-

tos, como biograxas e biolubrifi cantes.

MÁQUINA DO TEMPO

Senhora do Mucuripe

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Com a participação de oito universidades brasileiras e coordenada pela Petrobras, a mais completa avaliação ambiental já feita sobre a Baía de Guanabara mostra que

a biodiversidade resistiu às agressões da ação humana e pode ser revitalizada

BAÍA viva!

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ENTREVISTA CAPA NEGÓCIOS

pág. 10 pág. 20TECNOLOGIA

OLHARES

FORÇA DE TRABALHO

pág. 8

pág. 18

pág. 24

Representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola, Rui Gama Vaz fala sobre a parceria da entidade com a Petrobras na luta para erradicar a malária e a poliomielite no país africano até 2015.

A ação do homem não foi capaz de acabar inteiramente com a biodiversidade na Baía de Guanabara, que ainda pode ser recuperada se forem tomadas medidas efetivas. É o que revela o mais completo diagnóstico ambiental já feito no ecossistema fl uminense, coordenado pela Petrobras.

A terceira e última reportagem da série sobre os resultados da companhia em 2010 mostra as conquistas na Área de Abastecimento, com destaque para a expansão e a modernização do parque de refi no.

Produto que pode ser aplicado a frio, evitando a emissão de vapores na atmosfera, a emulsão asfáltica Emulpen chega ao mercado.

A natureza está sempre no foco de José Caldas, um dos mais respeitados fotógrafos de documentação geográfi ca do país.

Os novos crachás do Sistema Petrobras privilegiam a funcionalidade e serão adotados gradativamente nos próximos meses.

E mais...

6 Petrorama

7 Mural do

Leitor

16 Gestão

26 Gente

28 Inovação

32 Fique por Dentro

36 Máquina do

Tempo

Gerente Executivo de Comunicação Institucional Wilson Santarosa • Gerente de Relacionamento Gilberto Puig • Gerente de Relacionamento com o Público Interno Luiz Otávio Dornellas • Comitê Editorial Ana Luísa Feijó Abreu (Financeiro), Cláudia Del Souza (E & P), Mário Quinderé (Transpetro), Maurício Lopes Ferreira (RH), Elizete Vazquez (Serviços Compartilhados), Débora Luiza Coutinho do Nascimento (Abastecimento), Giana Grazziotin (SMES), Marcelo Siqueira Campos (Petrobras Distribuidora), José Carlos Cidade (Internacional), Georgia Valverde Leão (Jurídico), Wanderley Bezerra (Gás e Energia), Carmen Vilar Prudente (Engenharia) • Editor Responsável Alexandre Medeiros (Ofício de Letras), Mtb 16.757 • Editoras Nádia Ferreira e Patrícia Alves • Editora assistente Claudia Lima • Produtor Executivo Albano Auri • Diagramação e Infografi a Azul Publicidade • Colaboradores Celia Abend, Celso de Castro Barbosa, Francisco Luiz Noel, Julia Viegas, Luciana Conti, Márcia Leoni e Paulo Vasconcellos • Copidesque Bella Stal

Revista Petrobras 169 • ano 17 • Junho de 2011Av. República do Chile, 65, sala 1.202 • Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20035-900E-mail: [email protected]

ARQUIVO PETROBRAS/CENPES

ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO PETROBRAS/CENPES

JOSÉ CALDAS

AGÊNCIA PETROBRAS

AGÊNCIA PETROBRAS DE NOTÍCIAS

DIVULGAÇÃO PETROBRAS DISTRIBUIDORA

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Petrobras Angola (PIB BV) está na luta contra duas das principais causas da mortalidade in-fantil no país africano: a malária e a poliomieli-

te. E tem parceiros fortes: a Organização Mundial de Saú-de (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Juventude (Unicef) e o Ministério da Saúde angolano. Junto a entidades religiosas e à população civil, a compa-nhia soma forças e apoia a OMS em projetos para erradi-car as duas doenças no país até 2015. Representante da OMS em Angola, o médico Rui Gama Vaz, em constante diálogo com a PIB BV, coordena ações de combate às epi-demias. Ele esteve em maio na sede da Petrobras em An-gola para uma palestra de conscientização, na qual convi-dou toda a força de trabalho da companhia a participar da campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, ocorrida de 27 a 29 daquele mês. Nesses três dias de cam-panha, foram vacinadas 4.394 crianças até 5 anos. Rui Vaz reiterou o apoio da OMS à companhia nos progra-mas de prevenção e combate a doenças endêmicas, sob o comando do gerente-geral da Petrobras Angola, Ma noel Murilo. Nesta entrevista, Rui Vaz fala sobre as cam panhas e ações que estão sendo realizadas e o sucesso da parceria OMS/Petrobras.

Desde o começo do ano, a Petrobras Angola pratica ações preventivas contra a malária, co-mo distribuição de mosquiteiros e aplicação de inseticida nas residências. E o Índice de Parasi-temia Local (IPL) é analisado mensalmente pe-lo Comitê de Gestão de SMES da companhia. Além disso, o dia 25 de abril foi incluído no calendário da Petrobras como o Dia da Pre-venção da Malária. Quando começou a parce-ria com a OMS? A parceria é mais recente. Há cerca de dois me-ses, conversamos com a direção da Petrobras e demos a conhecer o trabalho que a OMS tem feito em Angola. Apresentamos as prioridades que foram definidas com base na Estratégia de Cooperação da OMS com Angola para o perío-do de 2009 a 2013. Realçamos o papel da OMS principalmente no reforço e na expansão das parcerias, no auxílio às políticas dos sistemas de saúde, na promoção da intensificação de inter-venções essenciais e na melhoria da resposta aos determinantes da saúde. Identificamos algumas áreas de cooperação com a Petrobras no apoio às atividades de vacinação de rotina e às campa-nhas de erradicação da poliomielite no país, que estão sendo feitas a nível nacional, vacinando todas as crianças até 5 anos nos 164 municípios do país. Outra área que analisamos foi o apoio à OMS para reforçar as capacidades do progra-ma nacional da malária. Fizemos dois projetos: “Redução acelerada do número de crianças não vacinadas no município de Kilamba Kiaxi através do reforço da vacinação de rotina” e “Contribuição para a melhoria da qualidade do diagnóstico e do tratamento da malária nas províncias de Luanda e Kwanza Sul”.

A OMS faz algum trabalho de conscientiza-ção da população fora dos centros urbanos?Todo o trabalho de conscientização da popula-ção é feito pelas estruturas nacionais. A OMS apoia tecnicamente o Ministério da Saúde na for-mulação de políticas, normas e padrões que vão beneficiar a população. Apoiamos na definição da es tratégia de comunicação social para a saú-de, nas campanhas de prevenção das doenças,

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Uma aliança pela saúde em Angola “A Petrobras apoia a implementação das atividades prioritárias defi nidas pelo governo angolano na área da saúde”

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Como o senhor analisa o papel da Petrobras no apoio ao combate a doenças endêmicas em Angola? A parceria com a Petrobras é fundamental e muito produtiva. A Petrobras apoia a imple-mentação das atividades prioritárias definidas pelo governo angolano na área da saúde. Es-tamos realizando uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e a malária, para a qual a Petrobras nos cedeu cerca de 180 ativistas. Essas pessoas, que fazem parte da for-ça de trabalho da Petrobras Angola, volunta-riamente apoiaram a campanha de vacinação, quer como vacinadores, quer como supervi-sores. Os voluntários visitaram casas da popu-lação para verificar se havia crianças ainda não vacinadas. A Petrobras apoiou também em trans-portes, para que os nossos vacinadores e super-visores se deslocassem nos municípios. E ainda em refeições para os vacinadores durante as cam panhas. Podemos dizer que isso foi apenas uma primeira iniciativa. Estamos esperançosos; mais ações serão realizadas.

Como foi o contato da OMS com a força de tra-balho da Petrobras?Realizamos uma palestra para todos os trabalha-dores da Petrobras em Luanda, explicamos qual a importância da campanha nacional de vacina-ção. Saudamos o papel da Petrobras neste apoio incondicional que nos deu. Esperamos que seja o princípio para continuarmos. Só com o envolvi-mento de todos os parceiros nacionais e interna-cionais seremos capazes de melhorar o estado de saúde da população. Contudo, é importante tra-balhar analisando os principais fatores determi-nantes que afetam o estado de saúde das popu-lações e atuar nesse sentido de forma a atingir os resultados esperados. Que, no final, é redu-zir as taxas de morbidade e mortalidade das principais doenças no país e, consequentemente, atingir as metas de desenvolvimento do milênio (são oito metas definidas pela Organização das Nações Unidas para serem cumpridas até 2015, entre elas a erradicação de doenças que matam milhões de pessoas em todo o mundo).

na mudança de comportamentos nefastos para a saúde. Temos também apoiado o Ministé-rio da Saúde no monitoramento da tendência das doenças, na identificação de surtos epidê-micos nas áreas urbanas e rurais, na pesquisa operacional sobre nível de conhecimento da população sobre as doenças, seu modo de transmissão e formas de prevenção.

Qual é o foco atual dessas campanhas? No momento, o foco está na poliomielite e na malária. A pólio causa a incapacidade motora e a morte da criança, e seu grupo de risco é do nascer aos 5 anos. Já a malária, além das crian-ças, tem também mulheres grávidas dentro do grupo de risco. A malária é uma das principais causas de mortalidade infantil nesse país, asso-ciada também aos elevados índices de anemia, baixa assiduidade no trabalho e diminuição do rendimento escolar. Por isso é uma área de ex-trema importância. Nós, como Nações Uni-das, damos apoio também às instituições de governo. A malária está associada à existência de charcos d’água. Por isso realizamos ativida-des de melhoria do saneamento. De fato, as do-enças endêmicas estão associadas ao nível de pobreza. E aqui falamos de malária, pólio, tu-berculose, doenças diarreicas, Aids e outras tan-tas que assolam o continente africano.

Como a população angolana recebe as iniciati-vas da OMS em prol da saúde?A OMS trabalha diretamente com as estruturas de saúde do país, quer a nível central, quer a nível provincial e municipal. Temos por mis-são também reforçar as capacidades nacionais, a massa crítica nacional para garantir uma sus-tentabilidade das intervenções de saúde públi-ca. O nosso apoio é principalmente de caráter técnico, mas sempre no sentido de apoiar a im-plementação das atividades prioritárias defini-das pelo Ministério da Saúde. Temos também trabalhado com os diferentes parceiros e com a sociedade civil no sentido de harmonizar as nossas intervenções, evitando duplicação de ati-vidades e de recursos.

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Rui Gama Vaz, médico e representante da OMS em

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A Revista Petrobras está em permanente processo de aperfeiçoamento para ser, cada vez mais, uma publicação imprescin-dível à força de trabalho. Para isso contamos com a sua colaboração. Sugestões, críticas, elogios – tudo será recebido com carinho por nossa equipe. Para participar é fácil: por carta, Av. República do Chile, 65, sala 1.202, Rio de Janeiro – RJ – 20035-900; por fax, (21) 2220-8761; ou por e-mail: [email protected]

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BATE-BOLA ESTRELAS DA CASA

Recuperar é possível

Esta edição da sua Revista Pe-

trobras traz uma ótima notícia sobre uma das mais belas paisagens – e um dos mais vigorosos ecossiste-mas – do Rio de Janeiro e do Bra-sil: a Baía de Guanabara. Com sua marca de cartão-postal, onde rei na o Pão de Açúcar, a baía passou pe la mais completa avaliação ambi en tal de sua história, em mais de cinco anos de trabalho de 70 pesquisado res de oito universidades brasileiras, um esforço fi nanciado pela Petrobras e coordenado pelo Centro de Pes-quisas e Desenvolvimento Leopol do Américo Miguez de Mello (Cen pes). Es se diagnóstico mostrou que, ape-sar de degradada há muitas déca-das, a baía pode ser recuperada.

Os resultados do estudo estão em nossa matéria de capa, a partir da página 10. Além de avaliar as con-dições de águas, praias, manguezais, costões rochosos e sedimentos da Baía de Guanabara, assim como de sua fl ora e fauna, o estudo apontou ações que podem contribuir para a recuperação do meio ambiente na região. Também na linha da preser-vação ambiental, nossa matéria das páginas 8 e 9 apresenta a Emulpen, emulsão asfáltica da Petrobras Distri-buidora que não utiliza solventes em sua composição, evitando a emis-são de vapores na atmosfera.

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MURAL DO LEITOR

Autossufi ciência em energiaEspecialista em cogeração de ener-

gia elétrica e vapor, o consultor téc-nico da Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), Ronaldo Vieira Passos, participou dos principais pro-jetos voltados para a modernização e a autonomia em energia da refinaria do Ceará.

OrigemFortaleza, CE.

Mentor“Meus pais, que sempre colocaram a educação em primeiro plano, e minha esposa, filhas e irmãos, que sempre me apoiaram”.

Principais projetos Aluno do curso de Eletrotécnica da Escola Técnica Federal do Ceará, es- tagiou na área de instrumentação da Gerência de Manutenção da Fá-brica de Asfalto de Fortaleza (As-for). Formou-se em 1986, quando ingressou na Petrobras, sen do o pri-meiro colocado no concurso para instrumentista. Em 1987, trabalhou na montagem, implementação e entrada em ope-ração da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), tecnologia que representou na época um grande desafio para a refinaria cearense. Coordenou, em 1992, a montagem de instrumentação e elétrica da pri-meira Estação de Medição (Emed) para GLP do refino com provador compacto, equipamento mais ba-rato, menor e com mais facilida-de para calibrar as turbinas que o provador convencional. Participou da montagem e da im- plantação do primeiro mó-dulo de cogeração de energia elétrica e va-por com turbinas a gás do refino, em 1996. A iniciativa

triplicou a capacidade de produ-ção de vapor para aquecimento dos tanques, suprindo toda a necessi-dade de energia da refinaria. Coordenou o projeto de migração dos dados do Sistema de Cogeração para o Sistema de Controle à Dis-tância (SDCD), em 2002, passando a operar à distância todo o sistema que antes era operado no campo, ga-nhando agilidade, segurança, pra-ticidade e rapidez na ação e na toma-da de decisões. Em 2009, foi designado consultor técnico da Lubnor, tendo se torna-do o principal especialista no Refi-no em instrumentação e controle de sistemas de cogeração com tur-binas a gás. No ano seguinte, trabalhou na subs-tituição e modernização do sistema de controle da PSA (unidade de pro-dução de nitrogênio). Está preparando um curso de ope-ração e manutenção em cogeração de energia, sistema de produção de energia elétrica e vapor que hoje vi-rou uma prática e é utilizado de dife-rentes formas nas refinarias.

Tempo de empresa25 anos.

Onde está hojeÉ consultor técnico do Refino, lota-do na Gerência de Manutenção In-dustrial da Lubnor.

Conselho pessoalUma frase de Albert Eins-tein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais vol-

ta ao seu tamanho original”.

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Vidro, arte e ofícioFoi com o pai, Geraldo, que o vidreiro Ubirajara Ferreira dos Santos, o Bira, de 61

anos, aprendeu seu ofício. O artesão conquistou um espaço único na oficina de vidra-ria do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), onde cria peças moldadas especialmente para os pesquisadores. Nenhuma delas está disponível no mercado e cada uma é essencial para o sucesso do trabalho nos laboratórios. Foi por suas mãos que nasceu o reator de fluxo contínuo para pro-cessamento de matérias-primas petroquímicas derivadas do refino do petróleo, que permite simular em laboratório o processo real de produção. Entre suas criações está uma célula hermética de vidro que qualifica inibidores de corrosão em testes nos siste-mas de produção de petróleo. São peças únicas, sem similar no mercado. Bira, que é contratado da VGK Engenharia, também modifica e adapta ferramentas, como o maçarico de corte de vidro com quatro bicos, três a mais que o tradicional, que tem a vantagem de impedir o esfriamento do vidro na moldagem, mantendo o padrão de segurança. Elogiado pelos profissionais com quem trabalha, Bira prefere dividir o méri-to com a equipe, e atribui as conquistas à rotina de muito trabalho.

“Não existem peças apropriadas no mercado, então inventamos. O produto final é do cliente. O pesquisador tem uma ideia, algumas vezes a gente modifica, o trabalho flui e conseguimos atender. Outras vezes, é uma dificuldade muito grande. São meses de tentativa; a gente faz cinco, seis, oito peças e pensa que deu certo, mas não fun-ciona. Às vezes eu acordo no meio da noite com uma solução na cabeça, levan-to e faço o desenho. Só aí consigo voltar a dormir. Sobre alguns trabalhos eu não posso nem falar, porque o serviço está em processo de patente.

Eles inovam a cada instante, e eu inovo junto com eles. Esse povo me faz crescer e ser forte. Essa é uma profissão extinta. Há centenas de anos, era valorizada – o bom vidreiro trabalhava isolado em uma ilha, porque o se-gredo não podia vazar. Por coincidência, estou na Ilha do Fundão. Será obra do Criador?”

O talento de Ubirajara está nas peças únicas

que criou (foto ao lado): apoio importante aos projetos de pesquisa

As técnicas introduzidaspor Ronaldo são usadas hoje em todas as refi narias A

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mente correto, que muito em breve irá substituir o CM-30, um produto si-milar, mas que emana vapores de sol-vente e gera gases do efeito estufa de vido à necessidade de aquecimen-to, informa Guilherme Edel, consultor da Gerência de Comercialização de Asfaltos da Petrobras Distribuidora.

Aplicação Para se fazer uma estrada, antes

da colocação do asfalto é executada a imprimação, que consiste na apli-cação de uma camada muito fina de um revestimento que prepara o terre-no para receber o asfalto.

Essa aplicação impermeabiliza a base, impedindo que a água suba do solo, e também funciona como uma cola, unindo as partículas e formando uma superfície compacta onde é as-sentado o asfalto.

Feita com água, sem a utilização de solvente, a Emulpen veio para ocu-par o lugar do CM-30, que tem em sua composição uma mistura de 50% de asfalto e 50% de solvente. Usado até hoje para a imprimação, mas com seus dias contados em todo o mundo, o CM-30 já foi proibido nos Estados

Unidos, no México e em diversos paí-ses da Europa.

A Emulpen penetra nas bases e so-los granulares sem causar danos ao meio ambiente: o asfalto fica no solo e a água evapora. Além disso, é mais barata, mais fácil de usar, e tem a van-tagem de não emanar vapores, não ter cheiro forte nem ser inflamável, reduzindo os riscos à saúde dos pro-fissionais que aplicam o produto e de quem estiver próximo ao local onde está sendo feita a imprimação.

As emulsões asfálticas são disper-sões de asfalto na água. Nesse proces-so, o asfalto passa por um equipa-mento onde é cortado em partículas microscópicas e envolvido com água e um emulsificante, que mantém as partículas separadas, em suspensão. Essas emulsões formam uma mistu-ra estável.

Líder no mercado nacional de as-faltos, com 35%, somando a parti-cipação da Iasa, a Petrobras Distri-buidora teve em 2010 um aumento de 28% em suas vendas globais so-bre o resultado de 2009, chegando a 947.000 toneladas, um recorde histó-rico no Brasil em venda de asfalto.

A empresa tem uma linha comple-ta de produtos (aplicados a quente, a frio e especiais) e serviços asfálticos para indústrias, governos estaduais e municipais, concessionárias e constru-toras de rodovias, clubes e condomí-nios, entre outros segmentos que pre-cisam de soluções rápidas e eficazes em pavimentação.

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stradas do Brasil e de outros países da América do Sul es-tão abrindo caminho para

um produto inovador que a Petro-bras Distribuidora lançou no merca-do com o objetivo de reduzir danos ao meio ambiente. A Emulpen (emul-são de penetração) não contém sol-ventes derivados de petróleo na sua composição, evitando a emissão de vapores na atmosfera.

A emulsão tem a vantagem de ser aplicada a frio, pois penetra no solo à temperatura ambiente, sem precisar ser aquecida para ajuste de viscosi-dade, economizando energia e pro-porcionando ganhos de logística e re dução nos custos de estocagem, aplicação e transporte.

O produto é exclusivo da Petro-bras Distribuidora e já foi usado com sucesso em projetos de clientes no Rio

de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, além de ter sido comercializado pela Ipiranga As-faltos (Iasa) na Bolívia e no Paraguai.

“Desenvolvemos o produto, ava-liamos em laboratório e testamos com os principais tipos de solo en-contrados no Brasil. As fábricas de emulsões da Petrobras Distribuido-ra já es tão adaptadas para produzir a Emul pen, produto a frio, ecologica-

NOVIDADEna pista

PETROBRAS DISTRIBUIDORA LANÇA A EMULPEN, EMULSÃO ASFÁLTICA QUE GERA ECONOMIA E GANHOS AMBIENTAIS. O PRODUTO NÃO UTILIZA SOLVENTES NA SUA FÓRMULA

E 1. Aplicação: Um técnico aplica a Emulpen sobre uma camada pré-preparada na pista para receber o asfalto

2. Aderência: Doze horas após a aplicação, a emulsão, feita com água e sem solventes, já adere à pista

3. Tráfego liberado: A foto mostra a pista 48 horas depois da aplicação, já com as marcas dos pneus de teste

Saiba mais

www.br.com.br/asfaltos

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Processo de emulsifi caçãoEsquemático

Água quente

Aquecedor

Asfalto

Emulsifi cantes aminados

Misturador

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PA BAÍA Àvista!

PETROBRAS MOBILIZA OITO UNIVERSIDADES PARA REALIZAR O MAIS COMPLETO ESTUDO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA BAÍA DE GUANABARA E MOSTRA QUE ECOSSISTEMA PODE SER RECUPERADO

enário do mais famoso car-tão-postal do Rio de Janei-ro, em que predomina o Pão

de Açúcar, a Baía de Guanabara sofre efeitos significativos da atividade hu-mana desde os tempos em que portu-gueses e franceses se engalfinhavam pelo domínio da região, no século XVI. Os impactos sobre o meio am-biente se intensificaram nos últimos 100 anos, com o crescimento da Re-gião Metropolitana, mas – boa no-tícia! – não foram suficientes para extinguir a biodiversidade dentro e fora das águas. Este diagnóstico pro-missor, compartilhado por cientistas de oito universidades mobilizados pela Petrobras, emerge da mais com-

pleta avaliação ambiental já feita na baía. Pela força de seus sinais vitais, ela demonstra ter condições de se re-cuperar se ações efetivas forem im-plementadas.

O estudo traçou um retrato iné-dito da situação das águas, praias, dos manguezais, costões rochosos e sedimentos da Baía de Guanabara, assim como de sua flora e fauna, que conserva uma grande variedade de peixes, camarões, caranguejos e aves. Sob a coordenação do Centro de Pes-quisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), 70 pesquisadores esquadrinharam a baía por mais de cinco anos, incluí-dos 24 meses de trabalho de campo,

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em 2005 e 2007. Depois de tudo es-tudado em laboratório e analisado à luz de avançados padrões da ciência, os especialistas atestaram: apesar da poluição crônica, a baía continua cum prindo papel vital de mediação entre o continente e o Atlântico, ser-vindo ainda de berçário e criadouro para várias espécies marinhas.

Embora a Baía de Guanabara já tivesse sido objeto de muitos estudos pontuais, a avaliação promovida pe-la Petrobras foi pioneira por reunir, de forma multidisciplinar, pesqui-sas em 19 especialidades, em áreas co mo Geologia, Oceanografia, Quí -mi ca e Biologia. O resultado foi a caracterização geofísica, geoquímica e biológica desse vasto corpo d’água e o entendimento da dinâmica de seus ecossistemas. “Ape sar de toda a in-fluência das atividades do homem na região, a baía responde que está viva e tem capacidade de se recuperar”, afirma a coordenadora do trabalho, Maria de Fátima Guadalupe, química do petróleo da Gerência de Avalia-ção e Monitoramento Ambiental, vin-culada à Gerência de P&D de Gás,

Energia e Desenvolvimento Sustentá-vel do Cenpes.

Parte da carteira de projetos do Cenpes para o meio ambiente, a ava-liação da Baía de Guanabara marca a conduta proativa da Petrobras em relação à baía, vista com olhar estra-tégico devido à existência de diversas instalações da companhia na região. “Percebemos que precisávamos co-nhecer bem esse espaço, que sofre os impactos de uma megalópole em cres-

cimento constante”, explica Maria de Fátima. Além da Re fi na ria Duque de Caxias (Reduc) e do Cen pes, às mar-gens do espelho d’água, vários ter-minais de combustíveis funcionam em ilhas, como a D’Água, a Redonda e a Comprida, e em píeres, co mo o Terminal de Rega sei fi cação de Gás Natural Liquefeito (GNL). Os oleo-dutos e gasodutos ligados a algumas dessas unidades também passam sob as águas.

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Universidade Petrobras

Píer PDL Brasil

T. Flexível de GNL

Refi naria Duque de Caxias (Reduc)Terminal de Duque de Caxias (Teduc)Terminal de Campos Elíseos (Tecam)

T. A. Ilha Redonda

T. A. Ilha Comprida

T. M. Almirante Tamandaré

T. A. Almirante Tamandaré

T. A. Ilha D’Água

Edihb Edise Edita

Cenpes

Terminal Aeroporto do Rio de Janeiro (Gario), da Petrobras Distribuidora

Terminal Aeroporto Santos Dumont (Gasdu), da Petrobras Distribuidora

B a í a d e G u a n a b a r aGNLGLP

Algumas das principais instalações administrativas, industriais e de pesquisa da Petrobras estão na região da Baía de Guanabara, como o Edise, o Cenpes e a Refi naria Duque de Caxias

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T. A. = Terminal Aquaviário

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Agressões e resistênciaCom 380 quilômetros quadrados, a

Baía de Guanabara é a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Baía de To-dos os Santos (BA). Situada no centro de uma região com 10 milhões de pes-soas (80% da população fluminense), ela é desaguadouro de uma bacia hi-drográfica que cobre 15 municípios. A capital e outros 12 fazem parte do Grande Rio – Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Niló-polis, Nova Iguaçu, Ma gé, Guapi-mirim, Rio Bonito, Itaboraí, Tanguá, São Gonçalo e Niterói. Cursos d’água de Cachoeiras de Macacu e Petrópolis, na Região Serrana, também descem para a baía, que recebe diariamente, por 55 rios e canais, cerca de dois bi-lhões de litros de despejos domésticos e 23,4 milhões de litros de efluentes in dustriais, procedentes de 14.000 in -dústrias – a maioria de pequeno porte.

Um dos fatores que contam a fa-vor da biodiversidade, destaca Maria de Fátima, é a hidrodinâmica da baía,

que preserva um canal central com até 50 metros de profundidade e re-nova, em média, metade das águas de 11 em 11 dias. “A Baía de Guanaba-ra dá mostras de grande resiliência, isto é, com alto poder de resistência a pres-sões e a estressores, e capacidade de restabelecer seu equilíbrio”, enfatiza a geoquímica. A gran de quantidade de dejetos domésticos despejados pe-los rios é, porém, mais do que preo-cupante, ela afirma, observando que a metabolização dessa carga orgânica

consome aproximada mente 500 to-neladas diárias de oxi gê nio. A baía, que recebe grande parte dos dejetos pelos rios Iguaçu e Meriti, que cortam a Baixada Fluminense, tem a mais elevada contaminação por esgotos da costa brasileira. Além disso, vale res-saltar que ela ainda recebe cerca de 5.000 toneladas por dia de lixo só-lido público e domiciliar, que se acu-mulam nas praias e nos manguezais.

No estudo dos níveis de poluentes nos sedimentos do fundo da Baía de Guanabara, os pesquisadores encon-traram hidrocarbonetos, metais pesa-dos e pesticidas em diferentes quantida-des, dependendo da região estudada. A ava liação pôs por terra o lugar-co-mum que associa os resíduos de hi-drocarbonetos às operações da Reduc e de outras instalações da Petrobras. “Eles estão presentes em toda a baía e advêm, principalmente, dos diversos

usos do petróleo e de seus derivados”, as sinala Maia de Fátima. A maior concentração de hi dro car bo ne tos, decorrentes principalmente da quei-ma de combustíveis, foi registrada nas áreas do Porto do Rio de Janeiro, de estaleiros de Niterói e nas desembo-caduras dos rios Sarapuí, São João de Meriti e Estrela, que transportam eflu-entes de uma região bastante urbani-zada e industrializada.

Na avaliação biológica de 20 praias, a maior biodiversidade foi encontrada longe da orla da baía. A maior varie-dade de espécies está na ilha carioca de Paquetá, nas praias do Relógio e da Moreninha, esta celebrizada no ro man- ce homônimo de Joaquim Manoel de Macedo, de 1844. No continente, as praias com mais baixa variedade de organismos são as também cariocas Ramos e Catalão, esta situada na Ilha do Fundão. O estudo atestou uma va-

riação da abundância de espécies nos costões rochosos, e constatou danos em algumas áreas dos manguezais, com a consequente redução da biodi-versidade. Num deles, em sete hecta-res, foram plantadas 37.000 mudas de mangues, que crescem 80 centímetros por ano, demonstrando a viabilidade desse tipo de reflorestamento.

Legado ambientalA avaliação ambiental da Baía de

Guanabara, reunida em 3.600 pá-ginas e registrada num banco de da-dos georreferenciado, representa um importante subsídio da Petrobras à am pliação do conhecimento sobre a região. Apresentada ao Instituto Es-tadual do Ambiente (Inea), ela poderá auxiliar no aprimoramento de inicia-tivas governamentais de despoluição da baía. No campo acadêmico, con-tribui para a formação de recursos

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A baía recebe

diariamente, por

55

rios e canais, cerca de

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de litros de despejos

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23,4 milhões de litros de efl uentes industriais,

procedentes de

14.000 indústrias – a maioria

de pequeno porte.

Os manguezais da baía (acima) são locais de refúgio e reprodução de caranguejos (foto ao lado)

Os pesquisadores coletaram e catalogaram material nos manguezais da baía para posterior análise em laboratórios

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humanos. O estudo deixa co mo le-gado mais de 50 trabalhos especiali-zados, incluindo teses, dissertações e artigos científicos, tendo produzi-do, com se dimentos da baía, um ma-terial de referência para aferir a preci-são de análises laboratoriais, testado com sucesso em 26 laboratórios do país e do exterior.

Cada uma das instituições partici-pantes do estudo se dedicou a projetos específicos. As pesquisas em Bio logia foram feita pelas universidades Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), de São Paulo (USP) e Federal do Para-

ná (UFPR). As de Oceanografia, pela Universidade do Estado do Rio de Ja-neiro (Uerj). A Pontifícia Universida de Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) atuou na área de Química e a Univer-sidade Federal Fluminense (UFF), nas de Geologia e Química. O trabalho contou com serviços de dois laborató- rios privados e assessoria de especia-listas de reconhecimento internacio-nal dos Es tados Unidos e do Canadá.

Com base nos dados da pesqui-sa, o Cenpes elaborou um projeto de mo nitoramento integrado do meio ambiente da baía, a fim de ampliar a compreensão do comportamento

dos vários ecossistemas, dotando a Petrobras de novos instrumentos pa- ra a gestão ambiental nas unidades situadas na região. O acompanha-men to vai proporcionar à companhia mais recursos para detectar mu dan-ças am bientais, avaliar impactos nas áreas de influência de suas instala-ções e mensurar a reação dos ecos-sistemas diante de melhorias adotadas em processos operacionais. O moni-toramento também vai gerar subsí-dios para o aprimoramento de planos de emergência e de procedimentos de licenciamento ambiental de novos empreendimentos.

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A rica fauna da baía foi catalogada pelos pesquisadores, que

apontaram as espécies ameaçadas de extinção

AvesGraúdos, de coloração negro-azulada, os biguás reinam

nos céus da Baía de Guanabara. Os bandos dessa ave pes-cadora foram registrados em todas as jornadas de avistamento empreendidas pelos pesquisadores, de barco e de avião. A frequência e a abundância dos registros indicam que a população de biguás da baía está em franco crescimento, secundada pelas de socós, maçaricos e garças. Estas espécies estão entre as 45 com características aquáticas existentes na região, onde foram observados, no total, 112 tipos de aves.

Dez das 15 espécies ameaçadas de extinção na Baía de Guanabara foram avistadas durante a avaliação ambiental promovida pela Petrobras – asa-branca, biguatinga, colhereiro, gaivota de cabeça cinza, marreca-caneleira, martinho, pernilongo de costas brancas, saracura-do-mangue, talhamar e trinta-réis-real.

PeixesDas 130 espécies de peixes que povoam a Baía de Guanabara, chegam a 88 (68%)

as que têm importância na economia da pesca. Algumas cumprem todo seu ciclo de vida no local, enquanto outras usam as águas abrigadas como lugar de reprodução e crescimento, antes de os animais jovens se lançarem em mar aberto.

Em 48 jornadas quinzenais de arrasto, os pesquisadores comprovaram a presença de três espécies sob risco de extinção na baía, em consequência da sobre-exploração – a corvina, o bagre e a sardinha-verdadeira. Devido ao histórico de pesca predatória, esses tipos de peixe dependem de proteção ambiental para retomar o ritmo de re pro-dução e superar o risco de desaparecimento na região.

Siris, camarões e caranguejosDo estado de larva à tenra idade, crustáceos de várias espécies se abrigam na Baía

de Guanabara antes de se lançarem ao oceano nos meses de verão, a exemplo dos siris. A sazonalidade é marcante – os camarões são mais abundantes na primavera, quando estão em idade juvenil. No caso do camarão-rosa, a forte presença nas águas da baía vai até o fi m da estação quente, quando eles começam a migrar para o mar, num movimento que se estende até o outono.

Os pesquisadores registraram também expressiva diversidade de caranguejos nos manguezais que sobrevivem na baía, sobretudo em sua parte noroeste. Entre as espécies mais abundantes está o caranguejo-uçá, coletado para consumo alimentar. Três espécies nunca haviam sido registradas antes na baía – entre elas, o Uca mordax, que também nunca fora observado antes nestes manguezais. As pesquisas resultaram na descoberta de uma nova espécie de crustáceo de praia, denominada Ruffosius

fl uminensis, identifi cada por um pesquisador do Museu Nacional da UFRJ.

Vida que vem da água

As amostras coletadas durante o trabalho de campo compõem hoje

um material de referência para a pesquisa da biodiversidade

na Baía de Guanabara

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O ‘MAKING OF’ da PetrobrasCOMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL CRIA REALITY SHOW NA WEB SOBRE OS BASTIDORES DAS AÇÕES DA COMPANHIA

ma visão de raio X para en-xergar além do que é mostra-do. Não é preciso ser um su-

per-herói para saber que du rante a execução de qualquer projeto surgem muitas histórias interessantes. Para cada problema, uma solução criati-va. Improvisos que ficam melhores do que o já ensaiado. E na Petrobras não é diferente.

Para contar histórias de transfor-mação que tenham a participação da companhia, a Gerência de Multi-meios da Comunicação Institucional criou o projeto Raio X. A ideia é levar

o público a vivenciar a experiên cia de estar dentro da Petrobras. Par ti-cipar de seu cotidiano nas platafor-mas e refinarias, nos projetos sociais e culturais, nas grandes obras, no desenvolvimento de novas tecnolo-gias. Afinal, há muito mais coisas entre o surgimento dos conceitos e o resultado final de um projeto do que o público possa imaginar.

Esse making of da companhia está disponível no blog Fatos e Dados, em séries de vídeos no estilo reality show. Os públicos interno e externo podem acompanhar o desenrolar de todas

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essas histórias. A primeira temporada tem seis episódios e começou em ju-nho. São os bastidores de um filme selecionado pelo projeto Revelando os Brasis, patrocinado pela Petrobras.

O profissional de Comunicação Leonardo Avellar, do Núcleo de So-luções e Conteúdos Multimídia de Multimeios, explica que, no início, o programa seria voltado só para grupos patrocinados pe la Petrobras. “Quería-mos mostrar a relação desses grupos com a companhia. Mas logo vimos que tínhamos a oportunidade de am-pliar esse as sun to. Observamos que se tratava não só da relação com os pa-trocinados, mas também das ações que a Petrobras apoia”.

Para a profissional de Comunica-ção Eliane Lo pes, líder do Núcleo de Soluções e Conteúdos Multimídia, um aspecto a ser ressaltado é o fato de a Petrobras não ser a protagonis-ta das séries.

“No Raio X, quase não falamos da companhia. Não são séries auto-elogiosas. Acreditamos que a Petro-bras é um vetor de transformação, e é isso que queremos mostrar por meio das histórias dos protagonistas, que podem ser grupos, projetos, pessoas, empreendimentos”, afirma.

InteratividadeEm sua primeira temporada, o

Raio X levará o público a acompa-nhar os bastidores do filme de Deni-zia Moresqui, uma professora de Lín-gua Portuguesa da pequena cidade de Itambé (PR).

Denizia foi uma das selecionadas pelo projeto Revelando os Brasis para produzir um curta-metragem. A cada ano, o Revelando seleciona 40 histó-rias escritas por moradores de cida-des com até 20.000 habitantes. Essas 40 pessoas são trazidas ao Rio de Ja-neiro para participar de um curso de produção de vídeo e depois retornam às suas cidades a fim de rodar e edi-tar seus filmes.

Entre os 40 selecionados, a equi-pe do Raio X escolheu Denizia co mo personagem da primeira temporada e foi até Itambé para acompanhar sua aventura.

Os episódios não terão periodi-cidade fixa, variando de acordo com a participação do público nas ferra-mentas de interatividade que serão disponibilizadas.

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A professora Denizia (de branco, na foto acima) foi a personagem escolhida para protagonizar a primeira temporada do projeto

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A ideia é registrar em vídeo histórias de transformação que tenham a participação da Petrobras

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Saiba mais

www.petrobras.com.br/fatosedados

www.youtube.com/raioxpetrobras

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sergipano José Caldas é considerado um dos mais representativos fo-tógrafos da natureza e de documentação geográfica do Brasil. Ele é autor de vários livros que retratam ecossistemas brasileiros, como a

Mata Atlântica, o Rio São Francisco e as serras da Canastra, da Mantiqueira e do Cipó. Seu olhar está sempre ligado em paisagens naturais, mesmo quando é escalado para matérias em instalações industriais, como as da Petrobras. As fotos da seção "Olhares" desta edição – todas do Banco de Imagens Petrobras (BIP) – comprovam a tese: Caldas sempre arranja um jeito de inserir a nature-za no visor de sua máquina.

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em focoNATUREZA

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Vila Felicidade, comunidade às margens do Rio Negro, em Manaus: área de atuação social da Refi naria Isaac Sabbá (Reman)

Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis (RJ), área benefi ciada com recursos do Programa Petrobras Ambiental

Garças num mangue na área da Refi naria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense

Pôr do sol captado no Polo

Industrial de Urucu, na Amazônia

Pescador maneja sua rede na Baía de Guanabara, onde a Petrobras tem projetos de

preservação ambientalFOTO

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BOAS VENDAS E

horizonte promissorÁREA DE ABASTECIMENTO COMEMORA RECORDE DE VENDA DE DERIVADOS EM 2010 E PROJETA MAIS CRESCIMENTO COM O AVANÇO DA CONSTRUÇÃO DE NOVAS REFINARIAS

um ano repleto de conquis-tas, a Área de Abastecimen-to da Petrobras também re-

gistrou realizações significativas em 2010. Do recorde de venda de deriva-dos de petróleo, no embalo do cres-cimento econômico do país, à assina-tura dos contratos para a construção de novos navios destinados a atender à demanda do aumento de produção, passando pela inauguração das obras de ampliação e modernização do par-que de refino e o início da construção de novas refinarias.

Na comparação com 2009, a ven-da de derivados líquidos de petró-leo cres ceu 10%. A de gasolina teve um incremento de 18%, a de quero-sene de avia ção aumentou 17% e a de óleo diesel, 10%. O consumo total

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de derivados chegou a dois milhões de barris por dia.

“Esse crescimento é resultado de um avanço de 7,5% no PIB e de uma inclusão de 20 milhões a 25 milhões de brasileiros no mercado consumi-dor”, diz o diretor da Área de Ne-gócios de Abastecimento, Paulo Ro-berto Costa. “O crescimento fabuloso da economia levou mais gente a via-jar de avião, mais gente a comprar e andar de automóvel, mais gente a con-sumir alimentos.”

A Petrobras também registrou re-corde na exportação de petróleo. A média anual foi de 500.000 barris por dia. O pico foi registrado em março, com a exportação de 740.000 barris diários. Os principais mercados fo-ram os Estados Unidos, que recebe-ram 55% do petróleo brasileiro expor-tado, e a China, que ficou com algo em torno de 25% do total.

Apesar do aumento, o lucro da Área de Abastecimento foi de R$ 5

bilhões – resultado que é cerca de 75% inferior ao de 2009. A causa foi a redução, em março do ano an-terior, do preço dos derivados – de 4,5% para a gasolina e de 15% pa-ra o diesel –, que incidiu integral-mente sobre as operações da em-presa em 2010.

O parque de refino, que atingiu a produção de 1,9 milhão de barris por dia, operou com elevadas taxas de otimização. O fator de utilização de todas as refinarias, de acordo com Paulo Roberto Costa, ficou acima de 90%. “Foi um ótimo desempenho”, afirma o diretor.

O início das operações de hidro-tratamento de óleo diesel e gasolina permitiu o aumento da oferta do die-sel com 50 ppm (partículas por mi-lhão) de enxofre no país para aten-der ao acordo entre a Petrobras, o Ministério Público e a Agência Na-cional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

As obras de modernização da Refi naria Henrique

Lage (Revap), concluídas em outubro passado,

qualifi caram a unidade para produzir combustíveis

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Na comparação com

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As unidades de hidrotratamento de diesel e coqueamento retardado in-cluídas nas obras de modernização da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), com vistas à produção de combustíveis mais lim-pos, foram inauguradas em outubro.

A unidade de hidrotratamento ga-rante a produção de diesel menos po-luente, com menor emissão de óxido de enxofre na atmosfera pelos motores de com bustão interna. Já a unidade de co-queamento retardado converte as fra-ções mais pesadas de petróleo em fra-ções leves de maior valor econômico, como gás de cozinha, diesel e nafta.

Outra realização importante foi a ampliação da capacidade da Refina-ria de Paulínia (Replan), no interior paulista, em mais 30.000 bar ris por dia. Para isso, foram feitas obras nos bicos de descarregamento no Termi-nal de São Sebastião, no litoral de São Paulo, além de mudanças nos diâme-tros da tubulação e a instalação de novas bombas de transferência de lá até a Revap e depois até a Replan.

Novas unidadesO foco agora é a continuação das

obras das novas unidades. A constru-ção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, avançou, e ela deverá en-trar em operação em dezembro de 2012. Com capacidade prevista pa ra processar 230.000 barris de petróleo por dia, a refinaria foi projetada, prin-cipalmente, para a produção de óleo diesel com o mínimo de impacto am-biental e teor de enxofre menor do que o exigido pelos padrões internacionais mais rígidos, de 10 ppm.

A terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Com-perj), em Itaboraí, Região Metropoli-tana do Rio de Janeiro, foi concluída em dezembro de 2010. O projeto é um dos principais empreendimentos da his tória da Petrobras e marca o retor-no da empresa ao setor petroquímico.

Em 2010, também foi iniciada a execução dos contratos das principais unidades de processo do primeiro trem

do refino do complexo, com capacida-de de 165.000 barris por dia. A segun-da fase prevê a implantação das uni-dades petroquímicas e a terceira, do segundo trem do refino, com capacida-de para mais 165.000 barris diários.

“O primeiro trem do refino deve entrar em operação em 2013. A pe-troquímica, no final de 2016, e o segundo trem, em 2018”, diz Paulo Roberto Costa.

A terraplanagem da Refinaria Pre-mium 1, em Bacabeira, no Maranhão, prevista para se tornar a maior da América Latina, começou em 2010. A primeira etapa do empreendimento de ve estar pronta até o fim de 2014 e a segunda, até 2016. A unidade, orça-da em US$ 20 bilhões, vai acrescen-tar mais 600.000 barris diários à capacidade de refino da Petrobras.

Foram iniciados ainda os estudos de sondagem da área onde deverá ser construída a Refinaria Premium 2, em Caucaia, no Ceará. A unidade poderá produzir 300.000 barris por dia de diesel com baixo teor de en-xofre, querosene de aviação, nafta, gás de cozinha e bunker (combustí-vel de navio).

A planta de gasolina da Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, no Rio Grande do Norte, foi concluída. A ca-pacidade inicial da unidade permite processar 30.000 barris diários de pe-tróleo e produzir 4.500 barris de gaso-lina por dia.

No ano passado, foi firmada a so ciedade entre a Petrobras e em-presas privadas para a construção do al cool duto de Senador Cañedo, em Goiás, até São Paulo. O consór-cio ficou for mado por 20% da Pe-trobras, 20% da Cosan, 10% da Camargo Corrêa, 10% da Uniduto, 20% da Coopersucar e 20% da ETH, do Grupo Odebrecht. O primeiro tre-cho, en tre Paulínia e Ribeirão Pre-to, em São Paulo, com capacidade de transporte de 20 milhões de me-tros cúbicos por ano, deve entrar em operação até 2013.

Também na Gerência Executiva de Logística foram fechados os primei-ros contratos, com prazo de 15 anos, dentro do programa Empresas Brasi-leiras de Na vegação, para a constru-ção de 39 na vios, com conteúdo na-cional e tripulação brasileira, a serem entregues en tre 2013 e 2017.

Um dos grandes feitos do ano foi registrado na área da Petroquímica, com a negociação para a aquisição da Quattor, por meio de um acordo de investimento celebrado entre Odebre-cht, Petrobras, Braskem e Unipar.

“Hoje a Petrobras tem participa-ção de 32% na Braskem, com assento no conselho de administração e na di-retoria da empresa”, conta Paulo Ro-berto Costa. “Com a incorporação, a

Braskem está entre as dez maiores em-presas petroquímicas do mundo.”

Significativa também foi a continui-dade da montagem industrial da Petro-química Suape, em Pernambu co, que vai produzir PTA (ácido te ref tálico pu-rificado), matéria-prima do POE (fio sintético usado na indústria têxtil para a produção de roupas e estofamento de automóveis) e do PET (politerefta-lato de etileno, polímero termoplás-tico usado em garrafas plásticas).

Na Gerência Executiva de Marke-ting e Comercialização, foi fechado um contrato de exportação de etanol, a partir de 2012, para uma fábrica de plástico verde da Toyota Tusho que será construída em Taiwan. O acordo

inicial prevê a venda de 140.000 me-tros cúbicos. A garrafa plástica pro-duzida com etanol é renovável.

No ano passado, também foi fe-chado contrato com a empresa ame-ricana UOP, especializada em pro-jetos de plantas de refino, escolhida, numa seleção mundial, pelo projeto Design Competition para elaborar os projetos das refinarias Premium do Maranhão e do Ceará.

“A expectativa é uma redução de custos de investimento e de opera-ções”, diz Paulo Roberto Costa. “Va mos estar com essas duas refina-rias no estado da arte, o estágio mais al to de desenvolvimento na tecno-logia de refinarias.”

Um dos principais focos da área para o ciclo 2011-2012, a Refi naria Abreu e Lima teve as obras aceleradas em 2010

A Replan teve sua capacidade de produção ampliada em 2010 Em 2010, teve prosseguimento

a montagem industrial da Petroquímica Suape

As obras do Comperj já estão mudando a paisagem de Itaboraí (RJ)

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Nos prédios do Rio de Janeiro foi executada uma etapa intermediária com um crachá vertical de teste, mas ainda com código de barras. Já no pi-loto da Bacia de Santos (UO-BS) foi utilizado um modelo híbrido, com chip de aproximação e código de barras, cuja validação se dá pela aproximação dos leitores nas catracas. Este modelo, testado com sucesso em todos os edi-fícios da UO-BS, será estendido a toda a empresa, envolvendo investimen-tos em tecnologia de controle de aces-so e segurança.

Logística da troca“Os primeiros lotes dos novos cra-

chás se encontram em fase de produ-ção, atendendo os pedidos gerados pelas Regionais dos Serviços Compar-

tilhados e unidades do Abastecimen-to. Os crachás ainda virão com o có-digo de barras, sem a tecnologia do cartão inteligente, mas com um layout mais adequado à sua aplicação, quan-do for feita a substituição completa do sistema de controle de acesso”, in-forma Antônio Sérgio.

A troca dos crachás foi planeja-da para causar o mínimo de impac-to para o usuário no dia a dia das operações. A substituição será feita de forma gradual, inicialmente para aqueles que recebem seu primeiro

crachá e nos casos de crachás dani-ficados ou com problemas que im-peçam sua utilização.

Os crachás com a nova identidade visual só começarão a ser utilizados depois que forem consumidas todas as unidades do estoque atual de cra-chás, cuja substituição total em um curto período acarretaria um custo alto para a companhia.

Para esclarecer as dúvidas relacio-nadas ao processo de emissão dos no-vos crachás, escreva para o [email protected]

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novaCRACHÁS GANHAM VISUAL QUE VALORIZA A MARCA DA COMPANHIA E ESPAÇO PARA FUTURO CHIP

ais moderno e funcional, o novo crachá de identificação da Petrobras começou a ser

produzido em junho, mas a troca se-rá feita gradativamente ao longo dos próximos meses. Concebido e elabo-rado pela Comunicação Institucional, com a colaboração da Segurança Em-presarial e dos Serviços Compartilha-dos, o modelo foi aprovado pela Di-retoria Executiva da companhia.

“O novo padrão privilegiou a vi-são de empresa integrada, destacan-do a marca Petrobras. O trabalho de design partiu da premissa de que a principal utilidade de um crachá não é estética, mas funcional. As manifes-tações da força de trabalho também foram consideradas na elaboração do modelo, que é moderno, simples, are-

jado, permitindo a fácil identificação dos diferentes componentes”, desta-ca Eduardo Felberg, gerente de Ima-gem Corporativa e Marcas da Co-municação Institucional.

A mudança faz parte de um pro-jeto, que envolve estudos criteriosos e investimentos para a aquisição de um sistema de controle de acesso mais abrangente, complexo, baseado em cartões inteligentes, com chip inter-no para leitura óptica, em substitui-ção ao atual código de barras, que permitirá, no futuro, a evolução para controles biométricos, entre ou-tras utilidades.

“No momento, estamos analisando as alternativas mais viáveis de so luções que atendam à nossa base instalada no território nacional e à ne cessidade de

evolução constante das práticas e pro-cedimentos de Segurança Empresa-rial, cada vez mais importantes no nosso contexto e no ramo em que nos encontramos”, ressalta Antônio Sér-gio Oliveira Santa na, gerente execu-tivo dos Serviços Compartilhados.

Responsável pelo atendimento aos usuários do crachá, pelo controle do estoque e pela manutenção dos e qui-pa men tos, a unidade está coordenan-do e executando todas as ações ne-cessárias pa ra o desenvolvimento do no vo modelo, com algumas parce-rias internas, como a escolha e a ado-ção da tecnologia mais adequada jun-to com a Tecnologia da Informação e Teleco municações (TIC), e a seleção dos fornecedores que melhor aten-dam aos interesses da Petrobras.

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Na frente, no alto, a marca da companhia em sua assinatura simples horizontal, que também aparece reticulada ao fundo no crachá dos empregados e aposenta-dos. Logo abaixo vem a foto, o “nome de guerra”, a função ou cargo exercido, a razão social da empresa do Sistema Petrobras, a área e a unidade.

Atrás, o nome completo do usuário, matrícula, data de admissão, identidade e tipo sanguíneo, além do número do telefone da Segurança Patrimonial, que funciona 24 horas por dia para casos de emergência dentro e fora da empresa.

As orientações da Comunicação Institucional sobre o novo modelo dos diversos tipos de crachá (empregados, aposentados, prestadores de serviço, estagiários, visitantes, provisórios e imprensa) estão no Manual de Identidade Visual Petrobras.

Exemplos:

Imagem do novo crachá

Empregado Estagiário Prestador de serviço

Extraordinário

Provisório para empregado

Provisório para prestador

de serviço

No verso dos crachás dos empregados constam informações como nome

completo do usuário, data de admissão, identidade, tipo sanguíneo e o número do telefone da Segurança Patrimonial

AposentadoPara visitantes e para a imprensa

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GENTE

Uma força de vonta-de férrea faz o engenhei-ro André Derosso Teixei-ra, da UO-Seal/ATP-AL/RES, acordar todos os dias às cin co da manhã a fi m de treinar para as provas do Iron man, que consistem em nadar 3.800 metros, pedalar 180 qui lô metros e correr 42 quilômetros em um tempo máximo de 17 horas. Ele treina antes e depois do trabalho, só parando às 20h, a fi m de ir para casa e preparar-se para deitar antes das 22h. “O descanso é parte fundamental do trei na mento do triatlon. Nos fi ns de semana, a rotina de treino é mais pesada, pois é quando tenho mais tempo. No auge da preparação, che-go a pedalar por cinco horas, para em seguida correr uma hora aos sábados e mais duas horas e meia aos do mingos”, diz André, que se encantou com a modalidade de pois que um colega de Curitiba, sua cidade natal, clas sifi cou a equi-pe para a etapa do XTerra (circuito de triatlon cross coun-try), no Havaí. “Com poucos meses praticando a mo da-lidade, resolvi que treinaria para a prova do Ironman 2010”. Tamanha dedicação fez André conseguir concluir as duas provas de que participou. A primeira foi no ano passado, no Brasil, com um tempo de 10h32min, e a se gun da, em abril deste ano, na África do Sul, com a marca de 12h4min. “Hoje considero o triatlon como uma se gunda pro fi ssão, devido ao tempo que dedico aos trei nos e ao pla nejamento exigido para participar das provas”, ex plica An dré, que man-tém na Internet o site www.triathlon-ultra man14.webnode.com.br para divulgar seu es forço no triatlon.

Paz para o corpo e para a almaO analista de sistemas Otacilio Carlos Baptista

de Oliveira, da TIC-Cenpes, sempre adorou carros e corridas de Fórmula 1, mas nunca imaginou que um dia estaria atrás de um volante, com o pé no ace le ra- dor, em busca de um bom resultado numa competição automobilística. A insistência de um ami go acabou fazendo com que ele, aos 48 anos, iniciasse uma bela carreira de kartista. “Um colega de trabalho formou um grupo de kartistas e sempre me convidava. Mas eu usava como desculpa uma entorse no tor nozelo esquerdo para não correr. Afi nal, como eu ia pisar no freio? Até que na segunda temporada resolvi me juntar ao grupo, e estou até hoje correndo”, conta Otacilio. São 14 temporadas em que ele já se aven turou em circuitos abertos e fechados, no Brasil e no exterior, como os das competições do IKWC (Indoor Kart World Championship). “Este ano vou correr pela sexta vez o IKWC, que será disputado na Bélgica”, diz. Otacilio não tem uma rotina de treinamento: “Treino para cada prova o tempo que for necessário para ter um bom resultado. Corro para vencer, mas nem sem pre isso é possível”. Ele já obteve alguns bons re sultados, como o primeiro lugar em campeonatos e o segundo lugar em uma bateria da IKWC, nos EUA, que o levaram a se fi liar à Federação de Automobilismo do Rio de Ja neiro. Apesar disso, garante que a velocidade e a vi tória não são seus maiores prazeres nas pistas. “São as boas ultra passagens que me dão mais prazer, que me mos- tram que estou bem preparado”, afi rma Otacilio, lem -brando o dia em que ultrapassou o campeão mun dial em uma prova da IKWC.

Pisa fundo, Otacilio!

Tacada certa

Homem de ferro O técnico em administração Walter

Amorim, da Gerência de Planejamento e Controle da Gerência Executiva de Lo-gística do Abastecimento, sempre gos-tou de esportes. Mas há 21 anos, quando

co nheceu o aikido, encontrou um cami-nho para o corpo e a alma. “Eu já fazia kara tê e parei porque tinha machucado o pé. Quando ia voltar, resolvi experi-mentar o aikido e gostei, por ele ser uma atividade menos competitiva e mais com-pleta, que me ajuda a combater o estres-se”, con ta. O prazer encontrado na arte marcial criada na década de 1940 pelo mestre japonês Morihei Ueshiba, que bus-cava o equilíbrio entre força e espiritua-lidade, fez com que Walter resolvesse ter uma segunda atividade profi ssional. Há 12 anos ele dá aulas da modalida-de em uma academia na Tijuca, onde aluga um espaço para treinar alunos de vários ní veis e idades. Para isso, dedi-ca-se com afi nco à sua formação de mestre, parti cipando de vários seminários com mes tres brasileiros e estrangeiros.

Hoje, Wal ter é sandan – a terceira das seis faixas-pre tas necessárias para o tí-tulo de mes tre – e líder do grupo que treina em sua academia. “Estou ligado ao mestre Yoshi mitsu Yamada, que mora em Nova York e é discípulo do criador do ai-kido”, ex plica Walter, que faz planos para treinar seu fi lho mais novo, Victor, de seis anos. “Minha fi lha mais velha, Vivian, de 13 anos, até luta comigo. Mas é meio tu rista. O Victor gosta”, diz, animado.

O futebol foi uma paixão na vida do analista de sistemas Salvador Fernandes de Jesus Júnior, da Gerência de En ge- nharia de Instalações de Superfície e Automação da UO-ES, até o dia em que seus joelhos não aguentaram mais. “Fui obrigado a procurar um esporte sem impacto quando meus joelhos não me permitiram mais jogar futebol”, conta. Nessa procura, acabou batendo às portas do Clube Ca -pixaba de Golfe, nos arredores de Vitória, onde es tava voltando a morar. “Eu não entendia nada dos fun -damentos do golfe e resolvi conhecer esse esporte. Foi então que me matriculei em uma aula para as minhas primeiras tacadas”, lembra. Quase seis anos e muitas tacadas depois, Salvador pode se or -gulhar de ter conseguido um bom de- sempenho. Ele já ganhou 14 tro -

féus, sendo cinco de primeiro lugar, em torneiros no Espírito Santo e fora do estado. Esses resultados o credenciaram a se fi liar à Federação Carioca de Golfe, onde conquistou o quarto lugar do ranking de sua categoria, o grupo com mais de 40 anos. No ranking brasileiro, conquistou este ano sua melhor colocação, o 16o lugar. “Como o golfe é um es -porte que pode ser praticado por homens e mulheres dos oito aos 108 anos, sonho em ser um dos golfi stas brasileiros

nas Olimpíadas do Rio, em 2016, aos 51 anos, quando o golfe retorna ao cardápio olímpico depois de 108 anos”, conta Salvador, que apro vei tou suas últimas

férias para conhecer campos na Ir landa, on de o esporte foi criado.

A galeria de troféus de Salvador não para de crescer

André (no alto, com a mulher, e acima, no pódio): movido a desafi os

São as ultrapassagens,e não as vitórias, que dão mais prazer a Otacilio

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O aikido revelou a Walter um caminho

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lém de inovador, ele é eco-nômico e ecológico. Usado pa ra inspecionar a parte in-

terna das colunas de risers das plata-formas de perfuração, o sistema RVIT (Riser Vertical Inspection Tool) foi de- senvolvido pelo Cenpes em parceria com a Pontifícia Universidade Ca tó li-ca do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com tecnologia 100% nacional.

“O sistema de ultrassom é uma técnica dominada há mais de 40 anos e que já evoluiu muito. A novidade nes se equipamento é a ideia de co mo foi montado, voltado para a inspeção in ter na dos risers e totalmente de sen-volvido no Brasil: hardware, softwa re, pla cas eletrônicas, parte mecânica, foi tudo feito aqui”, ressalta Jorge Brito, da Gerência de Tecnologia de Mate-riais, Equipamentos e Corrosão do Cen pes, exe cutor deste trabalho e par-ticipante da equipe que desenvolveu o projeto, liderada por Claudio So ligo Camerini, da mesma gerência.

A nova ferramenta, que economiza tempo e dinheiro para a companhia, ainda preserva o meio ambiente, auxi-liando na prevenção de falhas e evitan-do uma logística complexa de deslo-camento dos risers – em que cada trecho pesa cerca de cinco toneladas –, transportados de navio até o porto. Eles seguem em carretas até o local de inspeção em terra, repetindo todo

este procedimento em seu retorno à plataforma. Há casos em que são re-tirados até 200 trechos de riser, leva-dos um a um para a em presa que faz a inspeção, a manutenção e, se for o caso, a recuperação do duto.

Como funciona As plataformas de perfuração tra-

balham com colunas de risers (tubos que as ligam ao fundo do mar) de com-primentos variados, podendo chegar a 3.000 metros ou mais no caso do pré-sal. São dutos de 21 polegadas, com flanges (peças que unem dois componentes de um sistema de tubu-lações) na ponta.

O RVIT (PIG ultrassom) faz a ins-peção desses dutos na plataforma, e só as peças que estão realmente com pro-blemas são retiradas do local para se-rem tratadas. A ferramenta é capaz de inspecionar internamente os risers rí-gidos das colunas de perfuração, de-tectando corrosão por perda de espes-sura e material remanescente.

Equipamento de inspeção basea-do em tecnologia de ultrassom mul-ticanais, o RVIT consiste numa ele-trônica embarcada, acondicionada em um vaso hermeticamente fechado, co-nectado ao sistema na superfície por meio de um umbilical com cabos de energia e fibra óptica de 4.000 me-tros de comprimento.

EM ALTA

FERRAMENTA DE INSPEÇÃO POR ULTRASSOM, DESENVOLVIDA PELO CENPES, É CAPAZ DE DETECTAR CORROSÃO NAS COLUNAS DE RISERS DAS PLATAFORMAS DE PERFURAÇÃO

FERRAMENTA DE INSPEÇÃO POR

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O primeiro protótipo do RVIT: técnicos fi zeram vários testes em laboratório

O RVIT (acima, no detalhe) é posicionado no interior das colunas de risers das

plataformas de perfuração para avaliar o desgaste desses equipamentos:

tecnologia 100% nacional, uma parceria entre o Cenpes e a PUC-Rio

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Estreia em EnchovaA primeira oportunidade para tes-

tar o RVIT surgiu com uma deman-da da Gerência de Engenharia de Pro-dução de Elevação e Escoamento do E&P. Com o objetivo de avaliar a integridade estrutural do riser 4 do gasoduto norte-sul da Plataforma Central de Enchova (PCE-1), foi de-senvolvida a ferramenta de limpeza chamada “PIG escovão” e utilizou-se o sistema de te levisionamento pa-ra registro das condições superficiais (desenvolvido pelo Cenpes). E, com-plementando, a inspeção mais deta-lhada e precisa usando a tecnologia inédita do RVIT. Este serviço visava avaliar as condições deste trecho do riser, inoperante havia cerca de dez anos, para restabelecer o escoamento da produção do gás da plataforma de Namorado (PNA-1).

Algumas modificações foram ne -cessárias, como a troca de parte dos componentes mecânicos (rodízios e coroa de sensores) e a adaptação na configuração original do RVIT – re-duzindo o diâmetro de 21 polegadas para o de 16 polegadas da PCE-1.

Devido ao espaço reduzido e ao curto trecho que seria avaliado (130 metros), foi montado um novo um-bilical, mais leve e de manuseio mais fácil, com diâmetro e comprimento menores. Para ficar mais simples e compacto, o sistema operacional tam-bém foi adaptado ao novo espaço.

A equipe de Projetos, Construção e Montagem/Obras e Reparos da UO-

BC, sob a coordenação do engenheiro Eduardo Quaresma Damazio, proje-tou os suportes e fixações que torna-ram o serviço possível no espaço redu-zido, além de especificar o andaime que per mitiu a montagem do equipamento. A equipe também projetou o PIG esco-vão utilizado na limpeza pré via do duto. Este foi um passo importante, pois somente com a correta prepara-ção da superfície tornou-se possível a passagem do PIG ultrassom, o RVIT.

Após a inspeção com o novo equi-pamento, foram identificados alguns eventos passíveis de verificação, as-sim como todos os detalhes de cons-trução do riser (suportes, soldas). Mas as ocorrências encontradas es tão bem abaixo dos limites que causariam sua reprovação. A estrutura apresenta óti-mas condições, o que permite seu re-aproveitamento. Excluindo o tempo de montagem do sistema, toda a ins-peção durou quatro horas.

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Os 96 transdutores (sensores que recebem um sinal e o retransmitem) registram duas medidas: a distância de líquido entre o sensor e a parede do tubo (coluna d’água) e a distân-cia da espessura real da parede do tubo, fazendo 400 medidas por se-gundo ca da um, totalizando 25.600 medidas.

Cada medida é feita com preci-são de oito bits, gerando 51,2 kbytes de dados digitais por segundo, que são enviados a um computador ex -terno por meio de protocolo Ether-net, permitindo a visualização das con dições da área inspecionada em tempo real.

Ultrassom Provocando o deslocamento das

partículas do material que está sen-do inspecionado, o ultrassom emite uma onda mecânica/acústica e rece-be um sinal de retorno chamado eco, interpretando es te sinal de acordo com o tempo de resposta. Os sensores ficam afastados cerca de 20 milí-metros da peça a ser inspecionada.

A análise dos sinais utiliza uma escala de cores para a simulação dos pontos de corrosão, seguindo um pa drão que varia do vermelho (cor-rosão severa) ao verde claro (região ín tegra). Além disso, existem dois grá ficos, o da água (em tons de azul) e o da chapa (imagem planificada do duto), usados para a montagem das imagens representativas de pla-nos e cortes.

Técnicos especializados do Cenpes cuidam do transporte, da montagem e da instalação do sensor nas plataformas: segurança e efi ciência

A coroa de 96 sensores (assinalada no círculo) foi um avanço em relação ao protótipo 1

O gráfi co mostra o sistema de funcionamento

do sensor de ultrassom. Ao lado, a escala de cores

que indica o nível dos pontos de corrosão no

interior da coluna de risers

Sensor de ultrassom

t1 = percurso no líquido, controla a corrosão interna

t2 = mede a espessura do aço

Espessura do aço

O PIG escovão, também projetado peloCenpes, é usado na limpeza prévia do duto

A sequência acima mostra a estreia do RVIT na plataforma de Enchova, onde os técnicos verifi caram a integridade de um duto desativado há dez anos, numa operação de quatro horas

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Para assegurar um desenvolvimento sustentável aos 14 municípios do en torno do Complexo Petroquímico do Es tado do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobras e a Prefeitura de Itaboraí – município

onde está sendo construído o empreen-dimento – lançaram a Agenda 21 de Itaboraí, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Am-biente do Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa é destinada a identifi car preo-cupações e potenciali da des para a ela-boração de um Plano Local de Desen-volvimento Sustentável (PLDS) para cada município, englobando itens como edu-cação, cultura, meio ambiente, habitação, saúde, saneamen to básico, transporte e segurança. O projeto teve início em 2007, com o objetivo de criar e fomentar o de-bate nos municípios de Itaboraí, Magé, Cachoeiras de Maca cu, Ma ricá, Saqua-rema, Guapimirim, São Gon çalo, Tanguá, Casimiro de Abreu, Teresópolis, Rio Bo-nito, Sil va Jardim, Nova Friburgo e Nite-rói. Mais informações em http://www.agenda21comperj.com.br

Agenda 21 vai nortear ações sustentáveis na área do Comperj

Descobertas no Golfo do México estão entre as maiores da década

Duas descobertas de petróleo e uma de gás em águas ultraprofundas na área de Hadrian, na concessão Kea- thley Canyon, porção norte-americana do Golfo do México, divulgadas no iní-cio de junho, já estão entre as maiores da década na região. As estimativas indicam volume recuperável superior a 700 milhões de barris de óleo equi-valente (boe) no conjunto dos blocos de Keathley Canyon. As descobertas de Hadrian estão localizadas cerca de 400 quilômetros a sudoeste de Nova Orleans, em profundidade de água de 2.100 metros. A perfuração do poço KC 919#3, no bloco KC 919, confi r-mou uma acumulação de petróleo com mais de 144 metros de espessura de reservatório. A ExxonMobil é a operadora do projeto, com 50% de

participação nos blocos KC 918, KC 919, KC 963 e KC 964. A Petrobras America, subsidiária da Petrobras com sede em Houston, no Texas, detém 50% do bloco KC 918 e 25% dos blo-cos KC 919, KC 963 e KC 964. A Eni Petroleum US LLC participa com os 25% restantes.

ENERGÉTICAS

Descoberta capixabaFoi anunciada a descoberta de uma nova acumulação de petróleo nos reservatórios do Cretáceo da Bacia do Espírito Santo, por meio do poço informalmente de nominado Briga-deiro, em profundidade de água de 1.900 metros, na área de conces-são BM-ES-23, bloco ES-M-525, a 115 quilômetros da costa do estado. A Petrobras é a operadora do con-sórcio para exploração do bloco, formado ainda pelas empresas Shell Brasil Petróleo Ltda. (20%) e Inpex Petróleo Santos Ltda. (15%).

Licitação de sondas A diretoria da Petrobras aprovou o início do processo de li citação para a contratação de até 21 sondas ma-rítimas de perfuração, a serem cons-truídas no Brasil. Pa ra cada unida-de será assinado um contrato de afretamento com a licitante vence-dora e outro de operação com em-presa experiente em operação de unidades marítimas de perfuração. A licitação faz parte da estratégia para contratação de até 28 novas sondas destinadas à exploração em águas ultraprofundas, incluindo o pré-sal.

Tiro e Sidon Iniciado em março de 2010, o TLD de Tiro e Sidon atingiu o recorde de produção de 29.200 barris diários, considerando a média consolida-da dos últimos três meses. Com isso, o volume diário de produção, que era de 17.000, passou para cer-ca de 25.000 barris, ex traí dos dos poços 1-SPS-56 (Tiro) e 1-SPS-57 (Sidon), localizados no bloco explora-tório BM-S-40 (100% Petrobras), na porção sul da Bacia de Santos.

Um apelo em favor do uso da razão. Assim poderia ser resumido o livro Como

a Picaretagem Conquistou

o Mun do, de Fran cis Wheen (Editora Record). O autor identifi ca o ressurgimento das superstições e crendices que o Iluminismo pensou ter superado e o quanto isso tem si-do prejudicial à cultura contemporâ-nea. Também é descrito o ideário eco-nômico dominante no fi m do século passado, uma catástrofe que ain da re-percute nos Estados Unidos e na Eu-ropa. O autor derruba os mitos repagi-nados hoje nos gurus corporativos que enriquecem espalhando suas doutri-nas pelas livrarias de aeroportos. Em-bora tratando de temas densos, o tex-to é leve e incrivelmente divertido.

Marcos Vinícius Pereira,Regional Sudeste dos

Serviços Compartilhados

Em Por que almocei

meu pai (Companhia das Letras), o jornalista e so-ciólogo Roy Lewis escre-ve uma fábula moderna e bem-humorada sobre a evolu-ção da espécie humana. Edward é “o homem-macaco mais importante do Pleistoceno”, obcecado com a ideia de fazer sua família evoluir para a ca-tegoria de Homo sapiens. Para isso, ele “descobre” o fogo e o casamento entre tribos, como forma de obter va-riedade genética. Enquanto isso, seus cinco fi lhos inventam a ferramenta de pedra lascada, a pintura rupestre, a domesticação de animais, as estraté-gias de caça, o pensamento abstrato e a religião. A ação se passa sob o olhar desaprovador do tio Vanya, con-trário à evolução.

Marcelo Burger, Gerência de Relacionamento

Corporativo da Comunicação

Institucional

Aquisições no Gabão reforçam presença da companhia na África

Por meio de sua subsidiária inte-gral Petrobras Participaciones S.L. – PPSL, a Petrobras assinou, em 16 de junho, acordo para a aquisição de 50% dos direitos da Ophir Energy nos blo-cos Ntsina Marin e Mbeli Marin, loca-lizados na Bacia Costeira, região nor-te da República do Gabão, na costa oeste da África. O acordo ainda vai passar pela aprovação do governo do Gabão. Atualmente, os blocos são de propriedade integral e operados pela Ophir, empresa sediada no Reino Uni-do, que permanecerá com os 50% restantes de participação acionária. A região dos dois blocos abrange uma área de 6.683 quilômetros quadrados,

em camada que vai de águas rasas até profundidades de 2.400 metros. A Petrobras assume a obrigação de executar um programa mínimo de tra-balho, que compreende a aquisição de 2.000 quilômetros quadrados de sísmica 3D. No fi m desta etapa, a com-panhia tem o direito de avaliar sua per-manência na fase seguinte do progra-ma exploratório, que inclui a perfura-ção de poços.

A Petrobras e o governo do estado da Bahia fi rmaram um convênio para a medição de opacidade (fumaça preta) em veí cu los a diesel em Salvador e outras ci dades baianas. A iniciativa faz parte do Progra ma Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Na tural (Conpet), vinculado ao Mi-nis tério de Minas e Energia e coordena-do pela Petrobras. Técnicos treinados pelo Conpet farão a análise periódica do nível de fumaça preta emitida pelo esca-pa mento dos veículos e, quando neces-sário, indicarão ajustes para reduzir a emis são. Os técnicos também vão orien-tar os mo toristas sobre como obter me-

lhor rendimento mecânico do veículo e reduzir a emissão de poluentes. O mo-nitoramento será feito em Salvador, Bar-reiras, Vitória da Conquista, Feira de San-tana, Juazeiro e Ilhéus.

Bahia terá medição de fumaça preta em veículos a diesel

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Lançamento da Agenda 21 em Itaboraí (RJ)

Técnicos do Conpet farão as medições

Os dois blocos fi cam na Bacia Costeira, na região norte do país africano

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FIQUE POR DENTRO

TLD vai avaliar potencial de produção da área de Aruanã

Foi lançado ofi cialmente em 6 de ju-nho o Programa Progredir, que viabiliza, de forma ágil e padronizada, a oferta de crédito em volume e condições compe-titivos para todas as empresas que in-tegram a cadeia de fornecedores da

Petrobras. A estimativa é que o custo de captação dos fornecedores caia, em média, 20%. Desenvolvida em parceria com os seis maiores bancos de varejo do país (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC e San-tander) e com o Programa de Mobiliza-ção da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), a iniciativa conta com o apoio da indústria e de suas enti-dades de classe. A fase piloto do pro-grama foi iniciada em setembro de 2010. Nesta primeira etapa, 15 empresas obti-veram fi nanciamento junto aos bancos por meio do programa, num total de R$ 137 milhões.

Petrobras lança programa de fi nanciamento para fornecedores

ENERGÉTICAS

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Empresa de respeitoA Petrobras é a única empresa la-tino-americana incluída no ranking das 100 corporações globais de me-lhor reputação, segundo pesquisa divulgada em 9 de junho pelo Re-putation Institute, instituto privado de assessoria e pesquisa com se de em Nova York. As 100 empresas que constam do ranking foram avaliadas por meio de pesquisa realizada em abril com 47.000 pessoas de 15 paí-ses. Única companhia de energia a aparecer na lista, a Petrobras ocupa a 93a posição.

Diesel Podium Com teor máximo de enxofre de 50 ppm (partes por milhão) e qualidade superior ao diesel S-50, fornecido pela companhia desde 2009, o die-sel Podium está disponível desde 21 de junho em 60 postos de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, San-ta Catarina e Mato Grosso do Sul. Com tecnologia desenvolvida pela Petrobras, o Podium 50, com 51 de cetano, é mais puro e emite menos partículas e fumaça.

Entre as mais valiosasA Petrobras é a terceira Marca Brasi-leira Mais Valiosa de 2011, segundo pesquisa realizada pela consulto-ria Interbrand. É a quarta vez que a Petrobras fi gura entre os dez primei-ros colocados do ranking. O estudo que avalia as marcas brasileiras é feito anualmente desde 2001 – com exceção dos anos de 2002 e 2009. Foram avaliadas informações fi nan-ceiras publicadas este ano, referen-tes ao ano fi scal de 2010.

Localizada no pós-sal da porção sul da Bacia de Campos, a área de Aruanã iniciou a produção de petró-leo em Teste de Longa Duração (TLD), por meio do poço 1-RJS-661, no blo-co C-M-401. O FPSO Cidade de Rio das Ostras, que opera no local, pro-duzirá até 12.000 barris de óleo por dia. O teste faz parte do Plano de Avalia-ção da Descoberta (PAD), aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para o posterior desenvolvimento da

área. O bloco C-M-401 fi ca entre os campos de Pampo e Espadarte, com profundidade de água de 350 a 1.500 metros. Os testes de formação, reali-zados após a perfuração do 1-RJS-661, em março de 2009, apontaram a ocorrência de óleo de 27° API e vo-lumes recuperáveis de aproximada-mente 280 milhões de barris de óleo. O TLD de Aruanã terá cerca de seis meses de duração.

O FPSO Cidade de Rio das Ostras produzirá até 12.000 barris de óleo

por dia no TLD de Aruanã

O diretor fi nanceiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, é um entusiasta do Progredir

Page 19: Senhora do Mucuripe - imazul.org · Com uma força de trabalho de 800 profi ssionais, a Lubnor produz também, em menor escala, os óleos combustíveis indus- ... ras de ICMS do

Há 45 anos na região portuária do Mucuripe, em Fortaleza, a

Refi naria de Lubrifi cantes e Derivados de Petróleo do Nordeste

– Lubnor é uma das líderes nacionais em produção de asfalto,

principal produto fabricado na unidade – 235.000 toneladas por

ano, o que corresponde a 62% do seu volume total de processa-

mento e a cerca de 13% da produção nacional.

Braço logístico da Petrobras no Ceará, a Lubnor (foto maior)

foi a primeira unidade do Refi no a instalar, em 1996, um sistema

de cogeração de energia elétrica e vapor com turbinas a gás. Em

1998, ela inaugurou a primeira – e única do país até hoje – unida-

de de lubrifi cantes naftênicos, trocando seu nome de Fábrica de

Asfalto de Fortaleza (Asfor) para Lubnor.

De lá saem diariamente 200 metros cúbicos desses lubrifi can-

tes especiais, usados como isolante térmico em transformadores

de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos

pneumáticos ou, ainda, na formulação de graxas especiais e óleo

de corte para a indústria metalúrgica.

Com uma força de trabalho de 800 profi ssionais, a Lubnor

produz também, em menor escala, os óleos combustíveis indus-

triais usados na produção de energia – em turbinas a gás e de

calor, em fornos e caldeiras, inclusive de navios –, além do óleo

amaciante de fi bras. Todo o petróleo utilizado pela Lubnor é do

tipo ultrapesado: 3/4 do Espírito Santo e 1/4 do Ceará.

Quando foi inaugurada, em 24 de junho de 1966, a refi naria

tinha capacidade para processar 450 metros cúbicos de petró-

leo por dia (foto menor). Hoje a unidade tem uma capacidade

instalada de processamento de 10.000 barris de petróleo diários

e está sendo ampliada para dobrar sua capacidade de produ-

ção de lubrifi cantes, com investimentos de US$ 60 milhões.

Também funciona como terminal para importação e cabotagem

no abastecimento do mercado regional de combustíveis, o que

representa parte substancial do seu faturamento.

Além de produtora, é distribuidora de asfalto para nove esta-

dos das regiões Norte e Nordeste e uma das maiores recolhedo-

ras de ICMS do Ceará. Com efetiva ação social junto às comuni-

dades e atenta à biodiversidade local, a Lubnor investe em pes-

quisa de ponta e no desenvolvimento de produtos, com a parti-

cipação das universidades da região e do Núcleo Experimental

(NuEx) de Fortaleza, onde são realizados testes de novas tecno-

logias para o refi no, com foco no desenvolvimento de bioprodu-

tos, como biograxas e biolubrifi cantes.

MÁQUINA DO TEMPO

Senhora do Mucuripe

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Com a participação de oito universidades brasileiras e coordenada pela Petrobras, a mais completa avaliação ambiental já feita sobre a Baía de Guanabara mostra que

a biodiversidade resistiu às agressões da ação humana e pode ser revitalizada

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Golfi nhos nadam nas águas calmas da baía

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