serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

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"4. i I REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL PROJETO ESPECIAL MAPAS DE RECURSOS MINERAIS, DE SOLOS E, DE VEGETAÇÃO PARA A ÁREA DO PROGRAMA GRANDE CARAJÁS SUBPROJETO RECURSOS MINERAIS SERRA DOS CARAJÁS FOLHA SB.22;Z-A - -ESTADODO PARÁ- \ ESCALA 1:250.000

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"4.

i

I

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIADEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

PROJETO ESPECIAL MAPAS DE RECURSOS MINERAIS, DE SOLOS E,DE VEGETAÇÃO PARA A ÁREA DO PROGRAMA GRANDE CARAJÁS

SUBPROJETO RECURSOS MINERAIS

SERRA DOS CARAJÁSFOLHA SB.22;Z-A -

-ESTADODO PARÁ-

\

ESCALA 1:250.000

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MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURAJoào Eduardo Certeira de Santana

Ministro de Estado

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIALuiz André Rico Vicente

Secretário

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL - DNPM

Elmer Prata SalomãoDiretor

Juarez Fontana dos SantasDiretor Adjunto

Otto Bittencourt Nctto Benedkto WaUBr RamosCoordenador de Geologia e Produção Mineral Chefe de Serviço de Cartografia e Informação

Geológica

Ortildo João Marini _ , - . . . ^ .Chefe d» Divisão <fe neoforia Emanuel Tetxeua de QueirozChefe da Divisão de Geologia c h e f e ^ g ^ ^ ^ E j | p , o r à Ç ã o ^ ^ ft M f i £ a l o g e n i a

Ronald Mamo Rezende ban Femora MachadoChefe da Divisão de Produção Mineral Coordenador de Economia e Tecnologia Mineral

Frederico Lopes Meira BarbosaChefe da Divisão de Planejamento e Economia Mineral

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

Carlos CHtí BerbertPresidente

Hermes Augusto Vemer JndaDiretor de Geologia e Recursos Hídricos

Antonio Juarez Milmann MartinsDiretor de Recursos Minerais

Fábio Cisar Conde Rocha ;Diretor de Administração e Finanças

Cladi* Antônio Pressoao Luiz Sguissardí do CarmoSuperintendente Regional de Porto Alegre Superintendente Regional de São Paulo

ti

Osvaldo Castanheiro Joio de Castro MascartahasSuperintendente Regional de Belo Horizonte Superintendente Regional de Recife

Fernando Pereira de Carvalho José Carlos Vieira Gonçalves da SilvaSoperíntendcnte Regional de Manaus Superintendente Regional de Salvador

Odair Olivatti Xafi da Silva Jorge JoioSuperintendente Regional de Goiânia Superintendente Regional de Belém

iVaher José Marques

Chefe do Departamento de Ciências Geológicas

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SERRA DOS CARAJÁSFOLHA SB.22-Z-A

ESCALA 1O50.0W

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PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASILESCALAS 1.250ÍJ00 - 1:100.000 - 1J0.000

(período 1985-1989)

DITMtTAMFNTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL COMPANHIA DE PESQUISA DE RECLUSOS MINeRAlS

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

Cutoc Oitf Beiben

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

I t u u u ANgvflo Vcncr bdÉ

SUPERVISÃO TÉCNICA NACIONALCMk»!

COLABORAÇÃOGObctto Rujr DcocCtfwboHcckl

SUPERVISÃO TÉCNICA REGIONAL

Ronaldo(Porto Alepe)

Rfcatdo Mona Strieder(Sio Paulo)

Aatonio da Sh» Wta Leite(Beto Horizonte)

Alarico Aotono F. McnfAbcine(Recife)

Tayto* Aitójo CoOier(Belém)

Anotado da SKa Neiw(GaUata)

Hâk> Pato da S I M

COORDENAÇAO-GERALVaüer J « ( Maiqwa

ASSESSORIAS ESPECIALIZADASLeo SetapoMl e Maoo O. I(CoMiofc cCattacA.Ga(lAfcmáoca)

COORDENAÇÕES TEMÁTICAS

NACIONAL

laaoo de Medeno* Ddpdo

Raymtmdo X PoiteOa Brim

Rkattfo M. de VascoaceitaIa»Conclio de Soua

CeVo L á u * MacedoMatos Bnad BípcátaEdttafacã*

Jòao & de VaKooceOoi

Gabcno Gwmarites da Vm

taé R. de Mapüiae* F t m »(Maam)

Pter Laigi Tocano(Rio d* Janeiro)

Fernando A. da Cosa Reboto(Fortaleza)

(Fbriaoópota)

Jair de Fieita*(OnaM)

Vânia N. de Anajo Mdto

Tio» R. E de M. FTMC

REGIONAL

Catüo Robeno da SO»

Amando Ten» TakabaihiÓdímo Fnodiconi

ffio Lope* JwJorCWBÍICBJot< de Ribamar Lopes B o e m

Sthw Maria

Cario» Gania Pt tmn

Mino Mau

€HaééUm MfcinM* A «>»e» da \ M M » dario a«Mksea«

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MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURASECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

PROJETO ESPECIAL MAPAS DE RECURSOS MINERAIS, DE SOLOS EDE VEGETAÇÃO PARA A ÁREA DO PROGRAMA GRANDE CARAJÁS

SUBPROJETO RECURSOS MINERAIS

Execução pela Companhia de Pesquisa dt Recursos Afínemis - CPRMSuperintendência Revtnnalde Rrrífr, Reiidència de Fortaleza, em Convênio

com o Departamento Nacional da Produção Mineral -DNPAÍ

SERRA DOS CARAJÁSFOLHA SB.22-Z-A

-ESTADO DO PARÁ -

TEXTO EXPLICATIVO

ORGANIZADO POR

Orlando José Barras de AraújoRaimundo Geraldo Nobre Maia

BRASÍLIA- 1991

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CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO:

rARTBICapftulo I

Capítulo 2Capitulo 3

Orlando José Barro* de Araújo eRaimundo Geraldo Nobre MaiaRaimundo Geraldo Nobre M M »Raimundo Geraldo Nobre Maia eOrfsndo José Darros de Araújo

PARTE I!Capitulo I Orlando José Barro* de Araújo,

Raimundo Geraldo Nobre Mata zXaH da Silva Jorge João

Capitulo 2 Orlando José Barro* de KnújoCapítulo 3 Xafi da Silva Jorge JoioCapítulo 4 Orlando J~-sé Barro* «e AraújoCapitulo 5 Joio fcVttra Freitas AndradeCapitulo 6

Subtem&l XaTi tia SiKa Jorge João,Toma* *e Aquino Massoud Lobato eMagda Tercsioba Gitimaries Marque*

Subwm 6.2 Raimundo José Portella Brim eEric Santo* Araújo

Capítulo 7 Ijn' -o de Medeiros Delgado.Odiando José Barro* de Araújo e

Capitulo S

PARTE m

Capitulo 1e

Capítulo 2

Capítulo 3

CARTAS.

Jose* Maria Axtvedo CarvalhoRaimundo Gcnldo Nob» Maia

Orlando José Barro* de Araújo,i<Aa Qiústt Freitas Audiadc,Raymundo Jo«é Portella Brim eJosé Maria Azevedo CarvalhoMaria Léa Rebouças de Paula eRaimundo GetaMo Nobre Maia

Carta» Ctoiògfcaa:Orlando José Barro* de Araéjo,Raimundo Geraldo Nobre Maia

CnrtaIgnácio de Medeiros Delgado,Orlando José Barra* o» Aiaãjo t

José Maria Azevedo Canmlno

ACOMPANHAMENTO TÉCNICOspBlfllO GntfCHI KOOJT^UCS

José baia* Lisboa MachadoDNPM/Belem

CONSULTORJoio Batista Sena Costa - UFPa

CONSULTORES ESPECIAIS(Coovktadc» pelo DNPM para avaliarão do trabalho)

a cargo doNúcko de Edicôet Técnicas - NUTECkía de Pesquisa de Recunos Minem» - CPRM

ARAÚJO, Orlando Joté de Barro*.

Programa Levantamento* Geológico* Biiicot do BrasiL Programa GrandeCanjas. Sena do* Canja*. Folha SB.22-Z-A. Estado do Pari. Org. por OrlandoJosé Bem* de Araújo e Raimundo Geraldo Nobre Maia. Brasília,DNPM/CPRM, 1991.

164p. U., 2 mapas dobr.Trabalho ementado pela Compaabia de Pesquisa de Recursos Minerais

atiavé* de convênio com o Departamento Nacional da Produção Mineni1. Geotogia. Pará. I.Maia, Raimundo Geraldo Nobre. 0. Departamento

Nacional da Produção MmeraL Ul. Companhia de Pesquisa de Recurso*Minerais. IV. Título.

CDD: 558.11CDU: SSÇtU)

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SUMÁRIO

RESUMO IABSTRACT gj

PARTE I - INTRODUÇÃOCaptodol-Aspectos Genii 31.1 Apresentação 3L2 Locafiaçaoe acesso 313 Aspectos fisiográfkos . 613.1 Cfima 6L12 Hidrografia 6133 Vegetação 6U.4SoIo 71.4 Geomorfologia 71.4.1 Metodologia e material utilizado 71.4.2 Unidades gcomorfologicas 7L5 Aspectos socíocconomicos 10Capftnlo 2-Históríco do Programa UCtptolo 3-Metodologia de Trabalho 13

PARTE O - GEOLOGIA DA FOLHA SERRA DOS CARAJÁSCapftalol-Trabalhos Ajtferiorese Contexto Geológico Regional 171.1 Terreno granito-prmrtan* do soldo Pari (regime direciona]) 19L U SeqAeodanipracnttta] *. 19l .t l .1 Grupo Tocomi 191.1 J . U Histórico 191.1.LL2 Distribniç^geográ^ca,mcdòlc^ereIacjksdecG«tato 191.1.1.L3 IJtóüpos, variedade, núneralogiae textura 191.1X1.4 Aiiinatnrasgeoquímicae geofísica e ocorrências minerais 21L1.1.U Idade e correlação 21L12 Softegranitóide ." 211.12.1 Graoodiorito Rio Maria 21LL2X1 Histórico 211.1.2.1.2 Dktribiiíçao geográfica, morfologíae relações de contato 211X2X3 Lkotípos, variedade, miner alogiae testara 221.12.1.4 Assinatwasfec^uimicaegeo&kae ocorrências minerais 221.12.1J Idade e correlação 2212 Cmtnrao Hacaíúnas (regime comprcuivo obUquo) 221X1 Domínio üobricado 2212.1.1 Complexo Pínm 22

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121X1 Histórico 2212.1.12 DnUJbM^grogra^atorMc^crdacoctdtcoatato 231 2 U 3 Uotipovmiedade.aweralagiaetettva 24121X4 AsaaatireguicjdiMiaegcolfakaeocanfaciaii —«trair 25121X5 Idade econdaçio 251X12 Complexo Xingu 2612.12.1 Histórico 2612.122 Distribuição geográfica, morfologia c relações de contato A 2612123 Lkótipos, variedade, mmerakgiae testara 2612124 A«ri—nra« r«qnf»^-» » yifftpn * mT"*1»""* «*•*«» 2712125 Idade e correlação 271213 Grupo Sapucaia 281213.1 Histórico 2812132 Diflrftmç» geográfica, laoríblogiaerebçôes de cooíato 2812133 ttftipos,variedade,nmeralogiaetcxtura 281213.4 Assinaturas geoqaiDÚcaegeofisicaeocctTemâas minerais 2912133 Idade econdaçio 29121.4 Granitoestratóide Plaque 29121.4.1 Histórico 29121.42 Distribuição geográfica, laorfologiae relações de contato 29121.43 LkótipoStVarkdade,miaeraiogiae textura . 29í F í • A ^ ^ S U B a t t O F S S flCOflfluflttCA £ flBOÉsDCK C O O D f t T T E B C 3 S f t flMBCfaUft » » • • • • • • • • • • * • * • • * • J U

U.1.4J Idade e correlação 30122 Domínio transcorreme 30122.1 Sistema serra dos Carajás 30122.1.1 Goaisse Estreia 30122.1.1.1 Histórico 30122.1.1.2 Distribuição geogriSca, inorfologia e relações de contato 32122.1.13 Litóttpos, variedade, oineralogiae textura 321.221.1.4 Assinaturas geoquíoikaegeofitkae ocorrências minerais 32122.1.1.5 Idade econdaçio 32122.1.2 Grupo Grão-Pará 32122.121 Histórico 32122.122 Distrflmicao geográfica, morfoíogiae relações de contato 34122.123 Utótípos,variedade,mioeralogiaetextura 34122124 AsriaatorasgeoqnfaikaegeoBsícae ocorrências miuerais 37121125 Idade e correlação 381222 Sistema Cinzento 3812221 Grupo Rio Novo 381222L1 Histórico 3812221.2 Distribuição geográfica, morfologia e relações de contato 39122213 Litóápos, variedade, imaeralogíae textura 3912221.4 Assinaturas geoquunicaegeofiiícae ocorrências minerais 40122213 Idade econdaçio 4013 Cinturão Araguaia (regime compressivoobbqoo) 4013.1 Domínio imbricado 4013.1.1 Grupo Tocaotios (formação Couto Magalhães) 4013.1.1.1 Histórico 4013.1.1.2 Distrflwçte geográfica, morfologia e relações de contato 4113.1.13 Litóttpos, variedade, mioeralogiae textura 4113.1.1.4 Assinaturas geoqumiiae geofísica eoc^nfouáttmioerais. 4113.1.1.5 Idade e correlação 41IA Unidadesproterozóicas(regimedistenstvo) . 41

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«

! ! ! 42

L42.1 MlficastipoSantzInds 421.4.2J.1 Histórico 421.42.L2 Dbtriboiçio geográfica, morfologiae relações de cooUto 431.4^13 LkóÜpos.vihcdadc.miDeníogiactatura 431 . 4 Í 1 . 4 A U J J I L U A4. j p * n | M M i r a » J w H ^ " ^ f w n i i n n i t " " " " ^ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3

L4JX5 Madeeconelaçio 431A22 UfcraaáfWTrt ripo Vermelho 43U 2 2 1 HHtónco 431.4222 Distiib«içiogeqgiifica,«iorfolosae relações de contato 441.4223 1 itAtif* *mmi»AmA* —JMraLy, f ^ f^m 44L422.4 AsBoatiavgeoqHÉBtkaegMfekaeococrêBdasniBerais 44L4223 Madeeconelaçio 44L4J Ptutookaw ácido ( » t e graaftira anorogf nica) 44L43J Hbtorico 45L4J2 Datr»«içáo geográfica, morfdogâc relações de contato 45ÍA33 Lkótipos, variedade, mineraiogiae textura 45L4J.4 AuáatorasgcoquítiikaegeoCsicaeoconênciasiniiierais 461.4J3 Idade e correlação 47L5 Magmathmometozoico 481.5.1 Ptaonismo básico (diabas» Cnmru) . . 48U.1.1 Histórico 4815.12 Distribuição geográfica, moríotogiae relações de contato 48L5.13 litõtipos, variedade, tnineralogiae textura 48L5.L4 Asâaatanageoqubaicaegco&icae ocorrências minerais 4815.15 Idade e correlação 49L6 Cobertarat fanerozóicas 49L6.1 Coberturas terdanas 49L62 CobrrtBrasqnateraánas 49Capftulo2-Geologia Estrutural 512.1 Terreno gnmko^routonr do sol do Pari (regiinedirecioaal) 512 2 CntturabItacailBias(regmcoaiprekfnoobttquo) 5122.1 Domínio imbricado 5322.2 Donfuotranuorreate 54222.1 Sistema serra dos Carajás 542 2 2 2 Sistema Cnaento *.. . 562 2 2 3 itelaçioeoire os sistema» estrotorais 572 3 GntniaoAragiiaía(regiiiiecoiiipressivoobaqtio) 572A Estruturas proteroitóícas(regiinedistensívo) 5715 Estruturas fanerozoicas (regime distenúvo) .' 59OqAulo3-MetamorfismoeDefoniuç2o 613.1 Complexo Phim 6132 Complexo Xingu 623 3 GrnpoSapucaía .6414 GmwcEstreia 6433 Gnmtoettratóide Plaque 6516 Grupo Gráo-Pará 66

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Optulo 4-Arranjo EstraUgráGco 69CapftaloS -Geofhiea 7154 Introdução 7152 Interpretação qaaiitatrva 71£2.1 DoMÍnim gr offhicoi 7153 Aspectos estnitnrais,m^Détía»er«fio»étrioos 76Capitulo 6 - Geoqnfauca 796.1 IJtoqufaka-pelroqmmica 796.1.1 Complexo Pium 796.12 Complexo Xingufgnaisse Estrela 8 46 . 1 3 Grupo Sapucaia 8 46.1.4 Graatoestraloide Plaque 886U.S Suite granftka anorogênica (granitos da serra da Seringa) 906-2 P*""p**^*"gf**nii^ii**'*)t . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 956.2.1 Sistemática adotada 9562.1.1 Planejamento 9 562.12 Amostragem 9562.13 Análises 9562.13.1 Preparação das amostras 9562.132 Métodos anamicos 4662.1.4 Interpretação dos dados 96622 Resultados obtidos 996.2Í1 Consistência dos dados 996222 Correlações 1006223 Estâaadoresgeoqimiiioos 101622.4 Discussão das anomalias 1036.2JL4.1 Zonas anômalas 104622.42 Destaques geoqaímicos 107Capítulo 7-Metalogcnia 1097.1 Considerações preliminares 10912 Base Geológica especializada 10973 Integração metalogenética 11173.1 Os recunormmerais 111732 Ageoqmmica 111733 A geofísica 1127.4 Panorama metalogeaético-previsional 1127.4.1 Ouro (prata, arsênio, cobre, cobabo) 1127.42 Ferro 1137.43 Manganês 1147.4.4 Nfque! 1147.43 Alumínio 11473 Planejamento de ações governamental» 115Capítulo 8 -Geologia Econômica 1178.1 Introdução .* 117&2 Ferro 11783 Manganês 118%A Ouro 119S3 Níquel 1218.6 Bauxita 1228.7 Brita 122

PARTE III - CONSIDERAÇÕES I IN \ ISCapítulo 1-Conclusões • 125

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1.1 Gcohp* 12SU Gcoffcka 12ft13 Cmqirfmn US1.4 Mctak«ca* 127

Z l Geologia !'. 12922 Gco&ka 12923 Ccoqu&Btca 1302.4 Metakgeaa 130

REFERENCIAS BIBUOGRÁHCAS 131

APÊNDICES:1 - SÚMULA DE DADOS DE PRODUÇÃO2 -ILUSTRAÇÕESFOTOGRÁFICAS

ANEXOS:.Carta Geológica.Carta Mctahicaétko-PKnâooal

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RESUMO

O quadro geológico da folha Serra dos Carajás com-preende frações do terreno grantopcouttme do sol doPará, dos cinturões Itacaiunas e Araguaia, bem comoprodutos Etostruturais do Proterozóico.

O terreno granito^nenstsnr compreende rochasT gr?wftftnlftt ita miMiOTf OHT

anfíbolíto, é observada também através dos mapas

Maria, Sua estruturação interna inclui faixas decretas derochas foliadas, orientadas preferencialmente na dreçãoNW-SE. Em termos geofiôcos, caracteriza-se por um padrãomagnético de méd» relevo e por baixos níveis radknétricos,

O cinturão Itacaiunas ocupa mais de 80% da área inves-tigada e é caracterizado por dois ifo"* "*"* fitostruturaisdistintos. O domfnio Sul compreende faixas e lentes derochas dos complexos Xingu e Hum, do granito estratoidePlaque e do grupo Sapucaia, que se relacionam através deum sistema imbricado de cavaktamentos dúctcís inclinadospara suL A forte imbrícação das unidades rochosas, que foiacompanhada por transformações nuneralógicas de facie*

grupos Grão-Pará e Rio Novo e do goaisce Estrela, os quaisestão atreladas a evolução de sistemas transcorrentessinistrais WNW-ESE. Importantes anomalias geofisicas eassociações geoqunoicas são verificadas nesse domínio.

O cinturão Araguaia é representado por uma pequenaporção do grupo Tocantins, que cavalga as unidades docinturão Itacafónas no atremo-SE da folha.

Os produtos do Proterozóico são essencialmente repre-sentados por uma suíte granftica anorogemea, com seuscorpos, via de regra, bem marcados nos mapas

pO FanCTOZoicoémarcaoV) pela presença tignificariva de

coberturas laterftko-aluminosas e eluvios, coiuvios eatavios, muitas vezes contendo concentrações aurfieras.

A vocação metalogeneuca da região é tra aunenieconhecida, destacando-se minas e/ou depósitos de ouro,ferro, manganês, níquel e ahanmio e ocorrências e/ouindícios de cromo, cobre, zinco e cstanbo, entre outros.

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ABSTRACT

pTbe geologic landscape at Serra dos Carajás Sheetencloses portions of Southern Pará granite-greenstone ter»rain, Itacaiftnas and Araguaia Belts as wcB as ProterozoicBtho-stratural components!}

The granite-greenstone ferram is formed by supracrus-tal (Tncomi Group) and granitoid rocks (Rio Maria Units)withjpUiatcd rock strings, most of them oriented as NW-

jtt shows medium magnetic relief and low radiometrici Hiu» In nu*am»fir.fflfrannifig irxpeatma. and th* high

Na granitoids intrusions^The ItacaionasBdt coven over 80% of the investigated

area; k is caracterized by two distinctive utbo-stmcturaldomains. At southern domain prevails small bela and len-ses of Xingu and Pimn Complexes, sheet granite Plaqueand Sapucaia Group which related themselves through oatan imbricated system of ductile thrusts pranging to thesouth. Such a strong imbricating process, which led tomineralogieal changes of ampMboltte lades, is clearly evi-

dent on aerogeophyskal maps. The northern domain in-cludes Grão-Pará and Rio Novo Group» and EstrelaGneiss, which are related to a WNW-ESE sinistraitranscorrent system. Important geophysical anomalies andgeochemical associations are related to this domain.

The Araguaia Belt encloses a small portion of TocantinsGroup which thrusts up Vm*aiwaf Belt rock witf at thf SEcorner.

ites are represented by asbownbydistinctive

Ijhe Proterozotc compiseries ofiaeroganuspectrometricanomaBesJ

Fanerozoic tucks includes extensive latcritic-ahuninouscoven as weO as eOuvial, coOovial and alluvial deposiuwhich are gold bearing m many cases.

rThe well known metalogenetic characteristics includesgoíd, iron, manganese, nickel and ihnninum mine» and/ordeposits and several mineral occurrttin, copper and zincJ

üi

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PARTE IINTRODUÇÃO

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SB.22-Z-A (Sena dos Carajás) 3

Capítulo 1Aspectos Gerais

porOrlando Josi Bonos Je Araújo eRaimundo Gemido frco*e Haia

1.1 Apresentação

O presente texto explicativo contem as informaçõesobtida» no decorrer do mapeamento geológico, na escala1:250.000, da folha SBJ22-Z-A (Serra dos Carajás), nocontexto do Programa Grande Carajás. Executado para oDNPM, conforme a Solicitação de Serviço n" 022 de11.06.1985, o referido trabalho é parte integrante doProjeto Especial Mapas de Recursos Minerais, de Solos ede Vegetação para a Área do Programa Grande Carajás -Subprojeto Recursos Minerais (figura 1.1.1).

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rig. 11.1 - LMaünele d« áraa.

Compõe este trabalho um texto explicativo & daas car-tas: geológica e metalogenótico-previsioaaL Em fc^nu decartograma, incorpora-se ao texto um mapa sugerindoações governamentais (figura II.7.2); o restante dadocumentação, como mapas de serviço e fichas de campoe/00 analíticas, pode ser consultado através dos arquivosdo sistema DNPM/CPRM.

Na oportunidade, externamos nossos agradecimentos àDireção da DOCEGEO - Distrito Amazônia, pelosdados fornecidos sobre a área, e pelas discussões e apoiologístico, principalmente quando da efetivação dos traba-lhos na região da serra dos Carajás. Do mesmo modo,agradecemos à Fundação Nacional do índio - FUNAI,através da Superintendência de Belém e Residência deMarabá, pelo apoio aos trabalhos na Reserva Indígena dosChicrins (Catetes).

12 Localização e vias de acesso

A folha Serra dos Carajás (SB-22-Z-A), situada naregião sudeste do estado do Pará, é limitada pelos paralelos6 W e TOO* de latitude sul, e pelos meridianos 49TO" e5 1 W de longitude WGr (figura 1.12). Abrange umasuperfície de aproximadamente 18-OOOkm2, com cerca de80% dentro do município de Parauapebas, e o restante,dividido entre os municípios de Curionópolis, Xinguara eSio Felix do Xingu.

O acesso à área pode ser feito através de vias fluvial,aérea e rodoviária (figura 1.13).

O acesso fluvial, a partir de Marabá, inclui os riosTocantins, Itacaiúnas, Vermelho e Parauapebas,utilizando-se apenas barcos impulsionados por motoresde popa. Esse meio de transporte é difícil, em qualquerépoca do ano, em virtude de inúmeros trechos com cor-redeiras e cachoeiras.

O acesso por via aérea pode ser feito a partir de Belém,até a serra dos Carajás, através de vôos regalares dasempresas Brasil Central - que utiliza aviões turboélíceBandeirante e Fooker - e Varig/Cruzeifo - comaeronaves do tipo Boeing 737.

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PROJETO ESPECIAL MAPAS CE RECURSOS MINERAS DESOLO E

VEGETAÇÃO PARA A ÁREA 0 0 PROGRAMA GRANDE

CARAJÁS SUBPROJE/TO RECURSOS MINERAIS

COKRTURA CARTOGRÁFICA MA ESCALA 1:250 000

p7 AREA 00

FOLHA SERRA 3 0 S C A 3 A J A S

MATO

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Page 19: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

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Page 20: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

6 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

O acesso rodoviário, a partir de Betem, pode ser feitoatravés da BR-010 até o entroncamento com a PA-070, queleva à cidade de Marabá. A partir de Marabá, pela PA-150alcança-se a PA-275, que corta a folha em sua porção norte,até a serra dos Carajás, totalizando um percursoaproximado de 800km. A partir de Xinguara, através daPA-279, pode-se alcançar o limite sul da folha. No entanto,o deslocamento rodoviário mais rápido pode ser feitodiretamente a partir de Belém, através da PA-150, desdeque as duas necessárias travessias de balsa estejam nor-malizadas.

Dentro dos limites da folha dispõe-se de uma rede muitoboa de estradas vicinais, mormente nos setores fora daReserva Indígena Cateté. Essas vicinais ligam-se àsrodovias PA-150, PA-275 e PA-279, através das quais,principalmente na estação seca, alcança-se sedes de fazen-das e núcleos populacionais.

13 AipedMÜciofrülcoB

13.1 Clima

A folha Serra dos Carajás está inserida numa área declima do tipo Am, segundo a classificação de Kõpen, queé baseada principalmente nas precipitaçõespluviométricas e temperaturas. Esse tipo de clima édescrito como tropical-úmido de monção comprecipitação excessiva durante alguns meses, o que com-pensa a ocorrência de um ou dois meses comprecipitações inferiores a 60mm.

Segundo a classificação climática de Thorntwaite, queconsidera os Indices representativos de umidade, arideze eficiência térmica, os quais cão derivados diretamenteda precipitação e temperatura, a folha Serra dos Carajásse enquadra em uma região de clima úmido com pequenaou nenhuma deficiência de água, megatérmico comconcentração de verão sempre inferior a 48%.

De acordo com os dados extraídos do AliasQimatolópco da Ammõnia Brasileira, preparado pelaSuperintendência do Desenvolvimento da Amazônia -SUDAM, através do Projeto de Hidrologia e Climatologiada Amazônia - PHCA, publicado no ano de 1984, aregião onde se situa a folha em estudo apresenta umatemperatura média ™fa'p«q vnv?} de 10*C a 26*C e médiamáxima de 25»C a 35*C. A umidade relativa média anual éde 85% e a iasolaçao média anual, que mede o numeromensal de horas de exposição de um ponto, é de 1.800horas, sendo os meses mais ensolarados os de junho anovembro.

O índice pluviométrico médio para esta folha, segun-do dados do DNAEE, extraídos das estações localizadasem N-5 (serra dos Carajás), fazendas Santa Elisa eCaiçara, no ano de 1987 foi de Ü2^mm e em 1988 delotúmm, tendo oi meses de junho a setembro os maissecos.

122 Hldrofraila

A área da folha Serra dos Carajás situa-se no interflúvioAraguaia-Xingu.

O sistema hidrográfico é representado predominante-mente pelas bacias dos rios Parauapebas e Itacaiunas.

U rio Parauapebas, tributário pela margem direita dorio Itacaiunas, tem suas nascentes a sul dos unites da folha,atravessando-a no sentido aproximadamente S-N.Apresenta ao longo do seu curso cachoeiras e corredeiras,que dificultam a navegação, mesmo utilizando-se barcos depequeno porte. Seus principais afluentes sio os igarapésCanastrão e Sossego, pela margem esquerda, e rio Plaquepela margem direita.

Com as nascentes dentro dos Smites da folha, na suaporção sul, o rio Itacaiunas, tributário pela margem esquer-da do rio Tocantins, corta a folha no sentido geral S-N, atéalcançar a serra Sul e, a partir daí, sofre inflexão para NWe prossegue bordejando a serra, retomando posterior-mente ao sentido S-N, já próximo ao limite norte da folha.Os seus principais afluentes encontram-se na margemesquerda: rios Pium, Cateté e Tucum e igarapé Piranhas.A navegabilidade, também no rio Itacaiunas, só é possívelcom barcos de pequeno porte, devido à presença deinúmeras corredeiras e cachoeiras.

U3 Vegetação

A área da folha Serra dos Carajás é revestida por umavegetação bastante heterogênea onde, segundo estudos deVeloso et aL (1974), domina a floresta aberta com encravesde floresta/cerrado e, secundariamente, a floresta densa,nas iivn com TÍHHCS 'táfwdft.

Ainda, segundo dados do Projeto RADAM, a folhaSerra dos Carajás comporta cinco tipos de vegetação, asaber:

a) Floresta Densa Montana - estende-se na área daserra dos Carajás; caracteriza-se por árvores de grandeporte e copas amplas, intercaladas por espécies mais finas,implantadas em rochas do grupo Gráo-Pará. Nesse tipo defloresta predomina o pau-preto (Cenostipna Tocantins).

b) Floresta Densa Submontana - compreende aregião dos contrafortes mais baixos da serra dos Carajás esítios arrasados que a circundam. É caracterizada porárvores de porte médio, bastante uniforme, ondepredominam as quarubas (Vochysiassp. tEtismaip.). Nosvales encontram-se as castanheiras (Bertholetia Excelsa),que se sobressaem e caracterizam o conjunto. '

c) Floresta Aberta - ocupa mais de 50% da área dafolha Serra dos Carajás em terrenos de rochas g"^trinw ede granhóides. Nessa região, o cocai e o ápoal aparecemintercalados nas depressões mais rasas com babaçuzais(Orbigya Mariano). As árvores de grande porte são escas-sas, destacando-se aqui as castanheiras. Hoje essa regiãoencontra-se devastada pelo homem através de queimadas

Page 21: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

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para formação de pastagem e pela exploração indis-criminada de madeira, principalmente o mogno (Swietemiasp).

d) Arcade Mistura - ocorre principalmente ao sul daserra dos Carajás; caracteriza-se por uma vegetação densac baixa, que lembra o cerrado.

e) Vegetação Esclcrófila - ocupa as porções ondeocorrem as formações ferríferas, mostrando um aspectoarbustivo esparso, com um tapete formado por ervas tenrasc cipcráccas delicadas.

1J.4 Solo

De conformidade com os dados extraídos de RosateOiet ai. (1974), na folha Serra dos Carajás, de um modogenérico, pode-se distinguir os seguintes tipos pedoiógicos:talossolos, solos podzólicos e solos Ihólicos.

Latossobs - ocupam estritamente a região da serrados Carajás c dcscnvorvenvse predominantemente sobreas rochas vulcanomáfícas (basaltos). Trata-se de solosprofundos com fertilidade natural baixa; são friáveis, bas-tante porosos e permeáveis. Relacionam-se com relevosondulados c fortemente ondulados, sob vegetação defloresta densa.

Solos podzólicos - desenvolvem-se, generalizada-mente, em todos os quadrantes da folha, ocupando cercade 70% de sua área. São solos ácidos, predominantementede fertilidade baixa, textura argilosa, desenvolvidos emrelevos suave a fortemente ondulados, sob um tipo defloresta mista de babaçu e de floresta aberta.

Solos lítoticos - ocorrem como manchas dentro dasuperfície de ocorrência dos solos podzólicos. Suascaracterísticas tio de solos bastante rasos e fertilidadevariável, dependendo do protâlito de que foramoriginados. Estão relacionados a um relevo montanhoso,fortemente ondulado e em áreas aplainadas. A vegetaçãocaracterística é do tipo arbórea.

\A GeooMffologu

1.4.1 Metodologia e material utilizado

Para a análise do relevo da folha Serra dos Carajásforam utilizada* informações obtidas por Boavcntura et ai.(1974), além das observações efetuadas através domapeamento geológico da referida área. No entanto, todasessas informações foram adaptadas e anausadas basica-mente segundo a metodologia proposta por Pcmçaao et ai.(1979), que se baseiam ao conceito de Sistemas de Relevo.A definição desses sistemas fundamenta-se nacaracterização de áreas coa atributos físicos próprios

(Cooke & Doornkamp, 1974). Desse modo, unidades eelementos de relevo foram caracterizados e agrupados e aconjuntos de formas com relevos semelhantes,denominados Sistemas de Relevo.

Na definição das características das unidade de relevode cada sistema, alguns critérios foram analhados e in-tegrados. Oestes, os principais foram:

- amplitude das formas - esse critério diz respeito aaltura máxima entre os topos e os vales maiores adjacentes;

- dedividade das encostas - refere-se à inclinaçãomédia do perfil, expressa em ponxntagcm;

- perfil das vertentes - relaciona-se ao tipo e inten-sidade de curvatura, podendo ser cõncavo, convexo,retilíneo ou conjugado;

- extensão dos topos - extensos ou restritos;- forma dos .opôs - aplainados, arredondados, an-

gulo**;- densidade de drenagem - aba, mediae baixa;- padrão de drenagem - deadrftko, paralelo, retan-

gular, pinado, trebçae outros;- forma dosvales - abertos ou fechados;- planícies atuvionares interiores - desenvolvidas ou

restritas;- drenagens f****haffyif — "^fiKia ou não;- ravinaoento nas vertentes - existência ou não.Para a rif1""^ da maioria desses atributos, foram

utilizadas cartas planialtimétricas do Ministério doExército na escala 1:100.000, mosaicos de radar na escala1250.000, e imagens de satélite MSS e TM-5 em escalas1:100.000 e 1:250.000. A base geotógico-geotectônicaproduzida pelo programa servhi de apoio paraa integraçãodos Sistemas de Relevo com os ambientes geotógico-geotectonicos, bem como para a correlação de algumasfeições particulares de relevo ligadas a determinadas

1A2 Unidades geomodológkas

A megaestruturaçáo arqueana, algumas estruturasprotcrozóícas e a análise integrada dos atributos físicos,relacionados no subitem anterior, permitem esboçar para• folha Serra dos Carajás os seguintes sistemas de relevo(figura 1.1.4):

1) Relevo de serras

Esse sistema, que aproximadamente limita a superfinede erosão do planalto dissecado do sul do Pará (Boaveo-turaetal^op.dt.)^ caracterizado por conjuntos com cotassuperiores a 200m, e pode ser dividido em dois domíniosprincipais, que ocorrem fimdamentalmcntc nas porçõesceniro-norte e sul-sudoeste da folha (foto 1.1.1).

A) No domínio centro-norte, bá quase totalcorrespondência territorial com as áreas de ocorrência de

Page 22: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

8 Prograiaa Levantamentos Geologim Básicas do B n a l

w°oo'UNIDADES GEOMORFOLO'GICAS

Planalto D.issecodo do | I Depressão Perife'ricoSul do Para I 1 do Sul do Pord

SISTEMAS DE RELEVOI I Feiçoe* de Relevo Subordinadas

J Cristas

Jí Escarpas Adaptadas o Falhas

V Drenagens

I Formos dt Relevo

© Relevo de Serros

© Relevo de Morros

(§) Relevo Colíitoso

/•*' Estradas Cidades • Vilas ou Povoados

> do Projeto Redtm, 1974)

«aídades rochosas de idade arqueana, pertencentes aosgrupos Grio-Pará c Rio Nova Loralmrnlc, o domkio écontrolado pelo expressivo falbaneato NW-SEdenominado Carajás, e, em geral, é assim caracterizado:

Exibe om relevo de serras, com amplitude média de300m, alcançando valores superiores a 400m, eqüivalendoa cotas reais de 700m. Nesse domínio, nteraamente, asporções de menores aapfimdes correspondem a área deocorrência de granito de idade proterozóica. Constituemdestaque topográfico as serras Noite e Sul A declívídade

Ç)inferiores das elevações. O

do domínio é predctwnanteaente aba (20%) e 1média (9-20%) nasperfil das vertentes é predominantemente retiiíneo,apresentando-se ocasionalmente com formato concavo oucoovexo. Os topos são ni—•*fa|<|'—»«* extensos, com for-matos aplanudos, tendendo localmente a tabularei. Saopouco identificados o§ topos de forma arredondada, e maisrestritos ainda aqueles de forma angular, ocorrentesapenas no fiasco SW da serra dos Carajás, e na ex-tremidade SE, na terra do Rabo.

Page 23: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

A drarirtarie de drenagem DO conjunto 6, em geral,acedia» oconeodo wflhilap'***^ densidade alta oa tesãodo abo curo do igarapé Grou Verde, integrante da baciahidrográfica do rio Vermelho, afluente da margem direitado rio Itacaiunas.

Em todo o dommioha registro de um padrão dendrâicoe os vales observados são essencialmente fechados, emforma de V. Apenas iocaüzadameme são registrados vaiesem U e as planícies ahmonares interiores, quando existen-tes* encontram-se restritas a essas porções.

A existência de drenagens interiores ê marcada pelapresença de algumas lagoas, suportadas pelas formaçõesferrfieras do grupo Grão-Pará; é comum a presença deravüamento nas encostas dos perfis topográficos, prin-cipalmente nos Oancos da megaestrutura que constitui aserra dos Carajás.

B) O domínio sul-sudoeste corresponde, em sua maiorextensão, aosgranítos anorogénfcos dê idade proterozóica,coostituintes da serra da Seringa. Pequena expressão dessedomínio pode ser identificada também na porção NE dafolha, correspondendo i parte da unidade geológica

ii gw^tc^ Estrela.

tençsi de monos

O relevo geral é constituído de morros com amplitudesmédias variando em torno de lOOm, alrançamV» porémvalores máximos de 300m, eqüivalendo a cotas reais de600m. As deenvidades apresentadas são sempre abas, emédias nas encostas inferiores das elevações. Os perfis dasvertentes apresentam-se sempre conjugados cõncavo-con-vexo, predominando ora um, ora outro. Os topos desseconjunto são predominantemente restritos, aparecendoapenas eventualmente topos extensos ou alongados. Sãocomuns os arredondados, aplainados e até angulares, ocor-rentes ahfnt?ifa ou isoladamente.

A densidade de drenagem é basicamente média, exíbin-do padrão predominantemente deadrítico, por vezesparalelo, em conseqüência de controle estrutural Essepadrão é verificado no abo curso do rio Cateté c em seusprincipais formadores da margem esquerda.

Os vales observados sác predomraastemente fechadose as ocorrências de vales em U são restritas. Planíciesahmonares interiores são em gerai bastante localizadas ede pequeno porte, correspondendo a pequenas faixas aolongo dos rios Branco, Cateté, Seco, Água Azul, ÁguaFreta e abo Itacaiünas.

Ness-: domínio não são identificadas drenagensfechadas; há presença de ravinamento associado principal-mente ao relevo topográfico da serra da Seringa.

2) Rdrrodt

Esse sistema, que em conjunto com aquele de relevocoünoso, constitui a denominada depressão periférica dosal do Pará (Boavcntura et aL, op. dt.), ocorre na porçãomais central a centro-oesie da folha.

gisolados. Tal sistema de rekvo correspondei porção maismovimentada de um ttMfrf estrutural unbricado, ondecompaieoe^a umoades roenosss ne teBoentes aos COBB*ptexos Xingu (gnaisses e nugmatkos) e Pium (granolitos),granito cstratõide Plaque e restos de supracrustais, cor-rciaias ao grupo Saputalâ, a uni ãrraajo geri! delentkularização e imbricação com postura orientada numimtrfWNW-ESE.

Nesse relevo as amplitudes são da ordem de 300m,alcançando localmente cotas de até 500m, como nas serrasArqucada e Parauapebas. As dedividades situam-se demédia a aba, com perfis conjugados concavo-convexos. Ostopos são geralmente arredondados, aplainados ou até

xibindoA d^ffsidadff de *frffnflgf m apresenta-se ip^padrões dendruicos, por vezes paralelos, em conseqüênciade controle estrutural.

Os vaies são em gerai fechados e raramente em formade U. Planícies aluvionares são restritas e de pequenoporte, mesmo em rios maiores como o rio Seco, afiuente doCateté pela margrm direita. Não há evidência de drenagensfechadas; localmente, observa-se o desenvolvimento de umravinamento twa'c intenso, principalmente nos segmentosalongados e Gnearizados relacionados aos xistos do grupoSapucaia.

3) Relevo cotinoso

Esse sistema recobre a porção mais aplainada da folhaSerra dos Carajás, situada notadamente no seu contextomais central a ccntro-leste. Geologicamente correspondeá parte mais arrasada do regime compressivo do cinturãoItacaiânas, onde há generalizada lenticularização degranolitos do complexo Pium, xistos do grupo Sapucaia egranitos estratõides Plaque encaixados num contextognáissico-migmatítico do complexo Xingu.

A topo?™!?» (fosse domínio caracteriza-se por cotascom valores em :orao de 200m, com as maiores elevaçõesatingindo 300m e as menores situadas num patamar de170m, mais freqüentes na porção SE da folha. O relevo éfundamentalmente coUnoso aplainado. A declividade épredominantemente baixa, mesmo nas encostas das raraselevações desse domínio. O perfil das vertentes, emconseqüência das baixas amplitudes e dedividades, nasraras encostas, quando presente, mostra-se retilíneo. Ostopos são esparsos e restritos, e muito localizados. Quandopresentes, podem exibir formas variadas, em conseqüênciados tipos rochosos que os suportam, desde arredondados(granolitos e granitóides) a aogulosos (xistos).

A densidade das drenagens é em geral média; todavia,locaiizadamente ocorrem núdeos com densidade aba nosaltos cursos do rio Plaque e igarapés Goiaba e Água Azul,todot integrantes da bacia hidrográfica do rio

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10 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Parauapebas. O padrão de drenagem doninaate é essen-cialmente deodrftko, ocorrendo localmente algumavariação para subdeodrftico.

Nesse sistema h i predominância de vales abertos,•pecar de sua pouca magnitude. Vales fechados são maisrestritamente identificados, mas estão presentes onde hilocalizada movimentação do relevo.

As planfdes aluvionares, ainda que mais freqüentes, sãoem geral de pequenas dimensões e apresentam flatsestreitos. Localizam-se preferencialmente em trechos dosrios Parauapebas, Verde, Plaque, Vermelho, Itacaitnas,Tucum, Cateté, Seco, Água Azul e Água Preta, e nosigarapés Surubim, Sapucaia, Água Fria, Sossego, Sos-seguinho. Arara, Goiaba e Piranha.

Nesse domínio aplainado observa-se a presença de raroslagos de pequenas *nicP!K>c<1 localizados "ff baciasg p q 1hidrográficas dos rios Vermelho e Pium. Do mesmo modo,« rfj*frtfn* raví|Hj|F«if««t«f f"Mr flint *r ffrnn-if a por^findo domínio, onde é regisuada a presença de relevosresidua».

IS Aspecto* sodoccoutaJcos

A folha Serra dos Carajás, localizada no sul do estadodo Pari, manteve-se historicamente ligada ao extrativismo.

A ocupação da região teve início no século passado,quando fazendeiros dos estados de Goiás e Maranhão paralá se deslocaram em busca de pastagens naturais. Porém,ao depararem-se com a floresta, desvirtuaram suasatividades para o extrativismo, iniciado então com a casta-nha-do-pará.

Em fins do século passado e durante as primeira esegunda décadas do século XX, a febre da borracha passoua exercer uma forte atração aos imigrantes, sempreimbuídos do sonho do enriquecimento fácil. Emdecorrência desse fato, surgiu a cidade de Marabá em 1913,pastando a ser a sede do município, em plena ascensão dochamado ciclo da borracha.

Com a queda do preço da borracha no mercado inter-nacional, Marabá se tornou, nos primórdios da década de1920, o primeiro produtor de castanha do estado do Pari

Durante um longo período,'devido principalmente aoísotamento, a economia regional, de característica sazonal,passou por um sistema de aviamento, completada por amaagricultura de subsistência, bem como se desenvolveutambém uma atividade pecuária, de um modo maissistemático, efetuando-se derrubadas para a implantaçãode pastagens artificiais.

Ainda aesse período, outra atividade passou a lazer

parte da fixação do homem na região - a garimpagem.Apartirdoanoóel970,aesttWnYecDn6micadaregiio

teve um grande impulso, com a construçio de um ramalrodoviário ligando o município de Marabá à rodoviaBelém-Brasilia, e com a implantação de projetos deexploração mineral no distrito de Carajás, de importânciaestratégica para o país. Com isso, houve a instalação úainfra-estrutura e a geração de energia a custo baixo, com aconstrução da Hidroelétrica de Tucurut Outra obra deimportante aspecto norioffTiiiftiwtr0 foi a construção daestrada de ferro Carajás, para escoamento da produção.

A extração de madeiras como o mogno, a andiroba, asucupira e a ucuuba, para eiportaçio e mercado interno,foi outra atividade que obteve ma grande desenvolvimentoa partir da década de 1970.

Atualmente, nos limites da folha Serra dos Carajás, oscentros tocioeconômtcos mais importantes são:Curionopous, Parauapebas e o Núcleo Habitacional deSerra Norte, todos localizados ao longo da rodoviaPA-275.

Curionópolis e Parauapebas possuem agênciasbancárias, correios, escolas de primeiro, grau, hospitais,posto telefônico via DDD, televisão via satélite, rede deenergia elétrica» hotéis e pousadas.

O Núcleo Habitacional de Serra Norte, no distrito deCarajás, pertence i Companhia Vale do Rio Doce -CVRD e serve principalmente aos seus funcionários. Pos-sui um aeroporto com pista asfaltada, capacitado parareceber aeronaves do tipo Boeing 737, agência bancária,escolas de primeiro e segundo graus, hospital, agência dosCorreios e Telégrafos, telefone urbano e interurbano viaDDD, televisão via satélite, energia elétrica e hotel

A ligação entre esses centros, por via rodoviária, é feitapela Empresa Trafff^w'i'' *^fl1fl

Outros núcleos populacionais, como as vOas Sapucaia eÁgua Fria, na PA-150, não possuem energia elétrica; a vflaÁgua Azul, localizada na PA-279, possui apenas um postotelefônico com gerador próprio, para ligações interurbanasvia DDD.

As principais atividades econômicas se limitam àpecuária de corte, onde se encontram instaladas cerca de40 fazendas, a extração, de madeira, principalmente omogno, e a garimpagem de ouro com mais de quatrodezenas de garimpos espalhados na área.

EIL termos de agricultura, o antigo DMCRA implantouCentros de Desenvolvimento Regional, denominados deCEDEREI, De m, para o assentamento de colonos. Essaatividade, na sua grande maioria, é de subsistência, comprodução de arroz, feijão, mandioca, muno e banana. Aprodução excedente ao consumo tem sempre «m es-fTMfffiito dificultado

Page 25: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-Z-A (Serra dos Catais) 11

Capítulo 2Histórico do Programa

PorRaimundo Gemido NobnMàa

A folha Serra dos Carajás faz parte do Projeto EspecialMapas de Recursos Minerais, de Solos e de Vegetação,para a Área do Programa Grande Carajás. A área doprograma é limitada, aproximadamente, pelos paralelos ?effSe os meridianos 42* e52*WGr, abrangendo parte dosestados do Pará, Maranhão e Tocantins; ocupa ornasuperfície de 840.000km2.

Esse programa visa, principalmente, a fornecersubsídios que facilitem o desenvolvimentosoaoecoaômtco, amcnggm os processos de degradaçãoambiental e minimizem os riscos de investimentos nas áreasde exploração mineral e projetos de desenvolvimentoagropecuário e florestal.

Face à multidisciplinaridade dos trabalhos, esseprograma contará, na sua execução, com técnicos dosseguintes órgãos governamentais: DNPM, CPRM,EMBRAPA, 1BDF, COCAR, IBGE e INPE.

Para que os resultados básicos sejam alcançados em sendetalhamento, o programa foi dividido nos seguintes sub-programaK

- Mapas Geológicos, Metalogcnétícos e de Previsãode Recursos Minerais, cobrindo toda a área, na escala1:250.000.

- Levantamento de Solos e ZoneamentoPedoctimâtico, desenvolvido em dois níveis, com rcco-nherimento de media intensidade na escala 1:250.000, com

seleção de áreas para detalhamento na escala 1:100.000 epesquisa geral de solos da área na escala LLOOOJOOO;

- Mapeamento da Vegetação, Inventário Florestal eMonitoramento, na escala 1JSO000, e o inventário cm 8pólos, num total de 197.550km2, na escala 1:100000;

- Sistema de Informação Geográfica, para ar-mazenamento e recuperação das informações, ao mesmotempo que facilite e acelere a divulgação requerida pelosusuário»;

- Interpretação Automática de Imagens de Satéfite,para apficação nos subprogramas de levantamentos decampo, através da pesquisa de métodos e treinamento depessoal na interpretação dessas imagens,

A responsabilidade do primeiro subprograma cabe aoDNPMe está sendo executado pela CPRM.

Os demais subprogramas ainda não foram implemen-tados, e são de responsabilidade da EMBRAPA, BDF,COCAR, IBGE e INPE.

A folha Serra dos Carajás, por conter o distrito deCarajáse também pek sua importância dentro da provariamineral do sul do Fará, foi a pioneira ao âmbito doPrograma Grande Carajás, no estado do Pará, tendoselecionada e concebida através da soBcitação de serviçoDNPM/DGM/CPRM o* 022/85. Dessa forma, a suaprópria localiraçáo tornou-se a principal justificativa paraaeseolha.

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SB^2-Z.A (Serra dot Carajat) 13

Capítulo 3Metodologia de Trabalho

RmnuuidoGawtàoNobnMmatOHandolosiBmrosátAmqo

De acordo com o previsto no subprograma MapasGeológicos, Metangenéticos c de Previsão de RecursosMinerais, para a Area do Programa Grande Carajás, alémdo texto, os produtos finais a serem apresentados paraalcançar os objetivos são:

- Carta Geológica.- Carta Mctatogcaciico-PrevbionaL- Cartograma OrientativoparaPtan.jantmtodc Ações

GovcmamentaB (figura U.7.2).De um modo geral, os produtos finais citados são o

resumo dos estudos integrados de vários documentos in-dividuais de grande importância, e convergem para osmesmos objetivos. Esses doruubtittos, também fhannKrHprodutos intermediários, ou mapas temáticos, ou deserviço ou anaHtJctw, compreendem:

- MapaTectooostruturaL

- Mapa Geofísica

- Mapa de Recursos Minerais.A metodologia de trabalho empregada na folha Serra

dos Carajás, após a aqghítw> da ifftruiHfntacão. constouinicialmente das interpretações temáticas individualizadas,ntunando-se para isso a bibliografia junto com os mapasgeológicos anteriores, fotografias Barrai fwrpfM1—*f.mosaicos de radar, imagens de satélite, mapasacromagnctícoscaerogamaespectrometrkot.

Em seguida, foi gerado um Mapa Geológico PreKminar,de caráter multidiscíplinar integrado, resultante dainterpret açáo associada de todos os parâmetros citados noparágrafo anterior.

A partir desse mapa, foram feitas a programação

otimizada das seções geológicas preferenciais e apmgtanutção para o levantamento geoqnmaco regional.

Aprograinaçâodasscc^grológirmpretciraciaiiob-jetivon a execução de um detalhamento cempatftcl com aescala de apresentação, não apenas enfocando a car-tografia geológica, mas, esubstancialmente.oentendnnen-to do arranjo geométrico das ondtdcs c dos processosevolutivos ernstais.

Durante os trabalhos de campo, rraÜ7arios em duasetapas: a primeira, no período de setembro a novembro/86e a segunda de junho a novembro/87, foram levantadas,além das seções programadas, outras arHrionaw, ondeforam descritos em detalhe os afloramentos, obedecendo-se as normas vjgentes na CPRM, com as adaptações exi-gidas para o preenchimento de ficha para soa implantaçãono SIGA - Sétenufe In formal GeolópcasdoBrasO.Do mesmo modo e sincronizado com os levantamentosgeológico e geoquumco, un amplo carf-utramento deocorrências minerais foi efetuado."

No curso e ao termino de cada etapa de campo, eramselecionadas u amostras para fins de análiseslaboratoriais; assim coninterpretação inicial, era reavaliado.

Ao final da segunda etapa de campo, de posse de todosos dados, executou-se novamente uma interpretação mul-tidisciplinar integrada, da qual foi gerada a CartaGeológica.

Com a conclusão dessa carta, refizeram-se o» mapastemáticos e, após a sua integração e compatibunação,elaborou-se a Carta Metalogenetico-Previsional, bemcomo o cartograma orientativo de previsão paraplanejamento de ações governamentais.

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PARTE IIGEOLOGIA DA FOLHA SERRA

DOS CARAJÁS

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SBJ22-Z-A (Serra dos Carajás) 17

It*

Capítulo 1Trabalhos Anteriores e Contexto Geológico Regional

OriandoJosi Banos de Araújo, Raimundo Geraldo Nobre Mau eXafi da Silva Jorge loto

Remonta à década de 1930, com Moraes Rego (1933),a primeira referenda sobre a região, registrando-se entãoa presença de formação ferrifera na área.

Na década de I960, os trabalhos de Barbosa et ai.(1966), Ramos (1967), de geólogos da CompanhiaMeridional de Mineração (1967) e de Almeida et aL(1968) apresentam pela primeiravezaspectosgeológicosde cunho regional, e por vezes prospectívos. São feitasdescrições de litótipos, sugeridos agrupamentosrochosos em unidades, empi-Ihamentos estratigráfícos,bem como identificadas significativas seqüênciasferríferas.

Nos anos 70, mais de duas dezenas de trabalho foramdesenvolvidas na região, destacando-se alguns de cunhoregional, como aqueles de Knup (1971), DOCEGEO •(1972), Puty et ai (1972), Beisiegel et ai. (1973), Silva etaL (1974), McCandks et aL (1975) e Iskr (1977). Em todoseles, o enfoque principal sempre foi dado a descrição dasrochas, agrupamentos em unidades, empilbamentosestratigráficos e correlações. Dobramentos smcHnais eanticlinais e falhamentos foram identificados, assim comoesboçadas algumas compartímentações em nfvel deprivütdas geológicas.

Ainda na década de 1970, um número expressivo detrabalhos aborda alvos específicos, em geral descrevendoe discutindo aginese das ocorrências minerais da provadaCarajás, como em Tolbert (1970), Suszczynski (1972),Rezende & Barbosa (1972), Anderson et ai. (1974), RufTctaL (1974), Barbosa (1976) Beisiegel & Farias (1978) eValareUietaL(1978).

Com fundamentos essencialmente geocronológicosGomes et aL (1971,1975), Amaral (1974), Basei (1974) eAmaral & Halpern (1975) tentaram estabelecer sucessãode eventos, montar quadro evolutivo e definir provínciasgeológicas.

Na década de 1980, inúmeros trabalhos foramdesenvolvidos, restritos i s áreas de pesquisa daDOCEGEO e domínio da serra dos Carajás, ou en-focando caracterizações petrogeoéticas egeocronológicas de algumas unidades, como tambémaqueles essencialmente descritivos dos depósitos

minerais ah* ocorrentes. Dentre outros relacionam-se os deAlmeida (1980), Lmdenmayer (1981), DOCEGEO (1981,1984), Martins et aL (1982), Franco (1982), Meyer (1982),Hinu(1962),MonüüvâoetaL(1984),RamosetaL(1984),Figueiras & Villas (1984), Ferreira ft Danni (1985),Medeiros Neto ft Villa» (1985), Gibbs et aL (1986), Wirthet aL (1986), Huhn et aL (1986), Figueiras et aL (1987) eDardenne et aL (1987). Outros trabalhos de cunho regionalforam desenvolvidos, destacando-se os de Santos (1980),Santos et aL (1980,1982), DalTAgnol (1982), Bernardeut etaL (1982), Tassinari et aL (1982,1984), Cordani ft BritoNeves (1982), MoníaMo et aL (1984), Bezerra (1984),Mcmtatao & Bezerra (1985) e DOCEGEO (1987). O fatoé que em todos eles, além de aspectos titológicos pura-mente descritivos e interpretações geote«tônicas baseada»em dados geocronológicos, a organização tectónica daAmazônia oriental sempre foi vimalrradi em termos deprovíncias estruturais (Almeida et aL, 1968; Amaral, 1969,1974; Lima, 1984) (figura II.1.1), com constituição eestruturação próprias. Paralelamente, Cordani ft BritoNeves (1982) e Tassinari et ai. (1987) propuseram aexistência de vários cinturões móveis proterozókos envol-vendo núcleos cratônicos, baseados em dataçõesradiométricas (figura D.1.2).

A interpretação de dados geofisicos (gravimétricos emagnetométricos), vinculada à informação geológicadisponível, permitiu que Hasuí & Hare.yi (1985) e Hasuiet ai. (1984) visualizassem a estruturação antiga daAmazônia oriental a partir da articulação de blocos enu-tais denominados Belém, Araguacema, Juruena e Poran-gatu. A» bordas dos blocos são definidas por anomaliasgravímétricas positivas, por domínios magnéticos forte-mente perturbados e por forte finearizaçáo das unidadesrochosas. Nos seus núcleos comparecem granitótdes eseqüências vulcanossedímentares, tipo fftenstot&betis,definindo domínios magnéticos pouco perturbados e isen-tos de anomalias gravímétricas. Com esse enfoque, dístín-guem-se os cinturões Araguaia, Itacahmas e alto Tapajós(Hasuí et aL, 1984) nas bordas do bloco Araguacema, e oterreno pwoíao-pteuione do sul do Pará, no seu núcleo(figura II.U),

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tf Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

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Essa arquitetura entoai, implantada no final do Ar-ojueano, foi pairía^^Kntc modificada no Proterozoico

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54*

MRMMTU

tCOIMCNTO MMCROZdlCOClNTUftJOM*MNI>ITKAIÚNAS<PROVÍNCIA AMAZÔNIA CCNTUAL O 1.1 ».t. 1

turio Itacaiona* ocupa mais de 80% da folha trabalhada(figura n.1.4), nele se dítringirinrtot a norte, um sistema

lentkularizaçioe colocação de graniu» vinculados a um evento de iodadas e, a sul, um sistema únbricado obUquo, carac-distensaoregk»^comeswemtoriiodeN&SW(CosUet terizado por forteaL.no prelo).

A folha Serra dos Carajás encontra-se no contesto da

çio de rochas granemicas,k O

articalaçáo dos Mocos Aragnarnwa, Belém ePorangatn.c,portanto, iaeloi frações dos cíntorões Araguaia eItacafetnas e do terreno fna&frpteiutoru do sol do Pará(figura 11,13). Alguns produtos lítostruturais doProterratico Médio também comparecem dentro dos

p ggnaisses diversos, gramtoidec e rochas tupracrustak Oterreno paaitofrttruujn* do sul do Pará e o dnturioAraguaia estio prffaritmcnft representados nos «trenóssudoeste e sudeste da área (figura 0.14).

As unidades geotectonicas mats antigas e os produtosfitostruturais do Proterozoíco Médio e do Fanerozóícoserio descritos e caracterizados a seguir.

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S&22-Z-A (Serra dos Carajás) 19

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f) CINTUDiO âlUOUâlâ

>" *fce*S OC TEMEMOS • » - • » • MESEftuMMS

•* CIDOÇO oootactonico OJ# psito da AfiNuônia orientalHdâpUdoo+Htui*t ai., 1964. • Hawi & Hwüyt. 1966).

U Temaogr

(nfiaediredooal)

U J Seqttedasuprecnutal

U J J GnrpoTBcnma

U.1J.1 HistóricoHum et aL (1986) efetuaram estudos detalhados em

lavai máfko-ultramáficas situadas aproximadamente aftkm a NW da cidade de Rio Maria, ao ml do eatado doPará, abordando faodanenialmeote atpecio»petrográfico», textnrak, estruturais e brevts comentário»

peuologkos. Na oportmúdade, en^obaram os coojantosrochosos sob a designação dcp*ensfcM*4eft Seringa. Essaunidade tem orientação geral NW-SE e comparece nocanto SW da folha Serra dos Carajás, estendendo-se paraa folha São Félix do Xingu, imediatamente a oeste.

A DOCEGEO (1988), em revisão litostratigráfica daprovíncia mineral de Carajás, propõe o agrupamento detodas as seqüências úpQfftcnstone-bett sob a denominaçãode snpergrupo Andorinhas, sem sugerir as hierarquias in-feriores para os vários conjuntos conhecides.

Considerando a erôtênda de denominações já con-sagradas rfgkpialTntrt como o granito Sfnnga c falhaSeringa (Silva et aL, 1974), os autores deste trabalhopropõem denom formal de grupo Tucumã para asrochas supracrustais ocorrentes na porção SW da foSia, c• i ^ V F P n | i R ^ n GjKMauj BaBja MlÉTÊ» H n i n f f a^C ••••» CTiT»nni»B MIlHaTifcBmaTi

geotectõnjco do tipo terreno granito-pcmfiane, preser-vado do retrabalhamento cisalhante do cinturão

Trabalhos! de ohidospeiaCPRMna folha São Félix do Xingu têm identificado opressivasocorrências dessa seqüência na localidade de Tucumá-Pae arredores, constituindo-se, dessa forma, a seção-típo da

Iã.lã2 Distribuição Bjeográfica, morfologia e relaçõesde contato

A unidade tem sua área de ocorrência restrita ao ex-tremo-SW da folha, com segmento de diminuta extensãoareaL Dispõe-se em forma ligeiramente alongada, cons-tituindo relevo ora acidentado, sob forma de morrotes eserras, ora como superfície topograücamente aplainada.

Mantém relações de contato com o granodiorito RioMaria e com o granito da serra da Seringa, cm ambos oscasos de natureza intrusiva discordante.

M.M.3 Utoti|MM, variedade, minenlogiae textura

Os metamafitos dessa seqüência são representadosdominantemente por xistos acünolítkos, tremoliticos tclorfticos.com texturas variando de blastofiítica nos tiposmais preservados da deformação, até uma texturamilonítica nos tipos com mais abas taxas tíefonnaáonais.A paragénese actinolita + ctorita + tremolita +plagjoclâsio + thaniu H- opacos ± epidoto, é compatívelcom a fades ssto-verde. A observação pclrográúca sugereuma ortoderivação para esses metamorfítos, a partir dometamorfumo e deformaç&o de rochas protolíticas denatureza gabróide e/ou díabástca.

Os metafebitos são representados por Atos sericftico»e quartzoso6, exibindo " f a textura müonítíca formada porfenoclastos dominantemente quartzosos, com formasvulcânicas reliquiares, hnersos em ama matriz xistosa. A

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20 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasa

pVag£nesequartzo +seriou ± d o r i u ± opacos ±biotiu Aporçiometassedânenu. _ „ . _ _ — -±errfa^o±caktUécomrMtf«dcoBanaesnsto-verde. na área trabalhada, por Oitos quartnsos e qoartzitosA observação microscópica indica que esses xistos micáccos com forte o r ien ta l preferencial de seus com-seridticos derwaram de rochas protoUtkas de natureza poneatesmineralopcos.Osq^artzitosnúr^ceossaorepre-

amposição rioMüca a riodaritica. sentados por dominante associação do tipo quartzo +

A - Terreno oronito-greenstone do *«' do Poro.

B - Cinturõo Itocoiúnos:

Bl- Sistema imbricado Oblíquo;

Bj - Sistema Transcorrente Serro.*» Carojos(flor positivo);

B s - Sistema Tronscorrett* Cinzento(hemiflcr positivo);

C - Cinturão Araguaia.

Obs.rA, B, C representam o ordem deinstalação das províncias geotectônicos.

ESQUEMA DA GEOMETRIA 00S SISTEMASESTRUTURAIS DO CINTURÃO ITACAIÚNAS

B- vs>

B2

Falha Corojas.

Granito onoroqinico proterozóico.

Limite entre sistemas estruturaiscinturão Itocaiúnos.

do

Limite entre o cinturão Itocaiúnos c oterreno oronito- greenstone do ml do Pare(A) e o cinturão Araguaia (C).

Zona de cisolhomento ou deformação concentrado com cavolgomente oblíquo,sinistro!.

Zona de cisalnomenfo com

Zona de citolhomtMo Ironscorrente

Sinistrol,

Lineomento definido por traço* da foücçóbmiioni'Tico.

Lineoção de estiramento.

Sentido do transporte de mossas rocho-sa» nos diferentes sistemas estruturais.

>Wjueeno/r

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SB.22-ZrA (Serra dos Carajás) 21

•Mscovita + zircio, desenvolvendo uma foliaçiot em que os cristais de quartzo ocorrem geral-

^ - m^ *r — ar ^*

com efekos de tensões internas; a mica muscovftica ocorredhetas fortemente orientadas e dispostas segundoco p

configuração algo pisciforme. Os Oitos são dominados por•ma massa sericftka em disposição planar segundo uma(bbação muooJÜca, com abundantes grânubs opacos deAndo de ferro parcialmente oxidados.

No âmbito da folha é impossível a cartografia tn-dmduaüzada dessas porções.

UãâA

Hunt et aL (1986), estudando a seqüência anterior-mente denominada Seringa, para a qual agora propõe-te adenominação Tucumâ, identificaram e caracterizaramrochas fcomaüfticas com textura jpvu/er no sen grupoinferior, bem como verificaram, no estudo de duas

tr** f*h**a ti * V*a aporção»

Na pequena faixa exposta nos Emites da folha, o grupoTucumá apresenta assinatura geofísica bastante peculiar,evidenciando a predominância de litótipos uáfico-nMramáficos, bem-registrados tanto na intensidade e formadas anomalias aeromagnéticas, como nos baixos nfvea exi-bidos pela aerogamaespectrometria.

Emites da folha são conhecidas ocorrências de ouro(Concentradas em torno do garimpo conhecido

> Abelha.

UJJJ

O grupo TucumáezOx uma variedade Gtológica e ipadrão defonnaciottal que poderá serOttras seqüências sopraemstaís arqueanas do sol do Pari,como propuseram Huhn et aL (1986), traçando ornaanalogia entre o grupo inferior e a seqüência Babaçu (Cor-driro £ Saufrwtig, 1980) e entre o grupo superior e aKqWnda Lagoa Seca (Cordeiro & Sanrrrsiíg. op. ck.).Eaãbora com padrões estruturais diferentes, a intimidadeespacial e similaridades texturo-mineralogico-com-

u correlação cronolitologica como grupo Sapucaia, náo obstante esta ultima seqüênciaevidenciar efeitos de retrabamamento crustal em regime,de dsalhanieiitodócülquaiKÍocUáDplaDUKao do cinturão

A«Mêndac^c^dosradfa)inétricosttiipcdeBmpreciio^ c r c « o í 6 g k » em termos absolutos.

1JJ

lããã Gmnoawrito Rio Marte

1.1JJJ Histórico

Os trabalhos mai itigos desenvolvidos no contexto dafolha Sem dos Carajás relacionavam indtstinirochas admitidas como infracrustais ao compkaR(Barbosa et aL, 1966), ao Pré-Cambriano indiferendadoeembasamento cristalino (Tolbert, 1970; Gomes et aL, 1971;Puty et aL, 1972). Posteriormente, SOva et aL (1974) «tro-dimram a denominação de complexo Xingu, denominaçiogicfy que passou a ser resionafiBda e utilizada **¥ f*"Mf-mente para todo o sul do Pará.

Em trabalhos realizados a sul da folha Serra dos Carajás,Cordeiro (1982) identifica, no contexto doXingu, domos gn

i e seqüências do bpn ptctulonc^tll.PosterioinKiite,DairAgnoÍetaL(198D)denominanimalmente essas rochas de granodiorito Rio Maria.

Medeiros et aL (1987) formalizam n igranodiorito Rio Mania.

Araújo et aL (1988) mencionaram que a passagem docxoruraoltacaiúnas para o terrenogranito-gwoutontf do suldo Pará somente será definida através de trabalhossistemâtici.. voltados para a reconstituiçio geométrica das

Recentemente, DOCEGEO (1988) reconhece aconsiderável extensão areai do granodiorito Rio Maria,projetando-o para o norte, adentrando a folha Serra dosQu^ás,eiaaereadeiiomniaçáodetronolqeiiiitoMogoopara as rochas com ema variedade composicional

Com a nova compartimentação geotectonka agoraproposta, numa tentativa de separação de terrenos maispreservados de terrenos retrabalhados, parte do até entioregionalizado complexo Xingu passa a ser entendida comocomponente de um terreno ptsi&o-ffitnstone preservadaAssim, no Imite SW da folha trabalhada, pane deuaunidade geotectonka é identificada, com os autores destetrabalho preferindo manter a denominação proposta porMedeiros et aL (op. ck.) para o domínio gramtóide desseterrena

A carência de exposições contínuas e a escala de traba-noanfvel regional, aliada à discreta faixa de ocorrência doconjunto, impede um maior avanço na caracterização ecartografia das rochas desse terreno. No entanto, a questãofica levantada e em condições ou escalas mais propicias talproblema deverá ser equacionado.

1.1.2.1.2 r^trib^caofM»TÉÍJca,morfoIogí»erdac6»dt contato

O granodiorito Rio Maria tem sua distribuiçãogeográfica restrita á porção SW da folha, onde ocorre

Page 33: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

22 Programa Levantamentos Geológicos Báskos do Brasil

contornando grc ! o maciço granftico da senada Seringa. A marfotogia apresentada pela unidade écaracterizada em geral por um relevo peaeplanizado, a »raros morrotes e distribuição errática. No extremo-sudoeste da área, o gr&nodiorito Rio Maria mantémrelações de contato discordante com o grupo Tucumã,sendo cortado na mesma porção geográfica pelo granitotnoTOgfnjfrt<<a<*rraHaXgTÍiig» Ni t iunuimwrtfnún,»unidade se inter-rdaciooa cspaciahncate com o complexoXingu, através de uma larga e irregular zona gradadona!,onde firfTftf "* porções preservadas do terreno granito-pttnstone, e porções «trabalhadas do cinturão Itacaifam U.24.5 Idade ecorrdaçio

de 300 a SOOcps, sem nenhum padrão ou feição preferen-cial.

Apesar de não haver registro de ocorrência mineralngada à unidade no domínio exposto na folha, há perspec-tiva de boa potencialidade, em especial as proximidadesdos segmentos de supracrustais \xpo fftcnstonc-btU, ondezonas de deformação concentrada mostram-se, em algunscasos, como metalotectos comprovados de grandefavorabüidade.

U - U J

DeamiDodogcral.osgranodioritosetoDalitosrepre-sentativosda unidade apresentam unu assembléia mincriJformada por ongodáâo + micioclina + quartzo + biotka+ t\<f»*irt»àla. 4 alamta ± zircão± apatka ± opacos,compatível com a fades anfiboüto baixo. O oligodásio e a

wwnHiif ip friHtflantflt "tffiKM f* """* matrizsubordinada fTfi* evidências de recristafizacão ^tnâmif»emprestando i rocha um caráter de moderadaineqãigranularidade. O quartzo ocorre como agregadospoucrisialmos deformados, exibindo efeitos de tensões in-ternas, como extinção ondulante, bandas de deformação eformação de subgráos e/ou grãos recuperados. A biotita

orno palbetas com forte orientação preferencial ccontorna os fenoclastos feldspátkos, contribuindo para opadrão anastomõtico que se traduz em uma foüaçãowiypwtr* , como observado nas estações geológicas RN-81, 82 e 85. Intimamente associados à biotita, sãofreqüentes os cristais de <* 'nngni8it> e »fa*»*a igualmenteenvolvidos no processo deformaciooal.

A rigor, com base nos litótipos analisados e nasobservações mesoscópicas no domínio da unidade, osgranodioritos e tonalitos mostram uma forte in-variabuidade em seus aspectos texturaís e padrões defor-macionaii, bem como nas características petrográficas deseus componentes miner alógicos.

U2ã igeoofl legeoQsicaeocorrtodas minerals

Medeiros et ai. (1987) reconheceram, através de dadospetrograficos e gcoqufmíros, que a unidade correlata aogranodiorito Rio Maria possui diferentes fades cogenéticas,exibindo um mend calóalcalino no diagrama AFM.

A assinatura acrogeofiuca do granodiorito Rio Maria ébartante significativa e particular. No que diz respeito à sus-cepübüidade magnética, o conjunto exibe um baixo relevo

i de anomafiai, e apenas presença localtrada defeições lineares. Do mesmo modo, o registroaerogamaespectrométrico exibe baia intensidade, em média

Os granitóides ocorrentes na porção SW da folhai pmttiiryiíHifn 1

" fesàquelas observadas em grande parte da unidade definida ede larga ocorrência ao sol da folha Sena dos Carajás.Montalvãoet aL (1984), ia Huhn et aL (1988),obtireram,através do método Rb/Sr, mna isócrona de referencia de2600mA. ± 80m.a^ com RI-0,7009 para granitóides da-quela região. Posteriormente, Medeiros et aL (op. ctt.)obtiveram, através do método Rb/Sr, a idade de 2564 ±68nut para a unidade Rio Maria e, mais recentemente,Tassinari (1988), in: Huhn et aL (op. d t ) , em porçõesaparentemente mais enriquecidas em Rb, obteve isócronapreliminar com valor de 3100nua. e RI •0,7000.

L2 Clntnrio ftacatunai (regime compresslyo obUono)

1J.1 Domínio imbrkado

A distribuição das unidades e o arranjo estrutural dessedomínio são mostrados na figura IL1.5.

U.1.1 Complexo Piam

I2á.íá Histórico

A referência original a esse conjunto fitológico deve-sea Hirata et ai. (1982). No referido trabalho, complexosbásico-ultrabásicos, estratificados, de fades granolíticas,ocorrentes na área Piam, tão ainda incorporados ao com-plexo Xingu. Trabalhos posteriores, desenvolvidos pelasequipes da DOCEGEO, mantiveram o posicionamento dami'ifafif dentro do contexto do complexo Xingu, ttt queno IOCP de 1987 geólogos da DOCEGEO consideramdará a relação de intrusão entre a unidade e o complexoXingu e passam a considerá-la como estratígraficamentemais jovem.

Araújo et ai. (1988) descrevem e cartografam as rochasgranolíticas do complexo Pium e as entendem comoporções da crosta inferior soerguidas através de zonas decisaíbamento.

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SB22-Z-A (Serra dos Carajás) 23

Os trabalhos mais recentes realizados pela CPRM con-sideram esse novo entendimento para o desenvolvimentocrusta) e para colocação dessas porções mfracrmtais emsuperfície. Assim, 6 mantida a terminologia de complexoPiam, no entanto, visualizando uma complexa situaçãoestratigráfica. Relações aparentes de intrusões ou atémesmo de aleitamentos estratiformes representam na ver-dade aleitamentos tectônicos, muitas vezes erroneamenteinterpretados como estratigráficos. Por outro lado, oreferido complexo ganha, nesses ubimos trabalhos, maiorabrangência cartográfica e composicional com aidentifica cá" e indrvidualização de novos segmentos enovas variedades de tipo, como a expressiva seqüênciaessencialmente charnoenderbítica do rio Cateté.

12AA2 Distribuição gwgrtnc^morfoloflaereUçôesde contato

A unidade Pium, onde orrçinalmente definida como umcomplexo estratiforme máT.co-uiTumáfico, entre o& riosItacaiúnas/Parauapebas, expõe-se de forma alongada nadireção este-octte com aproximadamente 3Ckm de com-primento por 8km de largu "a. na faixa central da folha, asul da serra Sul. Nessa porção, o relevo mostra-semovimentado, com morros e serras constituindo atopografia predominante. Outros segmentos menoresforam identificados por Araújo et aL (op. ciL) a nordestedo conjunto inicialmente conhecido e apresentam-se comformato lenticular alongado no trend EW, e relevo ar-

uitrcmáfica (ft)

«rani» •»lr«líi<«Zona I t ciMlh«ii«*to to *

Zo*a «• cit«ih«*«ata cm c«*ojla«a«iil9

10 20 Join49"»30'

n§. H I J - Camuflo Hactúoa» - dominio imbrieado («ttríbuieio da* unidadM Htoctraf ígraSca* • arrarno wtrutoral 8i»np»Bc»efc>),

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24 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

rasada Por fim, um amplo conjunto granoUúco foi iUBcado lambem por Araújo et aL (op. ck.) do baixo aomédio corso do rio Cateté. Esse conjunto com nab de3Skm de extensão e média de 10 a 15km de largura» projeta-se no sentido EW para a folha São Feia do Xing* vizinhaoeste da folha Serra dos Carajás. A soa expressãonidfológicaé variada, caracterizada no geral por um relevolocalmente movimentado, representado por morros e ser-ras ahernando-se com sítios peneplanizados.

As relações de contato de todos os «•p*»*»*» kn-ticularizados da unidade se faz cooformavebnente com asrochas do compleio Xingu, sendo que na seqüência ocer-rente no rio Cateté há também relação de contatoconformávcl com os grant os estratóides Plaque.

I2á.l3 Utftlpos, variedade,

Do contexto htoiógko merece destaque o conjuntorochoso de características fadológicas de alto graumetamórfiçp, cuja maior represeatatividade em área, commais significativas exposições, está na parte central da áreatrabalhada e na porção noroeste, tendo como referênciasmaiores os rios Pinm e Cateté, respectivamente.

No curso do mapeamento foi passive! a identificação decatametamorfitos de composiçáo básica e ádda não haven-do, contudo, favorabQidades de mdmdualizaçáo e car-tografia na escala de trabalho. Predominam os tipos básicosiia região do rio Pram, e os ácidos na bada do rio Cateté.

No tratamento da questão icomplexo Pinm julga-se importante salientar os problemasde nomenclatura e terminologia empregados neste traba-lho, relativos às rochas de fades granofito, na medida emque diferentes investigadores as definem com diferentesrignnVados, classificando-as de maneira fivre e diversa,pela incmtencU de um sistema de daiisifkaçãoniiwtas^

Os autora deste trabalho mostram preferência pelatttíH7ação da terminologia e classificação proposta porWinkler A Sen (1973). Nessa proposição, o termo"graaolito" em substituição ao termo "granulito" foisugerido sem conotação granulométríca. Dessa forma, asrochas granuBticas foram redefinidas como granoutos egr anoblastitos, nas quais os primeiros seriam repre-sentados por uma associação diagnostica da zonahSpcrstênka regional e o segundo por uma associação não-diagnostica dessa zona. Dentro do conjunto granoiàicomerece destaque a variedade Uperstenica, pirodásio-granotito, a qual Berthelsen (1960) denominou depiriclasito, e que neste trabalho materializaram, cmessência, as variedades básicas da unidade Pram.

As rochas granoUticas são representadas por tiposáddose básicos em que estes são quantitativamente subor-dinados em relação aqueles. É sugestiva a concepção deque os granofitos básicos <»fffln1M> um pnimnamft"crooogeolôgico mais antigo evidenciado pela forma deocorrência encravada ou xenobitica nos granofitos áridos

como frações digeridas ou assimiladas. Por outro lado,nhá como avançar nessa discussão ao momenta

Os granoutos ácidos são representados por duasvariedades petrográfkas dominantes em função dasproporções de seus componentes feldspáticos. Dessaforma, tipos charnoqufticas, coa*> os representados nasestações geológicas OA-156e e OA-168b e tiposendcrbfticos, como os ocorreates em OA-47a, 84a, 47d,48a, 41b, 48b, 48c, 179c e 177, associam-se a subordinadostipos chanwenderbftKoscoinplrtaitdo a faixa de variaçãocomposicional desses tipos ácidos.

DcnmniodogeralsãorofhasfaaerakavdegraMilacãomédia a grossa, coloração cmza-dara a dnza-escura,fqõigf anulares a meqútgrannlares, cribindo diferentes in-tCDSlOmVOCS BM% flfcflESOCfODIA CStTVUnYtaa» GOuBO QQOSGQQCBCUda variação na taxa deformadoaal, com geração de tipos

Os granofitos ácidos tem como realce maior a presençaconstante da fase ortof>iroxènkadotipoaipeist£mo,aa^ulocorre em percentual vohunétrico, «*-—«fn e formavariáveis, exibindo um intenso p H f n t u y X » rrca-amarronzado,Y = amarelo-rosado e Z - vcrde-páüdoouadnzentado. Mostra, com frequênda, desequilíbriosreadonais com transformação gradativa pan honbkndae/ou bwtita, materializando efeitos de sçmficativa e inten-sa ação retrometamórfica.

10d

e 25% em volume, sob estimativa visual ocorrendonantementecomogyãosxenoblásncosde dimensões

variáveis. Exibe efeitos deformacionais como extinção on-dulante, t—»»fa« de deformação e formação de subgrãosnos tipos protomilonfticos ou com baixa taxa dedeformação. Ocasionalmente desenvolve feições amea-ooaoas e awiiwie coonjuraçao oc tone acnatamento ouribonada e acentuado processo de recuperação erecristafização dinâmica compatíveis com alto estágiodefortnadonalmilonftico.

O feldspato potássico é geralmente representado por•mcrofina de baixa tricfimddade 8

xeaoMástico,fenodastos ou ocelos deformados, bem como sob a formade dmúnutos cristais componentais da fração matricialcominuida. Essa fase feldspática tem o seu percentualvolumétrico decrescído nos tipos charnoenderbaicos esendo completamente ausente nos tipos enderbãicos. Oplagíoclásío hipidioblástko a xenoMástico ocone emforma tabular, variando em composiçãb de ongorlásio aandesina mostrando, por vezes, uma escassa e mdpienteakCTaçãoar^kiuelamela*de*^míuçáocuraKlasemdecorrência dos efeitos deformacionais.

Abiotitaeabornblenda são faiesnuoerais comuns tantoaos tipos charnoquftícos como enderbfricos, ocorrendo em

sodaçâo e normalmente exibindo \médio de $%. Comumente ocorrem como cristais poucodesenvolvidos, mostrando uma moderada a pronunciadaorientação preferencial, particularmente aos tipos mais

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S&22-Z-A (Sem dos Carajás) 25

jatcasameate deformados o« mikwltkos. A biotitancaracterfctkasdei

lãiÉYtirn ftpitiu TrpintT r firrin Tin n fui n

Deatre os graaolitos de composição básica sãodominantes os tipos hiperstênio-pjrodáskvgranolifo, qoeconstitnem em essência granolitos a 2 piroxênios e que são,neste trabalho, comnmeate referidos como pondasttos.Meaoscopteameote são rochas fanerfticas, holocrisulaas,

bmdo gerahnente am aparente tsotropismo estrutural.

ial a mperstemo, diopsfdio e labradorita eabe am

t, com freqüentes feições muonftirjs super-• pode ser observado nas estações OA-42,

43a, 79,158b, 151b, 17% c 167a.O pbgiodásioé do tipo mbradorita, ocorrendo em cris-

tais labalares, fipJdtoMatfkr». mostrando <»«•»»>•« de^BavflHa feaj mj k £H^^XS|&BA9JA^ ff^^sStt^^Sl^ ^j^Bn9Hfl^ftflV£ f2 •^TamaaVlSC&n^ amiST*

gmal variável oa textura em moldura dos tipos com akasta™« rfnrmarinnak rm milon<Kra< O ortnpt^ff jfa fa

da fades p

Fstifatfima ege

o, ocorrendo como cristais relativamenteseu forte e característico pfcocrofcmo.eticamente associado com hornbkada e

biotita como resultante de desequilíbrios readoutsgerados por significativas mudanças nas condições fiàco-quuakas da ação retromrtamorfica. O dJopsHio, de ummodo geral, ocorre em quantidades aproximadamenteájnais ao ortopiroxémoe mostra igualmente uma passagemdiaftorftica. O quartzo ocorre em quantidades subor-dinadas, cm forma xenoblástica e geralmente deaxajyaçio mtersticiaL Opacos e apatiu são os minerais

Os graaoblastitos constituem ama variedadepetrcgráDca relativamente abundante dentro do conjuntocatametamór&co. O aspecto tatural é gtanobláftko a

, eqmgraatilar a meqõigranoiar e re-

composíção variando de graaaica a tonaÜÜfa Deatre o»QGHflCvUB'SC aa

autt raramente, a hocaUeada. Esses tipos gianoMáiricostêmswmelbcrocxpoúc5esnase«açóe.gcotógicasOA-107b e í, 109b, 110a, 43b, 46b, 167b eL56b. De um modogeral, embora não pertençam à zona hiperstenica regional,

O i

(com eaceção do htpentcmo ausente) dosgtiooa^áckkJsquecompõemocomplexDPiiim.

LMX4

Etsatrochat compõem una scquindabmiodal, onde o»graaoitoi Iodos té» caráter cafcialfaKno e legaem am

pbásicos exibem características de ama asss

tokftka.

çáo

Nos mapas aerogco8skos a unidade apresenta as-sinaturas variadas de acordo com a domminrhEtolõgfca.Assim, as porções máftcss exibem feições magnéticasplanares com abo relevo e normalmente muito baixo nívelde radiação gamaespectrométrica via de regra abaixo deSOOcps. Por outro lado, as porções eaderbíticas ecnarnoqafticas revelam médio relevo magnético associadoa radiações gamaespectrométricas moderadas (abaixo delOOcps) a altas (maiores que LOOOcps), com prcdomtaiodesses áltimos essencialmente aos coajuatoscharnoqufticos.

Nos domínios desse complexo, além da ocorrência de

€ conhecida a ocorrência de cobre relacionado aosgranofilos básicos.

L2X15 tdadeecomiacá»

Dentre as datações tentadas pela CPRM em convêniocom a FADESP, por motivos variados, apenas duasunidades tiveram os trabalhos condddos, ainda não-tas dos naturais problemas que envolvem a busca de umaanálise criteriosa.

Uma dessas imidades, o complexo Phm, pode seravaliada de duas maneiras: considerando-se todas asamostras analisadas, atinghi-se uma idade de 2SS6 ±97HUL, com RI Sr^/Sr86 de 0^00015, porém cem um valorOOUOO COaOO CStatDStlCaaaDBBtC VCatQ8Q61aTO*

Numa segunda tentativa, cootiderando-se apenas asamostras com ban» teor deRb, a idade calculada é de 1894± 13&D-*, com RI de ft7O2M ± 0A»l0 , e MSWD de 3.4.Muito embora o valor de MSWD seja aceitável, a coo-fiabifidade da isocrana calculada fica prejudicada pelofspalhamfwfo nmíto reduzido dos pontos dxpeiwwf Btaw

Renneet a i (1988), em estudos isotópicos^ArrAr embomblenda do complexo Phnn, indkam idade arqoeana(>27QQm*.) para o metamorfismo de alto grau daseqüência, com a biotita e o plagiodásio registrandosopcrimposíçio tn—"""^ftnira Esse dado parece ser omais confiável e compatível com a evolução arqueana dofiiiturão Itarit*fr*OT

Essa unidade muito se assemelha, principalmente emseus padrões estruturais, aqueles segmentos de alto grauidentificados a norte da serra dos Carajás, tanto na folhaSerra Pelada como aa folha Pacajás, Pelo menos no con-texto do cinturão Itacahmas, tal correlação 6 admitidacomo bastante provável Fora dos limites deste datarão,possíveis correlações poderiam ainda ser sugeridas, comoi» conjuntos granoUtícos do sudoeste do Amapá, e outrostambém assemelhados. No entanto, a falta de um melhorcontrole acerca da evolução estrutural deises últimos atepermite maiores extrapolações.

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26 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

12.12 Complexo Xinga

12.12.1 Histórico

Oliveira (1928), em trabalhos de reconhecimentogeológico ao longo do rio Xingu, descreveu pela primeiravez litótipos infracnistais no cráton Amazônica Posterior-mente, Guimarães (1928), trabalhando nos rios Xingu eFresco, fez referencias a esses litótipos, e Barbosa et ai.(1966), em trabalhos dos projetos Araguaia e Cobre doPará, denominaram essas rochas de complexo BasaL

Trabalhos posteriores, na década de 1970, como aquelesde Menezes (1970) nos rios Xingue Fresco, Tolbert (1970),na serra dos Carajás, Pinheiro & Jorge João (1970), naregião de São Félix do Xingu, IDESP (1971), na bacia dorio Xingu, Gomes et ai. (1971), na serra dos Carajás, Putyet ai. (1972), no Projeto Marabá, Marinho (1973), noProjeto Xingu-Araguaia, Beisiegel et ai. (1973), na serrados Carajás e Amaral (1974), em geologia pré-cambrianada região Amazônica, descrevem e denominam esseslitótipos ora como do Pré-Cambriano indiferenáado, oracomo do Embasamento Cristalino.

Silva et aí. (1974) introduziram a terminologia complexoXingu para yp^r esse conjunto de rochas infracrustaisocorrentes no cráton Amazônica Tal denominação passoua ter aceitação geral e a ser indiscriminadamente utilizada,em qualquer compartimento geotectônico, tanto nostrabalhos em escala regional como naqueles em escala dedetalhe.

Dezenas de trabalhos passaram a fazer referência àunidade, sempre numa concepção regionalizada. Ten-tativas de subdivisão foram encaminhadas por Martins &Araújo (1979), Cordeiro (1982), DaQ'AgnoI et ai. (1986) eJorge João et ai. (1987), quando propõem asindividualizações cartográficas de alguns granitóides do suldo Pará.

É proposta deste trabalho preservar essa denominação;no entanto, resguardando-a aos domínios do cinturãoItacaiúnas, uma vez que os litótipos historicamentedescritos correspondem, em parte, a produtos de umretrabalhamento de terrenos granilo-fftenstoru, bemcaracterizados nos limites da folha Serra dos Carajás.

12.122 Distribuição geográfica, morfologia e relaçõesde contato

O complexo Xingue a unidade de maior distribuição naárea mapeada, ocorrendo praticamente em iodos os seusquadrantes e estando presente nos dois grandes domínioslitostruturais do cinturão Itacaiúnas. Exibe excelentesexposições nos rios Itacaiúnas, Parauapebas e Cateté, nascuradas principais PA-279 c PA-275 (nas porções sul eNVV da folha), bem como nas estradas secundáriasutilizadas para seções geológicas entre a serra Sul e aPA-279.

Apresenta, via de regra, a morfologia arrasada, comraros morrotes isolados, fugindo ao contexto geralaplainada

Mantém relação de contato com quase todas asunidades ocorrentes na folha, com marcante par-ticularidade desses contatos niostrareui-MS coiicordantes,com contornos cm formas de lentes, com as unidades ar-queanas do cinturão Itacaiunas, tais como o complexoPiam, grupo Sapucaia, granito estratóide Plaque, grupoGrão-Pará e gnaisse Estrela. Por outro lado, 6 cortado pelamanifestação vulcanoplutônica do Protcrozóico Médio emostra uma interação gradadonal com o terreno granito-peautone do sul do Pari

1X1.2.3 Litótlpos, variedade, •iaendogia e textura

O complexo Xingu 6 dominado por termospeUográíkos extremamente sõdkos, mostrando diferentesgraus de anisotropia estrutural como conseqüência dasdiferentes taxas dê deformação superimpostas. Hádomináncia de tipos tonalíticos, a exemplo dos ocorrentesna rodovia PA-279 e nas proximidades da localidade deÁgua Azul Porções com marcante isotropismo estrutural,evoluindo a faixas fortemente foliadas (foto ü.1.1), ocor-rem com freqüência e marcam uma evolução estruturaldefonnacional heterogênea e progressiva. Estruturasmigmatíticas diversas são relativamente constantes e in-dicam estágios de mobilização variando de metatexfticos adiatexíticos.

Quartzo, fcldspato, biotita e bornblenda são fasesminerais de relativa facilidade de identificação em escalamesoscópica; as duas últimas, no geral, dispõem-se segun-do uma orientação preferencial que marca a dominantefoliação milonítka.

A textura é comumente ineqüigranular, porfiroclástica,com ocek» de quartzo e feMspato envolvidos por umamatriz geralmente granolepidoMástica.

Trondhjemitos granodíorfticos e granitos sãovariedades petrográficas ocorrentes em quantidades su-bordinadas, igualmente mostrando diferentes taxas dedeformação e de migmatfraffito. Em intima associação comos demais termos petrográficos, comparecemmesoencraves de anfibolitos de dimensões e formasvariadas. De um modo geral, esses corpos estão orientadosparalelos à foliação mílonítica.

Salienta-se que algumas dessas porções identificadas aolongo da PA-27S podem estar relacionadas a componentesda seqüência denominada grupo Rio Novo.

A rigor, os granitóides dessa unidade mostram umaassembléia mineral dominada por plagioclásio, quartzo,microclina, biotita, hornbknda, opacos, zireão, apatita,alanita, ± titanita, ± dorita, ± muscovita, ± calcita, emordem decrescente de abundância.

Oqiíartzooconecofflumentecomograotxenoblásücot,exibindo efeitos deformacíooaís com intensidade»

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SB.22-Z.A (Sena dos Carajás) 27

variáveis; os cristais de quartzo apresentam extinção on-dulaote e lamelas c/ou bandas dê deformação e podemformar agregados policristalinos com desenvolvimento desubgrios. Nos tipos fortemente mUonitizados, os cristais dequartzo experimentam intensa cominuição erecristalizaçáo com anelaçào e poügonizaçáo.

O plagiodásk) é do tipo atbita-oligoclásio, constitui umafase mineral essencial e ocorre como cristais tabularesmostrando gcminaçâo poüssintética simples do tipo albitae/ou combinada do tipo albha-periclina. Extinção on*dulante e lamelas de geminação curvadas são freqüentesnos tipos que atingem estágios mikmíticos. A alteraçãomais comum dos cristais de plagioclásio é representada poruma associação de sericitização, epidotização ecarbonatação parcialeseletiva. Ocasionalmente, intereres-cimentos mimerqufticos são observados de formalocalizada ao longo dos contatos entre o plagioclásio efeldspato potássico.

O feldspato potássico é do tipo microclina de moderadaa aba tricümddade, ocorrendo em percentual volumétricoinferior ao do plagioclásio. Geralmente apresenta-selímpido e inalterado e mostra comumente dimensõesocelares a matriciais evidenciando processos de blastese eneoformação com deformação em estágio protomilonfücoa mflooâico.

A biotita constitui uma fase mineral varietal deocorrência generalizada e pervasiva, em quantidades ex>tremamente variáveis e mostrando uma orientaçãopreferencial realçando a foliaçáo mflpnftira Mostra umacentuado pkocrofsmo amarclo-pálido a marrom-escuroe exibe àrcnntt anriahnfntr uma parcial alteração a clorita.Com relativa freqüência contém inclusões de diminutoscristais de areio metamictftico com geração de visíveishalos pleocróicos. De um modo geral, encontra-se intíma-mente associada à bornbknda verde fortemente pkocróicanos tons verde-olrva/amarelo-paHdo com passagens - emalguns espécimes - atíposhastingsôicos. Apatita,zircáo,i i ftlsniüic OD0COS $io ou Mnnftfios iffflfo

12ã 2A Acata >eg«ofi«icac

Oi representantes dessa unidade seguem um trendfr com nítido empobrecimento em ferro. Ap

natureza é dominantemente cõdica, com uma linhagemgranodioritomonzon&ica com jubordinadas evoluções àserieahinbopotisai<»eacon^)c«KÕessienogran&icat.

A assinatura ty*5t<*<Mffft5Wiftrifii do complexo Xingu écaracterizada essencialmente pelo registro de um relevo

alto a moderado, com os eixos dasmagnéticas arranjados em padrões anastomosados, onde otrpiJ geral cc4acidecomacficmaçao da fcJiac^odonfticamedida em campo. O reflexo aerogamaespectrooiétríco davaidade apresenta variações na intensidade de radiação

compatível com as litologias envolvidas. Assim, é sugestivaa presença de gnaisses granodiorfticos migmatizados egnaisses grangicos associados a porções subordinadas derochas supracmslais na porção mediana da folha, comníveis de radiação situados entre 500 e l.OOOcps e, local-mente, abaixo de SOOcps. Já no terço inferior da folha,rochas de composição mais tooalítica associadas com len-tes de rochas supracrustais refletem níveis radiométricosmais baixos, em geral inferiores a SOOcps.

Em sítios relacionados a esse complexo são encontradasvárias ocorrências de ouro, tanto em ambientes aluvkmarese coluvkmares como primários, principalmente ligados atrends de zonas de ásalhamento a sul do grupo Grão-Paráe nas proximidades de segmentos relacionados aseqüências úpogtenstone-bett do grupo Sapucaia.

12.121, Idade ecomlaçio

Os problemas de datações radioelétricas, táo comunsaté mesmo em unidades isentas de deformação, nãopoderiam estar ausentes no contexto do complexo Xingu.Assimé que Abnaraz(1967) e Gomes et aL (1971), utilizan-do métodos K-Ar, obtiveram idade média de 2O00nLa. paraos graniu», migmatitos, anCboUtos e gnaisses dos riosItacaiwnas, Parauapebas e Tocantins. Como exceção, háregistro, nessa época, de um dado superior a 3200nLa.referente à idade de um anfibolito da serra do Tapirapé anorte da folha Serra dos Carajás.

Trabalhos posteriores da HIDROSERVlCE(l973)nioconseguiram avançar no entendimento dessas idades,sendo sempre sugerido que as rochas estariam afetadas pordiferentes eventos, ou que poderiam ter sido rejuvenes-cidas pelo evento Transamazônico.

Gomes et aL (1975), com base em dados obtidos pelométodo Rb/Sr em rocha total, elaboraram diagramatsocrõnico de referência com Mnrif de 2000mA, inter-pretada como período de resfriamento regional. Um corpode anfibohto, no entanto, forneceu idade de 2500nLa.através do método Rb/Sr. Tassinari & Baseí (1980) e Cunhaet aL (1981), i a Cordani et aL (1984), utilizando métodoRb/Sr, alcançaram retas isocrõnicas de referências de2800nuL e 2000OUL com RI de 0,702 e 0,707, respectiva-mente, e atribuíram a idade m*is nova a efeitosgeodinimícos posteriores.

Montarvio et aL (1984) apresentam resultados obtidosem datações pelo método Rb/Sr em isócrona convendonaLpera gnaisses do rio Itacaiúnas. Uma idade de 2480 ±30m A com RI Sr^/Sr86 de 0,7072 foi alcançada, e já nestetrabalho o autor sugere uma compartímentaçáo entre asunidades rochosas da região do* rios Maria e Itacaiúnas.

Machado et ai. (1988), in: DOCEGEO (1988), obtêmidade U/Pb de 2851 ± 4mj. para migmatitos no km 16 daPA-275.

Como se vé, já se esboça um evtato ao final do Ar-queano, que deve corresponder ft milonitizaçâo regional,

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28 Ptaframa Levantamentos Geológicos Básicos do Bras3

responsável pela instalação do cinturão Itacaiunas, e umevento de reaquedmento no Proterozóico Inferior aMédia

No contexto do cráton Amazônico, tio maisfreqüentemente sugeridas e aceitas correlações do com-plexo Xingu com o Guianense, muito embora também essaanima unidade necessite de reavaliação em boa parte deseu domínios.

1JJ.3 Grupo Saaucuta

í2ã3A Histérico

A primeira referência oficial às rochas dessa unidadedeve-se a Hirata et aL (1982), ao comentar a ocorrência demetaperidotitos (talco-tremofita-cloritaasto) com textura

na estrada estadual Xinguara-São Feliz, nas

cordante com o complexo Xingu. Soa eatr?mklnde oestedenuncia ter sido afetada por relação intnisiya discordantecomognnkoanorogênko da serra da Seringa; soa porçãomais leste parece interagir com granitôides introsivossinánemiticos, não-retrabalhados, pertencentes ao par&asho-ffeenstone, que se estende para o sul, alem áo&limites da folha Serra dos Carajás.

1.2J3J Utótfpoa, variedade, urinenuegme

de fniwnicãft da iF**tyfr, de suas variedades litolõcicas ea DOCEGEO (1987) a man-

Constitui uma seqüência de rochas winanwttrt. denatureza metavulcanossedimentar, com paragênescs

diferentes estações geológicas fo"—*h tratar-se de umconjunto litológico dominado por metamafitos,metaultramafitos e metassedimenfos, cujo parfrio tex-turostratural t inerente aos efeitos produzidos pelaimionitizaçaoregioaaLDeiimnwdogeraltodwosltotqK»

i forte anisotropia estncural representada pormstomosada deaMSpfcna

caráter niQoniÜco. Nosoufouaçj

Araújo et aL (op. ck.) avançaram na caracterização a textura é tipcartográfica da unidade e em sua proputa evolutiva.

DOCEGEO(1988) abandona a denominação de grupo

oatoblasticinõk»{ticacomevidêodasder«&lefonnação.Nos

Sapucaia, passando a englobá-la no supergrapo Andori-nhas, náo atentando para o posicionamento geotectõnico

Neste trabalho, mesmo com impossibilidade demdtviduakzação cartográfica dos conjuntos fitológkosmenores, devido à escala do mapeamento, propõe-se a

çüp formal de grupo Sapucaia aos conjuntos* mtawHímMitaT»» qn» COmpÕem CSSC

sedimentos a textura é tipicamente tepidoblástko-porfiroblástica, com características milonfticasdominantes.

Os metaultramafitos constituem uma seqüênciavulcânica epimetamorfizada e transformada em xisto com

tako ± antígorita + opacos.Os metassedimentos são compostos por xistos

segmento de rochas sopraemstak, caracterizado como umsrttfixtone-btlt retrabaihado em regime dedoctü no final do Arqueano.

O grupo Sapucaia tem ma principal área de ocorrênciana porção sul da folha, nas proximidades da PA-279, e écortado pela PA-150. Estende-se em faba alongada commais de lOOfcm de extensão por 3 a 5km de largura emmédia, num ttmd preferencial WNW/ESE Outros seg-mentos mais locafizados e Kncarct são tiif*tf?fi*t íden-tificados em toda a porção centro-sul da folha.

A expressão de relevo da unidade é muito discreta nas«wgpnf do 1 BtnhiT e modCTíKfamM|*'>- realcüdn wag ima*gens radargeométricas, apeaas nas porções que fogem aopadrão E-W. Seu relevo e, em geral, constítuido por suavesondulações alongadas ao trend principal da unidade,variando localmente para terrenos arrasados ou paraelevações pronunciadas

A unidade, em saa porção maior, mantém contato coe-

em diferentes graus de cristalização, exibindoassodação paragenética envolvendo alma + bfctita ±quartzo ± muscoviu ± mkrodina ± dorita ± andahtzka± sinmanita ± áanka ± epfdoto + apatita + opacos +órcáo.

O grupo Sapucaia, com base em soas peculiaridadestexturais, estruturais e paragenéticas, representa umaseqüência epimetamorfica que, associada a outros dadosgeológicos, caracteriza uma seqüência ou um segmento dotipoyr<witon»-teftretrabalhao^dnranteamplantaçãodocinturão de fínalrt inifnto Itacaíonas. Textura sptnifoc(fotos Ü.L2a e UA2b) t encontrada em locais preservadosdo domínio mffai*Vratw^*vi> Textura HaitftfffM* refiquiaré encontrada WMktPa^<"T*'fc no di?"****"* metamáfico

partir de protõlítos vnVarK?nltrai**áík*off e basálticos,respectívamente.

Albiu-xistotmttscovfticosebiotfticos espacial eintima-meatc associado» un componentes vulcânico» denandamuma paraderivação a partir de um protólitosedimentogeníco com características composicíonaí»aruminotas, a deduzir-se da presença algo freqfiente detnmrratt in ytt^atna rnmplg«n« a*. ««*t^nrfífllSllrff pffifn-centes ft série poGmorfa de libcatosde aiunmúo antdrícos.

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S&22-Z-A (Sena dos Carajás) 39

l2ã3A At*

As lavas uknmáficas dessa iam wn<fkomalifticoqaeinortraiiina variação peridoüto-basáftica sem um gap drástico reconhecido. Esse trend iindicativo de uma evolução gcoqmmica oontroiada porfradonamento oüvíoico, acusativa de rochas cumulativas(MgO >30%).

Na cobertura) omagnetométrica a vaidade apresentaam padrão bastante característico, prinrinalmratc nasporções mafico-uhramáficas, onde 6 constante a presençade feições lineares desenhando un ako relevo magnéticocoos os cmos QAS ssodsliss ttncfltsoos oc ftjffOM SBSS'tomosada no Otnd geral de foliação. Esse padrãomagnético facUa a cartografia da «cidade, mesmo emáreas arrasadas. Nas porções —^—f^nr *MH*I o relevomagnético toma-se suave, mas, onde há coexistência comporções máficas de relevo forte, a caracterização da•• idade torna-se facilitada. No levantamentoaerogamaespectrométrico esse grupo rochoso refletequase sempre bniioi ufvas radiométncos, regutrados cmsua f—^-fnfalMarif •*«••" de SOO e IQOtm.

affa<*rnfos df frita iffgarimpos de ouro ahmonar e primário, todos eles ali-nhados em zonas de deformação concentrada. Alem doouro, na extremidade W da unidade registra-se aocorrência de amianto.

VLL3S Idade ecnndaelo

Aansendadeda noposicionamento cronológico da unidade. No entanto, asfortes similaridades ftokigimenKtalcfeaéticas, cornou-(•TaV •fDOffSCa^mHaVSk DQftS COflBO OC SQSQ6 4WflO6flSUua OCT™• h e m sugerir una correlação cronoütológíca dessaunidade com o grupo Tufnmi e outras scqtfnria* do suldo Pará. Apenas o padrão estrutural do grupo Sapucaiadifere daquele apresentado pelas supracrastais do sul dafolha Serra dos Carajás, por incorporar um rctrahalliamra-to crostal característico do cinturão de cisalhamento

12AA GrMtftocttratáidePtoomi

L2JA1 Histórico

NodommiodocrátoaAporção sul, já há algum tempo i Í tentativas de

• relacionados•ocoonlexo Xingu. Assún é que Martins & Araújo (1979)e Jorge Joio et ai. (1987) cartografaram o quedenominaram na época de granitóides GR e granho JoãoJorge, respectivamente. Tais registros, no entanto, tinham

da geração, do ida moríòlogia part

»de colocação(corpos.cate me

Araújo et ai. (1988) "frirtitkaram e cartografaram osgrankoides deformados lentkulares da foma Serra dosCarajás, os quais foram decominados de suite Plaque epreliminarmente interpretados como produtos da fusãoCfttStÂUB flaB*n*^|W^a* Q CVCQIO O 6 CIS3laaAaOCOtO ^lftf *||,

Neste trabalho, esses segmentos ienücularizados sãoentendidos como gerados, cvolnldosecolocados cm farimaassociasão com o cinturão ItacahmasTendo em vista as

nkadaridades composiciooaisc morfológicascorpos, propõe-se agora acrescentar à referenda

geogii^caPlaquêotermo informal grankoestratóide,<

taiuopor sua predominância compoácioMlfeição •orfolõgica muito sugestiva do seu igeração e colocação.

L U A 2

O granito estratótde Plaque tem distribuição bemgeneralizada a sul da serra dos Carajás aié as prammidadesda passagem do cinturão Itacaiüaas para o terreno granito-fftauume na porção SW da folha. A unidade pode serQOOSfuCfá%Dft POfllft QaOSfá1Au6 flBSfCO QOCUHnWanOltAdSOfldS

e é representada por segmentos alongados, len-ticalarizados, de comprimento e largura variados. Via deregra, a maior dimensão dos corpos dispõe-se num otndgeral E-W.

No que se refere 1 morfologia dos conjuntos in-

impir MO nos mosaicos df radar c mafi atfnuadn nas úna-gens de satéTte. Tal relevo é constkutdo por morros enurrotes de tCfosabauladoscoostitunMk>cc4quntc« orien-tados I"ffw itrijilnifiift» na iftr>» jff> gfrj»! Ha f

tatoOs gramtos estratoides Plaque mantém relação de con>

dante, prindpahnente com os Ctóopos do com-plexo Xingu, embora hajam relações localizadas com aseo,uênciagranoh1ticadork>Catete;cc«asnietavulcanícasdo grupo Crão-Pará no extremo-NW da folha, e com al-gumas lentes de supracrustab na porção central da área.

\2AA2 ogmetextara

Os graaitos estratoides Plaque são representadosaasua Ktotoric ****1*** por tipos de coinposiçáo fsifnria^TtfHf

granfüca, com diferentes intensídades na anisotropíaestrutural materializadas por espédes»tipo pouco fofiadasaté variedades marcadas por uma forte foüaçãomilonftica(fotos II.U e U.1À). Compreende rochas de granulaçãodominantemente média, eqütgraoulares aineqãigranulares, de coloração róseo-dara a roseo-aver-

Page 41: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

30 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

melhada e com índice de coloração hololeucocrátka aleucocrática.

A rigor, constituem biotita e/ou muscovita-granitos,onde de um modo geral a textura 6 granolepidoblástica,homogênea, eqüigranular ou heterogênea ineqúigranular.

A assembléia mineral é dominada por rnicroclina,plagioclásio, quartzo, biotita, muscovita, ± hornblenda, ±titanita ± clorita, alanita, zircâo e opacos.

A microdina ocorre como cristais subidioblásUcos demoderada a alta triclinicidade, geralmente como grãosocelares (foto 11.1.5), porfirodásticos reliquiares, exibindoefeitos de deformação por cataclase e milonitização. Oplagiodásiu 6 do tipo albita cálcica-oligoclásio sodico,mostrando contorno subidioblástico parcialmentesencitizado, com parcial transformação metassomáticapara ncomicroclina. Grãos ocelares reliquiares sãofreqüentes, exibindo efeitos de tensões internas e o desen-volvimento ocasional de uma frente mirmequítica par-ticuiarmente ao longo dos contatos com a microdina.

O quartzo 6 outra fase mineral rtnrnfíal. extremamentevariável em granulação, efeitos deformacknais e grau derecristalização. Extinção ondulante, lamelas dedeformação, formação de subgrãos e novos grãos, bemcomo forma ribooada são marcantes nas variedades commais alta taxa de deformação.

A muscovita e a biotita (cloritizada ou não) são as fasesminerais varietais dominantes, geralmente ocorrendo emíntima associação, dispostas segundo uma orientaçãopreferencial (foto II.1.6), e formando ou constituindo níveisou planos que ocasionalmente marcam os planos de dsa-lhameoto. Alanita, árcáo e opacos são freqüentes; atitanita e hombtenda, de ocorrência mais restrita, com-pletam a paragênese.

A» características texturais e míneralógicas sugerem um

com um mais avançado grau de evolução petrogenética emrelação aos granitóides componentes da unidade complexoXingu fflw flpytfltM iwfffltf pelo caráter *»*»«* potássico*g p pmicrociínico e pela ausência de macro e microrrestitosmáficos.

Í2.ÍÀÀ Aulnatnnugcoquímkaeteoflskaeocorréadas minerais

Essa * 6 constituída por rochas graníticas, comtendência dominantemente adamelítica mostrando li-nhagem alumiüosa e hiperaluminosa a coríndon normativo,com características de geração por fusão crustal.

A cobertura acromagnetométrica revela para taisgranitóides feições planares com padrões de densidade decurvas isomagnéticas caracterizando médio a baixo relevomagnético. Tais variações na intensidade, na forma dasanomalias e na definição dos eixos magnéticos, são con-troladas pelas variações composickmais e deformaáoaaís.Oi mapas aerogamaespectrométricos refletem mais as

variações composidonais da unidade, registrando valoresem métlht de l.OOOcps nos litóüpos graníticos e em tomode SOOcps nos termos menos potássicos. A forma len-ticularizada dos corpos é realçada nesse tipo de levan-tamento aerogeofisico.

Na unidade, apenas a ocorrência de um garimpo aban-donado de cassiterita foi registrada.

12A.4S Idade ecomlaçio

O granito estratóide Plaque, como a maioria dasunidades do cinturão Itacahmas, apresenta sérias dificul-dades para uma precisa caracterização geocronológica.Alia-se a esse fato o até então deficiente conhecimento eentendimento da uniriarlf., o que de certa forma muitasvezes não tem sido levado em consideração nas tentativasde datações de algumas seqüências.

Do que se conhece agora, dentro de um modelo deevolução crustal, onde um retrabalhameato por cisa-Ihamento dúctü é bastante evidenciado, tais conjuntosrochosos são entendidos como gerados por esse regime nofinal do Arqueano.

Dentro do cinturão Itacaiunas, transcendendo aoslimites da folha Serra dos Carajás, alguns granitóidesdescritos anteriormente como João Jorge (Jorge João, op.dt.) e GR (Martins & Araújo, op. dt.) podem sercorrelarionáveis ao granito estratóide Plaque.

122 Domínio transcíMrente

U2.1 Sistema t e m dot Carajás

Tf ndo f m vista que o nrmplf TO ""ffMi ""« » » í«fer«wdesse domínio, tem nesse contexto ocorrência mais dis-creta, já tendo sido sua descrição apresentada no tubitemanterior, sua abordagem aqui 6 dispensável

A distribuição das unidades e o arranjo estruturalsimplificado do sistema serra dos Carajás são visualizadosna figura II.1.6.

1211.1 Gnabsc Estrela

122.1.1.1 Histórico

Silva et aL (1974) ensaiaram a primeira tentativa deíndivídualização cartográfica dessa unidade quando lheesboçaram um contato litológico aproximado no domíniodo complexo Xingu, no contexto da serra homônima.

DOCEGEO (1981) individualizou e cartografou omaciço que compõe a serra Estrela, denominando-o degranito mtrusívo anorogénico tipo serra dos Carajás eSeringa.

Meireles et ai. (1984) denominaram de granito Estrela

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SB-22-Z.A (Serra dos Carajis) 31

•o batólito da serra homônima, fazendo o seguintecomentário: "embora de caráter intrustvo, é provável queseja de um evento mais antigo aos demais da área, pobapresenta-se foliado e gnaíssificado".

DOCEGEO (1967) ratifica o termo granito Estrela,considerando-o tentativamente no Proterozóico Inferior,ressaltando, no entanto, o caráter de incerteza doposicionamento.

Araújo et aL (1988) reconhecem a possibilidade de umanatureza intrusiva da unidade no complexo Xingu, ad-mitem a nftTMwf^r de "T* melhor definição para seuposicionamento estratigráfico, sugerindo-lhe uma idadearqueana.

Neste trabalho, em estudo mais detalhado da wwliKtrt

observou-se que o "corpo" Estrela possui variações

morfológicas, composicionais, metamórficas, defor-macionais e acima de tudo uma assinatura geofísica mar-cante que permite não apenas uma revisão na suacartografia como na conceituação de sua denominação.Assim, corroborando a proposta de Araújo et ai. (op. cit),apoia-se a utilização do termo "gnaissc", bem maisgenérico, em substituição ao termo "granito". Muito em-bora numa conotação composicional de relativaabundância tal termo pudesse ser considerado, ele nãoparece ser mais adequado para «Wipiar um conjunto comtamanha variedade de composição, metamorfismo edeformação. Do mesmo modo, a cartografia da unidade foireavaliada, não apenas apoiada nas seções geológicasefetuadas em campo, como também nos significativosregistros do levantamento aerogamaespectrométrica

Granito ( * )

W\ Formação Águas Claros

Formação Corajás

YJ Z Z\ Formação Porouoptbos

Y~JT\ Gnoitst Estr i la

•^ y Zono d* cuolhom«nto Comf CO*o»qomer>fO

s/ Zona d* cisolhomento/ ' Ironscorrtntc dtxtroi.

Zona dt cisalhaminto com cavolqomcntooblfquo sinistra*

« • Comoro.

/ Falho Coraiós-

_ Nflo.tnvolvido no rttrabalhamantodo cinturão Itaeoiúnas.

10 20 30 km

»«00' 49*>30'

Rã. 1.14 - DomMo tranwomnM - titt«na trt» dot Carajat ^Mribui^dMunidac^HioMrai^áiiew* arranjo Mtrutiiral

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32 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

122AJ2 Wsrelações de contatos

O gnaisse Estrela tem área de ocorrência típica na serrahomônima, na porção NE da folha Serra dos Carajás, aleste do rio Parauapebas c, principalmente, a sul da rodoviaPA-275.

Grande parte da unidade exibe relevo montanhoso, for-mando um conjunto ligeiramente clíptico, alongado nadireção WNW-ESE. Tal morfologia é bem caracterizadaem fotografias aéreas e imagens radargramétricas, porémmais discretamente nas imagens de satélite. Algumasporções da unidade, no entanto, apresentam-se em relevopeneplanizado, significando que os seus limites transcen-dem àqueles da morfologia mais acentuada, em outrasocasiões utilizada como guia cartográfico.

O gnaisse Estrela ocorre como encravado seguindo aorientação geral dos litótipos do complexo Xingu, manten-do ta***^"1 rfflariffaM^ntf* espacial com os metamorfitosdos gropos Grão-Pará, a suLe Rio Novo, a norte.

1.22X13 Uttdpos, variedade, mfamdogbi e testara

As variedades Biológicas da unidade Estrela têm umacomposição essencialmente granítica lato senso com tipostonaiíticos, granodioríticos e graniticos com diferentesgranulações, Índice de coloração e intensidades naanisotropia estrutural Localmente, são encontradasevidências de migmatização com diferentes padrõesestruturais, bem como paragêneses e aspectos faturaisindicativos de metamorfismo de alto grau materializado

gA mineralogia é dominada por uma associação de

plagíocláso, microclina, quartzo, bornbtenda marrom-es-verdeada, ± alanita, ± biotíta, * urdo, ± tkanita, ±cpttoto, ± opacos, em ordem decrescente de abundância.

A textura é geralmente granoblástíca agranonematoblástica e poligonal, homogênea oufqftigTqiniiflr Material cristalino comínuído é presente deum modo geral em quantidades subordinadas, carac-terizando uma dominância de tipos protomilonítícos.Hornblenda nurrom-parda a esverdeada, microclinameiopertftica e a relativa abundância de áreão e alanitasão elementos bem distintos da maioria dos litótipos daunidade Estrela, com metamorfismo dominante naUansaçiodafáciesmctamórrJcademédioaaUograu.

AssinaturMgeoquímicaeg«oOska<ocorrências mhwnis

Esses litótipos mostram composições essencialmentesíenogranfticas ou domínsntenieote potássícas. Seguemunia linhagem toleftica com nítido eariquectmeato emtetro e um (ndice petrogenétíco superior è unidade.

O padrão aeromagnétko da unidade 6 caracterizadopor uma intensidade magnética moderadamente aba,como aquela exibida pelo complexo Xingu, sem, no entan-to, revelar a feição planar tão marcante daquela unidade.No que diz respeito i assinatura aerogamaes-pectrométrica, £ marcantemente anômala em registro ob-tido, mesmo em mapa de contagem total. Os níveisradiométricos da maior porção da unidade ultrapassam2-OOOcps com boa parte ultrapassando os lOOOcps c atéalcançando 4.000cps. Tal padrão, além de constituir amaior e mais intensa anomalia radiométríca da folha,auxiliou no entendimento da cartografia da iw**i*f/f*. ex-trapolando muitas vezes os limites indicativos datopografia.

Nesse conjunto rochoso são cadastrados vários g»«m-pos de ouro ahmonar, todos eles "coincidentemente" ali-nhados com trtnds de zonas de cisaihamento.

L&2JJL5 Idade ecorrdaçfe

Até hoje nenhuma datação radiometrica foi tentadapara a unidade, e os ensaios de posicionamentocronológico têm sido apenas especulativos. No entanto, ébem sugestiva uma afinidade espaço-temporal com o com-plexo Xingu, muito embora possível relação de intrusãoantiga não possa ainda ser descartada. Dessa forma,preliminarmente pode-se admitir sua posiçãoestratigráfica entre o complexo Xingu e o grupo Grão-Pará.

12212 Grupo Grfto-Parft

I22.í2á Histórico

A primeira referência a unidade foi feita indiretamentepor Moraes Rego em 1933, quando, trabalhando no rioIlacainnas, registrou a presença de formação ferrffera naregião da serra dos Carajás.

Barbosa et aL (1966) fizeram referências mais diretassobre a geologia da serra dos Carajás e associaram urochas ali ocorrentesã formação PiauL

A partir de 1967, quando geólogos da CompanhiaMeridional de Mineração descobriram depósitos deminérios de ferro, a área passou a ser alvo de intensaspesquisas geológicas.

Tolbert et aL (1970) fizeram as primeiras tentativas deum empilbamento estratigráfico para a região. Houve oreconhecimento de "*"de seqüências metassedimentares associados comítabiritos e mais localmente com metavulcânicas básicas.Em discordância com essas rochas, os autores descrevemarenitos e conglomerados correlacionados à formaçãoGorotire proposta por Barbosa et aL (op. ctt.).

Outros autores, como Suszczyntky, Rezende & Barbosa

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S&22-Z-A (Sem do* Carajás) 33

e Poly, no ano de 1972, referem-se às rochas da serra dosCarajás, especificamente ao que denominavam de"formação ferrffera".

Ainda em 1972, as equipes da CVRD e da CompanhiaMeridional de Mineração introduziram a denominação degrupo Grâo-Pará, para englobar as seqüências de rochasvulcânicas denominadas de paleovukânicas superiores einferiores, e o minério de ferro iubirítico denominadoentão de formação Carajás.

Liandrat (1972) reconheceu na área três «mMJa'fc*< Àmab antiga, contendo o protomincrio de ferro, chamou deformação Carajás, e às outras, de formações Zé Gladstonee Igarapé do Ouro, correlaaonávcis, segundo ele, ásformações Rio Fresco e Gorotire-Cubencraquém, respec-tivamente.

Beóiegel et aL (1973) e Anderson et aL (1974) seguembasicamente a estratigrafia proposta pelo consórcioCVRD/CMM (1972), e mantém a denominação deformação Gorotire para o pacote sedimentar da serra dosCarajás.

Suva et aL (1974) ratificam a denominação do grupoGráo-Pará, posaonando-o no Pré-Cambriano Superior aMédio, posterior ao grupo Tocantins, e passam a cor-

Rio Fresco de Barbosa et aL (op. à t ) .Isler (1977) adotou a terminologia de grupo Grâo-Pará,

concluindo que se trata de um pacote rochoso metamor-trraAn çm fácíf> xisto-verde a anfiboiito.

Outros autores adotaram também a denominação degrupo Grão-Pará, a exemplo de Valarelli et aL (1978) eMartins ft Araújo (1979).

Santos (1960) adota a mesma terminologia, mas propõea separação das rochas Quartzfticat, anfibohticas e xistosascom formação ferrffera l?iindadit 4fnt^ntnmtu1^n de

Meyer ft Farias (1980) definem a seqüência Salobo-Pqjucaa partir da descoberta das jazidas de cobre naregião.

No ano de 1982, vários autores como BcrnardeDi et aL,HirauetaL,TasimarietaLeCordauctaLadotamotermogrupoGrio-Pará. Nesse mesmo ano,Hirata et aL propõemnova ooinni estrafjgránca informal para essa província,bdumdootgn»nsfari*4ete no complexo Xingu, retirando• formação Rio Fresco do grupo Uatumi e posicionando aseqüência Salobo-Pojoca discordantemente sobre o em*hasamento e abaixo do grupo Grão-Pará, até então ad-mitido com idade proterazóica. No trabalho de Tasiinariet aL (1982), datações c a rochas da seqüência Safobo-Pojuca revelam idades em tomo de 27000*. (Rb-Sr).

Medeiros Neto ft VíDas (1984) consideram a formação

1984, Mdrelcs et aL denominam a parte inferior do grupoOrio-Pará de formação Parauapebas e ressaltam aocorrência de rochas vnkanofeisícas anoriadai com asmáficas. Fyneírat ft VíDas (1984) e Serique ft Ramos

(1984) discordam da correlação entre a seqüência elásticade cobertura da serra dos Carajás com a formação RioFresco de Barbosa et aL (op. ck.), e apresentam argumen-tos e evidências nesse sentido.

Wirth et aL (1986) dão importante contribuição para oconhecimento da geologia da folha Serra dos Carajás eapresentam datações radiométricas pelo método U-Pb, emzireões do graniu? Central e mctarriolitos do grupo Grão-Pará, obtendo respectivamente idades de 1820 * 56nn. e2758 ± 39nuu Concluem a™Ha que feições estruturaisligadas a processos de rotação e boudinagem são comunsnos pacotes rochosos do grupo Grão-Pará. Ainda em 1986,Gibbs et aL interpretaram as rochas vulcânicas do grupoGrão-Pará como produtos de um vulcanismo continental,a partir de material mantélico contaminado a nfvel crustaldurante o processo de ascensão e diferenciaçãomasmática.

DOCEGEO (1987), em encontro do IGCP, propõe umarevisão na coluna estratigráfica de Hirata et aL (1962). Sãosugeridas as denominações de grupos Salobo, Pojuca,Gráo-Pará, Bahia e Buritirama, de *í*d* arqueaca, comofazendo parte do supergrupo Itacaiúnas.

Como modelos geotcctõnioos, várias tentativas foramte na década de 1980 com Cordam

& Brito Neves (1982), Hasui et aL (1984), Lima (1984),Santos* Loguércio(1984) eDardenneetaL (1987), todoseles demonstrando, no entanto, a carência do nível deconhecimento para considerar a região como bem»definida.

É ffwnum. na maioria dos trabalhos, "*"« proliferaçãode terminologias, e os modeUunentos tectonicos apresen-tados baseiam-se fundamentalmente em estudospetrográficos e gcocronologicos,melhor cntmdímfnto da evolução estrutural da área, inter-pretada clasácamcnte como um sincJinorio falhada

Recentemente, com os trabalhos desenvolvidos pelaCPRM para o Programa Carajás, Araújo et aL (op. ck.)propõem um modelo alternativo para a megaestruturaçãoda folha Serra dos Carajás, mostrando que ela faz parte de""" cinturão de r*t^""icnto dflrtil caractcri^ylo p"* <V>Ú

l

a twfft

p ) |de unas de císalbrrprfiffiPHft df uma twfftnica f w w f pw

siva, e o segundo, a norte, representando parte de umagrande estrutura em flor positiva ligada a um sistemad r i * d á J A ti d t ^ ^ tpt descartada a idéia dáasíca da estrutura sindmorialproposu por Betsíegel et aL (1973), bem como um arranjogeométrico úpopop up para explicar a estruturação diver-gente do grupo Grão-Pará.

At limitações impostas pela escala do trabalho e acarência de informações geológicas de detalhe impedemgrandes avanços na definição do arranjo estratígráfico,naturalmente complicado pela própria lenticularização eimbricaçáo generalizada das unidades.

Ainda assim, as várias contribuições prestadas prfav

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j-, > iugt<uu« LXVil osoeológicos Blur i do Brasil

cipalmente pelos trabalhos mais recentes, onde sãodescritas feições geométricas particulares nas váriasunidades, permitem entender o grupo Grão-Pará comoevoluído a partir de uma bacia ligada a um sistematranscorrente preenchida na fase distensiva por espessaseqüência vulcanossedimentar e formações ferríferas, teu-ticularízadas e imbricadas durante a fase de inversão.Como os diferentes conjuntos rochosos atribuídos a váriasunidades distintas (seqüência Satobo-Pojuca, formaçõesCarajás e Rio Fresco) etc, apresentam o mesmo padrãodeformacional, elas passam a ser entendidas como in-tegrantes do grupo Grão-Pará.

Nesse contexto 6 proposta a manutenção do termoformação Parauapebas (DOCEGEO, 1984, in: Meireles etaL, 1984) para designar a seqüência metavulcânica dogrupo, bem como a preservação da nomenclatura Carajásde Beisicgel et ai. (1973) para as formações ferríferas.Quanto à porção "ytawf^fTTnFji bastante preservada eisenta de deformação apenas na porção mais interna dabacia, a própria conotação cronológica e ambiental doconjunto torna mais coerente a mudança da nomenclaturaRio Fresco para formação Águas Claras, como propostopor Araújo et aL (1988), nome do igarapé que encerraexcelentes exposições da unidade.

122A22 DÍ5triboiçáogcograOcm,moríologUerelações de contato

O grupo Grão-Pará, como agora definido e envolvendotanto as formações ferríferas (formação Carajás) e asmetavulcânicas (formação Parauapebas), como os metas-sedúnentos (formação Águas Claras) da serra dos Carajás,ocupa»""» área de aproximadamente 1/3 da folha traba-lhada, dispondo-se notadamente na sua porção central,mais superior, preferencialmente no interflovio

bAs porções metavulcânicas e as formações ferríferas

têm áreas de ocorrência mau significativas nas bordas daestrutura, onde é comum o caráter I<*nf'<*w^r''7ft/^rt *frwfl*titologías, até mesmo com segmentos metassedimentares.

As porções metassedimentares têm ocorrênciasregistradas nas porções marginais da estrutura, mantendo,no entanto, maior expressão ar èal para o teu centro, ondeo caráter deformacional e metamórfico diminui, até tornar-se ausente.

A morfologia do grupo é bem caracterizada por umafeição megassigmoidal alongada e rotadonada sinistral-meute n u direções WNW/ESE. O relevo do conjunto émarcadamente acentuado, com serras de cristas mais alon-gadas nas bordas da estrutura e mais abauladas para ocentro.

Ai relações de contato das -•df**' do grupo Grão-Pará entre si, como já destacado anteriormente, são deformas essencialmente lentícularcs t imbricadas, notada-mente "aff porções tlt%\* —ygwnMf da bacia.

Em relação às outras unidades do ente io , o grupoGrão-Pará mantém contato coaformivd com o complexoXingu, com o gnaisse Estrela e com os grankos estratóidesPlaque e tem sua porção metassedimmtar cortada discor-dantemente pelo granito anorogênico da serra dos Carajás(Central).

1.2-2.1.2.3 Utótfpot, variedade, mlnenüogUe textura

A formação Parauapebas é representada por umaseqüência metavulcanomáfico-félsica. Metabasaltos emcxadaátossiooslUótiposquedtanmamaunkladeanbin-do efeitos de transformação mineraiógica e recristamaçãometamórfica inerente i fácies xisto-verde baixo a aho. Nosmetabasaltos a textura é geralmente blastofitica e aparagênese é constituída por plagtodásio-actmolita,diopsídio reliquiar, matriz mkrocristalina, quartzo subor-dinado, titanita e opacos. Os mctarrioütos e metadackosmostram uma textura geralmente blastoporfirftíca e uma

numeral representada por quartzo,]fsldspato potássico, matriz microcristalina e «•«•«*«»* fer-romagnesianos alterados. De um modo geral essaseqüência metavulcanomafko-féUica mostra variadosgraus de clorltização, silicificação, carbonatização eepidotízação. f^^'^wahn^w^ £ observada a presença devesículas preenchidas por esses minerais secundários.

A formação Carajás compreende a formação ferríferabandada e os corpos de minérios de ferro associados.Intimamente relacionadasa esses tiposUtológicosocorremfyiftdat jaspcbticas de conspícua laminação, com níveismilimétricos e alternados de quartzo micro a criptocris-talino e níveis de oxido de ferro (hematita, martita e subor-

A formação Águas Claras constitui a componentesedimentar da seqüência supracrustal e é representada porlitofádes psamopelfiicas com contribuição química subor-dinada. Metarcnilos consiomeráticos, iurtw****^!*^ local-mente com aspectos brechóides. Os metarenites sãoconstituídos por um agregado de grãos de quartzo e frag-mentos de rocha, inalsflfckHmWt associados a uma sig-nificativa matriz sericítica e cimento silicoso c/ouferrugmoso. A matriz essencialmente sericftícaé resultanteda recristauzacão metamórfica de nmtrna? caulíníco emcotidíç&ci que variaram do yffWfMrtamftf inft A fáciesxisto-verde. A textura é elástica por deposição, cm quegrãos de quartzoegraos líticos parecem "flutuar" na massamatridalfonnada por agk)UKradossericu1cose, ocasional-mente, os metarenhos mostram um avançado estágio delitificaçáo e diagénese. Incipientes processo» defor-macionaís tendem a um rearranjo lextural imprimindo umasutil anisotropía estrutural.

Siltitos e argüitos de cores variegadas, bem-lamínados,Ar a«pwyfp ftymiff», e«lãfl lncalm^ntf aMOCÍadot a WWadW

fffffan e representam o topa da

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S&22-ZA (Sena dos Carajás) 35

deitai eaudosa

O processo de inversão pelo qual passou a bacia queacote sedneatar qae coastitnU foroiaçio Águas

Claras provocou uma lenticularização das <•»•»»«*»«obliterando, em parte, as estruturas sedimeataresM M M M | | C pnOOpttHBCOtC flatt DOCOOCS flBSnDDfltt QS DflQmV

[ j UaTaUUO flattv wCCBOOOSBWÍttÈCUOO O6SS6S SO^HDCaVatOS SliO

permitiu, à luz dos trabalhos de mapeamento executadosno projeto, uma estimativa sobre a espessura do pacote e acaTtoenfiadesaaslit<>Kdestes.

aldos -a própna geometria dtfcomo a qualidade e a dcicontiiiiiirtadf

dos afloramentos estudados, foi possível diagnosticarquatro Htofácies com base na aaáüse dos seguintes

ras seduncatares, textura macroscópica egeometria, qoe f-^tírim ir itrr a reconstrução p*»**"•

a) LkofaoesAcaEssa litoficies é constituída por arenito com

estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte. Oarenitoéde cor dnza<sbnnqin>da,granaiometria médiaa grassa, imaturo, sericftico, moderadamente selecionado,consunuoo prennininanirniriHC oe grãos oc munzo suo-

moderada extensão lateral e uts que variam de 0£ a 1de espessura, apresentando ainda milimétricasmtercalações de material pdfúco. As estruturas sednuen»tares detectadas, juntamente com os aspectos texturatt,

interpretar que se nata de depósitos de

b) UUtéáeêAa*E representada por arenito com incipiente estratí-

ficaçjk) ei uiaMStsintéfica de baiio angulo. O arenito é decor cmza-esbraiHpriçada, granulometria média, imaturo,moderadamente selecionado, serícítico, constituídopredomtaaatemente de grios de quartzo subangulosos esubarredondados. Geometricameate exibe a forma delobos macrossígmoidais e é interpretada como umptlfTUinbiffntff df frcalf dfltatm

e) LitouaesAppNessa Utofáries foram englobado» os arenitos com

pltno-paralela de grande porte, coloração, granalometria fina a média, benv

•dacionndoa, fwittítiihkn prHiTfHantfinfatff de grãos

dequam idoadade

i de OtS a lflm. O paleoambiente 6interpretado como depósitos eólicos resultantes doretrabalhameato das dunas do sistema QuviaL

d) IitofaaesPlpSão peitos fina e incipientemente Hr*—*» de modo

paralelo. Exibem coloração avermelhada, dnza-escura apreta, até marronvarroxeada. As tonalidades daa preta e marrom são devidas i matéria orgânica. Geral-

sevideadamestruturaçãointeniade aspecto rtnrico,larguaeaílteem

CBCa^aT^B ^# uYmmvS dflaMmV â?Bm^DCG^BMnmmHawMiE6v

i tabular compcrsistfncia lateral, e são interpretados como depósitoslagunares, em ambiente restrito de baba energia.

torna-se possível caracterizar duas associações, as quaisdesignaremos de A eB.

Associação A^4" r**flhífr>d

Acaaimopn!d<>nThianteeAmseAppcomosnbordhiari«t

ando períodos relativamente curtos de diminuiçãopde energia e períodos relativamente kngos de estiagem.

iaçãoBConstituída FIp,étaterpretada

tação de material fino emrasas, calmas, em lagos restritos com presença de matériaofgauca.

- • - • — •

Imdalmente, antes de tecermos considerações sobre ainterpretação do paleoambiente deposkíonal da formaçãoÁguas Claras, alguns comentários devem ser feitos comrelação à retrospectiva histórica dos trabalhos que sereferiram a esses sedimentos encontrados na serra dosCarajás.

Há quaaf dna» dlradat. tprCT»*""1^"*"*8, "* tetfimen.tos ocorrentes na serra dos Carajás tem sido objeto deinúmeras considerações, no aspecto descritivo do perfilfitostratigráfico e sua correlação com outras unidades decobertura do cráton Amazônica Contudo, não se obtevemuitos avanços no propósito de realmente definir opaleoambieatedeposkiottaL

Page 47: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

36 Programa levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Ramos et aL (1984) fizeram a primeira tentativa comem análises granulométricas, comentando que o

pakoambtente para esses sedimentos muito se asseme-lharia aos de ambiente fluvial.

Figueiras & ViDas (1984) foram os primeiros a concluir,com base na textura e estruturas sedimentares, que omodelo de ambiente deposidonal, altamente viável paraesses sedimentos, seria o fluvial de rios anastomosados.Concluíram, também, que os litótipos dasdreunvizinhanças do granito da serra dos Carajás cor-responderiam à seqüência mais distai c, ainda, que as áreas

• quantidade de fração pelítica seriam aquelascom distâncias ainda maiores.

Cunha (1985), com base nos aspectos tectonossedimen-tarese na descrição litológica, concluiu que havia um com-plexo sistema de deposição dirigindo-se de oeste paraleste.Comenta ainda que a presença de material carbonosoparece indicar condições de paleoambiente lagunar ou

i i i j admite que os arenitos quartzososf raHot mg« ypm y i q SfdHlflltaçãO f T n amhirnfcal-fluviaL

figueiras et aL (1987) interpretaram, com base na tex-tura e nas estruturas sedimentares, os sedimentos ocorren-tes na s e m dos Carajás, mais precisamente nas cercaniasdo granito Central da serra dos Carajás, como a seqüênciamais distai (barras transversais) e proximal na serra doParedão (barras longitudinais), de um sistema fluvial derios entrelaçados. Os ritmitos e pclitos seriam os depósitosassemelhados a fades de transbordamento ou planície deinundação. Foram constatados também depósitos deorigem eólica.

orna revisão Krnttrarigr fi a da provínciamineral de Carajás, a equipe da DOCEGEO-DistritoAmazônia, em 1988, aborda de modo sncinto, com base cmdescrição litológica, que a seqüência sedimentar foidepositada numa ampla bacia que cobria desde asproximidades de Serra Pelada até a área do Cumaru, pas-sando pela região de R » Maria, e que hoje restaram apenastestemunhos preservados em calhas de sindinais abertas.Admitem, p**Mfl, que essa seqüência constitui-se, básica*mente, nona seqüência elástica transgressiva, pelo fato deencontrar-se depositada sobre .várias outras nnídaóVs. Em

'termos litologkos, comentam que na base a granulometriat grossa, gradando para sUtitos e sedimentos químicos notopo.

Silva (1988), em seu trabalho sobre a mina de manganêsdo Azul cita que, para Anderson et aL (1974), os sedimen-tos do Azul foram depositados em bacia lagonarsubsidentce rasa em ambiente epicontinental.

Ainda no ano de 1988, Coelho & Ferraioli, numa ten-tativa de empimamento estratigráfico dos sedimentos daserra dos Carajás e baseados em descrição lkológica ecorrelação com outras áreas, abordam que os con-gtomerados basais e arenitos conglomeráticos do Azul es-tariam relacionados a no ambiente fluvial. Os arenitosfddspáticos e/ou arcózíos e sihíto*, com impregnações de

matéria orgânica que ocorrem no topo da seqüência,seriam sugestivos de ambiente lacustre com influênciamarinha. O aparecimento de siltitos e folhemos, con-secutivamente, evidenciaram uma transgressão «"«rinhnFinalmente, os pelitos negros, carbonosos, com matériaorgânica sapropélica estariam relacionados a sítios deentremaré c/ou mangue.

Como podemos observar nesse breve levantamentohistórico, em que pese os esforços de vários pesquisadoresnos trabalhos que fazem referências sobre o ambiente dedeposição da seqüência sedimentar da serra dos Carajás,com exceção ao trabalho de Figueiras et aL (op. dt ) , quepromoveram a integração dos critérios Mag******* como:textura, estruturas sedimentares e geometria, que julgamosde maior importância para interpretação de ambientesdeposidonais, os demais autores, apesar de contribuírempara o avanço do conhecimento, não estiveram embasadosna integração desses critérios primordiais no que tange Aelucidação dos paleoambientes deposidonais.

É bem verdade que ainda serão necessários trabalhosem escala de detalhe para se chegar ao mapa fadológicodessa unidade. Contudo, apesar do estilo tectõnico queenvolve a formação Águas Claras e a escala de mapeamen-to do Programa Grande Carajás, o intuito dos autores destetrabalho não é outro senão o de contribuir para melhoraro nível de conhecimento, & luz dos dados coletados nodecorrer do mapeamento.

Sem desabonar nenhum trabalho anterior, e certos deque a nossa interpretação não é definitiva, são teddas asconsiderações a seguir.

O ddo deposicional da formação Águas Claras, noâmbito da área trabalhada, implementa-se com arenitos degranulometria média a grossa, com estratíficaçõescruzadas acanaladas de pequeno porte e intercalações

arfnitot f'wi'fp**1 fra*wpri*tr p***tração num regime de fluxo inferior e representam osdepósitos de dunas twbsQuátVtit de vi* littnni fluvial dotipo braided, em sua porção mediana Esse sistema é debaixa sinuosidade, não-confúwdo e de energia moderada,demonstrando períodos curtos de dÍTPÍtwffift da energiade transporte, registrada pela intercalação de pelitos. Essesdepósitos estão bem caracterizados nas exposiçõeslocalizadas na vicinal do lago da adutora, na estrada N4/N1enoAretão.

Em sua trajetória, esse sistema fluvial atingiu corposd'agua, provavelmente lagos, registrando-se, então,depósitos constituídos de arenitos de granulometria média,com incipientes cruzadas assintótícas de baixo ângulo, exi-bindo uma geometria de lobos iigmoidait, com direçãopredominant'.; de SE para NW, interpretados como fazen-do parte de um paleoambiente deposicional de frente del-taica. Esses depósitos podem ser verificados nasexposições localizada! na vicinal da pedreira do granito daserra dos Carajás e na estrada Pojuca-Bahia, próximo aoigarapé Águas Claras.

Em seguida, o sistema fluvial experimentou um período

Page 48: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-Z-A (Serra dos Carajfc) 37

4c estiagem prolongada, com a instalação de umAndo, o que possibilitou a ação eólica, retrabafliaado asdonas, originando os arenitos de granulometria fina amédia, bem-setedonados, com estratificação cruzada tan-gendal de baixo ângulo e geometria tabular, constituindo-se nos depósitos eólicos. As melhores exposições quedenotam esse tipo de depósito estão localizadas no rioItacaiunas, próximo ao limite norte da folha.

O processo de tectônica distcnsiva que provocou aimplantação da bacia Carajás provavelmente originou aformação de lagos, que podem ser adjetivados de lagostectónicos. Nesse ambiente desenvolveu-se umasedimentação oep^oa,Siueincipientenientelcom estruturação interna rítmica, carbo os, e com restosde matéria orgânica, interpretados como depósitosrclarionadou a um ambiente lagunar, restrito, de águasrasas e calmas, formados às expensas do material emsuspensão. Esse ambiente serviu de anteparo para aformação dos lobos sigmoídais de frente dehaica. Osdepósitos lagunares estão bem caracterizados na estradaPojuca-Bahia, próximo ao igarapé Águas Claras e na minade manganês do AzuL

Em que pese não terem sido encontrados outrosdepósitos dessa ambiêntía, não se descarta a possibilidadeda existência de outros lagos na região. Estes, provavel-mente, foram assoreados pelo síitffffia fluvíaL

Finalmente,, a influência marinha nos depósitoslagunares levantada por alguns autores não encontrasuporte nos atributos utuaados para a diagnose de Eadesneste ambiente deposicional,

Como já reportado anteriormente, a qualidade dasaposições e a evidente rotação sinistrai da megafeição•igmoidal do grupo Gráo-Pará e, em particular daseqüência sedimentar denominada formação ÁguasClaras, constituiu-te num problema para o estudo daspaleocorrentes. Assim, dos afloramentos fttwdajfflt so-

mm foi escolhido pelo» amores para efetivação desseestudo, pi nteporqn ifle «orepcm grande f^posítão a fácíes predominante do líttfinafluvial e exibe com certa clareza estruturas sedónentaresprimárias pre

O afloramento recebeu a identificação RN-339A e estáloc»hyaò\)noAreiao,nâsdrcnnvÍ7inliançMdogranitoda•erra dos Carajás, onde foram tomadas 102 medidas. Aforma de leito é representada pelas donas subaquáticas eo plano medido foi aquele da* cruzadas acaaalada*,estrutura que se apresenta entre outras que podem serotflgada» para ene estudo como a mais fiel ao sentido dapajeocorrente locaL

O estudo das paleocorrestes revelou que o vetor médiotendência aprorimadamente central, na

consistência encontrado, o que implica ser necessário ummanrntoncro de nKdklasdapakocorreiite Mesmo assim,analisando de modo global as paleocorreates medidas,podemos concluir que a tendência da sedimentação dosistema fluvial foi para o qoadrante NW, isso implicandoque a área-fonte deveria se encontrar no quadrante SEpara o afloramento investigada

590

230 130

220 140210

200190

FOLHA: SB 22-Z-A

UNIOAOE Formocõo Aqw» Cloro»

ESTAÇÃO: HN - 3 3 9 A

SISTEMA OEPOSiCtONAL

FORMA OE LEITO. Duno SuDoqutfico

PLANO KEDIDO. Cnitodo Aco»olado

ESCALA: 1 . 3 .

NÚMERO DE MEDIOAS (n) : 102

VETOR MÉDIO (XV) 18°

«OICE OE CONSISTÊNCIA ( L i : 1 9 %

\22AXA egeoOskac

direção W (figura H.1.7), devido ao baixo índice de

A caracterização geoquímica da seqüênciametavulcftnica do grupo Orão-Pará foi objeto de estudo deGibbs et aL (op. d t ) e Wkth et aL (opxit), com essesautores chegando às seguintes conclusões:

- fortesevidenda«denicofporac>k)a^CTe«ucoiiliiien-tal mais antiga, pelo magmatismo básico;

. bBiwdaBdadc composicional representada por basal-toserMR^comausIacíadeandeskos;

- caractcristícas químicas de basahos continentais;

Page 49: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Geológicos B a m » do Brasil

- cai relação aos batata»queconento de K, Rb, Ba e conteúdo de LREE;

— fm frfac*** uot basafci "*deficientes em Tb, Nb, Sr. PeTL

Oslevaitfimrafnsaerogeoasic efa paraognipoGrão-Pará três padrões arromagnfticos bem distintos c decerta forma muito bem-relacionado6 as soas respectivasformações. Assim, a formação Carajás exibe relevomagBétJcoakoamuitoalto. com anomaliasdipolaresmaisfreqãentesemtenàdadeimgn^rtr» entre 2^00 c3jQ0QnT.

das formações ferrffcras, mostra padrões de relevomagnético médio. Por fim, o padrão de asais baixo relevomagnético é apresentado pela formação Águas Claras,notadamente na porção mais central da estrutura.

•A utfuumaunQaVui ulCYQfYSCanOumVtnCul OO a^^BPO \ÍTWS^w9fm

caracteriza-se prcferesKialmente por babas a toa deradiação associados a formação Carajás» Quase ir IHÍT*Tatuados abano de SOOcps. Na formação Paraaapebaspredominam nrVeis superiores a SOOcps, localmenteultrapassando LOOOcps, nas porções ácidas. A formaçãoÁguas Claras, no sen conjunto maior, exibe níveisradmnétricos acima de SOOcps, embora sejam freqüentesbaixos radiométricos. quando a unidade apresentalemirmarizaçáo com formações fciilfaas.

Nesse conjunto rochoso são rrlarionadas à formaçãoParanapebas, alem de solfetos de cobre, ocorrências deouro atnvionar «unhadas com zonas de risalhamcnfo Na

tos de ferro, tanto nos domínios da serra Norte como naserra SoL No contexto da formação Águas Claras, além damina de manganês do Azul, são conhecidas ocorrências deouroe cobre associadas a porções lenticularizadas dasformações Paranapebas e Carajás.

Umgrande avanço no conhecanentoeentendimentodogrupo Grão-Pará foi conseguido a partir dos estudos deGibbt et aL (op. dt.) e Wirth et aL (1986). Esses autores,além de caracterização •composicional da unidade,efetivaram estudos radiométricos aos zireões demetavulclnícas ácidas decompostas, alcançando umaidade U/Pb de 2758 ± 39UUL Gibbs et aL (op. cã.) deter-minaram também aL-avés de Rb/Sr em rocha totalisócronat de 2687 ± 54snx, com razão inicial de Sr de0,7057 ± OfilQ, demonstrando alta relaçlo Rb/Sr nomaterial incorporado pelos basakos. Ainda assim, estab*-

doas idades são considerada flarese respaldam para o* autora "a primeira indicação de queo grupo Gráo-Pará, iodando depósitos de ferro daformação Carajás» é arqueaao, sendo portanto bem maisantigo do que previamente suposto".

Quanto à porção aetaswdimeatar incorporada aogrupo Grao-Pará por Araújo et ai. (op. dt.), com a

denominação de formação Águas Claras» justifica-se amudança da nomenclatura por vários motivos. A referidaunidade não apresenta evidências que satkfaçam a umacorrelação de cronologia, nem deicomo a formação Rio Fresco de Barbosa et aL (1966), por

dvedonaL desenvolvido no final do Arqueano e carac-lenzadamente distmU daquela descrita na região do rioFresco por Barbosa et aL (op d t ) .

1222

A distribuição e o arranjo estruturalsistema são mostrados na figura EUL

do

linn

Hint» et aL (1982) desaevaam na área do rio Novo(Sereno), na estrada que figa Serra Pelada ao km 16 daPA'275, uma seqüência de anfibom>ckntaBSto associadaa zonas subordinadas de rochas OTsicit, foimaciofeiilferabandadac metacherte. Denominaram essa seqüência deRio Novo e admitiram a possnifidade de se tratar de umptenstone-beU, de idade arqueana, ligado espadahuente iseqüência Salobo-Pojuca.

Meireles et aL (1984) também descreveram na mesmaárea as formações ferriferav as metaubramáficas, as

de quartTocloritaristo», deqpiuvável origem jfdhnfntaT,e pequeno nfvel de mctaremtoc metacooglcuierado, mantendo a drnomínação propostapor ffirau et aL (op. dL).

DOCEGEO (1987), no encontro do IGCP, em suarevBáoIrtostratigráficado dbtrito de Carajás c sudeste doPará, passa a denominar a seqüência Rio Novo (HkaU etaL, op. d t ) de grupo Cabeça, englobando-o no supergmpoABdõrinhas, e admite que rochas máficas e ultramáficasakitadas (complexo Luanga) podem cortar essa seq&éndatipo peenstone figada espadafanente ao grupo Pojuca(DOCEGEO, 1987).

DOCEGEO(1988),miwvarevitfontos^at«jráncadoàituintí* <if f f r ^ j t t mbttitni o dffiHM**'*tfrkt grupo Cabeçapor fDpergrupo Andorinhas, termo com o qual agrupatodos as seqüências tidas comoptenitone-betis da região.Mantém a cartografia de 1987 com hgacão espadai doconjunto ao grupo Pojuca, e descreve siBs máfico-

tyr { ^ w 1 «a«gn) «gttnaone-btii.

Neste trabalho, aceita-se e restaura-se a < | « — j f rproposta por Hírata et aL (op. d t ) , agora na hierarquia degrupo, por parecer mais significativa c adequada ao Cbdiç>de Nomenclatura Estnáfftyca,para a unidade, uma representatividade arcai i

Page 50: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SR22-Z-A (Sen» dos Carajás) 39

6°17'

v v v ^<iv v v vv vv v yy v yv v w w

i v v v v v vf

r-t. t Sronitg ( • J

I v v v l Grupo Rio NO«O

Não-cnvolvido no retretwlhgnwnra do cinturão itacatúnas

/ Zona Ac cisoHiQuartn C3<n^ ca«alqamtn»o -

Zonas i» ctsalhomcnto com ca»oifam«ntaoblíqua, com sentido indicado.

Zona de cisalhomcnto tronscorrenlfde tirai.fContato.

9 10 »•>

49O551 6«17'49° 30"

Rg, B.1 J - OomMa tnmoomn» - aMHiw OnzaniD.1 • mwhjp aainihinl ibnpMndo).

*iva, eaglobaado agora parte do anteriormente observa a pi"*—'"•'-iffr- grnpo Pojoca (DOCEGEO, op. ck.).

Com o dcscnvDlvimeato dos trabalhos da CPRM, aioapenas na folha Sena dos Carajás, como também a aorte,aa foO» Rio Itacaísnas, entende-sej> grupo Rio No»o, nostmnitft df folha, como parte de uma seqfieocia mlcanos*sedknciilST gerada a partir do áaemdnmeato de amabada na porção terminal do grande sistema transcorrenteCinzento (Costa & Siqueira, 1990).

: de serras com cristas alon-

Morfologicamextte, essa porção do sistema dõecioaal)p

que corresponde a ama meta-Qor positiva, da qoal grandeparte encontra-se no interior da folha Serra dos Carajás.

O grupo Rio Novo mantém relações de contato comrochas do complexo Xingo, com o gnaisse Estrela e 6cortado intrasivameate pelo granito anorogenko Cigano(DaITAgD0lctaL,19&7).

1222.12 DtirrlbnKto g m j i l h a, warfologfai eniacòesd» contato 222.13 UtMp0S,varfeda4e,arinenleg»elcitan

A unidade tem área de ocorrência restrita à porção NE Compreende orna seqfiênda rochosa supracrastal, deda folha, especialmente a norte da rodovia PA-275. natureza metavulcanossedimeatar, epimesometamor*

Oseurelevo6caracterizadocomoaiontanboso,ondese fízada. Metamafítos, metaaltramafítos, formações

Page 51: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

40 Program Ixvaaumertot Geológicos Básicos do Brasi

ferriferasbandadase xistos paraderivados ites rochosos identificados no curso <

Os anfibohtos ortoderivados são dominados por amaassociação bornblenda + plag»daw± quartzo, exibindouma forte anisotropia estrutural, materializada por umafoliação mUonftka. Esses metamafitos, quando envolvidosoa milonitização, sugerem um processo de tonalitizaçãoque a nível local e regional marcam a zona de contatoIhotógko com o complexo Xingu, como cartografado naCarta Geológica e exemplificado nas estações geológicasOA-120BeOA-123-A.

Intimamente associada aos metamafitos, observa-se aocorrência de frações metanltramáficas intensamente

XBto-verde alto. Extern uma assembléia mineral do tipotremolita + dorka ± actinoita em forte anisotropiaestrutural, evidenciada por uma conspfcua wttosidade oufoliação müonftka, como se observa na estação geológicaOA-228A.

Como parte integrante dessa seqüência supracrustal,formações ferrfleras bandadas de mineralogia simplificadado tipo qoartto-bematiu têm ocorrências registradas nasestações OA-86D e OA-228C, sem condições de car-tografia na escala deste trabalha

A porção metassedimentar do grupo Rio Novo é iden-tificada por xistos mtcáceos bem-representados na estaçãogeológica OA-128. Biotita, muscovita, quartzo e feldspatoconstituem a assembléia mineral em fides xisto-verde abo,exibindo um arranjo textura! lepidoblástico equgranular.O forte achatamento dos grãos is te dasconseqüências deformacionais o desenvolvimento de umaforte anisotropia estrutural representada por uma xis-tosidade ou foliação mBonJtka de caráter anastomótico.

O caráter t*t"*rntvvii4nl a complexidade estrutural eas poucas seções geológicas realizadas no domínio daunidade mpossarifitaram a cartografia dos diferentes con-juntos rochosos identificados.

1222AA

Até o momento não foram desenvolvidos estudosgeoqumiicos na unidade, mas a literatura geológica tem aela se referido como uma seqüência úçog^eensume-tnU.

O levantamento aerogeoQsico revela para a unidade, viade regra, um abo relevo magnético bem marcado, quasesempre superior a 26.000 nT, associado com anomalias«polares, sendo apenas localmente atenuado, provavel-mente nas porções metassedimentares ou demetavulcánicas ácidas. Do mesmo modo, aaerogamaespectrometria exibe, preferencialmente, níveisde radiação inferiores a SOOcps, apenas ultrapassando essenmge, provavelmente, nos domínios de metavulcánicasácidas, e nas proximidades do gnaísse Estrela, porinfluencia deste.

Mais de uma dezena de ocorrências de ouro tanto cmambiente primário como aluvionar foram cadastradasnessa unidade Alem destas, ocorrências de cobre e ferrotambém são referidas.

1122.1.5 Idade ecorrelação

No desenvolvimento deste trabalho tentativade datação foi ensaiada para a unidade. No entanto,Machado et aL (1988), datando rochas estratifkadas docomplexo Luanga, tido como "intrusivo" na seqüência dogrupo Rio Novo, alcança idade U/Pb de 2763 ±6nta. Essaidade, se comparada com aquela obtida por Wúth et aL(1986) para o Grão-Pará, de 2758 ± 78 n x , reflete umperfeJtosmcronkmo, plenamente entendfvel na concepçãodo desenvolvimento dos doíssportam as duas ""«fon*^ Esse smcronisnio revela w**"correlação senão compoacional, pelo que até boje se co-nhece das duas bacias, peto menos temporal e evolutiva.

Outras correlações temporais e até mesmo com-poskionaB podem ser feitas com ouüas seqüências con-sideradas tipo gtaatantftebs do sul do Pará.

Cintarão Aragoaia (regime comprtssrf o oblíquo)

Apesar da estreita faixa de exposiçáo de apenas umaflfifl g portão SE da folha, desperta par-

tkular interesse a evolução histórica dos conceitos acercado desenvolvimento do conjunto e a compreensão dainteração entre suas diversas unidades. Notadameate, nosákimos trabalhos de Costa et aL (1*84,1988), Masui et aL(1984) e Costa & Hasui (1988), tem-se r«ry»«»bíiH"'modelos akemativos acerca da dinâmica do cinturão e doentendimento da geometria de seus componentes.

Como apenas pequena porção da formação CoutoMagalhães ocorre no contexto da folha Serra dos Carajás,é sobre e b que serão tecidas algumas considerações.

1J.1

. « j | —.<-.,lt1 — g^V1J.1.1 Gnpo Tocantins (ío

1JJ.1.1 Histérico

A formação Couto Magalhães úúciahncnte foi descritadentro da "Série Tocantins" de Moraes Rego (1933) e,posteriormente, estudada também por Oliveira & Leonar-dos (1943).

Barbosa (1966) mostra continuidade física entre aporção inferior da "série Tocantins'* de Moraes Rego comntologias do grupo Araxá e sugere discordância entre osgrupos Tocantins e Araxá. Puty et ai. (1972) relatamtransição nwuniórfkaetiueos dois grupos, reconhecendo,

Page 52: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB22-Z-A (Serra dos Carajás) 41

• o entanto, que o grupo Arazá apresenta fadesjpft t i M í e a mais »UvmH» qn» » grWpft T" fa"till5

Silva et aL (1974) relatam o grupo Tocantins comocomposto por epimetamorfitos dobrados, com eixo N-S eem conuto a oeste com o complexo Xingu discordantemetamórfica e estruturalmente.

Hasui et aL (1977) e Abreu (1978) desmembram porçãodo grupo Araxá com a designação de Estrondo, e dividemo grupo Tocantins nas formações Couto Magalhães e Pe-quizeiro, englobando-as no supergrupo baixo Araguaia.

Gorayeb (1981) identifica quatro zonas metamórGcasno domínio do grupo Tocantins, definindo na porçãoreferente à formação Couto Magalhães uma zona comaurfnriademetainorfismoonanqntmrtamorfisnioeoutracom presença de seriáta-muscovka. Segundo análisesqufmkas, há sugestão de origem sedimentar para a maioriadas rochas do grupo Tocantins.

A py*ftf dffsuffn trabalhos ffBwliii cnfoQue esoecial a ten-

legeofbkae

tativa de melhor esclarecer a interação cinturãoAraguaia/cráton Anugôniro e a inter-relação geométricadas imMadfy especialmente nos trabalhos de Costa et aL(1984,1985,1988), Hasui et aL (1984), Hasui & Haralyi(1985) e Costa* Hasui (1988).

I3áã2 Distríboiçáo geográfica,de contato

A formação Couto Magalhães, nos domínios da folhaSerra dos Carajás, tem ocorrência limitada à extremidadeSE, expondo estreita faixa com aproximadamente ?fr"» delargura, disposta no sentido N-S cerca de 25km.

A unidade não apresenta o menor realce morfológiconas imagens radargramétricas e do satélite Landsat, tendosoa individualizaçáo possibilitada apenas através deanálises estereoscôpicas de fotografias aéreas, onde suavesnifrtüt podem mr"By soa delimitação.

Os anqimnetamorfitos da formação Couto Magalhães,de postura estrutural submeridiana, mantêm na folha Serrados Carajás um relacionamento metamórfico e estruturaldiscordante com o compkso Xingu, de fades anftbolito epostura aproximadamente E-W. Uma possível relaçãoespacial com ot granitos estratóides Plaque não éobservável em campo.

U J . U Utétípot, variedade, mlwraloglaetartni

Na faixa de ocorrência dentro do contexto da folha Serrados Carajás, as poucas exposições visitadas, em número dequatro, dizem respeito unicamente a filitos, na quase-totaHdade em adiantado estagio de alteração. Trouw et ai.(1976) e Gorayeb (1981) descrevem, no entanto, em outroslocais, além dos filitos, ardósías com mtercalações dequartotot, metaremtos, metarcoaos, meUgrauvacas, cher-tet, fiütof carbonáticot, metargujtos, mármores e calcários.

Os estudos desenvolvidos na unidade não objetivaramnenhuma caracterização geoqufmica. Algumas análisesquímicas efetuadas caracterizaram apenas a naturezasedimentar da formação (DaD'Agnoi et aL, 1988).

Nos levantamentos aerogeoflsicos a unidade exibe umaintensidade magnética na faixa de 26.000 a ZJJOQOaT as-sociada a um fraco relevo, com ausência de anomalias. Nosmapas acrogamaespectroinétricos os níveis de radiaçãosituam-se na maior porção acima de SOOcps.

Nessa unidade, apenas fora dos domínios da folhatrabalhada são referidas ocorrências de calcário.

Í3ããS Idade econ-tUçáo

Hasui et aL (1977) interpretaram o pacote do super-grupo baixo Araguaia como ligado ao ckio Brasiliano combase em datações K/Ar. Posteriormente, Hasui et aL (1980)consideram o conjunto como do Proterozóko Médio,ligado ao ciclo Uruaçuano em datações preliminaresatravés do método Rb/Sr. Cunha et aL (1981) aventampossibilidade de idade mv* antiga Costa et aL (1988)interpretam a faixa Araguaia como um cinturão de dsa-lhamento onde transcorréndas dúcteis e, mais remota-mente, uma tectônica compressiva, provavelmenteremontem ao tempo arqueano.

IÂ Unidades protenaóJcas (regime diatensivo)

No decorrer dos últimos trabalhos desenvolvidos pelaCPRM, tem sido despertado grande interesse para um mel-hor entendimento dos conjuntos proterozóicos do critonAmazônica No que se refere ao seu desenvolvimento, dis-cutem-se agora algnmac questões fiwdairffi"' que envol-vem toda a dinâmica do sistema. Seria o Proterozóico, emnyfí^iilar {jfl t\)\ fo Par^ f maiq nr? ri«a«v»nt». na fnlha Sfira

dos Carajás, um evento exclusivamente distensivo? Algumasl

aqui conclusivos, levam a sugerir que pelo menos em partei l í t á í j até fntãft rartografadot como ( ó í

f l l^ tptftj t g p 1

apresentam deformações, mesmo que localizadas. NessefsMfy Pftdffm net ínchrfias yte*"1?* t sta^nrit <fa»grfo*» «n a w .tctto da ynúfoHt» miSr» dominar ia antenormente comogabro Santa Inês, e alguns pontos relacionados asmanifeuaçòes ultramáficas. É importante safientar que taiscorpos exibem postura estrutural num trend NE-SW e quesomente poderiam? wr entendidos como <fe Marfe mau antigase comprovada a gênese dessas rochas juntamente compossíveis rampas laterais mv^ind?* ao regime compressivo(fr> fintitrã(> TtafJM^na*

Por outro lado, a coexistência dessas rochas discreta-mente deformadas com Któtipos isentos de deformação,

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42 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

idade, não corresponde à sosemnmaadmitidos como desituação _

A ausênda^e um suporte geocronomgico para idefinir o posicionammto desses corpos não permite, nomomento, que se avance além da sugestão no que se refere• uma possível e localizada tectônica compressiva tambémpde idade proterozóica.

lÂã

\AãS Histórico

>no cráton Amazônico tem sido referidodesde Albuquerque (1922), Oliveira & Leonardos (1940,1943), que o designaram de série Uatumá. Ferreira (1959)apresenta contribuições ao estudo das Btologiase Barbosaet ai. (1966) descrevem várias áreas de ocorrência.SUDAM/GEOMTTEC (1972) denominaram os vulcanitesácidos de formação Iriri e IDESP (1972) denomina ostermos de composição intermediária da baria do rio Frescode formação Sobreiro.

A partir daí, essas fffWfflHi**8^*?^ foram consagradaspelo menos na região sol do Pará e, apesar das polemicasestradgráficas em relação às coberturas sedimentares, dastêm sido mantidas na literatura geológica.

1.4.1 J Distribuição grográlkde contato

rfologtae relações

Esses lkõtipos têm, na folha Serra dos Carajás, umadistribuição geográfica muito discreta, tendo sido, ao longodos muitos perfis reanTados, identificados apenas em trêsestações isoladas e distantes entre si na porção NE da folha,rm postos BPr^""***fnfnT*tf orcundantes aoEstrela. Consequentemente, nesta escala de trabalho a soacartografia se torna inviável

Como as poucas exposições observadas são ( iatmente pontuais, torna-se também impossível uma

erização morfolõgica para essas ocorrên ias.Nos afloramentos cadastrados são descritas rochas

"wVtjitfftff de fffltipotitáoftiyÍH*'a*t**ff*fc áffalacomo pertencentes ao evento vulcanoplut&nico doUatumá, ligado ao bem-marcado regime dôtensivo doProterozóico. Como taL as relações de contato dessasntologias com aquelas mais antigas são consideradas de

textura porfirJÜca de caracterfiticas anorogénicas, em quefenocristais bípiramidais de quartzo e feaocrístaíseiiédrkc«dofcldspalopc<ásMcoeplagk)dá»oeitâoinicr-

oj«al se associam opacos, arcão + dorita +

IAM

grupo Uatnmã, obtiveram como resultados valores de SiOjsempre acima de 67%, AfaQj variando de 13 a 16%, NazOno mtervalo 3£ a 4%, FezOj de U a 2%, IfcO entre 3,4 a4JB%, MgO de 0 3 a 1 % , MnO de 0,8 n 04% e T I O J

variando de 0J7 a 04%.Quanto ao

,a;moderadamente baixa, enquanto que os níveis

No âmbito da folha, até pela quase ausência de

relacionada.

1AL5 idndeecacnlaçi*

Neste trabalho, nenhum estudo geocronologico foidesenvolvido sobre a «***A*A* até — t1—" por fiftt dematff ial No entanto, a «•"ar»^b4> das rochas descritascom aquelas atribuídas à formação Iriri permite fazer umacorrelação cronofitológica entre ebs. Assim, as dataçõesde Basei (1977) para o conjunto Iriri-Uatumã de 1715 ±32mA.de IanhczctaL(1982), de 1856 ± 29iiUL,com razãoímcúl Sr^/Sr*6 de 0,704, e de Santos (1984), com idadesentre 1790 e 1870UML, permitem bansar o tempo deformação dessas rochas bgadas à importante tectônicadistensiva do Proterozóico no cráton AmaTômco, até o

> à espera de maiores estudos para melhor enten-dimento evolutivo.

ÍA2

1AJX Máflca» Uno Santa Inís

ÍA2.U Hbtmic*

Meireles et ai. (1984) descrevem corpos básicos,aQorantes sob a forma de dique no sentido NE-SW naporção NE da folha Serra dos Carajás. Cartograftm-noscom a denominação de gabro Santa Inês e propõemposicíonaniento estratigráfico com idade jorásska.

DOCEGEO (1987) relata o gabro Santa Ines comointrustvo nas rochas do supergrupo Uatumi e tentaatribuir-lhe posicionamento estratigráfico de idadeproterazóíca mlenor.

DOCEGEO (1988) descreve, a sudeste do "jranko

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S&22Z-A (Sena dos Carajás) 43

ma corpo gabróide, tabalar,ODmdBBeasões de20km x M B , mtraono aos R U B C « R do Agrupo RioFresco" e complexo Xinga. Comenta a aasêada dedatações radiométricas aa unidade, o que coasideradificultar ama posição definida ao contexto regkmaL Noentanto, inantémcoinosugcaãoacronokigia proposta pelaDOCEGEO(1987).

Neste tiabauo, os autores, bufados

IA2AA

eitafo foi efetuado atéaoje acercatamesto geoqofmko da unidade. Notamento aeromagastométrico reflete

• feições fincara c em

oabo relevo

da unidade em sete representatigeológicas, condnfram tratar-se de r

E

estaçõesvasetamórficas

tido o termo refeEm conseqüência, é

NE-SW. A aerogamaespectrometria reflete certafiaearidade, com afieis aa faixa de 400 a «Ocps.

No contexto representativo dessa unidade aio a iregistro de neabama ococrêacia mineraL

petrográfico,Santa faes, com can

tipointegração IAXL3 làUte

geraií quanto ao aspecto cronológico da unidade, já

abordado cm outro i

IA2X2

Todas as estações descritas como representantes daunidade situam-se em trend NE-SW a SE do gnaúseEstrela, na porção NE da folha trabalhada, e constituem adefinição cartográfica de um único corpo alongado comcerca de 2Qkm de comprimento por 2£km de bu^r*

A morfòiogia do conjunto é representada nos sensoresfotográficos por uma ondulação no relevo, com monos eserrotes em contato Inrahnrntr pcnepunirado.

As relações de co«atoecfediftílc4>senraçao em camposao descritas por Meireles et aL(1984) como discordantescom as lothas do complcn) Xingu, e sob forma de diques.

1A213 IMàtíi

As rochas mancas componentes da unidade Santa Inês9 a^v Ui ^ B unB a UF •nna^anuawn^fc^w ••^^•^na a* Ui^ua^^a^^unuaanp u^ w j H n

iais de caráter ductíl em que a associaçãoalógica representada pek

Trata-se, em essêada, de tipos bascos de naturezagabróide com incipiente anisotropia estruturalamffígifgy^ pof uma fraca wtrtifiaiff ou íofiacão. Siorochas ortoderivadas exibindo texturas que variam denematoblástica a btastofitka e denunciando deformaçãoprogressiva heterogênea.

As observações petrográücas, baseadas fund•• aa paragfaese, no grau metamóríko, padrão tex-

toral e na aatureza protoütica gabróide, sugerem umapossível fitocorrelaçao com as supracrustaís do grupoOrfo-Parl

At£ o ainmfnii> não 1para a dcfiniçio do da

eaoFrote-

unidade. Mekeles et aL (1984) iDOCEGEOt em 1987 e 19BS,

que o regime dhwayvo do ProttiuiÓKn, ao período m-feríor, pelo menos localmente, pode ler sido aho de

íe<

1Â22 UltramáflcutlpoVi

1 4 X U Histórico

Desde 1974, geólogos da então Companhia Meridkmalde Mineração trifiHiftT"***1 e passaram a desenvolvertrabalhos de pesquisa em ocorrência de rochasufaamáficas na folha Serra dos Carajás.

Beniaro^ et al(l«)oacrcwfflodep6«itode níquelbtertúco associado a dois corpos bancondlrabésicos aE-ahadoanadâvcãoNE-SWtdesdeas|»Bvma^desdaserrado Rabo até a estrutura Piam. São descritas as Btologíaseostiposdehtern^siqueUeroqueccmpc«moo^posita

DOCEGEO (1987), aa área da folha Serrados Carajás»apenas cartografa alguns corpos como "suíte máfico-BltramáficaQnatqMnTr,posicioiiando<»noPrcteroz6koIaferior.

BernardeDí & Alvts (1988) acrescentaram ao trabalhode Beraardellí (op. dl . ) aspectos miaeralógicos egeoquãnicos do perfil laterftko, os tipos de minério

k r i K J u reservas l igarakriDCTcKmoeJucoc as reservas geoógiNo presente trabalho, além dos corpos máfiec-

Bknmáficos já meacknados, outras ocorrências foramnbém identificadas e cartografada», bem

terizado efeito dcformadonal em alguns componentes doconjunto. Comb já discutido em itens anteriores, esseaspecto defcvmacional, ainda que localizado, pode síg-cificaroregktooóVunapossMtectonkacompressívadeidade proterozóíca ou a necessidade de melhor avafiaçioda idade desses conjuntos rochosos.

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44 Programa Levantamentos Geológicos Básicas do Brasil

1Â222 Wstribnlçiogwm*flca,m©rfoloflaeretaciesde contato

O plutonismo iiltramáfico na folha Serra dos Carajásocorre de maneira esparsa, mantendo, no entanto, umadistribuição regional «KnhaH», essencialmente NE-SW.Assim dispõem-áe 4J> oconéncias conhecidas como Ver-melho, a SW da serra do Rabo e a NW da faixa Pium, aseqüência exposta no rio Cateté, no limite ocidental dafolha, e os corpos cartografados a norte da PA-279, naporção SW da área trabalhada.

A morfologia dos corpos cartografados 6 variável, poisexibem desde relevo acentuado com montanhas de toposaplainados na cota de 500m, a exemplo do corpo conhecidocomo Vermelho, até superfícies penèplanizadas, cujoslimite* so podem ser indicados com o auxilio da aeromag-netometria e muito trabalho de campo. Assim, 6 provávelque várioi desses corpos não tenham sido identificados

NieMgoomaprolundklade,tituadosnamédinde2%pano Ni e 20% para o Mg. O FejOs está mais presente nasporções inferiores do perfil com teores médios de 52% emáximos de 60% a 80%, caindo em profundidade paramédias de 10 a 15%. SÍO2 mantém teores distribuídos portodo o perfil, com médias de 20 a 30%, atingindo piques de50 a 70% em duas zonas.

Nos mapas acromagnetométricos são bem marcantes asassinaturas, principalmente das estruturas do Vermelho edaquelas a norte da PA-279. Sio exibidos fortes relevosfflm apr)»na|ifln di f^í ir" frfP1 fjgpifw-ativaifl num timrut NP.SW. Nos mapas aerogamaespectrométricos registram-sebaixos níveis radioelétricos, inferiores • 500cps, com aestrutura do Vermelho exibindo disposição do baixoradiométrico em trend semelhante àquele observado naaeromagnetometria.

Relacionadas a essas seqüências são cadastradasocorrências de níquel laterftico, tanto na área do Vermelhocomo no conjunto do rio Cateté.

Do observado em campo, é admitida uma relação decontato intrusiva, notadamente com rochas do complexoXingu. No entanto, as estações OA-69 e RN-99, que 1A22JB Idade e correlação

" ição espadai com o grupo Sapucaia, apesar dap pdistribuição alinhada com outros corpos no trend NE-SW,parecem sugerir aspecto conformável com a estruturação

rimadamente E-W da supracrustaL

14223 IJMtfpos,nu1edade,iiiInenüag|ae textura

Um dos litótipos ocorrentes na área trabalhada é repre-sentado por metasterpcntínitos cuja paragénese antigorita+ crisotila é dominante e afetada de forma muito in-cipiente por processos defonnacionais. Esses serpentinitossiorepresenUtfhmdeumprotólkodunfticoaperidotítico,relacionado aos depósitos de níquel do Vermelho.

Em adição, metapiroxenitos dominados por umaparagénese diopsídio-tremolita são indicativos dasuperimposiçáo de um metamorfismo da tàác$ xisto-verdebaixo e de um processo deformacional de natureza doctil-rtiptil em um estágio

bp g i p

como se observa no médio curso do rio Cateté, próximo aoSmite oeste da área trabalhada. Observação em escalamicroscópica mostra cristais de diopstdio mkrofratur adose maclação tftrtftwica recurvada em contraste d^ftwiotialcom uma massa mineral de caráter matricial fortementecominufda e «t«««Mn« « por prismas tremolítioos.

IA22A AsafnatamgMqofmkae geofísica eocorrtedas minerais

Alguns estudos geoqufmícos na unidade foram desen-volvídos apenas na jazida de níquel laterftico do Vermelhopor Bernardelli & Alves (op. cit.). Eues autoresregistraraai aos perfis laterfticos um aumento dos teores de

Até o momento, nenhum estudo isotópko foi efetuadoobjetivando o posicionamento cronológico desse eventoubramáfico. Tentativamente, os trabalhos da DOCEGEO(1987,1988) sugerem-lhes uma idade proterozoka inferior,e correlacionam as suas ocorrências, mesmo nos domíniosdo cintarão ItaraKmay aquilo que Cordeiro e McCandks(1976) denominaram de maciço ubramáfico de Quatipuru,esse ultimo encaixado em Btologias do grupo Tocantins.

Tendo em vista os aspectos deformadonais já dis-oitídfw, "iff""» y i i '^f i t n n fy^fTf1*'*'1?ft da i"*"f trte ttf ãonecessários para a sua melhor caracterização cronológica.No entanto, tais aspectos podem ser entendidos comorelacionados a processo cataclástico superimpostolocalizado, ou »"»^g ao arrastro protodástico inerente àsbordas do corpo durante seu cmplaçamcnto. Nesse sen-tido,nàoscinvahdaatcntativadosencronoposicionamen-to no Proterozóico Inferior - limiar do ProterozóicoMédio.

ÍÂ3 PlutooUmoáddo (suftegraaíticaanorogenka)

g ptensivo do Proterozóico Médio identificado na área detrabalho, é cartografado expressivo magmatismo intmsivode caráter plutônico e ambiência magmatectónico-anorogénica.

Tal magmatismo é representado pela ocorrência de trêssignificativos corpos de dimensões batolítícas que recebemdiferentes denominações, de acordo com as suas áreas deocorrência.

Dessa forma, a granitogênese cronocorrelata ocorrentena folha Serra dos Carajás é conhecida com as

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Üj-

SBJ2-2PA (Sem do* Carajás) 45

denominações de Seringa na porção SW da área, Carajásno contexto da serra homônima, e Cigano a norte domunicípio de Parauapebas.

Neste trabalho, outros corpos foram identificados e car-tografados mais precisamente a SW da serra dos Carajás -no rio Itacaiünax, e a SE da serra do Rabo. Sem maioresinvestigações, sáo eles aqui considerados cogeneticos e porisso correbtose tratados no contexto de uma suite granfticaanorogénica de idade proterozótca.

1A3J Histérico

Knup (1971) foi o primeiro a denominar informalmentede "granito Central* obatólito granftko oconente na serrados Carajás. Gomes et aL (1971) fazem datação no maciçoda serra dos Carajás e obtêm, através do método K/Ar, umaidade de lSOOauu HIDROSERVICE (1973), executandotrabalhos para a SUDAM, denominou de "granito Serin-ga" as intrusões granfticas ocorrentes a SW da serra daSeringa. Beisiegel et aL (1973) referiram-se ao maciçogranitico da serra dos Carajás como "granito Central" eapresentam descrições macro e microscópicas. Basei(1974) realiza datações no maciço da serra da Seringaalcançando 1810m.a. (K/Ar) e 1708 a 1614 nu. (Rb/Sr).

Silva et aL (1974) introduziram de maneira formal adenominação de granito da serra dos Carajás emsubstituição ao "granito Central" e agruparam sob essadenominação o granito da serra da Seringa.

Gomes et aL (1975), Isler (1977) e Santos (1980)adotaram a denominação de Sirva et aL(op.ciL)e desen-volvem estudos petrográficos e geocronológicos, com ostrabalhos de Gomes et aL(op.cit) alcançando, através dométodo Rb/Sr, idade de ± 1710 a 1620nuu para rochas dobatôlito da serra da Seringa.

Almeida (198»), DOCEGEO (1981), ündenmaycr(1981) e Tassinari (1982) prosseguem estudos nos maciçosde Carajás e serra da Seringa, com Tassinari (op. dt.)registrando idade para esse ultimo de lTOOnut

DaD'Agnol (1982) adotaadesignação de granito da ser-ra dos Carajás e descreve de forma generalizada ascaracterísticas petrográficas, transformaçõesUrdir •B»lírií ações iwsTwiadatt aos granitosanorogénicos da Amazônia brasileira.

Ainda em 1982, BernardelU et ale Hirau et aL apresen-taram estudos sobre o granito da serra dos Carajás e fazemreferencia ao maciço Cigano, correladooando-o ao granitoserra dos Carajás.

Tassinari et ai. (1982) apresentam isócronas dereferenda (método Rb/Sr em rocha total) para amostrasdo granito da serra dos Carajás e outros consideradosconelatose obtiveram idade de 1700 ±45mA

DOCEGEO (1984) prossegue estados so granílo daserra dos Carajás e Cordaní et aL (1984) apresentam idadeRb/Sr de 1800 ±100m*

Meireles et aL (1984) agrupam na unidade granito da

serra dos Carajás três batóJkos conhecidos como granhoCentral de Carajás, granito Central Cigano e granitoEstrela. Realizam descrições macroscópicas e registram aprimeira denominação formal ao "maciço Cigano".

Tassinari et ai. (1984), com base nos dadosgeocrenológicos disponíveis, denominaram de suíte in-trusiva serra dos Carajás e serra da Seringa, entre outros,a intensa manifestação gran&ka pos-tectônica na chamadaprovíncia Amazônia central, objetivando caracterizar aépoca de formação dos granitos.

Gtbbs et aL (1986) realizam datações U/Pb em òreões

± 43nuL DalTAgnol et aL (1986) utilizam pela primeira vez• denominação formal de granito Cigano para se referiremao maciço Cigano de Meireles et aL (op. cit). São distin-guidas duas fades naquele corpo e desenvolvidos estudosmacro e microscópicos.

Gonçalez et aL (1988) adotama denominação de granitoCigano proposta por DaiTAgnoI et aL (op. d t ) e abordamaspectos da geologia, tanto os das encaixantes como os daintrusão. Individualizaram cinco fades com descriçõesmacroscópicas e obtêm idade Rh/Sr em rocha total de 1731±28nLa.

Machado et ai. (1988) realizam datação no granitoCigano, obtendo idade de 1885m.a., através do métodoU/Pb. DOCEGEO (1988) refere-se aos granítos da serrados Carajás e Cigano e adota a denominação de granitoSeringa para o batôlito da serra homônima.

1À32 Distrfbtdcão geográfica, morfologiae relações decontato

Os maciços batolftícos, aqui enquadrados na unidadesuíte granftica anorogénica, correspondem fundamental»mente aos corpos denominados anteriormente de granitosSeringa, Carajás e Cigano. Subordinadamente t i oenglobados alguns conjuntos agora cartografados e carac-terizados como correlatosà mesma gramtogcnese.

A distribuição geográfica desses corpos é bem marcadano extremo-SW da folha, na porção central da serra dosCarajás e a norte da ddade de Parauapebas em pequenafa«a de exposição dentro dos fisiítes da área trabalhada.Outros corpos agora cartografados distribuem-se a SW daserra dos Carajás, cortados pelo rio Itacaiunas, e imediata-mente a sul e SE da referida serra.

Morfologicamente, são expressivos os maciços situadosno extremo-SW da folha e a SW, S e SE da serra dosCarajás. Tais batólitos são constituídos por serras de gran-des altitudes e topos abadados. Na porção central da serrados Carajás e a norte da ddade de Parauapebas os corposgranftícos não exibem relevo tão marcante, apesar daondulação bem-regístrada. Essa diferença de relevo torna-se mais expressiva pelo acentuado contraste em relação aogrupo Gráo-Pará, seguramente o representante de maiorexpressão no relevo do sul do Pará.

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46 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Os corpos agrupados nesse conjunto phnõnico mantémrelações espaciais e de contato intrusivo discordante comas várias unidades mapeadas. Assim, na porção SW dafolha há relação com o gtauton*bélt Tucuraã e com ocomplexo Xingu. A sul, SW e SE da serra dos Carajás arelação de contato se faz preferencialmente com rochas docomplexo Xingu, muito embora a NE da serra do Rabo hajarelacionamento espacial e estratigráfico também comrochas do grupo Grão-Pará. No contexto da serra dosCarajás 6 claro o relacionamento intrusivo com a porçãosedimentar do grupo Grão-Pará, aqui denominadaformação Águas Claras.

\A33 Utótipo*, rarifdadf, mlnfflüogU e textura

A suíte granujca anorogênka compreende, dominante-mente, um conjunto de "»«ffl"« de diferentes dimensõesdistribuídos na área da folha Serra dos Carajás, cujoslimites e contornos são conspfcuos nas imagens orbitais(foto ILL7), de radar, fotografias aéreas e dos mapasaerogeofisicos.

As observações petrográficas com fundamentaçãomineralógico-textural indicam claramente umemplaçamento com g*i«t»iiyayfrv«»"yi«diitüfr em am-biente magmatectônico tipicamente pós-cinemático aanorogenko, como conseqüência do regime tectõnico dis-tensivD do Proterozóico Médio da região

De um modo geral, os maciços granfiicos apresentamuma constante homogeneidade textura!, mineralógica efaciológfca, como se depreende dos afloramentos es-tudados e das Wf'^as coletadas e a««alí«aHa« A rigor,exibem um uidke de coloração kncocrático, granulaçãomédia a grossa, coloração rosa-cinza a rosa-avermelhada,generalizada relação meqüigranular entre os grãos minerais,com marcante isotropismo estrutural, característicasrapakivfticas e ocasional presença de fragmentosautolujeos microgranulares de natureza mkrotonaUkica.

A composição nxneraiogica é representada dominante-mente por uma associação ortoclásio (microclina) +quartzo + plagioclásio + hornblenda + biotita ±piroxênio±clorita±fluoriu±alanita + apatita + zircáo+ opacos em ordem decrescente de abundância(fotomkrografia n.l.la).

A textura 6 tipicamente hípídiomórfico-ineqüigranular,cm que fenocristais de quartzo e/ou feUspato estão imersosem uma matriz fanerftica bolocrístalina de composiçãogranítica (fotos 0.1.8a e 8b). Localmente, fenocristais man-teados ovoides e/ou retangulares de fcldspato denunciamuma natureza rapakívftica com características piterlftícas.

A análise dos diversos espécimes rochosos mostra queos granitóides componentes da suíte são dominantementedos tipos alcaHfeldspato-graoito põrfiro e graniu» pórfiroscom uma marcante invariabilidadp nau propriedades óticasdos diferente» minerais componentes dos diferentesmaciços.

O ortoclásio ocorre como grãos hipidiomórficos aidiomórficos exibindo caráter micropertftico e incipienteprocesso de argüização. A microdina ocorre subordmada-mente em alguns espécimes evidenciando um gradiente detemperatura de cristalização da fase feldspato-potássica.

O quartzo é uma fase mineral majoritária e essencialcom um relativo alto teor modal ocorrendo como cristaisidiomorficos algo piramidais de primeira geração e comogrãos xenomórficos e interstidais de segunda geração.Eventualmente, o ortoclásio também apresenta-se comsemelhantes particularidades (fotomicrografia 11.1.1b).Com relativa freqüência, o quartzo e o ortoclásio ocorremsob forma de desenvorvidosiuercrescànientmcuneiformesou mkrográficos, emprestando um caráter tipicamentegranofirico.

O piapnr^^*"1 ocorre geralmente em <pm»túla<i»« su-bordinadas como cristais hipidiomór&os, de composiçãoalbttica, com incipiente aheraçãoaseridta. Diminutos cris-tais de albita neofornuda (fotomicrografias 11.1.2a e 2b)ocorrem nos espaços intergranalares sob forma deagregados, particularmente nas variedades com mais forte(racionamento.

A hornUenda verde, icontorno subédrico a eucdrico, mantendo freqüentementefrações reliquiares de dinopiroxênio, do qual tem suaderivação por cristalização magmárira através da série dereação.

A biotita marrom ocorre como cristais hipidiomórficosdispersos por toda a rocha e circunstancialmente comopattsetas xenomórficas de localização interstidal e decristalização »»"»p™ati<*.a tarHia Apatita, opacos e zireãosão os acessórios mais freqüentes e intimamente associadosaos minerais máficos. Alanita e fluorita são outras fasesminerais acessórias ocasionalmente presentes.

As investigações petrográficas sobre os váriosespécimes rochosos denunciam a existência i«««i™fa defades ou fases com tendência ao forte (racionamentomagmático, como se depreende da existência de incipien-tes processos de silicíficação, muscovitização, neo-albitizaçáo, fluoritização. Em decorrência, algumasperspectivas metalogenéticas podem ser visualizadas paraelementos granitófilos, & semelhança do ocorrente comoutros corpos grannicos com características petrdogicasdo tipo A na região Amazônica.

\A3A Aisiiutiirugcoquünlcae geofísica «ocorréndasminerais

Os litótipos dessa unidade são de natureza alcalina, comuma linhagem hiperalumínosa e composição granítica aadamelítica. Apresentam altos teores em S1O2, moderadosem álcalis, baixos teores em CaO e MgO e índicepetrogenétíco superior à unidade. Esses granitóides, de ummodo geral, são considerados normais a poucos diferen-ciados em função das proporções relativas dos elementos-

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SB.22-Z-/ vSerr« dos Carajás) 47

traço Kb, Ba e Sr. Ai proporções de concentrações dealguns elementos maiores «—Br»m que esse granito segueuma bobagem peraluminosa a coríndon normativo.

Os levantamentos acrogeoHsicos revelam para a suitegranftica anorogênica um comportamento magnético debaixo relevo, notadameote cos maciços da serra da Seringae no contexto da serra dos Carajás. Nos outros corpos aunidade exibe um médio relevo magnético, mas em todosa intensidade registrada é predominantemente baixa. Aaerogamaespectrometria revela trends de anomalias dis-cordantes dá estruturação regional, com níveis moderada'mente altos, pelos menos em parte, de todos os corpos

Pfr «tnaHnit «rima d e 1 QOOcpSq pexpressivas porções do maciço da serra da Seringa exibemníveis radiométricos abaixo deLOOOcps, chegando mesmoem alguns locais a serem inferiores a SOOcps. Na porçãomat» oriental desse batólito, "*"» localizada anomaliaradiométrica coincide com uma provável estruturação cir-cular, o que sugere y** possível tlífifTywiarãn dentro do

Nesses granitos proterozóicos, além das pedreiras emexploração pela CVRD, há discreta ocorrência de mowVdenita e sulfeto de cobre no corpo intrudido na formaçãoÁguas Claras do grupo Grão-Pará.

14A5 Idade ccomuçfto

Gomes et aL (1971) e HIDROSERV1CE (op. d t )realizaram as primeiras datações no maciço da serra dosCarajás rtP*™"^ o método K/Ar, f atraBfwdff idfldff de1800nxa.

Baiei (op. cJL) realizou datações no maciço da serra daSeringa, alcançando através do método K/Ar 1810mA, eatravés de Rb/Sr,1708oLa.el614nLa. Gomes et aL(op.cit)realizaram também datações no batólito da serra da Serin-ga e com base em duas amostras, através do método Rb/Sr,alcançaram idade de 1710nuL a 1620m A

Tassinari et aL (op. d t ) e Cordani et aL (op. dL)apresentaram isócronas de referenda, através do métodoRb/Sr, em rocha total para amostras do granito serra dosCarajás, e de outros tidos como correlato*. Os primeiro»registraram uma idade de 1700 ±45nuuc os últimos, 1800±100ioa.

Gibbs et aL (op. dL) realizaram datações U/Pb emzircoes do granito da serra dos Carajás fornecendo umaidade de 1820 ± 43nuu; Machado et aL (op. dL) efetuaramestudos geocronoiogicos no granito Cigano, resultando emidade de 1885m.a. Gonçalez et aL (op. dt.) tambémrealizaram estudos geocronoiogicos no batólito Cigano,

'""» Hn f de 1731 M

Neste trabalho, apenas o madço da serra da Seringa foialvo de estados nufioaétricot nos laboratories' da UFPa.Os dados obtidos, considerando-se numa primeira ten-tativa ffwíif as wuMtfaji arflfitív f. definem ***** idade1665 * RSnuL com rnzio ísotópica inicial (Sr^/Sr86*

***" * 000525 e MSWD de 256. Esse valor, mulo altopara o MSWD, não permite considerar o alinhamento dospontos experimentais como satisfatório, e, nesse caso, aidade obtida não pode ser considerada plenamenteconfiável. Numa segunda tentativa, algumas amostrasforam evitadas por indicarem mais alto grau de dispersãoem relação à primeira isócrona obtida. Tal procedimentopermitiu a obtenção de uma idade de 1750 ± 40mA,razão isotópica inicial (Sr^/Sr86^ de 0,70756 ± 0,00l07nuL,com valor de MSWD de 6\95. Mesmo com a importantediminui^ ck) MSWD de 256 para 6,95, considera-se aindao valor um pouco elevado.

Segundo Lafon (1988), a introdução no cálculo deregressão dos dados obtidos por Gomes et aL (1975) nãomodifica em muito o resultado anteriormente calculado, euma idade 1730 ± 29nuu foi obtida, com razão inicial de0,70808 ± 0,00080 e valor de MSWD de 8^. Esse valor,também elevado, de MSWD, não pennile considerar oresultado como totalmente aceitáveL

Algumas cons>toaç^gec<Tccc46gkascpctrogcnéticaspodem ser encaminharia! a partir dos dados aqui apresen-tados e daqueles obtidos por Gomes et aL (op. dL):

» A idade de 1730 ± 29nuu, com razão isotópicaiaidal(Sr^/Sr86) de 0,708096 ± 0,0008, não apresenta um graude aceitabilidade suficiente para poder ser consideradacomo definitiva.

2) O alto grau de dispersão dos pontos experimentais(cm particular dos pontos OA-02, OA-03 e RN-77) não foipossível de ser relacionado com critérios petrográficos,geográficos, ou petrológicos, como também não pôde ser-relacionado a um evento termotectônico posterior queteria afetado o maciço, já que não foram encontradasfeições metamorficas nesse corpo granítico.

3) Levando-se em conta o contexto de colocação dessegranito e as semelhanças com outros corpos grantkos, deidades já determinadas na região, a idade obtida pela"erróarona" de 1730 ± 29ma. pode ser considerada, no

i como uma ibatoita

rior ao valor esperado para essa razão no caso de ummaterial de origem puramente F H P 8 » * no ProterozóicoMédia Portanto, a partidpação de um material crostal(contaminação e fusão de um material cnistal) deve serlevada em conta para explicar a gênese do corpo granítico.

A partir do trabalho já realizado e dos resultados ob-tidos, tem-se para a continuidade deste estudo as seguintessugestões;

1) Estudos petrográficos, petrológicos e mar.

í e m

Jj detalhado para conseguir a individualizaçáo dasdiferentes fáries do corpo.

2) Estudo geocronotógico na escala de só uma fadespara melhor definir a idade de cristalização do corpo.

3) Análises de amostras tipo OA-118 e OA-08 paratentar colocar em evidência uma sucessão de pulsos

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4» tTograma Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

l i

Tendo em vista a grande polemica ainda existente noque diz respeito à confiabilidade e significado dos resul-tados alcançados nas análises geocronológicas, enten-demos ser coerente a proposta de considerar essesconjuntos plutonoácidos como prodotos de uma únka suítegranftica anorogênica de idade proterozoica, compulsações localizadas, à espera de um melhor conhecimen-to geolôgico-geocronológico.

1.5 Magmatismo mesozóico

1.5.1 Plntonismo básico (diabáslo Curara)

L U J Histórico

No contexto da folha Serra dos Carajás, desde Puty etaL (1972) já havia referências sobre a ocorrência de diquesbásicos cortando todas as litoiogias. Beisiegel et ai (1973)também referem-se à ocorrência de diques básicos,apresentam algumas descrições petrográficas e aventam a

pno Pakozoico c Mesozóico.

Silva et aL (1974), descrevem a presença de corpostabulaiesocorrentes na folha SB-22-Araguaia,eapesar dosescassos dados de campo, incluem-nos na formaçãoOrozimbo, de idade jurocretácica. Apresentam aindaanálises químicas e datações K/Ar, fornecendo idade emtorno de 120 a 180nta.

Süva et ai (1974) em trabalhos na folha SC-21-Jurucnadesignam formalmente as manifessações básicas dedolerito Curara, devido As exposições no rio homônimo.Apresentam ainda descrições petrográficas e dataçõesRb/Sr fornecendo idade de 175nuL (Basei, 1974).

Posteriormente, Gomes et ai. (1975), Beisiegel &Farias (1978), Santos (1980), Lindenmayer (1981),Meyer & Gonçalves (1982) e Martins et aL (1982) nãoavançam além de citações e breves descriçõespetrográficas.

1.5.1.2 Distribuição geográfica, morfologlae relações decontato

O vulcanismo básico correlacionado ao Mesozoico,ocorrente nos Emites da área trabalhada, tem ampla eesparsa distribuição em todos os quadrantes da folha.Cootitui-se quase sempre de corpos alongados com com-primentos alcançando até dezenas de quilômetros e lar-guras bem discretas. Como particularidade, exibe um trendde colocação estrutural francamente NE-SW, sendo rarosos corpos com postura NW-SE.

Esses corpos exibem localmente um relevo bem carac-terizado nas imagens e fotografias aéreas, quando são re-presentados por cristas alongadas. No entanto, algumasocorrências não apresentam expressão morfológica,.e sua

caracterização só se torna viável com o apoio danetometria.

As relações de contato discordante desse eventtecem com praticamente todas assendo mais marcantes os registros de relacionamento como grupo Sapucaia na porção centro-sul da folha, com ocomplexo Xingu em várias situações, com o gnaisse Estrelae granito estratõide Plaque, e com os granites da solteanorogenica, notadamente no maciço da serra da Seringa,no extremo-SW da área investigada.

1JJJ Utótípi

Umconjiurtodecoipos^neosintnisivosdecomposiçáobásica, de jazúnentoanívelcrustalhipoabissal,sobafonnade diques orientados preferencialmente segando um trtndNE-SW, parece constituir uma seqüência comcaracterística de enxame. São representativos de uma sig-nificativa manifestação magmática relacionada a umregime distcnàvo de provável idade mcso2otca,e que nestetrabalho mantêm a designação formal de diabas» Curare,como originalmente proposta por Sirva et aL (1974).

De um modo geral, são rochas melanocrática, degranulação itA^^Mtfyiunitr- m^ü» myiwff ç mm foneisotropismo estruturaL A assembléia mineral é geralmenterepresentada por uma associação do tipo augita +plãgiodásio + urafita ± hiperstênio ± btotíta ± eptdoto±cakáta + opacos ±apatita. A textura 6 ignea, em que osgrãíW f1«flf raie apr&**nfawn m f/ijptijft tnfrt||f>t Vgnindf 1*"1

padrão offtico a subofitíco, e marcado geraunente pelapresença de iiK^raescimentosmkn^grárkoiagranoDikosde localização tardia e interstidal, denunciaado cir-cunstancialmente ama incipiente diferenciação. Aobservação petrográfíca dos diferentes espécimesrochosos, representativos da unidade, denuncia um quasegeneralizado processo de transformação mineralõgica emque uma pervasiva uralítizaçáo parece marcar acaracterística maior da v^^Af

A rigor, diabárirn a hiperstênio c/ou a urafita são asvariedades petrográficas mais freqüentemente en-contradas na unidade.

ÍIAA Assinaturugcoqvünlcae geofísica eocontedasminerais

Estudos analíticos realizados nessa unidade revelamperfeita similaridade com a caracterização fitoquímicadefinida para o diabâsio Penetecana ocorrente a norteda sinéclise do Àiiif^fnait Uma tipologia continentalsubalcaüna toleítica; um enriquecimento inicial de Fe emrelação ao Mg, durante o principal estágio defraciunamento, seguido de pequeno aumento em K, nosúltimos estágios; táo características comuns aos doisconjuntos.

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SB22.-Z-A (Serra dos Carajás) 49

DosnapasKroga&kx^osaeromagnetoméUkosrâ protólko, com produtos bem distintos, notadamente entreaqueles que melhor realçam a presença dos diques básicos,através dê feições lineares ou dipolares. Devido a pequenamagnitude de largura desses corpos e a influência deleituras vizinhas, os registros radiométricos são bastantedificultados e quando ocorrem revelam-se de forma dis-creta e descontínua, com baixos nfwis, quando muito,sugestivamente alinhados no trend da unidade.

Nenhuma ocorrência mineral foi registrada nessaunidade.

15X5 Idade ecommcão

As informações disponíveis até éqtã, no que se refere àdatação desse evento básico, ainda são aquelas alcançadaspor Suva et aL (op. d t ) na folha Araguaia indicando,através do método K/Ar, idade em torno de 120 a 180nuLpara o que denominou de formação Orozimbo.

Basei (op. dL), in: Sirva et aL (op. dt.), realizou estudosgeocronológicos nas manifestações básicas quedenominaram de Curara e alcançaram, através do métodoRh/Sr, idade da ordem de 17SoLa.

Tab registros são considerados correlates e têm sidomantidos na literatura como referência cronológica doevento.

Em estudos efetuados neste trabalho, viabiliza-se acorrelação desse vulcanismo básico com aquele que ocorreao norte da sinéclise do Amazonas, onde recebeu adenominação de diabásio Penetccaua.

1.6 Coberturas taaenaóiau

iJbá Cobertansterdárias

Várias coberturas e perfis lateruicos fcnugmosos, ad-mitidos como de idade terdáría, ocorrem de forma mais oumenos desenvolvida, sobre as mais variadas unidadesgeológicas distribuídas nos domínios da foOu. No entanto,• tua cartografia é impossibilitada devido i escala demapeamento proposta para o programa.

Mesmo a partir de locaKVadas observações de campo,consegue-se identificar perfis mais emenosdesenvolvidos,independentemente do substrato rochoso que o suporta.

Nos primeiros, via de regra, observa-se um horizonteinferior mosqueado, com espessura ultrapassando 2m,recoberto por um pacote argiloso também superior a 2m.Protegendo todo o perfil desenvolve-se, por vezes, tunacarapaça ferralítica de discreta espessura e variadaextensão areai. Variações na cor acontecem ao longo detodo o perfil, nos vários horizontes ocorrentes. Taisvariações dizem mais respeito à maior ou menor presençade concentrações fernigmonas, produzindo tons mais aver-melhados ou mais amarelados. Nesse caso, há quasesempre, também, ofw correspondência com a variação do

os extremos, como nas coberturas desenvolvidas sobrevulcânicas máficas mi "''"•"flfiras r aqtifIa* drw i"*'Ma*sobre unidades rochosas mais fébicas, como granitóides e

Nos perfis mais desenvolvidos, o que acontece namaioria das vezes 6 a ausência ou a muito d' «reta presençade um ou mais horizontes, com todas as variações de cor etextura descritas para os perfis completos.

Coberturas relacionadas ao Terciário e passíveis decartografia geológica, mesmo na escala do presente traba-lho, dizem respeito aos extensos platõs de laterito bauxujcaocorrentes em grande área da serra Norte, mais precisa-m^nfe nac pcnTMniHaH*» rir» Nfa-fcQ p nfáritriçl rU Çnrajfo

Na verdade, essas coberturas se desenvolvem sobre oslitótipos máficos da formação Parauapebas do grupo Grito-Pará e constituem platõs de contornos irregulares, exibindoencostas fngrcmes.Situam-se numa altitude média de 6J0me mostram cobertura vegetal típica de floresta densa. Emperfil apresentado por Alves (1988) são descritas, até 4*5mde profundidade, camada bauxftica, terrosa, friável, fer-T»tmiM¥ca1 A* mlnrarâr» atnar^|n-^«tanti^ m m innítntnnm

teor de SÍO2 e eventual presença de psólitos e nódolosfcr.-ugmosos. Entre 4,5m e 1335m, laterito fermginoso,cavemoso, castanho-avermcDiado, as vezes psoUtko, nor-malmente com muito baixo teor de SKh oas porções maissuperiores. Abaixo de 13,35m, material argiloso, plástico,süicoso, castanho-avcnnelhado, com alteração de rochasmáficas.

1&2 Coberturas quaternárias

Essas coberturas são representadas basicamente pormaterial oriundo de um retrabalhamento em ambientecoluvionar, eluvionar ou aluvionar. Apesar da impôs-sibiHdade de cartografia desses sítios na escala propostapara o mapeamento, revestem-se eles de grandeimportância, fundamentalmente por abrigarem, em várioslocais, significativas concentrações aurfleras.

A maior ou menor expressividade das coberturas estáintimamente relacionada com o seu poBÍfiOTOTifftfo empdeterminado compartimento geomorfologico. Assim, oscolúvios e dúvios tornaram-se mais significativos nos sis-temas de relevo de serras ou de morros em grande parterelacionados ao planalto d'wc?1^ do sul do Pará, enquan-to os ambientes aluvionares são mais desenvolvidos quandoos cursos cTágua cortam o sistema de relevo colinoso, lodoele inserido no contexto da depressão periférica do sul doPará.

Independentemente do maior ou menor desenvol-vimento dessas coberturas, elas têm ocorrênciagencraiizada sobre todos os conjuntos rochosos quecompõem o quadro geológico da folha Serra dos Carajás.Os colúvios e elúvíos são em parte representado» pormaterial fragmentado por desagregação mecânica, bem

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SO Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

como por porções sdtkas a argilosas. Já os alúvkK sioconstituídos essencialmente por areias, cascalho, sütes eargilas, em proporções variáveis, de acordo com asunidades rochosas que os suportam.

Tendo em vista a importância econômica dessas cober-

turas recentes, de grande valor teria um atado maisacttradodeseBsconrrolCTpakxwiorfologicos.wnavczqnea identificaçio desses ambientes poderia tornar-se umgrande atrativo, principalmente no que se refere aconcentrações auríferas.

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•3C

SB .22 Z-A (Sena dos Cangas) 51

Capítulo 2Geologia Estrutural

Orlando Josi Bamu deAnújo

Conforme mostrou-se no capítulo anterior, a folhaSerra dos Carajás inclui frações do terreno granko-peenstone do sul do estado do Pará, dos cinturõesItacaiunas e Araguaia e produtos do Proterozoico eFanerozõico. Neste capítulo são apresentados e dis-cutidos os elementos estruturais, organizaçãogPffffi frfof f rítfníátifa df faít wp"Mdff A frtfatf dtilaao dnturio Itacaitinas é fruto de sua ampla distribuiçãona área focafizada (figura IL2.1).

24 TerrcBOfjmnito^eoutane do sul do Pari (regimedlredooal)

As estruturas ligadas à evolução do terreno granito-fftenstone, poupadas pelo evento termotectônicoresponsável pela edificação do cinturão Itacahmas, en-contram-se preferencialmente no canto sudoeste dafolha, onde a densidade de exposições rochosas é muitobaixa. Diante de tal limitação, as informações apresen-tadas e discutidas aqui são produtos de observaçõesrealizadas, em grande parte, na folha São Feliz do Xingu,silvada imediatamente a oeste da folha Serra dosCarajás.

No contexto dessa região, as faixas de rochas supracnis-

Rio Mana, produzindo um arranjo anastomosado que sevolta para WNW. Internamente, esse arranjo é compostopor zonas de dsalhamento que isolam frações lentkularesq

l 4jfi4)fflftmB^^IS ájflft ágÊwS fÉ^mlr^ÊX itflfl^mfl^Jg^fl aaTÉ niTÉTmTTftÉX f^&

*""«f fa rícaBiamyiitn rmAfm trr rftmuia* ntl Ari» nwmn.

tos distintos, de acordo com a natureza da movimentaçãodominante. Um conjunto inclui zonas transcorrentesdextntse o outro engloba as zonas com caráter de caval-

Nas zonas transcorrentes a foüação milonftica é sub-vertical e a üneação de estiramento tem postura horizon-tal. A organização das frações rochosas dentro da zonade cisa-lhamento pode variar desde o padrão len-ticularizado irregular até o regularmente bandado,refletindo, em parte, o arranjo visto em escala regional.Localmente, as relações entre as foBações S e C e apresença debanda* de cUa-lbameato contribuem para a

definição dos padrões geométricos observados. A anáfisedas estruturas menores pctrmirhi a caracterização do sen-tido df moróiwttfaçãiT a€ "Tcmm if fTiaffiammff?

As zonas de cavalgamento têm fortes mergulhospara norte e nor-nordeste, a lineação de estiramentoassociada orienta-se na direção NW-SE e mergulhapara NW, e as relações entre as foliações S e C indicammovimentação dextral. Como se vê, traU-se de zonasde cisalhamento oblíquas compressivas.

dos granitoides e dos conjuntos de rochas supracrustaisestão bem preservadas.

As relações entre os conjuntos de zonas de ásal-hamento sugerem uma organização estruturalcompatível com a de um sistema transcorrente maior, noqual as zonas transcorrentes representam as linhasmestras de hemiflores positivas que envolvemgranitoides e rochas supracrustais. Essa interpretaçãodá subsídios para que se entenda, a princípio, a evoluçãoestrutural do terreno granito^eenjMntf como ligada •um regime tectõnico direciona]. Nesse contexto, éprevisível a instalação de bacias que acolheramseqüências vulcanossedímentares e a colocação degranitoides durante a fase de transtensão inicial. A fasede transpressão promoveu a inversão das bacias e aarquitetura geral que se verifica no campa

12 oblíquo)

O cinturão Itacaiunas, caracterizado dnematica-meote por um regime compressivo oblíquo, ocupa maisde 2/3 da área mapeada e inclui unidades rochosas doscomplexos Xingu e Pium, do gnaisse Estrela, dos gruposSapucaia, Grão-Pará e Rio Novo e granho estratóidePlaque.

Os resultados da análise geométrico-cmemática doselementos planares e lineares proporcionam acaracterização de dois domínios estruturais distintosatravés do cinturão. Tais domínios referem-se a caval-gamentos imbricados e transcorrênetas, que serãodescritos separadamente a seguir.

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52 Propaina Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

49® 30'

5 \

^ FoliaçSo milonitico mergulhando emmedia 65°.

X Foliaçõo milonít ica subverticoiixado.

/ Lin#oçôo de estiramento mineral

Traça do foliação milonitico

Zona de ei»a<homento commtnto oftliqio con »enfido indicado

Zona de cisoinanento com covoigo-mcnte-

Zona de cisolhomtnto tnmtco>renle comKniido demovimtntoçáo indicado

Falha» ^roterozóicas.

f Limiie «ntr« o cinturão Itacaiúnos t o/ cinturão Aroquoio (SC)eo icrrtno «ro-

/ niro- greenttone do Sul do Pati.

f 1 Seção geológica (Ka-n.2.2)

# A distribuição das unidades geolo'gi-ca* i mostrado nos figura» I I .1.5I I . ' 6 e l l . t 0

Rg, HAi - * fan jo Mtrutwai da tolhi>S<HmtfjnCarai«t.

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S&22Z-A(SemdosCarajás) S3

Esse doaria», ligado am i m i IÍII orwpi • poi^in rrntrn ml ill fnBir f irptrsentado por sistemas imbrícados de cavalgameatosoblíquos, estendendo-se da borda sul da serra dos Carajá»alearegiâode passagem paraoterrenogianfto-gnaeRJt«ie,toediaumeate a norte do paralelo TS (fignra D.L5). Soaorientação geral E-W sobressai-se através da alternânciade fans, com larguras variadas, de rochas das diversas«idades Stolfigicas (foto IL2J). Tal déaribaição define,

i escala regional, «mi medo, «T para SSW (figura IL22), que

passa para um padrão anastomãtico composto por•egalentes de rochas snpracrnstaís e de graaitóides,isoladas em meio à massa gnássica (fotos I Ü 2 e IL2.9a).

Esse arranjo geométrico maior é verificado,

rochas kntkidarízadas ou sob a forma de camadasapresentam diferentes tans de deformação (foto 1123),evidenciando a natureza heterogênea da deformação.Nesse contesto há, também, frações lentkahres isentas dedeformação.

A generalizada tentkuiarização dos Utotipos repre-sentativos tanto dos cnmplcros Xinga e Piam como dogrupo Sapucaia e granito estratóide Plaque 6 refletidatambém ao nfvd microscópica Nos conjuntos gnüsskm osagregados quattrofcldspaticos são isolados por fainsen-

rochosas são coawns lentes quartzosas envolvidai porminerais pheosos e prismáticos. TW|«r-i>r"^" dasidade da deformação e da narnreza dos tipos BtolágjcosenvDiviQos no Drocesso oe leatictoanzacaoL essa SDGao

oo xistosidade, on bandamento composicionaL Taisvariações da estrutura planar são reunidas aqui sob a

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54 Programa Levantamentos Geológico:» ÜUÍICOS üo Brasil

í; • •

i J

denominarão de foliacão mOonfcica (fotos 112.4 e 025 ) .Nos planos da fnBaçàomflorirka existe uma uncacão de

estiramento (fotos II2.7, II.2.8 e 112.10) orientadapreferencialmente na direção NE-SW, com variações paraNNE-SSW, mergulhando em tono de 50* para SW. Suacaracterização é feita através de barras de quartzo e/ou defeidspalo, alem de palhetas de micas parakla» à direção de

Ao arranjo Icnricularizado das unidades litológicas as-sociam-se zonas de concentração de deformação ou zonasde ásalhamento, com caráter de cavalgamento oblíquo,onde comparecem •àslrmaliramcnle tectooitos "S" e "SL*.Essas zonas, via de regra, coincidem com os limites entreos principais conjuntos rochosos e definem um domínioimbricado que deve se ajustar a uma superfície de des-colamento em profundidade (figura 1122). Vê-se, atravésdessa figura, que as zonas principais jifyimm um parantíformai/anformal que pode estar ligado à propagaçãode lraiWT"Tf"J~*ili'r ou de cavahjamentos na progressão dadeformação.

As frações de rochas granolnicas, na parte norte dodomínio, são interpretadas como produtos da base da cros-U colocados cm níveis rasos através de movimentação aolongo das zonas de concentração de deformação. Talinterpretação tem sido defendida por Coward (1960),Hasui & Haratyi (1985), Costa (1985) e Weber (1986).

A análise de alguns critérios ánemáücos - bandas deásalhamento, rotação de fenodastos de feldspatos (fotosILZÜa e 02üb), assimetria de dobras íntrafoliais, relaçãoS-C e assimetria de caudas de cristais (foto U2Sb) -indica que as zonas de concentração de deformação incor-poram movimentação sinistrai. Nesse caso, considerando aposição espacial da lineação de estiramento, deduz-se queo transporte preferencial das massas rochosas foi de SWpara NE. Como as zonas de concentração de deformaçãotem orientação geralE-W,constata-se também que se tratade uma movimentação rinemaiica essencialmente oblíqua.Fjn outras palavras, o domínio imbricado pode coexistirdnematicamente com zonas transcorrentes; a zonatranscorrente que passa nas adjacências da fazenda CasaGrande é interpretada com esse enfoque.

121 Domínio tnuMcomntc

1211 Surtean sen» dos Carajás

No contesto da área investigada, o sistema serra dosCarajás é caracterizado por uma estrutura sigmoidal(figura 0.1.6), alongada na direção WNW-ESE e limitadagrosseiramente pelas serras Norte e Sul (foto 112.11), im-ediatamente a norte do domínio imbricado (figura U.1S).Ai unidades rochosas do grupo Grão-Pará são os prin-cipais produtos Ütológicos relacionado» à evolução dessaestrutura. Sua organização estrutural interna (fotos 112.12ae 112.12b) compreende um feixe divergente de zonas de

cavalgamento, que variam de verticais a idmadas do centro para a borda (figura ILZ3). Tal arranjogeométrico, descrito por SOva et aL (1974) como umsindinõrio, foi interpretado como uma estrutura em florpositiva por Araújo et aL (1988), no sentido de Reading(1980), Blicke & Biddte (1985), BaDance et aL (1986) eRamsay & Huber (1987).

Nas bordas da estrutura as zonas de ásalhamento estãofortemente desenvolvidas e são caracterizadas por umafoliacão wiilnmftíra que, dependendo da natureza do tipolitológico e da intensidade da deformação, pode serdescrita como xistosidade, laminaçfo, fofiaçio detransposição ebandamentocantitéticas, tipo R\ com postura N-S eH»wfryi_ encontram-se associadas ft """"'" itarãVr prin-cipal WNW-ESE. Tais zonas são bem registradas nasjazidas de N4 e NI, e proximo ft porção SW da serra dosCarajás na margem esquerda do rio Itaramnas. Dobras em

de estiramento são também observadas através dai

geral NE-SW e mergulha para NE e SW nos respectivosQancos sul e norte da estrutura. As mudanças na direçãoda lineação de estiramento para NNE-SSW e N-S podemser produtos de rotações internas na progressão dadeformação ou de variações na natureza da movimentaçãoao longo * aT Tfr"" de r ? i?*TirffTft O segundo caso ****-plica segmentos oblíquos passando para frontais ao longoda direção das ronas de /***an*M'igiitft. A forte ""h^façãodos conjuntos ntotógicos, nstifiarta as »w»y de caval-gamento maiores, é vista, também, em escala mesoscópica,bem como a nível microscópico.

Na parte central da estrutura as zonas de dsalhamen-to são mais raras e a deformação 6 acomodada pordobras abertas a fechadas que variam de cenúmétricas aquilométricas. As porções rochosas situadas entre aszonas de ásalhamento encontram-se onduladas, nãoestão foliadas e se ajustam ft imbricação do quadroregional.

A variação na intensidade da deformação, das bordaspara o centro da estrutura, é refletida nastransformações mineralõgicas. Na parte centraldominam condições anquánetamorficas nos sedimentosda formação Águas Claras, enquanto nas bordas as zonasde cisalhameato são formadas por milonttos da fadesxisto-verde médio, envolvendo as formaçõesParauapebas (metavulcinicas), Carajás (formaçõesferríferas bandadas) e mais discretamente porçõessedimentares da formação Águas Claras.

Considerando a natureza e a orientação das zonas dedsaibamento, a posição espadai da lineação de estiramen-to e a rotação sinistrai (fotos 02.13 e 02.14) associada aodesenvorvimento dos planos de movimentação, deduz-seque a estrutura em flor positiva está ligada a um bináriosinistrai E-W, com o componente transpressívo orientadona direção NE-SW.

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S&22-Z-A (Sem dos Cknjás) 5S

SSW

Formação Águas D a r »

Formação Carajá»

v v v | Formação Porouapesos

L * . * . 1 Compie»O Xingu

[ 1 Complexo Pium

10 km

Etcolg

Bloco-diogromo do estrutura em flor positivorelacionada oo tittemo Serro dos Coro|ói As *«io*moiorei iníicom a direção «proumodo do componentede comprcisão maomd. tem eteolo.

«eçâo Mtâ indicada na figura 11.2.1.

Page 67: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

56

2222

A tenninaçâo leste do sistema Cinzento corresponde auma estrutura tipo "rabo-de-cavalo" formada por «was decavakjamento obuquo NE-SW, que divergem a partir dazona transcorrente principal WNW-ESE (Costa et aL, noprelo). Uma fração dessa estrutura encontra-se no cantonordeste da folha mapeada.

Nessa região, o "rabo-de-cavalo" envolve rochas dogrupo Rio Novo, do complexo Xingu e do gnaisse Estrek;suas zonas principais foram deslocadas c onduladas porzonas transcorrentes dextrais orientadas na direção sub-meridiana (figura II.1.8). A geometria interna da

megaestrutura t definida por frações lenüculares dosdiferentes termos petrográlicos; internamente as fraçõesrochosas podem estar isentas de deformação, mas nasbordas ganham uma foliaçâo peaetrativa. Esse padrão éobservado em todas as escalas dentro das zonas deconcentração d; deformação.

Fora da area de influência das zonas transcorrentesdextrais verifica-se que as zonas de cavabjamento têm mer-gulhas fortes para SE e a líneação de estiramento orienta-se na direção NE-SW e mergulha para SW. Na zona mestraa f oEação é subvertical e a luxação é suborizontaL A figuraII.2.4 mostra as relações geométricas entre as zonas; vê-seque se trata de uma estrutura assimétrica ou hemiflor

t

10 km=1

Grupo Rio NOVO

Compltxo Xingu

Complexo Plum

Fofmoçtfo Aguos Cioros

j ^ v v ^ l Fofmoçõo PorouoptDOS

| j | FormotiO CO'O|(K

Et colo horitontoi

Gnaisse Estrela

r l j . WA4 m 8<çao jmlflnloi aww*É> do aWwia OIIMOIP^ < M t M W A l o

8E do nUnwm t o » do* Carajá* (t) #w»lfioT0iB^

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S&22-Z.A (Serra dos Carajás) 57

i à atncio de «ma bmário sinistrai E-W.Viesse contexto, a» a—s to—acorrentes dextrais N-S le-

maanétkas(R').

2223 Rriaçfco tntre o» ristcmas «tnrtnrais

Na área do regime essencialmente compresstvo,regtstn-se a existência de ma domínio intricado que in-corpora componentes de cavalgamento e direciona!sinistrai. As zonas de osalhamento que compõem aestrutura em flor positiva, do sistema serra dos Carajás, sãoUdSBCaulEvflUBmvCupUiC ^vUuvO^muiS 6 UIÉHBHCSB ••mM^C ^1C ^l^an ^jOu^DflflBD

transcorrente sinistrai maior. Esse domínio estende-separa norte, oeste e kste, alem dos Imites da folha estudada.As zonas de risalhamtnto que arquitetam a hcmülorpositiva da terminação do <*Mfia Cinzento mostram-seonduladas e deslocadas por zonas transeorreates, mas es>bem caráter cavalgante com mergulhos fortes para SSE.Tal sistema projeta-se para fora da folha trabalhada pordezenas de quilômetros na direção WNW, incorporandoimportantes feições estruturais, como o duplex direciona!do Salobo (Siqueira, 1990).

Sabe-se que a acomodação de deslocamento obüquoentre blocos crustais resulta em componentes demovimentação perpendicular e paralela aos Emites dosblocos que conduzem ao desenvobimento de cavalgamen-to c zonas de rejeito direciona!, respectivamente. Natectônica oblíqua, os componentes de movimentaçãopodem atuar sranhancamente, ou primeiro o componentede cavalgamento seguido pelo componente direciona!. Oscinturões gerados por colisão obtiqua compreendem ex-pressivas zonas de rejeito direáonal que podem ter per-manecido ativas durante o período inteiro da cofisio(Oxburgh, 1974; Reading, 1974; Badbam, 1982; Bfick &Biddk, 1985; Woodcock, 1986). Tais zonas podem sercurvas e ™*fi™H e diferentes segmentos podem serativos em tempos diferentes. Nos segmentos curvos, de-pendendo de suas geometrias, pode haver divergência ouconvergência com desenvolvimento de estruturas disten-sivas e compressivas, respectivamente (Wikox et aL, 1973).Nas áreas de divergência há formação de bacias, estruturasem flor negativa limitadas por falhas ou zonas de cisa-raamento, que pode ser seguida por atividade magmátkabúnodal e formação de crosta oceânica. Nas áreas deconvergência forma-se estrutura em flor positiva, e o em-basamento e a cobertura de um bloco podem cavalgarunidades do bloco adjacente. A continuação prolongadado movimento pode resultar em deslocamentos verticais erotações cm grande escala através das descontinuídades.Compressão pode ser imposta em irca de distensão, resul-tando na formação de cavalgamento no material quepreenche as bacias c no teu embasamento (Wilcox et ai.,op. cil.; Badham, op. cá*.). A progressão da deformaçãoleva à separação, traoslaçáo e rotação das estruturasgeradas inicialmente.

breve dhnroio sobre colisão obüava, 6 possfvd inter-pretar as estruturas dos to doinmios ao contexto de umadeformação progressiva dentro de um regime tectonicoobbqao de transporte prefcicacMl de massas rochosas deSW-NE. Nesse caso, o desenvolvimento do domínio ün-bricado da estrutura em flor positiva do sistema serra dosCarajás, bem como da nemiOor positiva do sistema Cinzen-to, deve ter sido controlado por movimentos em uma zonade detachment na base da crosta (figura Ü2S).

23 •Miam)

O cinturão Araguaia encontra-se pre nente repre-sentado no extremo-sudeste da folha, através de unidadesrochosas do grupo Tocantins. No geral, as rochas apresen-tam um bandamento composidonal paralelo à ristosidadeorientado na direção submeridiana e fortemente mdmadopara leste. Nos afloramentos visitados não é marcante apresença da Gneação de estiramento, mas sabe-se que esseelemento estrutural, a leste da área estudada, tem direçãogeral NNW-SSE e mergulha para SSE (Costa et aL, 1988).Os critérios de rotação " « ^ y movimentação sinistrai e,nesse caso, configura-se um quadro estrutural carac-terizado por TTwiT e sistemas imbricados de cavalgamen-tos, como reflexo de um regime oompressivo obbqua

A área estudada corresponde à zona de passagem docinturão Araguaia para o cinturão Itacaiunas, verificando-se aí que as unidanYs rochosas do primeiro não estãoisentas de deformação e nem recobrem discordantementeos g"wnr* do complexo Xingu. Ao contrário, a zona depassagem é marcada por forte deformação onde com-parecem tectonitos "S". Essa zona deve representar oprolongamento para sul da zona de empurrão que passa naregião de Tucuruí, no extremo-norte do cinturão Araguaia.Nessa ótica, pode-se deduzir que o cinturão Araguaia en-contra-se tectonkamente cavalgando as unidadts rochosasdo cinturão llacaiuiwis, não sendo possível manter ainterpretação de Abreu (1978), que prevê uma faixa derochas não-deformadas no extremo-oeste do cinturãoAraguaia.

IA Estruturas proterozókas (regime distensivo)

A estruturação relacionada ao Proterozóico na folhaSena dos Carajás é definida por vários feixes de liseamen-tos orientados preferencialmente nas direções NW-SE eNE-SW, que impõem modificações na geometria doselementos estruturais antigos.

Os líneamentos NE-SW correspondem a falhas detransferência, que podem incorporar movimentaçãodextral ou sinistrai e alcançar lÚOkm de extensão. A essasfalhas associam-se corpo* máfkos (tipo Santa Iocs) euhramáTiCDS (tipo Vermelho). Os Uneamenios NW-SE têm

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^' sw

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juf ^ -.a r a ft a a a > . a a a a >t ay aS-a *wB^m a V a a a ^ a a a a^a \ a^-a^fsa a a ^ k a a a «~^a. a a • ^V^li a T ~^

Grupo Sopucaio

Complexo Xingu

Complexo Pium

Grupo Rio NOVO

T

i Iv v v

Formação Aquov Claros

Formoçõo Cornjos

Parouopebas

+ +1 Cronilo eslro'6idePio quê

O IO an

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00

fio* NAS - Saoao gaoMgica •aquwnáttainoinposla niostrândcTàs relações entra os dõminios «strüturais do cinturão HaoaiúnasTÀs zonas"d» eisaMamento doa dois domtntoa retadonam-aa através de uma corta de deiaehment na base da crosta. As telçfles Htostruturals do

Proiwoióteo foram omitidas.

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SB22-Z-A (Sem dos Carajás)

tido interpretados por Costa et aL (ao prelo) como falhasnormais Ifstricas inclinadas para NE, que compõem a ar-quitetura das bacias tipo hemyufegi oôde se depositaramos produtos titdogkos do supergmpo Uatumi. No entan-to, na área estudada não foi possível caracterizar essageometria em função de seus ingredientes principais en-contrarem-se nas folhas adjacentes. Um Hneamento NW-SE, que se destaca na área e que foi investigado com maisdetalhe corresponde à falha Carajás.

A falha Carajás, definida por Silva et aL (1974), temmovimentação sinistrai, inclui segmentos curvos e retos esoas terminações são compostas por estruturas em "rabo-de-cavalo" (figura IL2.1). Ao longo da falha comparecemsistematicamente cataclasitos e brechas tectônicas,derivadas em particular dos termos petrográficos do grupoGráo-Pará. As estruturas em "rabo-dc-cavalo" são for-m a l por falhas inversas oblíquas e os segmentos curvos,dependendo de suas orientações, experimentam distensãoou compressão. A historia de movimentação cmemática da

falha Carajás ainda não foi examinada em detalhe, mas jáse esboça um quadro que dificilmente se ajusta ao eventoessencialmente distensivo concebido para o ProterozoicoMédia

2JS Estruturas fanerozólcas (sistema distenshro)

Nas adjacências da área investigada implantaram-se im-portantes sistemas distensivos representados pelas baciasAmazônica e do Parnaíba. Os reflexos desse evento sãomaterializados na foftaSerra dos Carajás através de intrusõesbásicas que st alojaram em zonas de fraquezas antigasreativadas. Sabe-se também que no Terdário formaram-sedesmvelamentos expressivos de blocos, proporcionando ainstalação das principais feições morfologicas da região.

Face ás limitações impostas pelos objetivos desteprojeto, os movimentos dnéticos do Fanerozóico nãopuderam receber investigações mais detalhadas.

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SB.22-Z-A (Serra dos Carajás) 61

Capítulo 3Metamorfismo e Deformação

Xafi da Silva Jorge João

As abordagens relativas aos processos metamórficos edeformaciooais foram dirigidas aos conjuntos ihológicosqne materializam formalmente unidadescronolitostratigríficas, que mostram significânciageológica para o entendimento e interpretação dos proces-sos ocorridos nos diferentes nívea de observação.

A rigor, as observações em escalas macro, meso e micromostram diferentes níveis ou profundidade de abordagem,em função da qualidade dos afloramentos do materialcoletado e de outros dados disponíveis.

Nesse sentido, os complexos Pium e Xingu, o grupoSapucaia, o gnaisse Estrela, o granito estratóide Plaque eo grupo Gráo-Pará foram as unidades-alvo de estudo.Sobre estas procurou-se entender os processosmetamórfico-deformarionais, bem como suas tnter-relaçóes e interdependências, numa tentativa de apoio in-terpretative à melhor caracterização do evento cisalhantedo cinturão Itacaiúnas, com suas implicações econseqüências sobre os diferentes conjuntos retrabalhadose suas diferentes respostas reológicas.

Osgranitóides da unidade Rio Maria e o grupo Tucumãescaparam a essas observações pela insuficiência de dadosqualitativos e quantitativos, assim como o vulcanismoácido, a suíte granítica anorogênica e as intrusivas básicasconstituíram igualmente exceção por suas naturezas náo-deformadas, características do regime tectônico distensívodo Proterozóico Médio e Mesozóíco, respectivamente.

3.1 Complexo Pium

Os calamelamorfitos Píum compreendem umaseqüência bem-definída na região, ocorrendo ao lado demesotnetamorfítos da unidade Xingu, por elevaçãoteclõnica, em regime de cisalbamento dúctil de baixoangulo. Esse regime provocou e desenvolveu, simultanea-mente, reações melamórfícas contínuas e transformatívas,modificando significativamente a paragénese proterógínaconcernente ao metamorfismo granolftico prógrado.

A investigação petrográfica, com base nas relações tex-torais e íntermineralógícas dos granolílos básicos(piriclasítos) e ácidos (chamoenderbitos e granoMastkos),

tem permitido identificar a fades metamórfica granolitoprógrado e a fades anfibolito retrógrado (fotomicrografiasI1.3.1a e 11.3.1b), como generalizadas, e a fáciesmetamórfica xisto-verde retrógrado, drcunstandal elocalizada.

O estado retrogressivo desse metamorfismo é maisevidente e desenvolvido nas zonas em que ocorrem as maisaltas taxas de deformação (fotomicrografias 113.2a e113.2b), evidenciadas pela presença de rochas mfloníticase ultramSon&icas envolvendo freqüentes e generalizadasreações metamórficas de hidrataçáo sindsalhamento comas paragêneses reequilibradas dominantemente à fáciesanfibolito. De um modo geral, as fases minerais resultantespermitem estimar as temperaturas metamórficas de 7DCf-800°C e pressões variáveis de 4 a 6 Kbar. Essas variáveisfísico-químicas permitem classificar o metamorfismoatuante como do tipo pressão intermediária-altatemperatura (Green & Ringwood, 1967) em função dadominante associação mineralógica ortopiroxênío +clinopiroxênio + plagioclásio entre os piriclasitos eortopiroxênio + plagioclásio entre cs granolitos ácidos.

O estudo petrográfico concentradosobre as assemineralógicas e relações texturaís discerne claramente asfases minerais oú pares de fases minerais indicativos de umdeterminado estágio da diaftorese, como as$ocnçõcsdiagnosticas da faciologia metamórfica retrógrada(fotomicrografias 1133a, II33b, II3.4 e 113J).

Nesse sentido, o par Opx-Cpx representa uma cons-tante, com alto teor modal nos piriclasitos, os quais denun-ciam protólitos ortomagmáticos básicos, guardandocaracterísticas de fases proteróginas, equilibradas na fidesgranolito do metamorfismo prógrado pré-dsalnamentoItacaiúnas. A associação Opx-Cpx nos piriclasitos exibedominantes propriedade* reliquiares de um estágioprecoce prógrado. Essas propriedade* pastam a incor-porar leves características readonais, inerentes à fadesgranolito retrógrado sincísalhamento, onde a* evidenciasde desequilíbrio são ar*"*» pouco cbamatívas, com algumdestaque para os cristais de Cpx hospedando lamelas deanotação de Opx, o qual mostra, com freqüência, ornaíndpiente bastitização, insinuando tendência* a atingir afácies xisto-verde.

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62 Programa Levantamentos Gcoiógicos Básicos do Brasil

1:1!

Ainda freqüentes nos granolitosbistcos, a fase mineralhornMenda de cor verde-azulada, nitidamente secundaria,diaftoiética, em desequilíbrio com a assembléiametamórfica constituinte, marca fortemente a fades an-fiboiito retrogrado. É resultante da reação hidratante Opx+ Cpx + PI + H2O = Hb + Qz; as observações cm escalamicroscópica mostram a sua disposição coronada comoaglomerados microcristalinos de hornblenda verde-azulada ou como simplectitos Hb-Qz em torno de Opx -Cpx e/ou dos grãos opacos.

A fase mineral biotita 6 relativamente freqüente nosgranolitos básicos e ácidos e marca as fácies granolíto eanfibolito retrógrados, e é resultante da reação debidrataçáo Opx + Fk + H2O * Bi + Qz. Na fáciesgranolito retrógrado, a biotita ocorre com relativafreqüência em associação súnplectuica com o quartzo oucomo pequenas palhetas aglomeradas em torno de Opxe/ou opacos, mostrando forte pleocroísmo marrom a mar-rom-avermelhado, e sugerindo elevados teores em TIO2.

Em alguns espécimes, particularmente nos granolitosácidos, a biotita apresenta cor e pleocroísmo marrom-claroa marTom-escuro, sugerindo moderados teores em T1O2,em marcante desequilíbrio com o Opx, denunciando umretrometamorfismo sob condições físicas inerentes à fáciesanfibolito. Circunstancialmente, mostra passagem paracloríta numa tendência a atingir a fácies xisto-verde.

O plagiodásio mostra características do estágio precoceprogressivo, do metamorfismo granoUtko, tanto nos jári-dasitos como na série charnoendcrbujca, com realce para aantipertitizaçâo como marca reliquiar proterógina. A essascaracterísticas associam-se, timidamente, cristais de pla-giodásio - com lamelas eliminadas - como aglomeradosdiminutos e/ou como franjas, coronadas em tomo doplagiodásio antipertítico, indicando sua geração comoproduto de metamorfismo de fácies anfibolito retrógrado.Ocasionalmente, e particularmente nos granolitos áridos oplagiodásio mostra incipiente alteração a sericita e phengitadesenvolvidas na fácies xisto-verde retrógrado.

A observação petrográfica denuncia, de formageneralizada, significativas transformações mineralógicas.Piroxânio-anfibólio, piroxênio-biotita, piroxénío-basüta,anfibolobtotita, bíotita-clorita e-feldspalo-muscovüa/phen-gita constituem pares minerais em desequilíbrio,materializando reações qufmico-mineralógicas, de caráterhidratante, através de um processo de interação fluido-roeba, de natureza bidrotermal. Essas reaçõesmetamórfícas mostram ama relação com a deformação, namedida em que as transformações mineralógicas sãofavorecidas e acentuadas nas zonas de concentração 00 demais alta taxa de deformação. Nestas, são gerados osmihmitos que se distinguem por um acentuado processo decominuição resultante de amoledmento por deformação,favorecendo e facilitando a difusão intergranular e, porconseqüência, as reações de hidrataçâo retrograda defade» granolito e anfibolito, como oconentes na maioriadosGtótíposdauaidadePhim.

A análise geral dos espécimes representativos do com-plexo Pium mostra que diferentes tipos (ácidos e básicos)refletem diferentes intensidades na taxa de deformação,variando de estágios protomiloníticos a miloníticos. Estesdestacam-se por uma iorte redução granulométrica, desen-volvendo, simultaneamente, processos de recristalizaçãosintectônica, e marcam zonas localizadas de concentraçãoda deformação, sob condições dominantemente plásticasou de superplastiddade, indicando, sobremaneira, os iíúosde maior movimentação dsalhante.

As evidências deformadonais, mais freqüentes nosgranolitos, são representadas por extinção ondulante, ban-das de deformação, recuperação c recristalização dinâmicano quartzo e lamelas de geminaçáo deformadas noplagiodásio, indicando mecanismos de deformação dúctil.Diferenças significativas nas características defor-madonais óticas são observadas nas zonas marginai* ccentrais dos grãos de quartzo. Áreas centrais ou núdeosdos grãos contêm bandas de deformação e áreas de bordasconsistem de grãos e/ou subgrãos desenhando umaestrutura do tipo núdeo-manto sugerindo um gradientedefoimacional entre as duas zonas (fotomicrografia11.3.8b). Uma variação na intensidade da deformação,aumentando em direção às zonas miloníticas, denuncia quea moderada variação na microestrutura é, por induçãodefonnacionaL associada ao movimento ao longo dosplanos de cavalgamento, sítios da mais expressivarecristalização dinâmica. A esse processo associa-se,freqüentemente, a formação de subgrãos em recuperaçãoque acentuam a recristalização por rotação de seus limitesinterfaciais. De um modo geral, os grãos minerais, par-ticularmente de plagiodásio, mostram-se isodünensionais,sem elongaçáo significativa, mesmo nos tipos que sofremacréscimo deformadonal com cominuição, sugerindo ummecanismo de deformação acomodada por deslizamentointergranular a alta temperatura, com recristalizaçãodinâmica ítitfociitdai

Na maioria dos granolitos protomiloníticos e miloníticosé expressiva a impressão dos elementos d . trama estruturalcaracterizando tectonitos "LS". Tanto em escala deafloramento como de seção delgada, o regime dadeformação é do tipo náo-coaxiai, revelado pelos in-dicadores cinemátteos, com destaque para o padrãorotacíonal sinistrai dos ocelos feldspáticos com assimetriadas sombras de pressão contornados por quartzo ribonadopolicristalino.

32 Complexo Xinga

A rigor, seus termos petrográficos mantêm de formageneralizada ama invariabilidade compmirional marcadapor uma assembléia mineral a base de quartzo*piagioclásio-biotita + núaoclína-noniblenda + cpjdoto+ dorita + moscovita + calota + alanüa + titanita,cujoarranjo textura! ou intergranular é dominantemente

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SB.22-Z-A (Serra dos Carajás) 63

graaolepidoblástico ineqüigranular, com foliaçãoprotomilonttica a milonftica superimposta. Essaptragenese tipifica a ficies anfibolito com regressõeslocalizadas i ficies xisto-verde alto em função doaparecimento de abundantes palbetas de doríta. Outrassignificativas transformações mineralógicas são obser-vadas pelo surgimento da associação calatt-epídoto-mus-covita, refletindo sobremaneira, reações envolvendofundamentalmente jm processo de descalcificação doplagioclá&io, em íntimo relacionamento temporal com oprocesso dcformacionaL

Em função das relações fenodasto-matríz e de suasmutuas proporàonandades, diferentes tipos texturais sãoobservados com realce para as variedades milooíücas,tooalâicas grosseiras e granodiortticas bandadas. P««*tipos têm como caracterização maior a freqüentealternância irregular e algo conspícua de níveis oceiaresfeldspáticos contornadas por níveis de biotita e hornblcndaassociados a quartzo efeldspato numa composição matri-cial rrxriirtahVmifli definindo fl1*1^ foliaçãorelativamente bem-desenvolvida. A natureza progressivada deformação nos litótipos da unidade foi acompanhadade uma redução granulométrica no sentido protomilonito-milonito, envolvendo mecanismos de deformação do tiporecuperação e recristalizaçâo sinememática do quartzo,feldspato e micas.

Extinção ondulante e bandas de deformação são asmicroestrutnras deformacionais do quartzo, res:Jtantesdos deslocamentos intracristalinos ou intragranularesdesenvolvidos durante os incrementos deformacionais ini-ciais compatíveis com o estágio protomilonítico. Com aprogressão da deformação a maioria dos grãos de quartzoexperimenta recuperação, com produção de subgrãos e denovos grãos. Aos estágios mais avançados demovimentação se associa forte duculidade do quartzo,através de formas ribonadas (fotomícrografías 03.7a e03.7b) recristalizadas fíiHTtifnííitícynfffitff relacionadas aSn. Dentro dos ribbons os grãos poticristalinos são sub-retangulares, sendo os fimites intergranulares quartzo-quartzo algo regulares e retilíneos e perpendiculares aoeixo maior do ribbon. Em alguns tipos rochosos arecrisulizaçáodoquartzoégenerali2ada,conduzindoaumarranjo cristaloblástico em substituição a uma texturamilonftica e conseqüente formação de variedades demílonho-gnaisses ou Mastomüonitos, na progressão defor-

O plagíoclásio é B m a fase mineral dominante noslitótipos da unidade, tendo comportamento reologico algodistinto do quartzo. Grãos reüctos nao-recristalízadot per-sistem à deformação, como porfiroclastos originais de

com riffiiwmiifial recristalizaçâomarginal, a mais baixos teores em anortíta. Os mais nítidose freqüentes eíejtos deformacionais são expressos pelonucrofraturamento, cujos planos são preenchidos porquartzo recrisUazado, denunciando um comportamentortptíL Na» seções paralelas ao plaso XZ do enpsókfe de

deformação finka, os ocelos de rJ*gfAdá5'n. ocasional-mente, podem ser utilizados como indicadoresdnemáticos, corroborando a movimentação sinistrai(fotomkrografias II34a e 113.6b) observada em escalamesoscopica.

O mineral micáceo dominante nos granitóides do com-plexo Xingu 6 representado pela biotita marrom-clara aescura, ocasionalmente passando a hornblenda verde, in-dicando uma fase refiquiar do metamorfismo prógrado.Localmente, mostra profunda alteração a clorita nasvariedades mais intensamente deformadas e rê*"™*»^denunciando um processo retrometamórfico atingindo afâciesTOto-vcrdecom uma reação de hidratação. ExtensivancocristaGzacao com geração de agregados em decussatee/ou alinhados com relação a Sm marcam os tipos miloniio-gnáissicos ou blastomiloníticos, em que se associam grãosidioblásticos bem- desenvolvidos e freqüentes de epidoto.

A deflexão dos agregados minerais que marcam afoBacãoS parecem marcar a instalação de planos de dsa-Ihamento C mais contínuos, sob diferentes angulações,como conseqüência da progressão da deformação. Essesdiferentes planos possuem basicamente a mesmaassembléia mineral representada por quartzo, feldspato,biotita e/ou homUenda 4- muscovita + clorita + epidoto+ titanita + mirmequita em nítida orientação preferencialrealçada pelas palhetas de biotita. A yroi'arwfiwh' com-ç p pposicionai dos agregados minerais que definem os planosS e C e o sugestivo envolvimento dos planos S nadeformação incrementai pela progressão heterogênea in-dicam um desenvolvimento isocronológico para as duasfotiaçoes em função de uma resposta ou comportamentoseqüencial.

As microestruturas do quartzo indicam que essesmilonitoft se desenvolveram essencialmente por um proces-so de recristalizaçâo dinâmica, e que a fabric dosultramüonítos sugere mecanismos dfforma^*i7"?'T de des-lizamento intergranuiar e superplasticidade cm caráter as-sociativo.

mflflnitos com I8m'f'i^5ff composicionalgnaíww tectoakamente aleitados, consistindo

de bandas alternadas ricas em quartzo, feldspato e mica,resultantes da migração de elementos de rochas inicial-mente protomSoníticas mais grosseiras e menos diferen-ciadas composicional e estruturalmente.

As zonas míloníticas são de extrema ductiHdadc e pias*tiddade e implicam uma forte redução granulométrica deseus grãos minerais componentes, explicáveis pelaaplicação de mecanismos de amolecimento pordeformação (Strain Softening) quando é excedido o limiteou capacidade, de endurecimento por deformação (StrainHardening).

Nos tipos analisados, o processo de amokcúnent* parageração dos milonitos encontra algumas evidencias quesugerem om amolecimento geométrico em função darotação ou reorientaçao dos grãos minerais para posiçõesfavoráveis dos pianos de deslizamento relativos aos planos

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64 Pirojramalxvantaineiitos Geológicos Bâskos do Brasil

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de divagem (010)o«ie penem» (001) para o» plagiodásirjs, c aos planos (001)da biotita. Grãos dongados de plagiocUsio sugerem amaoríenuçáo prefere»^ cclostntfinl de akafavorabOkladepara o deslizamento iatragranular e de relativa ade-quabüidade para o mecanismo de amofeámento. Proces-sos reacionais de hidrataçâo (cloritizaçâo) etransformadonais (plagiodásio parcialmente alterado ascricita, epídoto e quartzo) facilitados pela introdução defluidos no sistema, favoreceriam um mecanismo deamofecimeiito reacionaL

3J GrvpoSapacaia

porfirobiastos, cujo inter-relaicom a matriz foliada permite, .

uunenteStl afa

(estruturalste, inferir

Vulcankosdcf losição máfica e ukramáfica são trans-formados em xistos dorito-actinoi&icos e xistos doritotalco-serpentino-tremolmcos, respectivamente, em arranjo textura!nematobiástico com forte amsotropia estrutural superimpos-U.Circunstanciamiente.em nmçãoda variação nascondições

C 3T~

ranjos texturais, algo preservados e refiquiares, permitem aidentificação protolítica máfica ou ultramáfica(fotomicrografia 113.11). Nesse sentido, alguns domínios naunidade mostram efeitos de serpentinização parcial(fotomkrografia D 3.12), com preservação de cristais deofivina e segregação de granidos opacos e, localmente, pseu-domorfos de piroxênios, denunciando, nesses casos, umanatureza original dunko-peridotftica.

Com relativa freqüência, os mftanftraraaftnt da m»iHa<feSapucaia mostram uma extensiva carbonataçâo associada aostipos serpentiníticos, indicando processos metamórfico-metassomáticos deutéricos, com introdução de quantidadesvariáveis de H2O e COi Texturas em mesh observadas emserpenrjmtos fizardfrjcos, com frações oovmicas refiquiares etexturais nâo-pseudomorfas, pela geração de antigoritafibrolamelar, são indicativas de coodiçóes metamórficas quevariam de fades nsto-verde baixo a ako ou, localmente, atin-gindo a fades anfiboitto baixo.

Quando se inter-reiactooam os processosmetamórficos e deforroadonais superimpostos ao quad-ro geológico da área, é sugestiva a idéia de que asparagêneses olivfnícas estejam relacionadas ao estágiodeutérico-estático da época do emplaçamento do corpo(xisto*verde baixo) c que as paragêneses antigorita +talco + clorita + actinolita + tremoiita seriam resultan-tes do metamorfísmo sisto-verde alto/anfíbolito baixo. Adominante paragênese tremolita-actínolha + clorita +feldspato + quartzo + biotita + calcita encontrada nosxistos de natureza máfica, intimamente associada aosmetaultramafitos, é compatível com a fáciesmetamórfica nsto-verde alto/anfíbolito baixo.

Os muscovita-biotita-xistos que representam os com-ponentes sedimentarei mostram paragenese compatívelcom as mesmas condições físíco-iiumicas inerentes a fáciesnsto-verde alto/anfíboüto baixo. EMCK micaxistos contêm

a idade relativa entre o metamorfismo (crescimento dosminerais metamórficos) e a deformação. Essa análisemkroestnirural porfiroblasto-matriz é possível apenas em«igiimac amostras, onde t vista a foliaçâo interna (Si) emdisposição oblíqua i foliaçâo externa (S«). A essa evidênciaaliam-se outras, como: (1) a forma alongada e lenticulardos porfirobiastos; (2) os porfirobiastos exibindo sombrade pressão (fotomicrografia 113.9); (3) a foliaçâo externa(Se) sofrendo deflexões e contornando os porfirobiastos;(4) a foliaçâo interna mostrando-se reta e oblíqua emrelação à foliaçâo externa, sugerindo rotação do por-firoblasto após seu cresdmento. Tais linhas de evidênciasmicroestruturais são indicativas de que os porfirodastossão pré-tectõoicos, responsáveis pela foliaçâo (Sc) impres-sa nos xistos.

O entendimento global geométrico, cinemático cmicroestrutural evolutivo da região estabelece umacaracterização mOonítica para essa foliaçãocuma naturezaporfirodástica para os ocelos feldspáticos resultantes dasupernnpostção tectõnica do cinturão Itacaiúnas. A ligor,a forte foliaçâo é devida ao alinhamento preferencial dosminerais fêmicos (metamafitos e metaultramafitos) e daspalhetas lentkulares e/ou alongadas de biotita e/ou mus-covita, como agregados que contornam os augens dequartzo, feldspato potássico e plagiodásio. Uma foliaçâoS2 (bandas de cisalhamento formando crenulação),definida por superfides finamente lamín^^t regular-mente contínuas, tranca a foliaçâo Si, em ângulo variável,estabelecendo um padrão anastomosado. O entendimentodo mecanismo de deformação dsalhante, em caráterprogressivo e heterogêneo, conduz à interpretação de queS2 deriva de Si quando da geração da deformaçãomilonítica.

Os componentes máfico-ubramáficos e metassedimen-tares da seqüência exibem variados graus de transformaçãomineralogica, cominuiçáo e recristalizaçao sintectònica(fotomicrografia 113.10), concentração de deformação emzonas mUooftíco-ultramilonfiicas, geração de microdobrasenvolvidas em microrredobramento com a progressão dadeformação cisalhante, ocasionais fenoclastos de granadarotacionados e desenvolvimento de milonitos do tipo S-C-11 com formação de mica pisdforme. A natureza progres-siva e heterogênea da deformação é entendfvel peloenvolvimento da unidade no regime compressívo, gerandosistemas imbricados emergentes, resultando em estruturaslenticularizadas (misturação tectônka Sapucaia-Plaquê eSapucaia-Xingu) ou maopods de meUuhramafitos comtextura spinifa preservada (fazenda Campos Altos).

3Â Gnaisse Estrela

Constitui uma unidade bem-destacada no contextogeológico com marcante contraste fototextura! e com um

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SBZ2-Z-A (Serra dos Carajás) 65

padrão mkrotextural e uma associação parageaéticarelativamente bem distintiva das demais unidades. Aparagênese associada ao arranjo mútuo dos grãos mineraist indicativa de um metamorfismo de médio a alto grau(fotomicrografias 113.13 e 113.14).

A textura granoblástica em estilo "mortar" denuncia asuperimposição de uma deformação em regime de cba-Ihamento dúctil, com produção algo generalizada derochas protomiloníticas a miloníticas.

Os granitóides gnaissificados componentes da unidadeEstrela estão inseridos no sistema serra dos Carajás, sendoenvolvidos na deformação por elevação tectônica na fasetranspressiva do sistema, a partir de sua posição crustaloriginal às prorimiHarics do domínio da base da crosta, ajulgar pela presença de rochas g«mnhlac>ftira«

A justaposição fitotógica de tipos contrastantes e defaciologias metamórficas distintas existentes entre as

«Estrela, "frjWHif* . e Grão-Pará, supracrustal,m i movimentação ascensional divergentea w* 5*5tr*"y direciona! maior com sentido

sinistraL Essas características de variação e justaposiçãotkológica ao longo desse sistema são indicativas de umregime defonnacional por dsalhamento dúctil de aboângulo controlado por uma zona principal de deformação,provavelmente associada a uma zona de detachment, nabase da crosta controladora da movimentação cavaiganteno regime compressivo do cinturão Itacaiúnas. A fase deinversão ou transpressiva, com o conseqüente alcameniotectônico do gnaisse Estrela, pode ser preliminarmenteentendida por uma movimentação e deformação diferen-cial, com separação de blocos normal-reversa sob rejeitodireciona! profundo, em estilo de tectônica peücular espes-sada.

3.5 Granitocttntoide Plaque

Plutooitos ácidos, de uniforme coloração vennelho-dara a escura, de composição essencialmente sodico-potasska a potássica, materializando tipos granfticos aduas micas, sâo tipologias benwlefinidas e de fácilidentificação dentro do cinturão Itacaiünas. Essesgranitóides biotito-muscovíticos, leucocriticos, têmconfiguração macrolenticular, disposição estruturallemiconformável a coníormável com a trama estruturalregional, e são componentes marcantes damegacttruturaçáo arqueana que arquiteta o cinturão.

A expressiva concentração modal volumétrica nocampo monzogranftko (3b) e a quase invariabilidade com-posicionai - não obstante a extrema diversificaçãoanisotropostnmiral - conduziu i designação formal degranitóide estratoide Plaque.

A assembléia mineral ~ a nível de fases essenciais evarietaii - dominada pela a**oei»çio quartzo»miaocGna-biotiu-muscovita é indicativa de condiçõesmetamórftcas compatíveis com a fades anfòolito na

seqüência progressiva regional A invariável paragênese,aliada à característica e notória ausência de encravespelfiicos, são elementos analíticos de indução à concepçãode uma área-fonte composicionahncnte silicosa, tonalito-granodtorftica, siU jda no domínio da crosta continental.

O aspecto textura!, composknonal e metamórfico doslitótipos da unidade, indicativo de ambientemagmatectônico sincinemático. denuncia característicasgenerativas e de emplaçamento magmático em fase sin-colisional como resultância do espessamento crustalelaborado pelo regime tectônico compressivo edificadordo cinturão Itacaiúnas. Essa duplicação crustal, cm estilocavaigante imbricado na área trabalhada, seria responsávelpela geração do calor dsalhante causador da anatexia crus-tal smcolisional, semiconfinada às bases ou às interfáciesdas diversas megafatias cavalgantes.

A distribuição geográfíco-espacial da unidade Plaque éindicativa do expressivo magmatismo grana ko produzidoe reflete, sobremaneira, evidencias indiretas de uma inten-sa e extensa fusão parcial sincisalhamento comoconseqüência de um alto grau de espessamento crustaL

A análise dos granitosestratóides Plaque, em diferentesescalas de observação, com integração muhidisciplinar,mostra que o caráter sincinemático é produto interativo dometamorfismo sincisalhante em regime comprcssionalrelacionado à orogenia continental e espessamento crustalem fase sincolisionaL

Estudos geoquímicos dirigidos poderiam dar suporte aessas evidências pela comparação com grupos com-posickmais, algo bem estabelecidos e discriminantes dosambientes tectônicos e áreas-fonte.

As observações mesomicroestruturais indicam clara-mente uma relação isocronológica entre o metamorfismo ea deformação, em que a assembléia mineral, tipificandouma faties anfiboiito inferior ou metamórftca de médiograu, sofre as mais variadas taxas defonnacionats, envol-vendo a unidadee Plaque na série protomilonito-milonito-nhramflonito. Em adição, o mecanismo defonnacional e oprocesso cristalização-recristalização ocorreram sobcondições dinâmicas ou sincinemátícas, como sedepreende dos efeitos de tensões internas dos grãosminerais, não obstante uma circunstancial açãoUastomilonftica, com tendência à eliminação da texturamilrmftica sob condições algo estáticas,

O caráter progressivo e heterogêneo da deformação(fotomkrografia 113.8a) imprimiu um igualmente progres-sivo efeito nas tensões internas dot grãos minerais, comrealce para o quartzo, que mostra microestruturas defor-macionais, recuperativas e recrístalizantes na seqüênciaprotomilonito-milonho-oltraniiloníto impressa na un'dadePlaque. Nesse seotido, extinção ondulantc, bandas dedeformação, subgrãos, poügonização e novos grãos são asfeições microestruturais observadas, respectivamente, nosgrãos de quartzo, em paralelo a uma conspfcuagraimiomeüiadiretanienteproporckMialaoaaéscimonanNensidade de deformação.

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Ognu>kocanl6idePiaqaê,eniesUgiodeformaciooalmOontico, mostra que oi grios de quartzo sofreram umsignificativo achatamcato, cuja extrema dactflidadefavoreceu o desenvolvimento de cristais em forma de rib-bon. Estes são constituídos por agregados poficristalmosque mostram processos de recuperação-recristalizaçãodinâmica e arquitetam a foliação SW

O phgioclásio aMko ocorre como porfirodastos ouocelos globulares reliquiares sem efeitos visíveis derecristalizaçâo e com pouca deformação interna, mesmonos granitòides mais intensamente deformados. Amirrrwliiia miCTOpCrtíÜCa i l »» fati» mineral modal

significativa, apresentando como característicamicroestrutural mais marcante a ocorrência de agregadosC^SÚ^90lCa^lflft6OKw PCCT8£Em\alZflu)ilOS C DOQGVISK^ÊSSZÈB^IOBP %Qfl | • Jft k

tricünicidade (fotomicrografia IL3.16) e totalmentelímpidos, inalterados e sem inclusões de mineraismatriciais. De forma generalizada, os agregados demicroclina micropertítica constituem neogrãos, semvestígios de grãos reliquiares, atingindo dhrcnsftw comtendência a emprestar, a algumas variedades, um caráterblastomikmftko.

Bkxita, ocasionalmente alterada a dorita, e muscovitaprimária constituem uma associação micácea algofreqüente nos granitos estratoides Plaque. Mostram umafreqüente neocristalização, agregados dispostos empadrão decussate e a formação de níveis bem-almhados esegregados, constituindo planos de cisalhamentodiscernrVeis em escala mesomicroscópica. Nos tipos maisfortemente deformados, as ncõmicas mostram-se maisdesenvolvidas dimensionalmente e elaboram umasuperfície planar anastomótica contornando grãos dequartzo e feldspato.

O inter-relacunamento das feições microestruturaís ob-servadas, com o desenvolvimento de uma pervasivaanisotropia planar, é indicativo de uma deformaçãoplástica acompanhada por comiunição e recristalizaçâosincinemática dos grãos minerais, particularmente nostipos que atingiram o estágio milonítico. A foliaçãomilonítica Sm na deformação progressiva heterogênea tempadrão anastomosado, exibindo localmente o desenvol-vimento de bandas de cisalhamento S*. como uma segundaestrutura planar em baixo ângulo com a foliação milonítica.Essas duas estruturas pfanares são penetrativas econtínuas, apresentam um trend E-W concordanie com otrend da foliação regional, e resultam da deformaçãotectônica sincisalhamento e sincristalína com extensivarecrisUlização-neominerauzação (Mast omilonilizaçãb) as-sociada. De um modo geral, a dominante foliaçãomilonítica é arquitetada pelo forte aebatamento dos grãosde quartzo, forte alinhamento preferencial das palhetas debiotita e/ou muscovita, contornando fenoclastos demicroclina e plagioclásio e paralelizadcc aos expressivosribbons de quartzo. O acréscimo no grau de anisotropiaplanar (Sm) é diretamente proporcional à produção deagregados quartzosos progressivameme mais ribonados.

nVsmOfllvlEinvB m)G0n DaV4nVlDÉBCI P aVOv IDBCBSRflD C CSLvC&SIVD n?n?DOCS

de recristalização/neomineralização sindsa-lhamentosmwkâneo aodc&cnvohànento da fonação. À medida que osagregados de quartzo foram modificando sua forma inerentao estágio protomikniico, transformando-se para grãos emribbon (fotomicrografia 113.15), inerente ao estãgimuonmco, a deformação na matriz quartzofeldspárjcafortemente commiifcfa - Cai acomodada por desSzamentomtergranular como um mecanismo adicianaL

A interação das observações em escalas macro, mesoemicroscópica denuncia que os granitòides foliados daunidade Plaque materiaEzam tectontos "SL"dentro de uma trama anastomosada internamenterdarinnafla a zonas de cisalhamento dnctü, elaboradaspela tectogênese Itacahmas. Uma fineação de estiramentomineral é projetada no plano da foüação milonitka (Sm) eexB>e'dirccâo geral NE-SW, mergulhando, em média, «Tpara SW e com um rake aproximado de 5CT. Essa posturaespacial é persistente nas diferentes estações geológicas oupontos de ocorrência dos grankos estratoides Plaque,reforçando uma coerência cmemárica regionalizada in-dicativa de uma direção de transporte tectônico de massasrochosas de SW para NE, incorporando movimentaçãooblíqua. A rigor, a lineação de estiramento 6 representadapela eloogação boudinada, ou não, dos grãos de quartzo efeldspato bastonado, e pela elongação de agregadosbiotítkos e/ou hornblêndicos.

3 ^ Grupo Grio-Para

As rochas metabasálticas têm sua composiçãodominada por plagiodásio(sericito-epidoti7ado em algunslocais), hornblenda-actinolita, abjum diopsknb reliquiar,uma matriz microcristalina e subordinados grãos dequartzo e títaníta. As fases minerais majoritárias e essen-ciais exibem ||>n arranjo mútuo biastofitioo c/ou inter*granular algo preservado. Coronas de actinolita em tomode cristais reliquiares de diopsídio denunciam, ocasional-mente, processo de transformação oineralógica erecristalizaçâo metamórfica sob condições dedesequilíbrio. São comuns os processos de alteraçãohidrotermal com formação secundária de clorita, car-bonato, calcedônía e epfdoto como fases minerais disper-sas pela rocha e/ou preenchendo cavidades vesiculares.

As mctav»lcánica< fébicas são dominada* por quartzo,feldspato, minerais ferromagnesíanos alterados e abun-danie matriz microcristalina a granoffrica com texturabasloporfirítica e representam tipo» petrográfico* quevariamdemetarriolitosaoctadacitos. »

A assembléia mineral dos metavulcanitos componentesda formação Parauapeba» indica condiçóei oietamorncasque variam de fácies xisto-verde baixo a xbto-verde abo.

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SB.22-Z-A (Serra dos Carajás) 67

O componente mctassedimentar do grupo Grão-Parit representado por metareaitos conglomeriticos etttoarcorianos basais que gradam para orna seqüênciaatetapelftica de natureza margosa-manganesffera decaráter rítmico. Os metarenitos são representados,qoase que invariavelmente, por uma associação quartzo-fragmento de rocha-matríz sericttica em arranjo tcxturalvariável de elástico por deposição a incipiente xis-tosidade, indicando processos de reordenamento tex-tural e recristalizaçâo metamórfíca compatível com oanqaimetamorfismo da fácies nsto-verde baixo.

O metamorfismo e a deformação dos litótipos daunidade Grão-Pará estão inseridos e relacionados a umaintadecisalhaffltrtodúctadcahotogutocmrcgiincdetranscorrênda com sentido de movimentação sinistrai, esendo parte componente da tectõnica oblíqua que marca ocinturão Ilacaifr***. na região. As observações geológicase a interpretação dos dados preexistentes e coletados nocurso do mapeamento são sugestivas de que o meUmorfis-

mo e a deformação dos Gtotipos do grupo Grão-Pará sãoresultnntes da fase transpressiva envolvendomovimentação de massa em estão ascensional divergente econfiguração estrutural o« geométrica em flor positiva. Sãode difícil caracterifatçáo os possíveis efeitos metamórficose deformackmais das movimentações estruturais conver-gentes e divergentes.

No curso da movimentação transcorrcnle, os processosdefonnaàoaais foram progressivos e heterogêneos, im-primindo diferentes graus de anisotropia estrutural comgeração de estruturas foliadas, lenticularizadas e im-bricadas, como se observa no garimpo do Sossego, em quezonas niloníticas ou de concentração máxima dadeformação circundam maopods metarrioulicos. Nessaregião, os processos deformacionais e meiamórficoshidroternuis (interação fluido-rocna) tiveram influênciadecisiva na remobifização e reconcent ração do ouro comomineralização significativa.

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S&22Z-A (Serra dos Canjas) 69

Capítulo 4Arraigo Estratigráüco

Orlando José Bama de Araújo

A restauração das relações estratigráficas entreunidades Iitológicas que compõem regiões que ex-perimentaram evolução polifásica de movimentoscmemáticos passa necessariamente por uma awaliff mui"tidisdpfinar. As fimttações naturais impostas pelos ob-jetivos e escala deste trabalho, a exemplo do tamanho daárea investigada, não permitiram o aprofundamentodessa analwr. em particular, nas mtidadw que integramo terreno granito-gfirewfane do sol do estado do Pará.Por outro lado, a caracterização das províncias e regimestectônicos principais, assim como o entendimento dosdomínios e sistemas estruturais, além da definição danatureza das diversas unidades titologtcas, propor-cionaram a elaboração do quadro cstratigráfícomostrado na tabela II.4.1.

As unidades litológkas mas antigas são representadaspelos complexos Xingu e Pium e pelo gnaisse Estrela. Ocomplexo Xingu enfeixa gnaisses tonalíticos agraaodurtticosinais ou menos migmatizados, com fraçõesde rochas supracrustais e de granitóides. A natureza dessesconjuntos iitológicos ainda não está devidamente enten-dida, mas já se visualiza um quadro no qual parte dassupracrustais e dos granitóides poderia ser derivada deterrenos granito-grwwfcw antigos. O complexo Piumcompreende essencialmente rochas granolítícas or-toderivadas que são interpretadas como porções da crostainferior soerguídas ao longo de zonas de ásalhamento, comcaráter de cavalgamento, no final do Arqueano. O gnaisseEstrela constitui uma janela do complexo Xingu em meioas supracrustais do grupo Gráo-Pará. Como as relaçõesque se verificam entre as unidades rochosas dos complexosXingu e Pium são tectónicas, e na ausência de informaçõesgeocronológicas e Biológicas mais detalhadas, para efeitode simplificação do quadro estratigráfico atribui-se, nomomento, a mesma idade aos deis complexos.

Sobre os complexos gnáíssico-granítóides instalaram-seas seqüências vulcanosscdimcntarcs do terreno granito-grterutone atribuidas aos grupos Tucumá e Sapucaia. Sabe-te que tais unidades evoluíram a partir da atuação de um

egas transcorrente e que a restauração damovimentação cinematics Uanspressiva implica avisuafização de pequenas bacias preenchidas por produtosvulcânicos csedunentares. A fasedistensiva associam-se osgranitóides da unidade Rio Maria.

A organização dos produtos fitostratigrárkos torna-se; dará em direção ao finai do Arqueano, com a im-

plantação do cinturão Itacahmas em regime obbquo. Oscomplexos gnáissico-grauitóides e os produtos Ktotógicosdo par ffanko-fftenstone foram parcialmente retrabalha-dos, granitos estratóides foram gerados e emplacados, e aolongo dos sistemas transcorrentes serra dos Carajás e Cin-zento formaram-se bacias que acolheram os grupos Gráo-Pará e Rio Novo, respectivamente. O grupo Gráo-Paráinclui, da base para o topo, as formações Parauapebas,Carajás e Águas Claras. Nessa ótica, a formação ÁguasClaras não pode ser correlacionada à formação Rio Fresco.A esse evento termotectônico assodam-se os granitos es-tratóides Plaque, que comparecem sistematicamente sob aforma de estratos ao longo das zonas de concentração dedeformação. Não pode ser descartada a interpretação queconsidera um díacronismo entredados disponíveis não permitem demonstrá-la no momen-to.

No final do Arqueano, início do Proterozóico, instalou-se a bacia que recebeu o supergrupo baixo Araguaia, re-presentado na área investigada pelo grupo Tocantins.Trata-se de uma seqüência pelftica, com mtercalações depsamitos, interpretada como produto de um ciclo trans-gressivo incompleto (Costa et al.t 1988).

Os produtos Biológicos do Proterozóico são repre-sentados por corpos máficos(tipoSantaloés),ttkraniáficos(Vermelho, Cateté etc.) e granítkos (Central, Cigano,Seringa etc), além de derrames ácidos a mtermedíános deocorrência restrita na área. Tais unidades são reunidas nosupergrupo Uatumã.

As unidades fanerozóícas incluem diques de diabásio,coberturas laterfticas ferruginosas e ahimínosas, e cober-turas colúvio-eluvio-aluvionares.

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COBERTURAS RECENTESmimáuirncifa*

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III LIMÍ t i trtnpieionil1 #ntr» duii provi no ias1 1 aiottotTmoatltt% CavalgiMinto obj/«uo

TAB. I I.4.BI - ARRANJO ESPACIAL X TEMPORAL X CRUBTAL OAB UNIDADES

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SB22-Z-A (Serra dos Carajás) 71

Capítulo 5Geofísica

JoOo Batista Freitas Andrade

5ã btrodvçio

A folha serra tios Carajás foi coberta por aerogeofiâcaentre os anos de 1975 e 1976 pelo Projeto Geofisico BnsttVCanadá (FGBC), com os seqnmtes parâmetros de vôo: 2kmentre as unhas, de direção N-S, 150m de altura média e 1segundo de intervalo entre cada medida.

A interpretação geofísica qualitativa desta folha se fezsobre os mapas de campo magnético total, radiométricosde contagem total, torío e urânio, gerados originalmentepelo PCBC. Além destes, foram também gtiliraHnj mapastransfonnados de gradiente vertical com redução ao póloe de continuação para dma (1.000m), calculados a partirdos dados do PGBC.

Através do mapa magnético caracterizaram-se diversosdomínios e subdomjmos, que foram correlacionados comfeições radiométricas, estruturais, imagens de radar e satélitese nVbmações geológicas (figura D.5.1). Os contornos doscorpos de natureza ácida foram sugeridos preferencialmentea partir dos mapas radiométricos, visto que eles apresentam-se bastante difusos nos produtos aeromagneucos.

Na apresentação deste trabalho incluem-se os mapasmagnético de campo total e radiométrico de contagemtotal, que foram regerados com aplicação de técnicas deprocessamento de dados, diferentes daquelas empregadaspelo PCBC.

52 Interpretação qualitativa

5.2.1 DomíniMgeonskos

Objetivando facilitar a localização das ilustrações, afigura H.5.2, mostraoposicionamento,porvczcs superpos-to, das feições magnéticas e radiométricas maiscaracterísticas dos respectivos domínios.

Domínio MlÉ caracterizado por apresentar uma feição planar de

relevo magnético acidentado, exibindo um marcante con-traste entre seu gradiente horizontal e aquele dos domíniosvncaixanles.

Normalmente, é constituído por «««matüt ehpücas ealongadas, de direção E-W, provenientes de rochas comahasosceptibifidade magnética. Em algumas anomalias, oseixos magnéticos apresentam variações de postura paraNW-SE ou NE-SW, podendo evidenciar tanto a presençade falbamentos como TI=» twtônitTi regional dúctü de

estáA forte intensidadetanto associada as formações ferríferas como i» rochas

do grupo Grão-Pará. O fato desses Gtótipos estarem quasesempre muito próximos uns dos outros torna difícil suastndrvidualizações através da magnetometria; no entanto,pôde-se observar que as formações ferríferas exibem maiorintensidade magnética que as rochas ntftitftá*H*iw, apresen-tando valores na ordem de 5DO0nT a 12400nT contraljOOOnTa4.000nT.

A leste da serra do Rabo ocorrem alinhamentosmagnéticos, que se bifurcam em direção à serra Norte e emdireção à serra SuL No ramo direcionado para a serraNorte os alinhamentos indicam a presença de um fa-mamento NW-SE de grande dimensão. Na serra Sul, des-locamentos de eixos magnéticos e alinhamentos mostramevidências de um falbamento quase paralelo ao da serraNorte. Essa bífurcaçáo compõe parte de uma estrutura emflor positiva (Araújo et ai., 1988), cm cujo interiorpredominam rochas fracamente magnéticas (metas-sedimentos e rochas intnnivas granâicas) e, nas bordas,rochas fortemente magnéticas (rochas metabásicas eformações ferríferas) pertencentes ao grupo Gráo-Pará(figura 1153).

As rochas dcjse domínio são pobres em radioelementos,apresentando radioatividade inferior a 650cps (choquespor segundo), 7.0 cTb (equivalente lorio - ppm) e 1 5 eU(equivalente urânio = ppm), respectivamente, para oscanais de contagem total, lório e urânio.

Domínio M12Ocorre no canto nordeste da folha, representado, fun-

damentalmente, por litótipos do grupo Rio Novo. Eitende-sc para NNW e afunila*» para SE, fazendo contato comrochas do complexo Xingu a SE e SW. Magneticaoiente,

Page 81: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

49° JO' ,6 "00

7* DO1

FEIÇÕES LINEARES

V, LinaamaMot o«i alinkamantos.

N ^ Fraturas, falhas, ciselhamsntos.

FEIÇÓES PLANARES INTENSIOADES MAGNÉTICAS

Limita entre domínios magnéticos. m o » muito alio (>5OO A t )a • al io ( IOOO - S O O O A T )m . msdio ( 9 0 0 - 1.000 AT )

Provava) limits entra domíniosmagnéticos.

b « bai»o ( 100 - SOO »T)mb • muito baiao(^lOO AT)

CoMotos radiemt'liieot.

49" 30

NÍVEIS RADIOMÍTRICOS

I «SO epsII 1000 eps

III 1000 a 2000 epsIV 1500 a 4S00 eps

liediAÔmico Intsmididsnogm'iito total.

o Valer 4*crt«c«M*.

{ \

0

8-

R0. IU.1 - Mapa Iniawado da imarprataçlo aaromagnética a aarorradiométtlca da tolho Sarra dot Carajái (SB 22-2-A)

Page 82: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-ZrA (Serra dos Cif^á») 73

Fig.BjSjt- Locafeaçfto da* iMtraçBm 41» drtatMm a* (

apresenta anomalias de relevo mais suave e de menorintensidade que M l , enquanto que os baixos níveisradiométricos são assemelhados.

Domínio M13Ocorre em discreta faixa no canto sudeste da folha, que

se estende para W (folha Sáo Fébx do Xingu), mantendocontato com o graníto da serra da Seringa. Exibe texturamagnética planar de médio relevo, associada a fraçãomáfica do prenstone-bdt Tucumi. Textura magnéticasemelhante é observada também na parte noroeste dafolha, podendo ser atribuída da mesma forma a porçõesaoetamáficas sem controle de campo. As intensidade»radiométricas dos dois subdomfaios sáo similares» combaixo» nívc» de radiação total.

DomuioM2Esse domínio representa rochas ess

com ou sem metamor•temlficaa

o. ApreaenUMecom anomafint drculares. ebpticas e alongadas» formandopares positivos e negativos ben^definidot.sodadas a diques básicos mostram

Os diques também podem ser car cterizados por dipoios

Page 83: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

alinhados. Esses corpos encontram-se distribuídos em todai folha, sempre condicionados a fraturamentos.

Radiometricamente, o domínio 6 caracterizado porapresentar valores de radiação total inferiores a SOOcps.

Na faixa central da folha, encontram-se alguns corposalongados, possivelmente constituídos de máficas c/ouultramáficas encaixadas em zona de cisalhameato, comdireçáú-gcral E-W, exibindo fraturamentos secundáriosNW-SE e NE-SW. No canto sudeste, na serra doParauapebas, associadas a metaultramáficas emetamáficas do grupo Sapucaia, ocorrem anomalias deformas alongadas e elfpticas, cujos eixos principais têmdireção predominante E-W, deslocados, localmente,para NE-SW possivelmente devido à presença de fal-hamentos (figura II.5.4). As porções aflorantes dessasrochas têm radiação total inferior a 250cps. Alinhamen-tos magnéticos paralelos, com esporádicas anomalias demenor intensidade, indicam a continuidade do corpomagnético para NW-SE com dimensões menores e apresença de outros corpos situados a SSW, obedecendoa mesma direção.

A W da folha, ao norte da serra da Seringa, encontra-se uma anomalia de polaridade invertida, devido a umpossível paleomagnetismo, proveniente de rochaultramáfica condicionada ao sistema de fraturas NE-SW,Sua extremidade NE, provavelmente aflorante, é umbaixo radiométrico inferior a SOOcps. Mais ao norte,próximo ao rio Catcté, dirigindo-se para NE etc direçãoao rio Itacaiúnas, nota-se também, condicionado aomesmo sistema de fraturamentos, um possível corpobásico ou ultiabásico cortando rochas graníticas, inter-rompido por falhamentos NW-SE. A possibilidade deafloramentos do corpo é maior nas extremidades da zonade fraqueza.

Diversos diques básicos também podem ser observadosatravés de alinhamentos magnéticos, principalmente nadireção NE-SW, cortando rochas mais ácidas, tais como ogranito da serra da Seringa e o gnaisse Estrela.

Dentro do contexto metassedimentar do grupo Grio-Pará (formação Águas Claras), a ocorrência desse domíniomagnético pode ser atribuída a porções metabásicas(formação Parauapebas) do grupo Grão-Pará, len-

ticularí/adas durante o regime transpressivo (Araújo et aL,1988), ainda que ocasionalmente náo-aflorantes.

Domínio M3É o de maior distribuição geográfica na folha, carac-

terizando-se por -una feição planar de relevo magnéticomédio a baixo, estando —1"*** * * principalmente a rochasmetamórficas dos complexos Xingu c Pium, e granitóidesda unidade Plaque c a pequenos corpos graníticos in-trusivos.

Na faixa central da folha, os alinhamentos magnéticosapresentam-se adensados na direção E-W, face àexistência de corpos máftcos e ultramáficos csürados, en-caixados em rochas do complexo Xingu, dentro do cinturãoItacaiúnas.

Na parte sul da folha, as feições magnéticas tornam-semais visíveis devido à ausência de anomalias fortes queperturbam as linhas de força das rochas do domínio defor-mando sua textura. As «orfinâmiyas apresentam-se ali-nhadas principalmente na direção E-W, com um relevosuave e interceptadas por alinhamentos NE-SW e NW-SEoriginados por falhas. A radiometria nesse contexto mostrauma diminuição de radioelemcntos, principalmente emrelação à porção central da área, onde é mais comum apresença de lentes de granitóides da unidade Plaque. Naporção sul, o predomínio de rochas composicionalmentemais sódicas deve explicar a diminuição de intensidade dosníveis radiomélricos.

Inseridos nesse domínio ocorrem outros menores,denominados de M31, M32, M33 e M34.

O domínio M31 ocorre nas partes centro-leste, noroestee centro-oeste da folha, com anomalias alongadas, degrande comprimento de onda e pequena amplitude, as-sociadas normalmente a rochas metamórficas da fáciesgranolito (ptridasitos, enderbitos e enarnoquilos) perten-centes ao complexo Pium. Apresentam radiação total in-ferior a SOOcps nas porções rr,áficas, chegando até 1.500cpsnas porções mais ácidas.

No corpo existente a noroeste da folha, o domínio 6delimitado por isodinâmicas que formam uma auréolamagnética elipsoidal, exibindo no interior uma anomaliaalongada na direção E-W, provavelmente associada àporção mais máfíca do conjunto granolítico (figura H.5.5).

Hç> HA4 - Friçto maonMca da» roertw matamaflea» • nwt*uttamàta« do grupo Sapucata.

Page 84: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB.22-Z-A (Serra dos Carajás) 75

Fift» IL&& •- Faiçáo maQnátfca do oornpfoto Phim, axíbindo rochatgranotflieM ácida» «nvotondo uma porção básica

magnética e alinhamentos magnéticos aiaftriwlos a diquesbásicos mais incipientes. Esse corpo tem radiação totalvariando entre 650 e LSOOcps. Sua delimitação é maisfacüüada no mapa de tono. O granito da serra da Seringa,pelas variações radiontétricas e magnéticas exibidas,parece ser um plfiton heterogêneo com 50km de diâmetro,exibindo porções de composição menos potásJca aintermediária. Na parte leste do corpo a imagem de radarmostra uma estrutura circular com cerca de 10km dediâmetro, no centro do qual se identifica um corpo menor.Esse corpo menor, relacionado à anomalia magnética dodomínio M2 e a níveis de radiação total em torno de 500cps,é representado por rochas de natureza básica. Esse granitoexibe ainda intenso rraturamento NE-SW, com freqüentespreenchimentos de material básico, conforme o mapamagnético.

O domínio M34 está associado a corpos da suítegranftica anorogenica, fracamente magnéticos, que se en-contram encaixados em várias unidades geológicas, prin-cipalmente nos complexos Xingu e Pium.Radiometricamente, apresentam-se com radiação totalentre 1.500 e 4.500cps, exibindo forma circular comdiâmetro médio de 5km. No canto sudoeste da folha, emcontato com o corpo granítico da serra da Seringa e ocomplexo Xingu, ocorre uma anomalia magnética as-sociada a um corpo granítico, sugerindo uma projeçãosubaflorante no sentido nordeste.

Nas partes centro-leste e centro-oeste, o domínio situa-se na faixa mais central do cinturão Itacaiúnas, dentro doslimites da folha, e as anomalias, face ao efeito tectônico,apresentam-se em formas alongadas, com inflexões easpecto sigmoidal (figura II.5.6).

O domínio M32 situa-se no canto nordeste da folha eexibe uma feição planar de baixo relevo magnético forman-do alinhamentos na direção NE-SW (figuras II.5.7 e 11.5.8).Representa a maior porção do gnaisse Estrela, decomposição granítica a granodiorítica, cortado por diquesbásicos que preenchem faturamentos de direção NE-SW.

. Radiometricamente, esse granitóide tem formato elíptico,com eixos de 12 e 35km e apresenta valores de contagemtotal de 1.500 a 5.000cps. Seus contatos a oeste e sudeste

^ são nítidos alinhamentos, interpretados como falhas. O* nível de radiação de tório desse granitóide deformado,

entre 20 e 75 cTh, é superior até mesmo ao dos granitosintrushos anorogenicos da folha. Acredita-se que pelomenos parte desse conjunto possa ter sido colocado atravésde um mecanismo de intrusão, provavelmente de idadearqueana.

O domínio M33 é encontrado na porção sudoeste dafolha, em área onde predominam rochas de composiçãogranítica (granito da serra da Seringa), com característicasmagnéticas semelhantes is do domínio M32, ioda viaatenuada*. Ocorrem variações internas na textura

ftg. ILS.t - Fttçlo magnética afociada á granolitoa do eomptexoPhim, aiibfntfo um upacto sigmoidal fact a aftttot lactOntooi.

I • •

I

11

Page 85: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

76 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

i

Domínio M4É caracterizado por rochas fracamente magnéticas, com

rrlrvn^iavr e. UnHinâmirac a l i n h a ^ para fr . W Fiwnntra.

se na parte norte da folha, em porções de metassedimentosdo grupo Grao-Pará, entre as serras Norte e Sul e no flanconordeste da serra do Rabo, estendendo-se em direção àserra Norte. Encaixado nos metassedimentos, ocorre obalolito granítico da serra dos Carajás, de forma alongadaN-S, com diâmetros de 10 e 20km, caracterizado principal-mente pela radiometria, onde apresenta valores deradiação total entre 1.000 e lOOOcps (figura 11.55).

FIQ. IL5.7 - Ftiçfto magnética do gnaiss* Estrala t xibíndoaHnham«nto» NE-SW aaaoctado» • diquM básicos.

Ra. UJJ - Fétçío radiomitrica da eonttgvm total do graiestE«r«la..

Flg. I L 5 Í - FWçlo radiomAtricc d * oontagam total do corpogranftico tia «rra do» Canja».

5.3 Aspectos estruturais, magnéticos e ndlooétrico*

Os contrastes de susceptibilidade "«^g^tyj e de teoresde radíoelementos evidenciam interessantes feiçõesestruturais. Através dos alinhamentos magnéticos eradiométricos e/ou deslocamentos dos eixos das respec-tivas anomalias, constata-se a presença de três direçõespreferenciais: E-W, NE-SW e NW-SE. Os alinhamentosE-W encontram-se com maior freqüência na parte centralda folha, definindo importantes zonas de cisalhíaiento.Estas são caracterizadas por alinhamentos magnéticos eradiométricos, os quais não coincidem espadabnente, jáque os primeiros, normalmente, sáo devidos a maiores ou

Page 86: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB.22-Z-A (Sena dos Carajás) 77

menores concentrações de minerais magnéticos, via deregra em rochas intermediárias a básicas e/ou ultrabáskas.enquanto os segundos são produzidos por rochas ácidas(granitos estratóides Plaque) ientkularizadas. Alguns des-ses corpos, estira(*os na direção E-W, mostraminterrupções e deslocamentos para N-S, a indicar falha-mestos posteriores, de direção NE-SW ou NW-SE. Osfraturamentos NE-SW apresentam freqüentementefeições associadas a preenchimento por material básico(anomalia magnética), e possivelmente também ácido(anomalia radiométrica), enquanto nos fraturamentosNW-SE o preenchimento é incipiente.

Dois importantes alinhamentos, com expressãoradiométrica e magnética de direção NE-SW e NW-SE,podem ser observados respectivamente nas partes centro-leste, seguindo em dlreçáoaserradoRabo até atingiraporçãosudeste do gnaisse Estrela, e centro-oeste, cortando o fianconoroeste da serra Arqueada, tikrapassando os granofitos daporção noroeste da fama. Radkmetricamente, estão as-sociados a rochas *^** estiradas ou alongadas cm 7ftwas defalha, seedonando os almhamentcs E-W da faixa central.MagF"*tv "TH*nTf, o alinhamento NW-SE, na parte centro-oeste, mostra evidências de possíveis t^^fhxtrmtní atravésde deformações nas anomalias, indicando rejeitos cujas partesa nordeste e sudeste da faixa cásalhada sugerem esforçosrespectivamente nos sentidos NW e SE. Efeitos dessa

movimentação tectôntca podem ser constatados inclusivenas rochas granolftiras situadas na porção noroeste dafolha. O alinhamento NE-SW, da parte centro-leste,apresenta dipolos alinhados, indicativos de falha compreenchimento de material básico.

Horizontes magnéticos na serra dos Carajás (grupoGrão-Pará) caracterizam grandes falhas na direção NW-SE e outras de menor porte, NE-SW, como tambémsugerem mergulhos para SSW e NNE, respectivamente, anorte e a sul da estrutura de Carajás.

Nas partes central e noroeste da folha, isorradas com-preendendo intervalos radwtnétricos de 1-000 a lOOOcps,15 a 25 eTh e 1 5 a Si) eU, respectivamente para os canaisde contagem total, tório e urânio, exibem corpos comaspecto lenticularbado orientados segundo a direção E-W,pertencentes a unidade Plaque (figura II.5.10). O mesmose verifica com os corpos mafia» c ultfamáfkos na partecentral, sendo que estes estão representados por baixosradiométricos com valores inferiores a 6S0cps, 7 JO eTh e 25cU, respectivamente, para os canais de contagem total,tório e urânio.

De um modo geral, pôde-se observar nesta folha queas isorradas na parte noroeste da folha, englobando ogrupo Grão-Pará, gnaisse Estrela e parte do complexoXingu, tendem a orientar-se para NW-SE, enquanto norestante da folha a direção predominante é para E-W.

aoetmre,gnwWBano>DQ>nloo. „ _ _I Stratdo

Page 87: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SR22-&A (Sena dos Carajás) 79

_ Capítulo 6Geoquímica

P»Xafi da Silva JotgeJoOo, Tonua de Aquino Mauoud Lobato e

qRãmundoJosiPoiUUa Brim eEric SantosAraújo (subitem 62)

61

Objetivando uma visualização panorâmica dascaracterísticas litogeoqu&nicas para apoio dos estudospetrotógicos e metalogenétícos, foram consideradas asunidades cronolitostratigráficas qnc mostram maiorrignificânda geológica e espadai, a nível da escala propos-ta. Nesse sentido, as unidades complexo Piam, complexoXingu, gnaisse Estrela, grupo Sapucaia, granito estratóidePlaque e suíte granitica anorogénica foram alvos deanálises. Ao longo do capítulo tão mostrados os diagrama»discriminantes e cíassificatórios utilizados, aplicáveis aosdiferentes conjuntos rochosos.

Com vistas a alcançar condições ideais para os trabalhos

irlarroi1*3"* ***" runarinl c

cuidados especiais foram tomados, tanto nas etapas deamostragem como de relação de amostras a serem analisadas.Desse modo, rochas sem ou com o mfaimode alteraçãoquímica foram sricrionarias, tanto em nfiel macro «ornomicro, permitindo a seguinte densidade de amostragemaleatória: sete amostras do grupo Sapucaia, 14 do gnaisseEstrela, 16 de granofitos bascos e 29 de granofitos ácidos docomplexo Pium, 19 do complexo Xingu, 20 da solteanorogcnica e 23 da granites estratóides Plaque.

Após seleção e preparação, as amostras foram encami-nhadas para análises químicas nos laboratórios da CPRMe da GEOSOL, onde se avaliaram os conteúdos de óxidosmaiores, elementos-traço e terras-rara*.

Outras importantes nnidadcs, como os grupos Grâo-Pará, Tucumã, Rio Novo e granodiorito Rio Maria, nãoforam incluídas no estudo litogeoquunko, ou por haveremsido extensivamente estudadas em trabalhos anteriores ou

<íf ffgp' r S*Tía fftattttk*^ fmaterial amostrado.

6,1.1 Complexo Pina

Compreende uma seqüência catameumórfica, tipica-mente bifflodal, em que os termos básico e ácido ocorrem

mente, em regime de risalhamcnto dnctil, quando damovimentação contracional marcadora do cinturãoItacatunas. As concentrações químicas dos elementosmaiores e a abundância de alguns elementos-traço estãocontidas nas tabelas II.6J e 1L6\2, relativas aos granoGtosbásicos (ptridasitos) e ácidos (charnoquítos, enderbitos egranoblastitos), respectiva

Os diagrama» ternáríos Q-Ab-Or (Ggura II^.l) e Ab-An-Or (fíguran^J) normativos de Shaw (1972) foramutilizados, pelo seu caráter discriminante, como ten-tativa de reconhecimento do protólito. A análise doposicionamento dos pontos representativos dosgranofitos ácidos do complexo Piu-n 6 sugestiva de umaorigem (gnea. A distribuição dos pontos figurativos dasrochas granolíticas ácidas Pium, no diagrama AFM(figura II.6.3) revela que o magmatismo ácido temcaráter calcialcalíno, seguindo o trend da sériehiperstênica de Knno (1968). Os granolitos básicos(piriclasitos) têm características de uma associaçãodominantemente tolcâica. com f gff"* espécimes comama linhagem cakialcalina, conforme se observa nosdiagramas NajO x K2O de Kuno (in: Teixeira, 1982)(figura U.6.4), FcOt/MgO x FeO (figura JJ6_5) e AFM(Barker & Axth, 1976) (figura ü.6.6).

A linhagem caldalcalino-toleítica dos piriclasitosrevela uma ambíéacia tectòníca continental, em funçãoda distribuição dos piriclasitos no diagrama TiOj-KJO-P2O5 (Pearce et aL, 1975) (fig.ura IW.7), tendo comocontrole maior os baixos teores de T1O2 (média de 1,1%)e mais altos valores de K3O (média de 0,85%). Anatureza caldalcalina pobre em ferro e a tendênciatoleítica sugerem um ambiente tecttatco variando dearco vulcânico a margem continental ativa, comodiferentes estágios tectôácos.

Torna-se sugestivo, a julgar pela distribuição dospirida»kos,emdiagraiiiaSiOí-NtjO + KjOOxBasetaU1986) (ngara IIA8), a "*irtfiiria de Bfetras modificaçõescptijncaa, com o protóGtobaiáRíco evohnndo, locafanente,para composições andesito-batálticas.

Page 88: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.6.1 - Composição Química das Rochas GranoIfUcas Básicas do Complexo Plum.

taMM*

k~83A

t-aae

7 8

-77

42-43A

44

45-«5A

-47B

-47E

MA72

âaddoa(%PM0)

aoh814054,00S4.3084,1088,»88,1055.8053,3084.00S&80

8*80

83,4088,30M.S0

fhDa15.3018.S017,0015,30i4jn15.1014.2016.1010.1014^014.801*2014^014.1013t2018,00

4.802.409.00A302w2Q

2.503.604.308.303.203£03.103.004.504.202.10

P»O7.808,309.707.508.808.808X»5.608.108.107.607.505.805.206.806.60

MnOais0.10

ara0.13aisais0.130.130,100.130,130,130,130 * 1

0,130,15

kft|O6.506,808.005,906.906.804,306.706.005.805,005.904.008,103.406.40

CaO7.807,80B.007.507^0

8.107.007,006.607.307.007.005.309,006,307.80

NfeO2,703.003.002,803,203.103,203,903,102.803.103,103,503,603.103.40

KjO0.360.240.360,481.100.770.851.200.730.360.970,852,300,851,800.41

TIO»0,990,450,721.501,401,401.400,990,99

0,991,401,400.990.901.600.50

P2O*0,200,090,120,250.4?0/ i0 . 30,310,240,360,430.380,420,290,510,10

Total

98.3099,2899.3098,7699.7899,2498,9409.6199.2699.0499.6399.6698,9499,1599,3496.98

B»m»rrto*-Tr«ço(ppm)

Co80,0050,0080,0070,0070,0070,0070.0050.00

100,00100.0070,00

100,0070.0070,0070,00

100,00

O200,00500,00200.00100.00200,00200,0020,00

300,00200,00150.0070.0070.0030.00

500,0015,00

200,00

Cu150,00150,00150,00200,00200,00150.00100.00200.00150.00150,00100.00200,00100.0015,00

150.00200,00

M70.00

150,00100.00150,00150,00200,0050,00

200,00200,00

150,00100,00200,0050,00

100,0050,00

150.00

V200.00100»100.00100.00100.00200.00300.00200,00150.00200,00200A)200.00100,00200.00200,00100.00

Page 89: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.6.2 - Composição Química das Rochas GranoIfUcas Ácidas do Complexo Plum.

wamna

>-4«c

k-47DH 7 A

-46B^*3BW7»

MaoV-73V-71A*-46A(U156BA-158BA-19»A-iflOBI&-161AW-164BI«V16SM-107AK-ieao>V17tB

ôkktot

SK)|

T1.10«8.20«7.4063.80«4.90«9.90«6.5071,10«55068,8073,8064J068,6072J068,7072,9072^057JD73.1071.60

AfaOa15.3018.6015,1014,00135016.10M.6014.»14.2016.10145015,10«6,101450« « 019.1014.2014.20145014.70

1.901.501.404,103.602.301.801.104.101.000,381,001.601.902.400.841.003.100.6»1,30

1.100.952.104.104.102.301.300.722.801.400.143.601.000,831.500540,384.600,381.00

MnOCOS0.050.050,060,060,050.050.050,050.090.03

oxeaos0,030,000.030.030.140,030.09

MQO

0.660.663.202.102.002.400.830332.901.900.063.600,480.661.900,150.189,600180.63

C«O3,602,803.803,904.603.403,601,704.104.100,708,003,103.603.10Z201.406.601,302.70

KtosO

3,804.60

3,803.403,203,804.303.403,804.304.304,304.304,304,304.803,804.004,204,80

feO0.731.201,201.902.702500,735,000,730,618,300,601,401.602.102.804.602.204,602,00

TIO»0.420580.421.100,860,500.360590.680,330,230,520,280,230,330,060,120,730,060,29

PJOB

0,100,110.0B

aso0.310.200.140,110,230,110.080,220.110.060.180.030.030.420,070,00

Total86.4697.8688.6986,7888,1886,7986.3187,9686,5889,0089,5089,3286.0199,23885696,9799,1999,1998,8499.16

EtofV)9ntov*Trsçotooml

Bt

820,00840,00420,00880,00

1800,001280,00860,00_

1600,00460,00920,00940,00

1120,00900,00

1000.002090,00800,00

2200,002600,00

1990,00620.00

Rb98.0038.0088.0071.0090,00

171,0047.00

206,0068.0020.00

302.0043.00

• 69.0060.0060,0060,00

148,0060,00

529,00118.00

Sr440,00470,00370,00280,00280,00610.00520.00290,00«30,00440.00126,00702,00347,00492.00667.00613,00231.00791.00241.00290,00

V10.0010.0024.0037.0034.0021,0012.0023,0023,0010,0010,0019,0010,0010,0010.0010,0010,0010,0010,0010,00

u2 0 »20.00204»30,00

100,0010O0030.00

100,0020.0020,0070X090,0080.0030.0050.0020.0070.0020.00

20,00

20.00

ar99.00

109.00129.00340^0946X0167X0120X0325X0118X0118X0100X0100X070X080X060X080X080X070X020X070X0

Page 90: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

I !

82 atos Geológicos Básicos do BrasO

- OUgrcnMtamarioOAbOrraniwIto, mostrando op o doa yuvioMo» baiicoa fo) • árido» (•) do

oornpHw>Phwi.O»»mltwdo> campo» cotnpo«tdon>l»6)| ) f r

da Shaw (1972). Ana ponttiada Rvrt.

Fig. lufc2-0lagraiMiamirioAD-toar normativo, moanndo a £

dislfftniição do» ponto» faprawnlatfwoi das rocha» yiaitMalkJM *i (o) o ácida» (•) do oomotexo Hum. O» ImMa» do» oampoa

;fmható«di)* i1972). A I M pontu(Born tiacaiada) sao da Shaw (1972). 9vfS.

f g p ) p pponto» Wpjufatfvoa do» yiiioWo» batloo» do ootnplcxo Plum, <fl»iribu(oio do» yanoMo» báalooa do oomptoo Plum.

Page 91: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

fi

Sr

S&22-Z-A (Serra dos Carajás) S3

H » *Mt-Pagum» FtOt/MgO i FèO pam oa ownoWoado oomptexo A m . OBCMiposoofiMpondMiiM#

oontkMnlM (TH, Mato* «binai* <A). «OMIOB d*u(iA) aba>«Noacaloialealinoc(CA)ctoindícadoc

ffiyaahiro, 1975).

HO- • * • - naorama AFM (Barhar & Arti. 1978), mostrando •dWribuiç*» do* ponto* npraMntativcw dot granoMot ácido* do

T.Ot

SO2«(No»O*-K.O)-Le 8o» «t oi., 1986

IS 3» 43 I 47 I I I » Si «1 •* TI TS »MWuWtXt . t ic» . MM» ' **<«

•MMMM4LID-1IFini«-*á•NMOunnro

•fOMUTD-T»*OWTD- TWOUDWTO

yasss13 'OMTOM .«ouro

atfMffjuiçAodoagnHioMoabétlooadoOWMnfOOOlanfPOi 0-*OiOfraMOO9l1tfíia|1ttv,

Page 92: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

84 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

i

; '

612

Representam duas unidades arqueanas afetadas pelocisalhamento do cinturão Itacaiúnas e exibem

contribuição protolítica sedimentar. Como unha de

cterfsi , geológicas infra-estruturas comcar;mos de deformação e alçamento tectônico distintos.Materializam resultados de movimentações essencial-mente contracionais e direcionais, respectivamente, inter-relacionadas 1 mesma cinemitica do cinturão, sendoidentificadas e individualizadas no curso do mapeamento,atribuindo-se às duas unidades uma preliminarcronoiitocorrelaçãa

Uma visualização geral do panorama Htogeoquúnicomostra, comparativamente, o conteúdo e a caracterização

químicos disponíveis (tabelas IL6J e 11.6.4) e seu tratamen-to interpretativo projetado em diagramas de variação. OAi-*çT*ma ternario modal QAP de Streckeisen (1973),modificado por Lameyre A Bowden (1987) (figura P 63)mostra, claramente, uma forte distinção composkai nal emque a unidade Estrela ocupa preferencialmente o domíniodos granilóides da série araminopotásska, coincidente como campo sienogranítko. O complczo Xingu mostra umamais ampla dispersão compositional de suas rochas,variando da série ou linhagem ralrialraKna granodwrito-monzonítica e coincidente com os campos adamclito~granodiorito, com evoluções subordinadas à sériealuminopotássica e a composições sienograníticas.

A natureza essencialmente potásska para as rochas dognaisse Estrela e dominantemente sódica com maiorespercentuais em cálcio para as rochas do complexo Xingu,reforça a nítida discriminação composidonal entre essasduas unidades, como mostrado no Hi^yn;» K-C-N deCondie &. Hunter (1976) (figura 11.6.10). Existem algumasrestrições para diagramas de variação de óxidos maiorescomo tentativa de separação dos diferentes grupos ouséries graníticas. Esse fato pode ser observado quando dautilização do diagrama AFM (figura II.6.11) em que,adicionalmente à clara separação entre as duas unidades,há um forte alinhamento dos pontos representativos dognaisse Estrela, indicando um enriquecimento em ferro c,conseqüentemente, seguem um trend lolefüco.

Considerando que uma das características das rochasalcalinas é também o seu enriquecimento em ferro, passa aser criada uma confusão classificatória quando daaplicação do diagrama AFM, na medida em que a serietoleítíca das rochas graníticas deveria ser restrita i scomposições ausentes de fcldspato potássico(plagiogranitos). Na figura 11.6.11, os pontos figurativos docomplexo Xingu, cm sua maioria, estão no campo alcalino(14 amostras), apenas quatro caem no campo calcialcalinoe uma no campo loieítico.

As observações de campo e as investigaçõespctrográíicas mostram ausência de fase* minerais comunsrelacionadas a seqüências metastedimentares, bem comode fragmentos ou xenólitos que indicassem uma

evidência adicional para a ortoderivação dasXingu e Estrela, os seus pontos representativos foramplotados em diagrama temário Q-Ab-Or normativo(Shaw. 1972) (figura II.6.12), sendo indicativa umaorigem íg&ea. As tabelas 11.63 e 11.6.4 mostram ascomposições químicas dos óxidos maiores (%) e de al-guns elementos-traço (ppm) para as rochas do complexoXingu e gnaisse Estrela.

Uma análise comparativa em termos de valores ab-soiutos mostra fortes diferenças composidonais entre essasonidades. São bastante destacados os mais altos percen-tuais médios em MgO (%30%), CaO (3,74%) c N « O(4J&%) e os mais baixos teores em SXfe (649%) e IfcO(? Y7%^ pira O fftHnplffXQ ^"g 1 ^ «pm»Hrt mmpifiitu l y

a média de SiOz (71,25%), MgO (025%), CaO ftS8%),NazO (2^0%) e K2O (3^1%) das rochas pertencentes aognaisse Estrela. Essas composições contrastantes sãodetectadas, igualmente, pela analise dos valores absolutos<í« alguns elementos-traço, com realce para os mais altosvalores em Sr (média de 487ppm) e mais baixasconcentrações em La (média de 42ppm), Zr (média de129ppm)eY (média de 12ppm) do complexo Xingu, quan-do comparados com os valores médios de Sr (60ppm), La(194ppm) e Y (90ppm) obtidos para as rochas do gnaisseEstrela.

O diagrama binário K2O x NaoO (figura IL&13) refleteos diferentes índices petrogeneticosconiocomptexo Xingu( < l ) e o gnaisse Estrela ( > 1 ) como dois conjuntos bem-distintos fftrnposifíflii almcntf • sugestivos decrustal química

evolução

A análím» litogeoqufmica global, envolvendo óxidosmaiores e elementos-traço, mostra que os fortes contrastescomposicionais sob diferentes parâmetros sugere umamaior reflexão geológica quando da tentativa decronoUiocorrelação entre as duas unidades.

6.1.3 Grupo Sapucaia

Os mctaultramafitos da unidade Sapucaia estãometamorfizados em fácies xísto-verde, com umaparagénese geralmente dominada por actinolíta +tremolita + clorita + talco + antigoriu ± astoClha ±carbonato, e mostrando, ocasionalmente, olivina epiroxênio como fases minerais reliquiares. Os processos dehídrataçâo e carbonatização não foram intensos, admítin-do*sc que as mais importantes caractfrfitfH*ai geoouimícastenham sido preservadas e que os dados analíticos obtidosreflitam o panorama gcoquímico inkial

A tabela UJ63 mostra a concentração em elementosmaiores e elementos-traço para a seq&énda metavulcano-uluamáfíca da unidade Sapucaia, a partir da qual foramelaborados "p» i»« ternários ítfT"*i*>iatf*€. bem comopossibilitou uma análise comparativa de alguns 1em termos de valores absolutos.

Page 93: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.6.3 - Características Quftnlcas do Complexo Xingu.

w-aaBw-oecM-aeÍA-14JA-10

íH-84W-S8^A-1OO)A-16A3&-21ADA-29ARH-3BRN-esRN-122ARM-150*-17BFtN-57RN-SBA

StOt

69.40es.0067.70

[ 71.9071,5066,7078.9068.3072.6067.7066,9067.10S9L70

64,6064.0083^20

62.7071.00

WaOa

13J014.2014,2016.1016,1018.6013,1019.1018,1019.1019.1019.1016.1015.1014,2014£0135014.20

' M O

Ft»Oa

1.901,302,301.60

._a,oo1,201.901J01.401.60JjOOSL302.303.101.201.401.901.20

N O

i.ao1.601.900,791.001.900,701.400,661.602.108.003.901,804.106.402.703.301.80

MnO

0,050.050.050.060.030.080.090.090.090.080.09

0.10aos0.100.120,090,090.09

ÓxkJot

MnO

a.302.300,680.692,700,902.500.331.8C2.902.108,003.001.30e.303.503.902.00

C«O

2.702,803.102.804.102.203.102.103.103.603,604 . »

4,104,10

10,903.404,903,10

NteO

4,304,604,604.304,103.403 .»4.004.304.304.603.603.903.603.703,803.904.00

...KgO

3.603.500.990.741.902,601.602,503,102.901,602.403,302.800.332,U02,403.50

TlOa

0,290.290,230,230.230.230.230.230,320,360.360.520.521.50

. «>• •« .

0.370.420.29

fcOs

0.170.190,110,100.080,090.120.070,160.120 .»0.220,190.330,090.190.190.14

Total

96,7198,83

100,6999,2899.3699.17«»,2p

_.».?!.96,6498,7398,7498.0498.8699,1398.8997,6997,90

100,20

BtrMfltM-Traçotooml

Ba

1080.001260.00

--

3600,00-

3400.00-------

20.00660,00600.00980.00

184.00124,00125,0066,00

209,00189,00144.00160,00169,00272,00194,00146,00212.00119,0024.00

182.00133.00178,00

» ...

619,00586,00

--

300.00-

290.00-------

166.00511,00696,00591,00

U

50,0070.0020.0020,0020,0030,0050,00 _30,0050,0030,0090,0050.00

, ».«70.0020.0070,0030.0050,00

90.00100,00200.00

70.00100.00100,00,100.00100.00100.0080.00

150.00190.00160.00700,0030,00

100,00100,0050.00

I y

10.0010,0010.0010.0010.0010.0010,0015.0010.0018.0016.0019.0015flO300010,0016.00100010,00

Tabela 11.6.4 - Características Químicas do Qnalsse Estrela.

QA-194AOA-198OA-8BOA-00OA^IA0A-41BOA41DOA-112AOA-1098OA-111OA-1108OA-110AOA-1068OA-1128

Ôxlck»(%PM0t

SIO*70J073,4070.»72,2070,2071.5073,5072.5071.6099,9072^07Z9079,0079,00

MiQs13J013^011.8011.3011.3012.3014.2012.3014.2012.3016,1013^013J01 1 »

ftaOa2.301.402.702.603.103.801.102.101.504.803.602^01.902,00,

2.900.964.303.404.702.101.104.302.002.108,102.102.903.50

MnO0.060.050.050.080.090,100,050,05

aosaosaisaosaosaos

MaO0.230.130410.190.170.300,290,180,210,300,660,330,270,13

CaO1.700,772.201.702.201.601.70a io1,300,561.301.101.20170

3.404,002,401.902,703.104.302,303,802.300,193,203,503,60

feO4,805,003,604,603,403.302,803.603,404,407.304.103.900.60

TIO»0,330,060,540,500,540.450,330.500,280,500,170.250.250,50

Pfit0,190.060,110,090.140.070,050,070,050,080,060.070.050.08

Total99,1699.0596.4196,4996.5398,6299,38

101.0098,3667.29

109.6399.10

101.6298,96

EI«fTMn«M-Traço(ppm)

Ba920.00360,00

1650,001000,001500,001350,00680,00760.00440,00

1400.00660.00780,00500.00240,00n

Rb175,00298,00115,00119,0067,00

129,00150,0090,00

349,00137,00234,00219.00371.0040.00

Sr96.0071,0041,00ÍT.OO

65.00130,00160,0027,0022,0037.0034.0032,0024,0038,00

V_

97.0092.0095.00

101.0095.0095,00

104,0096,004600

107.0084.noBO.no

La700.0050.00

180,00100,00200.00100,0070,00

100.00150.00200,0070.00

300.00500.0030.00

Zl

_

547,00670.00871.00705.00266.00654,00320.00674.00197,00363,00225,00712,00

I

Page 94: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela II.6.5 - Composiçfio Química dos Metaultramafitos do Qrupo Sapucaia.

Amostras

RN-10nw-oiHM-710OA-6SAOA-136Ofc-12RN-62

C*Mm(%PMO

scw«.50«7.9043.8035,8050,7054,1045.90

«bQa3,80

14.206,801.403.803,907.30

FéíOs7.008.505.303.10

10.403,006,00

HO4.40C.806.908.102.005.506 . »

MnO0,180.140.180.130.220.100,21

MflO30.808,00

24,2035.8020.1025,0020,60

CaO3.10

11.206.700.709.503.507.90

NKjO0,051.800.160,050.220,050,22

KaO0.050.720.050.050,050.050.10

TIO»0,170,900.500,130,500.330.42

PaOsJ.090,100.100.090.100.090,10

ToM89,9498,0894.4985.1597,8995.62«4.90

CaO/AliOa0.810,790.980.802.500.891.08

Bwnwrtot-Tngo(bom)

CM70,0030,0010,005,00

100,0018,00

150,00

Co100.0045.0085.00

110.0090.0075.0005.00

NI1650,00106,00

1075,001928,00976,00

1875,001225,00

Cr2500,00300,00

2000,002450.001700401375.002000,00

Vaojoo

900,00140X02O00

100.0020JOO

140»

Page 95: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB-22-Z-A (Serra dos Carajás) 87

I

K 0 > it • eaunWMS «.«amSMt K ••Ovwint 1 U M U• C

He. I A * - Oagnim modtf QM> d* SavcferiMn. oom

Bowdsn (1962)* mostrando o poiickwiifmmo das fochas dooompino Xingu (p) agnaiM* Estrala (•).

Hg. HA10 - Ofagrama tsmfcto KOH (Condia & Huniar, W6) amqua Mtao ptotadot oa pontos laprasantativaa do comptaxo Xnguto) a gnaiss* Estrala (•) . 0* Knhas soidas dsamttam os campos

(iwTQ, mostram « « a n * d» Oompla^o Mngu W • gnalaaa(

Bapa^^B^aa^V^a^ aj^a^ vaa^Bj^^^sjfa^a^aay vPa^a^ as^ajf

p) 9 ao yirtaa» Eswi> (»).

MMvoamqua

Page 96: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Geologia* Básicos do Brad

9

O •

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9

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Be. MM - Mottrm • (MWbuiçlo 4 M pd i (

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KsO i NfeO. O indica pMroganMoo acawitua as dMorçtesoompcMiciorMit Mitra at unktadw Nngu << 1) • Estmto (>). M

linhas continuas indicam ditwnns Mtoas pairoganétfcoa adafinim cwnpo» cowpoalcionai».

«a . M . 1 4 - CXaonma aagundo V^oan * V * ) t n (190B) a * n m ataL (1977) im Cong» j i g » j . Mottr» o «rand fcomatWco dot I

nMtaWftiaViwAoos òo yupo Scpuctis.

Os metaultramafitos analisados são partes componea-tais de uma seqüência supracrustal arqucaoa comcaracterização geológica de um cinturão de rochas verdesretrabalhado em regime contraciooaJ, com mecanismo dedeformação envolvendo ctsalhamento dóctiL O carátergeoquímico e o arranjo textura! denunciam uma naturezakomatütica para esses metaultramafitos. Não obstante oreduzido número de amostras, os diagramas MgO-CaO-AI2O3 (figura 116.14) e FeO+Fe2O3+TiO2-AfeO3-MgO(figura I1A15), demonstram que há tendência a um con-tinuum composicional entre as rochas que compreendema sucessão komatiíüca na unidade Sapucaia. A figura11.6.14 mostra que as lavas ultramáfícas têm razãoCaO:Al2O3 próxima da unidade, com uma faixa devariação de 0,5 a 2,5 e se dispõem segundo um trendkomatiítico, indicativo de uma evolução geoquímica con*(rolada por (racionamento ouvfnico, indicativa de rochascumulativas (MgO>30%). A figura II.6.15 mostra que asucessão komatiítica (em uma variação peridotito-basálticasem um gap drástico reconhecido, sugerindo um processode cristalização fracionada na evolução da série.

6.1.4 Granitoestratóidc Plaque

A unidade Plaque é representada por uma suítegranitíca lcucocrltica, cuja forma mais comum deocorrência é lenticular estratóide. A paragênese édominada por quartzo+microclína+ plagíoclásio ±bíotila ± muscovila cm arranjo tcxtural variável em funçiodos diferentes estágios milonfticos a que foi submetida.

Na interpretação e modelagem da megaestruturaçãoregionafizada em escala crustal, os granitóides da unidadePlaque são visualizados como produtos de anateaa oufusão crustal superior gerados quando do estabelecimentodo cinturão Itacaiunas pelo calor friccional das megafatiasrochosas em movimentação contracíonaL

As análises químicas para oxidos maiores e algunselementos-traço foram obtidas para caracterização

M«0

domantot a focrtat ccnalaolonadas do oiupo OnvanwaMiBstbMpn (V^oan at a)., 082) M

^^^ >wtau)|ra>mill»n do o/wpo «apuoala.

Page 97: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SR22-2>A (Serra dot Carajás) 89

nas •trações estão

(1977XOr normativos

— - V • — - — • • ! ww^w • NBIMIMÍM aaajWM «amaa/

na tabela & & £ , 0 diagrama temário de Cbleauairoiado pelas proporções relativas de Ab-Aa-peias prop

(figura D.6.16) indica daramente unade tipos granhicos, encontrando

il di d l ddomiaftacia p g s , encontrandoposicionamento similar no diagrama modal OAP deStrccketsen (1973), modificado por Lanteyre & Bowdeo(1962) (figura UJ6.1T) O qual mostra, adicionalmente, queos pontos representativos da unidade Pfaqué seguem umalinhagem ahmthwwa com características de geração porfusão crustaL

rig. Mwi * - Diagrama triangular Ab-An-Or normativo* (Cotaman.1977), fnoabando o poaloJonaniantD dos pontos ojua fap/asantain a

untdadaPlaqu».

O diagrama bmárioNazOx KjO (figura UJ638), mostraos diferentes campos composícionais da sufte granâica,separadospor fiahas arbitrárias, bem como 6 indicativo doíndice petrogenético. A concentração dos pontos no

superior à unidade e inferior a 1.5. A dispersão eom-posicional dos pontos do granito çstratoidc Plaque deverefletir Egeiras diferenças na ambiência tectôníca emrelação aos estágios de colisão continental e suasconsequent de contaminação crustaL

O diagrama triangular Na-K-Al (figura ÜJ6.19) mostraa distribuição dos pontos figurativo» da unidade Plaque;uma linhagem hiperammmosa a corindon normativo. Estafiahagem t reforçada ao diagrama Na2O+KjO-Ab03-CaO (figura UJÓJO), oade o» pontos plotados são aindacoincidentes com o campo de fades a corudon normativo.Pearee et ai (1964) elaboraram diagramas disermúnaiitespela atiSzaçio de cleaeatos-traço de rochas gnmftkas,visandoisaacaracterízac^ooHMSÍfiracjh>tmflmct Umdeste» dugnaas t o que atmza Rb x Y+Nb (figuratL6M), ao qual catlo plotados o» pontos da unidadePlaqoê. Coactui'ie qoe, apesar d : u u expressiva

/ / • ' ! • {

i - rauitico(•UUUU

mod«iQ,A,Pd«Smet(«istn,oem«danHicaçio dot ompamanlos da» «érias granWeaa. «daptado de

Lanwyr* & Bowdan (1962), onda «atá posicionada • unidad»Ptequ».

distribuição no campo dos granitos de arco vulcânico,muitos pontos, no entanto, coincidem com o campo dosgranitos sincolisknais, mostrando um moderado espa-Ihamento ou superposição na ambiêacia tectônica,explicável pela natureza dinâmica do evento colísioaa!, oqual evoluiu de estágios iniciais de subducção oceânica atéfjtfjjwft de ftfaWi7ay#o continental, já que dois pontoscoincidem com o ^""po dos granitos intraplaca.

SAANITO

Page 98: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

90

WO MM*

do oaFig. NAIt-Uagrama **£*"****•m

dat noiaa nofmattvaaa poaidofMtfnanto doa pontoa fiouwtidada Plaqut.

aovosda a t a t t t a ^ iNb ffiarea

«•n»

Ft» HAM-Diagrama irlangiilarNaaO +mottrando o pottotonamanto dot pontoaid ' " » ü d

ntasvunldada '*^S£*gf*^*J!9afl <***; campo» dat iáeiaa normattVa».

6.14 Suíte gnn(tkaanorogtaka(gnuiitos da serra daSeringa)

As variedades peirograficas componentes da suítegranítica anorogenica, em especial aquelas ocorrentes naserra da Seringa, representam uma conseqüênciaplutooonugmátíca anorogfinka, do regime disteostvo doProterozoíco Médio, tendo como pmilíaridadc a mar-cameuivariabitia^d^composiciooalquifflico-fttineralo^caeiextural.

Para uma visualização do panorama Gtogeoqumàco doconjunto, foram efetuadas análises químicas para ándosde elementos maiores e alguns elementos-traço, cujasconcentrações são mostradas na tabela 11.6.7.

As proporções relativas de Ab-An-Or normativos,projetadas em diagrama triangular (Coleman, 1977), ín-dícam que os granítõides da serra da Seringa sio donmuuHtemente de composição gnuwka a adamrhtka (figuraÜJ622). Essa natureza fomposirional 6 corroborada nodiagrama de nomenclatura ou classificação químico-mineralógica para rochas %neas (Debon ft Le Fort, 1983)(figura 11.6:23) baseado, prmripahnente, nos valores deconcentrações dos áridos maiores. O» altos teores em SiOt(média de 72,7%) e moderadas em Hcafis (médias de 2fi%dcNazO, 3JB% de KíO), os bata» teores em CaO (médiade 1,7%) e M g O (média de 0,3%) e am índicepetrogenético superior a unidade (figura Ü624) sio ascaracterísticas fitogeoqufmicas de maior destaque nareferida suite.

A classificação petrológica para a unidade obedeceu auma terminologia descritiva dosgranitos, pela mUizaçao dodiagrama QAP de SUeckeisen (1973), adaptado porLameyre ft Bowden (19S2) (ngaraO^JS), para defintçáodos vários grupamentos das rochas granfücas rrbeionadasO diagrama modal mostra diferentes grupamentosgranfticos, bem como a dívisio arbitrária - por Mnhastracejadas—das diferentes associações maemátícas»

Os granito-adamelítos da unidade têm seuposicionamento ao campo dos grankos de fusio crastal esedas«i6camcoinogrankodotJpoA,deCkappdlftWhitc(1974) (figura Ü426) crtabckxcado-se • evidéada deconsofidaçéo de UquÚos formados por talo cnisul avtrapiaca.

Page 99: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.6.6 - Caractedstfcas Químicas dos GrarttóUas da Unidada Plaqud.

RN-iaaeRN-126b1RN-127AOA-aosOA-204oA-aoaa

RN-3MRM-310RN-313OA-aiaOA-aaoQA-48AOA-49BOA-78A3A-27BOA-406OA-40COA-aaOA-2SCOA-348OA-34COA-67BOA-O3OOA-aBAHN-2.1BH-7»MMBRN~«1A

n«>aiOM»OA-iaOA-S1DW M 8 S

Ò H M M( % P M O >

SJQi

794074407440764072.1071407340nno79.00ftjtOTf4Q7340

704073407340784074.40

Jül»71 JO

77407B.10784078,1073.6071.7071404 M B

.•Jiff,664073407340714073J00

AhOj124011.301340HMO12.3012.3014401340134013.701240VM©13.10144018.801340144013.7018,10144013.7018.10

JSSL18.1018.1016.101740144018.101240134015.60

NaQi1402401401.301400411 M044140140140180&001.70O741.401.101401400430401401.701.001401402403401402401.60

1.60140

FaO2401.70043044

240240072O74

041O72assa$9023am048

amO43

asa0.79

awa74a46o.<»a m1.10

am1.303401.70

amO84

am

MnOO M

amamamamamamam«amamamamamamamamamamamamamamamamamamamamamamamamam

MaOO22040042

an042O49036O230.180480470,40

040

am043

_0,300400400 M0 M0470270120,14

0.98041240

*1*1400430430.96

04»

CaO1401.801 M0431.701401.901401.101400470,30

1.10

am1.801.301.101.102 M0420701.100,70

1401.801404402.102.401.00140

240140

NfaOS.903.403.803.003.603.808.104.20SM4.103.10340SM4,104.703.003.903.903.806403.40440SM4 M3.404 M8.401403.502.703.209.70a)00

KaOS.903.609.309.104.104.602.404,404.104.404 M3903.304.103.104.404.604.40SM0424.102.704.603.003.801.902.803.902.904403.903.104.40

no»0470.420410480.820920.21O210.120.290.170280,080480.17041O170.170.17

0 M0.170,17

0170 MOSS0.170,480490.270270420430,33

PSOB

0.090.070.070M0440.180 M

OM0 M0.110 MOXST0 M0 M0.09OM0,080 M0.130 M0 M0 M0 M

OM011OM0.190420.160,09OM0.120,11

ToM99,4^90449 9 M99.8498,83984199,8299.6398.9199.089944984099.4190,0699.9290,7799.80

100,13100,0499.62

100,18100,2199,1299,0690,3?90,0898.69

98.9698,4098.8399,599841

Etonwrnot-Traeo(pom)

n>124,00

14S.M289.00

233.00187,00iso,gp_I&OQ.

•£67,00262M

mm186.00156.0080,0p_78,0?

103,00

82,0068.0030,0p_

120.00170M. ,372.00171M220.00119.00

JBflL167M226,00289,00298,09169,0022O00

Nb10M10M10M100010.0010.0010M10.0010M1 0 M10.001 8 M10,0019.OO1 0 M10M10M10M10M10M10.0010M1 0 M1 0 M10.001 0 M10.0010,0010,0010.0018M10.0010,00

V8 0 M80.0018.00800030.0070.0010M1 0 M18.0010M1 0 M100010.0018,0010.0010.00IBM10.0010M10.0010.0010,0018M10.0020.0010.0010.0010,0010M70.0020.0010.0020,00

Ba1200,001160.00900,00940,00

1800,001300.00220.00600.00300,00

1240.00.

980000_

n 00,001000,001280,00

900,00(700,00

1990,001000,00t880,00Í200,00

Í800.00-

MBO.OO

1000,00

4900,00

4300,00

3390.00

1600,00

-

-

Sr

---

-

-_-

24800_

120,00

46000

190,00

11900169,00

-

790011900390,00100,00370,00

-

940,0067000230,00900.00130,00210.00

-

278,00

LaTOMBOM

2 0 0 M180.00100.00

100M20.0070.00TOM

S0M18 Off10M10.0010.0010M10,00

10M10.0010.0010,0010.0010.0010.00

160.0020.0010.00SOMBOM10M18.0010.00

100.00

2f

BOOM300.001B0M18040180MI000M

BOM100Maoo.oo1B0.00100.00JPOOfl100M200MTOM

150MBOM

160MSOOM190.001S0.00100M300.00100M7 M M70M

200M200.001B0M200MSOOM190M180M t

Page 100: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.67 - Características Oufmlcas do Qranho da Serra da Seringa.

OA-21BRN-Mfítt-ZTOA-80f»*-74

«N-2»RM-78«N-33QM)1OM»OA-04

RN-28Or-SSOfc-88OA-57

O M BRN-73OA-HBRN-77

ÓKMot(%Pno)

SOfc73,4071,9070.2088.8088,7071.2071,3070,0070,3078.8071.80

78,1068,6077,8074,3074,8071.2073,10 '77.0078.80

AbO»12.8012.8012.8014.2012.9012.3012.3012.3012.3010.4012.3011.2012.3010.4012.3013^012.1013.2012.301&20

FÜaO»0.532.102.101.902.102.701.702.102.300.972.S00.943.002.101.501.804.302.301.903.10

HO0.812.102.902.103.402.802.103.303.000.983.100,703.300.751.500.882.701.901.102.30

MnO0.050.050,050.050.080.080.05

aos0,080.050,080,050,080.050.O50.050,050,050.050.05

MBO0.140.410.900.410.5S0.500.410.580,900.690.980.020.880.080.170.150.410.250.050 M

CaO1.809.002.102,402.402.102,003.803.300.352.000.4»

2.000.421.901.101.901,500,841.80

NttO3.403.003.803.203.003,002.803.102.602.602.803.102.602.603.003.103.103.002.702,70

KaO4.803.603,303.503.803.903.603.503.304.403.404.803.404.104.404.103,503.904 . »3,90

TIO»0,080.900.900.901.100r980.900f900.900X60.880.060.980.280.420.42C540"30.130,77

PíOí0.050,220,210,130.240.220,'J025( 23C *0,i10,050.240.080.100.070.170.110.080,20

Totol97.6699.0898,6697.8998.6098,1997.35fis,ei98.8098.8199.4899.2398.3398.8699.2499.4899,9799.14

100.0899.12

Dtnwntot*TViço(ppm)

Ba480,00

1800.001600,001890,0?1280,001700,001480,00

"9fiif i9_1800.00600,00

1600,0088,00

1600,00_880 I00

1»?9iW8880.001890,00920.00860 J 0

1280^00

Pb374.00202,00174,00174.00178.00174.00281.00182,00189X10293.00167.00469.00168.00281.00181.00

178.00294.00418.00218.00

8>36.00

130.00140,00180,00148,00149.00130.00149.00130.0027.00

160.0017.00

180X»

som140.00105.00138.00108.0080.00

130,00

Zr800X0300.007004X)300.00TOOJOO

1000J»190.00700.00700.00700,00

1000/»100X0200.00

1000X0200X0200X0

1000X0700X0fppOO

800X0

U2X0

14X082X016X010X012X018X020X022X020X08X0

24X010X014X020X014X028X028X020X028X0

Page 101: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-Z-A(SemdosCw»jfe)

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Page 102: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

nsfoBa/Rb,comoSnna amostragem realizada e •os dados analíticos

:

F*j. SA2V- Oaorama m o *P*HH»1|WW lipO» OP I U U W 8"""

f^yMaa HMMflMMfci A m g M

uagrania aoapfaoo por uiap

i » *1 4 *1 * \1 * \« X \I ^ J \ D

HBBK J% O V la QBWiaSDOw wOf HlwlB»

pa«.in: BowdanftlQnfMud(190^.

A análise das dados mineralogico-composicionais equraiico-quantitativos mostra, claramente, evolnçôesmagmáticas akalina e peraluminosa, a primeiia dennn-ciada parageneticamente pela freqüente presença do parhomblenda bastingsftíca-biotita nos diferentes tipos

O diagrama triangular Na2O +(figura VL627) mostra o posicionamento dos pontos repre-sentativos do granito da serra da Seringa confinado aocampo hiperahjminoso e comcidente com a Ücies nor-mativa Co+An. A unhagem peraluminosa é ainda cor-roborada quando se observa o diagrama ternário Na-K-Al(figura UA28), o qual mostra a separação em um campocom plagiodásio e outro com feldspato potássicodomin ie . O posicionamento dos pontos desse granito serelaciona ao domínio do feldspato potássico, indicando umpercentual volumctrico maior em alcali/eldspato e umavariável dominãncia do K em relação ao Na, como édemonstrado pelo índice petrogenético superior aunidade.

El Bouseily & El Sokkary (1975) propõem umaclassificação dás rochas granJtica* em vários grupos, emfunção do grau de fractonamcnto ou da extensão dadiferenciação fstabclfccndo trends fundancentados emuma relação ternáría Rb-Ba-Sr, em que os diferentesestágios de diferenciação são controlados pelas razõesBa/Sr e Ba/Rb. A üstribuiçáo dos pontos representativosdessa suite no diagrama ternário Rb-Ba-Sr (figura 11.6.29)mostra que cum granitóídes são dominantemente con-siderados "normais* com ateuss POPWS tipos indicandomoderadaalbrte diferenciação em função das variações na

dbpoatets,ognafcodaseiTadaSering*coaiéai variaçõesjiM flriatt rn— ILJJULJJIÍIJI

defiEack>grank6aa,sobretadoSn.

a/iofoq>nica»ad»»ni««qlodo»campo»da» «tuas normativa».

§ 9 T __.__

Page 103: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB22rZrA (Sena dos Carajás) 95

Rn. I M I > Otagnna da variação matando « niaçlo twnariaBaJfe-Sr ( M I pom), para • «A» anoragMoa. Ac

léfcmciodeidnaranciaçio, MBuraJo S BouaaRy & B Solitary (1875).

6 2 Prasneccfto

UáA

Os dados geoquünicos disponíveis de projetosanteriores ao Programa Grande Carajás (PGC) foramcatalogados durante a pesquisa bibliográfica. Destes sedcstaram, peto sen caráter regional, os projetos GcofaacoBtasi|/Cajiadá(FGBC)doDNPMe Aquiri da Rio DoceGeologia e Mineração (DOCEGEO). Apenas algumasestadões de amostragem de sedimento de corrente desses

compatível com aqneb proposta para o PGC As estaçõesplanejadas para cokta durante o PGC preenchem as

Para identificar a proveaíéncia da amostra e evitarAnmli+iAaA* A* »HiiiMft na w»A» A» mtunatwaa»ni ímtw^Am na

base cartográfica, escala 1230.000 da fama Serra dosCarsja*(SB-22-Z-A),*ssgJasBCeDG foram antecipadasaos amneros das amostras do PGBC e do DOCEGEO.

As amostras coletadas durante o PGC foram iden-t i & C K l M p e l a i i g U d o c o i t í o r e q ^iniciada a partir ôt 7.000 na^i ** awwtfrHf &c ir i*w*f iMft dfcorrente e 1400 para as amostras de mmerait pesados.

P fase de terMcaçio das aoonufiaio levantamento regional, com o ob*

projetos anteriores obrigo* o estabelecimento de «mi sistemático no PGC que pcrmiiiw a

c a rowpatihaiaçiocaitre as iafomaçõesi coagidas e a serem obtidas.

•UJJ

As estações de cofcta selecionadas dos projetos (DNPMc DOCEGEO), em densidade compatível, acrescidas da-qnelas planejadas paraoPGC totalizaram 481 amostras desedimento de corrente e 201 de concentrado de bateia.Deve-se salientar que a amostragem sistemática deste foirealizada apenas pelo PGC, já que no levantamentogf nipjyninr itft PfrF*" r w mat-rrial não fui nrlrtatln, nãn

i possível adquirir as amostras e os nalíticosdos concentrados de bateia do projeto da DOCEGEO.

Manteve-se o principio da amostragem composta deSCUnvVCamvOft CTOSSCUOS (C8SG2IBOJ C SDOStfflMBCflB StflBPiCS

para os concentrados de bateia, ambos coletados em uma

de sedimento foram folctariileko ativo, sempre abaixo do nível d*água e

»em sacos de tecido resistente. O materialpara gerar os concentrados de bateia com os mineraispesados foram coletados em concentradores naturais. Ovolume inicial de 10 litros permitiu fornecer ent*e 200 a300g de minerais pesados, posteriormente «condicionados

Para a fase de verificação de anomalias selecionaram-se apenas as bacias anômalas de acesso mais fácü. Osadensamentos de amostragem geraram mais 27 amostrasde sedimento de corrente e 24 de concentrado de bateia.As outras bacias anômalas deixaram de ser verificadas,principalmente aquelas cuja amostragem regional foirealizada por via fluvial, devido à pouca disponibilidadede tempo.

As amostras-controle repEcatas - foram coletadasem 40 estações selecionadas aleatoriamente.

Realizou-se a amostragem regional por equipes detécnicos de nível média Já a coleta de amostras da fase de

geog ímícoresponsávelverificação de anonaliasofaippela fama, juntamente com o técnico de nfrel médio quetrabalhou na área selecionada,

OU

6X1J.1

Srdhnrnto de corrente - devido à secagem ao sol,amda no campo, poucas amostras foram submetida» a umasecagem e a estufa a OTC no SecUb-CPRM/Bc Talprocedimento pennJdo uma grande redução de temponessa fase. Em seguida, fan» peneiradas para separara

Page 104: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

bacio -80 mak (a Q«al foi a-130 ma») e *2ãA

Couctatradodebatria lestafaa-HmcM

Os métodos analíticos asedimento (mchuiVc as repficatas) e de psão apresentados na tabela IL6Í& Cerca de 20% das

aplicados nas amostras depesados

pamostras de concentrado de baleia foram tnbmrtidas a

• que esseteste acnsoa posnividade, oa observou-se a presença deouro vishd, foram quarteadas: nma parte foi submetida àanálise mmrralftgira qoafitativa (tabela IL&9), a ostra,encaminhada para anáfise por espectrografia ótica deemissão, para 30 elementos-padrão (EE). Utmzaram-seanálises de estanho por espectrometria de absorçãoatômica (AA) apenas nas amostras provenientes de áreaspotencialmente estanfferas.

Durante a fase de verificação de anomalias, apnearam-se técnicas analíticas <ilrigi<fa« pua suplementar aavaliação de algumas anomalias detectadas na faseregional: 1) AA/EDTA e HOsM, a frio, nas amostras desedimento anômalas para cobre, zinco, níquel, cobabo,coletadas na faixa de rochas das formações Parauapebas,e/ou Carajás ou grupo Rio Novo; 2) AA/H3PO4 nasamostras de sedimento de corrente anômala* para cromoe nas de concentrado de baleia vizinhas aquelas ondedetectaram-se > 5% de cromita; a maioria dessas amostrasse localiza nas porções leste e oeste da folha.

MilBBUI fUUÊKíM

FaMRagtonalEE - tÈQKWoguãm a t Tinwlo. 38

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No que tange à interpret*!pSados ou gerados durante oPGC, fazem-se

1. As amostras do Projeto Aqniri/DOCEGEO,por AA (d«estão HNQ})> formam um conjunto

geograficamente restrito ao quadrante nordeste da folhaSerra dos Carajás, e, por essa razão, não foramdiscriminadas em populaçôes-alvo para o tratamentoestatístico.

2. Embora o mapa de amostragem desse projeto tenhasido fornecido, não se consegnm obter todos os rendados

i (entre os alvos NI e N5 eizc* do manganês do Azul). Assim, não foi possívelcompjtibmzar a informação anamica dessas áreas com osdemais dados analíticos regionais obtidos por EE (30elementos-padrão) e AA (digestão ágoa-régia 4:1).

w ou Sn apenas na distribuição f <parinl das amostoas comouro visfwei e/ou com resultados —M>«-O* elevados paraSn quando obtidos por AA (snbiniação/NHiI).

4. Para a delimitação das zooas anômalas dos demaiselementos analisados, utilizaram-se os programas doSistema GEOQUANT, desenvolvido pela CPRM a partirdo programa STATPAC do USGS.

O procedimento para o tratamento cMatfstífff que an-tecede i fase dc interpretação dos dados obedeceu aoseguinte roteiro:

a) criação de trfomafriresbinirias com as amostras dastrês fontes disponíveis (PGBC/DOCEGEO/PGC),tfifcrcniifliintf f1" função ds tfi'fiK*^ wnffticfl iMí ttliir sprimeira, com os dados de AA (digestão HNO3) do ProjetoAquiri; a segunda, com os dados de AA (digestão água-regia) do PGBCePGC; ca terceira com os rcsnltadotdcEEdoPGBCePGC;

b) ntflfraçâo do programa S11'EPsORT, para dauSficaras amostr as de cada matriz por numero de campo, segundoa ordem alfanumérica crescente;

c) aplicação, em cada matriz, do programa REPLAC,para transformar os resultados qnamVado» em resultadosdefinidos;

d) uso do programa STATCOR, nas três matrizestransformadas, para definir os respectivos parâmetrosflcoQuunícos;

e) aplicação do programa ADDORDEL, paracixnpatiDuaar apenas as amostras com iguais informaçõesanaMrtfat - EEcAA(água-régia) - cm uma única matriz,identificadas pelo indicador primário (numero de campo);

f) criação de quatro tubmatrizes correspondentes àsquatro populaçôcs-alvo TtffínHw

População I - amostras coletadas no domínio dosgranitos anorogenkos;

População II - amostras oriundas das rochasmetavulcánicas do grupo Sapucaia;

lift • - MModo* AMMHeoa WOmk»

Page 105: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB22-Z-A (Sena dot Ctsajás) 97

Tabela H * » -

AIÍOSTUA

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Popolaçio m - amostras provenientes dos fitotiposdos grupos Gráo-Pari e Rio Novo;

PopãJaçioIV - amostras coletadas sobre o complexoXingo; e outras «nídades menores leaticnlarizadat;

g) apficaçaAemcadasabmairiz(popahçao-afioXdosp n y sa TI TTiirnT, qnr fnrnr rr m parimríim f iiMitíiTMbáácos, e (XRREL, qoe eatabefeee orna mstrá de cor-

relação segundo o mâodo do "oomeato de Peanoo". Osparâmetroí ectatfrticos t io apresentado» na tabela D .6.10,as matrizes de correlação resokanfes, nas figuras ÜJ63Q aE633.

b) •tílízaçáo do programa PTILESl nos dadosanalíticos obtidos por E E para calcular, por ínterpolaçiofincar, os percentís da» variáveis (ekmeotos) previamente

Page 106: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Tabela 11.6.10 - Sumario dos Parâmetros Estatísticos (Sedimento de Corrente).

Cu AAPb AA2n AAN AACe AACr AAf » AAMn AAB EEBaEELa EENb EEiSe EEV EEV EE! » EESn EESr EE

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100-180.0008-3.6008-1.00030-1.00010-1808-2002.8-708-1008-130

80-1.4288-20

-

M1-112-162-331-111-41-21

1.000- 24.00014-2108-30

80-7.14210-1808-30

_8-70*8-80

100-1.4288-700

100-800

IV1-701-861-821-4001-441-880

100-41.0008-3.0008-1.000

-

10-1.0008-70

2.8-808-700

1.8-18070-1.428

8-2080-800

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—2.281.631.8214°1.832.81

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IV2.642.402.092482.373.382.812403J7

-2.081.871J72.092.04242141148

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Page 107: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

B\B*.UNb,S*V,Y.Zr,Sa.Sr.

ra dos Carajás) t i

Tabela l & i i - Variarem Total (Natural + MrediBftta)ida

lOBWodeordemdaamaanomabemnjnçáodesi '

ApBcoo-sc o programa ANOV 1, do Sistema GEO-QUANT, qoc efetua aaáfise de variâaáa de mn (ator (owwty) até 10 nfveis hicrinwicos pan uma determinadavariável (elemento). No presente trabalho «jazaram-sc osresmYwlo»aiiatòirm de 40 amortras de sedimento de cor-leate e soas respectivas amostras rcpficatas.

Esse |mi^iâim coQjmdn-sc oo mortrlo proposto porKraabein & Slack (19S6), para analises de variânáahierárquica,da fariabmdade total naulante da variabffidade derida aefeitos naturais, inerentes às características das baciasamosa3das(arca,compcgiçwitol6gica,vriocio^dcd>flmpetc.) somaria» aos efeitos introduzidos (erros originados na

lenas analises ). O teste foi aplicado com fatores**er*

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44.13%1942%3049%2345%2740%099%2.46%545%245%6.48%049%090%348%

Como os elementos Ti, Ag, As, An, Be, Bi, Cd, Mo, Sb,Sc, Sn, Sr, W e Zn anafisados por EE apresentaram abaporcentagem de dados qnaWicaoVKe/oureslikaainpBtndede valores não-<|ua£5cados, esses flfmfirtCT não foram

í

Tabela n.6.12-VaréndaTotí ÇHatun* + Introduzida)CalctAda por 40 Pareô de Amostras de Sedimento do

Corrente (Dados Logteanrtonuedo»).

O progranu ANOV 1, quando afiicado aos valores reais(tabela ILfcll),aamnfcel de s«BJfkancia de (W», revelou

L osre aJftic sdeAAnâoapreaentamerrostmwstrail on analíticos importantes dftdf flvanitiT asvariabOidadcs entre as amostras originais e respectivas

.replicaiasaaosâosigiiiScaümcmreUç^àvanabuKlade«atre todas as amostras regionais.

A variabflidade oscfla entre decano» de porcentagema> que confere alta confiabilidade a esses resultados

oinmka, prínapabneste o C» e Fe

o McKgBidos de Fb, Ni, Ma, Zn e Co;

2, dos resultados analHkfrf por

^rclaç^àvariabOidaderegioiiaLOsdema» - Fe, Ca,Nb,Y,M«,Zf>V,BeU - apresentam ama varíabffidade•ctkível (abaixo de 45%).

Qoaado se etinzam os dados k^ansfbnaados (tabela

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02999044680414404273003250016900074O0097041020012204111041930430404009

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3959%2947%741%

2091%6322%23114%1647%29.63%1049%1240%

1.41%

7.42%032%449%349%029%077%246%

Page 108: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

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Observa-se que o erro devido à variabilidadeintroduzida (amostragem + análise) é tolerável naseguinte seqüência: Cu, Mn, Co, Ni, Cr, Zn, Pb e Fe.

Dos dados obtidos nas análises por EE apenas o Baapresentou variabilidade elevada (53%) e, por essa razáo,náo foi considerado durante a fase de interpretação. Osoutros elementos apresentam variabilidades toleráveis deart 38%.

6222 Correlações

As associações geoquímicas representativas dos conjun-tos rochosos das popuU^oes-aKo foram definidas atravésde matrizes de correlação (figuras DA30 a IL633).

Observa-se que algumas associações sáo complexas,provavelmente devido a mistura de tipos Geológicos rama6 í l * J r i f i r i ^ ^

Page 109: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SE22-2-A (Serra dos Canjás)101

populações III e IV, conseqüência da dificuldade emsepará-los geograficamente.

A figura 11.6.30 corresponde i popuhção-alvo dasrochas graiifticasanorogênicasoiKfc se incroem os graiiitosocorrentes na serra dos Canjas e na serra da Seringa. Asassoctações que se H«taram são Fc-Mn-Cu-Ni-Pb-Zn cPb-Ti-Y. A primeira deve estar relacionada i fixação deelementos-traço aos áridos e hidróxidos de Fe e Mn; asegunda caracteriza uma possível substituição do K dosfeldspatos pelo Pb, oa i presença de minerais acessórios

original, conseqüência de processos de refusâo da crosta.A figura IL&31 mostra a matriz de correlação das

amostras oriundas das rochas metavulcánicas onde aassociação Fe-Mn-Ti-Y-Pb-Zn-Zr-V pode refletir osfitótipos máficos do grupo Sapucaia ou mesmo fixação deelemeirtos-traçoemóadoa/hidróndosdeFeeMa,

A figura R632 corresponde i populaçao-atvo de rochassupracnutais metavulcánicas, formações ferrfferas emetassedimentos dos grupos Gráo-Pará e Rio Novo queocorrem na parte centro-norte da folha.

Destacam-se como principais associações:L Fe-Mit-Oi-Pb-Zn-M-QyCr, a mais representativa e

onde se observa uma aka cmrehcao do Fe com os elementosCB, Pb.2n.Ni Co eCr quando antharlns por AA. Umaprovável expficaçâo se relaciona A grande capacidade dos

um reflexo da presença dm rochas nitaavulcanicas;2. Cr-V-Cu-Ni pode ser correlacionada a corpos

básico-ultrabáticos presentes ueuâs seqüênciassopracrustais;

3. Y-Ti-U-Nb-Sc;e4. B-Ca-Mg-Tt-Nb, ambas possivelmente relacionadas

à presença de corpos granitóides do complexo Xingu nafaixa de contato com a seqüência de rochas sopracrustais.

A figura IL&33 representa a matriz da maior populaçáo-alvDk Abrange prw^<M'i'"!i* '*T*wM'tf rochas do complexoXingu, além de outras niti4ii^** lenticularízadas como ocomplexo Píum, a unidade Plaque e segmentos do grupo

Pode-se salientar três associações1. Fe-Mn-Cu-Pb-Zn-Ni-Co, que deve refletir

preferencialmente rochas de composição básica ou mesmofixação de elementos-traço nos óndcWtridraxídos de Fe eMn.

2. Cu-Pb-Zn;e3. Y-La-Nb refletem corpos lenticularizados de

Cftmwosifãft Kranftics a inlff"1^ ' "". gerados durante o

iã23

A partir do f If oco de elementos stufiitiiftf duraiftf afase regional, foram leledonados aqueles 16 que for-

•fiáveis para definição dos es-

timadores gcoqufnúcos que orientam a elaboração dascartas geoqufmicas.

Algum elementos, como As e Ag, embora não tenhamsido selecionados por apresentarem aha porcentagem deresultados qualificados, mostram valores importantes. Porisso os dados oão-qualificados desses elementos sãoutilizados como destaques geoquünicos (principalmentequando coincidem com valores «««Wioc para outros

associações geoqoímicas que identificam as zonasanfrmlx MI» ipr se. lnralfram

A H iim fo rfyf magnitudes das IÍW11***^ levou emconta a média (G) e o desvio (DG) geométricos calculados,e obedeceu ao segmnte critério:

Anomalias de terceira ordem - valores abaixo deGXK5.

Anomalias de segunda ordem - valores entre GDG eG.DG2.

Anomalias de priocira ordem • valores y **"* deGJXÍ2.

A tabela D.6.13 reporu os limites desses três nfvei»hierárquicos que ktf t' v* "* as ">aEn*tiidc8 das anomalias- estimadores geoquímicos - para os elementos

Utilizou-se ainda um outro fator para avaliação daaKa» gCOQUÍmicaS dfftfftadlW ~ a

taxa de extratibUidade obtida da relação proporcionalentre resultados analíticos das análises sistemáticas(AA/HNOs e EE) e das análises dirigidas (AA/EDTA cHCkM para cobre, chumbo, zinco, níquel e cobaito eAA/H3PO4 para cromo).

Observou-se que o ataque por HClãM fornece sis-tematicameme taxas de extratibilidade mais elevadas doque aquelas obtidas pelo ataque com EDTA. Umaprovável explicação está relacionada A maior eficácia da-quele ataque na dissolução da fração ferruginosa daamostra de sedimento, onde elementos-triço se

na região. As taxas de extratibilidade para cobaito foramas mais elevadas (20 a 50%) em relação ao cobre e zinco(10 a 30%) e ao níquel (10 a 20%), confirmando a co-nhecída capacidade de fixação de cobaito por parte doeprodutos secundários fermgmosos.

A reanáfise para cromo por AA/H3PO4 das «mouras deconcentrado de bateia e de sedimento de corrente, coletadas

e próximas às áreas de "fiiH*""*1 do plutomano

ft—j_^ »- _ ^ _ j

pmáfico-ukramáGco, mostrou os iegnmtes resubados:

- co«xnoídodcbatcia(16amostra»):íO%dasamostrasmostraram valores acima de 2500ppm Cr, dos quais 40% serevelaram acima do fimíe superior do método (10-OOOppmCr);

- sedimento de corrente (44 amostras): 15% dasamostras apresentaram incrementos de 10 a 93x no teor decromo já anômalo por AA/água-régia.

Prerámc-ie,entík\aprcieoça de aomiunems amostras,l b é

Page 110: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Bmmm

OuPb

a»MO»CfFéflUMn0BaUNbSoVV»

Tabela » 6.13 - Umftes (por

Poputadolw8Bnw> y u m w wiumjtwOaw

3* (s)Ontem

4343522•

1.0347_

S013621

e34

140-

a»Ontem5-1035-6836-64

33

10-241.1-i.e348-65»

_

302-114237-5022-317-1139-90

130-340

1* (*)Orawn

i i67

es44

2S1.7

660

114360321251

390-

rrt dos Intervalos que Definem a Magnitude das Anomalias (Estimation» Qeoquknteos).

PoputeeSoaGnipoa Gfio-Pwá • No Miwo

3* <s)OnMfn

13117863033836 49801032094019168932

1.028

2»Oictom

132-613

6£-42.7

1* <*)Ordtnt

81438

17010311029142.83185475806802331

11566

2704

PooulactoMTwrww QnnNo-QrwraMM

3" (í)OfÚÊtn

81114326

6.813910

21905513-

3828

995

2*Ontem

6.9-13.5

1" (*)Ortwn

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2113.6304

145168

10120-

7641

2350

População rv

Comotem Mngu a UnWadwitanticulartaadaa

í1 (*)Ontem

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66169

8224

1909

8*

8.9-21.9

1' (*)Ontem

242527171175

220606130-

1448817

10950

3341

I

Page 111: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-Z- A (Sena dot Carajá») 103

Í22A

A distribuição das anomaKas de primeira, segunda eterceira ordens para elementos que se correlacionampositivamente (associações geoquúnkas típicas) em«mostras de sedimento de corrente, acoplada ao arranjoespadai de amostras de concentrado de minerais pesadosque apresentam ouro visível (pintas) e/ou valores não

co

M amplas com predonmSncía espacial de umate r r ^ ^ T " geoquunica: zona I (trio e arcònio),

níquel, cobako, chumbo e zinco).A integração de parâmetros geoqufmicos, como mag-

nitude de y^—fi^t. aiWKi>f>fVT***irir> gftoiiufr"*^^ taxade extratibflidadcv cora as informações advindas da car-tografía geológica e da interpretação dos dadosaerogeofisicos, mostra a necessidade de diferenciar ocomportamentogeoquunko desses elementos ao longo dastrês zonas anômalas. Foi possível, então, subdividi-las emsubzooas e caracterizar o grau de prioridade para trabalhosde tf*nfrff**nM»/«toaBi* e a importância metalogenética

noa II (ouro, arserno, cobako e cobre), zona m (ouro,cobre, afanei, cobaho e cromo) e zona IV (ouro, prata,

A distribuição das zonas e subzonas delimitadas éia na figura H6.34.

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CONVENÇÕES GEOLÓGICAS

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*»*»1 Otántio «*lr«leíd«,

CONVENÇÕES GEOQUÍMICAS

^ Limitt d« tono onómolo(

^"~^r".J Grupo* Tueumd, SopuMiO, Rio Novo •• "» -> 1 Orèo-Pvrá

•Completo Xirtfn $ aifumosnwflort) Knfiçuloriiodot

Compltio Piuffl

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Page 112: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

104 Progranu Levantamento GeoJôfjcosBásicosòkBrasfl

&2XU Zaaa»

ZonalUma zona muito ampla (2ÜOOtmr), formada por valores

elevados de ftrio e zircônio. Locafiza-se no quadrante SWda folha e reflete nitidamente o granito da serra da Seringa.Diferenciações geoquímicas permitem dividi-la em duassubzonas:

Subzona LLfi1. Localização - SW da folha.2. Forma - semicircular, aberta para sol3. Contexto geológico - delimita o anclco central do

granito da serra da Seringa.

granitóide:Anomalias de 1* ordem - YAnomalias de 2* ordem - YZrAsPbZnCoNbSrMn.Os elevado» teores de ftrio das amostras centrais -

JA-2025 (750ppm) e JA-2026 e JE-2263 (200ppm) -mostram fortes contrastes (4 a I5x a média geomeuica -MG) e são flanqueadaspor amostras anômalas de segundaordem. Esse enriquecimento pode ser devido a um magmarico em ftrio, conseqüente de uma refusáo da crosta, quegerou um granito também enriquecido em ftrio (Yang,1958).

Observam-se ainda elevações sutis (0,7 e LSppm) noteor de arsénio, em comparação aos teores (0,5ppm) nor-malmente distribuídos n 3 g áreas vizinhas a esse núcleo

5. Contexto geofisico - domínio M34 com radiaçãototal entre 650 e 1.500 cps, e gradiente ma^t^ien fraco.

6. Contexto metalogenético - potencial favorável,considerando-se que a associação geoquímica eespecialidade litológica sugerem uma possibilidade paraconcentração de elementos de terras-raras. -

Subzona I.2A1. Localização - SWdafoIh?.2. Forma - uma faixa semicircular em torno da Sub-

zooafll.B, aberta para sul.3. Contexto geológico - faixa de contato do granito da

serra da Seringa com o terreno graoho-ffeenstone- beltpreservado do sul do Pará.

4. Contexto geoquimíco — »"»» associação de filiaçãopouco definida, conseqüência da mistura de Utótipos dis-tintos nas drenagens amostradas:

Anomalia dei* ordem - Ni Co CrAnomalia de 2* ordem - NiCoCrCu YAsNbZr.No entanto, observa-se alguma diferenciaçio

geoquímica espacial digna de registro, desde quando selocaliza no terreno pamio-greerutone-beti preservado:

- a oeste da subzona, uma area restrita, relacionada auma área de ocorrência de restos de seqüências máfico-ultramáfica, é formada pelas amostras JA-2037, JA-2036,JA-2041, LP-2102, JA-2044 com valores de primeiraordempara Cu, Ni, CoeCr. Nas amostras do restante da subzona,

«dores de

LP-2413 e LP-2415,coletadas em drenagens contíguas e paralelas, mostramvalores ckvadtsstmos para estanho (106 e 104ppm), nítida-mente constnstantes em relação às demais amostras, cujosresultados são sempre qualificados (L ou N), ou julgadoscomo de teor normal elevado como as amostras JA-2663(9ppm Sn) e LP-2442 (13ppm Sn). Os valores elevadosestão associados à faixa de contato entre os terrenospreservados (ao sul) ereUabalhados (ao norte) abrangidos

5. Contexto geofiãeo - gradiente magnerico fraco. Nari[i«.mfrj«4f lf^y ff"1» «ímwwK» wmgnftira negativa, as-sociada a uma anomalia radiométnca expressiva com fartecontraste, típica de gnuntos amazônicos mmenúnado a cas-siterita, conelacionávcl à área das drenagens amostradas queapresentam valores elevados para estanho.

6. Contexto metalogenetko - potencial possivel-mente elevado, face à presença de anomalias geoqmmica eecofísica importantes relacionadas a ambiências

ZonallUma kmga faixa aurífera de largura variável que se inicia

a noroeste em direção ao centro da folha, onde se desviapara leste até quase o sen mnite. A noroeste é mais ampla,com cerca de 40km, de largura e mais estreita no restanteda faixa. Delimita valores anômalos para arsénio e paracobre e cobalto em trechos distintos. DiferenciaçõesKtológiccs e geoquímicas ao longo dessa faixa permitema««ínalar ggís Subzonas razoavelmente distintas:

Subzona n.l AL localização - extremoNW da folha.2. Forma - ehptica.3. Contexto geológico - rochas metamórficas

granolíticas do complexo Piam.4. Contexto geoqufmico - uma associação

geoquímica complexa e ffHüffãft pouco definida:Anomalias de 1» ordem - Co ScAnomalias de 2* ordem - Co Sc As Ni Co NbZr LaAnomalias de 3* ordem - SnOuro (pintas).5. Contexto geofisico - relevo moderadamente

magnético, em contraste nítido com a encaixante. Asanomalias sugerem a eanfacia de uma fase básica noquifflísmo do complexo Phun ou de um pequeno corpobásico mtrusivo.

6. Contexto metalogeaéaco - potencial elevado, faceà ocorrência de mvo visível cm todas as amostras de con-centrado de minerais pesados.

Subzona DJA1. l^cafiTaçab - NW da folha, a sul e sudeste da sub-

zonan.lA.

Page 113: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-&A (Serra dot Carajás) 105

2. Forma -3. Contexto geológico - ana das doas faixas da

«•idade Plaque qoe faz contato com o complexo Piam(subzona UãA), cncahada estruturalmente na zona de

4. Contexto geoquímico - uma associação típica de

afias dei* ordem - Ni Co Cr AsAnomalias de 2* ordem - Ni Co CfOuro (pintas).Como a mesma associação geoquuui e a presença depç

pintas de ouro cm concentrados de bateiasao observadasnos extremos dessa faixada unidade PIaque,aparte centralda subzonaé inferida, «ma vez qoe ela não foi amottrada.

5. Contexto geofinco - baixo relevo — y / t ^ comanomalias que mostram dipolos com rejeitos, os quaissugerem falhai ou diques básicos com direção quase teste-oeste.

6. Contexto mctalogenético - potencial elevado,considerando-se a associação geoquímica máfico-ubramáfica e presença de ouro visfveL

Subzona IL3.A1. Localização - centro-feste da folha.2. Forma - alongada (16 x4km, cm média) na direção

NW-SE.3 Contexto geológico - abrange inúmeros segirentos

de rochas do grupo Sapucaia, orientadospreferencialmente NNW-SSE e encaixados no complexoXingu. Inclui uma intrusão (2km de diâmetro) de grarútoanorogênko de idade proterozóka. A SE afloram rochasda unidade Plaque.

4. Contexto geoqumnco - o lado leste dessa subzünanostra am panorama y^irfmirn relevante e promissor.Ene fato permífg ifntlnrar vtaté onde permanece ffp p ^embora as nove estações planejadas nesse, trecho nãotenham sido amostradas.

Observa-se um patamar de valores elevados de As (13amostras com teores entre 0,7 a 24ppm, esse ultimorelacionado a intrusão grantóca) qoçse dutribui por todoo leste e sul da sabzoaa, nitidamente relafíonado aosafloramentos do grupo Sapucaia. Nesse patamar, umaassociaçiode filiação máSco-ultramáfica abrange o trechonorte ese mtsturacomttma associação granítoide no trechomeridional onde afloram rochas dá unidadee Plaque e docomplexo Xmgo e aparecem, índosívt, valora médios deSn. As taxas de ftr*^jHKdnff nlnflsdat mostram-sebabas para cobre (15%), Zn (10%) e médias para cobano(25%).

AnomaBasdei»ordem - A* NÍ Co Cr La SnAnomalias desordem - A* Ni Co Cr La Sn YNb ScOuro (pinta*).5. Contexto geofitko - gradiente moderado a fraco,

com inúmeras anomalias restritas, nostraado s o aexpressão geofMca complexa e de difícil resolução.

i a rocha regional com presença deencraves de rochas básicas, direcionadas teste-oeste,concordante com a orientação preferencial do cinturão

6. Contexto metaiogenétko - potencial elevado, faceaos valores anômalos de arsênio e estanho c presença deourovisfvcL

SubzoaalIAA1. Localização - meio-oeste da folha.2. Forma - alongada (TDkm x 7,5km, em média) com

dnçaoNW-S.3. Contexto geológico - predomina a formação

Paranapebas a NW, a qud se associa à formação Carajás,aSEdasatnona.

4. Contexto geoquímico - associação gcoquímicaclássica importante, onde predominam valores médios eelevados de As ( M » 3^ppm) associados a ouro vãfve! nosconcentrados de minerais pesados, em cerca de 90% das

são babas para cobre (10 a 16%), médias a elevadas parazinco (13 a 35%) e elevadas para cobalto (27 a 35%). Aamostra JA-B-2649 e JA-B-2651 revelaram teores de 200 eI5ppm Ao e lOppm Ag/EE.

Anomalias de 1* ordem - As Sn AnAnomalias de 2* ordem - AsSnCuZnCoOuro (pintas).5. Contexto geoffsico - anomalias de intensidade

magnética forte ao sul da subzona, um reflexo t rico dasformações ferrfferas associadas a rochas máfico-qjyrani K^»^ ^Itnr^nlt^ nn nãQ, Q gra<fimiff é;. maw frafn a

norte, um comportamento típico de metassedimentos.Uma anomaKa magnética negativa, imediatamente a lestedo trecho central da subzona, sugere a presença de granitoaaorogéntco náo-aflorantc. A existência de outrasintrusões granfticas dentro dos Emites da subzona não édescartada, uma vez que suas expressões geoffsicas

sendo camufladas pelas expressivasanomalias provocadas pelas abundantes formaçõesferrfferas da região.

6. Contexto metaiogenétko - potencial elevado facetot ffrrcniBVPt teores df fHfl***"? dftfrtados tnorimiiTs Ipossível ocorrência de granitos anorogenicos nio-aflorantes e à clássica associação geoquímica ouro/arsénio.

1. Local - meío-feste da folha.2 Forma - uma faixa alongada (70km x 10 a 25km)

com direção quase leste-oeste.3. Contexto geológico - abrange rochas da formação

Paranapebat, qoe se associam a rochas da formaçãoCarajás no extremo-oeste e na parte central da sabzona.

4. Contexto geoquímico - filiação mifka, e/oud ^ l d k d

A$ (0t5pptn) e ouro vWwI em amostra» de concentradosde asaerak pesados. Uma associação La, Y é observada

Page 114: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

106

cootribuiçio do idrenagens. As U n s de extratifciKdade nlcaladat ifc>bains pan nfqnel (5 a 19%), baixas a médias para cobre(10 a 26%), twins a devidas para zinco (10 a 35%) emédias a elevadas para cobalto (16 a 38%). Na amostraJA-B-2351 foram detectados > 5% de pirita,aqaal revelouvalores importantes para arsémo, cobre, cromo e cobalto.

Anomalias de Ia ordem - Ni Co Cr CuAnomalias de bordem - Ni Co Ca Sc La YOuro (pintas).S. Contexto geofisico - gradiente magnético forte,

com mámerasanomaliatrnmdipolosntidVK relacionadosàs formações ferrfcras e/ou a possfvets corpos máfico-

a intensa e bem-definida

corpo intrnsivo máfico-ahramÍBco náb-correlaáonávelaos demais coipos intiusrw» da mb/ona.

6. Contexto etalogesético - potencial elevadoiação an*Vt*8h, o relevo gf^'

d ia presença de ouro em concentrados de bateia e acorrelação geográfica com rochas da formação Carajás.

Subzona U.631. Localização - parte central da folha, a sol da

subzona IL5.A.2. Forma - circular e restrita.3. Contexto geológico - coincidente com os omites de

uma intrusão granftica anorogênka de idade proterozóica.4. Contexto geoqnfmico - associação granitóide

associada a ouro (pintas), teores discretos de As (0,5ppm)e valores muito expressivos (160ppm) e fortementecontrastantes para Sn. As taxas de extratibilidadecalculadas são baixas para níquel (13%) e elevadas paracobre (31 e 33%).

Anomalias de 1'ordem - SoLaNbAnomalias de 2» ordem - SnLaNbZrCnNiScB5. Contexto geofisico - expressão magnética

inexpressiva, prejudicada pela forte intensi gda encaixante. No entanto, uma nítida anomaliaradiométríca caracteriza bem o granito anorogênícoencravado no cinturão Itacaiunas.

6. Contexto metalogenético - potencial elevado,considerando-se os resultados de estanho e a idadeproterozóica da intrusão granítica.

Zona IIIUma zona ampla (75km x 20km), localizada a NE da

folha, alongada na direção lestc-oeslc, com valores médiosa elevados para cobre, níquel, cobako e cromo.

Abrange ütótipos diversos, como o complexo Xingu nocentro-oeste da zona, que é ladeado pelo gnaisse Estrelaa sul c grupo Rio Novo a norte, bem como a formaçãoParauapebas associada à formação Carajás na sua ex-tremidade oeste. Essa diversidade geológica e as

SobzoaalD.lA

2. Forma - aproximadamente scmi-elfptica, abertapara norte.

3. Contexto geológico - rochas da formaçãoParanapebas associadas aos ntotipos da formação CarajáseàscubertmasfernMJnosaseahmiinosas.

4. Contexto geoquímko - típica associação máCcae/ou possndmente uhramáSca:

Anomalias dei* ordem - CuNiCoCrZnAnomalias de 2» ordem - Co Ni Co O Zn MuAnomalias de 3» ordem - CuNiCoCrZnMa.5. Contexto geofisico - expressão radiométríca

njfiHywnti» tiu4iryf iv^ A» rnrfca» intrnn^Aiiniu. g flffrf aS iaparte norte da subzona. A ssL a textura das anomalias ttípica de rochas do embasamento.

6. Contexto metalogenético - altíssimapotenciaKdade, uma vez que seu trecho oeste coincide comas frentes de exploração mineral da DOCEGEO (ProjetoCarajás- AkosNlaNS).

Sobzooa Ü L 2 J \1. Localização ~ trecho leste da zona.2. Forma - aproximadamente semicircular, aberta

para norte.3. Contexto geológico - abrange rochas do complexo

Xingu, gnaisse Estrela e grupo Rio Novo.4. Contexto geoqunnico - típica associação máfica

e/ou uhramáfica. As ta»ac de r*tr?l'biiHim*'* clrwladaspara Biquei são baixas (15%), baixas a médias (16 a 26%)para cobre e elevadas para zinco (33%) e cobabo (31%).Ouro/EE (SOppm) foi detectado na amostra JA-B-2671.

Anomalias dei* ordem - AgCuAuAnomalias de 2* ordem - Ag Cu Ni Co Cr AsZiiMn

VScOuro (pintas).5. Contexto geofisico - forte gradiente magnético

típico de xistos básicos na parte da subzona, ondeanomalias estiradas no sentido NW-SE são trancadaspor outros NE-SW, sugerindo um sistema defraturamento ortogonal preenchido por rochas máfíco-uhramáfícas.

6. Contexto metalogenético - altíssimo potencial,principalmente se se levar em conta a ocorrência deinúmeros garimpos de ouro cadastrados nessa área.

ZonalVAUma zona restrita ao sul da folha.1. Contexto geológico - abrange o trecho médio da

longa faixa de ocorrência das rochas metavulcamcas dogrupo Sapucaia, e te estende para sul até a zona de contatoentre os terrenos preservados e retrabauadMO€Ü.

Page 115: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&22-Z-A (Serra dos Carajás) 107

2. Contexto geoquímico - associação geoqunakacoerente e metalogeneticamente importante:

Anomalias dei'ordem - CuAsAgAuCrAnomalias de 2> ordem - Cu As Ag Co Cr NIRessaltam-se os expressivos teores detectados na

amostra JA-S-29Q1Z: prata (20ppm) e ouro (2QCppm)/EE,associados a teor considerado elevado para arsenio(l^ppm)/AA e de primeira ordem para cobre (30ppm) ecromo (L500ppm)/AA.

Essa amostra foi rcanalisada oito vezes por EE emalíquotas lOmg e cinco vezes para ouro, cobre e creno/AAem alíquotas de 0,5g. Os teores de preta e ouro não serepetiram, porem o cromo e o cobre mostraram-se consis-tentemente elevados t f f ° ou quanto na amostra original,mantendo-se assim a associação geoquímica anômala. Osteores de ouro e prata iniciais permanecem válidos e seacredita tenham se originado de uma mkropepita de ouropresente na primeira alíquota analisada, comoconseqüência do "efeito pepite".

3. Contexto geofinco - anomalias magnéticas fortes,al inhai conforme a própria faixa de ocorrência do grupoSapucaia. Associadas a corpos máfico-ultramáficos, esituadas na parte central da zona, mostram deslocamentosno sentido NE-SW, sugerindo falhamentos. Essasanomalias tornam-se mais fracas na direção oeste, talvezdevido i maior profundidade dos corpos, ou ainda, à suarestrita expressão superficial.

4. Contexto metalogenétko - elevado potencial,considerando-se os altos teores da coerente associaçãogeoquímica predominante.

622.42 Destaques gtoqnímkos

Inúmeras amostras isoladas e consideradas anômalasforam detectadas, tanto de sedimento de corrente quantode concentrados de minerais pesados. As mais importan-tes, pelo promissor conteúdo metalogcnético, são listadasna tabela H.6.14 com respectivos elementos, teoresanômalos detectados pelos métodos analíticos utilizados eEtfripos associados na bacia de captação da amostra-des-taque.

Dessa tabela pode-se concluir que 70% dos destaquesse referem a teores elevados de Sn, cuja maioria estágeograficamente relacionada a lestes de granitõídespotássio» da unidade Plaque que ocorrem no centro esudeste da folha, ao longo da zona de dsalhamento

Para T Kf rar OOTíHnfr irfimyra H«> « n n ^ rac Ar ^f fjrçnyntn

de corrente e/ou de concentrado de bateia com resultadosiHiaKfira* <*rprg«ivn« e. m m fnrir*. prmfr»Wte* gMMptfnicnn,

muitas delas foram lançadas no cartograma geoqufmicocomo destaques, ainda que estejam incluídas em zonasanômalas.

Page 116: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

108

Tabsta H.6.14 - OwfrquM GwquMo

Cromttt < < 5 % )

JA-S-2.157 CuQO) VCt»JE-S-2.1S8 OomplMO XJHQU

JA-B-2.583AutointMt Comotoo Xinou

JA-&-Z54Q Qronwtt ( <5%>

Cr (178040 Smwrgiuoo UtumtJA-S-Z152 &M60W2S1 Comrtwo Xlnou Suotonioo Uttumi

lP-B-2.444 Sn(13)Sn (38) TM"f

U-8-ZS18 Sn(44)

LP-6-2.497 a t- /G 10.000)LP-B-2.4S7 Como>>»o XkwuIP-B-2.S2OLP-B-2.493LP-B-Z4»

So 084) Cofflpl#xoSn(12)Sn (1.100) Conwlwo Xlnou

LP-6-2.490LP-B-2.4 Sn WSO) nfto E*trat6id« Pta

So (38)Gomclmo )QOQU

Fro.1JA-B-2.S36MS-2AÕB

Sn(17)SnOO) Crl

JA-8-2.468

Comotwo XlnauGfMitoE«tr«t6kH

Au tototaslBC-S-5.0S4 Aa 10 71JA-S-2.007JA-3-2.063JE-S-2.0B6JE-S.20Õ4

Cf (118/1^80)Cf Í108/010M0) Comotoxo Xinou GrtnHD

BC-S-e.058 Comolwxo XhwuB« (5.000)

BC-S^OBfi UOOO) Cu (18) Zn (22) Como<»xo XloouBC-S^OSB _Zn(l&L ComeHtrnXnau

JA-S-2JM1

B (800)B (800)

Cornctoxo Xnou

•tA-B-2.471ABJA-B-2.4M

Codiclwo XlnouComcutxo Mnai

Snd4)80(131So (18)

JA-B-2.481 Sn(13)So (111So (18) Cofnct^xo ?0nou

LP-B-2.478SndS)SoCM) ComrtwoWnou

Page 117: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

S&2&Z-A (Senados Carajás) 10»

_ Capítulo 7Metalogenia

plfftádo de Medeiros Delgada, Orlando José Bantu de Araújo e

José Maria Azevedo Canribo

A atual mudança na metodologia de apresentação dasilaL250JM0,em

idaçãoaqodasat6eotá\>eIaboradaspeU CPRM, justifica-

o **t*im*ntn das leis" que regem a Metalogenia, comotamhf m por impEcar significativa rar imialí/ação de custos,

Btimento do resultado. Em ver-apenas, adaptações a

os diferentes tipos de minerafizações e as diferentes áreasprevisíonalmcnte •"'•f^ili^^t — denominado cartamctalogenético-prewsionaL Adkaonabneate, um encarteem forma de cartograma (figura n.7.1) é apresentado como

para efeito de planejamento de ações gover-

No atual modelo de apresentação da cartametalogenétíco-previsioflal, a margem lateral direita éreservada à base tectonogeologica, que sintetiza asconvenções de uma "base geológica espeóanzada", aqual contém: divis io estratígráfíca, divísiotectonogeologica, associações de fitótipos e elementosestruturais, além de convenções geográficas da baseplaoimétrica e indicações das principais fontes deinformação.

A margem lateral esquerda é reservada i s convençõesmetalogenéticas que compreendem os dadosmetalogcnétícot, econômicos e previsions», além daMtajemdw recursos nimfTWS cadastrados.

minerais e, alternativamente, apresentadas seções

sem qualquerdade, tais alteraçõesmetodologia que vem sendo ufanada na elaboração dascartas metalogcnétko-prcvisíonais, produzidas na escala1:100.000, ao longo do Programa Levantamento*Geológicos Básicos do Brasil -PLGB.

Aspectos relacionados aos panoramas geológico-geotectõmcos, geoqufmicos e geofincos, em conjunto comas informações disponíveis sobre mLerauzaçóes co-nhecidas, são analisados, integrados emerarqucados para

y ft***ftf — que define

A carta metalogeoético-prevísional foi elaborada sobrebase geológica especiafizada que retrata de forma

simples todo o conhecimento geológico sobre a área. Talespecialização, no caso da folha Serra dos Carajás, com-templa a caracterização geotectônica, cronológica elítológica das unidades litostratigráficas de maiorcategoria, como complexos e grupos, assim como de

São fgi** fT* realçados os fitátíposespeciais que, em parte, constituem metalotectosprováveis, pcssfv» e potenciais. Nesse enfoque, a referidabase geológica •^aiífiya os conjuntos rochosos com umashiibologia, onde: a primeira letra 6 f****'<*m*wly e expressaum significado geotectõnico, a letra seguinte émahhcnlaeposiciona a unidade cronologicamente, enquanto que aultima letra define o caráter Biológico predominante doconjunto. Dessa forma, o HfirHrro Xingu é MfrT'fy'itdopor aAcgn, onde « significa área de crosta antiga retraba-Ihada tectonicamente, "A", Arqueano Indiviso, cgn,constituída de complexo n^nWr^n"pn%t^%^*!t Já osgrupos Sapucaia, Rio Novo e Tucumã, da carta geológica,são jdci*^*fado8 por n"'a ^»«^» cimfwAm^; AAStnm —

ffresujne-bett, de idade arqueana superior, compredommânna de metaimfifos e mrtaahraniantos Comotentativa de conplcinnitar a informação geotectônicareferente àgnação dos graiinóides, incorpora-se o prefixocon d, para Hffa»fg'' o phrtonismo de regime compres-sivo, ou de regime distensm». Assim, os granítóidesortognáwsk-os arqueanos da unidade Plaque são sim-

f . f Fg g do Proteroaóíco Médio são reco-nhcódos COM oúBJxÀodfíHgr.

Complementando o quadro informativo da "basegeológica especializada" e objetivando realçar o seuconteúdo fitostrutursl, nela são mantidos todos os elemen-tos estruturais importsntes, principalmente aqueles maisdiretanKate ligados ao pa«>rtmaniftik>geiiético, como o>fcwe»«<i* • » » • • « « « Am i i k•m aam^nf vnw aiM nnflBw vnv

falhas e/ou fraturas.

Page 118: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

no

s°otf 49»3C?Sfjtf

7O0Ú"

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7°OO'49°30r

CONVENÇÕES

A'rta mintrolizoda/provisionalprowdvtl, contendo mina, joiidoou d*po*sito do .-nintrol indicado

A'rta mintraliiada/prtvisionalpossívtl, contando aorintpo.ocorrlncia t desroqu* geoqjfmico

A'rto min«rolitado/pr*yisionolpottncial, conttndo d«*taqut««oqui'mico «/ou ombitntc gtolo'gico'-gtoKctinico fovordvti.

Corpo maqnttico tabular, ndo-mod«lado

Anomalio radiomttrica.

Anomalia magnética, ndo-modelada

Zona gtoqui'mica onómolo

Mino, jazido ou depoiito

Garimpo d« Au.

Ocorríncia mineral.

Otstoqut gtoquimieo indicado.

idobficaçôo da árta míneroiitodo/prcvitionoi

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SB22-Z-A (Serra doe Carajás) 111

7JJ Os names

Um total de cento e dez mineralizações cadastradas, devariados bens minerais, pode darem primeira aproximaçãouma idéia da expressiva potencialidade metalogenéüca dafolha Serra dos Carajás.

Chama a atenção o fato de que a exceção do cinturãoAraguaia, restritamente exposto no extremo-sudeste dafolha, todos os demais compartimentos geotectônicos deidade arqueana, tanto a nível de províncias (terrenogranito-gnwnsfontf do sul do Pará e cinturão Itacaiúnas),como de domínios (imbricado e transcorrente) exibem, viade regra, a presença marcante de concentraçõesmetalfferas.

Dentro dcwn entidades, no entanto, aipfm^y unidadesdespertam mais atenção pela maior concentração deregistros de mineralizações.

Assim, relacionadas ao terreno granito-grrautone dosul do Pará e em especial ao grupo Tucumã (extremo-sudoeste da folha), foram cadastradas, prindpaimente forados limites da folha, várias frentes de garimpagemahmonar de ouro.

Já relacionadas ao regime compressivo oblíquo docinturão Itacaiúnas, destaca-se no domínio imbricadoocorrente na porção centro-sul da área trabalhada amarcante afinidade de mineralização aurífer* comEtótipos do grupo Sapucaia. Nesse domínio estruturalressalta-se, a sudeste da serra dos Carajás, em áreamapeada como complexo Xingu, significativaconcentração de frentes de garimpagem de ouro. Aindano domínio imbricado do cinturão Itacaiúnas, háregistros de garimpos de ouro na bacia do rio Cateté,especialmente ligados a área de ocorrência de granolitosdo complexo Pium. Finalmente, a sul da serra dosCarajás foi cadastrada uma ocorrência de cobre ligado agranolitos básicos desse complexo, e um garimpo aban-donado de cassiterita, provavelmente associado agranitóides da unidade Plaque.

No domínio estrutural dos sistemas transcorrentes docinturão Itacaí*1"'. na parte centro-noite da folha, estão

iportantes< atrações minerais conhecidas naregião. Relacionados ao sistema serra dos Carajás en-contram-se os depósitos de ferro, manganês e alumínio,Egados ao grupo Grão-Pará, além do depósito de ouro doBahia até agora uáo-divulgado, em área cartografada comoda formação Águas Claras (possivelmente associado a Icn-tes das formações Carajás e Parauapebas), bem. comovários garimpos e indícios de mineralização de ouro, nodomínio da formação Parauapebas. Ainda nesse domínio

tiiraij rclacionadot ao pitiitr Estrela, cerca de umai f

pdezena de garimpos de ouro em ambiente ahjvionar foram

J . -», , . -» r t-

registrados, a maioria operando em ambiente aluvionarque drena os Btótipos do grupo Rio Novo.

Finalmente, outro agrupamento de garimpos de ourocomparece no contexto de transição entre os dob sistemas(serra dos Carajás e Cinzento), a norte da área deexposição do gnaisse Estrela, em faixa cartografada cornocomplexo Xingu, mas onde coexistem, também, com-ponentes rochosos lenticularizados pertencentes aos doissistemas estruturais referidos.

ocorrências com essas unidades arqueanas está ligado aoforte controle estrutural, haja vista a presença constante deTfma» de «pj"B"»""'*r» ou de "^Tf^raçãp de deformaçãoassociadas, mvariavehneutc,atodas as ocorrências, prinápal-mente ãs aurfleras de ambiente primário.

Num relacionamento cronológico ainda não muitobem- definido e tentativamente extrapolado aoProterozóico Inferior, ocorrências de níquel comparecemligadas ãs seqüências máfico-ultramáficas tipo Vermelho.

Ao grande regime distensivo do Proterozóico Médio docráton Amazônico, associam-se os corpos intrusivos dasuíte granftica anorogênica, cuja potencialidade mineral noâmbito da folha Serra dos Carajás diz respeito apenas àslavras de brita nos corpos graníücos d? serra dos Carajás,onde há, também, ocorrência localizada de molibdenita.

132 Agroquímica

A integração dos dados geoquímicos à cartareforça decisivamente o enten-

dimento sobre o arranjo Etostrutural proposto para a área, e,em conseqüência, corrobora a interpretação muhidisdpKnarque se refere 1 metalogema. Esses dados, expressos poraMixiaçõcs geoqmmicas, zonas p"f—*ai** e/ou estaçõesanômalas, mostram claramente diferentescompartimentacões groqufmicas que resultam na afinidadenos diferentes contextos geológicos.

Assim, pode-se facilmente visualizar as seguintesassociações BP<MHK<II"*ÍW aiwwíiM8' aos respectivos am*bientes geológicos:

- Ouro e prata, nas porções máfico-ultramáficas dasseqüências tipofftenstone-belt dos grupos Sapucaia e RioNovo, ocorrentes nas partes meridional e norte da folha,respectivamente.

— Ouro e arsénio associados a corpos Ifoticfliflf^flífffdo grupo Sapucaia, juntamente com granítóides daunidade Plaque, tanto na porção centro-iul da folha como

il da wrra Sul Tal asiftfíaçift ró

ligados ao interna Cinzento, no extremo-nordeste dafolha, mak de doas dezenas de farímpos de ouro foram

também, HgadaarocAasgranolíticas do complexo Pium, noquadrante noroeste da folha.

- Ouro e cobre relacionados a rochas do grupo Grão-Pará, no contexto centro-leste da serra Sul

- Ouro, cobre e cobalto, também em associação aogrupo Grio-Pará, na parte mais oriental da referidaserra.

Page 120: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

mProgrnalxviataacatosGeológicosI- JCOsdoBrasi

- OwOjCobreearsewderwadosdemetavdclaicasdaformação Paranapebas, por todo o segmento noroeste daserra Sul, onde também foram registradas anomalias paraestanho.

Entre as zonas anômalas aparentemente mais consisten-tes, foram realçadas: para prata, sobre rochas báaco-ultrabáskas da extensa faixa da seqüência Sapucaia e, paracobre, relacionada a granoliios básicos do complexo Pium,na parte central da folha.

133 A geofísica

Os mapas aeromagnéticos, além de exibirem diversasfeições que se salientam pela maior os menor suscep-tibilidade magnética dos corpos rochosos, refletem,também, feições que se relacionam à geometria c/ou aestruturação de certos segmentos cristais.

dnturáo Itacaiúnas, caracteriza-se, desde a sinuosidade dotrrnd dos conjuntos de eixos de atKwr|?**:w magnéticas, atésugestivas evidências de corpos magnéticos tabulares (não-modelados), que se relacionam ás áreas de ocorrência desegmentos lenticularízados do grupo Sapocaia, nas porçõesccntro-sul e centro-oeste da folha. Todo esse arranjoreflete, estruturalmente, a orientação geral do referidocinturão de cisaihamento, segundo E-W. Em postura dis-cordante ao padrão geral desse domínio imbricado, ressal-tam-se algumas anomalias orientadas na direção NE-SW,resultantes de corpos máfíco-ultramáficos, como aquelesonde se localizam os depósitos de níquel laterítico doVermelho e do Puma ou serra Arqueada (porções centro-leste e centro-oeste da folha, respectivamente), e poucosoutros corpos similares. Completando as feiçõesmagnéticas mais conspfcuas desse domínio tectônico, al-gumas anomalias circulates ou elípticas são registradas noquadrante sudoeste da folha em questão.

No domínio dos sistemas transcorrentes, além das fortese amplas anomalias derivadas das formações ferrüeras dogrupo Grão-Pará, identificam-se moderados relevosmagnéticos ligados à formação Parauapebas, bem comodiscretas zonas anômalas dentro do contexto geológicomapeado como formação Águas Claras. Destaca-se sobreessa última unidade a área que contém mineraüzaçõessulfetadas c a jazida de ouro do Bahia, dentro dodenominado sistema serra dos Carajás. Relevosmagnéticos moderadamente elevados são, ainda,registrados na área de ocorrência do grupo Rio Novo,contido no compartimento estrutural denominado sistemaCinzento.

Dos mapas aerogamaespectrométricos de contagemtotal, além da informação que confirma o padrão len-ticularizadodo domínio imbricado, receberam destaque nacarta metalogenctico-previsional os níveis de radiaçãoemitidas por alguns corpos da suíte granítica aoorogéníca(superiores a l OOcps), assim como o> altíssimos níveis

na porção central da área de oconenoa dognaisse Estrela (superiores • HBOcps).

A integração à base geológica especializada das infor-mações goonacas, dos dados gcoquf micos c dos dados dasmincralizaçôes conhecidas evidenciou un. panorama meta-logenético, cuja leitura pemütin o itconheamento demetalotectos, representados em áreas prewsionabnentcfavoráveis para diferentes tipos de concentrações metaueras(figura D.7J).

Essas áreas foram individualizadas pelo bem mineralque as contêm (ou que possam conter) e, em função dorfgfi/T atual dadepósito, garimpo os ocorrência mineral), ou deindícios/anomalias geoqufnrico-geofísicas evidenciadas.Foram classificadas segundo s*a maior o* menorfavorabilidade para prospecção de concentraçõesmetabteras, conforme critério previsknal estabelecido:

Provável: área de rocha hospedeira e/ou estruturafavorável, com mina, garimpo, ja7ida c/ou depósito roneral,além de twvífrfu*'jc

- inritrí^ e/ou anomalias Pf/Mwl '***''rw

Possível: área de rocha hospedeira e/ou estruturafavorável, com garimpo, além de depósito e ocorrênciasminerais, indícios e/ou anomalias geoquunko-geoffsicas.

Potencial- área de rocha hospedeira e/ou estruturafavorável, com raridade de indícios direto ou indireto demincralizaçôes.

Foram evidenciados doze tipos metalogenéticos deáreas mineraUzadas (on favoráveis à mineralização), sendosete para ouro (podendo associar-se com prata, arsênio,cobre, cobalto), uma para ferro, uma para manganês, umapara níquel e uma para alumínio.

Ouro (prata, arstato, cobre, cobalto)

Área I - Situa-se no extremo-nordeste da folha,preendendo a bada do igarapé Grota Verde. É suportadapor um grupamento de garímpos em concentraçõesaluvionares (excepcionalmente em colvvíc-alovíonar), al-guns claramente derivados do domínio de exposição dogrupo Rio Novo.

Ánall (fla,llb,nc) -Uxahza-se nas porções nordeste,centro-sul e extremidade sudoeste da folha, respectivamente.Nessas wbareas, além de anomalias gcoquírnicat skuam-tegarinposdeouroemahivíõese,menosn«quentemente,emnineralizaçóes primárias, por vezes percebendo-se a mor-fologia fUoõiana e a orientação geral da mincralizaçáa Essasmíneralízações e indícios relacionam-se às seqüênciasmetavulcaiioiswnmraitares, tanto àquelas igadas ao cinturãoItacaiuiiat, a exemplo do grupo Rio Novo, contido no sistemaCinzento, e grupo Sapucaia, fazendo parte do desata» ia>

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S&22-ZrA (Serra dos Carajás) 113

bricado, como ao grupo Tuctuná, pertencente ao terrenogratuto^cmdonc preservado tectooicamente. Os wdtciossugerem, adicionalmente, potencialidades parammeraazações primarias filonianas de ouro ± prata, as-sociadas as zonas de cBaOtamenio.

Ana III - Corresponde a, praticamente, toda a bordasul da serra dos Carajás, contendo ganmpos de ouro emaluviões nas bacias do rio Verde e igarapé Sossego c nafazenda São Luiz. Adicionalmente, há ocorrência demineralização de ouro associada a cobre em veios dequartzo, bem como indício de mineralização de cromo.Ademais, a área engloba inúmeras estações gcoquünicasapÃ-"1»* para ouro em concentrados de bateia e cobre,cobaito e arsênio em sedimentos de corrente. Todos osindícios diretos e indiretos de mineralização estãorelacionados, em geral, à seqüência de metavulcânicasbásicas com intercalações de metavulcânicas ácidas(formação Parauapebas) e mais localizadamente, ásformações ferrfferas (formação Carajás) c às zonas de cisal-hamentoassodadasaesse segmento do grupoGrão-Pará. Osmdjáos diretos e indiretos sugerem, adicionalmente, poten-cialidades c possibilidades para os seguintes tipos de

a) mineralização de ouro associada í s formaçõesferrfferas;

b) mineralização de ouro ± arsênio ± cobre em veiosde quartzo associados a zonas de cisalhamento;

c) mineralizações sulfetadas de cobre ± cobaito,associadas a vulcanismo máftco (basáltico).

Ana IV - Situada a sul de toda a borda meridional daserra Sul, contém garimpos de ouro em alúvios, colúvios eclúvios, nas bacias do rio Verde e igarapé Arara, além deestações anômalas de ouro em concentrado de bateia earsênio em sedimento de corrente, distribuídos ao longo detoda a área, num contexto geológico onde se associamgnaisses (complexo Xingu) e ortognaisses graníticos(unidade Plaque), afetados por zonas de cisalhamento quelimitam a seqüência metavulcanossedimentar (grupoGrão-Pará - domínio transconente) da área de crostaantiga (complexo Xingu - domínio imbricado). Osindícios sugerem potencialidade e possibilidade paramineralizações filonianas de ouro ± arsênio em veios dequartzo associados às zonas de cisalhamento.

Ana V - Dispondo-se na porção nordeste da folha,essa ire» tem uma configuração bifurcada, grosseira-mente envolvendo a área de ocorrência do gnaisseEstrela. Possui garimpos de ouro em aluviões das baciasdo rio Novo e igarapés Taboca, Caju e Surubim, aluviõesestes que drenam o» ortognaisses milooitizados daunidade Estrela. Esse» garimpos dispõem-sc preferen-cialmente na periferia do corpo e mostram-se intima-mente relacionados aos trends das zonas de cisalhamentoque o afetam, indicando possibilidades paramineralizações primárias em veios de quartzo e/ou zonashidrotermalmente alteradas ao longo das zonas deconcentração de deformação.

An* VI - Localizada na porção noroeste da foflu, temi relação espacial com a unidade complexo Pium e

possui um garimpo de ouro em aluvião do igarapé Tucum(bacia do rio Cateté). Possui, também, várias estações comregistras de ouro cm ixmcentrado de bateia, que parecemrelacionar-se à porção de um complexo granolftico comforte assinatura magnética. Us indícios de mineralizaçãorelacionam-se a um feixe de zonas de cisalhamento dispos-to cm trend E-W, com potencialidade para mineralizaçõesprimárias filonianas de ouro.

Ana VII - Situada na porção noroeste da serra dos Ca-rajás, essa área baseia-se em informações não-ofidais acercade existência de um depósito de ouro latcrítico, daDOCEGEO, na área do igarapé Bahia, às proximidades demmerauzações sulfetadas de cobre. Essas mineranzaçces pa-recem associar-se com porções l "ti«-tilarvy«Ha< com par-ticipação de rochas metavulrânicas (formação Parauapebas) eformações ferríferas hanrlarlas (formação Carajás), cm contex-to de metassafimentos (formação Águas Claras). Tais porções

devem refletir a geometria desenvolvida em função da atuaçãode zonas de cisalbamento.

1A2 Ferro

Área VIII - Compreende a mina de ferro N4, além dediversas jazidas (NI, N2, \ 3 , N5, N8) e várias ocorrênciassituadas na serra Norte, bem como a jazida SI 1 c inúmerasocorrências de ferro distribuídas ao longo da serra SuL

Toda essa ampla dispersão de volumosas concentraçõesde minério dt ferro provem de formações ferríferas ban-dadas, que compõem a formação Carajás, do grupo Gráo-Pará.

Na mina, o minério é classificado como do tipo bematitaf riável, predominante dentro das formações ferrfferas, e dotipo bematita compacta, que ocorre e u corpos maciços,discordantes dentro da massa geral de bematita friávelAmbos os Mpos apresentam varied? des nos aspectosestrutural e texturaL

A geometria dos corpos de minério resulta de um com-plexo controle estrutural que, provavelmente, influenciaaté mesmo no tipo de minério quanto ao seu aspectoqualitativo. Isso relaciona-se intimamente às bandas, zonasou faixas que se submeteram a maior ou menor taxa dedeformação, quando da atuação dos processos de cisa-lhamento, o qual se projeta em todas as escalas.

Em análise microscópica a hjz refletida, de seção polidado minério de ferro maciço do Carajás, observou-se oprocesso de transformação da magoetiu para bematita(martitízaçáo), através de orna textura de substituiçãoorientada segundo os planos de "fraturas" e de divagens,assim como a partir das bordas dos cristais de magnetha.

Eaqu auto a importância dos processos metamôrficos etectonostraturais no aspecto genético do minério de ferrode Carajás carece de maiores estudos, é generalizada a

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114 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasfl

aceitação do importante papei dos processos supergênicosoo enriquecimento do minério, o que teria ocorrido a partirdo Cretáceo.

7.4.3 Manganês

Area IX - Comporta a mina de manganês do Azul, aqual se relaciona à seqüência pelítica da formação ÁguasClaras, do grupo Gráo-Parà.

SegundoCosta(1989,adaptadode ValarcllietaL, 1978),a seqüência pelítica que contém os protominérios demanganês apresenta, da base para o topo, a seguintecomposição mineralógjca, em ordem de abundância:

- jaspelito ferrífero: quartzo, hematita, caolinita, clorita,ilita e rodocrosita;

- zona de transição: quartzo, caolinita, clorita,rodocrosita, ilita e pinta;

- calcário manganesífero: »odocrosita, quartzo, pinta,caolinita e ilita;

- pelitos silte-argilosos redutores: quartzo, caolinita,pinta, ilita, clorita e rodocrosita;

- marga manganesffera: rodocrosita, quartzo, caolinita,ilita, clorita;

- siltitos argilosos: quartzo, caolinita, ilita, rodocrosita.O minério é do tipo latcrítico e os minerais-

minérios compõem-se de óxi-bidróxidos de manganês,principalmente criptomelana, pirolusita, litioforita,todorokita, nsutita e birnessita. A ganga compõe-sepredominantemente de goetita, caolinita, gibsita ematéria orgânica.

Conforme Costa (op. cit; adaptado de Bemardelli, 1988),o perfil laterítko mineralizado do Azul exibe sobre sütito comhidróxido de manganês a seqüência: minério granulado(saprolítico) e minério pelítico (laterítico). Na parte superiordo perfil, a seqüência do tipo minério apresenta: lateritomanganesífero em piaquetas e blocos, laterito manganesíferobrechóide c laterito manganesffero pisoiflico com matriz ar-gilosa. Esse minério da porção superior, que se concentra emdepósito superficial, provavelmente corresponde àacumulação de materiais provenientes do desmantelamentodo próprio perfil latcrítico, mesmoque este seja caracterizadocomo um perTd imaturo.

Segundo a classificação de Silva (1988), o minérioapresenta os seguintes teores em Mn: pelitomanganesífero - 20 a 30%; minério granulado(clctrolítico) - 43%; blocos manganesíferos - 48 a58%; piaquetas manganesíferas - 40 a 50%; brechamanganesífera - com teor variável (até 50%); episólitos manganesíferos (que não é minério) - 14 a18% (após lavagem).

Esse autor informa que a área mineralízada apresenta-se, em superfície, alongada para WNW, com 4J00m deextensão r 50 a 300m de largura. Sugere, ainda, que aformação Carajás e as rochas vulcânicas máfícas, com0,36% Mn e 0,56% Mo, respectivamente, teabam tido a

fonte do manganês do AzulPotencialidade para concentrações nunganesfferas

podem ser investigadas a partir da identificação de outrossítios de ocorrência da litofácies metalotecto da formaçãoÁguas Claras, principalmente nas porções mais próximasàs áreas de exposição da seqüência mctavulcâoica daformação Parauapebas.

7.4.4 Níquel

Área X - Corresponde à jazida de níquel do Vermel-ho e ao depósito de níquel do Puma (serra Arqueada),derivados de rochas serpentinizadas, pertencentes acomplexos básico-ultrabásicos de posiçãocronostratigráfica ainda duvidosa, porém comaparente controle estrutrural. Os corpos com as-sinatura geofísica e trend estrutural similar (NE-SW),que ocorrem na folha trabalhada, sugerem pos-sibilidades para mineralizações de natureza semel-hante.

O minério desses jazimentos é do tipo latcrítico, soba forma silicatada c oxidada. O níquel (com Co ou Cu)concentra-se, preferencialmente, no horizonte argilosodo perfil laterítico, principalmente na base (zonapálida), associado às serpentinas na parte mais basal eas esmectitas, imediatamente acima. Secundariamente,concentra-se na parte superior desse mesmo horizonte(zona mosqueada), na estrutura da goetita, também comCo e Cu. No horizonte ferruginoso (topo do perfil), Ni(Co) e Cu ainda se fixam na goetita e hematita, porémem menores proporções.

Tal fato é observado na jazida do Vermelho, quan-do Bernardelli & Alves (1988) apresentam adistribuição mineralógica e os respectivos teores deníquel no perfil laterítico, desenvolvido sobre serpen-tinito com 0,2 a 0,4% Ni: serpentinito saprolitizado(com serpentina c magnetita) e saprólito grosso (es-mectita, clorita e magnetita), com teores médios de2,0% Ni, e saprólito ferruginoso (goetita, hematita ecaolinita), com teor médio de 1,2% Ni. Essa seqüênciado perfil, que corresponde ao horizonte argiloso, érecoberta por "latcrito" (horizonte ferruginoso) comteores de 0,5 a 1,0% Ni.

Nota-se, portanto, a ausência do horizontelaterítico aluminoso, normalmente ausente noslateritos de rochas ultrabásicas, assim como iden-tifica-se o perfil laterítico do Vermelho como do tipoimaturo.

IAS Alumínio

Ána XI - Depósito de baurita do platô N5, desenvol-vido sobre rocha* metavulcánicas tísicas da formaçãoParauapebas. Trata-se de um extenso platò laterfiico

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SB.22.ZrA (Serra dos Carajás) 115

7.5pequena porçio de sua extremidade norte.

Segundo Arves(1968),operf3esquemático do depósito,da base para o topo, é em «wtese: material argiloso(alteraçio de rocha máfica), laterito ferruginoso ecamada bauxftica. A bauxita 6 terrosa, friável, fer-ruginosa, amarelo-castanha, com os seguintes teoresmédios: AI2O3 . 34,9%, S1O2 - 1,7%, Fe2O3 - 25% eTiCh-3.9%.

O depósito não possui cobertura estéril e o minériodispensa qualquer tipo de beneficiamento mecânico.Porém,oteordecarbonoorginico(l^% média no perfil)tem imbkio a produção de alumina.

Com base no panorama metalogenético-previsiona] dafolha serra dos Carajás sáo indicadas, através de jus-tificativas geológicas e netalogenéticas, áreas prioritáriaspara execução do mapeamento geológico e prospecçâogeoquimka na escala 1:100.000, no bojo de Ações Gover-namentais (figura 11.7.2).

Esse programa de semidetalhe visa fundamental-mente a um avanço na cartografia das unidades, umalocalização mais precisa de possíveis armadilhasestruturais, assim como um estudo geoqufmico maisdetalhado dos metalotectos.

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116 Prosam LewnUmeiUot Geológicos Básicos do Brasil

WOO' S6.22-Z-A«•«ft

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RESERVA INDÍGENACATE TÉ

w»1 IVsi°acf S0°30' 49»30'

AREAS PRIORITÁRIAS PARA MAPEAMENTO GEOLÓGICO E PROSPECÇAO GEOOUÍMlCANA ESCALA 1:100 000

JUSTIFICATIVASFOLHA SB 22-Z-A-lll

GEOLÓGICA - Prwança da «aqüéneia metavulcanossadimantar, ípo graanatoita-ban (grupo R» Novo). Sistamaa da cfealha-manto diractonais, tnvolvendo complexo Xingu, gnaiasa Estrala • as supracrusiao dos grupos Rio Novo a Grào-Pari. Ocorramtambém granltos anorogénicos.

METALOGENETICO-PREVISIONAL - Prasança da ganmpos da ouro. ocorranoa aê cobra a estações anômara Ag. Contém áraas pravisionalmania possivais a potanoais para minaralizaçoas da ouro

principalmanta pa-

FOLHA S8 22-ZA-V- a VIGEOLÓGICA - Prasança significativa da saou*ncia metavulcanossadimantar, tipo gra«n*ton«-oart (grupo Sapucaia). Usturacao «c-tAn«a antra granolitoi Pum/granitóidas Xngu/supracrustais Sapucaia,granito astratóída Plaqut. Ocorram ainda corpos máfico-ultra-máficos a granüos anoroginicos. Famas da zonas da cisanamenio am domínios imbricaao a diracional localizado, propiciando «nasda dilatacfto associadas- «

METALOQENÊTlCO-PREVISIONAL - Prasança da garimpo» da ouro. ocorrência da cobra a zonas a/ou astaçoas anômalas princi-psimant* para Ag. At a Cu: além da anomalias aaromagnéiicas sugestivas da mvéstigaçda*. Contém in** pravisionaunama pos-sivais apátanciais para minaralizaçõés dé ouro

AREA PREVISlONAL PROVÁVEL (JAZIDA)

AREA PREVISlONAL POSSÍVEL(GARIMPO E/OU OCORRÊNCIA)

, - - - - . AREA PREVISlONAL POTENCIAL* - * ? , - (ÍNDIGO GEOOUlMICO E/OU GEOFiSCO)

te. A« ASSOCIAÇÃO GEOOUÍMlCA

CONVENÇÕES

ZONA GEOOUÍMlCA ANÔMALA

CORPO MAGNÉTICO TABULAR NAO-MODELADO

**) ANOMALIA RAOK3MÊTRICA

ntaJt

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SB22-ZrA (Serra dos Carajás) 117

Capítulo 8Geologia Econômica

porRaimundo Geraldo Nobre Mata

U Introdução

A grande importância ecooõmica da provínciamineral de Carajás levou o Governo Federal a criar oPrograma Grande Carajás, visando ao direcionamentode investimentos públicos e ao ordenamento daocupação da região de influência daquela província.Assim sendo, foi aprovado o Projeto Especial Mapas deRecursos Minerais, de Solos e de Vegetação para a Áreado Programa Grande Carajás, objetivando o for-necimento de informações básicas que permitam aexplotação racional dos recursos naturais e a ocupaçãoordenada de uma vasta região, principalmente ao longoda ferrovia.

A área da folha Serra dos Carajás, por conter dentrode seus Emites as minas de ferro e de manganês e grandeparte da província mineral de Carajás, teve a suaocupação e desenvolvimento socioeconômico fun-damentalmente ligados is atividades minerárías. Antesda descoberta dos depósitos de ferro, em 1967, erapraticamente desabitada. As atividades de pesquisas, eprincipalmente da implantação das minas de ferro cmanganês, viabilizaram a execução de todas as obras deinfra-estrutura básica para a região da terra dos Carajás,como a construção de estradas de rodagem asfaltadas, ede ferro, de redes de transmissão de energia elétrica, doaeroporto e doe núcleos populacionais, além depropiciar a criação de novos municípios, desmembradosde Marabá.

Atualmente, as minerações de ferro e manganês e agarímpagem de ouro constituem as mais importantesatividades econômicas da região, cujo valor bruto atingeo montante de US$693,000,000.00. Destes, o ferro £ obem mineral mais importante e destina-se principal-mente a exportação, o mesmo acontecendo com omanganês.

Níquel laterftíco, sulfetos de cobre e bauxita repre-sentam outros bens con importantes jazidas dentro dalòQu Serra dos Carajás. Além desses, foi cadastrada umapedreira que expiou graníto para produção de brita,para abastecimento do mercado local»

&2 Ferro

As ocorrências de ferro foram descobertas em 1967,sendo que as pesquisas foram iniciadas em 1969 econcluídas em 1972. As reservas de minério de ferro estãolocalizadas na porção norte da folha, na serra dos Carajás,e são estimadas em 18 bilhões de toneladas distribuídas emtrês grandes regiões, a saber serra Norte (jazidas NI a N9),serra Sul Qazidas SI a S45) e serra Leste (jazidas SL1 aSL3).

Baseado em informações divulgadas em publicaçõestécnicas da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD -Revista), o jazimento escolhido para o início da lavra,por motivos técnicos e econômicos e, também, devido àmelhor facilidade de acesso e localização do terminalferroviário, foi o corpo de minério denominado N4E,localizado na região de serra Norte. Com acesso pelarodovia PA-275, esse corpo de minério teve umapesquisa complementar no período de 1972 a 1979 e umaoutra etapa, de 1987 a 1988. A produção iniciou-se em1983 com a conclusão da primeira etapa do projeto, parauma capacidade de 15 rnübões de toneladas/ano. Emjulho de 1986 foi concluída a segunda etapa, que atingiu25 milhões de toneladas/ano.

O corpo de minério N4E encontra-se estratigrartea-mente na formação Carajás, do grupo Grão-Pará. A espes-sura é da ordem de 200m, com uma extensão deaproximadamente 4,2km e uma largura média de 300m. Areserva medida Iavrável é de 1,2 bilhões de toneladas, comteor de 66% Fe.

A lavra é feita a céu aberto em bancadas de 15m dealtura; para sua preparação, foram removidas cerca de 12milhões de toneladas de canga, que possui um abo teor defósforo impedindo teu aproveitamento.

O minério encontrado no corpo N4E é do tipofematftíco. O sinter-feed é o principal produto, correspon-dendo a 90% da produção, enquanto o minério granuladocorresponde a 10%.

A produção do sinter-feed i destoada quase que ex-chtatvamente ao mercado externo, enquanto o granulado éprinápalmeate absorvido no mercado interno por usinasprodutoras de ferro-gusa.

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118 Geológicos Básicos do Brasil

O bcneficiamento do minério, cm decorrência do senalto teor in nmtum, não requer nenhum tratamentoespecifico, alem de uma simples redução à granuloraetríaespecificada em sucessivas operações de britagem,peneiramento, moagem e classificação.

A usina-püoto é computadorizada, controlando osprocessos e parâmetros operacionais, a fim de viabilizaralterações rápidas e precisas no beneficiamento dominério. A produção da usina é oscüatóría, dependendodas condições do mercado mundiaL A vida otü da jazidaN4E 6 estimada em 35 anos.

O escoamento da produção 6 feito através da estrada deferro Carajás, com uma extensão de 890km, ligando a serrados Carajás ao terminal marítimo de Ponta da Madeira, emSão Luís do Maranhão. O percurso ida e volta, computandoo tempo de carga e descarga, é realizado em tomo de 52horas, transportando cerca de 15.680t em 160 vagões.

Foi investido em pesquisa, infra-estrutura, núcleoshabitacionais e implantação da n*™» um total aproximadode cerca de 3,9 bilhões de dólares.

A mão-de-obra utilizada nesse empreendimento giraem torso de 6.000 pessoas, com cerca de 80% recrutadasna região do Programa Grande Carajás, através deconvênios desenvolvidos com os SENAFs regionais euniversidades federais do Pará e do Maranhão. Osconvênios visam à formação de pessoal especializado, comestágios na operação do sistema Sul da CVRD, cujo ob-jetivo é o de formar uma nova geração de alta capacitaçãono norte do país. O restante da mão-de-obra é provenientede contratos com empresas empreiteiras nacionais eestrangeiras, que recrutaram os seus empregadosespecializados e de chefias em suas regiões de origem.

Segundo o Relatório Anual de Lavra da CVRD, no anode 1988 foram produzidas cerca de 26 milhões de toneladasde minério granulado. Do total produzido aproximada-mente 90% foram para o mercado externo e 10% para ointerno. A receita do mercado interno somou a importânciade Cr$1.075.1fW,00 para o minério sinter-feed, com umpreço médio de CrS2,18 por tonelada, e de Cr$449Jll,00para o tipo granulado, com um preço médio por toneladadeCrSl/70.

As exportações totalizaram US$375,076,000.00 deminério sinier-feed e US$30,128,000.00 de granulado, compreços médios por tonelada de US$1439 e US$17,64,respectivamente, incluindo o transporte.

No mercado exten-o, os pafses que compraram foram:Japão, Alemanha Ocidental, Estados Unidos, Coréia doSul, Itália, Polônia, França, Filipinas, Inglaterra, Espanha,Tchecoslováquia, Luxemburgo, luguslávia, Áustria, ChinaNacionalista, Turquia c Argentina. No Brasil, a produçãofoi negociada com as seguintes indústrias: COS1PA (SP),PINDARÉ (MA), COSIPAR (SA), USIBA (BA),SIMARA (MA), SIDERÚRGICA VIENA (MA) e FER-GUSA(MA).

O 1UM escolhido em 1988 totalizou um montanteaproximado de Cr$2.689.000,00.

A previsão para o ano de 1989 6 produzir 33 milhões detoneladas, sendo 30 milhões de minério sinurfeed e orestante de granulado.

83 Manganês

Esse bem mineral foi descoberto peb CVRD em 1971,durante os trabalhos de pesquisa complementares para aimplantação do programa para minério de ferro.

As áreas foram requeridas em nome da AmazôniaMineração - AMZA, e localizam-se na porção norte dafolha, na serra dos Carajás, na bada hidrográfica do igarapéAzul, tributário pela margem direita do rio Itacaiúnas.

Segundo publicações técnicas da CVRD, os trabalhosde pesquisa foram desenvolvidos em duas fases no períodode 1971 a 1975, com custos de USS75Q£00.00. Esses traba-lhos resultaram numa reserva de 65 milbões de toneladas,sendo 53,5 milhões de toneladas de minério metalúrgico

para fins eletroUticos.Essa mina, com lavra a céu aberto, em bancas de 4m,

tem acesso rodoviário pela PA-275 e possui característicasespeciais, devido à extrema economicidade de exploraçãoc escoamento, pois utiliza integralmente a infra-estruturado Projeto Ferra A reserva total é de 65 milhões detoneladas, com teor de 35%.

O minério de manganês encontrado nos tiposmetalúrgico, eletrohtico e químico faz parte da formaçãoÁguas Claras, do grupo Grão-Pará. A atividade deprodução foi iniciada em dezembro de 1985.

O minério metalúrgico é a todorokíta, produzido sob aforma de granulado, bholado e sinter-feed, com teor médiode 45%, sendo comercializado em iguais proporções parauso nas fábricas de ferro-hgas à base de manganês e comaplicação final na fabricação do aço.

O minério eletrolftico denominado mc-Minita é o maisrico e nobre da jazida, com teores de MnO2 superiores a75%; ele é praticamente comercializado no mercado inter-no na produção de pilhas eletrolíticas. Atualmente, aindustria de pilhas absorve 46% do minério de manganêsno mundo.

O minério químico com teor de 51% é aplicado basica-mente na indústria de insumos para soMagem, defensivosagrícolas, hidrometalurgia do zinco e urânio, cerâmica efertilizantes.

A capacidade nominal da planta industrial é de 1 milhãode tolenadas de minério por ano.

O processo de beneficiamento abrange basicamentecinco operações, a saber: cominuição, scrubagem,peneiramento a úmido, classificação gravimétríca edesaguamento. A usina é operada por 24 homens traba-lhando em regime de três turnos em 24 horas/dia.

O escoamento da produção se dá através da estrada deferro Carajás, no percurso ser» dos CarajásAerminalmarítimo da Posta da Madeira.

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SB.22-Z-A (Serra dos Carajás) 119

CoQfaraeoRcIatórioAnaaldcLwradaCVRD.aUv»de minério bento ao ano de 1968 foi de aproximadamente9000001, sendo TJJJOOt de minério eletrônico e 827.00*de metalúrgico. Desse lotai, de acordo com a necessidadedo mercado, foram beneficiadas cerca de 50.000t dedetrolâico e 615.0001 de metalúrgico, totalizando 665D00tde minério beneficiado.

A venda no mercado interno totalizou a importância deCr$418.292,00 para o minério eletrolíÜco, com um preçomédio de CrS53,10 por tonelada, e de CrSl.452.153,00 parao minério tipo metalúrgico, com um preço médio portonelada de Cr$15,14.

No mercado externo, as vendas somaramUS$2,105,213.00 de minério eletrolftico e USS9.985.3O5.0Ode metalúrgico, com preços médios por tonelada deUS$168,84 e US$37,36, respectivamente, incluindo otransporte.

No mercado interno, os principais compradores deminério metalúrgico foram; Elctrosidcnirgia Brasileira —SIBRA. Sociedade Mineria de Mineração, CompanhiaCmKntoPortlandMaring^ProdutosMetalúrgicnsSA. -PROMETAL, Companhia Paulista de Ferro e Ligas eCompanhia Siderúrgica Paulista. Do minério efetroütico,foi a Evcredy do Brasil Indústria e Comércio Lida.

A exportação totalizou cerca de ZTOJXXk, divididasentre os seguintes países: Japão, Estados Unidos, França,Alemanha Ocidental, Argentina. Colômbia e Inglaterra.

01UM recolhido no ano de 1988 totalizou aproximada-mente Cr$210.000,00.

A previsão de produção para 1969 é de aproximada-mente 690.0001, sendo 64D00t de minério ektrolftico.

M Oaro

Durante os trabalhos na folha Serra dos Carajáscadastraram-se cerca de quatro dezenas de garimpos deouro primário e secundário, wjp1*1* deles já abandonadosou em declínio de produção. Além dos garimpos, aDOCEGEO e a MULTIPLJC possuem áreas de pesquisapara esse bem, sendo que a primeira já conchihi os traba-lhos e entregou relatório ao DNPM,

a) Igarapé Bahia

A DOCEGEO iniciou o projeto direcionado parametais básicos» porém, a partir de 1986, realizou-se umareavaliação das anomalias gcoquünicas e geoQsícas, quan-do a empresa concluiu que o projeto deveria serredirecionado para a pesquisa de ouro.

Aáreasitua-senabacíadoigarapéBaliia,tributáríopela c) Atividade gsrimp• M M < **>rita do fio ItafaÜTf 9t, ky?****?íta m porção NWda serra dos Carajás.

A DOCEGEO apresentou o relatório Gnal de pesquisaao DNPM, o qual se encontra em fase de aprovação,quando da elaboração deste texto explicativo. Contudo, aempresa já acelerava os trabalhos, com o objetivo de deta-lhar o jaznnento paia iuíâo da lavra. Esse detalhamentodeveria acrescer de modo considerável as reservas deminério, devido à grande potencialidade da área.

De um modo acelerado, encontrava-se também em fasede implantação as atividades de lavra e benefíciamento,com início previsto para dezembro/89, quando seriaconcluída a montagem de uma planta-piloto comcapacidade para tratamento de 120t de minério/dia, geran-do 15kg de ouro/mês.

A previsão de capacidade de tratamento da usina debenefidamento é de 3.000t de minério/dia, com geração deSOOkg de ouro/mês, devendo entrar cm produção a partirde 1992.

O beneCdamento do 4pm*rio deverá ser através detratamento químico pelo método de Ibdviaçáo. Para isso, aempresa aproveitará o know-how adquirido na mina dafazenda Brasileiro, na Bahia, já em produção.

O investimento total do empreendimento gira em tornode 112 milhões de dólares, incluindo a construção de umacesso terrestre figando o manganês do Azul até o Bahia euma linha de transmissão de 63km.

b) Fazenda Lagoa da Mata (Diadema)

Desde o a w de 1984 a MULTIPUC Mineração SA.(ref. 97) vem pesquisando em áreas da fazenda Lagoa daMata, na PA-279, distando cerca de 35km de Xinguara, nosigarapés Cocai e Muriçoca, afluentes pela margem esquer-da do rio Parauapcbas, na porção sul da folha Serra dosCarajás.

Segundo informações obtidas no DNPM/Belém, ostrabalhos de pesquisa constaram de mapeamento regional,na escala 1:45.000, geoquünica de sedimento de corrente econcentrado de bateia, pedogeoquunica, abertura detrincheiras, sondagem exploratória e geofísica(gamaespectrometna, polarização induzida e mag-netometria), sendo gastos no ano de 1988 cerca de US$1,8milhões.

Até 1988, não tinham sido realizados trabalhos decubagem; o projeto encontra-se em fase de análise dosdados obtidos na pesquisa, para determinação de alvosmais promissores, a fim de ser feita uma avaliação daviabilidade econômica.

A mineralização é primária e secundária, sendo que aprimeira está relacionada aos lástos do grupo Sapucaia

Com base em consulta ao DNPM/Belém, esta pesquisarevelou uma expectativa de reserva em torno de 16.000.0001de minério, onde deverão estar contida* 84,4t de omro.

Esse segmento da mineração, em função de coo-dfckmamettto* mais ou menos favoráveis, caracteriza^tanto pelo rápido estabelecimento de núcleospopulacionais, evdnindo as vezes para vilas (Sossego, serra

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120 Program* Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Dourada, Sequeiro do Felix, serra Verde) e até cidades(CurionÓpolis), como por aglomerações efêmeras tipoComanxim, Laranjeirae Água Azul que passam em seguidaao abandono, como no VP-12, grota do Curió e outros.

Tentando apresentá-los em uma ordem aproximada deimportância (população x produção), são eles descritos aseguir:

- Garimpos da região de Curionópoüs (refs. 64 e 76):constituídos por um total de 12 frentes, sendo 11 de ouroaluvionar e uma de primário, localizam-se no extremo-NEda folha. Calcula-se uma população garimpeira superior a6.000 pessoas, com uma produção mensal estimada de 90kge teor médio de 0,29g/m .

- Garimpo da serra Verde e arredores (ref. 2): localiza-se na PA-275, aproximadamente 12^km de CurionÓpolisem direção à Parauapebas, no setor NE da folha. Amineralização é primária, tem exploração subterrânea, cn*quanto a secundária é lavrada com auxílio de"chupadeiras". A população que trabalha nessas frentes éavaliada em 3.000 pessoas; a produção mensal é estimadaem 45kg a partir de um teor médio de 0,26g/in3.

- Garimpo Canadá (ref. 98): localizado na porçãocentral da folha, na bacia do rio Parauapebas, a 67km deXinguara, sendo 18km pela PA-279 e 49km por estradavicinal. O garimpo é a céu aberto, com mineralizaçãoprimária e desmonte hidráulico. A produção mensalalcança 4,5kg, com teor médio de 0,512g/m3 e umapopulação de aproximadamente 1300 pessoas, restandocerca de 40% de áreas virgens.

- Garimpo do igarapé Sossego (ref. 58): exploraçãosubterrânea de ouro primário, localizado no igarapé Sos-sego, afluente pela margem esquerda do rio Parauapebas,a sul da serra dos Carajás, com uma população aproximadade 800 pessoas. A produção mensal estimada é de 4,8km,com um teor médio de 0,36g/m3.

- Garimpo do Abelha (ref. 91): localizado no extremo-SW da folha, a 32km de Ourilândia, sendo 14km para lestena PA-279 c 18km para sul, através de estrada vicinal. Comuma população aproximada de 600 pessoas, apresenta 60%de áreas virgens e 40% de áreas garimpadas, chegando aalcançar até 8,5km de produção mensal de ouro aluvionare coluvíonar, com um teor médio de 0,23g/m3.

- Garimpo do igarapé Rio Novo (refs. 12 a 14,62,63e 77 a 81): localizado na porção NE da folha, na bacia doigarapé Rio Novo, tributário pela margem direita do rioParauapebas, com exploração de ouro aluvionar através de"chupadeiras", em nove frentes de trabalho. A populaçãogarimpeira atinge 500 pessoas, o teor médio é de 0,2Ig/m3

e a produção mensal estimada é de cerca de 4,7g.- Garimpo Seque rodo Félix(ref. 86): com exploração

de ouro primário e secundário, a céu aberto, no interflúviodos rios Verde c Parauapebas. A população aproximada éde 300 pessoas, com uma produção mensal estimada de5,3kg e teor médio de 0,26g, m3.

- Garimpo da antiga fazenda Musa (refs. 4 a 6):constituído por três frentes, sendo todas com exploração

aluvionar através de "ebupadeiras". Localiza-se na porçãoSE da folha, nas cabeceiras do igarapé Sapucaia, tributáriopela margem esquerda do rio Araguaia. A produção men-sal estimada é de 4,2ig. com teor médio de Q,19g/m3 e umapopulação aproximada de 250 pessoas.

- Garimpo do igarapí Água Fria (refs. 7,16 e 17): comquatro frentes em exploração de ouro aluvionar, localiza-senas cabeceiras e curso médio da bacia do igarapé, no setorSE da folha. A população fica em torno de 150 pessoas, comuma produção mensal estimada em 3,5kg c teor médio de0,18g/m3.

- Garimpo do igarapé Itaboca (refs. 104 a 107):constituído por quatro frentes de trabalho em ahjvião,distribuídas na bacia do igarapé, tributário pela margemesquerda do rio Verde. A população gira em torno de 150pessoas, com uma produção estimada de 2^kg e teor médio

3

- Garimpo da serra Dourada (refs. 83, 87 e 88):localizado na porção centro-leste da folha, no interflúviodos rios Parauapebas e Verde, com exploração a céu abertode ouro primário e secundário em três frentes de trabalho,contando com uma população de aproximadamente 100pessoas. A produção mensal estimada é de 2,4kg e o teormédio é de cerca de 0,21g/tn3.

- Garimpo Comanxim (refs. 93 e 94): localizado a 13kmda localidade de Água Azul pela PA-279, em direção aXinguara, em seguida por mais 6km para sul, por estradavicinal. O garimpo é a céu aberto, lavrando-se ouroprimário e secundário, com uma produção mensal del,60kg em duas frentes de trabalho. O teor médio é de0,045g/m3 e a população é estimada em cerca de 150 pes-soas.

- Garimpo do Racha Placa (ref. 59): mineralizaçãosecundária, aluvionar, localizado no alto curso do igarapéSossego. Registrou-se uma população de 80 pessoas, comuma produção mensal estimada em 1,5kg c teor médio de0,18g/m3.

- Garimpo da bacia do rio Verde (refs. 82 e 108): noalto curso do rio, afluente pela margem direita doParauapebas, com explotação de ouro coluvionar ealuvionar. A produção mensal estimada é de 1,7kg, o teormédio chega a 0,17g/ro3 e a população alcança 70 pessoas.

- Garimpo do km 52 da PA-275 (ref. 60): loralfrado naporção NE da folha, com explotação de ouro aluvionar epopulação aproximada de 70 pessoas. A produção mensalestimada é de 1,5kg e um teor médio de 0,172g/m3.

- Garimpo do igarapé Piranha (ref. 103): localizado naporção NE da folha, em seu alto curso, tributário pelamargem esquerda do igarapé Surubim, com mineralizaçãosecundária em aluviáo. A população é de aproximada-mente 60 pessoas e o teor médio chega a 0,28g/m3,produzindo mensalmente, em média, 1,90kg.

- Garimpo da fazenda Campos Altos (ref. 92): garimpode ouro aluvionar, na grota Mamona, situado a 7,5km deÁgua Azul oa PA-279 em direção a Tucuma, e depoisaproximadamente 3km por estrada vicínaL Apresenta um

Page 129: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SB22-Z.A (Serra dos Carajás) 121

í teor médio de 0,18g/m3e uma produção mensal de 1,20kg, %S Nfand" para uma população estimada em 50 pessoas.

- Garimpo do igarapé Caju (ref. 101): localizado nascabeceiras do igarapé, tributário pela margem esquerda dorio Vermelho, na porção NE da folha, com exploraçãoahmonar. Produz em média I2kg de ouro por mês, o teormédio é de 0,22g/m3; a população alcança 50 pessoas.

. Garimpodo igarapé Piranha (ref. 102): localizado nascabeceiras do igarapé Piranha na porção NE da folha. Emexploração ahivionar, há produção mensal da ordem de

- Garimpo da fazenda São Luís (refs. 84 e 85): situadoem um igarapé, tributário pela margem direita do rioParauapebas, na porção centro-leste da folha, em duasCrentes de trabalho em sedimentos aluvionaics. Não foipossível conseguir dados de produção, porém estima-seque a população chega a alcançar 40 pessoas.

- Garimpo do igarapé Surubim (ret 15): com umapopulação aproximada de 40 pessoas, produz mensalmentecerca de 1,3kg de ouro atovionar. Localiza-se no médiocurso do igarapé, tributário pela margem esquerda do rioVermelho, na porção NE da folha.

- Garimpo da fazenda Maurício (ref. 61): situadotambém no km 52 da PA-275, conta com uma populaçãode 30 pessoas explorando a aluvião, com uma produçãomensal estimada de 0,80kg c teor médio de 0,171g/m3.

- Garimpo do igarapé Seringueira (ref. 96): localizadoem seu alto curso, tributário pela margem direita doigarapé Gotabão ou Canastrão, com atividades a céu abertoem mineralização secundária. A população alcança 35 pes-soas, teor médio de O^lg/m3 e uma produção mensal es-timada de 0,85kg.

- GarimpodafazendaLaranjeiras(ref.9S):locaIízadonaporção sul da folha, no interflúvio dos igarapés ÁguaAzul/Água Preta, a 7,5km da kxalidde de Água Azul pelaPA-279emdireçãoaXmguaixAnúieraIizaçáoésecundáriaahjvionar, com uma produção mensal estimada de OjSSkg, teormédio <fr 0,17g/tF*

- Garimpo do rio Tucum (ref. 57): exploração de ouroaluvionar, localizado no setor NW da folha, no alto cursodo rio, tributário pela margem esquerda do rio Itacaí unas,na reserva indígena doe Chicrins. Não foi possível se con-seguir dados de produção, por se tratar de uma atividadeefêmera, em função de maior ou menor ti^^Saa^n daFUNAI.

- GarímpodagrotadoCuri6(ref.76):localizadoemumavicinal da P/.-275, próximo a Curiooopofis, com exploraçãoahmonar, encontrandtMe atuahnente paralisada.

- Garimpo do igarapé Arara (ref. 89): afluente pelamargem direita do rio Parauapebas, localizado em seubaixo curso, com mineralização em aluviõet, Atuahnenteencontra-se paralisado.

- Garimpo da VP-12 (ref. 100): atualmente paralisado,localiza-se na bacia do rio Parauapebas, na vicinal principalnúmero 12 (VP-12) do projeto de colonização do antigorNOLVAinbeTalizaçaoéarimooar.

Através da interpretação de fotografias aéreas conven-cjoaaaeimageasradargraniétricas, foram cartografadas pelaequipe da AMZA áreas de possível ocorrência de rochasiibram4Kr*t N o mfc» de i974, realizou-se uma campanhaprospectiva com amostragem de solo, cujos resultadosanaKtimn revelaram valores anômalos de níquel, alcançandoem algumas amostras teores superiores a 1%.

Em junho de 1974, a AMZA requereu 10.000 ha da áreaconhecida pelo nome de Vermelho, e imediatamente in-iciou os trabalhos de pesquisa, que se estenderam até junhode 1976, quando o projeto foi desativado.

Essa área localiza-se a sul da serra dos Carajás, a cercade 20km a oeste da serra do Rabo, distando 15km damargem direita do rio Parauapebas. Atuahnente, o acessoé terrestre, utilizando-se uma estrada de fazendeiros até avila Sapucaia, na PA-150, situada a norte de Xinguara.

A partir de junho de 1980, já sob a responsabilidade daequipe da DOCEGEO, os trabalhos foram retomados como objetivo de fazer uma avaliação final e precisa sobre asreservas, características químicas e físicas do minério, in-clusive com estudos de viabilidade econômica. Essa etapaconsistiu de trabalhos de geoquímica de solos, objetivandodetectar áreas anômalas para abertura de poços depesquisa com amostragem em canal e furos de sonda.

Segundo informações do DNPM/Belém, esses trabalhosforam concluídos no final de 1982 e custaram cerca deCr$3O3587,00.

O depósito consiste de dois corpos básico-ultrabásicosdenominados VI e V2. Alinhados segundo NE-SW, elessão constituídos de gabro e metagabros, gabros noríticos,piroxenitos, serpentinttos e siiexitos originados deperidotitos e dunitos. Os perfis laterítico-niquelíferosapresentam dois tipos de minério, a saber: minériogarnierítico ou sificatado, com teores médios de 130% deNi, 21% de Fc2Oj e 2,7% de MgO, ocorrendo nas porçõesintermediárias e superiores.

As espessuras médias encontradas para o minérioforam: 6j69ta para o garnierítico e 10,14m para o limonítico.O capeamento estéril atinge a média de 4,63m e 3,90m,respectivamentre.

A reserva medida é de 21.960.000t, sendo 11.3500001 deminério garnierftico e 10.610.000t de limonftico, com teoresdcU2%Ni.

A reserva inferida alcança 15.565.000i, sendo 7.496.000»de garnierftico e 8.069.0001 de limonftico.

Como parâmetro restritivo foi convcncionadeiimc«l-<>flr

grade de lfi%paia o teor médio de ofqueL ! \Os ensaios tecnológicos mostraram que o minério

garnierítico apresenta maior favorabilidade para aprodução de figas de ferro-níqucl; contudo, o» estudo» deviabilidade econômica demonstraram que o minérioapresenta um baixo teor, o que inviabiliza o transporte. Aopçáo encontrada foi a implantação de uma ujinametalúrgica no local da jazida.

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122

A escala de produção do projeto está roarrbida imodulada de 163001 por aao de bgas de ferro-mquel, apartir de 275.0001 por aao demn of mar, com teor de ÍJB%de níquel, com processamento i base de cakmacáo-redução.

cone outras, duas opções possíveis: a primeira,mina/Parauapebas/estrada de ferro, e a segunda, mina/PA-150/Marabá.

O custo total de implantação do projeto foi calculado naordem de US$31 müboes, prevendo empregar cerca de 300pessoas.

Existem perspectivas bastante favoráveis de o projetoser viabilizado através de associação entre a CVRD e aFINSIDER, uma empresa italiana que já atua associadacom a CVRD em outro projeto.

o minério bruto que apresenta teoresas especificações para ser

produção deiAlém da excelente locaaiaçao cai relação ao 1

ferroviário, outros fatores como o baixo custo deimplantação, pois seria iitiürada toda a infra-estrutura doProjeto Ferro Carajás, a ausência de capeameoto estéril ea fadfidade de lavra favorecem o aproveitamento da jazida.

Então, doas alternativas podrm ser apresentadas. Aprimeva com a utilização do minério para alimentar

a TTE™"*** com a entrega do ran of none diretamente

doDNPM/Belém,nofinaldo A bamrita é predominantemente gjbsftica. adequada

16 Baaxita

Baseado em inforano de 1974 a analise de amostras de material argilososuperficial revelou a existência de banxka metalúrgica emum piatô que sucede a clareira N5 para norte, na serra dosCarajás. Em seguida, foram executados dois poços queindicaram uma espessura de 6,0 e 7,0m de material comcaracterísticas químicas aparentemente favoráveis.

A área então requerida abrange um total de 10.000 hahectares e dista cerca de 2JSkm do terminal da estrada deferro Carajás.

Os trabalhos de pesquisa foram iniciados pela AMZAem 1974, sendo retomados em 1979 pela equipe daDOCEGEO e concluídos em 19S3, apresentando um custototal de CrS27.427.00.

O minério superficial (blanket) encontra-se na formaçãoParauapebas, do grupo Gráo-Pará, representando umacobertura laterftka como produto derivado de um proces-so de alteração de rochas ricas cm alumina e pobres emsilica (rochas basállicas).

A reserva medida é da ordem de 48,9 milhões detoneladas de bainha metalúrgica, com uma vida útil es-

a ALUMAR, utífizando o transporte ferroviário.O custo da produção pan um afvd estabelecido de

20QJ00TPAdcahmmavaria,tcgundoacompleiidadrdominério, de USS90D0 a US$125.00 por tonelada.

O prazo para a implantação da asma é de quatro anos,e demandaria investimentos globais da ordem de USS216

para produção de alumina, porém o teor é baixo (31%de alumina aproveitável), além do que, nos testes deamenability, o teor médio de carbono orgânico no perfillaterftíco alcança 1,5%, o que inibe a produção dealuminas nas diferentes fases do processo debeneficiamento.

Em decorrência de tal fato, a CVRD pensa em fazeruma blendagem dessa bamdta com a do deposito deTíracambu (MA), pois as duas se completam mineralogica-mente. No entanto, esse projeto encontra-se em vias demvibialtzaçáo por questões ambientais relacionadas aoNúcleo Habitacional de Serra Norte.

•77 Brita

Esse bem é produzido pela C3MCOP visando ao abas-tecimento interno, através do Convênio CVRO/CIMCOP,na usina localizada nogranitodenoaunado Central, situadona porção central da serra dos Carajás.

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PartemCONSIDERAÇÕES FINAIS

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SR22-ZrA (Sem dos Carajá») 125

Capítulo 1Conclusões

PorOrlando José Barras de Araújo, João Batista Frotas Andrade,RaymundoJosé PorteBa Brim e José Maria Azevedo Carvalho

O caráter muhidisáplmar do mapeamento contribua02T3USI SMDllJCtVtlVO 3VSDCO DO ffltfCTMIIIIIC frfO Q9CVOQIÇ8O

e arranjo geométrico do cenário geológico da folha Serrados Carajás. Ainda assim, Umitações intrínsecas a escala detrabalho devem ser consideradas.

A folha Serra dos Carajás situa-se no contexto dearticulação dos blocos crustais Aragnacema, Belém ePorangatu.

Incorpora em seus limites frações de várias provínciasgeotectônkas, tais como: o terreno granho-gmnftun* dosul do Pará, as cinturões Itacaiúnas e Araguaia. ProdutosHtostruturais mais jovens, relacionados ao ProterozóicoMédio, são também encontrados na área estudada emesparsas e localizadas ocorrências, assim comomanifestações básicas de idade mesozóka e coberturasfanerozóicas.

O terreno granito-gremwcw do sul do Pará, de idadearqueana, encontra-se precariamente exposto na porçãoSWda folha. A ek relaciona-se o par gramtóide/supracrus-tal representado pela unidade Rio Maria e pelo grupoTacumã.

O cinturão Itacaiúnas, também de idade arqueana, en-volvc mais de 80% da folha trabalhada. É conseqüência doretrabalhamento de um regime tectônico compressívooblíquo, e é representado por dois domínios estruturaisdistintos, situados nas porções centro-sul e cenlro-norteda área investigada.

A porção centro-sul é caracterizada por um marcantedomínio ünbrícado, e nele são envolvidos, em generalizadalentícularização, gnaisses diversos relacionados ao com-plexo Xingu, granolitos do complexo Pium, granilosestratóides associados a unidade Plaque e supracrustaíspertencentes ao grupo Sapucaia. Tais unidades mostram-se dispostas num trend WNW-ESE, são contornadas porfeixes anostomótícos de zonas de dsalhamento e mergu-lham sistematicamente para S e SW. As lineaçóes mineraisanalisadas inlrgradamente com ot indicadores cinemáticosindicam movimentação de massas rochosas, essencial-mente de SW para NE. Essa feição de generalizada

iiraçárt t^tAnira * tn»m torrada «n vário» form,pelo levantamento geoqufmico como pelos mapasacrogeofísicos.

O domínio centro-norte 6 representado pelos sistemastranscorrentes «j»»»«f>y« *ffMMn?na<fiw serra dos Carajás eCinzento. O primeiro, durante uma fase transtensivaabrigou, em ampla bacia, componentes vulcânicos(formação Parauapebas), formações ferrfferas (formaçãoCarajás) e sedimentos (formação Águas Claras) quecons tkuem o grupo Grão-Pará. Estes, numa fase transpre»siva, foram metamorGzadcs, kntkularizados e imbricados,divergentemente, com mergulhos para N e S, nas bordas Se N, respectivamente, segundo o arranjo geométrico deuma estrutura em flor positiva, que envolveu tambémGtótipos do complexo Xingu e do gnaisse Estrela. O segun-do sistema transcorrente é representado no extremo-NEda folha apenas pela sua porção terminal, exibindo osprodutos metavulcanossedimentares e formaçõesferríferas do grupo Rio Novo, controlados por zonas derisalhamento mergulhando para S, SW e SE, desenhandouma estrutura tipo "rabo-de-cavalo", que define ageometria assimétrica de uma bemiflor positiva.

O cinturão Araguaia, de evolução proterozóica inferior,apresenta-se em discreta faixa de exposição, no extremo-SE da folha mapeada. Exibe cinemálica compressivaoblíqua e postura estrutural submeridiana, • elerelaáonando-se oc anquímetamorfitos sediment ares dogrupo Tocantins (formação Couto Magalhães).

As unidades rochosas mais seguramente associadas aoregime finntrialnv™"' distensivo do Proterozóico Médiosão representadas, fundamentalmente, por uma suíteanorogenica que engloba corpos granfticot intrusivos, co-nhecidos anteriormente na literatura geológica comoSeringa, Central ou Carajás e Cigano. A amostragem dis-persa em batóüto de grande expressão areai corno aqueleda serra da Seringa, apresentou problemas para melhordeterminação de idade isotópíca, sugerindo que nessesptótons maiores é previsível a existência de varias fades ounúcleos de pulsação magnética, impedindo um satisfatórioalinhamento isocrõnico. Manifestações vulcânica» máüca»e oltramáfícas levantam hoje um questionamento

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126 Program* Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

cronológico, tendo em vista os aspectos dcformaríonnnnelas agora identificados. Padrões de fraturamento NE-SW e NW-SE são entendidos, a princípio, como ligados àtectônica proterozóka.

Corpos básicos admitidos como de idade mesozóicadispõem-se de forma longilfnen, num trend NE-SW e, su-bordinadamente, com orientação NW-SE.

Coberturas terdárias são apenas cartografáveis quandoconstituem os platôs bauxtticos da serra Norte, do mesmomodo que aquelas de idade quaternária, ainda que ligadasàs drenagens principais, são de difícil visualização emapeamento na escala deste trabalho.

12 Geofísica

A geofísica, através da interpretação qualitativa demapas aeromagnéticos e aerorradiométricos, forneceuinformações relacionadas a contatos litológicos, feiçõesestruturais e mctalogcoia.

A análise de feições marcantes, como os lineamentosdas iv fjwâmifg» juntamente com a disposição dos eixosdas anomalias, contribuiu bastante na caracterização defraturamentos e/ou zonas de dsalhamcnto, mega e raeso-feiçóes estruturais. Três principais sistemas de lineamentosforam identificados nas direções NW-SE, NE-SW e E-W,sendo que os dois primeiros mostram evidências de seremmais recentes. Expressões magnéticas e radiométricas in-dicaram a presença de corpos alongados máficos, ultra-máGcos e félsicos, exibindo um padrão anostomosado, facea efeitos compressionais nas direções NE e SW. Do mesmomodo, a megaestruturação da sigmóíde que engloba a serrados Carajás, relacionada a um sistema transcorrentesinistrai, é bem registrada em mapas acrogeofisicos.

A utilização da radiometria foi de fundamentalimportância na caracterização de corpos anorogénicos decomposição granítica, separando-os por faixas de radiação,formas e dimensões, abrindo espaço para estudos com-parativos quanto às suas origens, idades e afinidadesmetalogenéticas. No granito da serra da Seringa, observou-te no seu interior variações de radioelementos a indicarporções granfiJcas potásskas e sódicas. Indícios semelhan-tes se observam nas porções central e sul da folha, onde,respectivamente, ocorrem granitóides da unidade Plaquejuntamente com rochas gnáissico-migmatfticas, compredominância de feUspato potássico, e rochas gnáistico*sódicas do complexo Xingu.

A identificação de domínios geoffeicos por caracterís-ticas maçn*túf% contribuiu na defkiiçao de diversos con-tatos litológicos, como do gnaisse Estrela, corpos básicose uhrabásicos, formações ferríferas, frações máfícas euhramáfka* de gpeenswne-belu, zonas de fratnramentoecom preenchimento de rochas ferromagnesianas egraao&tos básicos. Convém ressaltar que sem todos o*contatos marcado» pela magnetometriaiao florantet, facei detecção do método a corpos subafloraate*.

De modo geral, os resultados obtidos pela interpretaçãodos mapas aerogeofísicos foram compatíveis com os es-tudos litostruturais desenvolvidos, significando expressivocomplemento para o entendimento da geologia da folha.

13 Geoquünica

Os dados gerados pelo levantamento geoqutmicoregional permitiram:

1. Avaliar que a mistura de litótipos nas baciasamostradas dificilmente individualizados mesmo no con-texto de uma única população-arvo - que é representativade um determinado conjunto genético de rochas - as-sociada às inevitáveis falhas na densidade de amostragem,proporcionaram associações gcoquímicas multielemen-tares e complexas dificultando a resolução geoquímicadesses litótipos. Apesar dessas limitações, a sistemática deamostragem e análises adotadas revelaram informaçõesmetalogenéticas importantes para a escala de trabalhoproposta com maior ou menor precisão, em função damaior ou menor complexidade geológica locaL Essasinformações são confiáveis desde quando os testes devariabilidade dos dados analíticos revelaram índices per-feitamente toleráveis (abaixo de 38%) para dezoito dosdezenove elementos selecionados para a interpretação.

2. Delimitar quatro amplas zonas geoquímicasimportantes onde, após a integração de dados analíticosgeoqutmicos com informações advindas da cartografiageológica e da interpretação dos dados aerogeofísicos, foipossível assinalar trechos (subzonas) prioritários comvocação tnetalogenética diferenciada:

a) A subzona I2-A, na faixa de contato do granito daserra da Seringa com o terreno ffaaiio-ffeenstone-beltpreservado. Nessa subzona destacam-se: uma área a oesteonde restos de seqüências máfíco-ultramáficas mostram-seanômalos para Cu, Co, Cr e Ni; uma área a leste nasimediações de uma possível estrutura circular não muitoexpressiva na imagem de radar, com valores significativosparaestanho.

b) Todas as cinco subzonas da zona D, nas quais pintasde ouro foram detectadas na maioria das amostras deconcentrado de minerais pesados, embora abranjamlitótipos geneticamente diversificados como rochasmetamórficas do complexo Pium, granitóides potátsicos daunidade Plaque, rochas metavulcánicas da formaçãoParauapebas, formações ferríferas da formação Carajás egoaisie* migmatítko* do complexo Xingu. Possivelmente,a essa heterogeneidade de litótipos corresponda aobservada variação de associações geoquímicas queacompanha a consistente presença de ouro ao longo dessazona e também conduza à possibilidade de um variadopotencial metalogenético.

c) Todas at 4vn infrw^f da 7ffin ML prinfípfl *1"*1**por estarem geograficamente corrciacJonadat at frentes deexploração mineral da DOCEGEO (alvos do Projeto

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SB.22-Z-A (Serra dos Carajá») 127

Carajás), assim como devido i presença degarimpos cadastrados no canto NE da folha.

d) A porção central da zona IV, onde valoreselevadfuimosdeouroepraUacsodadosateoresanômak»de arsênio, cobre, cobalto, níquel e cromo foramdetectados em rochas mctavulcanicas máüco-ultramáncasdo grupo Sapucaia.

3. Selecionar diversas amostras anômalas, as quais,apesar de serem isoladas e dispersas na área investigada,mostram-se como feições metalogcnetkamentc importan-tes. Os exemplos mais evidentes são:

a) A presença de ouro visível em amostras coletadas emdrenagens que Quem sobre rochas do complexo Xingo.

b) Os teores elevados e fortemente contrastantes deestanho (entre l i e l.lOOppm), detectados em amostras de

cujas bacias abrangem ocorrências lenticulariTadas dosgranitos estratôides Plaque na zona de cisaihamento quecorta a parte central da folha.

4. Corrreladonar a localização das amostras com ourovisível da região ceotro-kste à intensa atividade garimpeiracadastrada nesse trecho da folha.

5. Observar que muitas das amostras coletadas naregião noroeste, nas proximidades das cabeceiras dos riosCateté e Itacaiúnas, contem ouro visível, um indicativo dealto potencial aurífero dessa área da folha. No entanto, aatividade garimpeira ainda não se instalou na região, porse tratar de área de reserva indígena.

6. Perceber que inúmeros garimpos de ourocadastrados na região não se correladonam com as zonasanômalas para ouro detectadas durante o levantamentoporque evitou-se amostragem em áreas sabidamente"contaminadas" pela atividade garimpeira.

IÂ Mctalogenin

A mineralização aurífera mostra uma distribuiçãoregionalizada em função de diversos controles litoiógico-tectonostruturais observados na área trabalhada.

A carta metalogenético-previsional espelha esse quadroe, adicionalmente, mostra o ouro em associaçõesgeoquímicas aparentemente bem-definidas, refletindo anatureza litoambienta) à qual se associam, tais como: Au-Ag, nas frações dominantemente metauliramáficas dasunidades Sapucaia e Rio Novo; Au-Cu-Co, no contexto demetamáficas; e Au-Cu-As, no domínio das metaféisícas,ambos os casos nas vulcânicas da unidade Parauapebas(porções centro-leste c noroeste da serra Sul, respectiva-mente).

A visualização panorâmica dos diferentes « fe ios eminerauzaçoes aurfferas registradas denuncia um fortecontrole tectonostrutural, envolvendo zonas de dsa-Ihamento relacionadas aos domínios imbricado edirecional do cinturão Itacaiunas, onde a maiorfavonbwdade de jazimento exige a presença de uma rochaparental, com reconhecido potencial aurífero, como assupracrustab dos grupos Sapucaia, Tucumi e Rio Nova

Alguns indícios de xüneralizações, aparentementeincompatíveis com o aspecto titoambiental cartografado,naturahnente resultam de um processo de nústuraçãot^ftftnin envolvendo diferentes tipos biológicos.

A presença de ouro sobre terrenos granohticos, cujonível de investigação não permitiu fazer uma correlaçiocom o substrato litologjco, provavefanente relaciona-se azonas de cisaihamento, com retrometamorfismo e

qOs corpos de minério de ferro do Carajás apresentam-se

sob complexo controle estrutural; o tipo de minério, sejasob o aspecto físico (compacto ou friável) ou sob o aspectoquímico (elementos desfavoráveis a qualidade do minério)relaciona-se \nt"n;\m*itíf a atividade tectonics desenvol-vida, a qual projeta-se em todas as escalas.

O minério de manganês do Azul resultou daconcentração, em perfil laterítico, derivada de pefitosmanganesíferos (protominéríos) pertencentes a umaseqüência pelítica da formação Águas Claras.

O minério de níquel do Vermelho e do Puma é do tiposilicatado e oxidado, desenvolvido no horizonte argiloso doperfil laterítico, sobre serpentinitos de complexos máfico-oltramáfícos, de posição cronostratigráfica ainda duvidosa,porém com aparente controle estrutural

O minério de alumínio do platô N5 provém do processode laterização de rochas metavulcanicas máficas daformação Parauapebas.

Indícios geoquünicos para estanho sugerem relaçõescom granitos da unidade Plaque (sem potencial expres-sivo). Porém, carecem de investigações possíveisrelacionamentos com pequenos corpos graníticosanorogênicos, de afinidade estanffera, não-mapeados.

A ocorrência de amianto f"-»—*? ao corpo de rochaultramáfíca, no contexto do grupo Sapucaia, assim como aocorrência aluvionar de cromita, no domínio da formaçãoParauapebas, carecem de investigações mais espcdGca*.

A cana metalogcoétjco-previsiooal, resultante do sig-nificativo avanço no conhecimento geológico c dasmmfraftwftpf até então conhecidas no âmbito da folhaSerra dos Carajás, fornece claramente importantesinformações a prospecçáo de jazúneotos de determinado»bens minerais.

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S&22-Z-A (Sena dos Carajás) 129

Capítulo 2Recomendações

PorOrimdo José Banos de Araújo, João Batista Frotas Andrade,RaymundoJasi Pontua Brim «José Maria Azevedo CanaDio

2.1 Geologia

O map ato geológico da folha Serra dos Carajásdeve ser considerado e analisado dentro dos makes daescala em que foi executado, respeitando-se os objetivospropostos.

Para melhor entender e df ***»?* a passagem do cinturãoItacaiunaspaiaoterrenogranito-^reiuiaRrdosuldoPará,ocorreate na porção SW da folha, recomenda-se aexecução de mapeamento integrado geologico-geo&ico, anível de semidetaihe, na escala 1:100.000.

No contexto do cinturão Itaraiunas e, mais precisa-mente, no domínio imbricado, algumas unidades fcn-ticolarízadas sem grande expressão, mas de provávelpotencialidade «w tai gfnftifa, como "restos" do grupoSapucaia,somente poderão ser melhor identificadasccar-tografadas com um mapeamento em escala compatível,com indispensável apoio de mapas aerogeofisicos geradoscmgrid com espaçamento mínimo de 250m. Por outro lado,a melhor avaliação desses segmentos dependerá deprospecçáo geoquünica mais dirigida, a níveis de semi-detalhe e detalhe.

A mesma proposta é feita para o domínio dos sistemastranscorrentes, tanto no sistema serra dos Carajás como napequena porção do sistema Cinzento. Fm síntese, oavançona cartografia desses conjuntos, ~em especial nas soasIwç^maislcitíiailarinKlas.iódwráscrakaoçHiocom

ssse detalhamento ialocafizaçaomais precisa de importantes feições estruturais como zonasoo feixes de zonas de deformação concentrada, bem comoos py*"itt horizontes de transformações oo alterações

tos, investigados com matnr detalhamento geoqmmíco,poderio propiciar o sdedooamento de importantes alvospara pesquisa mineraL

Para as i sideradas de idade proterozóica,

poderão ser mais precisamente avaliados crooologica-mente a partir de um maior detalhamento no conhecimentodesnasfacjologias.

Quanto as coberturas unerozoicas, tanto de idadetercüria como quaternária, carecem de maior detalhe demapeamento, a fim de ser melhor definidas suas car-tografias e imflhfir ffflihróif ÍW suas potencialidades- Nascobcrtumlatcrfticas, poderão ser investigados os tipos deperfis desenvolvidos sobre cada unidade, bem como oshorizontes favoráveis à concentração de determinadosminerais. Quanto às coberturas quaternárias colúvio-eluvio-aluvionares, d? comprovada potencialidadeaurffera, nm estudo geomorfológk» poderá revelar impor-tantes relacionamentos paleomorfológicos, capazes deorientar e otimizar investigações minerais.

11 Gcofiska

A interpretação dos mapas aerogeofisicos da folhaSerra dos Carajá?, integrados com os dados geológicosrepresenta apenas parte de um trabalho a ser desenvolvidopela geofísica. Assim, tornam-se necessárias algumasftfomfwdafftft Que derivam desse estudo conjunto quevisa a explorar o assunto, de grande importância nosmapeamentos geológico» básicos:

1) procurar esgotar os trabalhos de processamento dedados aerogeofisicos magnéticos e radiométricos,buscando utilizar jrtfr 250* 250, que facilitem a detecçãode corpos de menores comprimentos de onda e o traçadodoe líneamentos para estudos de algumas feições

recomeada-te investigação isotópica nos conjuntos•áficos e ufcramáficot, nas quais agora ideatificanvse dis-cretos aspectos defonaacíoaait Para a suíte gramtica afinidades metalogcntticas.

2) Estender os trabalhos de interpretação para asfolhas vizinhas, com o objetivo de se estudar melhor asgrandes feições estruturais, muitas vezes apenaspSTfiahnfntf rrprftnwaifw *"* fo^"

3) Integrarc«mapasiao^omctricoiTh,Uera2aoU/rh<Mnda<tmpetroqunaicosepetrol6gicospara

»dos contatos fitolõgícos e

4) SckcíoaarssancfflsJía* de maior mteresse para um

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130 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

reconhecimento da geofísica terrestre, visando a umconhecimento mais acurado dos Btóüpos anômalos.

5) Fazer estados comparativos dos principaislineamentos associados às zonas de dsalhamento e falhascom informações geoquímicas para fins metalogenéticos.

6) Objetivando alcançar um melhor controle daarquitetura crustal da folha, bem como a comparação dasformas e relações geométricas das unidades em níveisprofundos, recomenda-se a execução de perfisgravimétricos, preferencialmente orientados segundo adireção NE-SW.

23 Geoqutmka

Os resultados dos trabalhos de geoquímica realizadosna área permitem sugerir ama série de investigações queconduzam a uma melhor resolução na aplicação daprospecção geoqufmica nesse tipo de panoramafíbioWgico e geológico. Tais investigações devem con-templar:

1. Amostragem adensada tanto de sedimento de cor-rente quando de concentrado de minerais pesados nassubzonas prioritárias e nas áreas de influência dos desta-ques gcoquímicos. Inclusive realizar amostragem de solosde encosta principalmente ao longo das drenagens sabida-mente anômalas. Esse adensamento provera dados paradelimitar, com maior precisão, áreas possivelmentemineralizadas onde seriam realizados trabalhos depesquisa mineral em detalhe

2. Análises dirigidas e específicas para avaliar apotencial existência de mineralizaçóes sulfetadas,auríferas, cromitíferas, cstaiuTeras e de terras-raras.

3. Análises selltícas seqüenciais para definir a posiçãopreferencial dos elementos-traço nos diversoscomponentes mineralógicos dos sedimentos, solos ecoberturas da região, o que por rerto facilitará a avaliaçãoe interpretação dos dados analíticos.

4. Estabelecimento de populações amostrais que levemem conta, com precisão, o grau de influência e/ou misturados litótipos da região, as quais serão submetidas atratamento estatístico uni- e mulüvariado para definir

parâmetros que assegurem e permitam trabalhos demodelamento e integração multidisdplinar.

2.4 Metalogenia

Tendo em vista que a folha Serra dos Carajás representaa execução pioneira, na escala 1:250.000, sob a novametodologia de trabalho do Programa LevantamentosGeológicos Básicos do Brasil - PLGB, fazem-senecessárias algumas recomendações que visam aaperfeiçoar a elaboração da carta metalogenético-previsionaL em futuros projetos:

- Que os cronogramas ffsico-fmanceiros contemplemconvenientemente a importante tarefa de cadastramentodos recursos minerais, em função do numero previsto e dacomplexidade das mineralizaçóes.

- Que durante o cadasTraTnto dos recursos ™wyrai*sejam obtidas informações fundamentais acerca damineralização estudada, principalmente sobre os seguintesaspectos: rocha encaixante e/ou hospedeira, morfologtados corpos mineralizados, extensão da mineralização, tiposde alterações, associações mineralogicas e teores dassubstâncias úteis.

- Que sejam agilizadas as etapas de análises e tratamen-to dos dados geoquímicos, o que possibilita areamostragem e/ou reanálise em estações ou zonasanômalas.

- Que as anomalias aeromagnéticas sugestivas dapresença de corpos de interesse metalogenético sejam alvode investigações de campo.

- Que a carta metaiogenético-previsional (preliminar)seja elaborada a medida do desenvolvimento dos trabalhosde campo, o que propiciará a busca de respostas paraquestões que normalmente surgem durante a evolução dosconhecimentos.

Finalmente, como recomendação para o "Planejamentode Ações Governamentais", sugere-se o mapeamentogeológico e prospecção geoquímica, na escala 1:100.000,das folhas SB22-Z-A-UI, V e VI, conforme indicado ejustificado em cartograma, sob o título "Cartograma paraPlanejamento de Ações Governamentais" (figura íl.12).

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SB22-Z-A (Serra dos Carajás) 131

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Page 143: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

APÊNDICES

Page 144: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SÚMULA DE DADOS DE PRODUÇÃO

1 - Mapeamento GcológR-o

Área estudada (km2) 18.150

Caminhamento GeológicoCarro(km) 1325Barco (km) 173Apé(km) 48*Afloramentos estudados 652Amostras coletadas 798

Ocorrências Minerais CadastradasConhecidas 56inéditas 55

Análises de RochaTcrras-raras 52Petrográficas 143Geoqufmicas por absorção atômica 20Espectrográfícassemíquantitativas 113Químicas (áridos maiores) 113Fluorescência de raios X 120Gcocronoiógicas 22

2 - Geoqoonica

AmostragemSedimento 401*Concentrado 225

Análises de SedimentoAbsorção atômica 254Expectrograíia de Emissão 2S4

Análises de Concentrado .Absorção atômica 123Espectrografia de emissão 254Mineralógica 145

3 - Geofitks Terrestre

Cíntilometria 205Susceptibilidadc magnética de rochas 138

* Das quais, 147 amostradas peb PGBC

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ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS

Page 146: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Hi2a

11.1.3

III- * ^ / ^ M

•-- 1 Canon

-ü v V

0.1.2b

Foto L1-1 - Visualização panorâmica da folha Serra dcs Carajás, ondase destacam os seus dois principais sistema* de remo. N»s porcdescentro-norte e sul-sudoesta, o pUnatto dissecado do sul do Para. e norestante da folha, a depressão periférica do sul do Para. Fòtt B.l.i (RN-98a) - Tonalito do complexo Xingu, foliado em estagio protomilonftico.Observam-se zonas müoníticas mais estreitas, identificadas por acen-tuado grau de cominutçao. Essas áreas sto freqüentes no» diversostipos KtoMgicos da unidade e &o alvos de processo de amaciamentona poQressao da deformação sob condiçâes dominantemente dúcteis.FotoeH.i^aen.1^b(RH-71d)- Afloramentos de metaultramafito dogrupo Sapucaia (fazenda Campos Altos), com característicaskomatiíticas e padrão textural spWfex, | com pstudomortos de olivinalaminar serpentinizados 9lou tremolita etoritizsdos em orientação algosubparalela. Igualmente, pseudomorfos tremoKticos a partir declinopiroxínios adduares fazem o arranjo textural observado mesos-coptcamente. Fotos IL1.3 (OA-«1d) e 11.1 (OA-205) - Granitóidesde ocorrência megalenticulanzada ou estratóide, componentes daunidade Plaque. As fotos mostram o caráter de forte anísotropia planarrepresentada por uma acentuada orientação preferencial de grlosminerais, partcularmeme as pelhetas de biotita e/ou muwovíta contor-nando ocetos felspáticos. A análise detalhada do arranio denuncia umafotiscèo milonitica. arquitetada em regime de cisalhamento dúcül,quando da instalação do cinturão Itecaíúnes. Nos afloramentos sãomostradas as fácies paralelas ao plano XZ do elipsóíde de deformaçãofinita.

11.1.4

Page 147: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

SM 'ÈÊÊè^àímJ

M.1.»

Foto 11.1.5 (OA-51d) - Afloramento da unidade Plaque, mostrando ocelos ou fenoclastos ae feldspato potássico manteado por ohgoclasio comcaracterísticas pseudo-rapakivíticas. O registro de um arraso textural e oe aparente padráo de isotropismo estrutural e conseqüência davisualização do afloramento em fác«s perpendicular à Imeaçào de estiramento O piano da foto e paralelo ao piano V2 do enpsoide ae

deformação finita. Foto 11.1.6 {fíU-216) - Observação mesoscópica em um espécime representativo da unidade Plaque com destaque para alineaçâo de estiramento representada pelo alongamento de aglomerados biotiticos. O plano da foto e paralelo ao piano da foliaçáo ou a seçáo X<<to elipsoide de deformação finita Escala. 8cm em largura. Foto II. 1.7 - imagem orbital mostranao vista parcial do maciço da serra aa Seringa

como componente da suíte intrusiva anoro-jênica do Proterozúico Médio. Observem-se cs limites e os contornos mtrusivos e discordantes domaciço, realçados por um padrão fotoiexturaí distintivo A colocação pús-cinernatica do maciço esta relacionada ao regime disiensivu que marcao Proieroióico Médio. Foto» 11.1 .Sa e 11.1.8b (OA-55) - O maciço granítico da serra da Seringa exibe uma constante homogeneidade textural.

mmeralógica e estrutural, isenta de efeitos deformacionais e metamórficos.

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ai ia

iptogiodasiotubordifi attiuam a asaambtéia mâiaraiFetomicrograHalL1.1a(RN-29) - Quartzo, ortodasio panftico a bdominanta qua caractariza o» aicalilaldspato-granitos do maciço da sana da Saringa. Obaarva-aa. amdastaqua. naporciocantraidaiato, criataida biotita da criatalizaçào tardia xanomórtica. a da localização intarsttcial. indicando uma invanao naordam óacriataíteaçao.

ILi.ib(OA-Oi) - AspactoparcMam»içtodato^da,rno«úandocri«taia«ancffl6f^i

)crtitais tardioa da laqunda garaçio. a indicando uma hwaraao na ordam da crtnalixaeao para oaoranitoidaadomaciçolniniahodaaanaoa

Sarinsa. Fotomlerograflaa fLi^a a IMJb<OA-01) - Atpacta parcial tm aaçlo dalgada,moairandoeriatai8 da nao-aJWta a bio«a Waraooal dacri«taiizaçao tardia, danunciando raaçoat da troca antta os faUspatoa a uma kwaraio na ordam da cnataizaçao.Arran|o mútuo doa grftoa

minarats, am padrão dominantamanta hipkltomórfioo granular, por c ^ ^QfaiW6idasimrusivo«Quacompoamob«tó«otJatafrao^SerinoAF^ (OrV-Mfe) - GranoMo ácido ratrornatamoiffzadoà fedas anlboMo>to,poralçamantotactonico*mraQimadacú«marr^^

de quartzo a faWâpato projetada no pteno XV do affpsoida é» daformaçao ffnfta. Essa Krwaçao Iam tendlndaàpoaluni frontal oom um pMehaproximado da 90". Foi© IL22(RM-315) - Gnajtsagranodiorfbco do compiaxo Xingu. VWa parcial da afloianianlorapraasntado por rnaonrto

bandado, consistimk» o> urna attamlncte ato^ rag lar da bamlas dominai

composictonal a astruturalmanta.

BHHHHaBHIH21 I.2J

Page 149: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

12.3

• GneJiee jreJiodhifiaxfMtowfBCO. pertawcanls*as eomptam Xingu. Observação paraWa aa planoYZ do eSpsoide da

. No mano. a dobra am "bainha- desenha umao\eujoetoésutp«rat«toe«neeç*odee«-

U 5 ( R N - $ 5 ) - Gfu«ssetonalilo<mitofAicopartaneenteaoeoffipt«xoXingu. Estrutura» extensionais. assimétricas, consistindo da boudtaeanfibotticos associados » um» matrg analítica, cuja assinatura é in-dicativa da movimentação sãmtreJ. A fofiacao interna é oblíqua afabrica planar axtema da roctta encaixanta. No topo. é marcante o con-trasta raotogico peto rigor do processo da boudinagem das camadasanfiboiiticas. fcmbaixo. propriedades aigo próximas de competências«o denunciadas por distintas zonas extensivas nas terminações dobloco pisctform*. elipsoidal. desenhando uma fofiaçao Mah indicativade movimentação sinistrai. Fotoa O2.«a a &2.SB (RH-S5) - Gnaisse

' tonalftieo em estagio mrionfbco do complexo Xingu, exibindoestruturas p u l apart assimétricas como indicadores cinemâticos emrocha altamente deformada em regime de osattiamento dúctil.Bowdhw e/Pu • « » • • , de material quattzofekhpatico semelhante emcomposição i matriz, mostram geometria a assimetria similar aos sis-tamas porfwocUsticos tipo delta. Observe-te que os boudtn» exibamuma foiiaçao interna em ato angulo à fabrica planar axtama da rochaencatxant* a qua a geometria de tuas caudas com a deflexào dafoiiaçao axtama sàd indicativas de um senado de movimentaçãosinistrai. Foto 1 2 . 7 (RN-31S) - Granitóide foliado do complexoXingu, exibindo conspicuas estruturas lineares e planares que carac-teritam a trama estrutural dos tectonrto» "SL*. A postura da Hneaçaoda estirarrtento, formada por aglomerados biotfcicos. é indicativa damovimantaclo cavatgante oMqu

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n.2.6 B.2.8»

S P * k-<.-

1129b 11.210

WBÈÊ&

• , .'• v í * * » J y r . .. •*•,,-* !.'i's«^ jf*;»1 * ^iTi-f"1-* -'•*r •"*

11.2.11

Foto 11.2.8 (OA-52b) - Granodiorito do complexo Xingu, transformado em tectonito "L" Feição estrutural milonítica ocasional com lineaçãopenetrativa e estiramento puro, indicando uma deformação CUJO elipsóide assume características de prolato. Foto 11.2.9a - Localidade de ÁguaAzul - morro da Telepará (PA-279) - (OA-17) - Epimetamorfitos ao grupo Sapucaia em contraste topográfico com as litologias do complexoXingu Esses segmentos lineanzados têm direçâo-geral EW. mergulhando para S. Foto 11.2.9b (OA-I7a) - Metassedimento do grupo Sapucaia,

ooservaco em afloramento no morro da Telepará (PA-279). Forte achatamento. estiramento e curvai tento dos mobilizados quartzosos e das fasesmine-ais filitosas materializam uma conspicua foliação milonitica com impressões do retrabalhamento em regime de cisalhamento dúctil. Foto

11.2.10 (0A-92d) > Gramtóides foliados pertencentes ao gnaisse Estrela. Nessas exposições sâo conspicuas as estruturas lineares e pianares. Emdestaaue a lineaçáo de paramento protelada no plano da foliação. cuio pitch «indicativo de cavalgamento oblíquo. A lineaçáo é r> presentada

pelo eatiramento de feidspatos que assumem forma de bastonetes alongados. Foto 11.2.11 - Focalizaçâo da serra dos Carajás, que representa ore'e'e-c:aí geográfico principal do grupo Grão Para Este compreende uma seqüência rnetavulcanosseJimentar epimeuniorfizada de idadearo.be ana cups processos mecimorficos e deformacionais estão intimamente relacionados ao sistema serra dos Carajíi3, dentro do regime

essivo do cmturào itacâiunas A observação dessa megafeiçáo. mesmo na escala da foto anterior, confirma os indicadores cinemáticos

Page 151: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

H.2.12*11.2.12b

n.2.13 11.2.14

Fotos 11.2. J2a e 11.2.12b - Garimpo do Sossego. Metavuicamtos ácidos do grupo Grão-Pará mineralizados a ouro e cobre. Os afloramentosmostram o caráter heterogêneo da deformação com geração de estruturas lenticularizadas e imbricadas, com zonas de máxima concentração dadeformação contornando frações maciças. Essas zonas mtioníticas representam sítios de remobilização • redeposição aurífera. alvos preferenciais

da atividade garimpeira. Fotos 11.2.13 e 11.2.14 (OA-92C, 92a) - Xisto máfico do grupo Grão-Pará. Exibe foliaçâo milonítica pronunciada,mostrando porfiroclastos de granada zonada (topo) e mobilizado quartzo», cujas assimetria» são indicadoras einemáticas de movimentação

sinistrai. FotofflicrografiM 11.3.1a e 11.3.1 b (OA-S1-LN - Aumento 12 X) - Detalhe do expressivo processo diaftorético de larga ocorrência nosgranolitos do complexo Pium. As fotos mostram, nos piriclasrtos. cristais relictos de ortopiroxénio parcialmente transformados a hornblenda ebiotita em facies anfibolito retrógrado, como reações de hidrataçao. A retrometamorfose generalizada está inter-relacionada ao processo de

cisaihamento dúctil, do regime compressivo do cinturão Itacaiúnas. responsável pelo alçamemo tectomeo das rochas granolíticas do complexoPium.

Page 152: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Lll.3.3a 11.3.3b

Fotomicrografias 11.3.2a e 11.3 2b (OA-43a-LP - Aumento 12 X) - Aspecto parcial do piriclasito do complexo Pium, mostrando altas taxas deoeformação em regime de cisaihamento dúctíl. atingindo estádio milonitico As fotos destacam cristais oceiares de quartzo (A) e plagioclásio (B)

e-isaiando configuração amendoada sigmoidaf em contraste com a matriz, em forte redução granulométrica associada a expressiva recristalizaçãodinâmica Fotomicroorafia» 11.3.3» e ll.3.3b (OA-Ua-LP - Aumento 12 X) - Na parte central das fotos, observa-se cristal de plagioclásioantipertitico. como um componente modal expressivo nos granolitos enderbtticos do complexo Pium. A antipertita, como uma fase mineral

reiiquiar proterógina, esta coronada por plagioclàsio. com ausência de mtercrescimento, pertencente a fàcies anfibolito retrógrado.Fotomicrografia 11.3.4 (OA-44-LP -Aumento 12 X) - Vista parcial de granolito do complexo Pium. com destaque para o cristal maior de

cfincpiroaêmo hospedando lameias ae onopiroxêmo em ex-soiuçao » nã posição de extinção. A associação Cpx-Opx evidencia característicasreacionais em desequilíbrio reirometamórfico Fotomicrografia 11.3.5 (OA-178-LP - Aumento 12 X) - Biotita relativamente (requente nos

granoiítos ácidos do complexo Pium. em intercrescimento símpiético com o quartzo e coronando grãos opacos, marcando a facies granolitoretrógrado.

Page 153: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Fotomlcroora1laeU^.6eelL3.6b(OA^99e-U>-Aumento 12 X) -Gnaiase do complexo Xingu, onde porfirodasto de feWspato fraturado

t rottcionado exibe deslocamento escalonado imerso em matriz dúctil.ccminuWa e racristalizada dinamicamente. O sentido do deslocamento

ao longo das microfraturas * oposto ao sentido do cisalhamento daracha, que e indicativo de movimentação sinistrai. Fotomicrografiaa

IL3.7a • IL3.7b (RN-11HJ> - Aumento 12 X) - Em gnaisse do com-plexo Xingu, aspecto em nível micro da lineacâo de estiramento. repre-

sentada por bastonetes pre-tectonicos de quartzo, ocasionalmentesegmentados e dilacerados, observados na seção paralela a XY do

elipsóide de deformação finita. Os bastonetes consistem de agregadospoiicnstaiinos oe quartzo em fáoes recupeiadas e,ou recfiàtaiizãdaà e

mostram efeitos deformacionais internos.

Page 154: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

ugrtM

r ^„ dii

pi m

- " • s

:.-".;V / -

1

13.8a

«3.9

Foiomterografta» H.3.Ba • 113.8b (OA-1S«b-A • Ofr-1Sab-B-LP -Aumento 12 X) - Em componente da unidade Raqut (A) • do com-plexo Pium (B). a deformação mostra características óticas dMintasnas zonas marginais e centrais dos grãos de quartzo. As arcas centraisou núcleos dos grios contem bandas de deformação: as areas deborda mostram grios e/ou subgraos configurando uma estrutura dotipo núcleo/manto. O núcleo se comportaria como um grão isolado,menos deformado, enquanto as bordas ou manto absorveriam ou con-centrariam a deformação, ocorrendo entre ambos um gradiente defor-macional. Fotomicrografia IL3.9 (RN-103) - Vista parcial demetassedimemo do grupo Sapucaia, mostrando tenodasto de quartzorcucicnadi com iar.íida da rr.c.irr.eaaçâa sinistrai, exündo i*zar;:a\-vidas sombras de pressão. Observado em seção paralela ao plano XZdo elipsóide de deformação finita. Folomlcrografla U.3.10 (RN-38) -Grãos elásticos de quartzo subgranulados. policristahnos. com acen-tuada recristalização dinâmica, circundados por agregadosmuscovíticos. evidenciando deformação polifásica nos metassedimen-tos do grupo Sapucaia.

Page 155: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

13.11 43 12

0.3.13 D.3.14

" 11

1.3.15 «3.10

Fetomterografia II.3.11 (RN-71d) - Alternância regular d» nivtit tremoliticos t cloritico» em metaultramafito texturado em padrão «pinrlexpertencente ao grupo Sapucaia. Fotomlcrografia 11.3.12 (OA-6M) - Cristal reliquiar de olivina, parcialmente transformada a minerais do grupo

da serpentina, em metaultramafito do grupo Sapucaia. Fotooitcrografia 11.3.13 (OA-112a) - Cristal de hornblenda verde passando a hornblenaamarrom, indicando transformações metamórficas e faciológicas freqüentemente observadaa noa granitoides da unidade Estrela. Foiomlcrografia

11.3.14 (OA-91) - Paragênesa dominada por microclina mesopertítica, quartzo, hornblenda e piagioclásio, denunciando geralmente umacomposição sieno a monzogranitica, para o* componentes litológicos da unidade Estrela. Fotomlercgrafla 11.3.1 S ( 0 A - 1 9 U / - Cristais de

microclina e plagiociásio isogranulares. intercalados com níveis de quartzo ribonado. com parcial recristalização dinâmica, em estágiodeformacional milonitico da unidade Raquè Fotomicrografia 11.3.16 (OA-161C) - Porliroclasto de microcüna de moderada a alta triclinicidade,

contrastando com a matriz commuída e recnstalizada smcínematicamente. em estágio deformacional milonitico, da unidade Plaque

Page 156: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil(período 1985 -1989)

. •»

Folhas em Execução

NA.19-X-CNA19-X-DNA.19-Y-BNA.19-Y-DNA.:3 2 ANA.19-Z-SNA19-Z-CNA.19-Z-DNA.20-XC-MNA.20-X-C-VISA19-V-BSA.19-X-ASA.19-XBSA.23-V-O/SA.23-Y-BSA23-X-C/SA.23-Z-ASA.23-ZCSB22-X-CSe.22-X-DSB.22-Y-BSB22-Z-BS3 22-Z-D

Rio Aiari'lauarete 'Pio !cana 'Cucui 'Rio Uaupès 'Pico da Neblina'Paredão 'Serra do Ajarani'

Rio Curicuriari'São Gabriel da Cachoeira 'Tunaçu/4

Pinheiro 4

Cururupu/ *São Luis 4

Rapecuru-Mirim *Serra Pelada 4

Marabá *São Félix do Xingu *Xambioá4

Araguaína 4

SC22-XBSB.23-V-ASB.24-V-D-VS8.24-Y-B-IISC ?2-X-ASC.22-ZCSC.24-X-D-VS0.21-Y-C-HSD.22-ZC-VISD.22-Z-D-IVS0.22-Z-0-VSD.23-Y-DSD-23-Z-D-IISD.23-Z-D-VSD.24-Y-B-VSD.24-Y-B-VISE.22-X-A-IIISE.22-X-A-VISE.22-X-B-ISE.22-X-B-IISE.22-X-B-IVSE^2-X-B-VSE^2-X-B-V1

Conceição do Araguaia *Rio Cajuapará *Mombaça'Catarina'Redenção *Xnguara *Arapiraca'Pontes e Lacerda 'Kaguaiu'Jaraguà'Pírenópolis'Buritis 2

Monte Azul3

Rio Pardo de Minas 3

Ibicaraí'Itabuna 1

Itaberai1

Nazário'Nerápolis'Anápolis 'Goiânia'Leopoldo Bulhões 1

Caraiba1

SE.23-V-BSE.24-Y-C-VSE.24-Y-C-V1SF.23-X-B-ISF.23-X-0-ISF.24-V-A-IISF.24-V-A-IIISF.24-V-A-VSF.24-V-A-V1SG.22-X-C-III.4SG.22-X-C-VL2SG22-X-D-I.1SG.22-X-D-I.3SG.22-X-D-I.4SG.22-X-0-IV.1SG.22-X-D-IV.2SG.22-X-D-IV.3SG.22-Z-D-I.2/SG.22-Z-D-II.1SG.22-Z-0-V

SH.22-Y-A-I.4

SãoRomâo2

Baixo Guandu 'Colatina1

Mariana'Rio Pomba1

Atonso CrauaiO'Domingos Martins'Cachoeira rtapemirim'Piuma'Campo Largo 7

Contenda 7

Rio Branco do Sul 7

Curitiba7

Piraquara 7

Araucária 7

São José dos Pinhais 7

Mandirituba 7

Botuvera/1

Brusque1

Rorianópolis1

Santa Mana3

Passo do Salsinho'Piratini'

Folhas Concluídas

NB.20-Z-B-VNB.2O-Z-B-VINB.20-Z-0-IINB.2O-Z-D-IHNB.2O-Z-D-VNB-2OZ-D-\/lNB.21-Y-A-IVNB21-Y-C-INB.21-Y-C-IVSA.22-Y-DSA.23-Y-0SB22-Z-ASB.23-V-BSB23-V-CSB.24-X-B/DS8.24-Z-B-IISB.24-Z-8-VS824-Z-CSB.24-Z-C-VIS8.24-Z-OIVSB.^V-C88.25-V-C-IVS8.2».Y-C-V

Rio Quino 'i

Vila Pereira'Rio Viruquim '

AJtamira4

Santa Inés *Serra dos Carajás 4

Vrtorino FreireVrtorino Freireiinptirauiz 4

Areia Branca/Mossoró 2

Currais Novos 3

Jardim do Sendo 3

Serra Talhada2

Afogados da Ingazeira'Monteiro'Natal2MonteiNatal2

João CâmaraLimoeiro'

SC.2OV-B-VSC.2O-V-C-VSC.20-V-C-V1SC20-V-D-ISC24-V-A-IIISC.24-V-A-V1SC.24-V-B-IVSC24-V-C-IIISC.24-V-D

SC.24-X-C-V1SC.24-Y-BSC.2+Y-B-VISC24-Y-C

SC.24-Z-A-IISC.24-Z-A-IIISC.25-V-A-IISD.21-Z-ASO.21-Z-CS0.22-X-DSD.22-Z-B

Impressas

Porto Velho 'Abunà1

Mutumparaná'Jaciparaná 'Santa Filomena'Riacho do Caboclo'Cristália 'Petrolina'Uauà2

Itamotinga'Santa Brigida'PiranhasSenhor do Bonfim 2

Euclides da Cunha 3

Jacobina 2

Serrinha 2

Jeremoabo'Carira'Vitoria de Sto. Antão'Rosário do Oeste 2

Cuiabá2

Porangatu 2

Uruaçu 2

SD.22-Z-CSD.22-Z-DSD23-X-BSD.23-X-DSD.23-Y-CSD.23-Z-D-IVSD.24-V-A-IISD.24.V-A-VSD.24-V-CSD.24-V-C-IIS0.24-Y-ASE.22-V-BSE.22-X-A

SE.22-X-DSE.23-Z-BSE.23-Z-CSE.23-Z0SF.23-V-D-V.4SF.23-X-B-IISF.23-X-B-IVSF.23-X-C-IIISF23-X-C-IV

Ceres2

Goianésia 3

Ibotirama2

Bom Jesus da Lapa 2

Brasilia 2

Janaúba3

Utinga 'Lençóis1

Livramento do Brumado 2

Mucugê'Vitória da Conquista z

Iporá2

S. Luís de Montes Belos 2

Gefania 2

Morrinhos 2

Guanhâes7

Belo Horizonte 2

Ipatinga 2

São Gonçalo <io Sapucaí'Ponte Nova'Rio Espera'Barbacena1

Lima Duarte'

88.24-Y-C-V Patos'SB 24-Y-C-VI Si.-nõe»'S3 24-Z-D-l Patos'SB.24-Z-D-II Juazeirinho'

SC.24-V-A-IISC.24-V-A-IVSC.24-V-A-VSC.24-Y-D-II

Em editoração

Paulistana'Barra do Bonito'Afrànío 'Gavião1

SC.24-Y-Ü-IV Mundo NovoSC.24-Y-D-V Pintadas'SC24-Y-avi Serrinha'

' Levantamento Geológico/Geoquímico/Vtetalogenético na escala 1:250.000. 1100 000. 1:50.000: 2 Mapas Metalogenético* e de Previsão deRecursos Minerais escala 1:250000: 3 Mapas de Previsão de Recursos Hídricos Subterrâneos escala 1:100 000: * Projeto Especial Mapas deRecursos Minerais, de Solos e de Vegetação para a Area do Programa Grande Carajás • Suòprojeto Recursos Minerais: * Levantamentogeológico visando ao meio-ambíenle; "Levantamentos aerogeofísicos; ' Integração geologico/geoquímíca de regiões metropolitanas

Page 157: serra dos carajás folha sb.22-za -estado do pará

wmmmm

NA20-X-B/NA21-V-A

.NA20-X-DNA20-Z-8NB-20-Z-BeNB.21-Z-A/NBsa-z-aNB.21-Y-C

| "NA.21-Z-B1 NA22-V-B/

NB£2-Y-DNA22-V-D

„ NA£2-Y-A•• NA22-Y-B

NA22-Y-DSA2I-X-BSA£4-Y<ASA24-Y-8S&24-Y-CSA24-Y-OSA24-Z-CMfk M W p

SB£2-X-0SB4Z-ZAS&24-V-ASBS4-V-BSB-24-V-CSE24-V-DSB.24-X-AS&24-X-CSB.24-Y-ASB54-Y-8S8-24-Y-CSB24-Y-DSB.24-Z-ASB44-Z-B

sa»Y-ASa25-Y-CSC20-V-CSC20V-DSC.20-Y-8SO20-Y-0SC20-ZASC.20-Z-8SC.2O-Z-CSG2D-Z-DSC.21Z-BSC22-X-0

, &C22-ZB' SC22-Z-D

SC23XO8G23.Y-CSC.23-Z-B

f SC^J-Z-0SCJM-V-A

: SC.24-V-B

GEOBeOTWUCTA

AFLOPETfl

Uriracoera3

Conceição do Maú 3

Boa Vista2

Caracaraí2

Monte Roraima 2

Vila Surumu/:

Rio Maú2

Rio Citar*3

Rio Oiapoque 2

Cabo Orange2

Lourenço2

Serra do Tumucumaque 2

RioAraguari2

Macapá2

HoMaicuru2

Parnaiba2

Acarau2

Granja2

Sobra)2

Fortaleza3

Marabá3

RfoParaopebaa3

Piripiri3

Quixadá2

Crateus2

QuotArarnubimAracati2

Morada Nova2

Valençado Piauí2

iguatu3

Picos2

Juazeiro do Norte 2

Souza2

Caioo3

Patos2

Cabedelo2

João Pessoa2

Abuni2

Ariquemes2

AttoJamari2

Serra dos Uopianes3

Rondônia2

Ho Branco3

Presidente MedieiPimenta Bueno 3

VNa Guarita2

Miracemado Norte2

Porto Nacional3

Gurupi2

Sio Raimundo Nonato2

NatMdade2

Xjque-Xique2

B U T * 3

Paulistana2

Salgueiro2

FoBiasConduidas

SC.24-X-BSC^4-X-CSC.24-X-DSC.24-Y-ASO24-Z-ASC.24-Z-B,'OSC.24-Z-CSC^5-V-ASCJ5-V-CSD20-V-BS0.20-X-AS0.20-X-BSD-20-X-CSDJO-X-0SD^1-Y-CSO^1-Y-DSD^2-X-ASO^2-X-BSO_22-X-CSO-22-Y-OSO.23-2-AOU>a**ain

SD.23-V-ASO-23-V-CSD-23-X-ASO^3-X-CSO-23-Y-ASD.23-Z-ASD^3-Z-BSO.24-V-ASD^4-V-BSO-24-V-D/SD.24-X-CSD^4-X-ASO-24-Y-8/SO^4-Z-ASO^4-Y-CSD.24-Y-D/SO^4-Z-CSE21-V-0-VSEJ1-Y-B-IISE^1-Y-B-I1ISE^J-V-ASe23-V-CSEJ3-V-DSE^3-X-ASE.23-X-BSEJ3-X-CSE^3-X-0SE^3-Y-ASE23-Y-BSEJ3-Y-CSE^3-Y-DScl23-Z-ASE24-V-CSE.24-Y-ASEJ4-Y-C

I

Floresta2

Garanhuns2Paulo Afonso2

Santana do Ipaiema 3

Mrangaba2

Jeremoabo2

Aracaju/tstãncia ;

Tobias Barreto 2

Recife2

Maceió2

Principe da Beira 3

Pedras Negras 2

Viihena2

Ina do Sossego2

PimenteirasMato Grosso2

Barra do Bugres 2

Araguaçu2

Alvorada2

Sio Miguel do AraguaiaBarra do Garças2

Mozarlftndia*Arraias3

Campos Belos3

BarreirasSanta Maria da Vitoria 2

Sio Joio d'AJianca2

Manga2

Guanambi3

Seabra3

Raberaba2

Jequié/2

Jaguaribe2

Salvador3

Bhéus/2

Itacaré2

Ho Pardo2

Bapetinga/2

Canavieiras2

Morrariadotnsua1

Lagoa de Mandiore1

Amolar1

Unaí2

Paracatu3

Joio Pinheiro3

Montes Claros 2

Araçuaí3

Pirapora2

Capelinha3

Patos de Minas 2

Três Marias2

Uberaba3

Bom Despacho2

Curvelo2

Teofito Otoni2

Governador Valadares 3

Cdatinaa

Memória Técnica

• Mapas d * serviço disponíveis para cópias heliográficas (•)

e Sistema de Informações Geológicas do Brasil - SIGA (*•)• Basta de Dados:

-Bibliografia

-Dascrlcáo de Afloramento- Análises Petrográficas

SIGEOSlSONDOTEPROJ

^"•^^^'^^^'^"^^^eesfle^^Me^^HB^BBe^BaBBBPjejBBBejSMejBDeí^^^^^Be^He^ej^pje^e^^^^^^*^^^^^^^^^^^^

2

SF21-V-B Baia Negra3

SF-21-X-A Miranda2

SF^3-V-A-U^ RtoSieLouransiiino7

SFÍ3-V-A-HL1 Rannawn7

SF23-V-A-III.2 Mangagua7

SF23-Y-A-V.4 Campmas7

SF.23-Y-A-VI.3 Valinhos'SF^3-Y-OII2 Indaiatuba7

SF-23-Y-C-II.4 Cabreúva 7

SF^3-YOIII.l Jundiaí7

SF.23-Y-C-IIU Atibaia7

SF_23-Y-C-lll.3 Santana do Pamalba7

SFÍ3-Y-C-HI.4 Guarulhos7

SFi3-Y-C-V^ Sio Roque7

SF^3-Y-C-V4 Juquitiba7

SF^3-Y-C-VI.1 Itapecencada Serra7

SF_23-Y-C-VI_2 Sio Paulo7

SF23-Y-C-V1.3 knbu-Guaçu7

SF^3-Y-C-\rt.4 KacnoGrande7

SF.23-Y-D-1.1 PfracaiaT

SF^3-Y-O-L2 Igvatá7

cp 9%-Y ÍV( *\ Hsmift/iiMM itliil~iti r

SF^3-Y-tK4 Santa Isabel7

SF^3-Y-CMI.3 JacanX7

SF.23-Y-TXV.1 Suzano (Maué)7

SF^3-Y-D-IV2 Mogi das Cruzes7

SF^3-Y-D-IV3 Santos7

SF.23-Y-D-IV.4 Bertioga7

SF^3-Y-O-V.t Salesópolis7

SF^3-Y-O-V^ Pico do Papagaio 7

SF^3-V-A France,3

SF^3-V-8 Fumas3

SF.23-V-C Ribeirão Preto 2

SF.23-V-0 Varginha2

SFJ3-X-A Dwmópolis2

SF^3-X-B Ponte Nova 2

SF^3-X-C Barbacena2

SFÍ3-X-D Juiz de Fora3

SF^3-Y-A Campinas3

SF.23-Y-B Guaratinguetá2

SF^3-Y-C Sio Paulo3

SF^3-Y-D Santos2

SG^2-X-A Telemaco Borba3

SG^2-X-B/ Itararé/3

SG-22-X-C Ponta Grossa 3

SG^2-X-D/ Curitiba/3

SG23-V-C Cananeia3

SG.23-V-A Iguape2

SG^2-Z-D Florianópolis3

SH.21-Z-D Bagé3

SK21-ZB Sio Gabriel3

SH.22-X-B Crictúme3

SHJ22-Y-D/ Pelotas/3

SH.22-Z-C M03tarda3

SI.22-V-A/ Jaguarâo/2

SI22-V-B Rio Grande2

llA^lítf"A« mtf 1*1uogicas etc \ j

- Projetos de Geologia. Geoquímica. Geofísica

- Acervo Bibliográfico da CPRM- Carteira de Projetos da CPRM

Locais de Acesso: O ONPM: Brasília e Distrito Regional: (**)Brasília e Distritos Regionais e CPPM Rio de Janeiro