Serviço e Disciplina de Clínica Médica Sessão Clínica ... · CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO...
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Serviço e Disciplina de Clínica Médica
Sessão Clínica
Auditório Honor de Lemos Sob
Organizador: Prof. Jomir Carlos PereiraRelatora: Drª. Lara Assed de Souza(R2)
Debatedora: Drª. Cinthya de Azevedo Buchaul (R1
Serviço e Disciplina de Clínica Médica
Sessão Clínica – 17/09/2012
obral/Hospital Escola Álvaro Alvim
Organizador: Prof. Jomir Carlos PereiraRelatora: Drª. Lara Assed de Souza(R2)
Debatedora: Drª. Cinthya de Azevedo Buchaul (R1)
❖ Identificação: MAS, sexo masculino,Petrobras, natural da Bahia e residente
❖ Queixa Principal: “falta de ar”
❖ HDA: Paciente relata há 30dispnéia aos grandes esforçosesforços, impossibilitando-o deprocurou o ambulatório de cardiologiasua internação. Como não aceitouexames complementares e medicadoespironolactona e digoxina.espironolactona e digoxina.
❖ H.P.P.: Nega HAS, DMinternações prévias.
❖ H. Familiar: Nega história de
masculino, 26 anos, pardo, trabalha nresidente de Campos/RJ
ar”
30 dias um quadro de cansaçoesforços que evoluíram aos pequeno
trabalhar. Com este quadro clíniccardiologia do HEAA, sendo indicad
aceitou a internação foram solicitados omedicado com diurético, BRA, ACC
e outras comorbidades. Neg
HAS, DM e coronariopatias.
❖ Exame físico:
Lúcido, normocorado, apirético, anictérico,com fácies de sofrimento, jugulares
AR: taquipnéia, sem alteraçõesAR: taquipnéia, sem alterações
ACV: ictus visível e difuso, desviadosem frêmito,
RCR 4T B3 e B4, sopro sistólicoPA = 230x110mmHg FC
ABD: flácido, depressível, indolorABD: flácido, depressível, indolorprofunda, sem visceromegalias palpáveis,
MMII: sem edemas
anictérico, acianótico, hidratado,jugulares planas.
a palpação e ausculta.a palpação e ausculta.
desviado para esquerda, propulsivo,
sistólico difuso (pancardíaco)FC = 102bpm
indolor a palpação superficial eindolor a palpação superficial epalpáveis, peristalse presente.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS E
CONDUTA
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS E
CONDUTA
DISCUSSÃO
Dr.(ª) Cinthya Buchaul (R1)Dr.(ª) Cinthya Buchaul (R1)
DISCUSSÃO
Dr.(ª) Cinthya Buchaul (R1)Dr.(ª) Cinthya Buchaul (R1)
HISTÓRIA CLÍNICA (resumo)
Sexo masculino, 26 anos, pardo, trabalha na Petrobras, natural da Bahia e residente de Campos/RJ.
Q. P.: “falta de ar”
Há 30 dias cansaço e dispnéia aos gpara pequenos esforços, impossibilitandoambulatório de cardiologia, indicadainternação foram solicitados os examcom diurético, BRA, ACC, espironolactona e digoxina.
H.P.P.,H. Familiar e Social: n.d.n.
Exame Físico: Fácies de sofrimento, taquipnéia.ACV: ictus visível e difuso, desvia
frêmito, RCR 4T B3 e B4, sopro sistólico difuso (pancardíaco)
HISTÓRIA CLÍNICA (resumo)
Sexo masculino, 26 anos, pardo, trabalha na Petrobras, natural da
s grandes esforços com evolução para pequenos esforços, impossibilitando-o de trabalhar. Procurou o
da internação. Como não aceitou a ames complementares e medicado
com diurético, BRA, ACC, espironolactona e digoxina.
Exame Físico: Fácies de sofrimento, taquipnéia.viado para esquerda, propulsivo, sem
frêmito, RCR 4T B3 e B4, sopro sistólico difuso (pancardíaco)
HISTÓRIA CLÍNICA
Insuficiência Cardíaca?
HISTÓRIA CLÍNICA
CONDUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
Cardiomiopatia Dilatada DisCardíaca (acometimento miocárdico em 10 a 20% dos casos).
CONDUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
isfunção Cardíaca InsuficiênciaCardíaca (acometimento miocárdico em 10 a 20% dos casos).
CONDUÇÃO DA I
Exames complementares iniciais:
Hemograma completo + bioquímica + BNP (?)
CK, CKMB, Troponina
Radiografia de Tórax: aumento da área cardíaca. Pulmões: Redistribuição do desenho vascular, borramento hilar, infiltrado intersticial, Linhas B de Kerley, edema alveolar, derrame pleural.
ECG: Arritmias ventriculares, distúrbrepolarização ventricular, ondas Q.
ECO: Diâmetro e volume das câmarcontratilidade e relaxamento ventric
A INVESTIGAÇÃO
Exames complementares iniciais:
Hemograma completo + bioquímica + BNP (?)
Radiografia de Tórax: aumento da área cardíaca. Pulmões: Redistribuição do desenho vascular, borramento hilar, infiltrado intersticial, Linhas B de Kerley, edema alveolar, derrame pleural.
úrbios da condução, alteração da
aras. Espessura das paredes e sepricular, dinâmica das válvulas, funçã
Cardiomiopatia Dilatada:
CONDUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
Caracteriza-se por dilatação, geralmente
bi-ventricular, associada a maior ou menor
queda da função ventricular,
disfunção sistólica.
As quatro câmaras estão aumentadas, As quatro câmaras estão aumentadas,
havendo dilatação e hipertrofia,
alargamento dos anéis valvares
= sopros de regurgitação.
CONDUÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
se por dilatação, geralmente
ventricular, associada a maior ou menor
HIPÓTESES DIANÓSTICAS
Cardiomiopatia Chagásica:
A doença de Chagas é uma infecçãoA doença de Chagas é uma infecçãoTrypanosoma cruzi.
Focos principais da doença: Goiás (nordeste do estado)
Tocantins (sul do estado)
Piauí (sudeste do estado)
Bahia (regiões além do Rio São Bahia (regiões além do Rio São Francisco)
Rio
Primeira causa de IC nas áreas endêmicas e a 3ª no Brasil.
Forma cardíaca com disfunção ventricular
HIPÓTESES DIANÓSTICAS
Cardiomiopatia Chagásica:
ão por protozoários causada pelo ão por protozoários causada pelo
Focos principais da doença: Goiás (nordeste do estado)
Tocantins (sul do estado)
Piauí (sudeste do estado)
Bahia (regiões além do Rio São Bahia (regiões além do Rio São
io Grande do Sul (norte do estado)
Primeira causa de IC nas áreas endêmicas e a 3ª no Brasil.
Forma cardíaca com disfunção ventricular
Cardiomiopatia Chagásica:
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Diagnóstico: Epidemiologia
Anamnese + ex. físico
ECG : Bloq. Ramo d
anterior esquerdo
Radiografia de tórax
Testes sorológicos Testes sorológicos
Sintomas: Dispnéia progressiva, fadimais frequentes em estágios avançados. Eventos arrítmicos e tromboembólicos.
Cardiomiopatia Chagásica: fase crônica
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Anamnese + ex. físico
direito associado a hemibloqueio
anterior esquerdo
Radiografia de tórax
adiga, astenia. Sintomas de IC Direitmais frequentes em estágios avançados. Eventos arrítmicos e
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Cardiomiopatia Chagásica:
Outros exames complementares:
ECOCARDIOGRAMA
RM CARDÍACA: características sugestivas de lesão tecidular
( edema intersticial e intracnecrose e fibrose). Guiar bx endocárdica.necrose e fibrose). Guiar bx endocárdica.
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA
HOLTER (síncope)
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Cardiomiopatia Chagásica:
Outros exames complementares:
RM CARDÍACA: características sugestivas de lesão tecidular
racelular; extravasamento capilar; necrose e fibrose). Guiar bx endocárdica.necrose e fibrose). Guiar bx endocárdica.
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA
HIPÓTESES DIAGNÓSTICASMiocardite Viral: “um infiltrado inflamatório do miocárddos miócitos adjacentes”.
Quando suspeitar?
presentação clínica variável podendo ocoexuberantes ou morte súbita como única manifestação.
Doença febril recente precedendo sintomas cardíacos.
uadros virais inespecíficos ou específicos
Anormalidades de marcadores de injúria cardíaca: CK, CKMB, Troponina.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
árdio com necrose e/ou degeneração
correr casos subclínicos, outros com sintoexuberantes ou morte súbita como única manifestação.
Doença febril recente precedendo sintomas cardíacos.
os, gastrointestinais ou do trato respiratór
Anormalidades de marcadores de injúria cardíaca: CK, CKMB, Troponina.
Miocardite Viral: quando suspeitar?
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Dor torácica e IC em pacientes jovens
Aparecimento súbito de arritmias e distúrbios de condução.
Ausência de lesão cardíaca prévia.
Causas mais comuns:
Enterovírus, Coxsackie B, Adenovírus, Epstein-Barr, HIV-1, hepatite viral, ParotidiVírus Sincicial Respiratório, Herpes SimpleB19
: quando suspeitar?
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Dor torácica e IC em pacientes jovens
Aparecimento súbito de arritmias e distúrbios de condução.
s, Influenza, Citomegalovírus, Poliomielitetidite, Rubéola, Varicela, Varíola, Arbovírusplex Vírus, Febre Amarela, Raiva, Parvoví
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Miocardite Viral: exames complementares
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
: exames complementares
Cardite Reumática
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Febre Reumática
Crianças e adultos jovens.
História prévia de
faringoamigdalite causada
pelo estreptococo
beta-hemolítico do grupo A.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Cardite Reumática
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Cardite grave: sinais e sintomas dpericardite e sopros relacionados a graus mais importantes de regurgitação mitral e/ou aórtica.
Exame radiológico: cardiomegalia
ECG: sobrecarga ventricular esquerda e, às vezes, direita.
ECO: regurgitação mitral e/ou aóras câmaras esquerdas mostram, n
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
s de insuficiência cardíaca; arritmiaspericardite e sopros relacionados a graus mais importantes de
lia e sinais de congestão pulmonar.
ECG: sobrecarga ventricular esquerda e, às vezes, direita.
aórtica de grau moderado/importante, no mínimo, aumento moderado.
Tratamento da IC:
IECA ou BRA
Betabloqueadores
TRATAMENTO
Betabloqueadores
Diuréticos
Diitálicos
Prevenção primária e secundária de tromboembolismo
Tratamento das arritmias
Transplante cardíaco:
IC (FE<35%) que mantém sintomas com tratamento otimizado.IC (FE<35%) que mantém sintomas com tratamento otimizado.
Doença isquêmica do miocárdio com angina intratável.
Arritmia intratável.
Miocardiopatia hipertrófica.
rdiopatia congênita em que a hipertensão
TRATAMENTO
Prevenção primária e secundária de tromboembolismo
IC (FE<35%) que mantém sintomas com tratamento otimizado.IC (FE<35%) que mantém sintomas com tratamento otimizado.
Doença isquêmica do miocárdio com angina intratável.
são pulmonar grave e persistente não seja
ORTO, Celmo Celeno. SEMIOLOGIA MÉDKoogan, 2005.
BRAUNWALD, Eugene et al. Barunwald’s Heart Disease
REFERÊNCIAS BI
BRAUNWALD, Eugene et al. Barunwald’s Heart Disease2005.
MEDSCAPE. Disponível em: http://emedicine.medscape.com/article/156330Acesso em: 15de Setembro de 2012.
ARRISON, et al. Harrison Medicina InternaHill , 2006
rquivos Brasileiros de Cardiologia. AtualizaCardíaca Crônica - 2012; 98(1 supl.1):1-33.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,
ÉDICA. 5ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara
Barunwald’s Heart Disease. Philadelphia: W. B. Saun
BIBLIOGRÁFICAS
Barunwald’s Heart Disease. Philadelphia: W. B. Saun
MEDSCAPE. Disponível em: http://emedicine.medscape.com/article/156330-overv
rna. 16 ª edição. Rio de Janeiro : Mc Graw
lização da Diretriz Brasileira de Insuficiênc33.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico,
EVOLUÇÃO
COMENTÁRIOS
Prof. Jomir CarlosProf. Jomir Carlos
Dra. Lara Assed (R2)
EVOLUÇÃOee
COMENTÁRIOS
Prof. Jomir CarlosProf. Jomir Carlos
Dra. Lara Assed (R2)
- Hematócrito: 42,1% //Leucócitos: 8200 (diferencialGlicemia: 92 mg/dL // U: 38Glicemia: 92 mg/dL // U: 38137 mEq/L // K+:3,7 mEq/L
- Radiografia de tórax: Cardiomegalia
- ECG: SAE, BRE 3°grau
- Ecocardiograma: Aumento- Ecocardiograma: Aumentoinsuficiência aórtica com valva
Hemoglobina: 13,6 g/dLnormal) // Plaquetas: 160.000mg/dL // Cr: 1,1 mg/dL // Namg/dL // Cr: 1,1 mg/dL // Na
Cardiomegalia
Aumento de AE e VE, FE=45Aumento de AE e VE, FE=45valva bicúspide.
Evolução/Conduta
❖ Na segunda consulta❖ Na segunda consultaclinicamente melhor, compulsos arteriais dosimpalpáveis.❖ Foi realizado arteriografiaCoarctação da Aorta e empara Hemodinâmica / Cirurgiapara Hemodinâmica / Cirurgia
Evolução/Conduta
consulta o paciente estavaconsulta o paciente estavaPA = 230x110mmHg e
membros inferiores
arteriografia que confirmouem seguida, encaminhado
Cirurgia Cardíaca.Cirurgia Cardíaca.
Coarctação da Aorta❖ É um estreitamento da artériaqualquer segmento, mais comumda artéria subclávia esquerda.da artéria subclávia esquerda.
❖ Corresponde de 6-8% de todoscardíacos congênitos.
❖ Predomina no sexo masculinocomum nos pacientes com disgenesiacomum nos pacientes com disgenesia
❖ Frequente associação comcomum), persistência dointerventricular, estenose aórtica.
Coarctação da Aortaartéria torácica, que pode ocorrer em
comum no segmento distal `a origem
todos os defeitos
masculino (2:1), é maisdisgenesia gonadal.disgenesia gonadal.
valva aórtica bicúspide (maiscanal arterial, comunicação.
Coarctação da Aorta❖ Etiologia: congênita ou adquirida
❖ Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:- maioria assintomática- cefaleia, epistaxe, membros frios- ausência ou diminuição da amplitudemembros inferiores- presença de pulsos amplos e hipertensãosuperiores
❖ Exame físico:❖ Exame físico:- Sopro mesossístólico, hiperfonesesistólico aórtico e mitral
❖ Diagnóstico:- Ecocardiograma / Ressonância
Coarctação da Aortaadquirida
frios e claudicação aos esforçosamplitude dos pulsos arteriais nos
hipertensão arterial nos membros
hiperfonese da 2ª bulha, estalido proto-
magnética
Coarctação da Aorta
❖ Riscos principais da hipertensãoRiscos principais da hipertensão- aneurismas e hemorragias- dissecção e/ou ruptura- Insuficiência do VE
❖ Tratamento: Cirúrgico
Coarctação da Aorta
hipertensão grave:hipertensão grave:hemorragias cerebrais
da aorta
Cirúrgico
Em todo paciente devemEm todo paciente devempalpar os pulsos dos membros inferiores e
superiores, além de aferir a PA também nos quatro membros, podendo
todos os transtornos secdiagnóstico preciso desta cardiopatia.diagnóstico preciso desta cardiopatia.
vemos obrigatoriamente vemos obrigatoriamente palpar os pulsos dos membros inferiores e
superiores, além de aferir a PA também nos quatro membros, podendo-se assim evitar
secundários por falta do diagnóstico preciso desta cardiopatia.diagnóstico preciso desta cardiopatia.