SEXTA-FEIRA, 19 de setembro de 2003 ECONOMIA CORREIO … · Economia mundial avança, diz FMI AFP /...

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SEXTA-FEIRA, 19 de setembro de 2003 ECONOMIA CORREIO DO POVO BB I — O presidente Luiz Inácio Lula da Sil- va sancionou a lei que dispõe sobre a criação de duas subsidiárias integrais do Banco do Brasil (BB), que irão beneficiar a classe de baixa renda e microempresários. Será insti- tuído um banco múltiplo para financiar pro- dutos e serviços e uma administradora de consórcios de bens duráveis e de consumo. A lei foi publicada ontem no Diário Oficial. BB II — O prazo de inscrição ao concurso do Banco do Brasil (BB), em agências e via In- ternet, foi prorrogado até o próximo dia 23. O boleto bancário pode ser pago até o dia 24. GUAÍBA — No programa Projeto Mercosul deste sábado, das 6h20min às 7h, na Rádio Guaíba AM 720 kHz, o secretário de Desen- volvimento Econômico e Social, ministro Tarso Genro, abordará a iniciativa do gover- no federal para aumentar as exportações. A apresentação é de Vinícius Sinott. PRIMAVERA — O Sindicato dos Contabilis- tas de Porto Alegre realiza hoje, às 20h, na Churrascaria Brasa Grill, o Jantar dos Con- tabilistas. Também haverá sessão de autó- grafos de lançamento da edição atualizada e comentada do Manual aplicativo do contabi- lista, de Magda Gattini. Informes pelo telefo- ne (51) 3225-1499 e [email protected]. INFLAÇÃO — A segunda prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas, subiu de 0,18% em agosto para 1,04% este mês. O resultado positivo ocorreu depois de quatro meses de deflação. Os preços no atacado, influencia- dos pelos produtos agrícolas, foram os principais fatores para o avanço da inflação. Econômicas Brasília — Dentro de 15 dias, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro So- cial (INSS) poderão ter acesso a financiamento mais barato nos bancos, mediante desconto da prestação diretamente no contra- cheque. O prazo para a regula- mentação da modalidade de cré- dito em consignação, prevista na medida provisória (MP) que auto- rizou a iniciativa, foi anunciado ontem pelo ministro da Previdên- cia Social, Ricardo Berzoini. Ele explicou que a medida só não entrou em vigor imediata- mente porque a regulamentação é um pouco mais complexa. Ber- zoini assegurou que o INSS e o ministério já estão trabalhando na minuta do decreto, que deve ser submetida no menor tempo possível ao presidente Lula. Aposentados terão crédito em 15 dias Rio — As vendas dos supermer- cados caíram 4,37% no país em agosto, na comparação com o mes- mo mês de 2002. A retração elevou o resultado negativo do ano, que era de -1,5% em julho e passou para - 1,88%. Em relação a julho, houve crescimento de 5%, mas o desempe- nho está sendo atribuído à ausência de feriados no mês e à existência de um final de semana a mais, que são os dias de melhor venda. Os núme- ros, divulgados ontem na 37ª Con- venção Nacional de Supermercados – Expo Abras, são em termos reais e já foram deflacionados pelo IPCA. Entretanto, a Abras prevê um fe- chamento do volume de faturamen- to no mesmo nível de 2002, que foi de R$ 79,8 bilhões. A cesta de pro- dutos pesquisada pela Abras recuou 0,75% em agosto, passando a custar R$ 186,56, ante R$ 187,96 em julho e R$ 149,71 em agosto de 2002. Vendas da Abras caem mais 4,37% A necessidade de comunicação de um hóspede de hotel que se en- contra longe de seu ponto de partida é uma demanda que a rede hoteleira precisa estar atenta para atender. “Internet, hoje, é tão imprescindível quanto o telefone”, explicou ontem o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/RS), Carlos Henrique Schmidt, ao pro- mover um encontro dos associados da entidade com o gerente de serviço da Embratel, Ângelo Bino Muri Jú- nior, que apresentou planos e servi- ços da empresa ao setor hoteleiro. Segundo Muri, as principais re- des de hotéis em operação no país são clientes da Embratel. “Muitos centralizam suas atividades de tele- fonia, Internet, transmissão de da- dos e videoconferências com a em- presa, pelo fato do pacote permitir melhores preços.” O executivo res- saltou que mesmo os estabeleci- mentos que não são clientes diretos da Embratel acabam utilizando seus serviços, através de terceiros, já que ela dá suporte a outros provedores, atendendo praticamente a 80% das conexões à Internet no país. Carlos Schmidt disse que no RS a rede ho- teleira está atenta às novas necessi- dades. “Os estabelecimentos mais recentes já abriram bem equipados e os antigos estão se atualizando.” Embratel apresenta planos e serviços O bom movimento nos corredo- res e estandes durante os três dias da Fenac Verão Estilo Couromoda indicou o sucesso da feira que reu- niu, em Novo Hamburgo, mais de 270 marcas de calçados e acessórios de couro. Cerca de 9,2 mil profissio- nais, entre lojistas, distribuidores, industriais, importadores e repre- sentantes comerciais de várias re- giões do país visitaram a feira. “Atingimos todas as expectativas em relação à feira. O balanço que fa- zemos desta Fenac é muito positi- vo”, disse o diretor de Marketing do evento, Jeferson Santos. Ele desta- cou que a parceria com o governo e prefeituras viabilizou a presença de 116 pequenas empresas na Fenac. Fenac termina com 9,2 mil visitantes São Paulo — Os contribuintes brasileiros poderão contar, a partir de ago- ra, com um serviço interativo de atendimento virtual da Receita Federal. Com isso, poderão ser feitas pela Internet uma série de consultas e obter de- clarações que antes exigiam papel assinado ou a presença do contribuinte. O novo serviço será possível porque a empresa de informações e análises econômico-financeiras Serasa foi credenciada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) a emitir certificados digitais para a Receita. Entre os atendimentos, estão a consulta e regularização das situações cadastral e fiscal dos contribuintes; entrega de declarações e demais docu- mentos eletrônicos com assinatura digital; obtenção de cópias de declara- ções e de outros documentos e seus respectivos recibos de entrega. Também poderão ser feitas inscrição, alteração e a baixa no cadastro de Pessoas Físi- cas (CPF) e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); emissão de cer- tidões; cadastramento eletrônico de procurações; acompanhamento da tra- mitação de processos fiscais; parcelamento de débitos fiscais; compensação de créditos fiscais e o leilão de mercadorias apreendidas, entre outros. Receita aperfeiçoa atendimento Dubai — O Fundo Monetário Interna- cional (FMI) divulgou ontem o informe se- mestral sobre as “Perspectivas econômi- cas mundiais”, que aponta a recuperação da economia. O crescimento mundial é previsto em 3,2% para este ano e 4,1% em 2004, mas de maneira desigual, empurra- do pelos Estados Unidos e puxado pela Zona Euro. O anúncio foi feito em Dubai, onde, na próxima semana, haverá a as- sembléia anual do FMI e do Banco Mun- dial (Bird). Conforme o economista-chefe do Fundo, Kenneth Rogoff, pela primeira vez, há perspectivas otimistas em relação ao retorno do crescimento normal da eco- nomia mundial. O FMI credita a possível recuperação aos apoios orçamentários e monetários, especialmente nos Estados Unidos, e à queda dos preços do petróleo. Mas existe a preocupação com a debi- lidade da produção industrial e com o crescimento do comércio. Rogoff alertou sobre o risco de ocorrer uma “bolha imobiliária” em vários países à medida em que as taxas de juros avançarem no longo prazo. O FMI corrigiu as projeções de crescimento econô- mico dos EUA, de 2,2% para 2,6% este ano e de 3,6% para 3,9% em 2004, e do Japão, de 0,8% para 2% em 2003 e de 1% para 1,4% em 2004. As previsões para a Zona Euro recuaram de 1,1% para 0,5% este ano e de 2,3% para 1,9% em 2004. Economia mundial avança, diz FMI AFP / CP MEMÓRIA Mercados financeiros têm perspectivas otimistas Brasília — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, durante cerimônia para novos diplomatas no Itamaraty, que o Brasil não quer mais agir de forma “subalterna” nas negociações com os países desenvolvidos. Se- gundo ele, assim como respeita nações de ta- manhos e economias diversas, como o Para- guai e os Estados Unidos, o país exige ser tra- tado em “igualdade de condições”. Para Lula, o próprio Brasil se colocou em situação de infe- rioridade. “Não aceitamos mais participar de política internacional como se fôssemos os coitadinhos da América Latina”, disse, referindo-se aos países ricos. O presidente voltou a elogiar a postura “firme e obje- tiva” que o país manteve na reunião da Organi- zação Mundial do Comércio (OMC), realizada na semana passada em Cancún, no México. Conforme Lula, apesar da pressão das nações desenvolvidas, o Brasil sustentou a defesa do fim das barreiras agrícolas. Ele afirmou que a capacidade de articulação brasileira permite que o país lute por seus interesses, somando forças e sem provocar confrontações. Lula re- comendou aos formandos do Instituto Rio Branco que se “espelhem” na competência do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele ad- vertiu os novos diplomatas de que serão mais cobrados, porque agora o Brasil cresceu no conceito internacional. Lula critica postura subalterna diante de ricos Presidente Lula rasília — O vice-presidente José Alencar defendeu ontem “uma tomada de po- sição, uma cruzada nacional” contra os juros altos cobrados no país. “Vamos denunciar isso aos brasileiros para que eles reajam, para que uma dona de casa saiba, para que um pequeno comerciante saiba que não pode pagar esses juros, pois vai quebrar.” Para Alencar, a tarefa é do Brasil, não só do gover- no. Sem criticar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que na quarta-feira re- duziu a taxa Selic de 22% para 20% ao ano, ele afirmou que o regime de juros está divorciado da experiência de outros países, que reduziram as ta- xas e assim conseguiram superar obstáculos. Alencar citou a China, que cresce 8% ao ano, acumula mais de 300 bilhões de dólares em reser- vas e recebe investimentos estrangeiros em ativi- dades produtivas. “Não compensa aplicar no mer- cado financeiro na China. O dinheiro vai para o mercado produtivo porque o financeiro paga 1% ao ano”, disse. Em sua avaliação, as políticas mone- tária e fiscal estão sendo aplicadas em doses mui- to fortes no Brasil. “Não é preciso tudo isso.” O corte na Selic fez com que os juros reais re- cuassem de 14,57% para 12,7% e repercutiu tanto no governo como no mercado. O ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, afirmou ontem que a expectativa do comitê é de que os juros reais estejam, em ja- neiro ou fevereiro, entre 8,24% e 8,5%. O índice, segundo Tarso, ainda estaria longe do que gosta- ria o governo. Ele também declarou que o objetivo é ter taxas que acompanhem as internacionais. Para o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, a redução na Selic deve produzir no- vas quedas nos juros dos empréstimos. Segundo ele, a estimativa do setor é de que, até dezembro, a taxa chegue aos 17% ou 18% ao ano. Ontem, o Itaú e o Unibanco anunciaram redu- ções dos juros em algumas linhas de crédito, jun- tando-se a outras instituições, que já haviam to- mado a medida. No Itaú as taxas valem a partir de hoje e, no Unibanco, no dia 29. No mercado de automóveis, a expectativa é de retorno dos clien- tes que adquiriam carros novos a prazo. O diretor comercial da rede gaúcha San Marino, Ambrósio Pesce Neto, aposta em um crescimento de 50% no volume de vendas da concessionária Fiat. Vice propõe cruzada contra juros Alencar pede que brasileiros reajam contra abusos. Bancos reduzem taxas e governo projeta novas quedas B ABR / CP MEMÓRIA Alencar (D) diz que cruzada esclareceria que taxas são altas demais São Paulo — O movimento no mercado brasileiro foi marcado pe- lo otimismo ontem, um dia depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter re- duzido a taxa básica de juros de 22% para 20% ao ano. O risco-país recuou 1,82%, para 648 pontos, o nível mais baixo já registrado des- de março de 2000. A Bolsa de Va- lores de São Paulo atingiu a marca histórica de 62.368 negócios em um único pregão. O volume de ne- gócios foi de R$ 1,246 bilhão. O Ibovespa fechou em alta de 2,41%, com 16.889 pontos, o nível mais elevado desde fevereiro de 2001. A valorização do indicador chega a 11,3% no mês e a 49,88% no ano. O dólar caiu 0,31%, encer- rando a quinta-feira cotado a R$ 2,902. O C-Bond atingiu a máxima de 93% do valor de face durante o dia, o que seria o recorde histórico de fechamento, mas encerrou a 92,75%, em alta de 0,13%. A nego- ciação de 530.146 contratos de DI futuro também foi recorde. Bolsa sobe em dia de otimismo O governo do Estado encaminha hoje a redação das bases do acordo so- bre os incentivos do investimento entre 210 milhões e 240 milhões de dóla- res para a duplicação da planta industrial da fábrica da General Motors, em Gravataí, disputada também por China e México. O texto será submetido ao governo estadual e deverá dar origem ao edital. “Estamos definindo as bases do acordo”, afirmou o titular da Secretaria do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai), Luís Roberto Ponte, ao fim da negociação entre os co- mitês do governo e da General Motors, no início da madrugada de hoje. O se- cretário assegura que o acordo ainda não está fechado, mas confirma os va- lores do investimento. Segundo Ponte a negociação será nas bases do acor- do anterior, sem novos incentivos. Começa redação do acordo com GM

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SEXTA-FEIRA, 19 de setembro de 2003 ECONOMIA CORREIO DO POVO

BB I — O presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va sancionou a lei que dispõe sobre a criaçãode duas subsidiárias integrais do Banco doBrasil (BB), que irão beneficiar a classe debaixa renda e microempresários. Será insti-tuído um banco múltiplo para financiar pro-dutos e serviços e uma administradora deconsórcios de bens duráveis e de consumo.A lei foi publicada ontem no Diário Oficial.BB II — O prazo de inscrição ao concurso doBanco do Brasil (BB), em agências e via In-ternet, foi prorrogado até o próximo dia 23.O boleto bancário pode ser pago até o dia 24. GUAÍBA — No programa Projeto Mercosuldeste sábado, das 6h20min às 7h, na RádioGuaíba AM 720 kHz, o secretário de Desen-volvimento Econômico e Social, ministroTarso Genro, abordará a iniciativa do gover-no federal para aumentar as exportações. Aapresentação é de Vinícius Sinott.PRIMAVERA — O Sindicato dos Contabilis-tas de Porto Alegre realiza hoje, às 20h, naChurrascaria Brasa Grill, o Jantar dos Con-tabilistas. Também haverá sessão de autó-grafos de lançamento da edição atualizada ecomentada do Manual aplicativo do contabi-lista, de Magda Gattini. Informes pelo telefo-ne (51) 3225-1499 e [email protected]ÇÃO — A segunda prévia do ÍndiceGeral de Preços do Mercado (IGP-M), daFundação Getúlio Vargas, subiu de 0,18%em agosto para 1,04% este mês. O resultadopositivo ocorreu depois de quatro meses dedeflação. Os preços no atacado, influencia-dos pelos produtos agrícolas, foram osprincipais fatores para o avanço da inflação.

Econômicas

Brasília — Dentro de 15 dias,os aposentados e pensionistas doInstituto Nacional do Seguro So-cial (INSS) poderão ter acesso afinanciamento mais barato nosbancos, mediante desconto daprestação diretamente no contra-cheque. O prazo para a regula-mentação da modalidade de cré-dito em consignação, prevista namedida provisória (MP) que auto-rizou a iniciativa, foi anunciadoontem pelo ministro da Previdên-cia Social, Ricardo Berzoini.

Ele explicou que a medida sónão entrou em vigor imediata-mente porque a regulamentaçãoé um pouco mais complexa. Ber-zoini assegurou que o INSS e oministério já estão trabalhandona minuta do decreto, que deveser submetida no menor tempopossível ao presidente Lula.

Aposentados terãocrédito em 15 dias

Rio — As vendas dos supermer-cados caíram 4,37% no país emagosto, na comparação com o mes-mo mês de 2002. A retração elevou oresultado negativo do ano, que erade -1,5% em julho e passou para -1,88%. Em relação a julho, houvecrescimento de 5%, mas o desempe-nho está sendo atribuído à ausênciade feriados no mês e à existência deum final de semana a mais, que sãoos dias de melhor venda. Os núme-ros, divulgados ontem na 37ª Con-venção Nacional de Supermercados– Expo Abras, são em termos reais ejá foram deflacionados pelo IPCA.

Entretanto, a Abras prevê um fe-chamento do volume de faturamen-to no mesmo nível de 2002, que foide R$ 79,8 bilhões. A cesta de pro-dutos pesquisada pela Abras recuou0,75% em agosto, passando a custarR$ 186,56, ante R$ 187,96 em julhoe R$ 149,71 em agosto de 2002.

Vendas da Abrascaem mais 4,37%

A necessidade de comunicaçãode um hóspede de hotel que se en-contra longe de seu ponto de partidaé uma demanda que a rede hoteleiraprecisa estar atenta para atender.“Internet, hoje, é tão imprescindívelquanto o telefone”, explicou ontem opresidente da Associação Brasileirada Indústria de Hotéis (ABIH/RS),Carlos Henrique Schmidt, ao pro-mover um encontro dos associadosda entidade com o gerente de serviçoda Embratel, Ângelo Bino Muri Jú-nior, que apresentou planos e servi-ços da empresa ao setor hoteleiro.

Segundo Muri, as principais re-des de hotéis em operação no paíssão clientes da Embratel. “Muitoscentralizam suas atividades de tele-fonia, Internet, transmissão de da-dos e videoconferências com a em-presa, pelo fato do pacote permitirmelhores preços.” O executivo res-saltou que mesmo os estabeleci-mentos que não são clientes diretosda Embratel acabam utilizando seusserviços, através de terceiros, já queela dá suporte a outros provedores,atendendo praticamente a 80% dasconexões à Internet no país. CarlosSchmidt disse que no RS a rede ho-teleira está atenta às novas necessi-dades. “Os estabelecimentos maisrecentes já abriram bem equipadose os antigos estão se atualizando.”

Embratel apresentaplanos e serviços

O bom movimento nos corredo-res e estandes durante os três diasda Fenac Verão Estilo Couromodaindicou o sucesso da feira que reu-niu, em Novo Hamburgo, mais de270 marcas de calçados e acessóriosde couro. Cerca de 9,2 mil profissio-nais, entre lojistas, distribuidores,industriais, importadores e repre-sentantes comerciais de várias re-giões do país visitaram a feira.

“Atingimos todas as expectativasem relação à feira. O balanço que fa-zemos desta Fenac é muito positi-vo”, disse o diretor de Marketing doevento, Jeferson Santos. Ele desta-cou que a parceria com o governo eprefeituras viabilizou a presença de116 pequenas empresas na Fenac.

Fenac termina com9,2 mil visitantes São Paulo — Os contribuintes brasileiros poderão contar, a partir de ago-

ra, com um serviço interativo de atendimento virtual da Receita Federal.Com isso, poderão ser feitas pela Internet uma série de consultas e obter de-clarações que antes exigiam papel assinado ou a presença do contribuinte.O novo serviço será possível porque a empresa de informações e análiseseconômico-financeiras Serasa foi credenciada pelo Instituto Nacional deTecnologia da Informação (ITI) a emitir certificados digitais para a Receita.

Entre os atendimentos, estão a consulta e regularização das situaçõescadastral e fiscal dos contribuintes; entrega de declarações e demais docu-mentos eletrônicos com assinatura digital; obtenção de cópias de declara-ções e de outros documentos e seus respectivos recibos de entrega. Tambémpoderão ser feitas inscrição, alteração e a baixa no cadastro de Pessoas Físi-cas (CPF) e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); emissão de cer-tidões; cadastramento eletrônico de procurações; acompanhamento da tra-mitação de processos fiscais; parcelamento de débitos fiscais; compensaçãode créditos fiscais e o leilão de mercadorias apreendidas, entre outros.

Receita aperfeiçoa atendimento

Dubai — O Fundo Monetário Interna-cional (FMI) divulgou ontem o informe se-mestral sobre as “Perspectivas econômi-cas mundiais”, que aponta a recuperaçãoda economia. O crescimento mundial éprevisto em 3,2% para este ano e 4,1% em2004, mas de maneira desigual, empurra-do pelos Estados Unidos e puxado pelaZona Euro. O anúncio foi feito em Dubai,onde, na próxima semana, haverá a as-

sembléia anual do FMI e do Banco Mun-dial (Bird). Conforme o economista-chefedo Fundo, Kenneth Rogoff, pela primeiravez, há perspectivas otimistas em relaçãoao retorno do crescimento normal da eco-nomia mundial. O FMI credita a possívelrecuperação aos apoios orçamentários emonetários, especialmente nos EstadosUnidos, e à queda dos preços do petróleo.

Mas existe a preocupação com a debi-lidade da produção industrial ecom o crescimento do comércio.Rogoff alertou sobre o risco deocorrer uma “bolha imobiliária”em vários países à medida emque as taxas de juros avançaremno longo prazo. O FMI corrigiu asprojeções de crescimento econô-mico dos EUA, de 2,2% para2,6% este ano e de 3,6% para3,9% em 2004, e do Japão, de0,8% para 2% em 2003 e de 1%para 1,4% em 2004. As previsõespara a Zona Euro recuaram de1,1% para 0,5% este ano e de2,3% para 1,9% em 2004.

Economia mundial avança, diz FMI

AFP / CP MEMÓRIA

Mercados financeiros têm perspectivas otimistas

Brasília — O presidente Luiz Inácio Lula daSilva afirmou ontem, durante cerimônia paranovos diplomatas no Itamaraty, que o Brasilnão quer mais agir de forma “subalterna” nasnegociações com os países desenvolvidos. Se-gundo ele, assim como respeita nações de ta-manhos e economias diversas, como o Para-guai e os Estados Unidos, o país exige ser tra-tado em “igualdade de condições”. Para Lula, opróprio Brasil se colocou em situação de infe-rioridade. “Não aceitamos mais participar depolítica internacional como se fôssemos os coitadinhosda América Latina”, disse, referindo-se aos países ricos.

O presidente voltou a elogiar a postura “firme e obje-

tiva” que o país manteve na reunião da Organi-zação Mundial do Comércio (OMC), realizadana semana passada em Cancún, no México.Conforme Lula, apesar da pressão das naçõesdesenvolvidas, o Brasil sustentou a defesa dofim das barreiras agrícolas. Ele afirmou que acapacidade de articulação brasileira permiteque o país lute por seus interesses, somandoforças e sem provocar confrontações. Lula re-comendou aos formandos do Instituto RioBranco que se “espelhem” na competência do

ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ele ad-vertiu os novos diplomatas de que serão mais cobrados,porque agora o Brasil cresceu no conceito internacional.

Lula critica postura subalterna diante de ricos

Presidente Lula

rasília — O vice-presidente José Alencar defendeu ontem “uma tomada de po-sição, uma cruzada nacional” contra os juros altos cobrados no país. “Vamos

denunciar isso aos brasileiros para que eles reajam, para que uma dona de casasaiba, para que um pequeno comerciante saibaque não pode pagar esses juros, pois vai quebrar.”Para Alencar, a tarefa é do Brasil, não só do gover-no. Sem criticar o Comitê de Política Monetária(Copom) do Banco Central, que na quarta-feira re-duziu a taxa Selic de 22% para 20% ao ano, eleafirmou que o regime de juros está divorciado daexperiência de outros países, que reduziram as ta-xas e assim conseguiram superar obstáculos.

Alencar citou a China, que cresce 8% ao ano,acumula mais de 300 bilhões de dólares em reser-vas e recebe investimentos estrangeiros em ativi-dades produtivas. “Não compensa aplicar no mer-cado financeiro na China. O dinheiro vai para omercado produtivo porque o financeiro paga 1% aoano”, disse. Em sua avaliação, as políticas mone-tária e fiscal estão sendo aplicadas em doses mui-to fortes no Brasil. “Não é preciso tudo isso.”

O corte na Selic fez com que os juros reais re-

cuassem de 14,57% para 12,7% e repercutiu tanto no governo como no mercado.O ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro,afirmou ontem que a expectativa do comitê é de que os juros reais estejam, em ja-

neiro ou fevereiro, entre 8,24% e 8,5%. O índice,segundo Tarso, ainda estaria longe do que gosta-ria o governo. Ele também declarou que o objetivoé ter taxas que acompanhem as internacionais.Para o economista-chefe da Febraban, RobertoLuis Troster, a redução na Selic deve produzir no-vas quedas nos juros dos empréstimos. Segundoele, a estimativa do setor é de que, até dezembro,a taxa chegue aos 17% ou 18% ao ano.

Ontem, o Itaú e o Unibanco anunciaram redu-ções dos juros em algumas linhas de crédito, jun-tando-se a outras instituições, que já haviam to-mado a medida. No Itaú as taxas valem a partir dehoje e, no Unibanco, no dia 29. No mercado deautomóveis, a expectativa é de retorno dos clien-tes que adquiriam carros novos a prazo. O diretorcomercial da rede gaúcha San Marino, AmbrósioPesce Neto, aposta em um crescimento de 50% novolume de vendas da concessionária Fiat.

Vice propõe cruzada contra jurosAlencar pede que brasileiros reajam contra abusos. Bancos reduzem taxas e governo projeta novas quedas

BABR / CP MEMÓRIA

Alencar (D) diz que cruzada esclareceria que taxas são altas demais

São Paulo — O movimento nomercado brasileiro foi marcado pe-lo otimismo ontem, um dia depoisde o Comitê de Política Monetária(Copom) do Banco Central ter re-duzido a taxa básica de juros de22% para 20% ao ano. O risco-paísrecuou 1,82%, para 648 pontos, onível mais baixo já registrado des-de março de 2000. A Bolsa de Va-lores de São Paulo atingiu a marcahistórica de 62.368 negócios emum único pregão. O volume de ne-gócios foi de R$ 1,246 bilhão.

O Ibovespa fechou em alta de2,41%, com 16.889 pontos, o nívelmais elevado desde fevereiro de2001. A valorização do indicadorchega a 11,3% no mês e a 49,88%no ano. O dólar caiu 0,31%, encer-rando a quinta-feira cotado a R$2,902. O C-Bond atingiu a máximade 93% do valor de face durante odia, o que seria o recorde históricode fechamento, mas encerrou a92,75%, em alta de 0,13%. A nego-ciação de 530.146 contratos de DIfuturo também foi recorde.

Bolsa sobe em dia de otimismo

O governo do Estado encaminha hoje a redação das bases do acordo so-bre os incentivos do investimento entre 210 milhões e 240 milhões de dóla-res para a duplicação da planta industrial da fábrica da General Motors, emGravataí, disputada também por China e México. O texto será submetido aogoverno estadual e deverá dar origem ao edital. “Estamos definindo as basesdo acordo”, afirmou o titular da Secretaria do Desenvolvimento e AssuntosInternacionais (Sedai), Luís Roberto Ponte, ao fim da negociação entre os co-mitês do governo e da General Motors, no início da madrugada de hoje. O se-cretário assegura que o acordo ainda não está fechado, mas confirma os va-lores do investimento. Segundo Ponte a negociação será nas bases do acor-do anterior, sem novos incentivos.

Começa redação do acordo com GM