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INSS TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL I INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS I MATERIAL N. 1 I AULAS 1 A 10 PROFESSOR FELIPE OBERG 1 PROVA 1 FCC/2010 - TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ - Técnico de Controle Externo Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte. Duas sociedades Na formação histórica dos Estados Unidos, houve desde cedo uma presença constritora da lei, religiosa e civil, que plasmou os grupos e os indivíduos, delimitando os comportamentos graças à força punitiva do castigo exterior e do sentimento interior do pecado. Esse endurecimento do grupo e do indivíduo confere a ambos grande força de identidade e resistência, mas desumaniza as relações com os outros, sobretudo os indivíduos de outros grupos, que não pertençam à mesma lei e, portanto, podem ser manipulados ao bel-prazer. A alienação torna-se ao mesmo tempo marca de reprovação e castigo do réprobo; o duro modelo bíblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os não eleitos, os outros, reaparece nessas comunidades de leitores cotidianos da Bíblia. Ordem e liberdade isto é, policiamentos internos e externos, direito de arbítrio e de ação violenta sobre o estranho são formulações desse estado de coisas. No Brasil, nunca os grupos ou os indivíduos encontraram efetivamente tais formas; nunca tiveram a obsessão da ordem senão como princípio abstrato, nem da liberdade senão como capricho. As formas espontâneas de sociabilidade atuaram com maior desafogo e por isso abrandaram os choques entre a norma e a conduta, tornando menos dramáticos os conflitos de consciência. As duas situações diversas se ligam ao mecanismo das respectivas sociedades: uma que, sob alegação de enganadora fraternidade, visava a criar e manter um grupo idealmente monorracial e monorreligioso; outra que incorpora de fato o pluralismo étnico e depois religioso à sua natureza mais íntima. Não querendo constituir um grupo homogêneo e, em consequência, não precisando defendê-lo asperamente, a sociedade brasileira se abriu com maior largueza à penetração de grupos dominados ou estranhos. E ganhou em flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerência. (Adaptado de Antonio Candido, Dialética da malandragem) 1. O critério utilizado pelo autor do texto para assinalar a principal distinção entre as DUAS SOCIEDADES diz respeito, fundamentalmente, (A) à ambição política das classes subalternas. (B) às formas de fanatismo religioso que as modelaram. (C) ao grau de tolerância no trato com as diferenças. (D) à homogeneidade que cada uma soube constituir. (E) ao projeto cultural alimentado por ambas. 2. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) incorpora o pluralismo étnico = institui a dissimulação racial. (B) à sua natureza mais íntima = à sua mais profunda inclinação. (C) presença constritora da lei = atuação subjacente dos códigos legais. (D) castigo do réprobo = estigma de quem reprova. (E) enganadora fraternidade = solidariedade reprimida. 3. A frase E ganhou em flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerência deve ser compreendida como uma avaliação final do autor, para quem (A) a nossa sociedade é incoerente por ser tão áspera quanto flexível. (B) as duas sociedades se opõem por conta de seus projetos políticos. (C) a nossa sociedade é menos inteiriça e áspera que a dos EUA. (D) as duas sociedades se completam por causa de suas diferenças. (E) a sociedade dos EUA é menos conflitiva e mais coerente que a nossa. 4. Na frase No Brasil, nunca os grupos ou indivíduos encontraram efetivamente tais formas, o segmento sublinhado está-se referindo (A) ao modo pelo qual se apresentam os não eleitos, os outros. (B) às marcas do maior desafogo da nossa sociabilidade. (C) às formas espontâneas de sociabilidade. (D) às manifestações de endurecimento do grupo e da sociedade. (E) a abrandamentos de choques entre a norma e a conduta. 5. Atente para as seguintes afirmações: I. No 2° parágrafo, a desumanização das relações com os estranhos é dada como causa da rigidez na formação dos grupos sociais dos EUA. II. No 3° parágrafo, a menor dramaticidade dos conflitos de consciência, no Brasil, é atribuída a nossas formas espontâneas de sociabilidade. III. No 4° parágrafo, há referência ao caráter ilusório do tipo de fraternidade que se estabelece entre grupos e indivíduos brasileiros. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em (A) II. (B) III. (C) II e III. (D) I. (E) I e II.

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  • INSS TCNICO DO SEGURO SOCIAL I INTERPRETAO DE TEXTOS I MATERIAL N. 1 I AULAS 1 A 10 PROFESSOR FELIPE OBERG

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    PROVA 1 FCC/2010 - TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICPIOS DO

    ESTADO DO PAR - Tcnico de Controle Externo

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.

    Duas sociedades

    Na formao histrica dos Estados Unidos, houve desde cedo uma presena constritora da lei, religiosa e civil, que plasmou os grupos e os indivduos, delimitando os comportamentos graas fora punitiva do castigo exterior e do sentimento interior do pecado.

    Esse endurecimento do grupo e do indivduo confere a ambos grande fora de identidade e resistncia, mas desumaniza as relaes com os outros, sobretudo os indivduos de outros grupos, que no pertenam mesma lei e, portanto, podem ser manipulados ao bel-prazer. A alienao torna-se ao mesmo tempo marca de reprovao e castigo do rprobo; o duro modelo bblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os no eleitos, os outros, reaparece nessas comunidades de leitores cotidianos da Bblia. Ordem e liberdade isto , policiamentos internos e externos, direito de arbtrio e de ao violenta sobre o estranho so formulaes desse estado de coisas.

    No Brasil, nunca os grupos ou os indivduos encontraram efetivamente tais formas; nunca tiveram a obsesso da ordem seno como princpio abstrato, nem da liberdade seno como capricho. As formas espontneas de sociabilidade atuaram com maior desafogo e por isso abrandaram os choques entre a norma e a conduta, tornando menos dramticos os conflitos de conscincia.

    As duas situaes diversas se ligam ao mecanismo das respectivas sociedades: uma que, sob alegao de enganadora fraternidade, visava a criar e manter um grupo idealmente monorracial e monorreligioso; outra que incorpora de fato o pluralismo tnico e depois religioso sua natureza mais ntima. No querendo constituir um grupo homogneo e, em consequncia, no precisando defend-lo asperamente, a sociedade brasileira se abriu com maior largueza penetrao de grupos dominados ou estranhos. E ganhou em flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerncia. (Adaptado de Antonio Candido, Dialtica da malandragem) 1. O critrio utilizado pelo autor do texto para assinalar a principal distino entre as DUAS SOCIEDADES diz respeito, fundamentalmente, (A) ambio poltica das classes subalternas. (B) s formas de fanatismo religioso que as modelaram. (C) ao grau de tolerncia no trato com as diferenas. (D) homogeneidade que cada uma soube constituir. (E) ao projeto cultural alimentado por ambas.

    2. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) incorpora o pluralismo tnico = institui a dissimulao racial. (B) sua natureza mais ntima = sua mais profunda inclinao. (C) presena constritora da lei = atuao subjacente dos cdigos legais. (D) castigo do rprobo = estigma de quem reprova. (E) enganadora fraternidade = solidariedade reprimida. 3. A frase E ganhou em flexibilidade o que perdeu em inteireza e coerncia deve ser compreendida como uma avaliao final do autor, para quem (A) a nossa sociedade incoerente por ser to spera quanto flexvel. (B) as duas sociedades se opem por conta de seus projetos polticos. (C) a nossa sociedade menos inteiria e spera que a dos EUA. (D) as duas sociedades se completam por causa de suas diferenas. (E) a sociedade dos EUA menos conflitiva e mais coerente que a nossa. 4. Na frase No Brasil, nunca os grupos ou indivduos encontraram efetivamente tais formas, o segmento sublinhado est-se referindo (A) ao modo pelo qual se apresentam os no eleitos, os outros. (B) s marcas do maior desafogo da nossa sociabilidade. (C) s formas espontneas de sociabilidade. (D) s manifestaes de endurecimento do grupo e da sociedade. (E) a abrandamentos de choques entre a norma e a conduta. 5. Atente para as seguintes afirmaes: I. No 2 pargrafo, a desumanizao das relaes com os estranhos dada como causa da rigidez na formao dos grupos sociais dos EUA. II. No 3 pargrafo, a menor dramaticidade dos conflitos de conscincia, no Brasil, atribuda a nossas formas espontneas de sociabilidade. III. No 4 pargrafo, h referncia ao carter ilusrio do tipo de fraternidade que se estabelece entre grupos e indivduos brasileiros. Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afirma em (A) II. (B) III. (C) II e III. (D) I. (E) I e II.

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    6. (...) nunca tiveram a obsesso da ordem seno como princpio abstrato Uma outra redao, igualmente clara e correta para a frase acima, ser: (A) nunca se fixaram demais em alguma ordem, a despeito da abstrao. (B) jamais se permitiram o excesso de ordem, tendo em vista sua abstrao. (C) jamais ambicionaram diferente ordem, a no ser enquanto abstrao. (D) em tempo algum obsedaram-se por tal ordem, haja vista a abstrao. (E) jamais se deixaram obcecar pela ordem, vista apenas como abstrao. PROVA 2 FCC/2010 - TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICPIOS DO

    ESTADO DO PAR Tcnico em Informtica

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.

    Informtica e educao

    O termo informtica resulta da aglutinao dos

    vocbulos informao e automtica, traduzindo-se conceitualmente como conjunto de conhecimentos e tcnicas ligados ao tratamento racional e automtico de informao, o qual se encontra associado utilizao de computadores e respectivos programas. Como ferramenta de trabalho, a informtica contribui inequivocamente para a elevao da produtividade, diminuio de custos e otimizao da qualidade dos servios. J como ferramenta cultural ou de entretenimento, suas possibilidades so quase infinitas.

    No h como deixar de usar os recursos da informtica nos processos educativos. Ela coloca disposio dos interessados um sem-nmero de opes e campos de pesquisa, para muito alm de um simples adestramento tecnolgico. Ela j est configurando os paradigmas de um novo tempo e de um novo universo a ser explorado. Entre outras vantagens, ressalte-se a rpida e efetiva troca de informaes entre especialistas e no especialistas, a transao de experincias em tempo real, a abertura de um dilogo imediato entre pontos distanciados no espao. Para alm da simples estupefao tecnolgica, que toma de assalto aos mais ingnuos, a informtica oferece uma transposio jamais vista dos limites fsicos convencionais.

    Mas essa nova maravilha no deixa de ser uma ferramenta que, por maior alcance que tenha, estar sempre associada ao uso que dela se faa. Dependendo de seu emprego, tanto pode tornar-se a expresso da mais alta criao humana como a do nosso gnio destrutivo. Assim, h que capacitar os educandos em geral no apenas no que diz respeito competncia tcnica, como tambm preservao da crtica e da tica.

    Os educadores costumam dividir-se, diante dos recursos da Internet: h quem considere abominvel a facilidade das pesquisas prontas, que dispensam o jovem de um maior esforo; mas h quem julgue essa abundncia de material um oportuno e novo desafio para os critrios de seleo do que seja ou no relevante. bom lembrar a advertncia de um velho professor: quem acredita que o computador efetivamente pensa, ao menos certifique-se de que ele o faz para ns, e no por ns. (Baseado em matria da Revista Espao Acadmico, n. 85, junho/2008) 1. De forma sucinta e correta, indica-se a funo desempenhada por um ou mais pargrafos na estruturao do texto em: (A) os dois ltimos pargrafos so contraditrios entre si, j que representam, respectivamente, aprovao e reprovao da Internet. (B) o 1 pargrafo limita-se a esclarecer a formao e o significado de uma palavra-chave do texto. (C) o 2 pargrafo indica a importncia ainda relativa da informtica no que diz respeito a barreiras fsicas tradicionais. (D) o 3 pargrafo lembra que os recursos da informtica no tm valor em si mesmos, valor este condicionado que est pela utilizao deles. (E) o 4 pargrafo no deixa de desencorajar quem julgue a informtica uma poderosa ferramenta de pesquisa educacional. 2. Atente para as seguintes afirmaes: I. A maior vantagem, nos domnios da informtica, consiste no aprimoramento do desempenho e do raciocnio tcnico do usurio. II. Assim como ocorre com todos os tipos de ferramenta, o uso da informtica em si mesmo neutro, independente da finalidade. III. A diviso dos educadores quanto aos recursos da Internet espelha diferentes posies diante do material j acabado e facilmente acessvel. Em relao ao texto, est correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I e III, apenas. (C) I, II e III. (D) I e II, apenas. (E) II e III, apenas. 3. Representa-se, no contexto, uma relao de oposio entre os segmentos: (A) abundncia de material e novo desafio para os critrios de seleo. (4 pargrafo) (B) aglutinao dos vocbulos e traduzindo-se conceitualmente. (1 pargrafo)

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    (C) recursos de informtica e processos educativos. (2 pargrafo) (D) experincias em tempo real e abertura de um dilogo imediato. (2 pargrafo) (E) simples estupefao tecnolgica e transposio jamais vista. (2 pargrafo) 4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento em: (A) preservao da crtica e da tica (3 pargrafo) = retificao dos atributos morais e intelectuais. (B) simples adestramento tecnolgico (2 pargrafo) = mera prerrogativa funcional. (C) configurando os paradigmas (2 pargrafo) = estabelecendo os padres. (D) transao de experincias (2 pargrafo) = correlao de alternncias. (E) nosso gnio destrutivo (3 pargrafo) = nosso mpeto energtico. 5. No contexto em que se apresenta o segmento certifique-se de que ele o faz para ns e no por ns (4 pargrafo), os elementos grifados chamam a ateno para a diferena entre as operaes de (A) assumir e omitir. (B) subsidiar e substituir. (C) antecipar e prorrogar. (D) interpor e excluir. (E) colaborar e superar. 6. Sem prejuzo para a correo e o sentido, pode-se substituir o elemento sublinhado pelo indicado entre parnteses em: (A) Mas essa nova maravilha no deixa de ser uma ferramenta (...) ( ainda) (B) Dependendo de seu emprego, pode tornar-se a expresso do nosso gnio destrutivo. (Em que pese a seu emprego) (C) Entre outras vantagens, ressalte-se a rpida e efetiva troca de informaes entre especialistas e no especialistas. (Malgrado essas vantagens) (D) Assim, h que capacitar os educando em geral (...) (Entretanto, possvel) (E) Para alm da simples estupefao tecnolgica (...) (Muito embora a) PROVA 3 FCC/2010 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE ALAGOAS -

    Tcnico Judicirio - rea Administrativa

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 5 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    O sculo XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitim-la, as eleies pelo voto da maioria. O momento eleitoral passou a mobilizar as energias da poltica e trazer ao debate as questes

    pblicas relevantes. No entanto, demagogias de campanha e mandatos mal cumpridos foram aos poucos empanando a festa de cidadania do sufrgio universal.

    Pierre Rosanvallon prope como um dos critrios para avaliar o grau de legitimidade de uma instituio a sua capacidade de encarnar valores e princpios que sejam percebidos pela sociedade como tais. Assim como a confiana entre pessoas, legitimidade uma entidade invisvel. Mas ela contribui para a formao da prpria essncia da democracia, levando adeso dos cidados. Afinal, a democracia repousa sobre a fico de transformar a maioria em unanimidade, gerando uma legitimidade sempre imperfeita. O consentimento de todos seria a nica garantia indiscutvel do respeito a cada um.

    Mas a unanimidade dos votos irrealizvel. Por isso a regra majoritria foi introduzida como uma prtica necessria. Na democracia os conflitos so inevitveis, porque governar cada vez mais administrar os desejos das vrias minorias em busca de consensos que formem maiorias sempre provisrias. H, assim, uma contradio inevitvel entre a legitimidade dos conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer poltica na democracia implica escolher um campo, tomar partido.

    Quanto mais marcadas por divises sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranas que busquem consensos. Como o papel do Poder Executivo agir com prontido, no lhe possvel gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. Mas tambm no h democracia sem o Poder Judicirio, encarregado de nos lembrar e impor um sistema legal que deve expressar o interesse geral momentneo; igualmente ela no existe sem as burocracias pblicas encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais vida em comum sejam realizadas com certa eficincia e autonomia. (Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro de 2009, com adaptaes) 1. De acordo com o texto, (A) a autonomia de uma rotina administrativa um dos fundamentos essenciais existncia de uma verdadeira democracia. (B) o regime democrtico, apesar de sua validade no momento eleitoral, torna-se ilegtimo por no conseguir o pleno consenso da maioria da populao. (C) a democracia constitui a legtima forma de governo, apesar do abuso demaggico de alguns polticos. (D) os mandatos conferidos pelo sufrgio universal devem ser integralmente cumpridos pelos polticos eleitos. (E) a legitimidade de uma democracia s estar garantida se houver um consenso entre a maioria das pessoas. 2. Segundo o autor, I. basear-se em opinies alheias para a tomada de certas decises pode originar conflitos que ponham em risco a ordem pblica essencial em regimes democrticos.

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    II. respeitar a vontade da maioria uma prtica democrtica que se imps pela impossibilidade de haver unanimidade no trato de questes de ordem pblica. III. estabelecer um consenso entre as mais variadas opinies existentes em grupos minoritrios coloca em risco a legitimidade de uma democracia. Est correto o que se afirma em (A) I, somente. (B) II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. 3. A contradio inevitvel a que o autor alude, no 3 pargrafo, refere-se (A) definio do momento eleitoral mais apropriado e legitimao desse pleito com a escolha determinada pela maioria dos eleitores. (B) ao verdadeiro grau de legitimidade de uma instituio e confiana nessa instituio depositada pela maioria de seus representantes. (C) existncia de conflitos e ausncia de unanimidade que exigem at mesmo a tomada de decises arbitrrias, dentro do processo democrtico. (D) necessidade de legitimao de uma democracia pelo consenso obtido na representao das minorias. (E) importncia de um debate pblico sobre questes polticas relevantes e ao inevitvel surgimento de conflitos entre opinies divergentes. 4. O desenvolvimento do texto apresenta-se como (A) defesa apaixonada dos regimes democrticos estabelecidos no sculo XX, essenciais para garantir o consenso absoluto entre a maioria dos cidados. (B) descrena, apoiada na opinio de outro especialista, na legitimidade de regimes democrticos que no conseguem estabelecer consensos entre os cidados. (C) discusso aprofundada sobre a ineficcia de certos regimes democrticos, apesar da legitimidade conferida pelos votos da maioria. (D) crtica velada superposio de atribuies aos Poderes, especialmente quanto ao Executivo e ao Judicirio, nos regimes democrticos do sculo XX. (E) explanao lgica e coerente, a partir de conceitos sobre o assunto, de elementos inerentes prtica dos Poderes num regime democrtico. 5. Identifica-se relao de causa e consequncia, respectivamente, no segmento: (A) O sculo XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitim-la, as eleies pelo voto da maioria. (B) Assim como a confiana entre pessoas, legitimidade uma entidade invisvel. Mas ela contribui para a formao da prpria essncia da democracia...

    (C) Quanto mais marcadas por divises sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranas que busquem consensos. (D) Mas tambm no h democracia sem o Poder Judicirio, encarregado de nos lembrar e impor um sistema legal... (E) Como o papel do Poder Executivo agir com prontido, no lhe possvel gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. PROVA 4 FCC/2013 - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1 REGIO

    - Analista Judicirio rea Judiciria

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 3 referem-se ao texto que segue. Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de crnica do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu livro Esse inferno vai acabar: Meu cabelo est pendoando anuncia a prima, apalpando as melenas. Tenho anos, dcadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangs, s vezes me pega desprevenido. Seu cabelo est o qu? Pendoando insiste ela, e, com a pacincia de quem explica algo elementar a um total ignorante, traduz: Bifurcando nas extremidades. assim a Solange, criatura para a qual ningum morre, mas falece, e, quando sobrevm esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num atade, num esquife, num fretro, para ser inumado em alguma necrpole, ou, mais recentemente, incinerado em crematrio. Cabelo de gente assim no se torna vulgarmente quebradio: pendoa. Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino. Amigas da famlia, me e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a me, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava no vocabulrio. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa extremidade da mesa: Querido, pode alcanar-me uma cdea desse po? Por falta de preparo lingustico no sabia como atender a seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente: Ela quer uma casquinha do po. Ela fala sempre assim na casa dos outros. A me ficou vermelha, isto , ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovao, isto , dardejou-a com olhos censrios. Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck: Voc pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem alheia. Brasileiro assim mesmo, adora embonitar a conversa para impressionar os outros. Sei disso. Eu prprio j andei escrevendo sobre o que chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de, numa discusso, reduzir ao silncio o interlocutor ignaro. Uma espcie de gs paralisante verbal. (Cndido Barbosa Filho, indito)

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    1. No contexto, as frases Meu cabelo est pendoando e pode alcanar-me uma cdea desse po constituem casos de (A) usos opostos de linguagem, j que a completa informalidade da primeira contrasta com a formalidade da segunda. (B) usos similares de linguagem, pois em ambas o intento valorizar o emprego de vocabulrio pouco usual. (C) inteno didtica, j que ambas so utilizadas para exemplificar o que seja uma m construo gramatical. (D) usos similares de linguagem, pois predomina em ambas o interesse pela exatido e objetividade da comunicao. (E) usos opostos de linguagem, pois a perfeita correo gramatical de uma contrasta com os deslizes da outra. 2. A me ficou vermelha, isto , ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovao, isto , dardejou-a com olhos censrios. A expresso isto , nos dois empregos realados na frase acima, (A) introduz a concluso de que o significado das falas corriqueiras se esclarece mediante uma elaborada sinonmia. (B) inicia a traduo adequada de um enunciado anterior cuja significao se mostrara bastante enigmtica. (C) funciona como os dois pontos na frase Cabelo de gente assim no se torna vulgarmente quebradio: pendoa. (D) introduz uma enumerao de palavras que seriam evitadas pela prima Solange, levando-se em conta o que diz dela o cronista Werneck. (E) inicia uma argumentao em favor da simplificao da linguagem, de modo a evitar o uso de palavreado rebarbativo. 3. H uma relao de causa e efeito entre estas duas formulaes: (A) Cada um fala como quer e ou como acha que pode. (1 pargrafo) (B) para ser inumado em alguma necrpole e incinerado em crematrio. (7 pargrafo) (C) visita que recebemos em casa e eu ainda menino. (7 pargrafo) (D) achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava no vocabulrio. (8 pargrafo) (E) olhou a filha com reprovao e dardejou-a com olhos censrios. (12 pargrafo) PROVA 5 FCC/2012 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARAN -

    Analista Judicirio rea Administrativa

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 3 referem-se ao texto abaixo.

    A discusso sobre centro e periferia no pensamento brasileiro vincula-se a elaboraes que se do num mbito mais amplo, latino-americano. O primeiro locus importante onde se procura interpretar a relao entre esses dois polos a Comisso Econmica para a Amrica Latina (CEPAL), criada pouco depois da Segunda Guerra Mundial, em 1947. possvel encontrar antecedentes a esse tipo de anlise na teoria do imperialismo. No entanto, a elaborao anterior CEPAL preocupava-se principalmente com os pases capitalistas avanados, interessando-se pelos pases atrasados na medida em que desenvolvimentos ocorridos neles repercutissem para alm deles. Tambm certos latino-americanos, como o brasileiro Caio Prado Jr., o trindadense Eric Williams e o argentino Srgio Bagu, haviam chamado a ateno para a vinculao, desde a colnia, da sua regio com o capitalismo mundial. No chegaram, contudo, a desenvolver tal percepo de maneira mais sistemtica. J no segundo ps-guerra, ganha impulso uma linha de reflexo que sublinha a diferena entre centro e periferia, ao mesmo tempo que enfatiza a ligao entre os dois polos. Na verdade, a maior parte das teorias sociais, econmicas e polticas, apesar de terem sido elaboradas de forma ligada s condies particulares dos pases desenvolvidos do Atlntico Norte, as tomava como tendo validade universal. Assim, o marxismo, a teoria da modernizao e a economia neoclssica tendiam a considerar que os mesmos caminhos seguidos pelas sociedades em que foram formulados teriam que ser trilhados pelo resto do mundo, atrasado. (RICUPERO, Bernardo. O lugar do centro e da periferia. In: Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudana. Andr Botelho e Lilia Moritz Schwarcz (orgs.). So Paulo: Companhia das

    Letras, 2011. p. 94)

    1. No texto, o autor (A) prope a reformulao de dois conceitos importantes no pensamento brasileiro o centro e a periferia , tecendo reflexo que admite recuperar as apresentadas nas ltimas dcadas por teorias sociais, econmicas e polticas. (B) reconhece o pioneirismo da teoria do imperialismo no que se refere anlise do dilogo entre centro e periferia, identificando nela a desejvel equanimidade no valor atribudo a cada um dos polos. (C) correlaciona a temtica do centro da periferia, e, construindo relao homloga, obriga-se a estabelecer tambm correlao entre o pensamento brasileiro e o latino-americano. (D) est interessado em caracterizar o pensamento brasileiro no que se refere ao exame das relaes entre centro e periferia, o que no o dispensou de citar linhas interpretativas do tema que se aproximam desse pensamento e as restries que faz a elas. (E) historia cronologicamente o caminho percorrido pelo pensamento latino-americano desde o incio das discusses sobre centro e periferia at o momento em que se fixa na determinao das diferenas entre os dois conceitos.

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    2. possvel encontrar antecedentes a esse tipo de anlise na teoria do imperialismo. No entanto, a elaborao anterior CEPAL preocupava-se principalmente com os pases capitalistas avanados, interessando-se pelos pases atrasados na medida em que desenvolvimentos ocorridos neles repercutissem para alm deles. Considerado o trecho acima transcrito, correto afirmar: (A) A possibilidade referida na frase inicial descartada, como o comprova o fato de, na segunda frase, nada mais se abordar do assunto mencionado. (B) Observado que ocorrem aspas em pases atrasados e que no so usadas em pases capitalistas avanados, conclui-se que o autor as emprega para relevar seu julgamento quanto aos pases que se defrontam com os pases capitalistas avanados. (C) O emprego de principalmente sinaliza que a elaborao anterior CEPAL tinha sua ateno dirigida a pases com distintos graus de desenvolvimento. (D) A clareza do texto exige o entendimento de que os segmentos os pases capitalistas avanados e (pel)os pases atrasados so retomados, na ltima linha, respectivamente, por deles e neles. (E) O sinal grfico indicativo da crase est adequadamente empregado em CEPAL, mas se, em vez de Comisso, tivesse sido empregada uma palavra masculina, o padro culto escrito abonaria unicamente o emprego de a. 3. O texto legitima o seguinte comentrio: (A) (linhas 13 a 15) se a caracterizao de Caio Prado Jr., Eric Williams e Srgio Bagu fosse eliminada, a argumentao no perderia intensidade, pois eles so citados meramente como exemplos. (B) (linha 16) no segmento da sua regio, o pronome remete s regies indicadas tanto pelos adjetivos ptrios especficos, quanto pelo adjetivo ptrio que reporta ao processo de colonizao. (C) (linha 17) a expresso tal percepo evidencia que se nega a Caio Prado Jr., Eric Williams e Srgio Bagu a categoria de pensadores, dado que no se reconhece alguma organizao intelectual na intuio que tiveram. (D) (linhas 19 a 21) o segmento ganha impulso uma linha de reflexo que sublinha a diferena entre centro e periferia, ao mesmo tempo que enfatiza a ligao entre os dois polos exprime a evoluo simultnea de duas aes opostas, uma de desvalorizao, outra de valorizao. (E) (linha 22) A expresso Na verdade introduz esclarecimento acerca das teorias citadas, indicando com preciso que elas se preocupam com a universalidade, e no exatamente com a questo do centro e da periferia.

    Ateno: A questo de nmero 4 refere-se ao texto abaixo. H 40 anos, a mais clebre crtica de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), publicava seu artigo mais famoso. Era um detalhado estudo sobre Cidado Kane (1941), espertamente intitulado Raising Kane (trocadilho com a expresso to raise Cain, que significa algo como gerar reaes inflamadas). No texto que integra a coletnea Criando Kane e Outros Ensaios, publicada no Brasil em 2000 , Pauline defendia que o roteirista Herman J. Mankiewicz era a fora criativa por trs do filme, mais importante at que o diretor, Orson Welles (1915-85). Ela queria fazer justia a Mankiewicz, que cara em esquecimento, enquanto Welles entrara para a histria com a reputao de gnio maldito, frequentemente reivindicando para si as principais qualidades de Kane e a coautoria do roteiro embora Pauline jurasse que Welles no escrevera nem sequer uma linha do script. Independentemente do quanto de justia e veracidade Raising Kane trazia (o artigo foi bastante contestado na poca), surgem agora evidncias de que a prpria Pauline atuou de modo to pouco tico como ela acusava Welles de ter agido. A crtica teria baseado o seu artigo nos estudos realizados por outra pessoa Howard Suber, pesquisador da UCLA (Universidade da Califrnia, em Los Angeles), que colaborou com Pauline, mas que, por fim, no foi sequer mencionado no texto final. (Bruno Ghetti. Mritos de Pauline: o retrato de uma crtica. Folha de S. Paulo, ilustrssima, cinema, domingo, 11 de dez. de 2011. p. 6)

    4. No excerto, o autor, crtico de cinema, (A) faz referncia a dados biogrficos e a especfico artigo de Pauline Kael, tambm crtica de cinema, com o objetivo de produzir um tributo trajetria da americana. (B) esquadrinha a composio de coletnea sobre especfica criao de Orson Welles, em que se inclui clebre artigo de crtica de cinema americana. (C) faz reparo, em funo de direito suposto, a atitude de Pauline Kael, considerando-a comportamento antitico e apenvel. (D) resguarda-se de julgar o mrito do artigo de Pauline Kael sobre Cidado Kane, no sem, entretanto, atribuir crtica a malcia de provocar com ele afervorados movimentos de opinio. (E) d cincia do comportamento de Pauline Kael, h dcadas, quando escreveu sobre Orson Welles, e legitima tanto a defesa que ela fazia do roteirista Herman J. Mankiewicz, quanto a reputao de gnio maldito de que o diretor gozava.

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    PROVA 6 FCC/2014 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIO -

    Tcnico Judicirio Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 6, considere o texto abaixo.

    Texto I O canto das sereias uma imagem que remonta s mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As verses da fbula variam, mas o sentido geral da trama comum. As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinria beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graas ao irresistvel poder de seduo do seu canto. Atrados por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias ento devoravam impiedosamente os tripulantes. Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas solues vitoriosas. Uma delas foi a sada encontrada por Orfeu, o incomparvel gnio da msica e da poesia. Quando a embarcao na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ao das sereias, ele conseguiu impedir a tripulao de perder a cabea tocando uma msica ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou inclume a zona de perigo. A outra soluo foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade a aceitao dos seus inescapveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens no teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcao se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente que Ulisses no tapou com cera os prprios ouvidos ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de no solt-lo at que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do heri era clara: a falsa promessa de gratificao imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida prosseguir viagem, retornar a taca, reconquistar Penlope , do outro. A verdadeira vitria de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua prpria alma. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. So Paulo, Cia.

    das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    1. H no texto (A) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao primeiro. (B) juzo de valor a respeito das atitudes das sereias em relao aos navegantes e elogio astcia de Orfeu. (C) crtica forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio astcia de Ulisses. (D) censura atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida. (E) comparao entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. 2. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de (A) dissimulao. (B) lisura. (C) observao. (D) condescendncia. (E) intolerncia. 3. O navio atravessou inclume a zona de perigo. (4 pargrafo) Mantm-se o sentido original do texto substituindo-se o elemento grifado por (A) inatingvel. (B) intacto. (C) inativo. (D) impalpvel. (E) insolente. 4. Doce o caminho, amargo o fim. (3 pargrafo) A frase acima (A) contrape a natureza singela das sereias violncia do mar. (B) assinala a vitria de Ulisses sobre o poder mgico das sereias. (C) descreve a principal consequncia do confronto entre Ulisses e as sereias. (D) introduz a razo pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias. (E) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias. 5. O desfecho positivo para a situao enfrentada por Orfeu adveio (A) de seu talento musical. (B) do reconhecimento de suas inabilidades. (C) da ajuda que recebeu de seus tripulantes. (D) do fato de sua embarcao ser bastante resistente. (E) do acordo a que ele e as sereias chegaram.

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    Ateno: Para responder questo de nmero 6, considere tambm o texto II abaixo.

    Texto II

    O consultor de empresas americano Herb M. Greenberg chegou concluso de que o autoconhecimento a base do sucesso de profissionais bem-sucedidos. Ele garante que esses profissionais conseguem compreender a si mesmos e sabem o que fazem de melhor; conhecem exatamente quais so suas fraquezas e seus pontos fortes e por isso se destacam dos demais. (Adaptado de: GRINBERG, Renato. A estratgia do olho de tigre. So Paulo: Gente, 2011. p.51)

    6. Atente para o que se afirma abaixo. I. Depreende-se do Texto II que o comentrio sobre profissionais feito pelo consultor citado aplica-se a Ulisses (Texto I), pois foi por meio do autoconhecimento que ele desenvolveu a engenhosa estratgia que o salvou das sereias. II. Ao se contrapor o Texto II fbula das sereias (Texto I), percebe-se que as estratgias realistas de um funcionrio de uma empresa nada tm em comum com as decises tomadas por Orfeu e Ulisses, pois foi a interveno sobrenatural que mudou o curso do destino dos heris. III. A atitude de Orfeu no um exemplo vlido para o que se afirma no Texto II sobre profissionais bem-sucedidos, pois fica evidente que Orfeu no conhecia seus pontos fracos. Est correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) II. (C) I e II. (D) I e III. (E) I. PROVA 7 FCC/2014 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIO -

    Tcnico Judicirio-Segurana Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 5, considere o texto abaixo. O barulho um som de valor negativo, uma agresso ao silncio ou simplesmente tranquilidade necessria vida em comum. Causa um incmodo quele que o percebe como um entrave a seu sentimento de liberdade e se sente agredido por manifestaes que no controla e lhe so impostas, impedindo-o de repousar e desfrutar sossegadamente de seu espao. Traduz uma interferncia dolorosa entre o mundo e o eu, uma distoro da comunicao em razo da qual as significaes se perdem e so substitudas por uma informao parasita que provoca desagrado ou aborrecimento. O sentimento do barulho surge quando as sonoridades do ambiente perdem sua dimenso de sentido e se impem como uma agresso irritante, da qual no h

    como se defender. Mas esse sentimento pe em relevo um contexto social e a interpretao que o indivduo faz do ambiente sonoro em que se encontra. s vezes o mesmo som inversamente percebido por outra pessoa como um invlucro que lhe indiferente. No limite, o barulho constante das ruas acaba sendo abafado, ao passo que os excessos sonoros dos vizinhos so percebidos como indesejveis e como violaes da intimidade pessoal. Os barulhos produzidos por ns mesmos no so percebidos como incmodo: eles tm um sentido. Quem faz barulho so sempre os outros. O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento da sociedade industrial e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. O desenvolvimento tcnico caminhou de mos dadas com a penetrao ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotncia para controlar os excessos. profuso de barulhos produzidos pela cidade, circulao incessante dos automveis, nossas sociedades acrescentam novas fontes sonoras com os televisores ligados e a msica ambiente que toca no interior das lojas, dos cafs, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse preciso afogar permanentemente o silncio. Nesses lugares troca-se a palavra por um universo de sons que ningum escuta, que enervam s vezes, mas que teriam o benefcio de emitir uma mensagem tranquilizante. Antdoto ao medo difuso de no se ter o que dizer, infuso acstica de segurana cuja sbita ruptura provoca um desconforto redobrado, a msica ambiente tornou-se uma arma eficaz contra certa fobia do silncio. Esse persistente universo sonoro isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um em seu espao prprio, equivalente fnico dos biombos que encerram os encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferncia sonora assim forjada em torno da pessoa. Nossas cidades so particularmente vulnerveis s agresses sonoras; o barulho se propaga e atravessa grandes distncias. As operaes de liquidao do silncio existem em abundncia e sitiam os lugares ainda preservados, incultos, abandonados pura gratuidade da meditao e do silncio. A modernidade assinala uma tentativa difusa de saturao do espao e do tempo por uma emisso sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lgica produtiva e comercial, o silncio no serve para nada, ocupa um tempo e um espao que poderiam se beneficiar de um uso mais rentvel. (LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Alis, 2 de junho de 2013, com adaptaes)

    1. correto afirmar que, segundo a tica do autor, (A) a agitao resultante da vida moderna possibilita o encontro de pessoas em lugares privilegiados, em que a msica ambiente, por afastar o silncio, tende a favorecer a comunicao entre elas. (B) o constante barulho produzido pela vida moderna, apesar de parecer irritante a algumas pessoas, pode tambm transformar-se em um elemento de calma, ao transmitir sensao de acolhimento.

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    (C) a msica ambiente ouvida em locais de intenso movimento est distante de ser instrumento propcio ao relaxamento, servindo para isolar as pessoas em seu mundo particular. (D) a vida moderna, com aparelhos que transmitem sons a grandes distncias, permite, ao mesmo tempo, o relacionamento em lugares altamente frequentados, como restaurantes e aeroportos, e tambm o silncio e a meditao em lugares mais isolados. (E) o movimento incessante das ruas, embora resulte em barulho constante, torna-se mais aceitvel do que aquele produzido pela msica que se ouve em locais de grande afluxo de pessoas, impedindo-as de optar por um ambiente silencioso e calmo. 2. Considerando-se o teor do texto, correto concluir: (A) Ao se propagar difusamente por todos os espaos criados pela vida moderna, o barulho adquire sentido decorrente das transformaes tecnolgicas. (B) O barulho percebido subjetivamente e interfere no ambiente em que as pessoas se encontram, isolando conversas particulares e encobrindo devaneios. (C) Como resultado do desenvolvimento tecnolgico e social, o barulho inerente s sociedades modernas transformou-se em um eficiente instrumento da comunicao. (D) Com uma sonoridade geralmente suave, a msica ambiente atinge seu principal objetivo, que manter a sociabilidade entre os que se encontram em locais de grande agitao. (E) Por sua presena em diferentes lugares, a msica ambiente constitui um parmetro eficaz para medir a sensibilidade de cada indivduo ao barulho excessivo existente nesses locais. 3. Pois, aos olhos de uma lgica produtiva e comercial, o silncio no serve para nada, ocupa um tempo e um espao que poderiam se beneficiar de um uso mais rentvel. (4 pargrafo) A afirmativa acima (A) tem valor conclusivo em relao ao desenvolvimento do ltimo pargrafo, em que o autor aponta justificativa para a intensificao do barulho na sociedade moderna. (B) busca reduzir a importncia que a vida moderna imprime emisso constante de rudos que cercam as pessoas, at mesmo nos ambientes mais ntimos. (C) atribui sentido comercial ao silncio, superior quele que a sociedade atribui ao barulho, por ser este o resultado evidente de todo o desenvolvimento tecnolgico atual. (D) justifica a interferncia constante dos rudos em todos os lugares, como substitutos ideais do silncio, que leva habitualmente as pessoas a se fecharem em si mesmas. (E) apresenta uma sequncia de fatos que enumeram os benefcios trazidos pela agitao da vida moderna, ainda que eles resultem, geralmente, em barulho excessivo.

    4. Antdoto ao medo difuso de no se ter o que dizer, infuso acstica de segurana... (3 pargrafo) Depreende-se da expresso grifada acima: (A) depoimento pessoal, a partir da associao entre o sabor de uma bebida e a msica tranquilizante que compe o ambiente em que se est. (B) comentrio, com vis crtico, dirigido a quem interpreta o silncio como meio de alcanar o conforto resultante da paz interior. (C) aluso, de certa forma irnica, sensao de bem-estar que resulta habitualmente da ingesto de um ch reconfortante. (D) restrio, com base em observaes de senso comum, ao hbito generalizado de consumo de chs caseiros que visam restabelecer a calma. (E) opinio sarcstica, embasada na percepo geral do desconforto provocado pelo excesso de barulho em alguns ambientes. 5. O 1 pargrafo, de acordo com o que nele consta, apresenta-se (A) com forma aproximada de um relatrio, em que h anlise cientfica de um item que passar a ser discutido nos pargrafos seguintes. (B) como uma opinio informal do autor do texto, que contm, sobretudo, juzos de valor a respeito de problemas atuais que atingem toda a sociedade. (C) at certo ponto desnecessrio, por conter esclarecimentos a respeito de um assunto de conhecimento geral, cuja presena constante no mundo moderno. (D) com certa incoerncia intencional, para realar um problema que, ao atingir todos os membros de uma sociedade, reflete tambm a sensibilidade de cada indivduo. (E) de modo semelhante ao de um verbete de dicionrio, ao trazer informaes objetivas que esclarecem o tpico que ser desenvolvido. 6. Os barulhos produzidos por ns mesmos no so percebidos como incmodo: eles tm um sentido. (2 pargrafo) As relaes estabelecidas na transcrio acima permitem afirmar que o segmento introduzido pelos dois-pontos tem valor (A) causal, equivalente a devido ao fato de terem um sentido. (B) condicional, com o sentido de caso apresentem um significado. (C) temporal, entendido como quando traduzem um sentido. (D) final, equivalente a para que tenham um sentido. (E) proporcional, com o sentido de medida que tenham significado.

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    GABARITO PROVA 1 FCC/2010 - TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICPIOS DO ESTADO DO PAR - Tcnico de Controle Externo

    1 2 3 4 5 6

    C B C D A E

    PROVA 2 FCC/2010 - TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICPIOS DO ESTADO DO PAR Tcnico em Informtica

    1 2 3 4 5 6

    D A E C B A

    PROVA 3 FCC/2010 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE ALAGOAS - Tcnico Judicirio - rea Administrativa

    1 2 3 4 5

    E B C E E

    PROVA 4 FCC/2013 - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1 REGIO

    - Analista Judicirio rea Judiciria

    1 2 3

    B C D

    PROVA 5 FCC/2012 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARAN - Analista Judicirio rea Administrativa

    1 2 3 4

    D C B D

    PROVA 6 FCC/2014 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIO -

    Tcnico Judicirio-AA

    1 2 3 4 5 6

    E A B E A E

    PROVA 7 FCC/2014 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIO - Tcnico Judicirio-Segurana

    1 2 3 4 5 6

    C B A C E A