Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e ...
Sífilis e manejo clínico da profilaxia da transmissão vertical
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Secretaria de Saúde de ParnamirimSAE
SÍFILIS e MANEJO CLÍNICO DA PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL
Dra Salineide Mafaldo
Caso Clínico 1
Paciente J.M.S,24ª, sexo masculino veio a unidade de saúde com queixa de lesão ulcerada em pênis há 1 semana, resultado de VDRL = NR
Caso Clínico 1
Qual a conduta indicada para este caso?
1)Tratar com 1 dose de Penicilina Benzatina (2.400.000UI)
2)Tratar com 2 doses de Penicilina Benzatina (4.800.000UI)
3)Tratar com 3 doses de Penicilina Benzatina (7.200.000UI)
4)Tratar adequadamente com estearato de eritromicina
500mg VO 6/6h por 30 dias por risco de anafilaxia a
penicilina
Caso Clínico 1
Qual a conduta em relação a parceira?
1) Tratar imediatamente, sem testar
2) Tratar apenas em caso de resultado positivo
3) Tratar com 1 dose de penicilina benzatina em caso de
resultado negativo do parceiro
4) Nos casos de resultado positivo tratar com 3 doses de
penicilina benzatina
Teorização - Sífilis
Etiologia: Treponema pallidum, descoberto em 1905;
Vias de transmissão:
1- Sexual, por meio da pele e das membranas mucosas; 2- Vertical, intra-útero por disseminação hematogênica ao feto ou por contato direto durante o parto a partir de uma gestante infectada; 3- Sanguínea, por meio do sangue e de seus hemocomponentes durante transfusões não triadas adequadamente; A sanguínea e os acidentes com materiais biológicos contaminados com o T. pallidum, representam formas excepcionais de transmissão.
Teorização - Sífilis
Por quê é um Desafio para a Saúde Pública ?
Agente etiológico conhecido (descoberto em 1905)
História natural da doença conhecida
Diagnóstico laboratorial disponível
Tratamento/profilaxia disponíveis
Teorização - Sífilis
Sífilis Primária
Sífilis Secundária ou Latente Recente
Sífilis Terciária ou Latente Tardia
Sífilis Congênita: Precoce
Tardia
Caso Clínico 2
• Paciente R.F.S, 36anos, sexo feminino procurou a unidade básica devido queda progressiva de cabelos, papulas palmo-plantares e manchas eritematosas. VDRL= 1/32
Caso Clínico 2
Qual a conduta indicada para este caso?
1)Tratar com 1 dose de Penicilina Benzatina (2.400.000UI)
2)Tratar com 2 doses de Penicilina Benzatina (4.800.000UI)
3)Tratar com 3 doses de Penicilina Benzatina (7.200.000UI)
4)Tratar adequadamente com estearato de eritromicina
500mg VO 6/6h por 30 dias por risco de anafilaxia a
penicilina
Sífilis Secundária ou Latente Recente
Lesões cutâneo-mucosas não ulceradas que surgem cerca de 6 a 8 semanas após o cancro. Microadenopatias. Manchas eritematosas. Pápulas palmo-plantares. Alopécia. Pápulas hipertróficas (condiloma lata).
Tratamento
Pen.Benzatina-1.200.000 UI IM em cada glúteo, duas séries com intervalo de 7 dias;Total= 4.800.000UI.
· Seguimento : VDRL mensal· Obs: seguimento trimestral em mulheres não gestantes e
sexo masculino
Teorização - Sífilis
Sífilis Secundária
Sífilis Terciária ou Latente Tardia ou de duração Indeterminada
Após 3 a 12 anos: Lesões cutâneo-mucosas: tubérculos ou gomas Lesões neurológicas: tabes dorsalis, demência Lesões cardiovasculares: aneurisma aórtico Lesões articulares: artropatia de Charcot
Tratamento
Pen.Benzatina -1.200.000 UI IM em cada glúteo, três séries com intervalo de 7 dias;Total = 7.200.000 UI.
Seguimento : VDRL mensal Obs: seguimento trimestral em mulheres não gestantes e
sexo masculino
Teorização - Sífilis
Sífilis Terciária
Sorologia Treponêmica TPHA (Treponema pallidum Hemaglutination); FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody - Absorption); ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay)
Usados para confirmação da infecção pelo T. pallidum,
Permite a exclusão dos resultados falso positivos dos testes não treponêmicos,
Elevada especificidade (TPHA – 98 a 100%; FTA-Abs – 94 a 100%; ELISA – 97 a 100%).
Não são utilizados na rotina de triagem sorológica por apresentarem menor sensibilidade que os testes não treponêmicos (TPHA – 85 a 100%; FTA-Abs – 70 a 100%; ELISA – 82 a 100%).
Teorização - Sífilis
Sífilis - História natural
Tratado de dermatologia FITZPATRIK 5ª edição-2005 ; CDC - 2006
Contato
Primária
Secundária
Latente precoce1 ano a partir do
contato
Latente tardiaMais de 1 ano
Remissão 2/3 Terciária 1/3
(1/3 torna-se infectado)
10 a 90 dias
Recaída em 25%
3 a 12 semanas
4 a 14 semanas
Benigna tardia (16%); Cardiovascular(9,6%); Neurossífilis (6,5%)
VDRL + 25%
VDRL + 100%
VDRL com títulos baixos
VDRL com títulos baixos ou negativo
TV 100%
TV 90%
TV 30%
VDRL (Venereal Diseases Research Laboratory); RPR (Rapid Plasma Reagin)
São utilizados para a triagem sorológica da sífilis adquirida incluindo gestantes devido sua elevada sensibilidade: RPR – 86 a 100% e VDRL – 78 a 100% e a possibilidade de titulação.
São de realização técnica simples, rápida e de baixo custo. A principal desvantagem se refere aos resultados falso positivos possíveis, que podem ser explicados pela ocorrência de reações cruzadas com outras infecções treponêmicas ou pelo excesso de anticorpos, fenômeno conhecido como efeito prozona.
Pode haver ainda redução da sensibilidade nos estágios primário e tardio da doença.
Sorologia não Treponêmica
Teorização - Sífilis
EXPOSIÇÃO SEXUAL AO TREPONEMA PALLIDUM
SÍFILIS PRIMÁRIA
21 dias (10 a 90 dias)
SÍFILIS SECUNDÁRIA
LATENTE RECENTE
6 semanas a 6 meses
< 1 ano
LATENTE TARDIA
> 1 ano
SÍFILIS TERCIÁRIA
2 a 40 anos
25% com VDRL (-)
100% com VDRL (+)
VDRL com títulos baixos
VDRL om títulos baixos ou (-)
Cancro duro, que poderá passar despercebida na mulher quando localizado nas paredes vaginais ou no cólo do útero
Lesões cutâneo-mucosas generalizadas (roséolas sifilíticas, sifílides papulosas, condiloma plano, alopécia), poliadenopatia, dentre outras
Lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas); alterações neurológicas (tabes dorsalis demência); alterações cardiovasculares (aneurisma aórtico); alterações articulares (artropatia de Charcot)
EXPOSIÇÃO SEXUAL AO TREPONEMA PALLIDUM
SÍFILIS PRIMÁRIA
21 dias (10 a 90 dias)
SÍFILIS SECUNDÁRIA
LATENTE RECENTE
6 semanas a 6 meses
LATENTE TARDIA
> 1 ano
SÍFILIS TERCIÁRIA
2 a 40 anos
25% com VDRL (-)
100% com VDRL (+)
VDRL com títulos baixos
VDRL om títulos baixos ou (-)
Chance de Transmissão Vertical: 70 a 100%
Chance de Transmissão Vertical: 90%
Chance de Transmissão Vertical: 30%
Vamos erradicar a sífilis
congênita!!!
Segue abaixo, as recomendações do Ministério da Saúde brasileiro para o tratamento da sífilis adquirida.
Só depende de nós.
Sífilis Congênita
Caso Clínico 3
Paciente MSA, durante pré-natal foi constatada sifílis, VDRL: 1/32, sendo tratada com estearato de eritromicina por 30 dias, devido alergia a penicilina.
Qual a conduta frente ao recém- nascido ?
1- Tratar dependendo do valor do VDRL do RN
2-Tratar como sífilis congênita, com penicilina cristalina independente do VDRL
3-Tratar com Benzetacil
Nasci saudável graças aos seus cuidados.
Obrigada!Marcia Dal Fabbro- [email protected] Milanez – [email protected]