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ProvA de CIÊNCIAS HUMANAS e SUAS TeCNoLoGIASProvA de CIÊNCIAS dA NATUrezA e SUAS TeCNoLoGIAS

SIMULAdo eNeM

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira:

a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

2 Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.

3 Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta.

4 Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão.

6 No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos.

8 Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

9 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO--RESPOSTA.

10 Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas do início da sua aplicação.

11 Você será excluído do exame caso:

a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO--RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;

d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.

2014

19993853

1° dIA

Instituição de ensino:

Aluno:

CH - 1o dia | Caderno 1 - Azul - Página 3

QUESTÃO 1Milhões de homens ficavam uns diante dos outros [...] De

vez em quando seus generais procuravam romper o impasse. Dias e mesmo semanas de incessante bombardeio de artilharia [...] “amaciavam” o inimigo e o mandavam para baixo da terra, até que no momento certo levas de homens saíam por cima do parapeito, geralmente protegido por rolos e teias de arame farpado, para a “terra de ninguém”, um caos de crateras de granadas inundadas de água, tocos de árvores calcinadas, lama e cadáveres abandonados, e avançavam sobre as metra-lhadoras, que os ceifavam, como eles sabiam que aconteceria. A tentativa alemã de romper a barreira de Verdun, em 1916 (fevereiro-julho), foi uma batalha de 2 milhões de homens, com 1 milhão de baixas. Fracassou. A ofensiva dos britânicos no Somme, destinada a forçar os alemães a suspender a ofensiva de Verdun, custou à Grã-Bretanha 60 mil no primeiro ataque.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 33.

O texto do historiador Eric Hobsbawm se refere a uma característica de combate específica da Primeira Guerra Mundial, conhecida como:

A guerra de trincheiras. Instalados em acampamentos subterrâneos, os soldados das tropas aliadas estabeleceram uma estratégia eficiente de ataque que lhes dava mobilidade, o que garantiu a baixa de apenas alvos estratégicos e tornou a guerra curta.

B guerra aérea. Usados pela primeira vez em combate, os aviões das tropas inimigas eram enfileirados uns diante dos outros em um território neutro onde se travava a guerra. Rápidos e eficientes, eles garantiram uma guerra de curta duração na Europa.

C guerra de trincheiras. Instalados em valas escavadas na terra, os soldados das tropas inimigas disputavam metro a metro as posições de determinados territórios, o que levou à morte de milhares de pessoas e a longa duração da guerra.

D guerra dos drones. Preparados para atingir apenas alvos mili-tares, os soldados alemães inauguraram a guerra com armas inteligentes, o que poupou a vida de milhares de pessoas durante a guerra e garantiu uma guerra de curta duração.

E guerra de trincheiras. Instalados em valas escavadas na terra, os soldados das tropas inimigas exerciam um eficiente controle uns sobre os outros e alcançavam uma rápida mobilidade quando lutavam na “terra de ninguém”, o que poupou muitas vidas e garantiu uma guerra rápida.

QUESTÃO 2Leia a seguir trechos de letras de canções brasileiras.

TexTo 1

[...]A violência está em todo lugar.Não é por causa do álcool,Nem é por causa das drogas.A violência é nossa vizinha,Não é só por culpa sua,Nem é só por culpa minha.Violência gera violência.[...]

Titãs, Violência. Extraído do site: <http://letras.mus.br/titas/86522/>. Acesso em: 16 jul. 2014.

TexTo 2

[...]

Por que caminhos você vai e volta?

Aonde você nunca vai?

Em que esquinas você nunca para?

A que horas você nunca sai?

Há quanto tempo você sente medo?

Quantos amigos você já perdeu?

Entrincheirado, vivendo em segredo

E ainda diz que não é problema seu

[...]

Os Paralamas do Sucesso, O calibre.Extraído do site: <http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/69953/>. Acesso em: 16 jul. 2014.

TexTo 3

Nas grandes cidades, no pequeno dia a dia

O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia

Então erguemos muros que nos dão a garantia

De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

[...]

Nas grandes cidades de um país tão violento

Os muros e as grades nos protegem de quase tudo

Mas o quase tudo quase sempre é quase nada

E nada nos protege de uma vida sem sentido

[...]

Engenheiros do Hawaii, Muros e grades. Extraído do site: <http://letras.mus.br/engenheiros-do-hawaii/45733/>. Acesso em: 16 jul. 2014.

Pode-se afirmar corretamente com base nos textos, que a violência:

A é inerente à natureza humana (texto 1), e, portanto, não há o que se possa fazer contra ela.

B pode ser combatida com medidas simples, como mudar ca-minhos e horários e entrincheirar-se em casa (texto 2).

C pode ser anulada com grades e muros, e que ela é “sem sentido” (texto 3).

D exige passividade, pois lutar contra ela pode agravá-la, uma vez que “violência gera violência” (texto 1).

E decorre, entre outras causas, do individualismo e do materia-lismo, que fazem nos cercarmos de muros e grades que “nos protegem de quase tudo”, mas “o quase tudo quase sempre é quase nada” (texto 3).

QUESTÃO 3Leia o texto a seguir.

Visão de mundo que se reconhece sujeita a uma evolu-ção permanente, que exigirá por isso mesmo uma revisão constante. [...]

A natureza mesma de um tal empreendimento, que certa-mente visa à obtenção de resultados relativamente consensu-ais, se acomoda sem maior problema ao pluralismo de pontos de vista e de perspectivas fenomênicas diferentes. Ao antigo conflito das verdades se substitui agora o diálogo desses pon-tos de vista e dessas perspectivas. Mantém-se a aposta no caráter intersubjetivo da racionalidade. Mercê de sua postura cética, a Filosofia se pode pensar sob o prisma da comunica-ção, da conversa, do diálogo, do consenso e... da relatividade.

CIÊNCIAS HUMANASe SUAS TeCNoLoGIAS

Questões de 1 a 45


E assim, pensada, ela pode contribuir – e muito – para favorecer o entendimento entre os homens: tendo destruído as verda-des, ela poderá eventualmente ensiná-los a conviver com as suas diferenças.

PEREIRA, Oswaldo Porchat. Vida comum e ceticismo. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 252.

O texto discorre sobre:

A a impossibilidade do diálogo provindo dos ideais relativistas da Filosofia pós-moderna.

B os conhecimentos dogmáticos provenientes dos diálogos e consensos filosóficos.

C a impossibilidade de consenso sobre matérias que estão além da Matemática.

D a impraticabilidade do diálogo em razão do alto teor de abs-tração da Filosofia.

E a possibilidade do conhecimento consensual, que, se não é absoluto, também não é dogmático.

QUESTÃO 4

Cartaz bolchevique de 1917.

O cartaz retrata Lênin, um dos líderes da Revolução Russa, varrendo alguns personagens do globo terrestre. A imagem faz referência a alguns ideais dos revolucionários que lutaram pela:

A expulsão de imperadores, do clero e dos capitalistas de suas posições de poder na Rússia após outubro de 1917, quando os bolcheviques tomaram o governo. O globo reflete ainda o ideal de um movimento socialista mundial, característico dos primeiros anos dos bolcheviques no poder.

B expulsão de imperadores, do clero e dos proletários de suas posições de poder na Rússia após outubro de 1917, quando os mencheviques tomaram o governo. O globo reflete ainda o ideal de um movimento socialista regionalizado, característico dos primeiros anos dos bolcheviques no poder.

C expulsão de imperadores, membros do judiciário e capitalistas da Rússia após a Segunda Guerra Mundial, quando os sol-dados russos tomaram o poder após vencerem a Alemanha no combate. O globo reflete ainda o ideal russo de dominar o mundo por meio de uma Terceira Guerra Mundial.

D inclusão de imperadores, proprietários rurais e capitalistas russos na política econômica de mercado mundial, quando,

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a partir de outubro de 1917, o líder revolucionário começou a impulsionar as elites do país a atuar no mundo globalizado.

E inclusão de imperadores, do clero e dos capitalistas russos na participação política da Rússia após outubro de 1917, rom-pendo com o poder exclusivo dos proletários e projetando a Rússia mundialmente como um país em plena harmonia social.

QUESTÃO 5Em 1929 e 2008, os Estados Unidos suscitaram intensas cri-ses financeiras que provocaram reações em cadeia de caos econômico em quase todo o mundo. Apesar de algumas ca-racterísticas em comum, os contextos políticos e econômicos de 1929 e 2008 são muito diferentes, pois:

A a crise em 1929 atingiu apenas as classes operárias que perderam empregos e investimentos, enquanto a de 2008 atingiu todos os grupos sociais, falindo operários, banqueiros, seguradoras, baixos e altos executivos financeiros e o próprio governo norte-americano.

B as duas crises foram geradas graças à ousadia dos investi-dores, que não colocaram limites à especulação financeira e que confiaram cegamente nas apostas do mercado financeiro, mostrando que, apesar das diferenças, as causas de ambas as crises foram exatamente as mesmas.

C as causas da crise de 1929 foram exclusivamente culpa dos altos investidores que confiaram nas especulações financeiras, enquanto em 2008 foram os grupos sociais mais pobres, que investiram na bolsa sem ter dinheiro para saldar suas dívidas.

D a crise de 1929 levou banqueiros e altos executivos financei-ros a mergulhar no socorro do país, buscando reverter suas más apostas, enquanto em 2008, tais banqueiros e executivos negaram-se a prestar socorro ao mercado, jogando os grupos sociais mais pobres no desemprego e endividamento.

E a crise de 1929 atingiu todos os grupos sociais norte-america-nos, incluindo os banqueiros e grandes investidores, enquanto a de 2008 atingiu apenas alguns grupos, visto que os banqueiros e altos executivos financeiros foram socorridos pelo governo norte-americano.

QUESTÃO 6O economista Alan Blinder [...] chamou a atenção [...] para

o contraste entre a reação pronta e implacável do Executivo e do Congresso dos Estados Unidos na Grande Depressão dos anos 30 do século passado e a frouxidão da resposta do governo americano à crise de 2008.

A depressão dos anos 30 mobilizou as reservas democráti-cas do povo norte-americano. [...] Franklin Delano [Roosevelt] [...] tratou de salvar as grandes corporações e os bancos de seus próprios desvarios e preconceitos.

Os bancos relutaram em aceitar a forte intervenção do Estado no sistema financeiro. As medidas brecaram a corrida bancária e deram efetividade à execução de uma política de provimento de liquidez e de direcionamento do crédito em benefício da recu-peração econômica. O grand monde financeiro norte-americano jamais se conformou com a regulamentação imposta aos bancos e demais instituições não bancárias [...] no início dos anos 30.

[...] O New Deal era visto, naturalmente, com horror [pelos grandes capitalistas] [...] Em 1935, a multidão de desempre-gados e empobrecidos vivia dos programas de obras públicas e de assistência social do Estado.

[...]

BELLUZZO, Luiz Gonzaga. 1929 e 2008: reações à crise. Carta Capital, 27 set. 2013. Extraído do site: <http://www.cartacapital.com.br/revista/767/1929-e-2008-

reacoes-a-crise-874.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.


Ao comparar as crises financeiras de 1929 e 2008, o texto de Luiz Gonzaga Belluzzo retoma a experiência do New Deal (novo acordo) para a recuperação da economia norte-americana. Segundo o texto, a política do New Deal alcançou:

A sucesso na retomada do crescimento econômico e promoção do bem-estar para a população norte-americana, conquistan-do apoio hegemônico de todos os grupos sociais do país em relação à intervenção do Estado na economia.

B sucesso na retomada do crescimento econômico e promoção do bem-estar para grande parte da população norte-america-na, apesar das críticas dos banqueiros e grandes capitalistas do mercado financeiro em relação à intervenção do Estado na economia.

C sucesso na retomada do crescimento econômico, apesar do fracasso em relação aos programas sociais de promoção do bem-estar para grande parte da população norte-americana, causado pelos boicotes dos banqueiros e grandes capitalistas do mercado financeiro ao New Deal.

D fracasso econômico e social, levando os Estados Unidos a viver em 1935 uma crise ainda pior que a de 1929, obrigando o Estado a deixar de intervir na economia e esperar que as atividades de especulação financeira reequilibrassem a eco-nomia e as desigualdades sociais do país.

E fracasso econômico, levando os Estados Unidos e a elite do país a obter grandes prejuízos financeiros nos anos 1930, ao mesmo tempo em que a medida alcançou grande sucesso social ao promover empregos e o bem-estar das populações mais pobres, que superaram os banqueiros em riquezas.

QUESTÃO 7

Evidentemente, boa parte da política italiana refletia con-

cepções nazistas de raça e império. Contudo, havia duas

diferenças básicas entre os projetos imperiais de Hitler e os

de Mussolini. Uma era que os alemães levaram mais a sério

que os italianos o exclusivismo (e toda a lei) racial: as leis de

Nuremberg atuaram com maior eficiência que as leis raciais

de 1938. A segunda era que o fascismo – como imperialismos

mais antigos – situou sua missão civilizadora sobretudo fora da

Europa, e o nacional-socialismo não: e isto, a transformação de

europeus em bárbaros e escravos, constituiu, sem dúvida, a

maior ofensa dos nazistas à sensibilidade do continente.

MAZOWER, Mark. Continente sombrio. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 82-83.

O historiador Mark Mazower apresenta algumas diferenças en-tre o regime nazista, ou nacional-socialista, da Alemanha, e o regime fascista da Itália. Uma delas dizia respeito à aplicação das leis raciais muito mais efetivas na Alemanha que na Itália. Outra era em relação ao campo de ação da segregação racial das duas nações. Assim, o historiador sugere que:

A a política “civilizadora” da Itália fora do continente europeu, sobretudo no Oriente Médio, era apoiada pelos países imperia-listas mais antigos como Inglaterra e França; contudo o projeto alemão de conquistar a África, escravizar europeus e levá-los como mão de obra para o trabalho nas minas africanas não podia ser tolerado.

B apesar de a Itália ser influenciada pelo nazismo alemão, sobre-tudo no que diz respeito à “missão civilizadora” e às práticas de guerras de conquista para dominar um vasto império no continente europeu, Mussolini jamais subjugou povos consi-derados de outras raças, como judeus e africanos.

C mesmo com o apoio de Mussolini no que diz respeito às con-cepções de raça e império, e com a perseguição e deportação dos judeus italianos à Alemanha, ainda assim Hitler tinha como projeto invadir a Itália e escravizar os italianos, os quais o líder nazista considerava bárbaros.

D a “missão civilizadora” da Itália fora do continente europeu, so-bretudo na África, era aceita por diferentes países da Europa; contudo os programas alemães de segregação e extermínio de pessoas nascidas na Europa educadas conforme a cultura europeia não podia ser tolerado pelas outras potências do continente, como França e Inglaterra.

E a ação italiana de segregar pessoas fora do continente, sobre-tudo na América, era aceita e estimulada; enquanto as Leis de Nuremberg – que determinavam que nenhum alemão poderia se casar com pessoas que não fossem de origem germânica, ou seja, judeus, franceses, ingleses e italianos, considerados bárbaros – eram intoleráveis.

QUESTÃO 8

O material usado na cobertura [do estádio Beira-Rio] reduz

as ilhas de calor para minimizar o impacto no microclima e no

ambiente urbano. A membrana é composta por tecido de fibra

de vidro e teflon. “Autolimpante”, a membrana também reduz

a absorção do calor. As 65 folhas estruturais têm uma parte

translúcida que permite a entrada de luz natural. O material tem

durabilidade superior a 30 anos, podendo suportar temperatu-

ras de 200 graus negativos a 260 graus. Há também um efeito

estético secundário de demarcação da estrutura das folhas e

realce da concepção arquitetônica.

[...]

Novo Beira-Rio: obras e operação baseadas em conceitos de sustentabilidade. Portal da Copa, 20 fev. 2014. Extraído do site: <http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/novo-beira-

rio-obras-e-operacao-baseadas-em-conceitos-de-sustentabilidade>. Acesso em: 16 jul. 2014.

Uma das características do estádio mencionado que lhe permite reduzir sua contribuição para a formação das ilhas de calor é:

A a capacidade da cobertura de refletir boa parte da luz solar que incide em sua estrutura.

B o nulo gasto de energia com a limpeza e a conservação da membrana de seu teto.

C a sua localização em uma região que possui um clima que não favorece a ocorrência desse fenômeno.

D o baixo albedo apresentado pela membrana de sua cobertura em relação à luz solar que incide na cobertura.

E a possibilidade de receber temperaturas extremas para gerar um equilibro térmico em sua estrutura.

QUESTÃO 9

Considere o texto a seguir.

De causas que parecem semelhantes, esperamos efeitos

semelhantes. Essa é a súmula de nossas conclusões experi-

mentais. Ora, parece evidente que, se essa conclusão fosse

deduzida por via racional, ela seria tão perfeita à vista do primei-

ro exemplo como depois de uma longa série de experiências.

Mas sucede de modo bem diverso. Nada mais semelhante entre


si do que ovos: e todavia ninguém, fundado nessa aparente

semelhança, espera encontrar-lhes o mesmo gosto, o mes-

mo paladar agradável. Só depois de uma longa sucessão de

experiências uniformes de qualquer espécie adquirimos uma

firme confiança e certeza com respeito a um fato particular.

Mas onde está esse processo de raciocínio que, partindo de

um único exemplo, formula uma conclusão tão diferente da

que extrai de uma centena de exemplos que em nada diferem

daquele primeiro? Não é só no intuito de levantar dificuldades

que proponho esta questão, mas no de esclarecer-me também.

Não posso descobrir e nem sequer imaginar um raciocínio des-

sa espécie. Mas minha mente continua aberta à instrução, se

alguém me quiser fazer a mercê de ministrar-ma.

[...]

HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Trad. Antônio Sérgio. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 146. (Os pensadores).

O texto de David Hume discorre sobre um aspecto de nosso processo de conhecimento. Nesse trecho, podemos encontrar:

A a explicação sobre a ideia da causalidade, que, apesar de aparentar ser inata, se trata de um hábito mental formado por meio da experiência.

B a explicação do conceito de causalidade que, segundo Hume, é inato no ser humano, como também é a base das explica-ções racionais dos fenômenos naturais.

C o argumento segundo o qual a experiência sensorial não é capaz de oferecer garantias de conhecimento, visto que nela impera o caos primordial.

D a explicação segundo a qual a sucessão longa e ininterrupta das experiências uniformes é capaz de garantir a constância do conceito de causalidade.

E o conceito de idealismo do filósofo, uma vez que ele faz ques-tão de demonstrar a incapacidade da experiência de prover conhecimento seguro.

QUESTÃO 10

Angola é hoje o segundo maior parceiro comercial da China

no mundo lusófono, atrás somente do Brasil. Em 2012, as trocas

entre angolanos e chineses aumentaram 35,5% em relação ao

ano anterior. Além de Angola, as relações econômicas entre a

China e outros países do continente africano intensificaram-se

nos últimos anos.

[...]

FREY, Luisa. “A China vê a África como continente de oportunidades”, diz pesquisadora. DW, 1o mar. 2013. Extraído do site: <http://www.dw.de/a-china-vê-a-áfrica-como-continente-

de-oportunidades-diz-pesquisadora/a-16636117>. Acesso em: 16 jul. 2014.

O interesse chinês na intensificação do comércio com países africanos se expressa:

A no alcance de um mercado consumidor de matérias-primas.

B na busca por matérias-primas para suas indústrias.

C na intenção de promover o desenvolvimento desses países.

D no intento de minimizar a influência europeia no continente.

E na necessidade de diminuir sua dívida para com essas nações.

QUESTÃO 11

[...]

Praticamente toda a semana, um trabalhador rural, indígena,

ribeirinho, quilombola, camponês é morto na Amazônia. Alguns

são mais conhecidos e ganham mídia nacional e internacional,

mas a esmagadora maioria passa como anônimos e são vela-

dos apenas por seus companheiros. [...]

SAKAMOTO, Leonardo. Violência na Amazônia: falta coragem de enfrentar o problema. Blog do Sakamoto, 31 maio 2011. Extraído do site: <http://blogdosakamoto.blogosfera.

uol.com.br/2011/05/31/violencia-na-amazonia-falta-coragem-de-enfrentar- o-problema/>. Acesso em: 16 jul. 2014.

O texto retrata a violência praticada na região amazônica contra populações tradicionais e trabalhadores rurais dessa área. A questão principal relacionada a essa violência é:

A a migração para áreas urbanas.

B a busca por empregos.

C o acesso à propriedade da terra.

D o acesso a bens manufaturados.

E a ausência de serviços públicos.

QUESTÃO 12

Veículos trafegam irregularmente por acostamento em rodovia brasileira.

Com base na situação representada na foto e na noção de espaço público e privado, é correto afirmar que:

A trafegar pelo acostamento não é ilícito, pois a rodovia é um espaço público.

B com base no direito de ir e vir, garantido pela Constituição, o motorista pode trafegar pelo acostamento.

C o motorista que trafega pelo acostamento faz uso privado de um espaço público, sem respeitar a coletividade e suas regras.

D o livre-arbítrio garante ao motorista o direito de trafegar pelo acostamento sem ferir os interesses da coletividade.

E as regras do espaço público não podem se sobrepor ao direito individual do motorista que optou por trafegar pelo acostamento.

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QUESTÃO 14

Belém

Fortaleza

Cuiabá

Vila Bela

Gurupá

Vila Boa

PastosBons

Vila Mocha(Oeiras)

NatalParaíba(João Pessoa)

Recife

PALMARES

Olinda

Salvador

Porto Seguro

São PauloTaubaté

SantosSantiagode Xerez

Sete Povosdas Missões

Montevidéu

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOPACÍFICO

Me

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o d

e T

ord

es

ilh

as

Cidade Realde Guairá

La Paz

La Paz está correto.Favor habilitar a fonte Univers LT Std

Potosí

Santa Cruzde la Sierra

A.M

. Borb

a Gato

Fernão D

ias P

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Bartolomeu B. da Silva

Pascoal Moreira Cabral

Silva

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Antônio R. Tavares

Manuel Preto e A. R. Tavares

A. Fe

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Fernã

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A. R. Ta

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Antônio Raposo Tavares

Estêv

ão B.

Parente

Domingos B. Calheiros

Domingos A. Mafreuse

Domingos J. Velho

Domingos J. Velho eM. C. Almeida

Moraes Navarro eBernardo V. de Mello

Antônio Raposos Tava res

Captura de índio

Mineração

Sertanismo de contrato

Região de Palmares

Missões0 300

km

M001_GEO_SIMUL_2_3serie_Q14

A ocupação do território brasileiro se deu em diversas etapas, cada uma delas relacionada a interesses econômicos distintos. Observando o mapa, pode-se dizer que ele representa o movimento:

A de expansão das fronteiras agrícolas em direção ao Norte, acontecido principalmente a partir do século XXI.

B das entradas e bandeiras, expedições em busca apenas de metais e pedras preciosas, acontecidas principalmente durante os séculos XV e XVI.

C das missões, empreendimentos financiados pelo governo de Portugal que visavam interiorizar o território, acontecidos principalmente durante o século XVI.

D das entradas, empreendimentos privados, acontecidos principalmente no século XVIII e que visavam encontrar terras férteis para cultivar.

E das bandeiras, empreendimentos particulares que tinham como objetivo encontrar reservas de metais e pedras preciosas, escravizar indígenas e destruir quilombos, acontecidos principalmente nos séculos XVII e XVIII.

QUESTÃO 13

Portugal elogiou a decisão dos Estados Unidos e do Irã de realizarem o primeiro contato diplomático em nível ministerial desde 2007. Na quinta-feira, o secretário americano de Estado, John Kerry, se reuniu com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif.

[...]GRAYLEY, Mônica Villela. Portugal apoia momento diplomático de aproximação entre Irã

e EUA. Rádio ONU, 27 set. 2013. Extraído do site: <http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2013/09/portugal-apoia-momento-diplomatico-de-aproximacao-

entre-ira-e-eua/>. Acesso em: 16 jul. 2014.

Um dos motivos que mantinham a ausência de contatos diplo-máticos entre Irã e Estados Unidos e que é objetivo das atuais negociações entre esses países é:

A a ação militar iraniana contra possessões norte-americanas no Pacífico.

B os elevados preços de venda de petróleo praticados pelo Irã.

C a tentativa de explorar territórios africanos economicamente.

D o desenvolvimento de um programa nuclear pelo governo iraniano.

E a intensa concorrência entre as suas empresas.


QUESTÃO 15

OCEANOATLÂNTICO

Equador

50°O

Trópico deCapricórnio

OCEANOPACÍFICO

AmazôniaNordesteCentro-OesteConcentrada

Regiões

RR

AM

RO

AC

PA

AP

PI

CEMA

TO

GO

BA

MGES

RJ

RNPBPE

SEAL

SP

PR

SC

RS

MS

MT

DF

0 620

km


Favor habilitar a fonte Univers LT Std

Durante a história, foram diversas as sugestões de regionali-zação do Brasil, na tentativa de melhor administrar o território e de agrupar os estados em regiões com características co-muns entre si. Nesse sentido, a regionalização representada anteriormente retrata a:

A tese de “quatro Brasis” do geógrafo Milton Santos, que res-peitou os limites dos estados, mas utilizou características do meio técnico-científico-informacional para delimitar as regiões.

B divisão oficial do IBGE, traçada em 1942 e depois refeita em 1970, a partir da consideração dos aspectos econômicos, históricos e sociais.

C ideia de um Brasil desenvolvido e outro subdesenvolvido, idea-lizada por Milton Santos na década de 1980 e expressa através da oposição entre a região “concentrada” e as demais.

D proposta de Pedro Pinchas Geiger, feita em 1967, que es-tabelece a criação de regiões geoeconômicas orientadas pelas características econômicas e sociais de cada parte do território.

E divisão estabelecida pelo governo militar em 1968, que tinha como objetivo uma melhor distribuição dos recursos federais e a defesa militar descentralizada do território.

QUESTÃO 16

[...] pouco povoado até meados do século XIX, quando

passou a ser objeto de uma colonização dirigida, em peque-

nas propriedades agrícolas, e que trouxe contingentes euro-

peus não ibéricos para o país. O progresso agrícola e indus-

trial dessa região, onde se criou uma estrutura social na qual

a classe média e a iniciativa privada assumiram proporções

relativamente maiores, em comparação com as regiões de

ocupação mais antiga, teve enorme influência no desenvol-

vimento nacional.

GEIGER, Pedro Pinchas. As formas do espaço brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 18.

O texto anterior, do geógrafo Pedro Pinchas Geiger, que propôs a regionalização geoeconômica do Brasil em 1967, descreve:

A as características do complexo regional da Amazônia, po-voado com mais intensidade a partir de 1860 por romenos e austríacos.

B as características da parte sul do complexo regional do Centro-Sul, povoada no século XIX por alemães, poloneses e italianos.

C as características do complexo regional do Nordeste, ocupa-do por franceses e holandeses no século XIX por conta da guerra entre seus países e Portugal que acontecia na Europa.

D as características do complexo regional do Centro-Sul, que foi homogeneamente ocupado durante o século XIX por alemães e italianos, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul.

E as características da parte ocidental do complexo regional do Nordeste, ocupada durante o século XIX por franceses, alemães e holandeses que promoviam bandeiras na região.

QUESTÃO 17

Guerra Civil Espanhola, cerco de Madri, XXXX.

Marcha Antigolpista em XXX, 22 de março de 2014.

Aut

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Diferentes cartazes tomaram conta das manifestações que ocor-reram no Brasil em 2013 e 2014. Alguns deles apresentaram o lema “Não passarão” ou “¡No pasarán!”, símbolo da Guerra Civil Espanhola, o qual tem sido usado durante os séculos XX e XXI em diversas lutas e manifestações sociais. Uma característica comum dos grupos que defenderam esse lema nos anos 1930 e dos grupos que o reivindicaram nos anos 2010 no Brasil é:

A o perfil de esquerda, a composição de neoliberais e neonazistas, a luta contra o fascismo e a defesa de direitos sociais.

B o perfil de esquerda, a composição de comunistas, socialistas e anarquistas, a luta contra o fascismo e a defesa de direitos sociais.

C o perfil de direita, a composição de fascistas e nazistas, a defesa do fascismo e a luta contra os direitos sociais.

D o perfil de esquerda, a composição de comunistas, socialistas e anarquistas, a defesa do fascismo e a luta contra os direitos sociais.

E o perfil de direita, a composição de apartidários e neoliberais, a defesa do fascismo e a luta contra os direitos sociais.

QUESTÃO 18Divulgado em plena campanha para a sucessão presiden-

cial, o Plano Cohen representou uma peça decisiva na trama para a implantação do Estado Novo e a continuação de Getúlio Vargas no poder. [...]

O documento divulgado pelo governo continha apenas o segundo capítulo [...]. O primeiro capítulo nunca foi revelado [...] “porque [...] esclarecia que se tratava de um texto para debate e não de um verdadeiro plano organizado pelo Komintern”.

O documento traçava as diretrizes de uma insurreição numa grande cidade que poderia ser a capital federal, na época sediada no Rio de Janeiro. [...]

Deflagrada a greve geral, um “comitê de incêndios” deveria entrar em ação. [...] Paralelamente à greve e ao incêndio dos prédios públicos, ocorreriam manifestações populares no centro da cidade e nos bairros elegantes [...].

Em março de 1945, quando a dissolução do Estado Novo já parecia inevitável, o general Góis Monteiro denunciou a fal-sidade do Plano Cohen [...].

ABREU, Alzira Alves de e outros (Coords.). Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930. Rio de Janeiro: Editora FGV/CPDOC, 2001, v. 4. p. 4702-4703.

O texto fala sobre o exercício do poder no período de governo de Getúlio Vargas. A partir dessa análise, é possível afirmar que:

A sob a incontestável ameaça de um plano comunista para re-volucionar o Brasil, Getúlio Vargas foi obrigado a mobilizar as forças armadas e concentrar poder no Executivo para proteger o Estado Novo.

B o clima de liberdade intelectual que reinava no Brasil incenti-vou debates sobre a implantação do fascismo no país, o que assustou os grupos comunistas que pediram uma intervenção ditatorial de Vargas.

C por meio da divulgação do Plano Cohen, grupos norte-america-nos ameaçavam organizar manifestações populares em nome da democracia, levando a aceleração da redemocratização do país e a eleição de Vargas.

D sob a falsa ameaça de uma insurreição comunista, Getúlio Vargas deu um golpe de Estado tornando seu governo ainda mais autoritário ao suspender a Constituição e os partidos políticos durante o Estado Novo.

E sob o governo Vargas todas as vertentes políticas eram atuan- tes, o povo era livre para manifestar-se politicamente, de forma que todos aclamaram a instalação do Estado Novo de forma a garantir as liberdades democráticas brasileiras.

QUESTÃO 19O bê-á-bá da cartilha trabalhista [...] está no mito da doação

da legislação social. [...] Ele apareceu [...] talvez pela primeira vez, pela boca do Ministro do Trabalho Salgado Filho. Sob sua gestão [...], num momento de ascensão de uma onda grevista, instituíram-se as mais importantes leis sociais, sem contar o im-pulso que se deu à sindicalização nos padrões oficiais. Apesar disso – ou justamente por causa disso –, ele pronunciou um discurso modelar, em 29 de agosto de 1933, numa comemora-ção sindical em Campos (RJ). Ele disse, então, com todas as letras, aos trabalhadores que “tendes uma legislação que vos foi concedida sem nenhuma exigência, imposição ou pressão de qualquer ordem, mas espontaneamente”. [...]

A tese da concessão dos direitos sociais seria propagan-deada, na fala trabalhista, como obra da “generosidade” e da “capacidade de antevisão” de Vargas. [...]

PARANHOS, Adalberto. Antídoto para a luta de classes. História Viva, ed. 22, ago. 2005. Extraído do site: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/antidoto_

para_a_luta_de_classes_imprimir.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.

Foi durante o governo populista de Getúlio Vargas que diversas leis trabalhistas foram aprovadas. Por meio da análise do texto, é possível afirmar que:

A Vargas pode ser considerado o pai dos trabalhadores por doar direitos sociais inesperados às classes populares.

B Vargas foi oportunista ao se apropriar das reivindicações dos traba-lhadores, desmerecer sua luta e neutralizar sua articulação política.

C Vargas foi enganado por seu Ministro, Salgado Filho, que concedeu direitos aos trabalhadores, apesar da oposição do presidente.

D Vargas esteve aberto ao diálogo com trabalhadores e sindica-tos de maneira a valorizar suas lutas históricas e estimular sua articulação política.

E Vargas concedeu leis trabalhistas para a população sem nenhu-ma exigência anterior, pautado apenas em seu perfil paterno e generoso.

QUESTÃO 20

LAN. Jornal do Brasil, 5 jun. 1963. In: MOTTA, Rodrigo P. Sá. Jango e o golpe de 1964 na caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 117. [Adaptado]. Extraído do site:

<http://sidartaemhistoria.blogspot.com.br/2013/06/3-em-gabarito-brasil-populismo-e.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.


A charge publicada no Jornal do Brasil em 1963 mostra a crise vivida pelo governo de João Goulart nos anos 1960. Ela revela as disputas entre diferentes representantes políticos, entre os quais podemos identificar:

A João Goulart defendendo reformas políticas e alteração da Constituição como meio de alcançar as reformas sociais; Bri-zola defendendo a conquista das reformas sociais por meio de mobilizações populares e de uma revolução; e Carlos Lacerda representando os conservadores grupos de direita contrários a qualquer tipo de reforma social.

B João Goulart planejando um golpe de Estado comunista para alcançar a reforma agrária; Brizola denunciando o plano revo-lucionário de João Goulart para alcançar tais reformas de base; e Carlos Lacerda demonstrando sua imparcialidade política ao apoiar tanto João Goulart como Brizola.

C João Goulart defendendo a conquista das reformas sociais por meio de mobilizações populares e de uma revolução; Brizola representando os conservadores grupos de direita contrários a qualquer tipo de reforma social; e Carlos Lacerda defendendo reformas políticas e alteração da Constituição como meio de alcançar as reformas sociais.

D João Goulart criticando as reformas de base nas áreas políticas e sociais; Brizola criticando as frequentes revoltas sociais com medo de uma revolução; e Carlos Lacerda criticando a passi-vidade do presidente e sua falta de ação diante das diversas manifestações sociais.

E João Goulart defendendo reformas políticas e alteração da Constituição como meio de alcançar as reformas sociais; Bri-zola apoiando o caminho legalista defendido pelo presidente; e Carlos Lacerda se eximindo de qualquer responsabilidade no caso das reformas não alcançarem sucesso.

QUESTÃO 21Leia o texto e analise as informações do gráfico e do esquema.

[...]

Na sociedade brasileira do século XIX, havia um ambiente favorável ao preconceito racial, dificultando enormemente a in-tegração do negro. De fato, no Brasil republicano, predominava o ideal de uma sociedade civilizada, que tinha como modelo a cultura europeia, onde não havia a participação senão da raça branca. Esse ideal, portanto, contribuía para a existência de um sentimento contrário aos negros, pardos, mestiços ou crioulos, sentimento este que se manifestava de várias formas: pela repressão às suas atividades culturais, pela restrição de acesso a certas profissões, as “profissões de branco” (profis-sionais liberais, por exemplo), também pela restrição de acesso a logradouros públicos, à moradia em áreas de brancos, à par-ticipação política, e muitas outras formas de rejeição ao negro.

[...]INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). A herança cultural

negra e racismo. Extraído do site: <http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/negros/a-heranca-cultural-negra-e-racismo>. Acesso em: 16 jul. 2014.

Negros

Brancos

Proporção de negros e brancos no ensino superior(jovens de 18 a 24 anos)

2011

35,8% 65,7%

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Extraído do site:

<www.ibge.gov.br>. Acesso em: jun. 2014.

Pretos e pardos

Brancos

Proporção da renda por grupos étnicos – 2013

Renda per capita

Pretos e pardos → corresponde a apenas 57,4% da dos brancosFonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Extraído do site:

<www.ibge.gov.br>. Acesso em: jun. 2014.

Apesar de a última década ter sido o período em que mais se efetivaram ações de inclusão da população negra nas univer-sidades, que também foi favorecida pela elevação da oferta de emprego, as desigualdades entre brancos e negros ainda é bastante acentuada.

Com base no texto e nas informações dos gráficos, pode-se afirmar que o fim da escravidão no Brasil, ao final do século XIX:

A pôs fim à desigualdade entre brancos e negros, tornando a todos livres e com iguais condições de competir no mercado de trabalho.

B não reduziu de modo significativo a segregação vivida pelos negros, que continuaram vítimas do racismo e discriminados étnica e socialmente.

C atraiu grande número de imigrantes brancos, que rapidamente ocuparam as vagas disponíveis na rede oficial de ensino, o que deixou os negros libertos sem lugar para estudar.

D levou muitos negros a deixar o trabalho, agora assalariado, para se dedicar ao estudo e se preparar profissionalmente.

E formalizou a igualdade entre brancos e negros, que já existia desde a proibição do tráfico negreiro.

QUESTÃO 22Estamos vivendo, [....] uma formidável mudança de patamar

na história da economia mundial, diante das concentrações extraordinárias que se estão dando nas duas áreas centrais da história contemporânea, isto é: a área do dinheiro e a área da informação. Não esqueçamos de que a nossa era caracteriza- -se pela tirania do dinheiro e pela tirania da informação, sendo esta indispensável para que se exerça a tirania daquela.

Entrevista com Milton Santos. Revista Ciência Hoje, RJ, dez. 2001.

O texto acima, do geógrafo Milton Santos, retrata sua visão sobre a globalização, analisada por ele em três dimensões: a da fábula, contada pelos estados e empresas como inevitável; a da perversidade, por conta dos benefícios da globalização não atingirem nem um quarto da humanidade; e a da possibilidade para o futuro, com um emprego mais solidário das técnicas, colocada como oposição ao:

A neoliberalismo, ideologia fundadora do processo de globa-lização durante o século XIX e premissa para uma troca de produtos e informações globais livre de intervenção estatal.

B individualismo, comportamento estimulado pelo consumo glo-bal em escala cada vez maior desencadeado pelo processo de mundialização da economia.

C nacionalismo, característica secundária da globalização que surge por conta das migrações em massa em busca de tra-balho ao redor do globo.

D globalitarismo, termo cunhado por Santos no sentido de apon-tar para o sentido totalitário da globalização, imposição de um discurso único, centralizador de técnicas nas mãos de poucos e homogeneizador de comportamentos.

E consumismo, atividade humana fundamental para o espalha-mento da globalização econômica e política promovida pelas multinacionais.



Portanto, todas as tentativas feitas até agora para realizar dogmaticamente uma metafísica podem e têm que ser enca-radas como não ocorridas. Com efeito, que numa ou noutra há de analítico, isto é, um simples desmembramento dos conceitos que residem a priori em nossa razão, não chega a construir ainda o fim, mas apenas uma promoção com vistas à verdadeira Metafísica, isto é, a ampliar sinteticamente o seu conhecimento a priori; tal desmembramento é imprestável para o último por apenas mostrar o que está contido em tais conceitos, não po-rém como chegamos a priori a tais conceitos para que segundo tal também podermos determinar o seu uso válido com respeito aos objetos de todo o conhecimento em geral. O abandono de todas essas pretensões também requer pouca abnegação, uma vez que as inegáveis e também inevitáveis contradições da razão consigo mesma no procedimento dogmático privaram há tempo toda Metafísica precedente de sua reputação. [...]

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valerio Rohden e Udo Baldur Moosburger. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 34.

Immanuel Kant discorre nesse texto sobre o estatuto da Metafísica. As conclusões a que o filósofo chega esclarecem:

A que o desejo de conhecimento da realidade última faz sentido diante das contínuas descobertas realizadas pela Filosofia.

B que a Metafísica está em declínio porque os diferentes filósofos não fazem uso de uma metodologia realmente científica.

C que a Metafísica só fará realmente sentido quando os filóso-fos finalmente notarem a ligação intrínseca entre consciência e realidade.

D as tentativas de Metafísica realizadas até época de Kant não geraram frutos porque essas não estavam devidamente orien-tas pela ciência da História.

E que a Metafísica não aumenta o conhecimento, pois só é capaz de desenvolver os conceitos analíticos, isto é, o desdobramen-to lógico de seus conteúdos internos.

QUESTÃO 24

Fonte: <http://geografiaeconomicadong.blogspot.com.br/2008/09/alca.html>. Acesso em: 21 jun. 2014.

A Alca (Área de Livre Comércio das Américas) foi um projeto de bloco econômico para o continente americano muito defendido pelos EUA e que acabou não saindo do papel por conta de diver-sas mudanças políticas nos países da América do Sul. A crítica feita pela charge a esse projeto de bloco econômico diz respeito:

A aos direitos do consumidor, uma vez que com a queda das barrei-ras tarifárias, produtos estrangeiros seriam mais comuns no Brasil, impossibilitando a reclamação dos consumidores em caso de de-feitos por conta das empresas serem sediadas nos Estados Unidos.

B aos direitos humanos, uma vez que que o texto do acordo per-mitia legalmente o trabalho análogo à escravidão, desde que

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os trabalhadores não fossem do mesmo país da empresa utili-zadora de seus serviços.

C aos direitos trabalhistas, uma vez que o acordo permitia às empresas processar governos em caso de perdas no fatu-ramento por conta de greves ou outras questões trabalhistas internas de cada país.

D aos direitos dos animais, uma vez que o chicote e as correntes exibidas fazem referência aos maus-tratos ocasionados por grandes multinacionais no trato com animais.

E ao estado de direito, uma vez que todo bloco econômico passa a ter leis gerais que valem para todos os cidadãos habitantes dos países signatários dos acordos, suprimindo as Constitui-ções nacionais.

QUESTÃO 25

Desde 2009, a União Europeia vive uma forte crise econômica, que afeta principalmente Portugal, Irlanda e Grécia. Em relação a essa crise, a charge acima:

A fala em contágio porque, por conta da falta de dinheiro por parte dos governos, há doenças antes controladas, como a fe-bre espanhola, que voltaram a se espalhar por diversos países do bloco, e faz uma crítica ao fato de que há muitos europeus sem acesso ao sistema de saúde.

B fala em contágio na zona do Euro como uma possibilidade de espalhamento da crise para outros países e faz uma crítica ao empréstimo de dinheiro para governos financeiramente falidos enquanto a pobreza e o desemprego no bloco aumentam.

C fala em contágio como uma forma de alerta às empresas para não investirem na zona do Euro e faz uma crítica por conta das muitas demissões e do desemprego que deixam cada vez mais pessoas em situação e miséria nos países do bloco.

D fala em contágio como uma forma discriminatória de dizer que a corrupção grega é uma forma de doença relacionada à pobreza, que pode ser espalhada a partir do momento em que pobres de outros países passarem a querer agir conforme os gregos.

E fala em contágio em relação aos imigrantes, que por conta da crise mudam de país para tentar nova vida, fato representado pelo balão de fala no qual o personagem se interessa em ficar doente para poder buscar atendimento médico na Grécia, que acabara de receber 120 bilhões de euros para aplicar na área social.

QUESTÃO 26

Nos anos 70, a expressão “distensão” entrou para o voca-bulário nacional. Quem tirou a palavra do dicionário [...] foi o general Ernesto Geisel, que assumiu a Presidência em março de 1974 e ficou no poder até o início de 1979. Um acerto. Afinal, como ensina o Dicionário Aurélio, distensão quer dizer “afrouxa-mento, relaxação”, mas também “prolongamento, continuação”. Nenhuma expressão seria mais adequada para descrever o pe-ríodo em que a ditadura militar diminuiu seu ímpeto autoritário,

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mas, de outro lado, usou subterfúgios para adiar a entrega do poder aos civis, apesar de já dar sinais de exaustão.

A distensão política “lenta, gradual e segura” durou mais de dez anos e só foi concluída pelo presidente seguinte, João Baptista Figueiredo. Foi lenta mesmo, mas nem tão segura e muito menos gradual. [...]

MUNIZ, Ricardo; FERRAZ, Júlia. Abertura: lenta e insegura. Aventuras na História, 1o abr. 2005. Extraído do site: <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/

abertura-lenta-insegura-434193.shtml>. Acesso em: 17 jul. 2014.

O projeto de devolução dos poderes aos civis transcorreu nos anos finais da ditadura militar no Brasil. Como se os brasileiros não soubessem decidir sozinhos os rumos que queriam para o país, Geisel e seus aliados planejaram uma transição para a democracia no país de maneira “lenta, gradual e segura”. O texto acima afirma, ao contrário, que ela ocorreu de maneira lenta, mas não gradual, nem segura, pois:

A a ameaça comunista rondava o país, impossibilitando os mili-tares de afrouxar o controle sobre a população que continua va sem qualquer poder de decisão política, porém segura da vio-lência comunista, pois era defendida e cuidada pelos militares.

B apesar de lenta, a redemocratização do país ocorreu de re-pente, sem gradações de liberdades civis e políticas, quando forças de esquerda tomaram o poder dos militares por meio de uma rebelião, e passaram a perseguir os conservadores e espalhar terror pelo país.

C durante dez anos a ditadura alternou momentos de plena li-berdade política e duras perseguições, deixando a população confusa e insegura em relação aos rumos do país e ao próprio comportamento político, não sabendo se seriam apoiados ou perseguidos por suas atuações.

D apesar de lançar o projeto de redemocratização, o governo Geisel planejava enganar seus opositores e endurecer ain-da mais a ditadura militar no Brasil, aproveitando o clima de afrouxamento das críticas para lançar mais atos institucionais e perseguir os líderes da direita e da esquerda política.

E durante os dez anos que se seguiram muitos foram os recuos em relação à democracia, como a liberação da propagan-da política e sua posterior proibição, a contínua cassação de mandatos, as perseguições políticas, a suspensão e retomada de prisões e assassinatos.

QUESTÃO 27

Extraído do site: <http://herb.ashp.cuny.edu/items/show/661>.

Essa imagem, publicada nos Estados Unidos nos anos 1960 com o título “O iceberg vermelho”, revela aspectos da Guerra Fria em relação:

A à aproximação política e econômica entre Estados Unidos e União Soviética e demais países comunistas, revelando uma futura aliança.

B à indiferença dos Estados Unidos em relação ao Comunismo, visto que norte-americanos e soviéticos seguiam caminhos distintos.

C ao obstáculo que a União Soviética e os demais países comu-nistas representavam ao avanço do poder dos Estados Unidos sobre o mundo.

D ao início da guerra, quando os Estados Unidos atacaram Ásia, União Soviética e demais países do Leste Europeu em uma emboscada surpresa via marítima.

E à invasão dos Estados Unidos pelos soviéticos e seus aliados, levando à fuga dos grandes empresários capitalistas norte- -americanos de seu próprio país.

QUESTÃO 28

“Um dos aspectos pouco explorados nos estudos dos blo-cos econômicos tem sido o impacto da formação de um bloco comercial sobre o mercado de trabalho”, afirma o economis-ta Celso Pudwell, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Segundo ele, no caso do Nafta (North American Free Trade Agreement, ou Acordo de Livre Comércio Norte-Americano), em vigor desde 1994, houve uma deterio-ração das condições de trabalho nos três países envolvidos – Estados Unidos, Canadá e México. Neste último, de acordo com o economista, os postos de trabalho com maiores salários e benefícios sociais diminuíram, enquanto aumentou o número de empregos com menor estabilidade e benefícios sociais.

Fonte: <http://www.comciencia.br/200405/reportagens/06.shtml>. Acesso em: 24 jun. 2014.

Após a criação do Nafta, os efeitos no mercado de trabalho no México apontados pela notícia são uma consequência:

A da chegada de grandes corporações multinacionais, que insta-laram no México as empresas maquiladoras, onde os salários são muito baixos; da isenção de impostos, atraindo muitas empresas mexicanas a migrar para os EUA, onde o mercado consumidor é maior; e do fluxo de migrantes pobres entre os países, uma consequência incômoda da união política e monetária entre os países do bloco.

B da união monetária no bloco, onde o dólar se tornou a moeda de todos os países e, com isso, diminuiu os salários dos trabalhado-res mexicanos; da falta de empregos qualificados, causada pela ausência de investimento do governo local em tecnologia e ino-vações; e da presença de muitos canadenses e estadunidenses no país, “roubando” os melhores cargos dos mexicanos.

C da adoção de políticas fiscais comuns, que possibilitaram a en-trada de produtos mexicanos nos mercados estadunidenses e canadenses e, com isso, fizeram que as fábricas transferissem seu departamento de propaganda e marketing para EUA e Canadá, como forma de atender melhor seu público consumidor.

D da instalação de grandes corporações, principalmente es-tadunidenses, no território mexicano, onde a mão de obra e os custos de produção são mais baratos; da queda das barreiras tarifárias, causadora da falência de muitas em-presas locais, impossibilitadas de competir com as corpo-rações, ocasionando o fechamento de postos de trabalho mais qualificados; e do brain drain, fenômeno de migração de trabalhadores qualificados para países onde os salários e benefícios são maiores.

E da criação de uma Justiça do Trabalho comum, liderada por juízes mexicanos e canadenses, o que ocasiona o privilégio no julgamento de infrações às leis trabalhistas ocorridas nos EUA e no Canadá e uma permissividade às empresas desses países para instalar fábricas que não cumprem os direitos tra-balhistas em território mexicano, chamadas de maquiladoras.

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QUESTÃO 29

VenezuelaReabilitação da ligação rodoviária entre Caracas e Manaus

ColômbiaProjeto interconexão elétricaColômbia - Equador (Segunda parte)

EquadorInterconexão elétrica Equador - Peru

PeruPonte sobre o Rio Acre (fronteira com o Brasil)

ChilePavimentação e melhoramento daArica - La Paz (parte chilena)

GuianaEstradas de conexão entre

Venezuela, Guiana e Suriname

SurinameMelhoramento da estrada Georgetown - Albina

e da estrada Macapá a Oiapoque

BrasilRota Boa Vista - Georgetown

Hidrovia Paraguai - ParanáConstrução da ferrovia Cascavel - Foz do Iguaçu

ParaguaiProjeto binacional de melhoramento

de navegabilidade do lago Itaipu

UruguaiReabilitação e melhora do corredorferroviário Assunção - Montevidéu

ArgentinaConstrução da ponte binacional Salvador Mazza (Argentina) - Yacuiba (Bolívia)

União Sul-americanaA união dos Países da América do Sul (Unasul) incorporou, no final do ano passado, o plano multilateral denominado

Iniciativa de Infraestrutura Sul-Americana (Insa) com previsão de investimentos de US$ 74,5 bilhões e mais de 570 projetos em 12 países.

Fonte: <http://revista.brasil.gov.br/reportagens/integracao-da-america-do-sul>. Acesso em: 24 jun. 2014.

Os projetos do Plano Iirsa, uma das primeiras iniciativas conjuntas na formação do bloco da Unasul, apontam para a tentativa de criação:

A de corredores de exportação pelo continente, com a intenção de transformar o bloco em um território fértil para investimentos e instalação de grandes multinacionais, ao mesmo tempo que ocasiona diversos confl itos sociais e ambientais locais.

B de um território homogêneo tecnologicamente, no qual as diferenças estruturais entre os países desaparecerão e, com isso, as desigualdades sociais e econômicas serão diminuídas, evitando crises econômicas como a sofrida pela União Europeia.

C de uma união aduaneira, na qual os produtos terão taxas de importação e exportação comum a todos os países, e a partir da qual as grandes obras de infraestrutura apontadas no mapa serão custeadas coletivamente pelos países do bloco.

D de uma coalizão política entre os governos dos países signatários, com a formação de um território comum a todos que, futuramente, poderá levar à diluição das fronteiras nacionais e a adoção de uma nova nacionalidade por todos os habitantes do bloco.

E de um meio técnico-científi co-informacional único e compatível com as necessidades de todos os países do bloco, ao qual os habitantes terão amplo acesso, e através do qual as desigualdades econômicas e sociais poderão ser suprimidas.

QUESTÃO 30

Em 2014, em parceria com o governo, a Fifa (Federação In-ternacional de Futebol) promoveu a Copa do Mundo no Brasil, conhecido como o “país do futebol”. Esse esporte é reconhe-cidamente o mais popular do planeta, e o Brasil é o lugar onde ele é mais praticado. Nesse esporte é possível identificar alguns aspectos sociais, políticos e econômicos como:

A a igualdade social e econômica, pois os atletas de um time ganham salários praticamente iguais, porque todos são seme-lhantemente importantes para o esquema tático da equipe.

B a mobilidade social, pois todo atleta de talento tem condições de se tornar um craque e ascender socialmente.

C a clara separação entre política e entretenimento, pois não há registros históricos de governantes que tenham tentado vincular a popularidade do esporte a ações governamentais.

D a democracia racial e o reconhecimento social, irrealizados para a maioria da população pobre, mas que no campo de futebol se apresenta como possibilidade real.

E a igualdade étnica, pois no mundo do futebol não há racismo.


Se a realidade humana existe, é porque também já está lan-çada nesta possibilidade (da morte). Que ela esteja entregue à sua morte e que, por consequência, esta última faça parte essencialmente do ser-no-mundo é o que, de início e mais frequentemente, a realidade humana não tem conhecimento expresso, nem mesmo teórico. Sua derrelição na morte lhe é revelada com uma clareza mais primitiva e mais penetrante na situação-afetiva da angústia. A angústia diante da morte é a uma angústia “diante” do poder-ser absolutamente peculiar, incondi-cional, intransponível. Este “diante de que” ocorre esta angústia é em face do próprio fato de ser-no-mundo. O “porquê” dessa angústia é o poder-ser da realidade humana e nada mais. Não é permitido confundir a angústia diante da morte com um certo temor diante do falecimento. Esta angústia não significa uma “depressão” qualquer, e acidental no humor do indivíduo, é uma situação afetiva fundamental da realidade-humana; como tal, ela


é a revelação do fato de que a realidade-humana, cujo ser é ser

lançada e abandonada em sua possibilidade, existe para seu fim.

[...]

HEIDEGGER, Martin. O ser para a morte. In: História dos filósofos ilustrada pelos textos. Trad. Lélia de Almeida Gonzales. 6. ed. Rio de Janeiro. Freitas Bastos, 1984. p. 382-383.

Nesse texto, o filósofo Martin Heidegger analisa a existência humana em face da morte. Essa análise apresenta:

A um caráter cético, visto que a morte retira o significado dos conhecimentos adquiridos pelo homem.

B o conceito de angústia como doença típica da competição desenfreada do capitalismo ocidental.

C a angústia como a expressão da condição de mortalidade experimentada pelo sujeito.

D a realidade humana como fechada em si mesma, impossibili-tada de antever seu próprio futuro.

E a angústia humana cujo caráter fundamental é voluntário, visto que a fé poderia apaziguá-la.

QUESTÃO 32

Considere o texto a seguir.

Ser bom, quando se pode, é um dever e, ademais, existem certas almas tão capacitadas para a simpatia que, mesmo sem qualquer motivo de vaidade ou de interesse, elas experimentam uma satisfação íntima em irradiar alegria em torno de si e vivem o contentamento de outrem, na medida em que ele é obra sua. Mas eu acho que no caso de uma ação desse tipo, por mais de acordo com o dever e mais amável que seja, não possui, porém, verdadeiro valor moral, já que ela se coloca no mesmo plano de outras inclinações, a ambição, por exemplo, que, quando coincide com o que realmente está de acordo com o interesse público e o dever, com o que, por conseguinte, é honorável, merece louvor e encorajamento, mas não respeito, pois falta a essa máxima o valor moral, isto é, o fato de que essas ações sejam feitas não por inclinação, mas por dever.

[...]

KANT, I. Fundamento da metafísica dos costumes. In: VERGEZ, A.; HUISMAN, D. História dos filósofos ilustrada pelos textos. Trad. Lélia de Almeida Gonzales. 6. ed. Rio de Janeiro:

Freitas Bastos, 1984. p. 269-270.

O texto explica:

A que uma ação verdadeiramente moral é aquela feita somente por respeito ao dever.

B que um ato de caridade é moral por causa da alegria que ele proporciona ao sujeito.

C que não há como dizer que um ato é moral, pois a ética é um conceito relativo.

D que um ato autenticamente moral é aquele ligado aos direitos humanos laicos.

E que a maior parte de nossas ações é de cunho moral visto que vivemos em sociedade.

QUESTÃO 33

Está sendo velado em uma das capelas do Cemitério Par-que das Flores, no bairro do Farol, em Maceió, o corpo do último componente do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião” [...]. Ele morreu [...] depois de ter complicações

respiratórias em casa, no bairro do Salvador Lyra, região loca-lizada na parte alta de Maceió.

José Alves de Matos era conhecido entre os companheiros como “25”. Ele tinha 97 anos [...].

LAET, Dayane. “25”, último cangaceiro do bando de Lampião é sepultado em Maceió. TNH1, 16 jun. 2014. Extraído do site: <http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/

geral/2014/06/16/302514/morre-em-maceio-aos-97-anos-ultimo- cangaceiro-do-bando-de-lampiao>. Acesso em: 16 jul. 2014.

O cangaço se desenvolveu no final do século XIX e início do XX. Surgiu no Sertão nordestino, em um contexto de pobreza extre-ma trazida pela grande seca de 1877-1879. As interpretações sobre o fenômeno do cangaço mais aceitas pelos historiadores e cientistas sociais identificam os cangaceiros como:

A bandidos sociais, pois eram considerados criminosos pelo Estado, enquanto setores da população os viam como heróis e justiceiros.

B revolucionários que apenas defendiam os interesses da po-pulação pobre contra os latifundiários e coronéis.

C bandidos “do bem”, que roubavam dos ricos para dar aos pobres, com o objetivo de promover a distribuição de renda.

D opositores da oligarquia latifundiária que queriam pôr fim ao voto de cabresto.

E camponeses desprovidos de terra e trabalho que se rebelaram contra a falta de oportunidade.

QUESTÃO 34

A ideia do banco é suprir necessidade cada vez mais evi-dente, a de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimen-to sustentável não só dos cinco países, mas como de países de fora. Por exemplo, países africanos que tem essa necessidade e que podem encontrar dificuldades na obtenção de recursos.

Atualmente, quatro cidades pleiteiam a sede do banco: Xangai, na China, Joanesburgo, na África do Sul, Nova Déli, na Índia, e Moscou, na Rússia.

O embaixador explicou que o Brasil não é candidato porque os outros países já têm estrutura pronta para a finalidade.

Fonte: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/banco-dos-brics-sera-criado-durante-cupula-de-paises-no-mes-que-vem.html>. Acesso em: 24 jun. 2014.

A notícia da criação de um banco comum entre os países re-latados na notícia aponta:

A para uma iminente crise no bloco do Brics, uma vez que a cria-ção de bancos comuns só acontece quando há a necessidade de socorrer países em complicações financeiras graves e que estejam em desenvolvimento.

B para o comprometimento internacional com a preservação do meio ambiente, uma vez que o banco citado pretende traba-lhar apenas com o desenvolvimento sustentável em países africanos que não tenham infraestrutura adequada.

C para a consolidação de um bloco econômico específico entre os países que formam o Brics, com um banco comum, pronto para socorrer países tanto do próprio bloco como para investir em projetos de outros países em desenvolvimento.

D para a ampliação futura do bloco do Brics, uma vez que a cria-ção do banco e o investimento em outros países levará à criação de novas potências emergentes que poderão passar a integrar o bloco e, com isso, fazer frente às grandes potências mundiais.

E para a entrada do Brasil na cúpula de segurança permanente da ONU, uma vez que um dos pré-requisitos para fazer parte dessa cúpula é ser capaz de socorrer financeiramente países em desenvolvimento.


QUESTÃO 35

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOPACÍFICO

OCEANOPACÍFICO

OCEANOÍNDICO

ESTADOSUNIDOS

CANADÁ

AMÉRICALATINA

ÁFRICA

23

OCEANIA

JAPÃO

1

EUROPAOCIDENTAL

EUROPAORIENTAL

Os três principais pólos ou centros da economia mundial nos dias atuais

Linha divisória entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvilvido

0 2500

km

Área deinfluência dos

Estados Unidos

NorteSul

Área deinfluência da

União Europeia

Área deinfluênciado Japão

Norte Sul



Fonte: <http://blogdo3cotec.blogspot.com.br/2013/06/guerra-fria.html>. Acesso em: 24 jun. 2014.

Após o fim da Guerra Fria, a influência geopolítica mundial se dividiu em diversas frentes. A antiga divisão entre Norte desen-volvido e Sul subdesenvolvido passou a não representar mais a situação geopolítica mundial, pois algumas regiões do globo, tanto ao Norte quanto ao Sul, não se encaixavam nas características dessa antiga divisão. Essas regiões, representadas pelos números 1, 2 e 3 no mapa, são, respectivamente:

A a Rússia, ainda uma potência militar capaz de fazer frente aos três centros da economia mundial, mas com desigualdade social e econômica; a China, uma potência emergente superpopulosa e altamente urbanizada; e o Oriente Médio, unificado em torno do petróleo, do Islamismo e da questão Palestina e em guerra aberta e constante com o mundo ocidental, representado na região pelo Estado de Israel.

B a Rússia, uma potência militar enfraquecida, mas ainda com grande capacidade econômica e industrial herdada da União Sovi-ética; a Índia, uma potência emergente com grandes centros tecnológicos e pouca desigualdade social; e Israel, o único Estado judeu do planeta, com grande capacidade industrial e militar, mas que não se alinha culturalmente com nenhum outro centro da economia mundial.

C a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma espécie de expansão da ex-União Soviética, com alto poder bélico e militar, mas com dificuldades financeiras e uma população empobrecida; a China, o país mais populoso do planeta, com um alto parque industrial espalhado por todo o território e uma população enriquecida; e Israel, uma potência militar e bélica no Oriente Médio, mas com uma realidade social conturbada por conta da Palestina.

D a Rússia, uma potência militar e econômica que poderia ser um centro econômico mundial, mas que, por conta da ex-União Soviética, precisa manter suas antigas repúblicas através da CEI (Comunidade dos Estados Independentes); a Índia, um centro tecnológico e financeiro, mas com uma sociedade ainda dividida em castas e empobrecida; e o Oriente Médio, uma coalizão de países islâmicos enriquecidos pelo petróleo que está em guerra constante com os EUA.

E a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), herança da União Soviética, com grande importância militar, mas dependente economicamente dos centros da economia mundial; a China, uma potência emergente, mas ainda muito empobrecida; e o Oriente Médio, com grande concentração econômica em torno do petróleo e uma identidade cultural comum em torno do Islamismo, não se alinhando a nenhum dos três polos econômicos.


QUESTÃO 36

UCRÂNIA

RepúblicaAutônomada Criméia

MOLDOVA

ROMÊNIA

BULGÁRIA

TURQUIA

RÚSSIA

GEÓRGIA

Kiev

35°L

45°N

MAR NEGRO

M004_GEO_SIMUL_2_3serie_Q36.ai


0 300

km

Fonte: <http://www.portaldailha.com.br/noticias/lernoticia.php?id=21480>. Acesso em: 25 jun. 2014.

No final de 2013, fortes manifestações se transformaram em uma grande revolta na Ucrânia depois que seu presidente resolveu não assinar um acordo com a União Europeia. Após meses de conflito por todo o país entre partidários do presidente e opositores que defendem uma maior relação com a União Europeia, a região da Crimeia, ao sul do país, que já era autônoma, declarou-se independente. A tensão na Crimeia se deve:

A à recusa do presidente em assinar o acordo com a União Europeia, que previa grandes investimentos sociais e estruturais na região pelo fato de existir, na cidade de Sevastopol, um porto importante com saída para o mar Negro.

B ao fato de que sua população se cansou do descaso do governo ucraniano para os constantes ataques da Rússia, que, desde a época da União Soviética, tem interesse na região por sua localização geopolítica estratégica.

C ao fato de que a maioria de sua população fala russo e tem forte identificação com a Rússia, que defende a sua independência por ter interesse geopolítico na região, onde mantém um porto com saída para o mar Negro.

D à presença de população russa na região, migrantes que fugiram do regime autoritário hoje em vigor na Rússia, e que insuflaram a população da Crimeia a revoltar-se na busca de uma independência que possa transformar o novo país em membro da UE.

E ao refúgio dos opositores do presidente na região insular, onde foram defendidos pela maioria tártara que vive na Crimeia, partidária da ideia de independência para posterior integração com a Rússia, onde se concentra uma grande comunidade de tártaros.

QUESTÃO 37

NovA deTeNção de SUdANeSA CoNverTIdA Ao CrIS-

TIANISMo ProvoCA CrISe dIPLoMáTICA

O Sudão convocou os embaixadores dos Estados Unidos e

do Sudão do Sul depois da nova detenção de uma cristã que

estava tentando voar para os Estados Unidos com sua família

após ser liberada da prisão, onde aguardava cumprimento da

pena de morte, informou o serviço de segurança do Estado

nesta quarta-feira.

Mariam Yahya Ibrahim foi libertada na segunda-feira depois

que um tribunal de apelações anulou a sentença de morte –

imposta por ela ter renunciado ao islamismo para se converter

ao cristianismo e assim se casar com um homem cristão –,

depois que o governo ficou sob o que chamou de pressão

internacional sem precedentes.

Mas Mariam foi novamente detida na terça-feira ao tentar usar

documentos emitidos pela embaixada do Sudão do Sul para sair de

Cartum com o marido, que é norte-americano e sul-sudanês, e seus

dois filhos –, aprofundando a disputa diplomática sobre seu caso.

Fonte: <http://noticias.r7.com/internacional/nova-detencao-de-sudanesa-convertida-ao-cristianismo-provoca-crise-diplomatica-25062014>. Acesso em: 25 jun. 2014.

O Sudão do Sul se tornou independente do Sudão em 2011, de-pois de anos de guerra civil. Um dos principais motivos da guerra que levou à independência, expresso também na notícia acima, é:

A a existência de diferenças étnicas entre o Sudão, muçulmano sunita, e o Sudão do Sul, muçulmano xiita.

B a presença de uma maioria cristã na população do Sudão, que mesmo assim tem um estado islâmico, o que ocasiona a fuga de pessoas para o Sudão do Sul, de estado laico.

C o conflito histórico entre partidários de uma aliança com os Estados Unidos e os partidários da continuação da cooperação com a Rússia, herança da Guerra Fria.

D o fato de que o Sudão tem uma população de maioria islâmica, com uma legislação igualmente islâmica, enquanto o Sudão do Sul tem uma população majoritariamente cristã.

E o não reconhecimento do governo sudanês da independência do Sudão do Sul, o que faz com que os conflitos armados continuem entre os dois países.


QUESTÃO 38Desde a época dos safávidas [dinastia xiita do século XVI],

o Irã passou a contar com duas autoridades: a da monarquia

e a das mesquitas. [...] quando o equilíbrio entre elas é per-

turbado, quando o xá [soberano] tenta assumir o poder total

(sobretudo com ajuda estrangeira), aí o povo se reúne nas

mesquitas e começa a lutar. [...] Nesse recinto até a atuação

da Savak [polícia secreta da ditadura do xá Mohammad Reza]

é limitada [...].

No que se refere ao xá, sua atitude em relação às mesquitas

colocou-o numa situação bastante contraditória. Se, por um

lado, ele perseguia a dissidência religiosa, por outro [...] fazia

questão de posar de muçulmano ardoroso [...].

Mas havia ainda outro motivo para as mesquitas gozarem

de uma relativa liberdade. Os americanos, que manipulavam o

xá [...] achavam que a única oposição vinha do Tudech, o par-

tido comunista. Diante disso, todo o fogo da Savak foi dirigido

contra os comunistas.

KAPUSCINSKI, Ryszard. O xá dos xás. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 104-106.

O texto do jornalista Ryszard Kapuscinski revela as relações políticas entre Estados Unidos e Irã durante o período da Guerra Fria, e aponta para um importante evento que transformaria as alianças entre os americanos e alguns países do Oriente Médio. Esse evento diz respeito à:

A Revolução Iraniana do século XVI e sua transformação em um reino islâmico xiita inimigo do Ocidente, inaugurando há séculos a oposição entre muçulmanos e norte-americanos.

B Revolução Iraniana de 1941 e sua conversão em um fanto-che de grandes potências como Inglaterra e Estados Uni-dos, transformando os muçulmanos em aliados dos cristãos do Ocidente.

C Revolução Safávida de 1979 e a transformação do Irã em uma República Comunista, inaugurando um período de guerra contra os Estados Unidos, que desviaram seu foco da União Soviética para o Irã.

D Revolução Iraniana de 1979 e sua conversão em uma Repúbli-ca Islâmica, transformando os muçulmanos nos novos inimigos norte-americanos após o fim da Guerra Fria.

E Revolução Comunista, que transformou o Irã em 1941 no maior inimigo dos Estados Unidos, iniciando assim sua luta contra “o terror”, ou seja, contra os inimigos muçulmanos comunistas e terroristas.

QUESTÃO 39

INfLAção: UM ProbLeMA QUe Não Pode Ser eSQUeCIdo

Da hiperinflação da década de 80 à inflação na casa de um

dígito que se vê hoje, o Brasil passou por uma longa história de

instabilidade e aflição em relação aos preços

Se hoje a preocupação com inflação brasileira é se o Índice

de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano acima

do teto da meta – de 6,5% ao ano –, nas décadas de 80 e 90 a

população se “armava” com calculadoras para checar o real

valor do suado dinheiro.

[...]

Fruto do esgotamento do modelo econômico adotado pelo

regime militar, o Brasil viveu a década de 80 com um PIB fraco e

a inflação em alta. Na tentativa de conter o aumento dos preços,

planos econômicos e ministros se sucediam em curto espaço

de tempo. Desde 1981, o Brasil teve seis moedas diferentes e

16 ministros da Fazenda. Diante da escalada inflacionária, as

palavras “recorde” e histórico” eram frequentes nas manchetes

dos jornais. A inflação acumulada no País durante a década

de 80 foi de 36 850 000%, como apontou texto de O Estado

de S.Paulo da época.

PASSARELLI, Hugo. Inflação: um problema que não pode ser esquecido. O Estado de S. Paulo, 7 set. 2011. Extraído do site: <http://economia.estadao.com.br/noticias/

negocios,inflacao-um-problema-que-nao-pode-ser-esquecido,83215e>. Acesso em: 17 jul. 2014.

Entre as consequências das superinflações dos anos 1980 e 1990 no Brasil, podemos citar:

A a alta dos preços dos produtos, que chegavam a ser re-marcados diversas vezes em apenas um dia e a crise de abastecimento que deixava as prateleiras de supermerca-dos vazias.

B a estabilização dos preços dos produtos para a população, apesar das altas da inflação, e o consequente prejuízo do comércio, da indústria e dos prestadores de serviço que arca-vam com as diferenças entre o preço real e o preço praticado pelo mercado.

C a alta dos produtos fabricados no Brasil e a desvalorização dos produtos importados, levando a uma grande oferta de produtos importados nas prateleiras dos supermercados e ao enfraquecimento da indústria nacional.

D a possibilidade de os consumidores brasileiros programarem seus gastos e se prepararem para situações-problema, como um possível desemprego ou endividamento.

E o aumento do poder de compra dos brasileiros com as van-tagens das compras parceladas, com juros controlados e estáveis, além da crescente confiança dos investidores no mercado nacional.

QUESTÃO 40A

ngel

i


A charge de Angeli, de 2001, faz referência às consequên-

cias dos ataques terroristas aos Estados Unidos em 11 de

setembro de 2001. Conforme a sátira, os Estados Unidos

iniciaram uma:

A peregrinação pela Ásia e Oriente Médio com o objetivo de catequizar os muçulmanos e comunistas, impondo-lhes a con-versão ao Cristianismo e aos valores capitalistas, seu alvo foi sobretudo o chamado “Eixo do Mal”, composto de Iraque, Irã e Coreia do Norte.

B cruzada mundial contra o terror e, colocando-se acima de todas as leis, até mesmo da ONU, declararam uma ofensiva contra o chamado “Eixo do Mal”, países acusados de fabricar armas de destruição em massa, como Iraque, Irã e Coreia do Norte.

C ofensiva a todos os países do mundo não cristãos, no caso, todas as nações islâmicas na África e no Oriente Médio como Egito, Iraque e Arábia Saudita, além do Estado judeu de Israel e outros países da África que professam sua religiões tradicio-nais, como Nigéria, Angola e Sudão.

D guerra contra todos os países do mundo, considerando todas as nações suspeitas de planejar a queda dos Estados Uni-dos como a maior potência política e econômica do planeta, classifi cando sua guerra solitária como uma luta do bem contra o mal.

E cruzada mundial contra o mal e, colocando-se acima de todas as leis, até mesmo da ONU, declararam sua ofensiva contra países acusados de querer restaurar o comunismo no mundo, como China, Cuba, Coreia do Norte e Vietnã.

QUESTÃO 41

2 eólica

5 marés

6 ondas

3 solar

4 geotérmica

1 hídrica7

biomassa

1 carvão

3 gás natural

4 urânio

4 petróleo

Fonte: <http://www.edp.pt/pt/sustentabilidade/ambiente/alteracoesclimaticas/saibamais/Pages/FontesdeEnergia.aspx>. Acesso em: 25 jun. 2014.

A busca por fontes de energia é uma das grandes questões políticas, econômicas e ambientais da atualidade. Observando o esquema apresentado acima, podemos dizer que a energia geotérmica e o urânio são, respectivamente:

A um exemplo de fonte de energia renovável, a partir do aproveitamento da lava expelida por vulcões em usinas termelétricas, e um exemplo de fonte de energia não renovável, a partir do uso de urânio em usinas nucleares para produzir combustí vel automotivo.

B uma fonte de energia renovável mas ao mesmo tempo poluidora, por expelir gás carbônico na atmosfera, e uma fonte de energia não renovável, mas considerada limpa, uma vez que usinas nucleares não produzem lixo.

C um exemplo de fonte de energia não renovável, uma vez que a movimentação de magma no interior da Terra é temporária e pode terminar, e um exemplo de fonte de energia renovável, já que o urânio pode ser produzido sinteticamente em laboratório.

D uma fonte de energia não renovável quase esgotou, já que há poucos vulcões ativos na natureza, e uma fonte de energia renovável em desuso, já que a energia nuclear é muito perigosa e muito cara, sendo vetada em países desenvolvidos.

E um exemplo de fonte de energia renovável, a partir do aproveitamento do calor interno da Terra para produzir eletricidade, e um exemplo de fonte de energia não renovável, a partir da fissão do núcleo de átomos de urânio para produzir energia nuclear.


QUESTÃO 42

Índice de mobilidade, modo e renda

RMSP 2002

3,50

2,50

1,50

0,50

3,00

2,00

1,00

0,00até 400

400 a 800

800 a 1 600

1 600 a 3 000

3 000 a 6 000

mais de 6 000

Viag

em p

or p

esso

a/di

a

Renda mensal familiar (R$) coletivo

a pé

individual

total

Fonte: <http://www.teoriaedebate.org.br/materias/nacional/uma-nova- politica-de-mobilidade-urbana>. Acesso em: 25 jun. 2014.

Em 2013, diversos protestos por todo o Brasil aconteceram por conta do aumento no valor da passagem no transporte público. O MPL (Movimento Passe Livre), organizador dos primeiros protestos, surgiu em 2005 e tem entre suas principais propostas a tarifa zero, como forma de ampliar o acesso ao transporte coletivo e melhorar o trânsito. Observando o gráfico, pode-se dizer que:

A a proposta e as críticas do MPL são justas, pois observa-se um número maior de viagens a pé do que no transporte co-letivo entre as famílias de menor renda (o que pode indicar dificuldade em pagar a tarifa), e um decréscimo no uso do transporte coletivo acompanhado de um aumento no uso do transporte individual nas famílias com renda mensal acima de R$ 1.600,00, o que aumenta o trânsito.

B as críticas do MPL não fazem sentido, pois o transporte coletivo é mais utilizado entre as famílias de menor renda, o que permite dizer que ele é acessível a essa população, e a utilização do transporte individual acontece de forma equilibrada e proporcional entre as famílias de menor e de maior renda.

C a proposta de tarifa zero poderia ampliar o acesso ao trans-porte público, pois se observa um maior número de viagens a pé do que no transporte coletivo entre as famílias de menor renda mensal, mas não seria importante para as famílias com renda mensal maior, pois elas preferem andar a pé do que no transporte individual ou coletivo.

D as críticas do MPL são justas, porque o Brasil historicamen-te investiu mais em transporte individual do que coletivo, mas a proposta de tarifa zero não se sustenta pois entre as famílias de menor renda mensal as viagens no transporte coletivo são em maior número do que qualquer outro tipo de viagem.

E a proposta de tarifa zero não conseguiria diminuir o uso do transporte individual e promover o uso do transporte coletivo, uma vez que os mais ricos utilizam o transporte individual por uma questão cultural e prática e não por outros motivos.

QUESTÃO 43

Fonte: <http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2011/04/17/ ser-cartunista-e-a-profissao-mais-perigosa-do-oriente-medio-hoje-diz-

autor-jordaniano.htm#fotoNav=4>. Acesso em: 21 jul. 2014.

A charge faz referência a uma série de importantes aconte-cimentos ocorridos no norte da África e no Golfo Pérsico que é conhecida como Primavera Árabe. A situação retratada na charge diz respeito:

A à alienação dos jovens árabes com relação às redes sociais, levando a passividade política e contribuindo com a manuten-ção de governos ditatoriais na região.

B à conscientização política dos jovens árabes que, por meio de petições e abaixo-assinados virtuais, conseguiram denunciar os casos de corrupção de ditadores da região, levando-os a renunciar à política de modo pacífico.

C às trocas de informações nas redes sociais, que se tornaram armas contra governos ditatoriais, levando à mobilização da população árabe para organizar greves, passeatas e ma-nifestações com o objetivo de exigir o fim desses regimes opressores.

D à organização dos trabalhadores da área de informática em torno dos sindicatos que bloquearam o acesso de ditadores às redes sociais, impedindo-os de fazerem anúncios políticos e levando-os ao ostracismo.

E à revolução virtual organizada por hackers que invadiram as contas das redes sociais de diversos ditadores da região, postando denúncias contra esses ditadores, obrigando-os a renunciar aos seus cargos.

QUESTÃO 44

Fonte: <http://leituraprazerouobrigacao.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html>. Acesso em: 25 jun. 2014.

Dan

iel B

úrig

o/C

B/D

.A P

ress


Os meios de comunicação têm um papel fundamental na his-tória da humanidade. As mudanças trazidas pela globalização possibilitam o contato instantâneo entre pessoas de todos os lugares do mundo, e essa possibilidade é bastante explorada tanto por empresas, com anúncios e propagandas, quanto por governos e pela população. Observando a charge, podemos dizer que ela:

A faz um elogio, mostrando que quanto mais evoluem as tecno-logias de comunicação, mais simples se torna a comunicação, dispensando grandes textos e diálogos.

B faz uma crítica, opondo a evolução das tecnologias de comu-nicação à involução na comunicação entre as pessoas, cada vez mais individualizada e reduzida.

C faz uma crítica, apontando que a comunicação está na descen-dente porque a criação de novas tecnologias está estagnada.

D descreve a evolução da comunicação escrita, apontando que na era da comunicação visual as palavras são cada vez menos importantes.

E descreve a evolução da comunicação como um todo, apon-tando a praticidade das novas tecnologias, que fortalecem o poder de síntese das pessoas.

QUESTÃO 45A situação de abastecimento de água no semiárido brasi-

leiro e na Região Metropolitana de São Paulo pode piorar entre

2014 e 2015. Foi o que afirmaram [...] o diretor-presidente da

Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, e o se-

cretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Irani

Braga Ramos, em audiência pública realizada pela Comissão

de Serviços de Infraestrutura (CI), sob a presidência do senador

Wilder Morais [...].

[...]

Falta de água pode piorar no Nordeste e em São Paulo. Agência Senado, 4 jun. 2014. Extraído do site: <http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/06/04/falta-de-agua-

pode-piorar-no-nordeste-e-em-sao-paulo-dizem-especialistas>. Acesso em: 16 jul. 2014.

Além das questões climáticas que estão relacionadas ao ce-nário acima descrito, contribuíram para o problema da falta de água:

A a liberação dada pelo governo brasileiro ao uso indiscriminado do recurso pelos grandes agricultores.

B a realização de obras de transposição de rios que abasteciam as regiões Nordeste e Sudeste.

C a captação desse recurso nos rios que abastecem essas re-giões por outros países.

D o aumento da venda desse recurso para consumo de países vizinhos como a Argentina.

E a precariedade da infraestrutura de distribuição e armazena-mento de água.

CN - 1o dia | Caderno 1 - Azul - Página 21

CIÊNCIAS dA NATUrezAe SUAS TeCNoLoGIAS

Questões de 46 a 90

QUESTÃO 46

O heredograma a seguir representa parte da família de D. João VI, príncipe regente de Portugal que fugiu das tropas de Napo-leão Bonaparte para o Brasil em 1808.

1 2

3 4

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

1: Dom Pedro III 2: Dona Maria 3: Dom João VI 4: Dona Carlota Joaquina 5: Maria Teresa 6: Antônio 7: Maria Isabel 8: Pedro I 9: Princesa Leopoldina 10: Maria Francisca 11: Isabel Maria 12: Miguel

13: Maria da Assunção 14: Ana de Jesus Maria 15: Maria da Glória 16: Miguel 17: João Carlos 18: Januária Maria 19: Paula-Mariana 20: Francisca-Carolina 21: Pedro II

Não epilético

Epilético

D. Pedro I, filho de D. João VI, sofria de epilepsia, mesma doença que acometia suas irmãs (Maria Isabel e Isabel Maria), seus filhos (Januária Maria e Pedro II) e seu cunhado (o príncipe herdeiro Ferdinand). Considerando os casos de epilepsia na família real portuguesa, acredita-se que ela tenha origem genética.

A análise do heredograma permite concluir que:

A caso a doença seja realmente hereditária, é possível que sua manifestação em D. Pedro I esteja relacionada a genes holândricos.B houve um casamento consanguíneo entre os avós de Pedro II, o que pode ter aumentado a difusão da doença na família real portuguesa.C caso a doença fosse causada por um par de alelos autossômicos recessivos, D. João VI e Dona Carlota Joaquina teriam de ser heterozigotos.D a epilepsia pode ser considerada um tipo de herança ligada ao sexo, dado o padrão de transmissão da doença entre os integrantes

da família real portuguesa.E para se enquadrar na primeira lei de Mendel, o par de alelos responsável pela epilepsia também determinaria outras características em Januária.

QUESTÃO 47

Observe a tabela abaixo.

distribuição mundial dos tipos sanguíneos Abo por grupos de população (%)

Povos o A b Ab Povos o A b Ab

Aborígenes 61 39 0 0 Abissínios 43 27 25 5Ainus (Japão) 17 32 32 18 Albaneses 38 43 13 6Árabes 34 31 29 6 Armênios 31 49 14 6Austríacos 36 44 13 6 Bantos 46 30 19 5Bascos 51 44 4 1 Belgas 37 42 8 3Pie Negro 17 82 0 1 Bororos 100 0 0 0Brasileiros 47 41 9 3 Búlgaros 32 44 15 8Buriates 33 21 38 8 Bosquímanos 56 34 9 2Chineses de Pequim 29 27 32 13 Chineses-Cantoneses 46 23 25 6Chuvaches 30 29 33 7 Checos 30 44 18 9Dinamarqueses 41 44 11 4 Holandeses 45 43 9 3Egípcios 33 36 24 8 Ingleses 47 42 9 3Letões 32 37 24 7 Esquimós-Alaska 38 44 13 5Estonianos 34 36 23 8 Esquimós-Groenlândia 54 39 5 2

Extraído do site: <http://www.bibliotecapleyades.net/imagenes_ciencia/esp_ci2.gif>. Acesso em: 13 jun. 2014.

A análise dos dados contidos na tabela permite afirmar que, dos povos mostrados, os que apresentam a maior porcentagem de doadores universais e receptores universais são, respectivamente:

A Ainus e Bororos.B Pie Negro e Buriates.C Bororos e Ainus.D Ainus e Buriates.E Buriates e Pie Negro.


QUESTÃO 48

Uma fábrica de chuveiros apresenta um de seus modelos mais simples com um único resistor, cujo valor da resistência é constante. O resistor é composto de um fio enrolado, conforme mostra a figura.

�oenrolado

Um material foi escolhido para ser usado no resistor desse chuveiro de tal modo que o valor da resistência não variasse com a temperatura e pudesse ser usado tanto na tensão de 220 V quanto na tensão de 110 V, sem avarias.

Um consumidor costuma usar esse chuveiro na tensão de 220 V, mas, para reduzir o consumo de energia elétrica, ligou-o na tensão de 110 V. Se o tempo de uso do chuveiro for o mes-mo em ambos os casos, o consumo de energia elétrica desse chuveiro:

A vai diminuir pela metade.

B vai diminuir para um quarto do valor em 220 V.

C vai dobrar.

D vai aumentar para quatro vezes.

E vai ser igual ao consumo em 220 V.

QUESTÃO 49

Com o avanço tecnológico foram criadas inúmeras campainhas diferentes no mercado. Temos as campainhas tradicionais (tipo “cigarra”), as “dim-dom” (que são mais agradáveis), as musi-cais, as que imitam canto de pássaros e muitas outras.

Ao apertar o botão de uma campainha do tipo “dim-dom”, que funciona com energia elétrica:

A uma corrente circula por um eletroímã cilíndrico e oco, atrain-do um cilindro de ferro para seu interior, fazendo-o bater em uma placa metálica que vibra o “dim”; quando a pessoa solta o botão da campainha o cilindro volta, ação de uma mola, batendo em outra placa metálica que vibra, fazendo o “dom”.

B uma corrente circula por um eletroímã cilíndrico e oco, atraindo um cilindro de alumínio para o interior dele, fazendo-o bater em várias placas metálicas que vibram, provocando o “dim-dom”; quando a pessoa solta o botão da campainha, o cilindro retorna por ação de uma mola.

C uma diferença de potencial alimenta um circuito eletrônico que, por meio de um oscilador, gera uma onda eletromagnética que faz um conjunto mecânico vibrar e fazer o som “dim-dom”.

D uma diferença de potencial alimenta um circuito eletrônico que, por meio de um oscilador, gera uma onda eletromagnética que, por meio de um circuito amplificador e de um alto-falante, produz o som “dim-dom”.

E uma corrente circula por um eletroímã cilíndrico e oco, repe-lindo um cilindro de ferro, fazendo-o bater em várias placas metálicas que vibram, provocando o “dim-dom”; quando a pessoa solta o botão da campainha, o cilindro retorna pela ação de uma mola.

QUESTÃO 50

Atualmente, em razão do crescimento acelerado da sociedade e da consequente falta de espaço, muitas empresas têm colo-cado seus funcionários para trabalhar em containers, como o mostrado abaixo.

Em geral, esses containers são feitos de metal, considerado excelente condutor elétrico, e são completamente fechados.

Quando uma pessoa trabalha dentro de um container como esse, perfeitamente fechado, uma das consequências é:

A o aumento da pressão atmosférica no interior do container, para compensar a pressão ambiente externa.

B o isolamento total da temperatura interna e sua independência em relação à temperatura externa por causa do isolamento térmico do metal.

C o mau funcionamento de computadores, pois o metal acumu-la cargas elétricas, gerando corrente elétrica, que influencia aparelhos eletrônicos.

D a ausência de sinal de celulares, pois as paredes de metal blindam as ondas eletromagnéticas que seriam recebidas por eles.

E o mau funcionamento de GPS, pois as cargas elétricas que se acumulam no metal geram um campo magnético que interfere no sinal.

QUESTÃO 51

Leia os trechos a seguir.

A oxitetraciclina é um antibiótico de largo espectro, funcio-

nando tanto para germes gram-negativos como para gram-po-

sitivos, e vem sendo usada por um longo período na avicultura,

com sucesso no combate às doenças dos tratos respiratório

e digestivo.

Extraído do site: <http://desvet.com.br/laminas/oxitetraciclina_solu.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2014.

A Ampicilina Anidra é um antibiótico bactericida, que possui

boa absorção pelo trato gastrintestinal. Apresenta extenso es-

pectro de atividade bactericida contra numerosos organismos

gram-positivos e gram-negativos.

[…] atua contra infecções em cães, gatos e aves […].

Extraído do site: <http://www.vetnil.com.br/index.php/produtos/ampicilina-veterin-oral/>. Acesso em: 18 jul. 2014.

Os textos mostram que ambos os antibióticos, ampicilina e oxitetraciclina, vêm sendo usados para fins veterinários.


As fórmulas estruturais desses medicamentos estão represen-tadas a seguir.

NH2

OH

ampicilina

S

NO

O

O

HHN

OH

OHOHOH O O O

NH2

H3C

HOCH3

CH3N

HH

oxitetraciclina

Considerando os antibióticos, o número total de carbonos com hibridização sp3 e o número de ligações do tipo π são, respectivamente:

A 8 e 7.

B 10 e 9.

C 12 e 10.

D 14 e 12.

E 16 e 14.

QUESTÃO 52

Leia o texto.

[…] aparentemente a quantidade de DNA nos organismos é maior do que o estritamente necessário para construí-los: uma grande fração dele nunca é traduzido para proteínas. Do ponto de vista do organismo individual isto parece paradoxal. Se o “propósito” do DNA é supervisionar a construção de corpos, é surpreendente encontrar uma grande quantidade de DNA que não o faz. Os biólogos estão quebrando a cabeça tentando imaginar que tarefa útil este DNA aparentemente em excesso está realizando. Do ponto de vista dos genes egoístas em si, no entanto, não há paradoxo. O verdadeiro “propósito” do DNA é sobreviver, nem mais nem menos. A maneira mais simples de explicar o DNA em excesso é supor que é um parasita ou pelo menos um passageiro inofensivo, mas inútil, dando um passeio nas máquinas de sobrevivência criadas pelo outro DNA.

DAWKINS, Richard. O gene egoísta. Extraído do site: <http://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2014/05/Richard_Dawkins_O_Gene_Egoista.pdf>.

Acesso em: 22 jun. 2014.

O “parasita” citado no trecho refere-se a uma região do material genético eucarionte denominada:

A telômero.

B centrômero.

C satélite.

D íntron.

E éxon.

QUESTÃO 53

Esta síndrome é causada por um excesso de material genético que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo do portador. Os indivíduos acometidos por ela – sejam do sexo masculino, sejam do feminino – apresentam algumas características físicas típicas, como olhos oblíquos (como os dos orientais), única dobra na palma da mão e rosto arredondado. Entre as carac-terísticas cognitivas, está o déficit intelectual, exigindo-se um intenso estímulo do indivíduo desde seu nascimento.

O cariótipo da síndrome descrita no texto pode ser representado por:

A

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 x y

B

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 x y

C

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 x y

D

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 x y

E

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 x y


QUESTÃO 54

As imagens abaixo ilustram, de maneira simplificada, duas técnicas utilizadas na biotecnologia para, entre outros fins, produzir alimentos.

1a técnicaCaracterísticadesejada

Doadorplanta, animal oumicrorganismo

Variedadecomercial

Novavariedadede planta

Extraído do site: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos3.htm>. Acesso em: 12 jun. 2014.

2a técnicaCaracterísticadesejada

Plantadoadora

Variedadecomercial

Novavariedadede planta

Outras características também são transferidas

Extraído do site: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos3.htm>. Acesso em: 12 jun. 2014.

Ao observá-las, é possível concluir que:

A as duas técnicas são utilizadas pelos cientistas para a produ-ção de alimentos transgênicos.

B a primeira técnica representa a base da transgenia, enquanto a segunda, a do melhoramento genético.

C ambas as técnicas produzem alimentos classificados como geneticamente modificados.

D a comercialização de alimentos produzidos por meio da se-gunda técnica exige rotulação específica.

E o melhoramento genético mostrado na primeira técnica é em-pregado há séculos pela humanidade.

QUESTÃO 55É comum haver confusão entre a potência elétrica que um apa-relho consome e sua potência útil, que é a potência realmente utilizada para determinado fim. Para evitar essa confusão, muitos aparelhos trazem as indicações da potência elétrica consumida, da potência útil fornecida para os devidos fins e da eficiência do aparelho (que é a razão entre potência útil e potência elétrica consumida). Assim, por exemplo, quando se diz que o rendimento de uma lâmpada é de 80%, isso signi-fica que, de toda a energia elétrica consumida por ela, 80% transfor-mam-se em energia luminosa.

Com base nas informações da embalagem de uma lâmpada fluo rescente, ao lado, assume-se que o rendimento de uma lâmpada incandescente de 60 W é de:

A 5,3%

B 12,7%

C 20,0%

D 33,3%

E 41,9%

QUESTÃO 56

Um objeto decorativo utiliza quatro lâmpadas incandescentes, representadas na figura abaixo, pelas suas resistências equiva-lentes. Para manter as lâmpadas acesas, utiliza-se uma bateria, que tem resistência interna nula.

bateria 2 W 5 W

4 W 3 W

Figura 1

Na loja em que esse objeto é vendido, um vendedor esbarrou, sem querer, no objeto. Ao cair, a lâmpada cuja resistência era de 5 W se quebrou; as demais lâmpadas não foram danificadas. Então, o vendedor retirou a lâmpada danificada e remontou o circuito, deixando-o como representado na figura 2.

bateria 2 W 3 W

4 W

Figura 2

Sabe-se que as lâmpadas queimam quando passa por elas uma corrente maior que 4 A. Para que nenhuma das lâmpadas restantes queime, o valor máximo da tensão fornecida pela bateria deve ser:

A 4 V

B 8 V

C 12 V

D 16 V

E 20 V

QUESTÃO 57

Substâncias que apresentam atividades biológicas idênticas ou semelhantes apresentam estruturas químicas e propriedades físico-químicas também semelhantes. A norepinefrina e a epinefrina (adrenalina) são exemplos dessa relação: esses neurotransmis-sores são muito parecidos e possuem as mesmas propriedades farmacológicas.

NH2 NHCH2

CH3

CH2CH CH

OH OHOH OHHO HO

norepinefrina epinefrina

VIEIRA, Lúcio. Química, saúde e medicamentos. Extraído do site: <http://www.iq.ufrgs.br/aeq/ html/publicacoes/matdid/livros/pdf/medicamentos.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2014. [Adaptado.]

As funções orgânicas presentes nas moléculas dessas substâncias estão relacionadas com suas propriedades. Essas funções são:

A éter, álcool e amina.

B amida, éster e fenol.

C ácido, fenol e amina.

D fenol, álcool e amina.

E álcool, amida e metila.


QUESTÃO 58

As saponinas esteroidais são substâncias que apresentam grande variedade estrutural e possuem importantes aplicações farmacêuticas. Exemplos de saponinas são a diosgenina e a hecogenina.

A diosgenina é utilizada na síntese de anticoncepcionais orais, corticosteroides e hormônios sexuais, enquanto a hecogenina não é apropriada para a síntese desse tipo de anticoncepcional, mas é ideal para a sín-tese de corticosteroides. Essa diferença de aplicação se deve ao fato de a diosgenina e a hecogenina apresentarem estruturas químicas similares, mas diferentes.

Extraído do site: <www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/sugestao_leitura/52quimica_amor.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014. [Adaptado.]

Observando as duas estruturas, pode-se afirmar que a função química que difere a hecogenina da diosgenina, é a função:

A éter.

B fenol.

C éster.

D álcool.

E cetona.

QUESTÃO 59

Teria Capitu traído seu apaixonado marido, Bentinho? Machado de Assis cravou essa dúvida na cabeça de leitores no mundo inteiro. Dom Casmurro narra a história de Bentinho, apaixonado desde a infância pela amiga Capitu (famosa pelos “olhos de ciga-na oblíqua e dissimulada”). Quando consegue se desvencilhar do seminário que a mãe lhe impõe, Bentinho se casa com Capitu e os 2 têm Ezequiel, o primeiro filho do casal. Escobar, melhor amigo de Bentinho, se casa com Sancha, grande amiga de Capitu, e os 2 casais mantêm laços fortes de amizade até a morte de Esco-bar. A partir disso, começa o tormento de Bentinho. Ele começa a desconfiar do comportamento da mulher no velório do amigo e passa a acreditar que os 2 tiveram um caso. A semelhança de Ezequiel com Escobar reforça a tese de adultério, sempre negada por Capitu, que se separa e acaba se mudando com o filho para a Europa, onde morre. A partir de então, Bentinho vai se trans-formando no Dom Casmurro, um sujeito isolado e amargurado.

Extraído do site: <http://super.abril.com.br/cotidiano/dom-casmurro-445994.shtml>. Acesso em: 4 jun. 2014.

A dúvida que tanto atormentou Bentinho poderia, hoje, ser so-lucionada facilmente por meio de um exame de DNA. A análise das impressões digitais genéticas que confirmariam a suspeita do protagonista do romance de Machado de Assis é:

(Considere 1 = Capitu, 2 = Ezequiel, 3 = Bentinho e 4 = Escobar)

A

1 2 3 4

B

1 2 3 4

C

1 2 3 4

D

1 2 3 4

E

1 2 3 4

diosgenina hecogenina

HOHO

H3C

OO

OO

O

HH

HH

H

HH

H

HH

H


QUESTÃO 60

Chapinha ionizante!

Libera partículas eletricamente carregadas para melhorar o alisamento.

Muitos anúncios procuram chamar a atenção do consumidor com inovações tecnológicas. Um desses anúncios afirma que uma chapinha libera partículas eletricamente carregadas para melhorar o alisamento dos cabelos. A chapinha, quando uti-lizada corretamente, tem a função de deixar os cabelos mais lisos e juntos. Para auxiliar nessa tarefa, ela libera partículas eletricamente carregadas no cabelo. Isso ocorre pois, ao ser penteado, o cabelo:

A perde elétrons e as partículas eletricamente carregadas libe-radas pela chapinha devem ser negativas para ajudar a deixar os cabelos mais lisos.

B ganha elétrons e as partículas eletricamente carregadas libe-radas pela chapinha devem ser negativas para ajudar a deixar os cabelos mais lisos.

C perde nêutrons e as partículas liberadas pela chapinha devem também ser nêutrons para ajudar a deixar os cabelos mais lisos.

D perde prótons e as partículas eletricamente carregadas libe-radas pela chapinha devem ser positivas para ajudar a deixar os cabelos mais lisos.

E ganha prótons e as partículas eletricamente carregadas libe-radas pela chapinha devem ser positivas para ajudar a deixar os cabelos mais lisos.

QUESTÃO 61

Inseticidas organoclorados são compostos orgânicos que

oferecem riscos ao meio ambiente por serem tóxicos, bioacu-

mulativos e de difícil degradação. O diclorodifeniltricloroetano

(DDT), primeiro pesticida moderno, e o diclorodifenildicloroe-

tano (DDE) são exemplos desses compostos.

Extraído do site: <www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/39958/17/ qui_m4d8_tm03_box4.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2014. [Adaptado]

Sabe-se que o DDE é proveniente do DDT, como mostra a reação a seguir.

CºCº

Cº

CºCº Cº

Cº Cº

Cº

–HCº

H

Comparando as duas estruturas, é possível concluir, quanto à isomeria, que:

A o DDE forma mistura racêmica.

B o DDT não possui isômeros ópticos.

C o DDT e o DDE são isômeros entre si.

D o DDT e o DDE são isômeros constitucionais.

E o DDT e o DDE apresentam isomeria cis/trans.

QUESTÃO 62

Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) foi um naturalista francês que, há longa data, é mais lembrado por suas falhas teóricas do que por suas contribuições à Ciência, embora tenha sido um dos precursores do pensamento evolutivo ao defender a ideia de que as espécies não são imutáveis.

Ainda que o legado darwinista seja, atualmente, o mais aceito, é possível encontrar marcas lamarckistas em muitos textos re-lacionados à evolução (ainda que isso ocorra involuntariamen-te). Na mídia, por exemplo, isso não é raro, como é possível observar no trecho:

A “Há muito se acreditava que, durante a evolução dos dinos-sauros para as aves, o olfato teria piorado, uma vez que foi preciso desenvolver a visão, a audição e o equilíbrio, essen-ciais ao voo.”

Extraído do site: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/nova-especie-descoberta-ajuda-explicar-evolucao-dos-dinossauros.html>.

Acesso em: 17 jul. 2014.

B “Com base no tamanho do dente, os cientistas estimam que essa espécie extinta teria quase um metro do comprimento, o dobro do tamanho do ornitorrinco moderno. Ela teria vivido há entre 5 e 15 milhões de anos […].”

Extraído do site: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/animais/ fossil-de-nova-especie-de-ornitorrinco-gigante-e-descoberto-na-australia,

70d09981f3322410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.

C “Antes do Tiarajudens, a maioria dos animais apresentava den-tição semelhante à dos jacarés: dentes pontiagudos especia-lizados em rasgar para engolir. Quase todos se alimentavam de carne ou insetos.”

Extraído do site: <http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,fossil-descoberto-no-rio-grande-do-sul-explica-evolucao-dos-mamiferos,696900>.


D “Fósseis de 1,8 milhão de anos encontrados na Geórgia su-gerem que a aparência dos ancestrais humanos era muito variada; e que os Homo habilis, Homo rudolfensis e Homo erectus poderiam ser uma mesma espécie.”

Extraído do site: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-de-novo-cranio-humano-pode-reescrever-historia-da-especie>.


E “Ele era um terópode, que está entre os primeiros dinossauros que viveram na Terra – a partir deles é que foram surgindo os animais maiores. No mundo todo, até hoje, […] só foram descritos 15 dinossauros terópodes carnívoros.”

Extraído do site: <http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/02/10/dinossauro-de-230-milhoes-de-anos-e-encontrado-no-rs.htm>.


QUESTÃO 63

Leia o texto para responder à questão.

Antes da emergência dos herbívoros, […] os animais ter-restres, todos carnívoros, alimentavam-se uns dos outros, ou


comiam insetos. O aparecimento dos herbívoros “foi uma revolu-ção da vida sobre a Terra porque significou que os vertebrados puderam ter acesso diretamente a vastos recursos alimentares oferecidos pelos vegetais” […].

Extraído do site: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/04/descoberto-o-mais- antigo-ancestral-dos-animais-herbivoros-terrestres.html>.

Acesso em: 22 jun. 2014.

Considerando que os herbívoros tenham se originado dos car-nívoros e que, aparentemente, ocupassem o mesmo ambiente, essa formação de novas espécies se aproximaria mais adequa-damente do conceito de:

A especiação simpátrica.

B isolamento reprodutivo.

C especiação peripátrica.

D isolamento geográfico.

E especiação alopátrica.

QUESTÃO 64

A glicose e a frutose são os dois monossacarídeos mais

abundantes na natureza. Nos seres humanos, o metabolis-

mo da glicose é a principal forma de suprimento energético.

A frutose, por sua vez, é o açúcar predominante em várias frutas.

Extraído do site: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2014. [Adaptado.]

Observe a representação das estruturas químicas dessas substâncias.

CH2OH CH2OH

CH2OH

OH

OH OH

OHOH

HO HO

C

C

C

C C

C

C

C

H

H

H

H H

O

H

H

OH

glicose frutose

A glicose e a frutose são moléculas isômeras entre si por apresentarem:

A fórmula molecular idêntica e carbonos quirais.

B atividade óptica na presença de luz polarizada.

C mesma fórmula molecular e fórmula estrutural diferente.

D fórmula molecular idêntica e mesmo número de ligações.

E mesma função metabólica no organismo dos seres humanos.

QUESTÃO 65

O petróleo é formado por diferentes tipos de hidrocarbone-

tos, moléculas compostas de átomos de carbono e hidrogênio.

Para separar esses compostos, é necessário refinar o petróleo

por um processo de destilação.

Conforme o petróleo é aquecido, as moléculas mais leves

evaporam, sendo posteriormente condensadas. Cada ponto de

ebulição gera um produto diferente. Os pontos de ebulição de

diferentes alcanos são fornecidos no gráfico a seguir.

Extraído do site: <http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/05/ entenda-o-processo-de-refino-do-petroleo-e-conheca-seus-derivados.html>.

Acesso em: 15 jul. 2014. [Adaptado.]

T (ºC)

número de carbonos na cadeia

250

150

0

–150

200

50

–100

100

–50

–200 2 4 6 8 10 12

A diferença entre as temperaturas de ebulição dos diferentes alcanos, em nível molecular, é decorrente das:

A densidades serem menores nos alcanos de cadeia longa.

B ligações covalentes serem mais fortes em alcanos mais pesados.

C forças dipolo-dipolo serem mais numerosas nas alcanos maiores.

D ligações de hidrogênio formadas nos alcanos de cadeia longa.

E interações de Van der Waals serem mais numerosas em alcanos maiores.

QUESTÃO 66

Um engenheiro está construindo um rádio amador. Para sinto-nizá-lo em determinada frequência, precisa colocar no circuito um resistor de 0,06 W. O engenheiro não dispõe de um resistor com esse valor, mas possui alguns fios condutores em formato cilíndrico de dois tipos diferentes de material, cujos dados são mostrados na tabela a seguir.

Material área transversal (mm2) resistividade (W · mm2/m)

Alumínio 0,1 0,03

Ferro 0,2 0,1

comprimento do �o

área da seçãotransversal

Para que esse engenheiro consiga fazer um resistor de 0,06 W, ele deve utilizar:

A um fio de alumínio que tenha 20 cm de comprimento.

B um fio de ferro que tenha 20 cm de comprimento.

C um fio de alumínio que tenha 10 cm de comprimento.

D um fio de ferro que tenha 10 cm de comprimento.

E um fio de alumínio que tenha 6 cm de comprimento.


QUESTÃO 67

Manipulação genética é automatizada com nanoinjetor

Animais transgênicos

No controverso campo da criação de animais geneticamente modificados, o passo crucial envolve a transferência de um gene ou sequência de DNA de um animal para o genoma de outro.

Esse processo, extremamente delicado e sujeito a falhas, agora foi automatizado.

[…]

A grande novidade é a capacidade de injetar o DNA sem causar a morte do embrião nascente, reduzindo o tempo ne-cessário para criar um animal transgênico.

“Essencialmente, nós usamos forças elétricas para atrair e repelir o DNA, permitindo que a injeção do DNA seja feita por uma pequena lança elétrica”, explicou Brian Jensen, da Universidade Brigham Young […].

“O DNA é atraído para o exterior da lança usando uma tensão positiva, e, em seguida, a lança é inserida na célula”, efetuando a transferência do material genético.

[…]

Extraído do site: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo= nanoinjetor-automatiza-manipulacao-genetica-celulas&id=010165140605#.U5C1YPmwIrg>.


lança

extração do DNA

injeção do DNAna célula

lança

Sabe-se que o DNA possui uma carga elétrica líquida negativa. Para que seja capturado pela lança no momento da extração e se afaste da lança no momento de sua injeção na célula, a lança deve ter:

A carga elétrica positiva no momento da extração do DNA e negativa no momento da injeção na célula.

B carga elétrica positiva no momento da extração do DNA e positiva no momento da injeção na célula.

C carga elétrica negativa no momento da extração do DNA e positiva no momento da injeção na célula.

D carga elétrica negativa no momento da extração do DNA e negativa no momento da injeção na célula.

E carga elétrica neutra no momento da extração do DNA e tam-bém neutra no momento da injeção na célula.

QUESTÃO 68

A água captada no lago formado pela barragem é conduzida até a casa de força através de canais, túneis e/ou condutos me-

tálicos. Após passar pela turbina hidráulica, na casa de força, a água é restituída ao leito natural do rio, através do canal de fuga.

Dessa forma, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica quando a água passa pela turbina, fazendo com

que esta gire, e, no gerador – que também gira acoplado mecanicamente à turbina [e possui grandes espiras e ímãs] –, a po-

tência mecânica é transformada em potência elétrica.

Extraído do site: <http://www.furnas.com.br/hotsites/sistemafurnas/usina_hidr_funciona.asp>. Acesso em: 21 jul. 2014.


O gerador transforma a energia mecânica da água e de rotação das turbinas por meio:

A do princípio de conservação de energia, que utiliza essa energia mecânica para transformá-la em energia térmica.

B da variação do fluxo magnético no gerador, que utiliza essa energia mecânica para transformá-la em energia elétrica.

C do campo magnético uniforme que existe no gerador, que utiliza essa energia mecânica para gerar uma corrente elétrica contínua.

D do atrito nas paredes do gerador que, por conta disso, gera cargas eletrostáticas aproveitadas para a geração de energia elétrica.

E da rapidez com que a água gira no gerador, o que faz as cargas elétricas dos átomos de água produzirem correntes elétricas.

QUESTÃO 69

Observe a tabela abaixo, em que constam características de alguns fornos de micro-ondas.

Características técnicas

Modelo* Potência elétrica consumida (W) Potência elétrica útil fornecida (W) Tensão

A 900 800 110 V

B 1 200 1 000 220 V

C 1 350 1 250 220 V

D 1 850 1 600 110 V

E 2 200 2 000 110 V

*Todos os modelos possuem o mesmo tamanho e formato.

Um cientista está fazendo alguns experimentos para testar o comportamento de determinada substância quando é fornecida certa quantidade de energia a ela. A cada experimento realizado, o cientista deverá fornecer à sua amostra 4 · 106 J. O experimento vai se repetir diversas vezes; por isso, o cientista está preocupado com o consumo de energia.

O modelo de micro-ondas que consome a menor quantidade de energia elétrica é o modelo:

A A

B B

C C

D D

E E

QUESTÃO 70

A fenilalanina é um aminoácido nutricionalmente essencial que se destina, em grande parte, à síntese de proteínas e à

produção de substâncias diversas, como melanina e neurotransmissores.

O catabolismo desse aminoácido inicia-se por sua hidroxilação, em uma complexa reação catalizada por enzima, gerando

o aminoácido tirosina. Este, por sua vez, continua a cadeia catabólica.

Extraído do site: <http://rnp.fmrp.usp.br/aulas/FENILCETONURIA-GRAD.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2014. [Adaptado.]

Ao se estudarem as propriedades desses dois aminoácidos, verifica-se que a tirosina é mais solúvel em água do que a fenilalanina.

HO

HO

OHtirosina fenilalanina

O

OC

C

C

CCH2

CH2

N

N

H

HH

H

H

H


Essa maior solubilidade da tirosina justifica-se pelo fato de esse aminoácido possuir em sua estrutura:

A uma cadeia maior e ser mais polarizável.

B um grupo hidroxila a mais e ser mais polar.

C um efeito indutivo gerado pelo grupo carbonila.

D um anel aromático e ser estabilizada por ressonância.

E uma maior densidade eletrônica no átomo de nitrogênio.

QUESTÃO 71

Em geral, os ésteres, principalmente os de baixa massa

molar, apresentam aromas agradáveis, estando presentes em

frutas e flores. Devido às suas propriedades odoríferas, esses

compostos são utilizados na indústria para conferir característi-

cas olfativas e degustativas aos alimentos. Um exemplo desses

ésteres é o etanoato de 3-metil-butila, responsável pelo odor

próprio da banana.

O

etanoato de 3-metil-butila

O

COSTA, Thiago Santangelo e outros. Confirmando a esterificação de Fischer por meio dos aromas. Química Nova na Escola, n. 19, maio 2004. [Adaptado.]

O etanoato de 3-metil-butila é obtido pela reação de:

A substituição do éter etóxi-2-metil-propano.

B neutralização do ácido etanoico, com liberação de água.

C desidratação do 2-metil-1-propanol na presença de ácido.

D esterificação entre o ácido etanoico e o 3-metil-1-butanol.

E adição entre o éster etanoato de 3-metil-butila e hidrogênio.

QUESTÃO 72

Leia o trecho abaixo.

Há 25 anos, equipes internacionais de cientistas mostraram

que uma guerra atômica entre os Estados Unidos e a União

Soviética poderia resultar em um “inverno nuclear”. A fumaça

dos vastos incêndios deflagrados por bombas lançadas sobre

cidades e áreas industriais envolveria o planeta e absorveria

tanta luz solar que a superfície terrestre ficaria fria, escura e

seca. As plantas morreriam em escala global e nossas fontes

de alimentos seriam extintas. No verão, as temperaturas super-

ficiais registrariam valores de inverno. […]

Extraído do site: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/ guerra_nuclear_local_catastrofe_global.html>. Acesso em: 2 jun. 2014.

Os eventos resultantes do “inverno nuclear” seriam responsá-veis por gerar um novo episódio de extinção em massa, prin-cipalmente por:

A provocar um fenômeno semelhante ao efeito estufa, porém mais intenso, com maior retenção de radiação solar pela atmosfera.

B reduzir a temperatura de todo o planeta, já que não há espé-cies viventes adaptadas a temperaturas negativas.

C comprometer a base das cadeias alimentares, ao reduzir a quantidade de luz solar que atingiria a superfície terrestre.

D diminuir a quantidade de água total do planeta, já que um dos efeitos para a superfície terrestre seria o de torná-la seca.

E eliminar os organismos mais adaptados à vida em ambientes com pouca luminosidade e temperaturas mais baixas.

QUESTÃO 73

Cientistas da Universidade da Geórgia, nos EUA, desenvolve-ram uma bactéria transgênica capaz de combater o aquecimen-to global. O microrganismo, assim como as plantas, absorve CO2, embora se multiplique mais rapidamente e tenha uma taxa de absorção mais elevada. Uma das possibilidades de uso desse micróbio é criar usinas de captura de CO2, onde a bactéria seria cultivada em grande escala.

Extraído do site: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pyrococcus_furiosus#mediaviewer/Ficheiro:Pyrococcus_furiosus.png>. Acesso em: 15 jun. 2014.

Caso essas usinas fossem construídas e a bactéria transgênica escapasse e encontrasse condições favoráveis no ambiente para sua multiplicação, uma provável consequência disso seria:

A a interferência no ciclo do carbono, em que os demais micror-ganismos passariam a atuar como fontes de captura de CO2 da atmosfera.

B a formação de um fenômeno oposto ao efeito estufa, em que haveria liberação excessiva de CO2 na atmosfera terrestre.

C o início de uma competição por CO2 com outros organismos heterotróficos para a produção de compostos orgânicos.

D o comprometimento da atividade fotossintética das plantas, dada a liberação de CO2 por essas bactérias.

E a retirada excessiva de CO2 da atmosfera, o que poderia causar um fenômeno oposto ao atual, ou seja, o resfriamento do planeta.

QUESTÃO 74

Para a Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 foram construí dos/re-formados 12 estádios de futebol ao redor do país, percorrendo diferentes regiões fitogeográficas. A tabela a seguir relaciona os estádios aos locais onde se encontram.

estádio Cidade

Arena Amazônia Manaus

Arena da Baixada Curitiba


estádio Cidade

Arena de São Paulo São Paulo

Arena Fonte Nova Salvador

Arena Pantanal Cuiabá

Arena Pernambuco Recife

Estádio Beira-Rio Porto Alegre

Estádio Castelão Fortaleza

Estádio das Dunas Natal

Estádio do Maracanã Rio de Janeiro

Estádio Mineirão Belo Horizonte

Estádio Nacional Brasília

Fonte de pesquisa: <http://pt.fifa.com/worldcup/destination/index.html>. Acesso em: 15 jun. 2014.

O palco de jogos instalado em uma região cujo bioma se ca-racteriza por suas planícies e pela predominância de uma ve-getação composta basicamente de herbáceas e espécies de gramíneas é:

A a Arena de São Paulo.

B o Estádio Beira-Rio.

C o Estádio Nacional.

D a Arena Amazônia.

E o Estádio Mineirão.

QUESTÃO 75

Os dados a seguir se referem a amostras coletadas em um reservatório localizado próximo a uma região onde há prática de garimpo. A presença abundante de matéria orgânica nesse ambiente, dentre outros fatores, favoreceu a ocorrência de um processo conhecido como metilação, responsável por aumen-tar a biodisponibilização do mercúrio na cadeia alimentar.

CoNCeNTrAção de MerCúrIo eM TeCIdoS de PeIxeS CoLeTAdoS A MoNTANTe e A jUSANTe dA bArrAGeM do reServATórIo

Hg total no pescado no entorno do reservatório

Jusante

Trato digestivo

Fígado Músculo

1 200

1 000

800

600

THg/

ug/k

g(ag

)

400

200

0

Espécie 1 679,89 682,78 199,15

Espécie 2 131,60 201,07 42,24

Espécie 3 218,17 324,25 75,16

Espécie 4 78,88 122,52 66,27

Espécie 5 860,66 1 131,08 695,93

Elaborado com base em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142008000200011>. Acesso em: 17 jun. 2014.

Considerando que as espécies de peixe indicadas no gráfico estabeleçam relações alimentares umas com as outras, é pos-sível concluir que:

A o ser humano, caso se alimentasse das espécies analisadas, apresentaria concentrações de mercúrio menores que as exi-bidas no gráfico.

B as espécies 2 e 4 são prováveis predadoras na cadeia alimen-tar do reservatório pesquisado, pois apresentam as menores concentrações de mercúrio.

C as maiores concentrações de mercúrio no fígado se devem à capacidade desse órgão de armazenar e produzir substâncias não degradáveis.

D a espécie 5 é um consumidor primário, já que, caracteristica-mente, é o nível trófico em que há maiores concentrações de compostos bioacumulativos.

E a espécie 1 é, ao menos, um organismo onívoro, dadas as concentrações elevadas de mercúrio em seus diferentes tipos de tecido.

QUESTÃO 76

Compostos aromáticos nitrados derivados de benzeno são importantes no mercado de explosivos, lubrificantes, anticorro-sivos e na obtenção de aminas aromáticas e corantes.

Extraído do site: <www.dequi.eel.usp.br/~barcza/Nitracao.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2014. [Adaptado.]

A amina aromática mais simples é a anilina, que pode ser obtida a partir do benzeno através das reações a seguir:

+ HNO3

NO2 NH2

H2

Ptanilina

As duas reações, que constituem a sequência de reações ca-pazes de sintetizar a anilina, são, respectivamente:

A nitração e redução.

B adição e eliminação.

C substituição e oxidação.

D eliminação e aminação.

E síntese e desidratação.

QUESTÃO 77

O texto a seguir trata sobre a formação de imagens em uma televisão de tubo.

O tubo de uma televisão é constituído das seguintes partes:

• O canhão eletrônico fica situado na parte externa poste-

rior ao tubo. Esse é um dispositivo que emite feixes de

elétrons, os quais são acelerados através de uma tensão

de milhares de volts;

• Um par de bobinas que gera um campo magnético tanto

na horizontal quanto na vertical. Ao passar pelas bobinas,

os feixes de elétrons sofrem deflexão horizontal e vertical

em razão da força exercida pelo campo magnético;


• A tela é onde são formadas as imagens. Ela é coberta por um material fluorescente e é atingida pelo feixe de elétrons após

serem defletidos pelos campos magnéticos.

Extraído do site: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/formacao-imagem-no-tubo-uma-tv.htm>. Acesso em: 21 jul. 2014.

placas dede�exãovertical

placas dede�exão

horizontal

feixe deelétrons

Tela revestida commaterial �uorescente

revestimento metálicointerior (alta tensão positiva)

grade decontrole

catodo

canhão de elétrons

sistema defocalização

Quando uma pessoa aproxima seu braço da tela de uma televisão desse tipo, ela sente uma sensação diferente nos pelos de seu braço, pois eles se “erguem” e se aproximam da tela, de forma parecida ao que acontece quando a pessoa está com frio. Isso ocorre porque:

A quando a televisão é desligada, sua tela se resfria, causando uma diferença de temperatura que atrai os pelos da pessoa.

B o material fluorescente é diamagnético o qual, na ausência de feixe de elétrons, acumula cargas magnéticas que atraem os pelos da pessoa.

C as placas de deflexão horizontal geram um campo elétrico paralelo ao feixe de elétrons, que também atraem os pelos da pessoa.

D a emissão de elétrons pelo canhão gera uma corrente elétrica induzida e uma variação do fluxo elétrico, que acaba atraindo os pelos da pessoa.

E a colisão dos elétrons com a tela gera um acúmulo de cargas eletrostáticas nessa região, que acabam atraindo os pelos da pessoa.

QUESTÃO 78

Cientistas da Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA), do Reino Unido, pretendem resolver os problemas causados pelas doenças mitocondriais nos próximos anos por meio de uma técnica promissora. Nela, dois ovos (da mãe e de uma doadora) são fertilizados in vitro com o esperma paterno. Os demais procedimentos são mostrados no esquema a seguir.

Embrião parental

Embrião da doadora

Pronúcleos parentais

Pronúcleos parentaisremovidos

Pronúcleos parentaissnao inseridos noembrião da doadora

Pronúcleos sãoremovidos e destruídos

Pronúcleos do embriãoda doadora

Mitocôndriasaudável

Mitocôndriadoente

A análise da técnica desenvolvida pelos cientistas do Reino Unido permite concluir que:

A a inserção de plasmídeos saudáveis nas mitocôndrias doentes seria uma alternativa viável e mais simples de ser realizada do que a divulgada pela HFEA.

B o embrião gerado se tornaria inviável, já que o funcionamento da mitocôndria está intimamente relacionado ao material genético da célula de origem.

Esquema produzido com base em: <http://www.iflscience.com/health-and-medicine/three-parent-babies-possible-%E2%80%98-two-years%E2%80%99-according-uk-report>. Acesso em: 15 jun. 2014.


C a produção de energia para o embrião estaria garantida até que as células conseguissem produzir novas mitocôndrias saudáveis com o DNA parental.

D o indivíduo gerado carregará em suas células material genético de três indivíduos diferentes; em outra palavras, terá duas mães e um pai.

E o embrião gerado teria todas as suas funções metabólicas comandadas pelo material genético advindo do indivíduo doador.

QUESTÃO 79

Os reagentes de Grignard possuem grande aplicabilidade na síntese de fármacos, aditivos de alimentos e produtos

químicos. Uma aplicação desses reagentes é na síntese do medicamento Tamoxifen, um antagonista de estrogênio utilizado

no tratamento do câncer de mama. Nessa síntese, o grupo fenila do reagente de Grignard R1 reage com um grupo funcional

do reagente R2, na presença de tetra-hidrofurano (THF), gerando um produto P1 que na presença de ácido sulfúrico produz

o tamoxífen.

tamoxifen

THF H2SO4

HO

N N NO OOMgCº

r1

P1r2

O

+

Extraído do site: <http://www.iqm.unicamp.br/site/docs/desafioiq2010.pdf>. Acesso em: 9 jun. 2014. [Adaptado.]

O grupo funcional do reagente R2 que reage com o grupo fenila é o grupo:

A fenol.

B álcool.

C amina.

D hidroxila.

E carbonila.

QUESTÃO 80

O primeiro hormônio sexual masculino isolado, ou seja, obtido puro a partir de seu meio de origem, foi a androsterona, em

1931. Essa substância é resultante do metabolismo e é menos potente que a testosterona, que é excretada na urina.

Extraído do site: <www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/sugestao_leitura/52quimica_amor.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2014.

Observe o esquema.

OO

OOH CH3CH3

CH3CH3

Metabolizada

e excretada

testosterona androsterona

A androsterona é obtida a partir da testosterona através de uma reação de:

A adição.

B redução.

C oxidação.

D eliminação.

E substituição.


QUESTÃO 81

Um jovem estudante resolveu fazer um abajur. Para isso, comprou uma lâmpada, fios condutores e um interruptor. Observe, a seguir, o desenho esquemático de funcionamento de um interruptor.

posição A

posição B

As linhas retas representam os fios condutores. Os círculos menores representam as posições que o interruptor pode ser chaveado, sendo constituídos, também, de materiais condu-tores. Assim, no desenho acima, o interruptor pode estar na posição A ou na posição B.

Para que a lâmpada fique inicialmente desligada e depois li-gada, as ligações que devem ser feitas são respectivamente:

A

220V220V

B

220V

C

220V220V

D

220V220V

E

220V

QUESTÃO 82

Um engenheiro elétrico está desconfiado de que seu multímetro (aparelho usado para medir tensões e correntes elétricas) está com problemas. Para confirmar essa desconfiança, ele resolve fazer testes utilizando algumas pilhas e resistores. Sabe-se que as pilhas estão funcionando corretamente e que cada uma

fornece uma diferença de potencial de 1,5 V. O engenheiro, então, monta o circuito esquematizado abaixo.

30 Ω

30 Ω

30 Ω

5 Ω

A seguir, ele liga o amperímetro A e o voltímetro V de seu multímetro no circuito, conforme ilustram os esquemas abaixo.

30 Ω

30 Ω

30 Ω

5 Ω

V

Situação I

30 Ω

30 Ω

30 Ω

5 Ω

A

Situação II

30 Ω

30 Ω

30 Ω

5 Ω

V

Situação III

Se o multímetro estiver funcionando corretamente, consideran-do que as situações I, II e III ocorreram uma após a outra, o multímetro deve marcar respectivamente:

A 2 V; 2 A; 2 V

B 2 V; 2 A; 4 V

C 5 V; 0,5 A; 2,5 V

D 5 V; 0,5 A; 0 V

E 2 V; 0,5 A; 1 V

QUESTÃO 83

fósseis são descobertos em ferrovia na bahia

Até o momento, os animais encontrados são do período

Pleistoceno, de 2 milhões a 10 mil anos atrás. São espécies

mais “recentes”, que podem ter convivido com os primeiros

hominídeos. Para se ter uma ideia, os dinossauros são bem

mais antigos: de 220 milhões a 65 milhões de anos.Extraído do site: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2014/06/08/

fosseis-sao-descobertos-em-ferrovia-na-bahia.htm>. Acesso em: 12 jun. 2014.


modern H. sapiens

6,0 4,0 1,05,0 2,03,0Tempo (milhões de anos)

0,0

H. erectus

A. garhi

H. heidelbergensis

A. boisei

A. africanus

H. neandertalensis

A. robustus

A. aethiopicus

H. antecessor

H. habilis

K. platyopsA. afarensis

A. anamensis

A. ramidus

Extraído do site: <http://darwiniana.org/wisetime.gif>. Acesso em: 12 jun. 2014.

Os fósseis descobertos na Bahia, de preguiças-gigantes e mas-todontes, foram espécies contemporâneas do:

A Australopithecus garhi.

B Australopithecus aethiopicus.

C Australopithecus afarensis.

D Australopithecus africanus.

E Australopithecus anamensis.

QUESTÃO 84

Um aparelho muito importante, largamente usado em medicina, é o, conhecido popularmente como, ressonância magnética. Parte de seu princípio básico de funcionamento utiliza um cam-po magnético chamado de “campo magnético principal”. Esse campo magnético principal, que tem um valor muito maior que o campo magnético da Terra, é geralmente produzido por um fio condutor enrolado de maneira helicoidal, dando muitas voltas, formando um solenoide, conforme a figura:

sentido da corrente elétrica

paciente que fica no interior do solenoide

ilustração de algumas

espiras enorladas

fio condutor enrolado dando diversas voltas

formando um solenoide

N

SL

ON

ON

ESO

SE

Boa parte do procedimento de um exame nesse aparelho está baseado na orientação do campo magnético principal. Caso sua orientação relativa a outros componentes do aparelho de ressonância magnética não esteja correta, poderá haver pro-blemas ou imprecisões no diagnóstico.

Suponha que a orientação dos componentes desse aparelho seja calibrada com base em um referencial externo ao apa-relho, como as direções cardeais. O paciente fica no interior desse solenoide, cujo eixo principal está orientado na direção Norte-Sul, conforme figura anterior. Com o fim de calibrar cor-

retamente o equipamento na situação ilustrada, o sentido do campo magnético principal deve ser:

A do Norte para o Sul.

B do Nordeste para o Sudoeste.

C de Leste para Oeste.

D do Sudeste para o Noroeste.

E do Sul para o Norte.

QUESTÃO 85

O biodiesel é uma alternativa energética sustentável pelo fato de ser um éster de ácido graxo, renovável e biodegradável. Essa substância pode ser obtida por transesterificação, ou seja, por uma reação entre um triglicerídeo e um álcool, cujas estruturas estão representadas a seguir:

R1

R2+ 3 R – OH PRODUTOS

Álcool

catalisador

R3

O

O

O

O

O

O

Extraído do site: <http://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarConceito.php?idConceito=66&alterarIdioma=sim&novoIdioma=pt>. Acesso em: 19 jul. 2014. [adaptado]

Os produtos da reação de transesterificação de óleos e gor-duras são:

A éster é água.

B éter e álcool.

C éster e éter.

D álcool e éster.

E ácido carboxílico e álcool.

QUESTÃO 86

As moléculas orgânicas possuem sua reatividade vinculada

ao seu comportamento ácido ou básico. Quanto menor o pKa de

um ácido, maior é sua reatividade na presença de uma base.

A tabela a seguir apresenta os valores de pka de três ácidos

carboxílicos diferentes.

ácido carboxílico pka

Ácido metanoico 3,77

Ácido etanoico 4,76

Ácido propanoico 4,88

Extraído do site: <http://www2.ufpa.br/quimdist/livro_novo/quimica_organica_teorica/cap%20%201%20-%202.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2014. [Adaptado.]

O fator que faz cada um desses ácidos ter um valor diferente de pKa é o efeito:

A dispersivo de cargas.

B eletrostático da hidroxila.

C indutivo dos radicais alquila.

D eletronegativo do grupo metil.

E ressonante do grupo carbonila.


QUESTÃO 87

James Harrison é um senhor australiano que, aos 14 anos, recebeu aproximadamente 14 litros de sangue durante uma cirurgia no peito. Prometeu, então, tornar-se doador quando completasse 18 anos. E assim ele fez. Em sua primeira doa-ção, descobriu que apresentava um tipo sanguíneo raro, ajudando no desenvolvimento de uma substância que passou a ser aplicada em milhares de mães para evitar que seus bebês nascessem com a doença conhecida como eritroblas-tose fetal. Desde a descoberta, Harrison já fez centenas de doações de sangue e salvou a vida de mais de 2 milhões de bebês, o que o fez ser apelidado de “o homem do braço de ouro”.

Para que o medicamento produzido com o sangue de Ja-mes Harrison ajude milhares de pessoas, ele deve ser capaz de destruir:

A os anticorpos produzidos pela mãe (Rh positivo) contra os antígenos presentes nas hemácias do filho (Rh negativo).

B as hemácias do filho (Rh positivo) que entraram na circulação da mãe (Rh negativo) antes que esta se torne sensibilizada.

C as hemácias no corpo do feto (Rh negativo) antes que estas entrem na circulação da mãe (Rh positivo) e a sensibilize.

D os linfócitos B da mãe (Rh negativo), impedindo que esta crie memória imunológica contra os antígenos das hemácias do filho (Rh positivo).

E as hemácias do filho (Rh negativo) de modo que estas sejam rapidamente substituídas por hemácias provenientes da mãe (Rh positivo).

QUESTÃO 88

A catinona é uma substância estimulante, similar à anfeta-

mina, que causa excitação e euforia. […]

Ela está presente na planta conhecida como Khat (Catha

edulis), nativa de áreas tropicais do leste da África e Península

Arábica (Quênia, Iêmen e Etiópia). Esta planta é classificada,

desde 1980, pela Organização Mundial de Saúde, como uma

droga que pode causar dependência psicológica leve e mo-

derada.Extraído do site: <http://qnint.sbq.org.br>. Acesso em: 18 jun. 2014.

A fórmula estrutural da catinona, representada a seguir, tem as funções orgânicas amina e cetona.

NH2

O

O grupo amina faz essa substância ter, de acordo com o con-ceito ácido-base de Lewis, tendência a:

A doar elétrons.

B perder prótons.

C receber prótons.

D doar grupos hidroxila.

E receber elétrons.

QUESTÃO 89

O “choque” elétrico nada mais é do que o efeito de uma cor-rente elétrica circulando por parte do nosso corpo.

A gravidade do “choque” para nosso organismo não depende da diferença de potencial a que somos expostos mas, sim da intensidade de corrente que circula por nosso corpo. Correntes abaixo de 1 mA não são fatais por efeito direto, mas correntes acima de 10 mA podem causar paralisação dos músculos, parada cardíaca e queimaduras muitos graves.

Em dias quentes e secos, geralmente é comum levarmos “cho-ques” quando encostamos em algum metal. Esse “choque” é inofensivo por si só, pois as correntes envolvidas são da ordem de microamperes.

Uma pessoa que encosta em um carro pode tomar um “cho-que”. Este fato ocorre porque:

A o carro, que está apoiado no chão, descarrega o excesso de cargas na “terra”.

B o motorista, ao dirigir, atrita sua roupa com o banco ou outras partes do carro e acaba transferindo cargas elétricas para a carroceria do carro.

C o carro, ao andar em alta velocidade, atrita a carroceria no ar, perdendo elétrons para a atmosfera e ficando carregado.

D a pintura eletrostática do carro faz com que cargas da tinta sejam absorvidas pelo carro, transformando a superfície do veículo em um corpo carregado.

E os carros que provocam “choques” ficaram expostos a campos eletromagnéticos intensos, por exemplo, ao ficarem estacio-nados embaixo de uma linha de transmissão de alta-tensão.

QUESTÃO 90

O material mais famoso utilizado em coletes de segurança

é o polímero Kevlar®. Esse produto é uma fibra sintética de

aramida com elevadas propriedades físicas e mecânicas. O

Kevlar®, cujo monômero está representado a seguir, é produzido

pela polimerização entre o grupo amina do 1,4-diaminobenzeno

com um dos grupos carbonila do ácido 1,4-benzenodioico.

H HO O

N NC C

n

Kevlar®

Extraído do site: <http://fatecsorocaba.edu.br/principal/pesquisas/nuplas/dissertacoes/TCCs1sem-2012/Pedro%20A.%20Todesco.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2014. [Adaptado.]

As estruturas químicas do 1,4-diaminobenzeno e do ácido

1,4-benzenodioico são, respectivamente:

A

, OH

O

H2N

NH2

B

, OHHO

OO

H2N

NH2


C

,Cº

H2N

NH2

D

,H2N

NH2 O

H

E

CºCº

H2N

,

NH2 O O

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