SINAIS VITAIS

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SINAIS VITAIS Enf. ª Tereza Cristina Preparatório HU. 2013

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SINAIS VITAIS

Enf. ª Tereza Cristina

Preparatório HU. 2013

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SINAIS VITAIS - SSVV

• São indicadores do funcionamento fisiológico básico.

• Evidenciam o funcionamento e alterações no estado de equilíbrio térmico, circulatório e respiratório.

• Eles são: Temperatura, Pulso, Respiração e Pressão arterial

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TEMPERATURA

• Reflete o equilíbrio entre a produção e a perda de calor pelo organismo.

• Está intimamente relacionada à atividade metabólica

• Centro termorregulador : HIPOTÁLAMO

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Locais de verificação:

Cavidade oral

* Valores: 36,3º a 37,4º

* Tempo de permanência: 3 min.

* contra-indicação: crianças, idosos, doentes graves, pctes inconscientes, com distúrbios mentais ou portadores de lesões orofaríngeas.

* Termômetro de uso individual

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Retal

* Valores: 36 a 37,5ºC

* Tempo de permanência: 3 min.

* Contra-indicação: pctes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo e em processos infecciosos locais.

* Considerada a mais fidedigna

* Uso individual. Após uso deve ser lavado com água e sabão e depois proceder limpeza com álcool à 70%.

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Axilar

* Valores: 35,8º a 37ºC

* Tempo de permanência: 5 a 7 min.

* Contra-indicação: pctes com queimaduras de tórax, fraturas de membros superiores, muito magros e lesões axilares.

* É a menos precisa

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Fatores que afetam a temperatura corporal

• Idade : bebês e idosos• Exercício• Gênero: mulheres vivenciam maiores flutuações

de temperatura corporal que os homens• Ritmo circadiano• Estresse• Ambiente• Sono e repouso• Desnutrição

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Alterações de temperatura

• Hipotermia: temp. corporal abaixo dos valores normais (< 36ºC)

• Febrícula: 37,3º a 37,7ºC• Febre: 37,8º a 38,9ºC• Pirexia: 39º a 40º C• Hiperpirexia: acima de 40º

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Padrões de febre

• Contínua (ou sustentada) : temp. corporal constante, continuamente superior a 38ºC, com pouca oscilações.

• Intermitente: alternância entre picos de febre e um período de temp. normal pelo menos uma vez em 24h.

• Remitente: picos de febre e diminuições sem retorno aos níveis de temp. normal.

• Recorrente, recrudente ou recidivante: caracterizada por períodos de febre durante alguns dias, alternando – se com vários dias de temperatura corpórea normal.

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PULSO

• É a elevação, o abaulamento palpável do fluxo sanguíneo percebida na artéria periférica.

• O volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 min. é o débito cardíaco FC x Vol. Sistólico do ventrículo.

• É inversamente proporcional a idade

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Lactentes 120-160 bpm

cças até 3 anos 90-140bpm

pré-escolares 80-110 bpm

Escolares 75-100 bpm

Adolescentes 60-90 bpm

Adultos 60-100bpm

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Fatores que influenciam a frequência de pulso

• Exercício• Temperatura• Emoções• Medicamentos• Hemorragia• Alterações posturais• Condições pulmonares

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Locais para a verificação do pulso

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Características do pulso

• Frequência

normocardia: 60 – 100 bpm

bradicardia: <60 bmp

taquicardia: > 100 bpm• Ritmo

regular(rítmico) ou irregular(arrítmico) • Amplitude (força)

cheio ou forte; fraco ou filiforme

taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico.bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico.

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OBS.:Se o pulso radial está anormal ou é intermitente em decorrência de disritmias, ou se é inacessível por causa de roupa, aparelho gessado ou outro obstáculo, o pulso apical deve ser avaliado.

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RESPIRAÇÃO• A respiração é o mecanismo que o organismo

utiliza para trocar os gases entre a atmosfera e o sangue, bem como entre o sangue entre as células.

• Ela envolve a ventilação, a difusão e a perfusão• A frequência, profundidade e ritmo dos

movimentos ventilatórios indicam a qualidade e a eficiência da ventilação.

• O centro respiratório encontra-se no tronco cerebral.

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Fatores que influenciam o caráter das respirações

• Exercício• Dor aguda• Ansiedade• Tabagismo• Posição do corpo• Medicamentos• Lesão neurológica• Função da hemoglobina

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• A FR, assim como o pulso, é inversamente proporcional a idade:

Neonato 30-60 ipm

Lactente (seis meses) 30-50 ipm

Pré-escolar (2 anos) 25-32 ipm

Criança 20-30 ipm

Adolescente 16-19 ipm

Adulto 12-20 ipm

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Características da respiração

• Frequência respiratória

Eupnéia/ normopnéia: 12-20 ipm

Bradpnéia: abaixo de 12 ipm

Taquipnéia: acima de 20 ipm

Hiperpnéia: As respirações são laboriosas, aumentada em profundidade e frequência (mais de 20 ipm.

• Profundidade ventilatória

normal, profunda ou superficial

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• Ritmo ventilatório

regular ou irregular

OBS.:

- Homens saudáveis e crianças geralmente apresentam respiração diafragmática

- Mulheres tendem a usar os músculos torácicos para respirar.

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Alterações no padrão respiratório

• Apnéia: ausência de respiração• Hiperventilação: Aumento da frequência e da

profundidade das respirações. Pode levar a hipocapnia( CO2).

• Hipoventilação: FR anormalmente baixa, podendo a profundidade da respiração estar deprimida. Pode levar a hipercapnia ( CO2).

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• Resp. de Cheyne-Stokes: frequência e profundidade respiratórias são irregulares, caracterizada por períodos alternantes de apnéia e hiperventilação.

• Resp. de Kussmaul: respirações são anormalmente profundas e aumentadas na frequência.

• Respiração de Biot: respirações anormalmente superficiais durante dois ou três ciclos, seguidos por período irregular de apnéia.

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• Ortopneia: dispnéia em decúbito horizontal, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco

• Platipnéia: É o nome dado à sensação de dispnéia, que surge ou se agrava com a adoção da posição ortostática, particularmente em pé.

• Trepopnéia: É a sensação de dispnéia, que surge ou piora em uma posição lateral, e desaparece ou melhora com o decúbito lateral oposto.

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PRESSÃO ARTERIAL

• Pode ser definida como a pressão exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias.

• Ela depende:

* Débito cardíaco (DC)

* Resistência vascular periférica (RVP)

* Volume e viscosidade sanguínea

* Elasticidade das artérias • O valo da PA é diretamente proporcional a

idade

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Fatores que afetam a PA

• Idade• Estresse – estimulação simpática, com eventual

elevação da FC, DC e RVP - PA• Raça – A frequência de HAS é mais comum nos

afro-descendentes• Medicamentos• Variação diurna• Gênero• Exercício• Dor

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Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal < 120 < 80

Pré-hipertensão

120-139 80-89

HipertensãoEstágio 1 140-159 90-99Estágio 2 ≥160 ≥100

Classificação da PA em adultos, segundo MS

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Considerações quando a aferição da PA

• Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.

• Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial.

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• A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%.

• Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.

• Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente.

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• Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo.Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.

• Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff),seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação.

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• Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff)

• Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.

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Sons de Korotkoff

Fase I ou K1 Primeiro som, forte e que aumenta em intensidade

Fase II ou K2 Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados

Fase III ou K3 Amplificação dos sons da fase 2, surgimento de sons mais nítidos e intenso(semelhantes ao da fase 1) que aumentam em intensidade

Fase IV Os sons se tornam súbita e intensamente mais abafados

Fase V ou K5 Desaparecimento completo dos sons

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Situações Especiais de Medida da Pressão Arterial

• Medida da PA na coxa:

- Utilizar manguito de tamanho adequado, colocado no terço inferior da coxa.

- Colocar o paciente em decúbito ventral.

- Realizar a ausculta na artéria poplítea. • Crianças

- A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. O comprimento da bolsa do manguito deve envolver 80% a 100% da circunferência do braço.

- A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff.

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• Obesos

Deve-se utilizar manguito de tamanho adequado à circunferência do braço. Na ausência deste, pode-se:

- corrigir a leitura obtida com manguito padrão (13 cm x 24 cm), de acordo com tabelas próprias;

- usar fita de correção aplicada no manguito; e - colocar o manguito no antebraço e auscultar a

artéria radial, sendo esta a forma menos recomendada.

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Pressão arterial média invasiva (PAM)

• É aquela medida da pressão arterial através da inserção de um cateter em alguma artéria periférica do corpo humano.

• O cateter arterial pode ser colocado na artéria:

*radial - do lado não dominante. Realizar teste de Allen antes da colocação do cateter.

* pediosa

* femoral

* braquial

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• A linha arterial pode ser obtida por punção ou dissecção.

• A PAM pode ser conectada ao manômetro de mercúrio ou à um transdutor eletrônico.

• Todo o sistema da PAM deve ser preenchido com 500 ml de SF0,9%+ 1ml de heparina

• zerar a PAM ao nível da linha axilar média com o paciente em decúbito dorsal horizontal ou no ângulo máximo de 40º.

• Retirar as bolhas de ar do sistema

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• Restringir a canulação arterial ao tempo máximo necessário para o controle hemodinâmico do paciente (ideal 48hs, limite de 96h.)

• Realizar a troca do equipo com transdutor de pressão a cada 72h

• Realizar a troca da solução com heparina a cada 24h.

• Retirar cateter de PAM só após passado 6 h de seu desligamento.

• Valores normais: 6.0 à 8.0 mmHg

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• Cálculo da PAM:

PAM = PAD + [ (PAS - PAD) / 3 ]Exs.:Indivíduo normotenso Indivíduo

hipertenso120 x 80 mmHg 140 x 100 mmHg120 - 80 = 40 140 - 100 = 4040 / 3 = 13,3 40 / 3 = 13,313,3 + 80 13,3 + 100PAM = 93,3 mmHg PAM = 113,3 mmHg

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PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC)

• Refere-se a pré-carga do ventrículo direito, ou seja, a capacidade de enchimento dessa câmera ao final da diástole.

• Importante indicador na avaliação do volume sanguíneo circulante e da função cardíaca em pacientes críticos.

• É obtida através de um cateter locado na veia cava superior, por meio da punção de um acesso central em veia subclávia ou jugalar.

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• É expressa em cm de H2O ou mmHg.• A zeragem da linha de pressão venosa central é

feita da mesma forma que a PAM, alinhando com a linha média axilar.

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• Valores normais: 8 -12 cmH2O / 0 – 8 mmHg

• Normalmente a coluna d'água ou as curvas em monitor oscilam de acordo com a respiração do paciente. Caso isso não ocorra, investigue a possibilidade do cateter estar dobrado ou não totalmente pérvio.

• Ao verificar a PVC, averiguar se há outras soluções correndo no mesmo acesso venoso central. Caso ocorra, feche todas, deixando apenas a via do equipo da PVC.

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OXIGENOTERAPIA

“Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.”

Hipóxia ≠ Hipoxemia

Hipóxia: é a baixa concentração de oxigênio no sangue arterial.

Hipoxemia: é a baixa disponibilidade de oxigênio para determinado órgão.

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• Indicação:

- PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente)

- Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias.

- IAM

- Intoxicação por gases (monóxido de carbono)

- Envenenamento por cianeto• Sistemas de oxigenoterapia:

- Baixo fluxo: cateter nasofaríngeo, cânula nasal e máscaras facial simples.

- Alto fluxo: máscara de Venturi

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Cânula nasal:

- Concentração de O2: 25 % a 45 %

- Fluxo de O2 : de 1 litro a 6 litros

- Com baixos fluxo,

<4l, não umidificar

- Escolha no paciente estável

- Não gera reinalação

- Confortável, fácil uso

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Cateter nasofaríngeo:

- Mesmo valor de concentração e fluxo de O2 da cânula,

- Medir o tamanho do cateter da ponta do nariz ao inicio do canal auditivo externo,

- Deve-se lubrificar o cateter antes da inserção.

- O tamanho da cânula é considerado pelo seu diâmetro interno, em milímetros.

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Máscara Facial simples:- Concentração de O2:

40% a 60 %

- Fluxo de O2: 6 a 10l

- Ocorre reinalação de CO2 - Perigo

- Mistura de O2 a 21% do ambiente

- Mais indicada nas SCA

- Deve cobrir a boca e o nariz

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Máscara facial de reinalação parcial:

- Concentração de O2:60-80%

- Fluxo de O2: 07 a 10 l

- Bolsa tem de estar cheia em 2/3

- Produz uma FiO2 mais elevada que a máscara simples,

- Permite reinalação de CO2 na bolsa reservatório

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Máscara facial sem reinalação:

- Concentração de O2: 60 a 100 %

- Fluxo de O2: 10 a 15l

- Indicada no pac. grave IRA

- Bolsa reservatório sempre inflada

- Impede a reinalação de CO2 através de válvulas unidirecionais

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Máscara de Venturi:- Permite um

fornecimento mais confiável e controlado de concentrações de O2,

- Fluxo de O2 de 5 a

12l,

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Efeitos deletérios do O2

- Depressão do sistema respiratório e aumento da PCO2

- Atelectasia por absorção- Diminuição da capacidade vital, pela redução ao estímulo respiratório- Aumento do efeito shunt- Redução do surfactante- Desidratação das mucosas

- Tosse seca e irritativa

- Diminuição da atividade ciliar

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