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Sincronização caótica e transiente superpersistente no

oscilador Colpitts

Ms. Robson Conrado Bonetti1

Orientador Dr. Antonio Marcos Batista2

Co-Orientador Dr. Silvio Luiz Thomas de Souza3

1Pós-Graduação em Ciências-Física - UEPG

2Departamento de Matemática e Estatística - UEPG

3Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ

16/07/2014

Bonetti, R. C., Batista, A. M. (UEPG) Sincronização caótica e transiente Oscilador Colpitts 1 / 45

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1 Introdução

2 Comportamento Caótico

3 Acoplamento mestre-escravo e superpersistenteCircuito elétrico acopladoSincronizaçãoEfeito do ruído

4 Conclusões

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Sumário

1 Introdução

2 Comportamento Caótico

3 Acoplamento mestre-escravo e superpersistenteCircuito elétrico acopladoSincronizaçãoEfeito do ruído

4 Conclusões

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Oscilador Colpitts

Motivação

Tem um rico comportamento dinâmico. Há extensas evidênciasexperimentais e numéricas do comportamento caótico neste circuito.

É um oscilador harmônico senoidal formado por um circuito tanque(LC) cuja sintonia da frequência de oscilação é feita no circuito derealimentação formado por dois capacitores e um indutor.

Oscilador de ampla faixa de operação: 1 a 100 MHz e em alguns casosvai até a região de microondas, apresentando em sua saída um sinalcom frequência determinada.

Muito utilizado em dispositivos eletrônicos, sistemas de comunicação,frequências de rádio, sistemas de telecomunicações com comunicaçãosegura dos dados, processamento de sinais, faixas de FM ondefunciona tanto na transmissão como na recepção de sinais.

Boa performace e estabilidade em alta frequência.

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Osciladores Eletrônicos

Conceitos

Destinam-se à geração primária de sinais periódicos, produzindo umsinal alternado a partir de um sinal contínuo.

Isto é conseguido pela interação de um circuito passivo (resistores,capacitores e indutores) com elementos ativos (geradores elétricos).

A existência de um comportamento não-linear faz com que ososciladores estabilizem a amplitude das oscilações em regimepermanente.Existem dois tipos de osciladores eletrônicos:

I Harmônico ou senoidal: Colpitts, Hartley, Wien, Armstrong.I Relaxação: gerador de sinais retangulares.

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Osciladores senoidais

Nos osciladores senoidais o processo de sintonia da frequência deoscilação é feita por elementos reativos (responsável pela oscilação)

Oscilador Hartley (Indutivo): 10 Hz até 50 MHz.

Oscilador Colpitts (Capacitivo): 1 Hz até 100 MHz e em alguns casossua variação vai até a região de microondas (giga-Hertz).

X X

X

1 2

3

amplificador

Tipo de oscilador

Hartley

Colpitts C LC

LL C

X1 X2 X3

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Esquema básico de um oscilador eletrônico

Um oscilador é formado por um amplicador, um feedback regenerativo(realimentação) e uma rede de determinação de frequência.

FEEDBACK

ALIMENTAÇÃOFONTE DE

ENTRADA SAÍDA SAÍDA

Amplificador

REDE DEFEEDBACK

determinante

FONTE DE

Componente

de frequência

(a) (b)

ALIMENTAÇÃO

Amplificador

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Condição de oscilação - Diagrama de blocos

Existem dois modelos fundamentais para oscilação:

1 Resistência negativa2 Realimentação ou Feedback: decomposição do circuito em um

sub-sistema linear (rede ativa) e um elemento de realimentaçãonão-linear, conectados juntos num circuito fechado.

+

+

Σ

f(s)

Vi oV

A(s)

Rede AtivaA

Rede de realimentação

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Condição de oscilação - Critério de Barkhausen

O comportamento linear do circuito de realimentação é dado pelo ganho damalha g(s) numa malha aberta pelo seguinte produto

g(s) = A(s)f (s)

A equação característica para o modelo de realimentação, cujas soluçõesfornecem as frequências naturais do sistema, é dada por

1− g(s) = 0

Para que ocorra uma oscilação auto-sustentada no sistema de realimentação,o ganho da malha e a mudança de fase em torno do circuito devem ser:

| g(jω0) |= 1arg | g(jω0) |= 0

onde ω0 é a frequência de oscilação. Em osciladores reais g(jω0) > 1, paraassegurar a formação das oscilações.

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Modelo de realimentação mais Transistor

Além da realimentação positiva f (s), devem ser incorporados aocircuito oscilativo um TRANSISTOR que vai agir como amplicadorde sinal, elementos determinantes da frequência e as necessáriastensões de corrente contínua de polarização.

Ao ser alimentado, um sinal randômico é gerado no dispositivo ativoA(s) e assim amplicado. Este sinal é realimentado positivamentef (s), através de circuitos seletores de frequência, e retorna à entrada,onde é novamente amplicado.

O transistor age como uma chave e conduz periodicamente, sempreque a energia é realimentada desde o circuito sintonizado, a m demanter as oscilações do circuito.

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Oscilador de Edwin Henry Colpitts

O oscilador Colpitts é um circuito baseado no oscilador indutor-capa-citor (LC) com um transistor (controlador de voltagem), que foi proje-tado por Edwin Henry Colpitts (1872-1949), pioneiro das comunicações(osciladores e amplicadores).

Consiste de uma bobina (armazena energia na forma de campo magné-tico) e capacitores em paralelo (armazena energia na forma de cargaelétrica).

O divisor de tensão capacitiva produz a tensão de realimentação neces-sária para as oscilações.

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Diagrama esquemático do oscilador Colpitts

0IV

C2

+

Vout

+VC1

C1

C2

I

CCV

R

G0

B

CIC

E

VCE

+T

BI

VBE

+

IE

BBI

C

CI α

FIE

E

EI

L

L

VCE

+

+VCB

BEV

+E

R

(a) (b)

(a) esquema do oscilador Colpitts, (b) conguração do transistorBonetti, R. C., Batista, A. M. (UEPG) Sincronização caótica e transiente Oscilador Colpitts 12 / 45

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Elementos do circuito

Um transistor de junção bipolar (BJT), como elemento de ganho,

controlado por um resistor não-linear RE e uma fonte de corrente

controlada IE (corrente do emissor);

Uma rede ressonante que consiste de um indutor L e um par de

capacitores C1 e C2;

A polarização do circuito é fornecida pela fonte de tensão VCC ;

O resistor R (que representa as perdas do indutor real);

Fonte de corrente elétrica real I0 em paralelo com uma condutância

parasita G0, fornecendo assim uma fonte de corrente ideal (Teorema

de Norton).

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Elementos do circuito

A corrente do emissor IE é dada por

IE =IS

αF

[exp

(VBE

VT

)− 1

]; (1)

Na junção B − E ,temos a tensão VBE , e a corrente de saturação IS ,

onde IS ' 10−15A;

αF é o ganho de corrente direta do transistor, onde αF ' 0, 996;

VT ≡ kbT/q é a tensão térmica, onde kb é a constante de

Boltzmann, q é a carga do elétron, T é a temperatura absoluta

expressa em Kelvin e na temperatura ambiente VT ' 27mV .

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Equações de estado para o oscilador Colpitts

C1

dVC1

dt ′= −αFn(−VC2) + IL

C2

dVC2

dt ′= (1− αF )n(−VC2)− G0VC2 + IL − I0

LdIL

dt ′= −VC1 − VC2 − RIL + VCC

(2)

VC1 e VC2 são as variáveis de estado através dos capacitores C1 e C2;

IL é a corrente no indutor L;

t ′ é o tempo, expresso por t = t ′ω0;

VCC é a voltagem fornecida ao circuito por uma fonte de corrente I0;

n() é a função característica que fornece os pontos de condução doresistor não-linear RE , da forma IE = n(VC2) = n(−VBE ).

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Equações de estado

Movendo o ponto de equilíbrio E dado por E ≡ (V C1 ,V C2 , I L) e fazendo oponto de operação O da equação (2) como sendo a origem do novo sistemade coordenadas, podemos normalizar as variáveis de estado, introduzindo va-riáveis adimensionais (x1, x2, x3), juntamente com a normalização da tensão(Vref = VT ), da corrente (Iref = I0) e do tempo (tref = 1/ω0), teremos

x1(t) =VC1 − V C1

VT

=1VT

[VC1(ω0t)− VC10 ],

x2(t) =VC2 − V C2

VT

=1VT

[VC2(ω0t)− VC20 ],

x3(t) =IL − I L

I0=

1I0

[IL(ω0t)− IL0 ],

ω0 é frequência de ressonância do circuito tanque, ω0 =1√

LC1C2

C1 + C2

.

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Equações de estado adimensionais

O sistema de equações (2) pode ser reescrito como:

dx1

dt=

g∗

Q(1− k)[−αFn(x2) + x3]

dx2

dt=

g∗

Qk[(1− αF )n(x2) + x3]− Q0(1− k)x2

dx3

dt= −Qk(1− k)

g∗[x1 + x2]− 1

Qx3

(3)

onde o termo não-linear n(x2) é expresso por n(x2) = e−x2 − 1.

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Equações de estado adimensionais - elementos

O fator de qualidade de ressonância da rede ou do circuito tanque (circuitoLC), denotado pelo parâmetro Q é dado por

Q =ω0L

R,

enquanto que k é o divisor de tensão capacitivo expresso como

k =C2

C1 + C2

,

e g∗ é o ganho da malha do oscilador dado por

g∗ =I0L

VTR(C1 + C2),

e Q0 é a fonte de polarização da corrente dado por

Q0 = ω0LG0.

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Considerando a fonte de corrente de polarização ideal, onde a condutânciaG0 é muito pequena, Q0 = G0 = 0, o sistema de equações (3) torna-se

dx1

dt=

g∗

Q(1− k)[−αFn(x2) + x3]

dx2

dt=

g∗

Qk[(1− αF )n(x2) + x3]

dx3

dt= −Qk(1− k)

g∗[x1 + x2]− 1

Qx3

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Sumário

1 Introdução

2 Comportamento Caótico

3 Acoplamento mestre-escravo e superpersistenteCircuito elétrico acopladoSincronizaçãoEfeito do ruído

4 Conclusões

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Comportamento caótico no oscilador Colpitts

Com o sistema de equações abaixo, estamos interessados em analisar paraqual estado se dará a convergência para tempos longos de acordo com oponto inicial da órbita.

dx1

dt=

g∗

Q(1− k)[−αFn(x2) + x3]

dx2

dt=

g∗

Qk[(1− αF )n(x2) + x3]

dx3

dt= −Qk(1− k)

g∗[x1 + x2]− 1

Qx3

(4)

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Cascata de Feigenbaum - Duplicação de período

Para o sistema de equações (4), com os parâmetros: Q = 1, 77; k = 0, 5;R = 80Ω; αF = 0, 996; C1 = C2 = 1µF ; L = 18, 2mH; VT = 27mV

−25 −20 −15 −10 −5 0 5−5

0

5

10

15x 2

−25 −20 −15 −10 −5 0 5−5

0

5

10

15

−25 −20 −15 −10 −5 0 5x1

−5

0

5

10

15

x 2

−25 −20 −15 −10 −5 0 5x1

−5

0

5

10

15

(a) (b)

(c) (d)

(a) I0 = 0, 85mA e g∗ = 1, 9674; (b) I0 = 1, 05mA e g∗ = 2, 4305;(c) I0 = 1, 16mA e g∗ = 2, 6853; (d) I0 = 1, 21mA e g∗ = 2, 8002.

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Diagrama de Bifurcação e Expoente de Lyapunov

a) Diagrama de bifurcações, (b) Expoente de LyapunovBonetti, R. C., Batista, A. M. (UEPG) Sincronização caótica e transiente Oscilador Colpitts 23 / 45

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Sumário

1 Introdução

2 Comportamento Caótico

3 Acoplamento mestre-escravo e superpersistenteCircuito elétrico acopladoSincronizaçãoEfeito do ruído

4 Conclusões

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Colpitts acoplados numa conguração mestre-escravo

VCC

I0

TIB

IE

V

VCE

BE

B

C

E

+

+

IC

C1

+

2

+

Vout

MESTRE ESCRAVO

V

+

C

IC

E

IE

B

T

IB

CEV+

C

VBE

+

in

~

~

~

~

~

~

VC

+

C2

C VC2

1VC1

~

1

2

VC

~

G0

R

L

IL

G0

I~

0

VCC

R

L

IL

~

R*

Circuito elétrico acoplado através de um reostato com resistência variável R∗ com

constante de acoplamento ε, expressa por ε =√

L

C1R∗−1

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Equações de estado para o circuito acoplado

C1

dVC1

dt ′= −αFn(−VC2) + IL

C2

dVC2

dt ′= (1− αF )n(−VC2)− G0VC2 + IL − I0

LdIL

dt ′= −VC1 − VC2 − RIL + VCC

C1

dVC1

dt ′= −αFn(−VC2) + IL

C2

dVC2

dt ′= (1− αF )n(−VC2) + IL − I0 − G0(2VC2 + VC2)

Ld IL

dt ′= −VC1 − VC2 − RIL + VCC

(5)

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Equações de estado adimensionais para o circuito acoplado

dx1

dt=

g∗

Q(1− k)[−αFn(x2) + x3]

dx2

dt=

g∗

Qk[(1− αF )n(x2) + x3]

dx3

dt= −Qk(1− k)

g∗[x1 + x2]− 1

Qx3

dy1

dt=

g∗

Q(1− k)[−αFn(y2) + y3]

dy2

dt=

g∗

Qk[(1− αF )n(y2) + y3] + ε[x2 − y2]

dy3

dt= −Qk(1− k)

g∗[y1 + y2]− 1

Qy3

(6)

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Sincronização Caótica

Surge devido ao fato de se colocar uma das variáveis de um sistemacomo função de todos os demais sistemas associados.

É um ajuste do ritmo entre objetos que oscilam, cujas oscilações sãoauto-sustentáveis.

Para que dois sistemas estejam sincronizados, eles devem exibir órbitasiguais a medida que o tempo evolui.

Neste trabalho estamos interessados na sincronização completa, demodo que x1(t) = y1(t), x2(t) = y2(t) e x3(t) = y3(t), enquanto adinâmica no tempo permanece caótica.

Para o sistema de equações (6), utilizando: αF = 0, 996; R = 80Ω;L = 18, 2µH; C1 = C2 = 1µF ; VT = 27mV ; Q = 1, 77; g∗ = 2, 896;vericamos a sincronização dos circuitos em função do parâmetro deacoplamento ε, plotando as variáveis de estado (x1; y1) versus otempo t em função da constante de acoplamento ε.

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Sincronização dos circuitos mestre-escravo em função do

parâmetro de acoplamento ε

5600 5650 5700 t

−25

−20

−15

−10

−5

0

5

x1; y

1

5600 5650 5700 t

−25

−20

−15

−10

−5

0

5

(a) (b)

(a) ε = 0, 05 e (b) ε = 0, 1

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Diagnóstico de sincronização

O parâmetro de acoplamento ε inuencia o sincronismo entre os cir-cuitos mestre e escravo do oscilador Colpitts.

Para vericar se ocorre ou não a sincronização devemos determinar oerro médio entre as variáveis de estado fornecendo um diagnóstico nu-mérico para o sistema

∆ =| x1 − y1 | .

Se ∆ 6= 0 os circuitos não estão sincronizados.

Para ∆ = 0 os circuitos estão completamente sincronizados.

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Evolução temporal de ∆

7000 7100 72000

5

10

15 ∆

5500 5750 6000

t

−1

0

1

2

3

4

5

6

∆ (1

0−6 )

(a)

(b)

(a) ε = 0, 05 e (b) ε = 0, 089

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Dependência da média do erro de sincronização

O erro de sincronização depende do ganha da malha g∗ e da intensida-de do acoplamento ε.

Média do erro temporal

∆ =1

t2 − t1

t2∑t1

∆(t).

A sincronização caótica ca caracterizada para ∆ < 10−4.

t2 − t1 é a janela temporal para as medições. Utilizamos t1 = 5000 et2 = 10000, mas resultados semelhantes foram obtidos utilizandot1 = 18000 e t2 = 20000.

Região verde (sincronização caótica) e região branca (não sincronizado).

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Domínios sincronizados no espaço de parâmetros no plano

g∗ × ε

0 0,05 0,1 0,15ε

2,855

2,86

2,865

I IIg*

A linha preta separa as regiões com e sem estabilidade local desincronização, obtida através dos expoentes de Lyapunov.

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Efeito do ruído

Sinal é a informação útil enviada para o circuito e qualquer informação in-desejada, inútil, ou nociva, introduzida involuntariamente ou voluntarimenteno sistema é considerada ruído.

Ruídos são perturbações elétrico/magnéticas que deterioram os sinais quedesejamos transmitir, receber ou tratar no circuito. É um sinal aleatório epode ser classicado pela freqüência em que atua e pela sua origem.

O ruído está sempre presente em qualquer transmissão de sinal, está presenteno canal de conexão entre os circuitos, produzindo uma distorção no sinalchamada de ruído térmico.

O ruído térmico é um ruído branco gaussiano (AWGN), cuja densidade es-pectral de potência é independente da frequência, portanto tem intensidadeigual em todas as frequências.

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Perturbação Estocástica

Na variável de estado y2(t) do sistema de Equações (6), adicionamos umaperturbação estocástica da forma

dy2

dt=

g

Qk[(1− αF )n(y2) + y3] + ε[x2 − y2] + Ar(t), (7)

onde A é o nível da perturbação estocástica e r(t) é uma variável pseudo-aleatória.

Considerando um gerador de números aleatórios que retorna a uma dis-tribuição normal com desvio da média nula e variância unitária.

Podemos analisar o efeito do ruído no acoplamento fazendo o erro de sin-cronização em função da força de acoplamento ε.

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Erro de sincronização × força de acoplamento ε

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

ε

0

1

2

Erro da média temporal de sincronização versus força de acoplamento para g = 2, 863,

A = 0, 1 (círculos verdes), A = 0, 5 (círculos vermelhos) e A = 1, 0 (círculos pretos).

Esses três casos tem exatamente a mesma condição inicial.

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Tamanho da região de sincronização

A região de sincronização aparece para valores maiores de ε.

0 0,1 0,2 0,3 0,4ε

2,855

2,86

2,865g I II

ε*

Domínios sincronizados (região verde) considerando os mesmos parâmetros utilizados,

adicionando um pequeno ruído A = 3.10−5.

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O transiente superpersistente não apresenta robustez ao ruído, pois um pe-queno ruído é suciente para suprimir o transiente persistente. É necessárioum valor grande de ε para o sistema car sincronizado.

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Efeito do ruído sobre a região sincronizada

0 3×10−5

6×10−5

A

0

1

ε*

0,0 6,0×104

1,2×105

τ

100

102

104

P(τ

)

(a)

(b)

(a) ε∗ versus A, onde os círculos pretos correspondem a τM ≈ 104.

(b) Histograma do tempo transiente considerando g = 2, 863, ε = 1, A = 5.10−5

(círculos) e A = 6.10−5 (quadrados).

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Efeito do ruído

O ruído induz transientes mais longos

Para A ≤ 4.10−5 os valores dos transientes cam em torno de 103.

Quando A ≥ 7.10−5 o ruído pode suprimir a sincronização caótica.

A supressão do transiente médio τM aumenta rapidamente quando a ampli-tude do ruído aumenta, de acordo com a relação exponencial

τM ∼ φexp(ϕA)

onde φ e ϕ são constantes positivas.

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Sumário

1 Introdução

2 Comportamento Caótico

3 Acoplamento mestre-escravo e superpersistenteCircuito elétrico acopladoSincronizaçãoEfeito do ruído

4 Conclusões

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Conclusões - Acoplamento mestre-escravo e superpersistente

Quando o circuito mestre-escravo é acoplado, o sistema sincroniza ounão, em termos do parâmetro de acoplamento ε.

A média do terro temporal entre as variáveis de estado, fornece odiagnóstico númerico para o sistema, mostrando se os circuitos estãosincronizados (∆ = 0) ou não sincronizados (∆ 6= 0).

Existem transientes superpersistentes localizados principalmente nafronteira dos domínios sincronizados no espaço de parâmetros g∗ × ε.

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Conclusões - Acoplamento mestre-escravo e superpersistente

Quando um ruído é inserido no canal de conexão entre os circuitosmestre e escravo, a sincronização entre ambos só é alcançada quandoε é muito grande.

Os transientes se tornam mais longos, caracterizando assim, otransiente superpersistente.

Estes resultados permitem prever que existe um conjunto deparâmetros nos osciladores Colpitts acoplados, para observar ostransientes superpersistentes.

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Oscilador Colpitts

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

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