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ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSITeixeira Guimarães – SBNTomáz Braz – SISEP

Conselho Editorial:Firmino Marques – SBNJorge Cordeiro – SISEPPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 090/062Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 62.450 exemplares(sendo 5.450 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

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Ficha Técnica

SINDICAL l AtualidadeSindicato único dá mais um passo 4Novo Banco: Febase e Stock da Cunha debatemsegurança dos trabalhadores 6Febase reúne-se com Isabel Castelo Brancoem defesa dos trabalhadores da Parvalorem 8

QUESTÕES l JurídicasIsenção de horário de trabalho ou a parábola climatéricada eira e do nabal 10

Dossiê l Setor FinanceiroNegócio e ética podem ser compatíveis 11Atenção às pensões! 13

TEMPOS LIVRES l NacionalTiro: Pontaria de Rui Martins vale título 15Pesca de Alto Mar: Bicampeonato para Bruno Ferreira 15Futsal: Team Foot Activobank conquista triplete 16Caminhadas Febase: Último esforço antes de férias 17

30BancáriosCentro

26BancáriosNorte

24SISEP Profissionaisde Seguros

21STAS ActividadeSeguradora

18BancáriosSul e Ilhas

A equipa da Revista Febase desejaa todos os associados e leitores boasférias, com o merecido descanso depoisde um ano de trabalho.

Como em anos anteriores e por motivoda época estival, a revista não se publica-rá em agosto e setembro, voltando aocontacto com os leitores em outubro.

Boas férias

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l EDITORIAL

TEXTO: CARLOS MARQUES

Desesperança

A Europa cuidou de construir o telhado,mas esqueceu-se que a união monetária,

para ter êxito, precisava de ter outrosinstrumentos fundamentais

Assistimos todos, assim penso, aos sucessivos episó-dios sobre a situação grega e ao desespero que aausência de uma solução duradoura – pelo menos na

altura em que se escreve este editorial – seja encontrada.A forma como a globalização da economia tomou conta

das nossas vidas, fazendo com que um espirro no Japão nosconstipe diretamente ou uma dor de cabeça no Brasil possatrazer consequências pesadas para a economia mundial,era motivo mais que suficiente para que uma Europa queavançou para a moeda única pudesse ter previsto à partidaas situações hoje existentes nos países em que a economiaera rotineiramente mais débil, como é o caso da Grécia, aIrlanda, Portugal e até a Itália.

O facto é que a Europa cuidou de construir o telhado, masesqueceu-se que a união monetária, para ter êxito, preci-sava de ter outros instrumentos fundamentais, sem osquais dificilmente poderia alcançar esse desiderato. Al-guns, poucos, estadistas alertaram para isso, mas naverdade pouco ou nada foi feito.

Falamos de uma Europa com outro modelo de governa-ção, mais decisório; de uma Europa com uma política fiscalúnica, que impedisse, como hoje acontece, que empresasmudem as suas sedes para outros locais na mesma Europacomunitária para assim pagarem menos impostos; de umapolítica externa comum, veja-se como a questão da apro-ximação da Grécia à Rússia é colocada pelos primeiros

como uma alternativa que faz reagir o Senhor Obama e atéa Senhora Merkel; de uma política comum para ajudar aresolver a calamidade das migrações trans-saharianas,não pela via da utilização da força, mas sim através dodesenvolvimento económico dos países que estão naorigem dessas migrações.

A este propósito, a forma pouco cuidada como a Europaacompanhou os Estados Unidos naquilo que pensava seruma solução para muitos dos países do Norte de Áfricaresultante da chamada "primavera árabe" constitui-senum péssimo exemplo de exportação de modelos degovernação que unicamente resultaram no aparecimentode ideologias mais fundamentalistas como aquela que o"estado islâmico" aplica nos territórios que domina enaqueles, que por este andar, irá dominar.

Estamos assim nesta Europa a que pertencemos, comuma grave crise económica a que se tenta reagir commedidas financeiras e políticas, estas últimas muito timo-ratas, mas sem ir ao âmago da questão, isto é, semdiscutir, aprofundar e aplicar um novo modelo de gover-nação que substitua o atual, permitindo assim o reforço dopoder e das políticas comuns europeias em detrimento daspolíticas locais. É do federalismo europeu que falo, porcontraponto ao que hoje sucede.

Esta será, em minha opinião, a única esperança capaz defazer face à desesperança atual.

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SINDICAL l Atualidade

Reunião no Porto

Sindicato único dá mais um Um projeto de organograma

da futura organizaçãosindical está a ser

debatido pela Comissãodos Estatutos, nomeada

pelas Direçõesdos cinco Sindicatos

da Febase

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Anegociação coletiva na banca enos seguros e o ponto de situaçãosobre o sindicato único foram os

temas principais da reunião do Secreta-riado da Febase, que se realizou no dia25 de junho, no Porto.

Depois de ter sido aprovada a ata dareunião anterior, o Secretariado entrouno debate dos temas da Ordem de Tra-balhos.

Um dos assuntos mais importantesem discussão foi sem dúvida o progres-

so no projeto de organização nacionalque agregará os sindicatos da Federa-ção, corporizando uma das maioresestruturas sindicais do setor financeiroda Europa.

Nesse sentido, a Comissão dos Esta-tutos, encarregada de avançar o pro-cesso e composta por membros doscinco Sindicatos, fez o ponto de situaçãosobre o sindicato único.

A Comissão anunciou ao Secretariadoque vai realizar nova reunião aindaantes do período de férias para discutiruma proposta de organograma da futu-ra organização. O projeto será acompa-nhado de notas referentes a cada umdos órgãos propostos, nomeadamentesobre funções e composição, e seráremetido às Direções de cada um doscinco sindicatos. Posteriormente seráanalisado e discutido numa próximareunião do Secretariado da Febase.

Contratação coletiva na banca…

O Secretariado debateu igualmente oponto de situação relativamente à ne-gociação coletiva na banca e nos segu-ros.

Paulo Alexandre, do Pelouro da Con-tratação, revelou não ter havido qual-quer evolução significativa nas nego-

Apolítica de comunicação da Federação mereceu também a atenção do Secretariado.Nesse âmbito, foi aprovada a criação de um site institucional, cuja implementaçãoficará a cargo do Pelouro de Informação.

Foi ainda decidido que na próxima sessão do Secretariado o Conselho Editorial da RevistaFebase apresentará uma proposta de novo lay-out para este órgão de comunicação. Oobjetivo desta mexida é fazer um "refrescamento" na imagem gráfica da revista, tornando-amais atrativa aos leitores, bem como alterar a exposição dos temas informativos.

Site para a Febase

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passo

Atualidade l SINDICAL

ciações do ACT do setor bancário desdea anterior reunião do Secretariado, man-tendo-se as divergências entre as par-tes em algumas matérias relevantes.

Apenas no início de junho se realizouuma reunião entre as partes, na qual ogrupo negociador das instituições decrédito apresentou um levantamentodas sessões havidas até ao momento,com a elencagem das cláusulas que opatronato entende fundamentais paraa obtenção de um entendimento.

Em consequência, a parte sindicalencontra-se agora a examiná-las, emordem a elaborar uma resposta, queapresentará na próxima reunião do Se-cretariado, prevista para 29 de julho.

… e nos seguros

No que diz respeito aos seguros,António Carlos adiantou que os sindi-catos do setor segurador da Federaçãose encontram a trabalhar sobre o con-

Face a uma notícia publicada num jornaldiário, a Febase esclarece que o seu teornão diz respeito a nenhum dos Sindicatos

dos Bancários que integram a Federação –Sindicatos dos Bancários do Centro, do Nortee do Sul e Ilhas.

Em causa está a primeira página do "Correioda Manhã" (CM) de 23 de junho sobre um"Sindicato de Bancários", que provocou dúvi-das nos leitores mais apressados. No entanto,a notícia refere-se ao Sindicato Nacional dosQuadros e Técnicos Bancários (SNQTB). Segun-do o jornal, o presidente do SNQTB recebe umsalário de 12 mil euros. "Em 2015, Afonso PiresDiz passou a ganhar seis mil euros do sindicato,mais seis mil pagos pela Fundação Social doQuadro Bancário de que é presidente", lê-se nanotícia. O CM adianta que tanto o salário comoa própria Fundação estão sob investigação.Oito queixas chegaram ao Departamento deInvestigação e Ação Penal (DIAP) e "levaram àabertura do processo de investigação n.º 4825/14.1TDLSB-03, que corre na 5.ª Secção".

Os dirigentes dos Sindicatos da Febase,esclarece a Federação, apenas recebem ovencimento que decorre das convenções co-letivas de trabalho não auferindo, em conse-quência, qualquer remuneração adicional pelodesempenho da atividade sindical.

Os Sindicatos dos Bancários integrantes daFebase lamentam a prática agora tornadapública, que em nada dignifica o sindicalismoe que constitui uma afronta à difícil situaçãosocial e económica da generalidade dos tra-balhadores portugueses e, em particular, dosbancários.

Os saláriosdos dirigentes

trato assinado em 2012 – que contémcláusulas mais benévolas que o ante-rior, fruto da negociação havida –, nosentido de que a Associação Portugue-sa de Seguradores (APS) aceite o prin-cípio de que está na altura de rever amais recente tabela salarial, sem al-terações desde 2009, para o que pare-ce mostrar-se sensibilizada.

António Carlos mostrou-se convictode que quando os Sindicatos apresen-tarem uma nova proposta de contrato,em setembro, encontrarão bom aco-lhimento por parte da APS, incluindopara algumas cláusulas de naturezasocial.

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SINDICAL l Atualidade

Novo Banco

Febase e Stock da Cunha debatemsegurança dos trabalhadores

Administração do NovoBanco garante aos

Sindicatos disponibilizara todos os trabalhadores

os meios indispensáveis àsua defesa contra os

chamados lesados do BES

TEXTO: INÊS F. NETO

Os presidentes dos três Sindicatosdos Bancários da Febase e doisrepresentantes do Pelouro da Con-

tratação reuniram-se no dia 16 de junhocom a Comissão Executiva do Novo Banco(NB), liderada por Stock da Cunha.

A reunião foi solicitada pela Febaselogo que tomou conhecimento das movi-mentações dos chamados lesados do BESjunto dos balcões da instituição, que acom-panhados por agentes da PSP pretendiamidentificar os trabalhadores que lhes te-rão apresentado para subscrição do papelcomercial do GES.

No encontro com a administração, osrepresentantes dos Sindicatos manifes-taram as suas preocupações face ao quepoderá acontecer aos trabalhadores dobanco e, de acordo com a sua análise,alertaram Stock da Cunha para a eventua-lidade de a situação se agravar com avinda de férias de emigrantes com apli-cações no GES.

Os responsáveis do NB expressaramtambém a sua enorme preocupação com

tudo o que se está a passar, adiantandoque a instituição disponibilizou a todos ostrabalhadores os meios indispensáveis àsua defesa.

Quanto aos clientes do papel comercial,o banco mantém a posição de que estanão é uma questão do NB mas do GES,aguardando que as autoridades superio-res – nomeadamente o Supervisor e oRegulador – encontrem uma solução.

Reestruturação

A Febase aproveitou a reunião paraquestionar a administração sobre a

existência de um eventual plano dereestruturação do banco.

Stock da Cunha garantiu que nadaestá previsto, adiantando que se foremconfrontados com essa necessidade ostrabalhadores são de imediato infor-mados.

Manifestação

Os Sindicatos têm reiterado a suaindignação face às repetidas ações con-tra os bancários levadas a cabo pelosapelidados lesados do BES, um poucopor todo o País.

Assim, mais uma vez lamentaramprofundamente o que dia 18 de junhovoltou a acontecer junto à sede do NovoBanco na Av. da Liberdade, em Lisboa,considerando que os manifestantesescolheram mal o alvo da sua fúria, poisestá mais do que provado que os traba-lhadores do NB não são responsáveispela situação.

A Febase manifesta a sua solidariedadea todos os bancários do Novo Banco, no-meadamente aos seus sócios, recordandoque os serviços jurídicos dos respetivosSindicatos estão ao seu dispor para qual-quer esclarecimento ou apoio.

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SINDICAL l Atualidade

Febase reúne-se com Isabel Castelo Brancoem defesa dos trabalhadores da Parvalorem

A Federação foi sensibilizara secretária de Estado

do Tesouro para a situaçãodos trabalhadores

da empresa pública,defendendo a sua integração

no Banco de Fomento

TEXTOS: INÊS F. NETO

Uma delegação da Febase, acom-panhada pelo secretário-geral daUGT, reuniu-se no início deste

mês com a secretária de Estado doTesouro, com o objetivo de evitar odespedimento coletivo dos 17 traba-lhadores da Parvalorem e defender ospostos de trabalho da empresa estatalde recuperação de crédito do ex-BPN.

A delegação, constituída por um re-presentante de cada Sindicato dos Ban-cários da Febase, manifestou à gover-nante com a tutela da Parvalorem apreocupação sindical com o futuro dostrabalhadores da empresa, e desde logo

com o daqueles sobre quem pende aameaça de despedimento coletivo.

A Febase defendeu junto de IsabelCastelo Branco que seja feito um esfor-ço no sentido de integrar estes traba-lhadores nos quadros de pessoal dasinstituições de crédito do Estado.

Nesse âmbito, frisou o caso da Ins-tituição Financeira de Desenvolvimen-to, vulgarmente conhecida como Ban-co de Fomento, recentemente cons-tituída. A instituição precisará de funcio-nários para desempenhar as funçõespara que foi criada, pelo que a Federa-ção considera dever ser dada prefe-

rência a este conjunto de trabalhado-res.

A secretária de Estado do Tesouromostrou-se sensível às preocupaçõessindicais, adiantando que todas as ques-tões que envolvam a vida de famíliassão muito relevantes, sem contudo secomprometer com qualquer solução.

Várias medidas

Recorde-se que a Febase sempre cri-ticou as sucessivas opções políticasque levaram a situação da Parvalorema culminar num despedimento coleti-vo, exigindo que fossem tomadas me-didas para defender o futuro dos traba-lhadores da empresa do setor empre-sarial do Estado.

Já por diversas vezes se reuniu com aadministração da empresa, com o ob-jetivo de travar o despedimento coleti-vo, tendo proposto, na impossibilidadede salvaguardar os postos de trabalho,que se recorresse às rescisões por mútuoacordo, o que levou a administração areabrir o processo.

A Febase defendeu também que osserviços entregues em outsourcing, porconcurso público, a uma empresa ex-terna, voltassem à Parvalorem, o quemanteria os postos de trabalho.

A Federação nunca deixou de apresen-tar alternativas à decisão mais drástica,tentando agora que os trabalhadoresem causa passem para o Banco de Fo-mento. Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro

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QUESTÕES l Jurídicas

Isenção de horário de trabalhoou a parábola climatérica da eira e do nabal

A isenção de horáriode trabalho rege-se pelas

normas do Códigodo Trabalho e não é um

complemento retributivo

TEXTO: RICARDO CLARA*

No mundo das relações jus-labo-rais, as dúvidas dos trabalhadoressão, a passo largo, cada vez mais

superiores às certezas. De entre aquelasque mais dúvidas podem suscitar, porrevolver umbilicalmente com o tempode trabalho e a retribuição, estão asisenções de horário de trabalho (IHT).

As IHT são um instrumento jurídico pre-visto nos art.º 218 e 219 do Código doTrabalho (CT), no art.º 265 CT, e ainda, comcarácter específico, em instrumentos deregulamentação colectiva de trabalho(IRCT), como sejam os contratos colecti-vos de trabalho ou os acordos de empresa.

A IHT só pode ser aplicada nos casosprevistos no art.º 218 CT, ou seja, "exer-cício de cargo de administração ou direc-ção, ou de funções de confiança, fiscaliza-ção ou apoio a titular desses cargos";"execução de trabalhos preparatórios oucomplementares que, pela sua natureza,só possam ser efectuados fora dos limitesdo horário de trabalho" e "teletrabalho eoutros casos de exercício regular de acti-vidade fora do estabelecimento, semcontrolo imediato por superior hierárqui-co", sendo para tal necessário o acordoescrito entre as partes.

Este acordo, regra geral, poderá incidirnuma de três modalidades de IHT: "nãosujeição aos limites máximos do períodonormal de trabalho"; "possibilidade dedeterminado aumento do período nor-mal de trabalho, por dia ou por semana"e "observância do período normal detrabalho acordado" (art.º 219/1 CT).

A primeira modalidade implica que otrabalhador não fique sujeito ao limite doperíodo normal de trabalho; a segundamodalidade implica que o trabalhadorpossa prestar mais horas do que as doperíodo normal de trabalho, definindo-sea priori o período excedente; e a terceiramodalidade implicará a inexistência dehorário fixo do trabalhador. Transversal a

todas as modalidades é o facto de a IHTnão poder prejudicar o direito às férias,aos dias de descanso semanal, aos feria-dos e ao descanso diário (salvo se setratar de trabalhadores que ocupem car-gos de direcção, administração, ou compoder de decisão autónomo).

Remuneração adicional**

A IHT atribui ao trabalhador o direito auma remuneração adicional (art.º 265CT). Esta retribuição surge como conse-quência da disponibilidade do trabalha-dor não se sujeitar às regras comuns dohorário de trabalho, e não propriamentecom o possível acréscimo de trabalho. Ocitado artigo prevê os limites retributi-vos da IHT, aplicáveis caso os IRCT nãobalizem tais valores.

Assim, a IHT é um instrumento legalcom um carácter marcadamente transi-tório na vida do contrato de trabalho,estando a sua retirada sujeita às imposi-ções definidas pelos IRCT aplicáveis par-ticularmente a cada Banco. Ou seja, "aisenção de horário de trabalho é umasituação reversível, pelo que, cessandoesta, naturalmente que o trabalhadordeixa de ter direito à remuneração cor-respondente". Tal aplica-se àquilo quemuito possivelmente podemos apelidarde verdadeiras isenções de horário detrabalho, desde que configuradas e atri-buídas nos moldes descritos.

Contudo, e não raras vezes, podem ostrabalhadores depararem-se com situa-ções em que o modo de atribuição da IHT,por contrário ao legalmente estabeleci-do, ou por desvirtuar o seu objectivo naexecução do contrato de trabalho, ser na

verdade um verdadeiro complementoretributivo "travestido" de IHT, fixando otrabalhador na sua esfera jurídica o direi-to a ter esse valor como garantido duran-te a vida do seu contrato de trabalho – ouseja, aquilo que podemos apelidar defalsas isenções de horário de trabalho.

Sem efeitos na reforma

Esta pequena exposição de um dosvários instrumentos jurídicos previstosna lei laboral deverá obrigatoriamenteentroncar numa reflexão dos trabalhado-res com recurso ao antigo adágio popularde que não se pode querer sol na eira echuva no nabal.

Uma vez perante a atribuição de uma IHTe do carácter remuneratório que a acompa-nha, deve sempre o trabalhador atentarque o prazer ou satisfação imediata quepode retirar do aumento remuneratóriomensal não se irá coadunar com a ira oudecepção de verificar que tal valor (deentre outros) não irá ser contabilizadopara efeitos de cálculo de pensão dereforma, uma vez atingido tal momento.

Uma análise cuidada à proposta da en-tidade empregadora, um juízo com vistaao seu futuro e a consulta dos respectivosserviços jurídicos irão com certeza dissi-par quaisquer dúvidas ou interpretaçõeserróneas antes destas surgirem.

*Advogado do SBN**Subtítulos da responsabilidade

da RedaçãoO autor escreve ao abrigo

da antiga ortografia

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dossiê l Setor Financeiro

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Debater a ética e a responsabili-dade social do setor financeiro écomplexo. Isso mesmo foi possí-

vel constatar no seminário "Setor finan-ceiro: sustentabilidade, negócios e con-fiança", organizado pela UGT e peloCEFOSAP no âmbito da 10.ª Semana daResponsabilidade Social, que contoucom a participação da Associação Por-tuguesa de Ética Empresarial (APEE).

A banca tem estado no centro dofuracão da atual e prolongada crise,arrastando a economia e a sociedadepara a situação mais difícil das últimasdécadas. Para muitos, tudo se resumeà opacidade e falta de regulação dosetor. Numa palavra: à ética – ou, parasermos precisos, à sua ausência.

Portugal não passou incólume e trêscasos são dramaticamente exemplifi-cativos: BPP, BPN e BES. As ondas dechoque deste último continuam a atin-gir muita gente, dos lesados do papelcomercial aos trabalhadores, sobrequem recai a fúria dos primeiros.

"Os trabalhadores do ex-BES são aparte visível do banco, mas não forameles que determinaram a gestão ou avenda de produtos. São as pessoas quemenos culpas têm neste processo equem mais sofre", recordou Clara Quen-tal, do Secretariado da Febase, durantea sua intervenção.

Referindo-se ao papel do setor finan-ceiro enquanto motor da economia –"qualquer ato importante na vida doscidadãos e das empresas implica umarelação contratual com um banco" –, atambém dirigente sindical do SBN su-blinhou a atitude pró-ativa dos gover-nos quando há problemas, ao contráriodo que acontece com outros setores deatividade.

A relação de confiança banco/cida-dão assenta em seriedade, confiança,integridade, sigilo, gestão rigorosa."Quais destes parâmetros estão a sercumpridos?", questionou Clara Quental,concluindo: "Esta relação está ferida".

Num discurso muito crítico, a sindica-lista censurou a "opacidade própria eindestrutível" do setor financeiro, quefunciona tanto na vertical como na hori-

Negócio e ética podem ser compatíveis

Respeitar clientes,trabalhadores e comunidade.

É possível ser uma empresasocialmente responsável e

mesmo assim criar valorpara os acionistas. Chama-seética e existe em Portugal…

mas pouco

TEXTO: ELSA ANDRADE

Seis ideias éticas para um desenvolvimento sustentável foram avançadasdurante o seminário. São elas:

– Responsabilidade: de todos os intervenientes;– Ecossistema de trocas: o conceito tripartido de patrões, trabalhadores

e Estado está obsoleto, a sociedade já não se organiza assim. Nas grandesempresas é o núcleo de acionista que tem poder. Num ecossistema de trocas,se uma parte falhar todo o sistema falha. O movimento sindical já percebeuisso;

– Valorização: é preciso subir o valor do trabalho, aumentar a formação dosempresários e promover a inovação;

– Cooperação: Portugal é um País muito pequeno, os atores sociais têm decooperar entre si;

– Desenvolvimento: é preciso converter para as empresas os objetivos dodesenvolvimento sustentável;

– Distribuição: a solução está em produzir mais e distribuir melhor. Nãoé possível perpetuar paradigmas errados.

Seis ideias sustentáveis

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SINDICAL l Atualidadedossiê

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zontal: "Nem clientes nem trabalhadorestêm acesso a toda a informação".

"O setor financeiro nunca quis e nãoquer ser transparente. Não aprendeu nadacom a crise e não adaptou os produtos àsnecessidades dos clientes, não percebeuque estes querem outros produtos, ou-tros bancos. Pelo contrário, 'impõe' o quequer, como quer", frisou, concluindo: "Te-mos obrigação de mudar isto".

Transparência

A prova de que é possível atuar de formatransparente e socialmente responsávelfoi trazida ao debate pela economista SofiaSantos, que nos últimos 15 anos tem traba-lhado o tema da sustentabilidade da banca.

É o caso dos fundos socialmente res-ponsáveis (de empreendedorismo sociale ambiental) – que na Europa atingem já50% do total – e da banca ética.

apostar na sua responsabilidade e se sepreocupar com as pessoas", afiançou.

Código de cores

Assumindo logo de início as divergên-cias de pensamento com as duas oradorasanteriores, Rui Riso afirmou que "toda aatividade económica deve desenvolver--se com ética. Ao contrário do conceito quese está a aplicar, não é na banca que tudocomeça e acaba".

Para o vice-secretário-geral da Feba-se e presidente do SBSI, a banca tem sidoo instrumento que mais rapidamentepermite o maior retorno. "O dinheiro nosbancos e os bancos têm donos. A abstra-ção dos mercados e as agências de ra-ting é que determinam a economia dospaíses, é da sua avaliação que depen-dem os empréstimos. É aí que devemosintroduzir conceitos éticos", defendeu. Opresidente do SBSI lembrou que o pro-blema não é só nacional, pois a banca deoutros países sofreu o mesmo abalo.

Rui Riso salientou o exemplo das Cajasde ahorro espanholas, que eram o supor-te da economia do país e distinguiam-sepela proximidade à população. O mes-mo acontece as Caixas de Crédito Agrí-cola em Portugal. "Empresta-se dinheirolocalmente, conhecem-se as pessoas.Os valores e a ética praticam-se diaria-mente no que fazemos, no desenvolvi-mento local, sabendo que o retorno vaiser muito lento", sublinhou.

Considerando que no caso do papel co-mercial do GES apenas uma minoria nãopercebeu o que estava a comprar e/ou obancário terá dado uma explicação insu-ficiente, Rui Riso defendeu a classifica-ção dos produtos financeiros através deum código de cores, que permita aocliente identificar facilmente o risco doque está a comprar.

Lembrando que a missão dos sindica-tos é defender os trabalhadores, o diri-gente da Febase adiantou que a Federa-ção há muito tempo reivindica que avenda de produtos financeiros de riscosejam retirados dos objetivos de classi-ficação profissional dos bancários. "O setorpreocupou-se muito com a reproduçãoimediata do capital e esqueceu os princí-pios, os valores, a ética. Até contra issoos sindicatos têm de se opor", disse,referindo que quando algo corre mal osclientes viram-se contra o mensageiro,que são os bancários.

Começar por dentro

Mário Parra da Silva, presidente daAPEE, destacou a importância do trabalho

Discreto como se espera de um banco central, o regulador do setor bancário desenvolve umpapel ativo em matéria de responsabilidade social, apostando em duas vertentes: interna(trabalhadores e reformados) e externa (a comunidade onde está inserido).

"Não é possível fazer coisas para fora e não ter coerência interna", frisou Pedro Raposo, diretorde Recursos Humanos do Banco de Portugal (BdP).

A responsabilidade no BdP assenta em três pilares: o primeiro são os trabalhadores e ainstituição "tem um longo historial de apoio aos empregados". O segundo são os reformados dobanco, que podem usufruir dos equipamentos sociais, como refeitório e ginásio, bem como têmapoio em lares e instituições "para um fim de vida condigno".

O terceiro pilar é a comunidade onde o BdP está instalado. A sede apoia o Hospital de D.Estefânia, a Sopa dos Pobres e as escolas da zona. "Damos explicações de Matemática e Portuguêsaos miúdos referenciados pelas escolas, explicações de um para um". Num regime de volunta-riado, os trabalhadores distribuem comida aos sem-abrigo da região. "O banco organiza, apoia,dá enquadramento, mas não renumera estas ações".

As agências, por sua vez, ajudam na literacia financeira junto das escolas das regiões onde estãoinseridas.

"Não precisamos de orçamentos loucos, mas de boa vontade. Não posso mudar o mundo, entãoajudo a melhorar a rua. E isto é aplicável a qualquer PME", concluiu Pedro Raposo.

O exemplo do Banco de Portugal

Sim, existe uma banca ética, que seorienta por valores, tem como meta olongo prazo, é responsável, age além dalógica de empresa e a maximização dolucro não é o mais importante. "A nívelmundial há 28 bancos pequenos que agemdesta forma, com rácios de rendibilidadeentre 12% e 14%", revelou Sofia Santos,adiantando que estão agrupados na Glo-bal Alliance for Banking.

A economista salientou o Triodos Bank,que só concede empréstimos a empresasdepois de confirmar se o tipo de negócio éaceitável e se respeita a ética empresarial.

Na ótica de Sofia Santos, depois daintervenção da troika a banca portuguesaterá de mudar, reaproximando-se da eco-nomia real de que se afastou nos últimosanos, especializando-se em determina-dos segmentos e apostando em balcõesjunto aos clientes. Sobretudo, sendo trans-parente. "Poderá recuperar reputação se

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Atualidade l SINDICALl Setor Financeiro

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Asustentabilidade dos Fundos dePensões (FP) foi o tema abordadopelo Prof. e investigador do ISEG

Pereira da Silva, um especialista na ma-téria e consultor da Febase nas Comis-sões de Acompanhamento.

"A sustentabilidade dos Fundos de Pen-sões depende de uma boa política deinvestimento, do acompanhamento pe-las Comissões, de uma boa supervisão ede condições éticas dos gestores", ou

Atenção às pensões!

A tendência do mercadoé transformar os Fundosde Pensões de benefício

definido em contribuiçãodefinida. Na banca, 94% ainda

são dos primeiros, graçasà intervenção dos sindicatos

seja, "não utilizar os FP para objetivosdiferentes daqueles para que foram cria-dos: serem um património autónomodestinado a pagar prestações sociais pri-vadas", esclareceu Pereira da Silva.

A banca foi durante muito tempo ogrande pilar do sistema privado de segu-rança social alternativa, até à transferên-cia dos FP para o Estado. "Os Fundos dePensões ficaram reduzidos aos direitosadquiridos até janeiro de 2011", referiu oespecialista, explicando que por isso "vãodepender da sustentabilidade da banca,do regulador".

Pereira da Silva salientou a tendência,e não só em Portugal, da transformaçãodos FP de benefício definido em contribui-ção definida, porque "o mercado financei-ro atual, com taxas de juro reais negati-vas, é incompatível com fundos de bene-fício definido". Esta alteração, explicou,"deixa às pessoas o encargo de verificar

se o FP tem uma rentabilidade de acordocom o risco".

"Na banca, 94% dos fundos ainda sãode benefício definido. E só não estão nooutro sistema devido à força dos sindica-tos", sublinhou.

Taxa de juro negativa: um risco

A maioria dos FP em Portugal tenhauma carteira conservadora – é um dospaíses que menos investe em ações, poiso reduzido mercado nacional não é pro-penso a investimentos arriscados – e porisso não há problemas. Mas como a maiorparte do investimento é externo, "no diaem que houver aqui uma crise e o capitalexterno sair, a situação será problemáti-ca", avisou Pereira da Silva.

Por fim, o especialista alertou para ofacto de os FP dependerem de dois fato-res: a taxa de juro e a mortalidade – e amaioria utiliza tábuas de mortalidadepouco adequadas à realidade.

Quanto à taxa de juro, se sobe melhoraa rentabilidade e o valor atuarial; sedesce e é negativa, as obrigações au-mentam extraordinariamente e os ati-vos não têm rentabilidade. "Se continuarassim, um dia o gap é demasiado para asustentabilidade do sistema", alertou.

conjunto do movimento sindical e dasempresas no âmbito da responsabilida-de social.

Ao contrário da ideia que se vulgarizou,a responsabilidade social é obrigatória. "Asações que as empresas decidem para cum-pri-la é que são voluntárias, no sentido denão estarem definidas na lei", explicou.

"A responsabilidade social não é só daadministração mas do seu corpo, que sãoos trabalhadores", frisou, considerandoque não se trata de mera cosmética oumarketing e por isso deve começar nointerior das empresas.

O mesmo defendeu a UGT. Nas suasintervenções, tanto Luís Correia comoPaula Bernardo salientaram que a ver-tente interna da responsabilidade socialé a menos desenvolvida, porque menosvisível. Estas iniciativas devem ser com-plementares à legislação e o papel dos

sindicatos e da negociação coletiva valo-rizado. "As empresas não podem ter ape-nas em vista a maximização dos lucros,se queremos uma sociedade mais coesa,justa e humanista", concluiu o secretário--adjunto da UGT.

Pedro Raposo e Pereira da Silvadurante o debate moderado porMendes Dias (UGT)

Já Paula Bernardo lembrou que estamatéria deve ser transversal a todos ossetores de atividade, embora a banca,pela sua especificidade, deva respon-der às necessidades das pessoas, quesão as da economia.

Sofia Santos, Rui Riso e Clara Quental analisaram o comportamento da banca. JorgeMesquita (Cefosap) moderou.

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TEMPOS LIVRES l Nacional

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

Tiro

Pontaria de Rui Martins vale título

O concorrente do GDSTbateu a concorrência por

dois pratos e sucedeu ao seucolega João Gouveia como

campeão nacional

Afinal nacional do 18.º Campeona-to Interbancário de Tiro realizou--se a 20 de junho em Évora, com

a presença de 21 concorrentes.Realizada em quatro pranchadas de

25 pratos cada, esta final teve Rui Mar-tins (GDST/SBSI) como grande vence-

dor, ao acertar num total de 94 pratos(22-24-24-24).

Na segunda posição surgiu PedroBorralho (GDNB/SBSI), com 92 pratosatingidos (22-21-25-24), ao passo queJorge Seabra (GDBP/SBSI) foi terceiro,também com 92 pratos (23-24-22-23).

Os atiradores do SBSI dominarammesmo as primeiras posições da clas-sificação. O campeão da edição ante-rior, João Gouveia (GDST/SBSI) termi-nou em quarto lugar, com 91 pratosatingidos (21-22-23-25).

O melhor concorrente do SBN foi JoséCoelho (CMBCP), que ficou em 8.º, com84 pratos (23-22-19-20), enquanto Jor-ge Conceição (SSCCGD) foi o melhor doSBC, em 13.º, com 79 pratos (17-20-24-18).

Os atiradores do SBSI dominaramo pódio: Rui Martins (centro),Pedro Borralho (esquerda) e JorgeSeabra (direita)

Pesca de Alto Mar

Bicampeonatopara Bruno

FerreiraEm Peniche, o pescador

do Banco Popular revalidouo título conquistado

na época passada

Afinal nacional do 14.º Campeona-to Interbancário de Pesca de AltoMar realizou-se no dia 30 de maio,

contando com a participação de 12concorrentes: seis do SBSI, quatro doSBN e dois do SBC.

Com 29 exemplares capturados e1050 pontos, Bruno Ferreira (BancoPopular/SBSI) terminou na primeiraposição, conquistando assim o título

que já havia vencido na temporada pas-sada.

No segundo lugar surgiu Luís Patas(Santander Totta/SBSI), com 820 pon-tos e 25 exemplares. Rui Nunes (BancoBPI/SBC) ficou com o bronze, ao alcan-çar 19 exemplares que valeram 760pontos.

Jorge Pinto (Novo Banco/SBN), com740 pontos e 20 exemplares, e Luís Fer-reira (Santander Totta/SBSI), com 700pontos e 17 exemplares, ficaram na quar-ta e quinta posições, respetivamente.

Destaque ainda para o maior exem-plar do dia, um pargo com 30 centíme-tros, capturado por Luís Ferreira.

Os vencedores Bruno Ferreira, Luís Patas, Rui Nunes e Luís Ferreira (maior exemplar)

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TEMPOS LIVRES l Nacional

Futsal

Team Foot Activobank conquista tripleteDepois do título de

veteranos e do título do Sule Ilhas, a Team Foot

Activobank fez o pleno aosagrar-se campeã nacional.

A vítima voltou a sero Banco BPI

Adecisão do 39.º Campeonato In-terbancário de Futsal teve lugarna cidade dos Arcebispos, Braga,

no dia 7 de junho, opondo na final aTeam Foot Activobank ao Banco BPI,num duelo entre velhos conhecidos.Ambos disputaram a final do Sul eIlhas, com a vitória na altura a sorrir àequipa do Millennium bcp.

As equipas começaram cautelosas,não descurando uma ou outra oportu-nidade de inaugurarem o marcador.Numa delas, aos 7', Mário Lourenço fezbalançar as redes pela primeira vez,adiantando o Banco BPI.

Foram precisos três minutos paravoltar a haver festa no Pavilhão Des-portivo da Universidade do Minho. Bru-no Santos disparou de forma certeira eempatou novamente a partida.

Quando toda a gente já pensava nointervalo, Rogério Gomes colocou a TeamFoot na frente pela primeira vez. Corria ominuto 19 e o resultado não mais sealterou até ao apito para os balneários.

Impróprio para cardíacos

À semelhança do que havia ocorridono início do jogo, na etapa comple-mentar as duas equipas demoraram aacertar na finalização. Valeu novamen-te a pontaria de Bruno Santos, aos 9',para a Team Foot Activobank colocar oscore em 3-1. Mas a festa durou pouco,uma vez que um minuto depois, TiagoDias reduzia para o Banco BPI.

E se esta final já estava a ser emo-cionante, aos 12', André Pires levou osapoiantes do Banco BPI ao rubro, aoempatar a partida a três bolas. A equi-pa do BPI recuperava assim de umadesvantagem de dois golos e colocariaincerteza no marcador até final.

No entanto, um dos melhores joga-dores da competição voltou a fazer jus

à fama. À passagem do minuto 19,Rogério Gomes bisou e colocava a TeamFoot Activobank a segundos da con-quista do título.

Desesperados, os homens do BancoBPI fizeram de tudo para levar a deci-são para prolongamento mas o resul-tado não mais se alteraria até final. ATeam Foot Activobank vencia por 4-3 ecompletava assim uma época de so-nho, com a conquista dos títulos deVeteranos, Sul e Ilhas e Nacional.

Bronze para o Norte

Na estrada para a final, as duas equi-pas do SBSI eliminaram os Galácticosda Beira (SBC) e o BPI (SBN). Estasúltimas defrontaram-se no jogo de atri-buição dos 3.º e 4.º lugares, com avitória a sorrir aos nortenhos, por 3-1.

O primeiro tempo conheceu três go-los. David Silva adiantou o BPI, aos 4',com Jorge Estrela a empatar a partidapara os Galácticos, à passagem do mi-nuto 10. Rui Carvalho, aos 14', voltou amarcar para o BPI. Ao intervalo, regis-tava-se a vantagem de 2-1 para a equi-pa do SBN.

Na 2.ª parte, Rui Carvalho bisou, aos16', fixando assim o resultado final.

Os campeõesnacionais

A equipa Banco BPI/SBSI ficou em 2.º

O BPI/SBNcompletou

o pódio

TEXTO: PEDRO GABRIEL

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TEXTO: PEDRO GABRIEL

Acaminhada "Rota das Quintas" tevelugar no dia 20 de junho, na sempremaravilhosa Sintra.

Ainda o relógio dava os primeiros acor-des das 9h00 e já o sol se fazia sentir,prometendo aquecer o passeio. Foram 30bravos caminheiros que se juntaram nacapela da Malveira da Serra para dareminício ao passeio pedestre pelo ParqueNatural Sintra-Cascais. A rota escolhidafoi a PR1 CSC, num percurso pedestrecircular de pequena rota, com uma exten-

os participantes não desarmaram e se-guiram caminho.

Locais com história

Após o descanso, o grupo entrou pelaQuinta do Pisão, tendo a oportunidade deobservar ruínas de valor cultural e arqui-tetónico do que fora outrora uma comu-nidade agrícola e que incluía ainda cape-la, azenha e forno de cal. A intervençãohumana nesta área resultou no surgi-mento de novos habitats e nichos ecoló-gicos, importantes para a preservação danatureza. São várias as espécies de faunamerecedoras de estatuto de conserva-ção e que estão presentes neste territó-rio, ora explorando nichos ecológicosparticulares, ora beneficiando da estru-tura polissémica dos habitats que aquiconvergem.

Depois de ultrapassada a zona dasquintas, algumas ainda em plena ativi-dade, o grupo retornou ao ponto inicial,no largo da capela da Malveira da Serra,dando o passeio como terminado.

Pedipaper por LisboaCom a realização da "Rota das Quintas" ficou

concluído o primeiro semestre de 2015 das Cami-nhadas Febase. Foram cinco iniciativas realizadas,cada uma com as suas caraterísticas próprias, sem-pre com grande número de participantes. O balançodos primeiros seis meses é extremamente positivo.

As Caminhadas Febase regressam em força nodia 26 de setembro, com a realização de umpedipaper pela cidade de Lisboa. Consulte o blo-gue http://febase-caminhadas.blogspot.pt/ parafazer a sua inscrição e saber mais informações.Até lá, boas férias!

Caminhadas Febase

Último esforço antes de férias

Trinta bravos caminheirosparticiparam no passeio

pedestre por Sintra,o cenário escolhido antes damerecida pausa. O regresso

está marcado parasetembro, na capital

são aproximada de 14 quilómetros, emambiente natural e de trilhos.

Após o habitual abastecimento e feito obriefing inicial por parte da organização, foidada ordem de partida aos caminheiros.

Calor não desarmou

O grupo começou por rumar em direçãoà aldeia de Janes, entrando pela serra deSintra e enfrentando os primeiros trilhos.A densa florestação, caraterística da zona,forneceu espaços com sombra e ajudou aproteger os caminheiros dos raios sola-res, sendo essencial para manter o fulgorna caminhada.

As câmaras fotográficas e os telemó-veis não tiveram descanso, "disparando"sempre que se justificava. Numa dessasvezes, a meio do percurso, o grupo apro-veitou para pausar um pouco, com oobjetivo de retemperar forças. Estava-seno Rio da Mula, um cenário fantásticoque, além de conferir um descanso reno-vado, serviu para tirar a foto de grupo dapraxe. Apesar do calor que se fazia sentir,

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A temporada coralista promovida peloPelouro dos Tempos Livres do SBSIsofreu este ano uma alteração, com

a estreia do Concerto de Primavera deCoros Bancários, que substitui o Concertode Páscoa. Agendado inicialmente paraabril, foi adiado por diversos motivos edecorreu no dia 16 de junho.

Novidade foi também o local de realiza-ção: a antiga igreja de S. Julião, à baixalisboeta, e atualmente Museu do Banco dePortugal. Local de enorme beleza e exce-lente acústica, como atesta o facto de tersido inaugurado como sala de concertos

Em louvor da primaverapelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos.

O Museu ficou repleto por uma assis-tência composta por muitos bancáriosapreciadores da arte vocal, bem comofamiliares e amigos. E todos se rende-ram à mestria dos grupos corais.

Ali se apresentaram seis grupos: o Corodo Clube Millennium BCP, dirigido porAntónio Leitão; o Grupo Coral dos ServiçosSociais da CGD, cujo maestro é João Perei-ra; o Coro do Grupo Desportivo e Culturaldo BPI, que tem como maestro José Eugé-nio Vieira e a colaboração de NataliyaKusnyetsova ao piano; o Coro do GrupoDesportivo e Cultural do Banco de Portu-gal, dirigido por Sérgio Fontão; o CoralSantander Totta, que Diogo Pombo dirige;e o Coro do Sindicato dos Bancários do Sule Ilhas, também dirigido por Sérgio Fontão.

Sem a necessidade de apresentar umrepertório coadunado a uma festividadelitúrgica, os grupos escolheram peças demúsica sacra e profana, com especial pre-dominância da popular.

Curiosamente, todos os grupos levaramao concerto temas tradicionais portugue-

ses, da Beira Baixa ("Digo-Dai") à IlhaTerceira ("A Saudade"), de Trás-os-Montes("Não Segueis o Trigo Verde") ao Alentejo("Meu Lírio Roxo").

Destaque igualmente para a interpre-tação de duas peças de José Afonso, "Can-tigas de Andarilho", pelo Coro do BCP, e"Natal dos Simples", pelo Coral do BST.Entre os muitos momentos inspiradores,uma nota especial para "Gente Humilde",da autoria da dupla Vinicius de Moraes//Chico Buarque, pela intensidade dos doissolistas do BST, e para "Viva, viva", com-posição de Antonio Salieri interpretadapelo Coro do BST, o tema mais alegre doespetáculo.

Referência ainda para a continuidade doacompanhamento de algumas obras aopiano, a que o Coro do BPI já habituou aplateia.

Antes do grande final, João Carvalho eAntónio Ramos, da Direção, agradeceramao BdP e a todos os presentes, desejandoa repetição de momentos de tal qualidadee a presença de cada vez mais espetado-res. "Que cada um traga consigo um ban-cário", instaram.

À semelhança do modelo seguido nosEncontros de Coros e como tinha já acon-tecido no Concerto de Reis, também esteespetáculo teve a interpretação de umapeça de conjunto. Mais de uma centena decoralistas dos seis grupos cantou "Donanobis Pacem" ("Dai-nos a Paz"), de Wol-fgang Amadeus Mozart, sob direção domaestro Sérgio Fontão e com acompanha-mento de órgão. Foi um dos momentosmais emotivos e bem conseguidos, ex-plorando a intensidade das vozes e pro-porcionando um excelente momento vo-cal, encerrando em beleza o espetáculo.

Algumas novidadesno calendário coralistado SBSI: a substituição

do Concerto de Páscoa pelode Primavera e a estreia doMuseu do BdP como palco.

A qualidade foi a mesmaa que a tradição já nos

habitou

Coros Bancários

TEXTOS: INÊS F. NETO

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Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

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O Dia da Criança foicomemorado da melhor

maneira, com uma visita aoJardim Zoológico de Lisboa. Mais

de oito dezenas de criançastiveram um dia inesquecível

AComissão de Juventude do SBSI,em conjunto com o Pelouro dosTempos Livres, organizou um even-

to comemorativo do Dia da Criança, em27 de junho, com uma visita ao JardimZoológico de Lisboa. Foram mais de 80crianças a marcarem presença num sá-bado que certamente perdurará na me-mória de todos por muitos e bons anos.

Com idades compreendidas entre os 4e os 14 anos, os jovens aventureiroscomeçaram por ouvir as instruções dosmonitores do espaço – cumpridas escru-pulosamente – e iniciaram de seguida avisita guiada pelo Jardim Zoológico.

Um dos momentos que mais cativou ospetizes foi a alimentação dos leões-mari-nhos. Ninguém ficou indiferente à felicida-de que reinava na altura, tanto de quemrecebia alimento, como de quem assistia.

Almoço animado

A visita prosseguiu pela espaço dedi-cado aos leões, um dos preferidas dos

pequenos. A alimentação dos leões-ma-rinhos abriu o apetite, pelo que era alturade alimentar os humanos. A animaçãoprosseguiu entre dentadas em batatasfritas e muita traquinice.

O período do almoço acabou por demo-rar mais, o que fez com que os petizes jánão conseguissem ver a apresentação deaves em voo livre que estava prevista. Noentanto, isso não desmoralizou a peque-nada como, aliás, era bem visível no rostode cada um.

E como uma ida ao Jardim Zoológiconunca fica completa sem golfinhos, achegada à tão ansiada Baía dos Golfinhosespalhou entusiasmo e alegria. As acro-bacias e saltos dos simpáticos mamíferosdeixaram muitos de boca aberta.

Pais satisfeitos

A boa disposição era também visível no rosto dosadultos. Para além do feedback extremamente posi-tivo, os pais aproveitaram a ocasião para pedir aoselementos da Comissão de Juventude que organizas-sem outros eventos dedicados aos mais pequenos.

Dia em cheio

A visita estava quase a terminar e ocansaço começava já a apoderar-se dospequenos, afinal de contas estava a serum dia repleto de emoções fortes.

Mas ainda restavam forças para a partefinal do percurso. Quando seria de esperarque tivessem algum receio, os petizes nãose amedrontaram e viram uma apresen-tação sobre répteis. As cobras e os croco-dilos foram mesmo, a par dos leões, osanimais que mais cativaram as crianças.

No final, ainda houve tempo para umafoto de família, que fechou com chave deouro um dia que miúdos e graúdos nãoesquecerão tão facilmente. Os laços deamizade saíram reforçados.

Fazer amigos entre os animais

TEXTO: PEDRO GABRIEL

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Cursos do GRAM voltam em outubroO próximo ano letivo está jáem preparação, e mais uma

vez apresenta um vastoleque de oferta formativa

nas áreas artística e pessoal.E regressam as atividades

físicas!

TEXTOS: INÊS F. NETO

Pesca de Rio

Fernando Antãovence em Coruche

Na 2.ª prova do campeonato,o pescador da CGD teve a prestação

mais positiva. Na geral, foi LuísValério a terminar como líder

TEXTO: PEDRO GABRIEL

A2.ª prova dos Encontros Interban-cários de Pesca de Rio ocorreu em27 de junho, com a participação de

59 concorrentes, distribuídos por seiszonas.

Fernando Antão (CGD) foi o concorren-te mais feliz em prova, ao alcançar 8300

gramas na zona C. Luís Valério (CGD) foisegundo, com 6200 gramas na zona E. Noterceiro posto finalizou António Grave(Novo Banco), com 3380 gramas na zonaA. Na zona F, Carlos Laranjeira (CCDCAM)conseguiu 2620 gramas, o que lhe valeuo quarto lugar. José Bernardino (Clube

Millennium bcp), com 2450 gramas nazona B, e Joaquim Teixeira (CGD), com2400 na zona D, terminaram no quinto esexto posto, respetivamente.

Por equipas, a CGD1, de Fernando An-tão, Luís Valério, Joaquim Teixeira e JoséMarquês, ficou com o primeiro lugar,mercê dos oito pontos conquistados.

Supremacia da CGD

Após a prova, Luís Valério é o líder daclassificação geral, com 16800 gramas edois pontos. António Grave é segundo,com 15060 gramas e dois pontos, en-quanto Joaquim Teixeira ocupa o terceiroposto, com 8780 gramas e igualmentecom dois pontos.

Coletivamente, a CGD1 é líder, com28700 gramas e 16 pontos seguida doBanco BPI 1, com 27980 gramas e 23pontos, e do GDST 1, com 14220 gramase 27 pontos.

A final do Sul e Ilhas realizou-se no dia4 de julho, em Cabeção, e daremos contados resultados em futuras publicações.

Dando continuidade a uma dassuas atividades de maior suces-so e tradição, o GRAM promove

mais uma vez um conjunto de cursosde valorização artística e pessoal.

As opções estão feitas e o planea-mento das aulas quase pronto. Os cur-sos de valorização artística mantêm-sepraticamente inalterados, continuandoas ações formativas habituais: Arraio-los, Bordado de Castelo Branco, Cerâ-mica artística, Costura, Desenho, En-cadernação, Azulejo, Pintura em por-celana, Pontos bordados tradicionais,Registos, Restauro de loiça, Restauro

de madeira, Técnicas de pintura, Téc-nicas de paisagem, Vitral e Pintura aaguarela.

A grande novidade é o regresso dasações de valorização pessoal, em ho-rário pós-laboral. Além do Chi Kung, oSBSI volta a proporcionar aos associa-dos Pilates, Zumba e Danças (Salsa eKizomba).

A proposta formativa do GRAM – como respetivo calendário de ações – serápublicada na revista O Bancário desetembro, mas brevemente estará dis-ponível no sítio online (www.sbsi.pt,atividade sindical – Institucional – Ór-gãos – GRAM).

Como sempre, as inscrições iniciam-seem setembro.

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraSTA

S-Activid

ade Segurad

oraA verdade, a mentiraO tempo começou, mais

cedo do que se esperaria,a mostrar a validade,

a importânciae a modernidade

do Contrato Coletivo paraa atividade seguradora

subscrito pelo STAS e peloSISEP

TEXTO: CARLOS MARQUES*

Sucedem-se, ao ritmo do desespe-ro, os comunicados do sindicatoda área de seguros afeto à CGTP na

defesa do seu apregoado moribundocontrato coletivo de trabalho.

Percebe-se esse desespero pelo que,incapazes de fazerem uma autocrítica,tentam manter como linha de coerên-cia após o abandono da mesa de nego-ciações nos finais de 2011. Essa coerên-cia, a que não é alheio o princípio doquanto pior melhor, subsiste não obs-tante o mais de um milhar de associa-dos que perderam, fartos que estavamde ser enganados e erradamente con-duzidos.

Aos sucessivos comunicados porta-dores de meias verdades e outras tan-

tas mentiras, temos mantido o silêncionecessário, somente desperto quandoalgum trabalhador menos informadonos questiona sobre o seu conteúdo.

Aí, relembrando tudo o que se encon-tra plasmado nas nossas comunica-ções, que desde finais de 2011 temosvindo a fazer sobre esta matéria, éfacilmente esclarecida a questão doembuste que representa a defesa docontrato, cuja última revisão data de2008, mas que remonta aos anos 80 doséculo passado.

O tempo, esse fiel decisor do que éverdade e do que é mentira começou,mais cedo do que se esperaria, a mos-trar a validade, a importância e a mo-dernidade do Contrato Coletivo para aatividade seguradora subscrito peloSTAS e pelo SISEP.

As rescisões amigáveis em cursonalgumas seguradoras que envolvemdezenas de trabalhadores mostrambem, se outras provas não existissem,a validade e a importância do contem-plado no CCT que orgulhosamente subs-crevemos.

Em igualdade de circunstâncias nasregras das indemnizações, a diferençaé feita favoravelmente aos nossos asso-ciados, quando para além da indemniza-ção acordada lhes é comunicado o valordo PIR, em muitos casos de dezenas demilhares de euros, a que têm direito,mesmo com a saída da atividade segu-radora, enquanto os trabalhadores filia-

dos no sindicato afeto à CGTP, pergun-tando porque não têm igualmente direi-to, lhes é respondido com o CCT que o seusindicato teimosamente defende.

E o correto

Com vista à melhoria do ContratoColetivo subscrito pelo STAS e peloSISEP, e fundamentalmente com o ob-jetivo de normalizar a negociação databela salarial, que lamentavelmentese encontra bloqueada, têm os presi-dentes dos dois sindicatos efetuadoreuniões com as administrações e de-partamentos de recursos humanos dasseguradoras representadas no Conse-lho de Direção da APS.

Estas reuniões têm decorrido de umaforma muito satisfatória, sendo por issoadmissível a possibilidade de em janeiro de2016 virmos a dispor de uma nova grelhade remunerações na atividade seguradora.

Os dois Sindicatos apresentarão àAPS, durante o mês de setembro, umaproposta de tabela salarial, bem comoum projeto de CCT substancialmenteigual ao atualmente em vigor, mas coma inclusão de uma ou outra cláusula queo tempo e as expetativas dos nossoscolegas mostraram ser úteis.

A seu tempo daremos conhecimentoa todos os colegas da proposta a apre-sentar.

*Presidente do STAS

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Sindicato muda de instalações

Outra casa, a mesma dedicaçãoAo fim de 77 anos, o STAS

deixa de morar no Largo doIntendente Pina Manique.

A nova sede fica naAv. Almirante Reis, 133

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Tudo tem um fim, ou ainda, não hánada que não acabe, diz o povo ecom razão.

Ao fim de 77 anos, o STAS deixa demorar no Largo do Intendente PinaManique.

É verdade, alguém contribuiu paraisso. Referimo-nos ao proprietário doedifício – Instituto de Gestão Financeirada Segurança Social – que há cerca deum ano o colocou à venda pelo "módico"valor de um milhão e quinhentos mileuros. É assim que deixaremos de ter asede, neste edifício, onde ao longo demais de sete décadas, muitos e muitosfactos, vividos por algumas geraçõesde trabalhadores de seguros, ficarãodignos de registo.

Valerá a pena recordar, aqui e agora,alguns dos acontecimentos que se vive-ram nesta casa:

Reuniões magnas, onde entre a assis-tência estavam sempre agentes dapolícia política do antigo regime e queseguiam atentamente os acontecimen-tos; intrusão repentina da já referidapolícia, em outras ocasiões; atos eleito-rais com filas de votantes até à porta darua; sessões culturais; exposições di-versas; reuniões sindicais que definiama linha política-sindical a desenvolver;reuniões de trabalho em prol dos inte-resses dos trabalhadores… Enfim, umatão grande panóplia de acontecimentosque tornaria demasiado extenso esteapontamento, mas que marcarão a His-tória do STAS.

Assumimos, hoje, o que este Sindica-to realizou, através dos tempos nesteedifício, e fazemo-lo com o orgulho dequem sabe que o nosso Órgão de Classedesenvolveu um papel globalmentepositivo ao serviço dos trabalhadores.

Na primeira linha

Nomes também haverão que, parasempre, ficarão ligados a este edifí-cio. São lembrados porque sobressaí-ram em determinados momentos eépocas, contribuindo de forma decisi-va para vencer dificuldades, ultra-passar obstáculos e dinamizar a açãosindical de acordo com as exigênciasdos tempos que viveram. Não pode-mos deixar de recordar também todosquantos, com a sua entrega humilde,contribuíram de forma igualmentedecisiva para a consolidação do nossoSindicato.

Um Sindicato com uma apreciávelidade e que passou por momentosinolvidáveis, a que está intrinseca-mente ligada a sua casa, que foi estano Largo do Intendente.

Noutro domínio e após diversas ses-sões de trabalho, quando foi necessá-rio e possível lutar por um movimen-to sindical forte, ativo e dinâmico,quando foi necessário combater deci-sivamente o sindicalismo corporati-vista que nos amordaçava, sob o regi-me fascista, esteve o agora denomi-nado STAS na primeira linha e foi co-fundador da Intersindical na clandes-tinidade. Tempos depois, já em de-mocracia, após o glorioso e esperan-çoso 25 de Abril, quando a liberdadesindical por que se lutava voltava aestar em perigo, de novo esteve esteSindicato na primeira linha e foi co--fundador da UGT.

Nova morada

A hora é de mudança. Mas trata-seapenas de mudança física da sede doSindicato dos Trabalhadores da ActividadeSeguradora, que passará a estar instaladana Avenida Almirante Reis, n.º 133, nos 4.ºe o 5.º andares. Nessa nova casa, manter-nos-emos sensibilizados para empreen-dermos de forma empenhada a transfor-mação qualitativa dos objetivos do nossotrabalho sindical. Sentimos e temos cons-ciência dos problemas com que nos deba-temos atualmente. Esperamos tambémque a evolução da situação política esindical nos seja favorável.

Assim, queremos e havemos de ser fiéisao Sindicato que foi, é e será. Honrando oshomens e mulheres que conseguiram aolongo de 81 anos, 77 dos quais a partir doLargo do Intendente, passo a passo, de-grau a degrau, lenta mas seguramenteconstruir uma vida melhor para os traba-lhadores de seguros.

*Vice-Presidente do STAS

Para a posteridade ficará a data daúltima reunião de um Órgão estatutá-rio do STAS, ocorrida no edifício queagora "forçados" iremos abandonar: areunião do Conselho Geral ocorrida em17 de junho de 2015.

Última reunião

O edifício que albergou o STAS até agora

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Universidade Sénior Pedro Santarém

Balanço positivo do ano letivo

Cumpriu-se o objetivode proporcionar a todos

os alunos momentosde aprendizagem, lazer

e convívio

TEXTO: MÁRIO RUBIO

No final de mais um ano letivo danossa Universidade, é altura defazer o balanço de toda a atividade

realizada neste período.Com o auxílio de colegas formadores

foram dadas as disciplinas de Informáti-ca, Saúde e Bem-estar, Desenvolvimen-to Pessoal, Redes Sociais e ainda, numespaço de criatividade, as Oficinas delazer.

O ano letivo fechou com um workshop,dado por um profissional de Reiki, que aosom de Taças Tibetanas proporcionou ummomento e uma experiência única aosalunos.

Concluiu-se o ano com a sensação de seter conseguido proporcionar a todos osalunos momentos de aprendizagem, la-zer e convívio, situação que se tornouhabitual, já que em anos anteriores oresultado foi o mesmo.

No último dia de aulas realizou-se umagradável almoço convívio que contoucom a participação da maioria dos alunose formadores e onde foi possível colheropiniões, de forma a perceber-se quais asdificuldades que foram sendo sentidaspelos alunos.

Só assim é possível melhorar e procurardar resposta às necessidades dos alunos,ouvindo todos os intervenientes e adap-

tando o funcionamento da Universidadeàs realidades dos que a frequentam.

Ainda uma palavra para os novos alu-nos, que este ano passaram a integrar aUniversidade e que com as suas experiên-

cias ajudaram a enriquecer o patrimóniocultural do coletivo.

Sem deixar, claro, de referir os alunosque, por razões de saúde ou pessoais,tiveram que abandonar a Universidade.Todos lamentam a sua saída, com a espe-rança de possam voltar logo que as con-dições o permitam.

Ao corpo docente, constituído na íntegrapor colegas do setor de Seguros e Bancário,agradecimento pelo trabalho e disponibi-lidade que demonstraram ao longo do ano,contribuindo para o resultado muito posi-tivo obtido por todos os intervenientes.

A Direção espera que o próximo anoletivo seja igualmente um sucesso e queos alunos venham até à Universidadeprocurar conviver saudavelmente e ad-quirir ou partilhar conhecimentos.

Brevemente estarão disponíveis maisinformações sobre o próximo ano letivo.

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O capital está a imporas suas regras e,desprezando os

trabalhadores, ditanormas de trabalho de

autêntica escravidãoe salários de miséria

TEXTO: CARLOS CALÇADA DA CUNHA*

O surgimento do capitalismo, emparalelo com o excedente de mão--de-obra, criou uma desigualda-

de: o capitalista pagava o que preten-dia ao trabalhador, dito proletário.

O proletário começou a ver-se nanecessidade de se associar e tentarnegociar as suas condições de trabalho.Surgem os sindicatos, associações cria-das pelos operários, para equiparar aclasse, de alguma maneira, aos capita-listas no momento de negociação desalários e condições de trabalho.

O anarcossindicalista, por seu turno,vê o sindicalismo como um métodopara os trabalhadores, numa sociedadecapitalista, ganharem o controlo daeconomia (pura fantasia).

Preocupo-me porque, com a globali-zação, retrocedemos e quase voltámosao período que referi. O capital está aimpor as suas regras e, desprezando ostrabalhadores, impõe normas de traba-lho de autêntica escravidão e saláriosde miséria.

UGT disponívelpara negociar

Que resposta dão as centrais sindi-cais e os sindicatos? A CGTP vai mar-cando greves e manifestações contrao Governo e nunca se encontra dispo-nível para celebrar acordos que sejambenéficos para os trabalhadores, nemnegoceia qualquer acordo de contra-tação coletiva. O interesse desta cen-tral acaba por ir contra os dos traba-lhadores.

A UGT está quase sempre disponívelpara o diálogo com o Governo, assimcomo tem estado disponível para acor-

A resposta sindical

dos com os outros parceiros na concer-tação económica e social.

Apresenta propostas a favor dos traba-lhadores e negoceia com as empresas acor-dos de contratação coletiva. A única preo-cupação da UGT são os trabalhadores, poisuma central só existe para os defender.

Na Europa, os sindicatos têm estado atentar negociar acordos de contrataçãocoletiva. É para isso que os sindicatosexistem, não para querelas políticas.

Em minha opinião, a Europa deve ne-gociar acordos para não termos paísesde primeira e de segunda. Os trabalha-dores merecem, todos eles, o máximorespeito.

Torna-se necessário alterar este pa-radigma em Portugal, pois os nossostrabalhadores têm direito a serem tra-tados com dignidade. Os capitalistasdevem respeitar os trabalhadores e,para isso suceder, os sindicatos têmque compreender que só existem paradiscutir e tentar acordos para benefíciodos trabalhadores e não para guerrascom os governos eleitos.

*Vice-presidente do ConselhoPermanente do SISEP

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SISEP-Profissionais de Seguros

Notícias l SISEP - Profissionais de Seguros

Para que servea escola?

A educação não podeser neutra: ou é positiva

ou negativa; ou enriqueceou empobrece; ou faz

crescer ou deprime

TEXTO: CARLOS CALÇADA*

Neste período de férias vamospensar e meditar para que ser-vem as escolas, se a maioria dos

pais deve continuar ausente da escola,se os professores devem continuar apensar que os pais são uns intrusos nasescolas.

A escola é uma instituição concebi-da para ensinar os nossos filhos (alu-nos) sob a direção de professores. Ecom os sistemas formais de educação:ensino básico, ensino secundário eensino superior.

A grande maioria compartilha umgrande respeito pela educação esco-lar, por esse motivo pretendemos queos nossos filhos frequentem as melho-res escolas. E o que será a melhorescola?

Aquela em que se "aprenda mais"? Oque é aprender mais? Inglês, Informá-tica, Matemática. Ou consideramostambém uma boa escola a que temmuitas atividades, ou uma de que sediga que os professores são muito exi-gentes, reprovando a seu belo prazerpara prover serem bons professores?

Preparar para a vida

A escola é uma instituição que pre-para para a vida, garante a aptidãopara o trabalho. As escolas são tam-bém espaços organizados para o ensi-no e aprendizagem. As salas de aula,onde os professores ensinam e os alu-nos aprendem. A educação não podeser neutra: ou é positiva ou negativa;ou enriquece ou empobrece; ou fazcrescer ou deprime. A missão da esco-la é desenvolver o sentido do verda-

deiro, o sentido do bem e o sentido dobelo. Como acabei de exprimir, temosque amar a escola porque nos educapara o verdadeiro, para o bem e o belo.

Em um mundo globalizado onde asinformações transitam com a veloci-dade do pensamento, ainda resta es-paço para uma entidade informar alu-nos? Será a escola uma lembrança queresiste à passagem do tempo? Por queexistem professores? Serão eles de-fensores de uma profissão falida? Osprofessores de hoje não são, afinal decontas, tocadores de realejo que atecnologia extinguiu?

Quero afirmar que os professoresnunca tiveram um papel tão crucial nonosso futuro coletivo.

Palco de socialização

As escolas existem e não podem dei-xar de existir por três finalidades bási-cas e outras três distintas. Só vou referirduas finalidades. Uma, será a primeira,é situar-se como um ambiente pródigoem socialização, onde as crianças eadolescentes aprendem a viver emcomunidade. A segunda finalidade éinsinuar-se como um ambiente queprepara o ser humano para o trabalho.

Há quem afirme que as escolas pú-blicas estão para ser extintas. É pura

ilusão, pois as escolas públicas têmtendência para serem cada vez maisfortes.

Mas temos que ter consciência que oPaís tem falta de recursos financeiros.Uma das causas é a falta de crescimen-to, pois só no ano passado se começoua crescer, mas muito pouco, assimcomo a própria Europa está a crescer aum ritmo muito baixo. Por esse motivovamos continuar a ter dificuldades nasnossas escolas, por esse motivo setorna necessário cada vez mais os paisparticiparem e estarem presentes nasescolas.

Termino solicitando aos pais paraacompanharem os vossos filhos na es-cola, pois as crianças não pediram paranascer, por esse motivo temos toda aresponsabilidade para os acompanhare fazer parte das associações de pais.

Vou deixar uma mensagem do PapaFrancisco aos pais separados: "Não fa-çam dos filhos reféns", já que, porvezes, nas discussões "são os filhosque carregam o peso da separação".Outra mensagem do Papa Francisco:"Os pais não se devem autoexcluir daeducação dos filhos, mas reapropriar-se do seu papel insubstituível".

CPS/PSD em representaçãodos TSD

COLUNA DO ASSOCIADO

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Linhas de crédito para o ensino superiore para compra de livros escolares

Pelo terceiro ano consecutivo, oSBN vai ajudar os associados nopagamento das propinas univer-

sitárias, tanto dos respetivos filhoscomo das próprias, através de umalinha de crédito com facilidades depagamento e sem cobrança de despe-sas de fracionamento.

O Sindicato comparticipa com o va-lor máximo de 1.200 euros – ou menor,conforme o valor da propina anual doestabelecimento de ensino em causa –por cada filho ou associado que seencontrem a frequentar o ensino supe-rior, público ou privado, com possibi-lidade de pagamento em doze presta-ções, em valores mínimos de 50 eurosmensais.

A data do início da inscrição é ime-diata e tem limite em 16 de novembro.

Por outro lado, e desta feita peloquarto ano consecutivo, o SBN vai aju-dar os associados na compra de livrosescolares para os respetivos filhos enetos entre o 1.º e o 12.º ano, tambématravés de facilidades de pagamento esem cobrança de despesas de fracio-namento.

Com a parceria efetuada com a em-presa livreira Porto Editora, para alémdaquelas facilidades de pagamento osassociados usufruirão de um desconto

de 10% sobre o preço de venda aopúblico.

Os interessados deverão preencherum documento e um questionário exis-tentes nos serviços do SBN, para queos mesmos possam efetuar correta-mente e com a maior rapidez possívelas encomendas, a fim de, no confortodos lares, nos empregos, ou direta-mente na Porto Editora, levantem to-dos os livros sem as normais perdas detempo.

O SBN apoia o pagamentode propinas universitárias

dos associados e dosrespetivos filhos. A ajuda

nos manuais escolarescontempla filhos e netos

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Inscrição imediata

Tanto as inscrições como o respetivopagamento deverão ser efetuados nasinstalações do SBN, na Rua da Fábrica,81. Mais informações complementarespodem ser obtidas através dos telefo-nes 223398800/05/09/17/48, do fax223398877 ou do e-mail [email protected]

A data do início da inscrição é imediatae tem limite em 15 de setembro.

Relativamente ao levantamento dasencomendas na livraria, o associadodeverá fazer-se acompanhar de umacredencial, carimbada pelo SBN.

Para que as encomendas possam serentregues nas moradas de cada asso-ciado, ao valor dos livros escolaresacresce um custo de portes, incluído nalinha de crédito.

É obrigatória a lista adotada pelaescola em causa, com ano, área e res-petivos autores, sem cujos elementosnão é possível aos serviços efetuar arequisição.

O levantamento dos livros pode serefetuado na Porto Editora (Rua da Fábri-ca), na morada da habitação (referindo ocódigo postal incluindo os três dígitos) ouem outra morada (também com o códigopostal incluindo os três dígitos). Não épermitida a entrega em apartados.

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Comissão Sindical de Delegação de Mirandela

Dispersão geográfica obriga a "ginástica" de atuaçãoApoiar os bancários

nos balcões em todas as áreasé assumido como

a missão principal

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Luís Batista – coordenador e único atempo inteiro –, Maria Manuela eCarlos Gonçalo constituem a Co-

missão Sindical de Delegação de Miran-dela. Na entrevista falaram sobre asrealidades, as dificuldades e o futuro.

P – Gostaria que começassem por cara-terizar a área geográfica desta delegação.

R – Ora aqui está uma primeira grandequestão. De facto, temos de acudir a umaárea geográfica muito vasta, onde os ban-cos têm balcões principais nas sedes dosconcelhos de Mirandela, Macedo de Cava-leiros, Mogadouro, Freixo-de-Espada-à-Cin-ta, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Carrazedade Ansiães e Alfândega da Fé, para além deregistarmos a existência de balcões emTorre de Dona Chama, Chacim e Carviçais.Por isto se pode ver que estamos muitodispersos, o que coloca uma multiplicidadede problemas à nossa missão nas visitasque efetuamos. Mas, para além destas,também existem outras programadas coma Direção – duas vezes por semestre e quetanto nós como os associados considera-mos igualmente necessárias.

P – Isso quer dizer que a vossa atividadevos obriga a frequentes ausências?

R – Embora essa seja uma realidade,daí não pode ser deduzido que haja umaquebra da atividade na sede, porque quan-do assim acontece os contactos e asdiligências são feitos por telefone e por e-mail. E nas alturas em que o coordenadoré obrigado a sair da sede para ir aosdiversos balcões, os contactos ficam afi-xados na porta, motivo pelo qual nunca,mas nunca, houve nem haverá qualquerhiato na comunicação com os associados.Esta dispersão geográfica obriga-nos auma certa "ginástica" na nossa atuação.Quem não tem cão caça com gato… Nãoé por isso que os resultados do nossotrabalho têm sido menos profícuos… Atéporque funcionamos de forma colegial etodas as nossas decisões são tomadaspor unanimidade.

P – Se vos pedir para definirem qual avossa missão principal, como o fariam?

R – De uma forma muito simples: apoiaros colegas nos balcões em todas as áreasque necessitarem. Aliás, tudo temos feitonesse sentido. Reconhecemos que nãotem sido uma tarefa fácil, mas para quemgosta daquilo que faz, é um desafio verda-deiramente empolgante, para mais es-tando sujeitos a tantos constrangimentos.

Encerramento de balcões

P – Este é o vosso segundo mandato…R – Pois é. E quando cá chegámos, au-

mentámos significativamente o númerode associados, situação que agora se temvindo a inverter, não pela saída de sóciosdo SBN para outros sindicatos, mas peloencerramento de balcões – designada-mente do Barclays e do Banco Popular – epela transferência de associados para oâmbito geográfico de outras delegações.E nota-se que tem havido uma redução deefetivos nos balcões, que estão atualmen-te muitos deles dotados de apenas dois outrês bancários.

P – Quais são as vossas atividades naárea do lazer?

R – No que a esta área diz respeito,temos um programa de ação que secentrou, no ano passado, no magusto ena ceia de Natal, tendo principalmente

esta última constituído um momento degrande significado, uma vez que congre-ga cerca de 130 participantes, entreassociados e familiares. Nestas alturascontamos também normalmente com apresença do presidente do sindicato e deoutros elementos da Direção. Mas adelegação está aberta a todas as suges-tões que os colegas entendam propor-nos para a realização de outros eventos.

P – Para terminar, a vossa apreciaçãosobre o funcionamento do SAMS…

R – Nesse aspeto, a grande dificuldadeé aquilo que se vive nas regiões do inte-rior. Ou seja, existe uma oferta razoávelem Mirandela e em Macedo de Cavalei-ros, com um défice em todas as outraslocalidades da área geográfica desta de-legação, o que vale por dizer que têm deser os associados a deslocarem-se a es-tes dois concelhos ou a outras zonas.

Por isso estamos abertos a indicaçõesconcretas que os nossos associados nostransmitam – porque eles é que conhecemo terreno – no sentido de tentarmos con-seguir protocolos descentralizados commédicos ou com outros prestadores decuidados de saúde. Mas não queremosterminar esta entrevista sem deixarmosuma saudação expressa aos serviços cen-trais do SAMS e do SBN pela disponibilida-de que sempre têm evidenciado para coma delegação de Mirandela.

Da esquerda para a direita: João Carvalho Silva (do Pelouro de DinamizaçãoSindical e Sindicalização do SBN), José António Gonçalves (responsável por aquelaestrutura), Maria Manuela (delegação de Mirandela), Luís Batista (coordenador)e Carlos Gonçalo (da mesma delegação).

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A Comissão Permanentedo Conselho Geral

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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Comissão Sindical de Empresa do BPI (Norte)

"Vive-se um ambiente de apreensão O futuro do banco – entre

a desistência da OPAe a possibilidade de fusão –preocupa os trabalhadores.O desfecho da negociação

do ACT também provocaansiedade

Joaquim Lima (tempo inteiro), JoséDuarte e Miranda Cardoso (tempoparcial) foram os elementos da Co-

missão Sindical de Empresa do BPI –Norte – que connosco conversaram,dando-nos conta do ambiente de apre-ensão geral que se vive naquela insti-tuição de crédito.

P – Dos contactos que vêm mantendocom os vossos colegas, qual o ambienteque se pode inferir da vivência na ins-tituição que representam?

R – Sem a mais pequena sombra dedúvida que é um ambiente de apreensãogeneralizada, seja pela OPA que não che-gou a ser, seja pela ameaça de fusão quenão se percebe como possa vir a ser feita.A tudo isto, acresce que se vive uma sen-sação de grande preocupação pelo desfe-cho que possa vir a verificar-se no que dizrespeito à negociação do ACT. Já no que dizrespeito à problemática da fusão, tambémé verdade que os receios se concentrammuito em quem liderará o processo, depoisde ele ser consumado, se é que poderáverificar-se tão dramática perspetiva.

P – Posso inferir que existe um climade medo?

R – A expressão mais adequada tal-vez seja a de muita insegurança. Prin-cipalmente por parte dos que estão nobanco há menos tempo, porque se notaque quanto aos mais antigos, essessentem que, em situações limite, têmmais possibilidades de negociar uma

saída menos gravosa. Para dizer deoutra forma: quem talvez se sinta me-nos pressionado são aqueles que têmmais de 25 ou 30 anos de casa, atéporque todos os anos tem havido nego-ciações conducentes a pré-reformas.

P – Já ouvimos falar num tal projetoVitória…

R – Pois é. E nos balcões está instaladauma grande preocupação no que dizrespeito a esse mesmo projeto Vitória,que tem uma coreografia muito própriae complexa, dividida em funções, como objetivo de maximizar o aproveita-mento do tempo de trabalho e o davenda de produtos. Isso leva a que aspessoas fiquem de tal modo absorvidascom a competição interna e interbal-cões, devido a fatores como sejam avenda de novos produtos, que lhes pro-voca uma pressão sobre-humana devi-do a objetivos excessivamente exigen-tes, aparentemente suavizados sob o

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geral"eterno jargão da qualidade de serviço,o que conta para a avaliação anual. Ouseja, trata-se de uma plataforma dedesempenho que se repercute na ava-liação. Por outras palavras, é tambémmais uma forma encapotada de avaliaros trabalhadores, que por vezes se sen-tem frustrados e injustiçados a níveldessa mesma avaliação.

SAMS sempre presente

P – Qual é o modo de funcionamentoda vossa Delegação Sindical?

R – O nosso trabalho é sempre arti-culado com a Direção do SBN, não só emrelação às visitas, orientadas e acom-panhadas por um ou mais membros daDireção, com exceção dos balcões doGrande Porto, que são visitados pornós. Para além disso, implementámosuma plataforma interna que permite adivulgação de toda a informação daárea sindical pelo conjunto dos nossos

associados, porque no BPI há muitostrabalhadores que não têm acesso ae-mail externo. É certo que este siste-ma implica a duplicação da informaçãopara alguns, mas sempre é bem melhordo que haver muitos que não tenhaminformação nenhuma.

P – Relativamente ao SAMS, qual é asensibilidade que registam por parte doscolegas, aquando das visitas aos balcões?

R – É curioso que, regra geral, logo queentramos num balcão o primeiro temacom que somos confrontados é precisa-mente esse – o SAMS, designadamenteem termos de comparticipações e deacordos. E é consabido que as pessoas doGrande Porto estão mais bem servidas

ponente solidária. Mas mesmo esta men-sagem é difícil de penetrar nos mais no-vos, que são incrivelmente egocêntricos.E, claro, focamos também as virtualidadesdo serviço de contencioso do SBN, queprima por uma excelência ímpar, além deuma enorme multiplicidade de ofertas nasáreas da cultura, do desporto e do lazer.

Fusão, a bomba atómica

P – Como avaliam o futuro, que por aíse avizinha a passos tão gigantescos?

R – Não podemos esconder a nossamuita preocupação. Desde logo, pelofacto de o setor continuar a diminuir ocontingente de trabalhadores bancários.Depois, porque no nosso banco conti-nuam as reformas antecipadas, ou seja,a saída dos trabalhadores que têm maisanos de casa e maior consciência sindi-cal, com um maior número de anos desindicalização e com um forte amor àcamisola do SBN. Por outro lado, ostrabalhadores que saem não são subs-tituídos por novas contratações, devi-do ao sistemático recurso ao outsour-cing. Também, por outro lado, a finali-zação das negociações do ACT constituioutro ponto de interrogação.

Da esquerda para a direita: Joaquim Lima(membro a tempo inteiro da ComissãoSindical de Empresa do BPI), JoãoCarvalho Silva (do pelouro de DinamizaçãoSindical e Sindicalização do SBN), JoséAntónio Gonçalves (responsável poraquela estrutura) e Miranda Cardosoe José Duarte (membros a tempoparcial da CSE)

do que aquelas que trabalham em loca-lidades periféricas. Por outro lado, éincrível como os bancários continuam aconfundir tanto o sindicato com o SAMS.

P – E como é que vocês atuam, nessascircunstâncias?

R – Primeiro, tentamos perceber atéque ponto vai a desinformação – que,frequentemente, é bastante. Depois,desenvolvemos um aturado trabalhode esclarecimento. Porque o nosso SAMSnão é um mero seguro de saúde.

P – Essa mensagem passa com faci-lidade?

R – Sabe, o problema é que há pessoasque têm um raciocínio e um modo de estarna vida bastante primário. Deixam-se le-var por um imediatismo inacreditável,que procuramos desmontar, tentando queelas entendam as vantagens do nossoSAMS nas situações mais difíceis e maisproblemáticas, com uma fortíssima com-

P – Para terminar: como é que gosta-riam que fosse o desfecho para as hipó-teses que se colocam face ao futuroimediato do BPI?

R – Neste campo, se nos permite, nãofalaremos por nós, mas pela generali-dade dos colegas com quem contacta-mos permanentemente. E julgamosestar em condições de garantir que aresposta unânime é só uma: a da ma-nutenção da identidade própria damarca BPI – do nosso BPI, que temosajudado a construir e a consolidar aolongo do tempo, fruto do nosso trabalhoabnegado e da nossa dedicação. Toda-via, se esse almejado desiderato nãofor possível, ao menos a integração nogrupo Caixabank. Mas o pior que pode-ria acontecer seria uma fusão com ogrupo Millennium bcp, o que seria ex-tremamente prejudicial para os traba-lhadores de ambas as instituições. Se-ria uma tragédia. Uma verdadeira bom-ba atómica.

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roTEXTOS: SEQUEIRA MENDES

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Sindicato apoia despesas escolaresOs associados com filhos em

idade escolar podem requererempréstimo para a compra de

material escolar e livros oupagamento de propinas

Desde o ano escolar 2012/2013que o SBC tem vindo a assinalara abertura dos anos letivos com um

apoio especial para despesas escolares,direcionado aos filhos dos associados.

Tendo em conta que se mantêm osmesmos pressupostos que em 2012levaram à sua criação, a Direção deci-diu manter esse apoio para o ano letivo2015/2016, nos seguintes termos:

sucessivas, até ao máximo de 6 meses,sem juros;

2 - Até 1.500,00 euros por estudantedo agregado familiar inscrito no ensinosuperior, a liquidar em prestaçõesiguais e sucessivas, até ao máximo de12 meses, sem juros.

O empréstimo, pois é disso que setrata, deve ser requerido através de umimpresso próprio, devendo ser acom-panhado de comprovativo de frequên-cia emitido pelo estabelecimento deensino e do comprovativo das despesasefetuadas e, ainda, da autorização dedébito em conta.

As inscrições serão consideradas porordem de entrada no Gabinete de Apoioà Direção e limitar-se-ão à disponibili-dade financeira do Sindicato.

Distrito de Leiria

Visitadas todas as agências da CGDA proximidade do Sindicatoaos trabalhadores é o lemadesta Direção

A vertente sindical, nomeadamentea presença do SBC junto dos seusassociados e dos trabalhadores em

geral, não tem paralelo nos últimos anos,pois o Sindicato tem sido um exemplo deproximidade e de relações frutuosas comos associados nos locais de trabalho.

É neste contexto que está a ser desen-volvida uma campanha de sindicalizaçãodirigida, por agora, para a CGD.

Assim, foram visitados todos balcõesda Caixa da área sindical do distrito deLeiria, tendo sido enunciadas aos traba-lhadores todas as vantagens que têm emser associados do SBC. Seguir-se-ão osoutros distritos.

Carlos Bicho, vice-presidente do SBC eresponsável pela sindicalização, refere Chegou agora a vez de o Posto Clínico de Leiria entrar em obras de beneficiação,

à semelhança do que já aconteceu com os Postos Clínicos de Viseu, Figueirada Foz e Caldas da Rainha.

O Conselho de Gerência do SAMS comunica a todos os beneficiários o encerra-mento do Posto Clínico de 13 a 24 de julho, período em que decorrerão os trabalhos.

Na convicção de que as obras de remodelação irão certamente proporcionarmelhores instalações, melhores serviços e, em consequência, melhores cuidadosmédicos para todos, o Conselho de Gerência apresenta as suas desculpas a todosos sócios e beneficiários pelos incómodos daí resultantes.

Obras de beneficiaçãono posto clínico de Leiria

Carlos Bichodirige acampanha

uma grande capacidade reivindicativa egrande força negocial.

O dirigente enumera outra vanta-gem no campo da saúde, quando dizque "ao poderem frequentar os nos-sos Postos Clínicos, os trabalhadoresda CGD ficam com uma maior ampli-tude de escolha". Ainda no camposocial, Carlos Bicho refere o apoiojurídico-laboral gratuito, o apoio judi-ciário de caráter particular e a utiliza-ção e fruição de todas as atividadespromovidas pelo Departamento dosTempos Livres .

1 - Até 500,00 euros por estudante doagregado familiar inscrito até ao 12.ºano, a liquidar em prestações iguais e

que faz todo o sentido explicar aos cole-gas da CGD as vantagens que existem emse "fazerem associados de um sindicatovertical, que inserido na Febase tem porsi um âmbito nacional, o que lhe confere

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Pesca de Rio

Paulo Figueiredo lidera classificaçãoA competição está renhida,

pelo que a última prova serádeterminante para apuraros representantes do SBC

na final nacional

Estão a decorrer as provas de apu-ramento de Pesca de Rio, com vistaà seleção dos dez representantes

do SBC à fase final nacional.Estão concluídas duas provas e nada

está definido quanto a classificaçõesfinais. Tem havido grande equilíbrio,pelo que tudo leva a crer que a últimaprova irá ser determinante.

A primeira prova regional teve lugarno dia 6 de junho, no Choupalinho. Es-perava os pescadores um dia de muitosol e calor, ótimo para a prática damodalidade. O peixe não se fez rogado,saindo em abundância, tendo-se pes-cado, no conjunto das três zonas porque estavam distribuídos os pescado-res, 13.190 gr. O primeiro classificadodesta primeira prova foi Rui Nunes, doBPI, que faz parte da equipa do GDBPI.

A segunda prova disputou-se emMontemor-o-Velho, no dia 20 de junho.Tal como na primeira prova, o dia esta-va muito bom para a atividade dospescadores, pese embora a existênciade muitos limos no canal, o que dificul-tou a retirada da água do peixe pesca-do. Ultrapassadas estas dificuldades, aprova foi muito competitiva, sendo dedestacar Carlos Faria da Cunha, do BPIe igualmente da equipa do GDBPI, queretirou da água 3.820 gr, sagrando-sevencedor desta prova.

No cômputo das duas provas realiza-das, a prova é liderada por Paulo Figuei-redo, do Millennium/BCP, que partici-pa na equipa do Clube Millennium/BCP.

Por equipas, destaque para a equipado GDBPI, com uma vantagem de trêspontos face à equipa do Clube NovoBanco.

A última prova realizar-se-á no dia 5 deSetembro, na pista de Montemor-o-Velhoe vai ser decisiva para sabermos quemserão os nossos representantes à fasenacional.

Convívio piscatório em FolhadosaUma trintena de pescadores

respondeu à chamadae valeu a pena: no total

foram capturados 45 quilosde peixe

ASecção Regional de Viseu levoua efeito o seu convívio de Pescano dia 30 de maio, em Folhadosa,

nas belíssimas lagoas da Fundação Dr.António Tovar de Magalhães, o primei-ro deste ano. Estes convívios que obri-gam a madrugar bem cedo – pois àsoito horas todos os pescadores encon-travam-se no local da concentração –são já um ícone da pesca desportivaconvivial deste Secretariado e uma "exi-gência" dos pescadores convivas.

O tempo ajudou, com um céu magnifi-camente limpo, muito sol e vento fraco,isto é, estavam reunidas todas as condi-ções para que mais uma vez este eventoredundasse num sucesso, à semelhançados anteriores.

Responderam à chamada trinta pesca-dores, com o peixe a sair em abundância,para delícia de todos, já que toda a gentecapturou muito peixe. No total forampescados mais de quarenta e cinco quilosde peixe.

Como vem sendo hábito neste con-vívio, a sirene chamou todos os pesca-dores para a tradicional piqueta, eram10h30, apresentando-se esta com tan-ta quantidade e tamanha qualidadeque encantou todos os presentes.

A pesca foi retomada, e finda acompetição procedeu-se à pesagemdo peixe capturado e à sua devoluçãoàs águas das lagoas. Pelas 13h00 foiservido um opíparo jantar, onde oconvívio, a alegria e boa disposiçãoestiveram presentes.

Findo o almoço foram distribuídosos prémios e lembranças a todos ospescadores, ficando assim ordenadaa classificação dos cinco primeiros:José da Silva Ferreira, 4,640 kg; Antó-nio Cascão, 3,430 kg; António RibeiroMorais, 3,000 kg; José Nuno Lapa,2,300 kg, e Ilídio Marques, 2,230 kg.

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