Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo · 6 Prova disso, é a iniciativa da...

114
Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo Edição revisada e atualizada Setembro 2010 POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO QUARTEL DO COMANDO GERAL

Transcript of Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo · 6 Prova disso, é a iniciativa da...

Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Edição revisada e atualizada

Setembro 2010

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

QUARTEL DO COMANDO GERAL

2

SUMÁRIO

PREFÁCIO ........................................................................................................... 5

Pensamento Sistêmico na Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo .... 7

11 Representação do Sistema de Gestão ......................................................... 9

22 Suporte Doutrinário .................................................................................... 10

2.1 Diretiva do Suporte Doutrinário ........................................................... 11

2.2 Polícia Comunitária ............................................................................. 11

2.3 Direitos Humanos ............................................................................... 12

2.4 Gestão pela Qualidade ....................................................................... 13

33 Gestão de Pessoas .................................................................................... 16

3.1 Diretiva da Gestão de Pessoas – Fixação do Efetivo ......................... 17

3.2 Diretiva de Gestão de Pessoas – Administração de Pessoal ............. 19

3.2.1 Justiça e Disciplina ............................................................................. 20

3.2.2 Condicionamento Técnico de Tiro ...................................................... 21

3.2.3 Condicionamento Físico ..................................................................... 22

3.2.4 Avaliação de Desempenho ................................................................. 22

3.2.5 Programas de Apoio ........................................................................... 23

44 Gestão de Saúde........................................................................................ 26

4.1 Diretiva de controle por meio da Saúde Preventiva ............................ 26

4.2 Diretiva de Equipes Multidisciplinares de Prevenção e Reabilitação .. 27

55 Gestão de Logística.................................................................................... 29

66 Gestão de Finanças ................................................................................... 35

6.1 Diretiva de Planejamento das Despesas ............................................ 35

6.2 Diretiva da Execução Orçamentária ................................................... 37

77 Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação ............................... 40

7.1 Diretiva de Sistema Integrado de Gestão - SIG .................................. 40

7.2 Diretiva de Utilização da Tecnologia na Atividade Operacional .......... 42

88 Gestão do Conhecimento e Inovação ........................................................ 45

3

8.1 Diretiva de Qualificação ...................................................................... 49

8.2 Diretiva de Planejamento da Matriz de Capacitação .......................... 50

8.3 Diretiva de Execução da Matriz de Capacitação ................................ 52

8.3.1 Treinamento ........................................................................................ 52

8.3.2 Desenvolvimento ................................................................................ 53

8.3.3 Ação complementar ............................................................................ 54

8.4 Diretiva de Inovação ........................................................................... 55

99 Gestão Operacional.................................................................................... 60

9.1 Diretiva de Padronização Operacional................................................ 61

9.2 Diretiva do Princípio da Responsabilidade Territorial ......................... 63

9.3 Diretiva de Organização do Padrão de Policiamento ......................... 67

9.4 Diretiva de Metodologia de Aplicação dos Ativos Operacionais ......... 71

9.5 Diretiva de Ações Complementares Operacionais ............................. 73

9.5.1 Videomonitoramento ........................................................................... 74

9.5.2 Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE) .................... 75

9.5.3 Outras Operações .............................................................................. 76

9.5.4 Policiamento Rural .............................................................................. 78

9.6 Diretiva de Ações Complementares de Responsabilidade Social ...... 80

9.6.1 Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência

(PROERD) ..................................................................................................... 80

9.6.2 Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC) ............................. 81

9.6.3 Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativo (RAIA) ....... 82

1100 Gestão da Comunicação Social ................................................................. 87

10.1 Diretiva de Intérprete entre os diversos públicos do processo ............ 87

10.2 Diretiva dos Canais de Comunicação ................................................. 89

10.3 Diretiva de Transparência Institucional ............................................... 91

10.4 Diretiva do Balanço Social .................................................................. 95

4

1111 Sistema de Controle ................................................................................... 97

11.1 Sistema de Controle do Desempenho das OPM (Performance

Control System - PCS) ................................................................................... 97

11.2 Diagrama de Controle de Indicadores Criminais ................................ 98

11.3 Controle Estratégico ........................................................................... 99

11.4 Processo de Avaliação da Gestão e Certificação das OPM ............. 100

1122 Considerações Finais ............................................................................... 102

Bibliografia ....................................................................................................... 106

5

PREFÁCIO

A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) acredita que o

desenvolvimento da sociedade brasileira, sob qualquer ponto de vista,

econômico, social, político, ambiental e tecnológico, está direta e

inexoravelmente ligado à capacidade de gestão de nossas organizações,

sejam elas grandes ou pequenas, públicas ou privadas.

Essa é a missão da FNQ: atuar na busca da melhoria significativa

da qualidade da gestão dessas organizações. É uma missão nobre porque

de seu cumprimento não resultarão apenas empresas mais competitivas e

melhores serviços públicos, mas a melhoria da qualidade de vida de

nosso povo.

O desafio é grande e para isso a FNQ conta com parceiros para

levar um modelo consistente de excelência em gestão para todos os

setores estratégicos. Nos últimos anos, a FNQ dispensou atenção especial

ao fortalecimento e expansão de sua rede de programas e prêmios

formalizada em parceria com instituições regionais e setoriais de todo o

território nacional.

Hoje, a rede nacional da gestão “Rumo à Excelência”, da FNQ,

reúne 54 movimentos regionais e setoriais (22 regionais, 9 setoriais, 23

voltados para as micro e pequenas empresas), todos alinhados ao

processo de avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade® e de

fundamental importância para a ampliação do universo de organizações

que utilizam o Modelo de Excelência em Gestâo®.

6

Prova disso, é a iniciativa da Polícia Militar do Estado de São

Paulo, por intermédio do Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado

de São Paulo, o GESPOL, que adotou esses fúndamentos e práticas de

excelência.

Integrante da rede desde 2007, esta iniciativa altamente louvável,

demonstra, na prática, que a causa da excelência em gestão sensibiliza

parcelas importantes do setor público.

O GESPOL é uma iniciativa que merece ser conhecida por todos e

um exemplo a ser seguido pelas organizações públicas e privadas

brasileiras.

Luiz Ernesto Gemignani

Presidente do Conselho Curador da FNQ

7

Pensamento Sistêmico na Gestão

da Polícia Militar do Estado de

São Paulo

Segundo a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, o Pensamento

Sistêmico refere-se ao “entendimento das relações de interdependência

entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a

organização e o ambiente externo. Esse conceito é colocado em prática

ao se criar um ambiente propício para a disseminação de conhecimentos

e experiências que inclua as redes informais”.

A Polícia Militar pactua com o afirmado pelo mesmo órgão,

segundo o qual “o Pensamento Sistêmico é mais facilmente demonstrado

e compreendido pelas pessoas de uma organização quando esta adota um

sistema de gestão e o dissemina de forma transparente, com

monitoramento por meio de auto-avaliações sucessivas”.

Assim, a Polícia Militar de São Paulo adota o denominado

“Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de São Paulo”,

GESPOL, tendo como base, por um lado o Pensamento Sistêmico,

descrevendo neste documento os principais processos que estão

envolvidos em suas ações gerenciais, demonstrados na representação

gráfica do modelo adotado, e, por outro, o suporte doutrinário, que está

internalizado em todas as partes componentes do sistema.

A denominação retrata a visão de que a sua gestão representa

exatamente um conjunto de partes interdependentes, dispostas de maneira

a produzir um todo unificado. A abordagem sistêmica representa o olhar

8

do conjunto da organização e o entendimento de que qualquer impacto

nas partes gera alterações substanciais no todo, impactando sobremaneira

seus resultados. Assim sendo, ela representa a visão holística ou

cosmopolita da administração.

9

11 Representação do Sistema de

Gestão

A representação do Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado

de São Paulo contempla o inter-relacionamento das diversas ações

insertas em sua estrutura gerencial, suportadas sempre pelos princípios

magnos que regem a Administração Pública e pelos que parametrizam a

base tripartite de seu suporte doutrinário.

A logomarca abaixo caracteriza a representação gráfica da marca,

registrada em órgão próprio, e traduz todo o processo de gestão de polícia

adotado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP).

Figura 1 - Representação do Sistema de Gestão da PMESP.

10

22 Suporte Doutrinário

A Gestão da Polícia Militar de São Paulo se alicerça sobre os

princípios de três pilares doutrinários: Polícia Comunitária, Direitos

Humanos e Gestão pela Qualidade.

Os princípios e conceitos destes três pilares estão internalizados em

cada um dos policiais militares e são refletidos em ações diárias, no

desempenho de suas funções e atividades.

Tendo por objetivo atender aos requisitos de todos os

stakeholders1, e alcançar metas e resultados estratégicos, a PMESP tem

consolidado um modelo de gestão na área de segurança pública.

No exercício das funções policiais militares essa internalização é

traduzida pelo profissionalismo e observância irrestrita aos princípios e

valores insculpidos pelos direitos fundamentais da pessoa humana, que

caracterizam os detentores do monopólio do uso da força na defesa da

sociedade.

O policial militar, na execução das diversas missões de polícia

ostensiva e de preservação da ordem pública, deve agir estritamente

dentro dos parâmetros legais, consciente de que é um profissional a

serviço da sociedade e, como tal, deve atuar sempre de forma imparcial,

abstendo-se de qualquer preconceito ou discriminação. Estes preceitos

1 Também conhecido como “partes interessadas” significa todos os grupos ou indiví-

duos que afetam ou são afetados pelas atividades da organização.

11

embasam o compromisso de atuação profissional da Polícia Militar,

materializado na frase inscrita em todo documento da Instituição: “Nós,

Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados

com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa

Humana”.

2.1 Diretiva do Suporte Doutrinário

Aproximação comunitária e respeito aos direitos funda-

mentais como forma de adesão à polícia e interação comu-

nitária, visando à busca de soluções dos problemas locais

proporcionando melhor qualidade de vida para as comuni-

dades. Pensar global e agir localmente.

2.2 Polícia Comunitária

A Polícia Comunitária, enquanto princípio é uma filosofia e, ao

mesmo tempo, uma estratégia institucional. Como filosofia permeia

todos os níveis e é absorvida por todos os policiais militares com a

internalização de seus conceitos primários de mobilização da

comunidade para solução dos problemas associados aos crimes, à ordem

pública e as incivilidades, em parceria com a polícia, respeitando a

diversidade cultural e social. Por outro lado, como estratégia direciona

esforços, medidas e programas institucionais no sentido de criar

continuamente condições de aproximação comunitária, obtendo-se,

mutuamente, respaldo, cooperação, parceria e participação para a

melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Os princípios de polícia comunitária são incorporados na execução

das ações de polícia como forma de compreensão e entendimento mútuo

sobre a necessidade de sua intervenção para a garantia da ordem pública,

12

que, em última instância, representa um ambiente organizado e saudável

para se viver.

Essa filosofia postula que a atuação conjunta das comunidades e da

polícia na melhoria da qualidade de vida e dos relacionamentos, bem

como a salubridade de ambientes comuns, tem efeito mais salutar sobre o

controle do ilícito penal e a manutenção de uma sociedade mais

harmoniosa e isenta de incivilidades.

2.3 Direitos Humanos

Os Direitos Humanos são direitos inerentes ao ser humano

qualquer que seja sua cultura, que transcendem o tempo e espaço

geográfico, reconhecidos como inerentes à própria natureza racional e

moral do homem e que não podem ser restringidos, abolidos,

renunciados, alienados ou violados. Todos os seres humanos devem ter

sua dignidade, valor e igualdade reconhecidos qualquer que seja sua

origem, cor, raça, crença, ideologia, descendência, gênero.

A atuação policial tem por base os Direitos Humanos, com ênfase à

defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, o

que traduz a efetividade da presença marcante da polícia como a força da

comunidade na garantia da convivência humana, pacífica, ordeira e

igualitária.

Nesse sentido a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,

de 1789, pela primeira vez contemplou a existência de uma força

pública destinada a proteção dos direitos fundamentais do homem.

Assim prevê seu art. XII: “A garantia dos direitos do homem e do

13

cidadão necessita de uma força pública; esta força é instituída em

benefício de todos e não para a conveniência particular daqueles aos

quais é confiada”.

O pensamento institucional comunga de forma irrestrita com as

diretivas da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tidas como:

...o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o

objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em

mente esta Declaração, se esforcem, através do ensino e da educação, por

promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas

progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu

reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos

próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua

jurisdição.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo adota o Manual dos

Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças

Policiais e de Segurança, preconizado pela Organização das Nações

Unidas (ONU), com distribuição a toda sua força de trabalho e

treinamento de todo policial militar, insurgindo contra qualquer

manifestação ou tentativa que venham a macular esses primados.

Mais do que defensora, a Polícia Militar do Estado de São Paulo se

qualifica como promotora dos Direitos Humanos, contribuindo para a

inclusão social e a erradicação de todas as formas de discriminação e

violência, integrando pessoas e comunidades.

2.4 Gestão pela Qualidade

A Gestão pela Qualidade, adotada pela PMESP desde 1996,

representa a definição dos processos e dos padrões, com a utilização de

ferramentas modernas de gestão destinadas ao planejamento,

organização, liderança e controle.

14

Toda a gestão da Instituição tem como parâmetro a observância dos

fundamentos da excelência, ou seja: Pensamento Sistêmico, Aprendizado

Organizacional, Cultura de Inovação, Liderança e Constância de

Propósitos, Orientação por Processos e Informações, Visão de Futuro,

Geração de Valor, Valorização das Pessoas, Conhecimento sobre o

Cliente e o Mercado, Desenvolvimento de Parcerias e Responsabilidade

Social.

Para internalizar esses fundamentos a PMESP adota o Modelo de

Excelência da Gestão® (MEG) da FNQ e aplica metodologia

estabelecida no “Processo de Avaliação de Gestão e Certificação das

OPM”, que inclui três fases: auto-avaliação, certificação e

reconhecimento.

A auto-avaliação é obrigatória e contém os quesitos (marcadores)

dos critérios de avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional da

FNQ, os quais são respondidos com base no adendo interpretativo2 que

os relaciona às normas vigentes na Instituição.

A certificação alcança aquelas Organizações Policiais Militares

(OPM) que atingem padrões desejáveis de desempenho, comprovando a

aderência de suas práticas de gestão ao critério “Rumo à Excelência”, da

FNQ. Para a certificação de uma OPM, os processos gerenciais de polícia

deverão observar, necessariamente, as seguintes características: enfoque

que é a lógica e a coerência do que é feito pela organização,

compreendendo a adequação, segundo a qual a prática de gestão

15

considerada deve ser apropriada às perguntas dos critérios do modelo,

além de ser proativa; aplicação que é a implementação das práticas

gerenciais de forma continuada e disseminada por toda a Instituição;

aprendizado que se materializa quando a organização periodicamente

avalia, melhora ou inova as práticas de gestão de maneira a torná-las

refinadas atingindo um novo estágio de excelência e integração que se

relaciona com a coerência dos objetivos e estratégias da organização, de

sorte que estejam inter-relacionados com outros processos e enfoques

afins em execução. Por sua vez, os resultados deverão ser relevantes

para o êxito do negócio, ter tendência favorável ao longo do tempo e o

nível atual de desempenho ser melhor quando comparado com outras

organizações.

Para que as OPM compreendam os fundamentos de excelência e

possam aperfeiçoar continuamente as suas gestões, foi instituído o

adendo interpretativo que compatibiliza o MEG ao sistema de gestão da

Instituição.

O reconhecimento acontece por meio da premiação em solenidade

própria, recebendo, ao final do processo de avaliação e certificação, o

Prêmio Polícia Militar da Qualidade como estímulo à melhoria contínua

rumo à excelência da gestão.

2 Compêndio em que os critérios, itens e marcadores de avaliação do Prêmio Polícia

Militar da Qualidade são apresentados detalhadamente e alinhados a gestão da Institui-

ção, inclusive com exemplos de práticas de gestão.

16

33 Gestão de Pessoas

A Gestão de Pessoas envolve duas variáveis importantes: a fixação do

efetivo nas diversas Organizações Policiais-Militares (OPM) e a

administração de pessoal voltada ao ser integral.

A meta estabelecida para o preenchimento dos claros de policiais

militares no efetivo existente não deve ultrapassar 3% do efetivo fixado.

Dessa premissa, decorre a primeira parametrização do gestor de polícia:

manter sob controle o turnover (rotatividade de mão-de-obra) da Polícia

Militar e equalizar a distribuição do efetivo existente, para que as OPM

mantenham o mesmo percentual de claros computados na Instituição como

um todo.

O acompanhamento do turnover, com base em estudo de dados

históricos, gerou junto à 1ª Seção do Estado Maior (1ª EM/PM) o Plano de

Recompletamento de Efetivo, que prevê, com a devida antecedência, a

necessidade de ingresso de novos policiais militares, considerando inclusive

a previsão do tempo para a formação do profissional, estabelecida na Gestão

de Formação, Treinamento e Desenvolvimento.

Para atender a necessidade de equalização do efetivo nas OPM, a

Polícia Militar dispõe de mecanismos reguladores que possibilitam acionar,

seja por conveniência própria do policial militar ou por conveniência do

serviço, neste caso pelo interesse da organização, observando-se o banco de

talentos, consideradas a Relação de Prioridade de Transferência (RPT), que

se destina a movimentar policiais militares entre as OPM de Comandos

distintos e o Banco de Dados de Oficiais e de Praças, concebidos para

17

subsidiar a movimentação no âmbito das OPM subordinadas às Diretorias e

Grandes Comandos.

3.1 Diretiva da Gestão de Pessoas – Fixação do Efetivo

Aumentar o número de policiais militares nas atividades do

policiamento ostensivo, racionalizando o emprego do efeti-

vo territorial nas diversas regiões do Estado.

Duas são as principais ferramentas para a fixação e distribuição do

efetivo, de forma racional, nas diversas regiões do Estado: 1) a aplicação

contínua de critérios técnicos de distribuição do efetivo territorial; e 2) o

estabelecimento de Matriz Organizacional, que parametriza o efetivo

administrativo e, ao mesmo tempo, o respectivo escalão das OPM em cada

um dos territórios, considerando a divisão administrativa por municípios, no

interior e na região metropolitana, bem como nas regiões geográficas da

capital.

Os critérios técnicos para distribuição e completamento do efetivo

policial, previstos nas Instruções para a distribuição e o completamento do

efetivo policial-militar territorial (I-28-PM), estabelecem a observância da

divisão administrativa por municípios e os seguintes critérios cumulativos

com seus respectivos percentuais: população residente (72%), população

pendular (10%), indicadores criminais (11 %) e peculiaridades locais (7 %).

No mesmo sentido, quando se tratar de efetivo de bombeiros as Instruções

para a distribuição e o completamento do efetivo territorial do Corpo de

Bombeiros (I-39-PM), estabelecem os seguintes parâmetros percentuais

cumulativos: força básica de atendimento operacional (75%) do efetivo,

força de apoio operacional (21%) do efetivo e atividade técnica de segurança

contra incêndio (4%) do efetivo.

18

As Matrizes Organizacionais (MO) constituem padrões que abrangem

tanto a descrição de funções como o ajuste dos cargos a essas funções,

considerados os quadros e qualificações policiais-militares, estabelecidos em

organogramas comuns em cada escalão.

As funções administrativas territoriais, descritas nas matrizes

organizacionais, compreendem as atividades de suporte necessárias às OPM

territoriais básicas ou peculiares. As territoriais básicas são aquelas comuns

a todas as OPM territoriais de mesmo escalão e que compõem os

organogramas básicos das OPM, enquanto que as territoriais peculiares são

aquelas estabelecidas com base nas particularidades funcionais ou locais.

A metodologia de fixação de efetivo que caracteriza o escalão de uma

OPM territorial é definida a partir do efetivo territorial acrescido do

administrativo necessários a cobrir certa localidade, respeitada a Matriz

Organizacional.

Os parâmetros de efetivo, por escalão de OPM, foram fixados nos

seguintes termos:

ESCALÃO DE OPM EFETIVO MÉDIO

VARIAÇÃO PERMITIDA

EFETIVO MÍNIMO

EFETIVO MÁXIMO

POLICIAMENTO TERRITORIAL

GRUPO 13 46% 7 19

PELOTÃO 30 33% 20 40

COMPANHIA 150 40% 90 210

BATALHÃO 600 42% 350 850

Quadro 1 - Parâmetros de efetivo do policiamento territorial

Fonte: 3ª Seção do EM/PM

19

ESCALÃO DE OPM EFETIVO MÉDIO

VARIAÇÃO PERMITIDA

EFETIVO MÍNIMO

EFETIVO MÁXIMO

POLICIAMENTO RODOVIÁRIO TERRITORIAL GRUPO TOR 18 33% 12 24 PELOTÃO TOR 40 33% 26 54 PELOTÃO 50 33% 33 66 COMPANHIA 180 25% 135 225 BATALHÃO 600 25% 450 750

BOMBEIRO TERRITORIAL

BASE 23 13 27,7 18

POSTO 56 26 36,5 41

SUBGRUPAMENTO 260 100 44,5 180

GRUPAMENTO 600 400 20 500

Quadro 2 - Parâmetros de efetivo do policiamento rodoviário e bombeiro territorial.

Fonte: 3ª Seção do EM/PM

Como o processo é dinâmico, face às variáveis envolvidas, elabora-

se o Plano Anual de Ajuste do Efetivo Territorial, composto pelas ações e

pelos cronogramas de alteração de OPM e de equalização de efetivos,

implementado nos meses de março, junho, setembro e dezembro,

mediante modificação no Quadro Particular de Organização.

3.2 Diretiva de Gestão de Pessoas – Administração de Pessoal

Administração de Pessoal focada no estímulo a um clima

organizacional positivo, considerando as três dimensões do

ser humano: físico, mental e espiritual.

A administração de pessoal da PMESP adota a visão holística do ser

humano para identificar os fatores críticos de sucesso relacionados ao clima

organizacional positivo. O indivíduo engloba as dimensões física, mental e

espiritual.

Nesse sentido a gestão de pessoal está voltada intrinsecamente para

mantença da autoestima, postura e desempenho profissional do policial

20

militar, nos principais pontos que interferem diretamente na sua capacidade

de realização das atividades, próprias das funções de polícia ostensiva.

Para obtenção de um clima organizacional favorável nas OPM, devem

ser observados os fatores inerentes aos estímulos por recompensas e à

correção de condutas. Além disso, é preciso prover acompanhamento

médico, odontológico, psicológico, religioso e social, bem como em relação

ao seu condicionamento físico e técnico, complementado por avaliação de

desempenho periódica, objetivando o crescimento pessoal e profissional do

policial militar.

3.2.1 Justiça e Disciplina

Na gestão de pessoas em organizações com estética militar, a justiça e

disciplina são preponderantes para um clima organizacional favorável. A

concessão de recompensas militares representa ferramenta importante nesse

contexto.

A aplicação consciente e equilibrada das sanções disciplinares, por

eventuais desvios de condutas, assegura manter a imagem legalista da

Instituição e o comportamento ético do policial militar, sem afetar sua

autoestima. Por esse motivo, a aplicação de sanções deve observar a

transparência e a dosimetria necessária para a correção da conduta

profissional. A aplicação de sanções disciplinares, entretanto, deve ser

considerada como uma exceção, pois se busca a consciente disciplina do

profissional.

O regulamento disciplinar da PMESP prevê os padrões de

recompensas e de sanções a serem utilizados pelos gestores no dia-a-dia:

punições disciplinares, elogios e cancelamento das sanções. Além disso,

21

normas esparsas identificam outras formas e reconhecimento por meio da

concessão de medalhas, condecorações e promoções, formando um conjunto

de medidas de estímulo ao profissional de segurança pública.

3.2.2 Condicionamento Técnico de Tiro

A capacitação técnica de tiro, uma das ferramentas que diferenciam

o profissional de segurança pública, dada a sua autorização plena de

porte de arma, é elemento fundamental na composição do clima

organizacional, no que se refere à postura do policial militar. A ausência

de não-conformidades3 envolvendo armas na execução operacional é

fator preponderante na manutenção de uma imagem positiva do policial

militar perante a sociedade. Esse reconhecimento positivo, por sua vez,

possui forte influência sobre a autoestima do profissional compromissado

com a defesa da vida e da integridade física da pessoa.

Após receber os treinamentos que são descritos na Gestão de

Formação, Treinamento e Desenvolvimento, mormente o “Tiro

Defensivo na Preservação da Vida”, baseado no “Método Giraldi”, o

policial militar se submete anualmente ao Teste de Aptidão de Tiro

(TAT), que representa a capacitação técnica relativa ao uso adequado da

arma de fogo na atividade policial, com a finalidade de servir e proteger a

sociedade e a si próprio.

3 É o não-atendimento a um requisito. Os produtos e serviços da organização são proje-

tados para atender aos requisitos traduzidos das necessidades dos clientes e demais

partes interessadas. Quando o produto ou serviço deixa de atender a uma ou algumas

das necessidades destas partes interessadas, configura-se uma não-conformidade. (FNQ

2010).

22

3.2.3 Condicionamento Físico

Aliada à questão da saúde preventiva, a aptidão física é relevante fator

de composição de um clima favorável nas OPM. Para tal mister observa-se

um programa de condicionamento físico, monitorado por testes periódicos,

como forma de controle e correção da atividade física dos policiais militares.

Anualmente o policial militar se submete ao Teste de Aptidão Física

(TAF), conforme padrão estabelecido, acompanhado por um policial

formado (graduado) ou especializado em Educação Física, precedido de

avaliação médica subsidiada por exames laboratoriais básicos, realizados

anualmente sob a supervisão de uma das Unidades Integradas de Saúde

(UIS) da PMESP.

3.2.4 Avaliação de Desempenho

O policial militar, semestralmente, é submetido a avaliação de

desempenho, conforme padrão de trabalho disciplinado pelo Sistema de

Avaliação de Desempenho dos Integrantes da Polícia Militar (SADE),

destinado a melhoria contínua e ao fortalecimento do relacionamento entre

os profissionais de policia militar.

A avaliação dos papéis profissionais proporciona ao policial militar o

retorno de seu desempenho na função exercida, dando suporte para a

motivação profissional por meio da conscientização acerca da sua

importância para o êxito da organização.

As metas a serem trabalhadas no período de avaliação seguinte, devem

estar atreladas as estratégias da organização. Por esse motivo, as condutas

individuais estão alinhadas aos objetivos da Instituição, proporcionando

23

condições favoráveis para o alcance do comprometimento pleno do homem

e da missão e visão de futuro institucionais.

3.2.5 Programas de Apoio

A PMESP mantém inúmeros programas de apoio ao policial militar

por intermédio de seu Centro de Assistência Social (CAS).

As necessidades biopsicossociais do policial militar são tratadas pelo

Programa de Valorização Humana (PVH), que tem por objetivo realizar um

levantamento de dados, para fins de elaboração de projetos que atendam as

necessidades da Instituição, além de possibilitar, por meio das entrevistas

devolutivas oferecidas aos interessados, a orientação psicológica e ou

encaminhamento aos profissionais da área de saúde mental da PMESP.

A conscientização da problemática do suicídio é tratada pelo

Programa de Prevenção ao Suicídio, destinado aos policiais militares ativos

e inativos, com a finalidade de auxiliá-los no processo de autoconhecimento,

promovendo o bem-estar psicossocial.

O Programa de Preparação para a Inatividade consiste em um

programa de caráter preventivo, que visa sensibilizar, conscientizar e

preparar o policial militar para as mudanças que ocorrerão com sua

inatividade.

Os policiais militares que se envolverem em ocorrências de risco ou

apresentarem distúrbios de ordem emocional, são tratados pelo Programa de

Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAAPM), cujo objetivo é o

acompanhamento psicológico, baseado em protocolos envolvendo equipes

multidisciplinares, para o restabelecimento do equilíbrio psicoemocional,

objetivando favorecer sua perfeita interação com a sociedade. Além disso, o

24

programa contribui para a efetiva mudança comportamental dos policiais

militares abrangidos nessa situação, notadamente no que diz respeito ao

restabelecimento de seus valores éticos e sociais. Assim, diante da

necessidade de especializar o policial militar em consonância com a filosofia

de ensino adotada pela Instituição, foi implantado o EAP-Desenvolvimento

Psicoemocional, com duração de 102 h/a, o qual oferece ao policial militar

que vivenciou ocorrências de alto risco, eventos críticos ou circunstâncias

trágicas, informações e atividades que lhe permitam restabelecer o equilíbrio

psicoemocional, bem como retomar, harmonicamente, suas atividades

profissionais e em sua vida social.

O CAS mantém, ainda, serviço de orientação social, que presta

atendimento aos policiais militares ativos, inativos e familiares, com o

objetivo de encaminhar ou acompanhar, conforme o caso, problemas

biopsicossociais. Também coordena e executa o Programa Habitacional

Permanente da Polícia Militar, que objetiva facilitar aos policiais militares

do serviço ativo e aos inativos a aquisição de imóvel, mediante a abertura de

canais de comunicação com órgãos ou entidades responsáveis por

financiamento ou programas habitacionais.

25

Figura 2 - Representação do Sistema de Gestão de Pessoas.

26

44 Gestão de Saúde

A Gestão de Saúde é parte integrante da Gestão de Pessoas na

medida em que, dentro de uma visão holística do ser humano, trata-se de

uma dimensão fundamental da qualidade de vida no trabalho,

diretamente associada à produtividade.

Todo o esforço gerencial está voltado para a consecução dos

objetivos declarados de forma sucinta na Missão Institucional, de

execução plena da Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública.

Por outro lado, todo o Sistema é interligado e os resultados decorrem do

equilíbrio entre todas as partes, do que se depreende que o êxito da

atividade policial-militar depende em muito da capacidade de assegurar

que homem se encontre apto para o trabalho na atividade operacional.

Essas premissas orientam a Gestão da Saúde na realização de

trabalhos em equipes multidisciplinares, para prevenir as patologias

biopsicossociais e atuar prioritariamente na prevenção clínica, com foco

na redução do absenteísmo policial-militar e melhora da auto-estima do

homem, enquanto ser integral.

4.1 Diretiva de controle por meio da Saúde Preventiva

Garantia da manutenção do efetivo policial-militar territo-

rial apto para o desempenho da atividade operacional, re-

duzindo o absenteísmo policial-militar.

O profissional de segurança pública deve ser mantido sempre em

suas melhores condições físicas e de saúde para bem executar suas

27

tarefas diárias, razão pela qual a ação da administração de pessoal deve

priorizar medidas preventivas, de diagnóstico proativo.

A sistematização das rotinas preventivas médicas e odontológicas é

de periodicidade anual, e tem por objetivo a redução dos afastamentos, e

por conseqüência, do absenteísmo, mantendo o efetivo pronto para o

desenvolvimento do serviço policial-militar.

Assim, na Gestão de Saúde, busca-se, além da promoção da

medicina e odontologia preventivas, a curativa considerando os aspectos

biopsicossociais do policial militar, por meio de atendimentos primário,

secundário e terciário, possibilitando minimizar os afastamentos do

efetivo ativo maximizando o emprego no policiamento ostensivo.

4.2 Diretiva de Equipes Multidisciplinares de Prevenção e

Reabilitação

Atuação em trabalho de equipes multidisciplinares nos

Programas de Apoio para prevenir as patologias biopsi-

cossociais e reabilitar os vitimados por lesões incapacitan-

tes, promovendo à auto-estima e a dignidade do policial

militar

A Instituição visando a assegurar que o policial militar tenha plena

capacidade de exercer suas atividades profissionais e garantir sua

qualidade de vida, a Gestão de Saúde adota postura de atendimento

médico proativo nas consultas fora das Inspeções Anuais Médicas, com o

intuito de, além de diagnosticar as patologias clínicas, tratar de

problemas que possam ser da alçada de profissionais da área psicológica

e de assistência social, direcionando-os aos Programas de Apoio,

conforme o caso.

28

Aos policiais militares vitimados, qualquer que seja a origem, e que

apresentarem lesões incapacitantes, a Instituição disponibiliza por meio

do Centro de Reabilitação da Polícia Militar (CRPM) atendimento

multidisciplinar que visa, com o uso do que há de mais atual na ciência e

na técnica reabilitadora, reintegrar de maneira plenamente satisfatória ao

ambiente de serviço policial-militar e restabelecendo-lhe a dignidade

humana.

29

55 Gestão de Logística

A Gestão de Logística envolve duas variáveis relevantes para o

alcance dos objetivos Institucionais: 1) a cadeia de suprimento, relativa aos

principais insumos para a execução da polícia ostensiva e de preservação da

ordem pública; e 2) a adequação de prédios para o funcionamento das

unidades policiais militares, de forma que as OPM tenham sua sede

localizada em sua área de atuação, que as edificações propiciem um local de

trabalho saudável para o desenvolvimento da atividade, e que a população

tenha acesso fácil à administração da Instituição.

O mote principal da gestão de logística é dar suporte para que os

serviços prestados sejam desenvolvidos com elevado padrão de qualidade,

garantindo níveis de desempenho compatíveis com a estratégia Institucional.

A busca da padronização dos recursos materiais é uma das principais

ferramentas de gestão, assim como a consolidação da imagem da Instituição,

que deve ser expressa por meio da sua logomarca nos equipamentos,

viaturas e grafismo das fachadas das instalações físicas.

2.1 Diretiva de Gestão de Logística

Racionalidade no suprimento e uso dos meios materiais,

adoção de aquisições sistêmicas para a atualização dos

armamentos e EPI, renovação periódica da frota,

obedecendo às peculiaridades dos programas e

modalidades de policiamento, e fixação da imagem da

PMESP pela padronização do grafismo de seus imóveis,

viaturas, uniformes e equipamentos.

A Gestão de Logística mantém íntima ligação com as diretivas da

Gestão Operacional, que está estruturada nos Programas de Policiamento,

30

que, por estarem estruturados em parâmetros operacionais objetivos e

padronizados, facilitam o planejamento e execução orçamentários para sua

viabilização.

Os parâmetros básicos que norteiam a Gestão de Logística são os

estabelecidos na Matriz Operacional e na Matriz Organizacional, que

fornecem subsídios para a padronização da provisão de viaturas, uniformes,

EPI, armamentos e equipamentos das diversas atividades desenvolvidas pela

Polícia Militar. Os Programas de Policiamento e as Modalidades de

Policiamento apresentam, especificamente, os padrões de escalas de serviço

pelo mecanismo de turnos, por meio dos quais é possível mensurar a

quantidade de pessoal empregado em cada um deles. Esses padrões, aliados

à fixação de efetivo territorial, conforme Quadro Particular de Organização

(QPO), parametrizam as necessidades quantitativa e qualitativa de viaturas e

demais insumos para que se possa desenvolver a atividade operacional.

Assim é que se faz a provisão de viaturas, que é expressa no Quadro de

Fixação da Frota (QFF).

No que concerne à gestão específica da frota, as viaturas devem ser

renovadas periodicamente, conforme seu desgaste, que varia segundo a

atividade realizada. Assim, a renovação da frota dos Programas de

Policiamento Rádio-Patrulha, Força Tática, Ronda Escolar, Policiamento

Integrado e Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas e das viaturas de

apoio ao Programa de Policiamento Comunitário e das Atividades de

Escolta de Presos e Policiamento Rural, deve ser feita, no mínimo, a cada

cinco anos, na proporção de, pelo menos, 20% ao ano, e das Bases

Comunitárias Móveis do Programa de Policiamento Comunitário, no

mínimo, a cada sete anos, na proporção de pelo menos 15% ao ano, de

acordo com o Plano de Aquisição e Distribuição de Viaturas. A renovação

31

das viaturas do Programa de Policiamento de Trânsito obedece a critérios

próprios previstos nos convênios celebrados com os municípios, que

estabelecem a periodicidade da renovação de modo a garantir a realização

efetiva do plano de trabalho.

Para a manutenção da frota, o Sistema de Administração de Frota

(SAF) possibilita amplo controle sobre a utilização de viaturas, gastos com

combustível, peças e manutenção, abrangendo todos os veículos que

compõem a frota da Polícia Militar. O SAF possui normatização própria que

rege e padroniza o uso e controle da frota, definindo, inclusive, as

responsabilidades de cada integrante da Instituição envolvido no seu

processo de gestão.

Com relação à gestão de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e

Uniformes, o suprimento desses materiais deve atender a 100% do efetivo,

com substituições periódicas conforme desgaste do material pelo seu uso ou

validade. Esse parâmetro visa atender o policial militar em suas

necessidades mais básicas, enfatizando o respeito e a valorização do policial

militar, descritas nos Planos de Aquisição e Distribuição de Uniformes e

Equipamentos de Proteção Individual.

A gestão de armamentos contempla a padronização da pistola .40

S&W, com provisão destas para 100% do efetivo, conforme estabelece o

Plano de Aquisição e Distribuição de Armamentos. Os armamentos

específicos, como carabinas, metralhadoras, espingardas, fuzis e armas não-

letais são previstos em conformidade aos Programas de Policiamento. A

fixação dos armamentos está consolidada nos Planos de Fixação de Armas

de Porte e Portáteis.

A manutenção dos armamentos é encargo específico do Órgão

32

Técnico Subsetorial, obedecendo ao Planejamento Anual de Manutenção de

Armas.

A cadeia de suprimentos prevê também a aquisição de munições

convencionais e químicas, em conformidade aos prazos de validade e sob o

acompanhamento da demanda decorrente do seu emprego operacional e das

atividades de formação, treinamento e desenvolvimento. Este conjunto de

informações possibilita a previsão anual de consumo de munições na

atividade operacional e nos treinamentos a serem realizados pelos policiais

militares, inclusive definindo o tipo, se operacional ou para treinamento,

munição original ou remanufaturada, respectivamente, sendo sintetizado no

Plano Anual de Aquisição e Distribuição de Munições.

A racionalidade na utilização dos suprimentos e insumos da cadeia de

suprimentos abrange desde o planejamento da compra até o aperfeiçoamento

contínuo do sistema de compra, que passa pela descrição detalhada e técnica

do objeto no edital, pela diligência no processo licitatório, pela precisão da

comissão de recebimento, chegando até a aplicação de sanções adequadas às

empresas que porventura não observem quaisquer das regras do certame

licitatório.

Abrange ainda a cadeia de custódia sobre o patrimônio dos materiais

permanentes e a utilização dos insumos e suprimentos de uso corrente. A

cadeia de custódia dos equipamentos, suprimentos e insumos é dirigida pela

Diretoria de Logística, sendo integrada pelos administradores e detentores

executivos, que mantêm rígido controle sobre sua distribuição e utilização

pelos detentores usuários. Esse controle é feito por meio do Sistema

Integrado de Patrimônio e Logística (SIPL), regulado pela I-23-PM.

Os imóveis que abrigam as OPM obedecem a padrão construtivo,

33

sendo que as novas edificações, reformas e ampliações atendem a

parâmetros que constam em documento normativo próprio (I-38-PM). As

Plantas-padrão e os Memoriais Descritivos de Edificações são estabelecidos

a partir das necessidades decorrentes do escalão da OPM e definidos pelos

critérios mencionados na Gestão de Pessoas quanto à sua estrutura de

fixação do efetivo, descrita na Matriz Organizacional. Para as novas

edificações ou construções que não se enquadram nesses critérios são

desenvolvidos projetos específicos pelo Órgão Técnico.

A priorização das construções, reformas e ampliações obedece a

critérios previamente definidos, observando-se, no caso das construções, o

princípio da economicidade, com preferência a substituição de edificações

alugadas por próprias do Estado. Além disso, são observadas as normas de

acessibilidade previstas em lei, em respeito aos direitos dos cidadãos com

deficiência ou mobilidade reduzida, contribuindo assim para o

fortalecimento da inclusão social. A previsão das obras e serviços referentes

aos imóveis é consolidada anualmente no Plano Diretor de Obras e Serviços

(PDOS), e, para facilitar a compreensão das normas que regulam o assunto,

os procedimentos a serem adotados pelas OPM interessadas encontram-se

padronizados e ilustrados, por meio de fluxogramas.

A padronização dos imóveis, segundo descrito acima, e a fixação das

funções dos policiais militares por meio das Matrizes Organizacionais

orientam a aquisição de mobiliários e de equipamentos de informática

conforme previsões consolidadas no Plano de Aquisição e Distribuição de

Mobiliários e no Plano de Aquisição e Distribuição de Equipamentos de

Informática, este último baseado no Quadro de Fixação de Informática

(QFI). A aquisição e, em especial, a distribuição de equipamentos de

34

informática são também orientadas pelas diretivas da Gestão de Tecnologia

da Informação e Comunicação.

Figura 3 - Representação do Sistema de Gestão de Logística.

35

66 Gestão de Finanças

A Gestão de Finanças é essencial para que a Instituição possa cumprir

sua missão, pois é suporte básico para o desenvolvimento das outras

variáveis de gestão.

Duas são as principais diretivas para a Gestão de Finanças: uma

refere-se ao perfeito planejamento das despesas alinhadas as estratégias

institucionais e a outra está relacionada à execução orçamentária, pautada na

estrita observância aos princípios administrativos.

6.1 Diretiva de Planejamento das Despesas

Busca incessante de redução das despesas correntes em fa-

vor dos investimentos voltados à atividade operacional

Para atingir essa diretiva, utiliza-se um padrão de captação das

demandas financeiras, com as necessidades de recursos orçamentários das

Unidades Gestoras Executoras (UGE) indicadas ao Órgão Setorial de

Finanças e Patrimônio, por meio de sistema eletrônico denominado Controle

Orçamentário e Financeiro (COFIN), que permite projetar as despesas para

adequada distribuição do orçamento ao longo do exercício anual,

maximizando o atendimento com o oferecimento do suporte às OPM

operacionais e administrativas.

Complementam essas necessidades os estudos de Estado-Maior

estabelecidos nas cartas de projetos insertos na Gestão de Logística e

Tecnologia de Informação e Comunicação, a saber: Plano Diretor de Obras e

Serviços (PDOS), aquisição de viaturas, uniformes, equipamentos de

proteção individual (EPI), materiais bélicos, telemática e médico-

36

ondontológicos. Esses estudos propiciam parâmetros técnicos mais precisos

para a projeção de execução orçamentária do exercício, como apoio

imprescindível às demais áreas de gestão.

O acompanhamento constante das demandas institucionais que

oneram anualmente as despesas correntes, para fins de previsão

orçamentária setorial coerente com as necessidades das OPM, tem por

escopo propiciar condições adequadas e favoráveis à execução,

notadamente, do Plano de Policiamento Inteligente (PPI), descrito na Gestão

Operacional.

As ações de acompanhamento orçamentário também têm por foco a

redução de despesas correntes em favor de investimentos, e nesse sentido o

COFIN, mantido pela Diretoria de Finanças e Patrimônio (DFP), registra e

monitora todas as despesas, em especial as de utilidade pública, de

manutenção de viaturas e de combustíveis, que representam os itens com

maior impacto no orçamento, pelo que são objeto de monitoramento,

objetivando garantir níveis de economia adequados.

Todo o conjunto de necessidades, alinhadas ao planejamento

estratégico da Instituição, compõe a Proposta Orçamentária Setorial da

Polícia Militar (POS-PM) que integrará, após a análise do conjunto, a

Proposta Orçamentária Setorial da Secretaria de Segurança Pública (POS-

SSP). No processo de elaboração orçamentária, há a consolidação da Lei

Orçamentária Anual que, após aprovada pela Assembléia Legislativa, será

executada no ano fiscal para o qual se destina, após a edição do Decreto de

execução orçamentária pelo Governo do Estado.

A aplicação dos recursos tem perfeita sintonia e interação com o

efetivo territorial, o especializado e com as funções descritas na MO,

37

mencionada na Gestão de Pessoas. Nesse sentido, decorre a fixação de

viaturas, materiais e instalações definidas na Gestão de Logística, que se

relacionam com a Matriz Operacional descrita na Gestão Operacional, a qual

parametriza o planejamento para a distribuição equânime de recursos das

diversas fontes que compõem o orçamento anual.

6.2 Diretiva da Execução Orçamentária

Observância máxima aos princípios administrativos na

gestão financeira e planejamento focado nas ações e ativi-

dades operacionais, territoriais e especializadas, para a

consecução dos objetivos governamentais e institucionais

da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

A Polícia Militar observa rigorosamente os preceitos legais,

relacionados ao processo de licitação, para a aquisição de bens e serviços.

Esses preceitos estão traduzidos na observância de procedimento

administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante

condições estabelecidas em ato próprio, empresas interessadas na

apresentação de propostas para atender às necessidades da Administração.

A licitação visa a garantir a observância do princípio constitucional da

isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de

maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados. Visa,

também, a possibilitar o comparecimento, ao certame, do maior número

possível de concorrentes.

Assim, todos os procedimentos para aquisição de bens e serviços

observam a Lei Federal nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993, com alterações

posteriores, que ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da Constituição

Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos

administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade,

38

compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Em conjunto a Lei n°

8.666/93, a Lei Estadual nº 6.544, de 22 de novembro de 1989 e a Lei nº

10.520 (Lei do Pregão), de 17 de julho de 2002, constituem a legislação

básica sobre licitações para a Administração Pública.

Na execução orçamentária é adotado o padrão descrito no Plano de

Aplicação de Recursos Orçamentários (PARO), elaborado no início de cada

exercício e que se constitui na aprovação das prioridades da Instituição,

possibilitando a adoção das medidas setoriais pelos Órgãos incumbidos de

concretizar os projetos das diversas áreas de gestão.

A implementação da execução orçamentária, além de atender ao

Planejamento Estratégico, que projeta as demandas do Comando da

Instituição, observa controle rigoroso das atividades de finanças e

distribuição dos recursos orçamentários às Unidades Gestoras Executoras

(UGE), para atender de forma equânime a todos os municípios.

O controle da execução se dá por meio de constante monitoramento

das despesas pelo Órgão Setorial de Finanças, com extração de dados junto

ao Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (SIGEO)

e Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios

(SIAFEM), dentre outras fontes.

Como ferramenta de apoio, a PMESP instituiu o Escritório de

Gerenciamento de Projetos, cuja finalidade é oferecer metodologia para a

gestão dos projetos institucionais, com ênfase no acompanhamento do

escopo, do tempo e dos custos envolvidos, constituindo-se em base de dados

para a captação, decisão e registro de execução das demandas prioritárias da

Instituição.

39

Figura 4 - Representação do Sistema de Gestão de Finanças.

40

77 Gestão de Tecnologia de

Informação e Comunicação

A Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação é base para

todas as demais áreas gerenciais, pois representa o suporte necessário

para que se possa desenvolver o sistema de gestão, compartilhando as

informações para a tomada de decisão, considerando os três pontos

essenciais de um sistema de gestão: as pessoas, o processo e a tecnologia.

Nesse sentido relaciona dois parâmetros principais: 1) a

necessidade de manter a estrutura de data center para hospedagem dos

sistemas de informação, mais os respectivos bancos de dados, e de

equipamentos de tecnologia para suportar os investimentos da rede de

informações e de comunicações; e, 2) um Sistema Integrado de Gestão

(SIG), com geração de dados relevantes para aplicação no controle e

melhoria contínua da gestão estratégica e do policiamento orientado,

descrito no Plano de Policiamento Inteligente (PPI).

7.1 Diretiva de Sistema Integrado de Gestão - SIG

Suporte para todas as estratégias de gestão, orientada para

a integração e disponibilização dos dados, traduzindo-os

em informações gerenciais relevantes aos gestores.

A Gestão de TIC busca atingir a capilaridade máxima da

comunicação de dados e voz entre todas as regiões do Estado, por meio

da expansão da Rede Intragov, a todos os municípios do estado de São

Paulo e, ao mesmo tempo, processa a ampliação e melhoria da

41

infraestrutura em seu Data Center, para suportar o processamento de

dados, voz e imagens.

A peculiaridade da atividade de polícia lhe coloca a necessidade de

encontrar soluções singulares e, nesse sentido, desenvolveu seu próprio

Sistema Integrado de Gestão (SIG), concebido e mantido em

aprimoramento contínuo com base nas melhores práticas (best practices),

centrado na intensiva aplicação da Tecnologia da Informação e

Comunicação (TIC).

A Polícia Militar possui inúmeros processos administrativos e

operacionais, descritos nas demais áreas gerenciais, com a necessidade de

integrá-los por meio de um Sistema Corporativo. Esse Sistema tem como

características básicas: 1) o acesso por meio de Módulos de Sistemas

Informatizados (MSI), que são componentes de um Sistema Integrado; 2)

plataforma de produção centralizada no Centro de Processamento de

Dados da Polícia Militar; 3) utilização de Bancos de Dados Corporativos,

com interface gráfica padronizada e com os dados a serem manipulados

catalogados no Dicionário de Dados; e, 4) sujeitos à metodologia de

desenvolvimento de sistemas da Instituição.

O Sistema Administrativo Integrado da Polícia Militar (SIADIN)

está sendo desenvolvido de maneira modular, dentro de um conceito de

Data Warehouse, com objetivo de facilitar a Gestão Global da

Instituição, pois possibilita integrar as atividades da organização,

métodos e telemática dos Sistemas de Pessoal, Ensino e Instrução, Saúde,

Justiça e Disciplina, Logística e Patrimônio, o que propicia um banco de

42

dados integrado e a troca de informações entre os diversos órgãos da

Instituição.

7.2 Diretiva de Utilização da Tecnologia na Atividade Operacional

Atender às atividades das OPM Territoriais e Especializa-

das na consecução dos objetivos e estratégias governamen-

tais e institucionais de polícia ostensiva e de preservação

da ordem pública.

Nesta área se processa a estruturação dos Centros de Operações da

Polícia Militar, regionalizados no Interior e específico para a Capital,

dotando esses centros de infraestrutura de Tecnologia de Informação para

suportar a digitalização das comunicações e as ferramentas de despacho,

georeferenciamento, sistemas inteligentes e videomonitoramento.

Esse aspecto é relevante, pois insere na Gestão Operacional a

centralização regional das atividades de comunicação, que se liga como

sistema por meio da comunicação compartilhada em determinado

território, sob a coordenação dos Centros de Operações.

A Gestão de Tecnologia de Informação e Comunicação mantém

suporte técnico para o funcionamento dos aplicativos da inteligência

policial, expandindo sua capacidade de armazenamento e de alimentação

dos Sistemas.

Especificamente na área operacional, o modelo desenvolvido

incorpora um sistema de computação embarcada e de localização

automática de viaturas (track force), além de módulo para geração de

Boletins de Ocorrência e de Relatórios Operacionais (GRO), interligando

os Sistemas Inteligentes e os Bancos de Dados em um macro Sistema

Integrado de Informações Operacionais da Polícia Militar (SIIOPM).

43

O desenho de Tecnologia de Informação e Comunicação habilita

acessos a bancos de dados e Sistemas Inteligentes, ferramentas

imprescindíveis ao planejamento operacional, para pontuar as

necessidades de cada área e direcionar o policiamento no respectivo

território, mediante a elaboração de Planos de Policiamento Inteligente

(PPI), o que propicia a execução do policiamento orientado.

As informações que subsidiarão a tomada de decisões obedecem a

padrões estabelecidos no Subsistema de Informações Quantitativas

(SIQuant). Este é o principal requisito para o desenvolvimento e

implantação de ferramentas de Business Intelligence (BI), necessários à

coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoração de

informações que ofereçam suporte à gestão estratégica, ao policiamento

orientado e às ações de inteligência policial.

Para atender a toda a capilaridade da polícia ostensiva e de

preservação da ordem pública, a Gestão de Tecnologia de Informação e

Comunicação dispõe de rede de comunicação interna, denominada

Intranet PM. Essa rede liga todas as unidades da Polícia Militar, dispondo

seus gestores de contas de e-mail funcionais. Ela também é utilizada para

a operacionalização de diversas ferramentas de administração das demais

áreas gerenciais, voltadas para a comunicação rápida, distribuindo

informações para toda a Instituição.

Foram disponibilizados Notebook e Netbook a todos os Oficiais PM

a partir do escalão Capitão PM, visando a disponibilizar o acesso a TIC a

todos os gestores de alto escalão e aos de média gerência com a

mobilidade necessária a atividade funcional.

44

Figura 5 - Representação do Sistema de Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação.

45

88 Gestão do Conhecimento e

Inovação

A Instituição encontra-se num estágio evolutivo, avançado e

consolidado na Gestão do Conhecimento e Inovação por considerar que a

evolução e a inteligência aplicada a polícia ostensiva é o maior

investimento para assegurar que a ação policial seja eficaz, eficiente e

efetiva.

A Gestão do Conhecimento envolve três dimensões relevantes e

complementares: formação, qualificação, treinamento e

desenvolvimento. Adota-se, portanto, uma Matriz de Formação,

Qualificação, Treinamento e Desenvolvimento (MFQTD), composta por

um Sistema de Ensino Continuado e um Programa de Qualificação,

Treinamento e Desenvolvimento capaz de assegurar adequada base legal

ao preparo e ao desenvolvimento dos integrantes da Instituição. Em seus

aspectos gerais, isto se faz nas áreas jurídica, social, humana e de gestão,

sendo que, para atender aos aspectos profissionais, adota o necessário

embasamento técnico-científico.

No que se relaciona aos parâmetros profissionais, a Matriz divide o

ensino em três dimensões prioritárias: 1) técnico-policial, que prepara o

policial militar para o exercício da autoridade de polícia ostensiva e de

preservação da ordem pública; 2) institucional, que capacita o

profissional para a observância dos requisitos da investidura e estética

policial-militar, respeito e reconhecimento da carreira e valorização da

Instituição, bem como o preparo para o cumprimento de suas missões

46

constitucionais, destinando-se, assim, a assegurar aos policiais militares a

reflexão e a maximização dos preceitos institucionais que norteiam a

Polícia Militar; e, finalmente, a dimensão ética e moral, que internaliza

no policial militar os valores atinentes à ética profissional e valores

sociais e morais indispensáveis para o desempenho de suas atividades

perante a comunidade, tendo por base o respeito intransigente e a

promoção dos direitos fundamentais do homem.

A Matriz de Formação, Qualificação, Treinamento e

Desenvolvimento (MFQTD) valoriza de maneira irrestrita, em perfeita

sintonia com o suporte doutrinário adotado: 1) a proteção da vida, da

integridade física, da liberdade e da dignidade humana; 2) a integração

permanente com a comunidade; 3) as estruturas e convicções

democráticas, especialmente a crença na justiça, na ordem e no

cumprimento da lei e os princípios fundamentais da Instituição; 4) a

assimilação e prática dos direitos, dos valores morais e deveres éticos; 5)

a democratização do ensino; 6) a estimulação do pensamento reflexivo,

articulado e crítico; e, 7) o fomento à pesquisa científica, tecnológica e

humanística.

Na MFQTD há ações que se interligam com os pilares básicos que

abrangem a carga curricular, específica e transversal, quais sejam os

princípios de Direitos Humanos, Gestão pela Qualidade, e Polícia

Comunitária, em todos os níveis da força de trabalho.

Os conceitos de Direitos Humanos são disseminados de forma

direta no Curso de Direitos Humanos com carga horária de 160 h/a. Há

transversalidade na transmissão dos conceitos e princípios de Direitos

47

Humanos, em diversos cursos da Matriz, podendo ser citada como

exemplo, a carga horária de 73 h/a e de 90 h/a da matéria processada na

grade curricular do no Curso Superior de Técnico de Polícia Ostensiva e

Preservação da Ordem Pública e do Bacharelado em Ciências Policiais

de Segurança e Ordem Pública, respectivamente.

A interface entre o ensino e a aplicação prática dos conceitos

assimilados é sedimentada em dois Cursos específicos: Curso de

Técnicas de Utilização de Equipamentos Não-Letais e Defesa Pessoal

(167 h/a) e Curso de Tiro Defensivo “Método Giraldi” (184 h/a), os quais

traduzem o treinamento de técnicas que se utilizam dos fundamentos

teóricos de respeito aos direitos fundamentais para aplicação na Gestão

Operacional.

Os conceitos de Gestão pela Qualidade e suas ferramentas são

disseminados de forma direta no Curso de Gestão Contemporânea pela

Qualidade com carga horária de 64 h/a. Há transversalidade na

transmissão dos conceitos e princípios da Gestão pela Qualidade em

diversos cursos, podendo ser citada como exemplo, a carga horária de 15,

10 e 30 h/a da matéria, processada na grade curricular do Curso Superior

de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública

destinado a formação de Soldado PM, Curso Superior de Tecnólogo de

Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública concebido para a

formação de Sargento PM e Bacharel em Ciências Policiais de Segurança

e Ordem Pública criado para a formação de Oficiais PM,

respectivamente.

48

A interface entre o ensino e a aplicação prática dos conceitos

assimilados é exercitada, por exemplo, nos Cursos de Especialização de

Oficiais – Inteligência Policial (50 h/a) e no Estágio de Especialização de

Oficiais - Análise Criminal (37 h/a), ambos voltados a análises criminais

que possibilitem um bom diagnóstico das Áreas de Interesse de

Segurança Pública (AISP), locais de concentração delitiva, e aplicação

eficiente do Cartão Prioridade de Patrulhamento (CPP), que é o roteiro de

patrulhamento orientado e estacionamento estratégico das patrulhas

policiais. Essas práticas abrangidas pelo Plano de Policiamento

Inteligente, descritas no capítulo Gestão Operacional, utilizam-se de

inúmeras ferramentas e conceitos de Gestão pela Qualidade para acerto

na execução do policiamento orientado.

Os conceitos relativos à Polícia Comunitária, para atuação em todas

as atividades operacionais com os princípios que norteiam a filosofia, são

disseminados de forma direta no Curso de Multiplicadores de Polícia

Comunitária com carga horária de 80 h/a. A interface entre o ensino e a

aplicação prática dos conceitos e princípios da Polícia Comunitária é

internalizada desde a formação. Como exemplo, pode ser citada a carga

horária de 27 e 60 h/a da matéria processada na grade curricular do Curso

Superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem

Pública (Soldado PM) e de Bacharel em Ciências Policiais de Segurança

e Ordem Pública (Oficial PM), respectivamente, orientando os policiais

militares, desde o início, para a aproximação comunitária como forma de

compreensão e entendimento mútuo para obtenção de um ambiente

organizado e saudável para se viver.

49

8.1 Diretiva de Qualificação

Formação específica para o exercício da polícia ostensiva

e de preservação da ordem pública voltada à valorização

da proteção da vida, da integridade física e da dignidade

de pessoa humana.

Em linhas gerais, esta diretiva parametriza o Sistema de Ensino

Continuado alinhando-o aos princípios que envolvem conceitos de

integração à educação nacional, seleção por mérito, profissionalização

continuada e progressiva, avaliação integral, contínua e cumulativa,

pluralismo pedagógico e edificação constante dos padrões morais,

deontológicos, culturais e de eficiência.

O Sistema de Ensino Continuado abrange a educação superior nas

suas diversas modalidades e a educação profissional, de acordo com as

áreas de concentração dos estudos e das funções atribuídas aos policiais

militares. Isso inclui, também, as funções de bombeiro, mantendo as

modalidades de cursos e programas de educação superior com

equivalência àqueles definidos no artigo 44 da Lei federal nº 9.394, de 20

de dezembro de 1996 (LDB), e suas atualizações, com regulamentação

dada pela Lei Complementar nº 1.036, de 11 de janeiro de 2008, que

institui o Sistema de Ensino na PMESP e pelo Decreto Estadual nº

54.911, de 14 de outubro de 2009, na seguinte conformidade:

Curso seqüencial de formação específica destinado a qualificar

tecnicamente a Praça da Polícia Militar, atribuindo-lhe graduação inicial a

especialidade superior de Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da

Ordem Pública;

Curso seqüencial de complementação de estudos destinado a qualificar

profissionalmente o policial militar, atribuindo-lhe a especialidade

superior de Tecnólogo de Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem

Pública I e II;

50

Curso seqüencial de complementação de estudos destinado a habilitar

profissionalmente as Praças para o ingresso no Quadro Auxiliar de

Oficiais de Polícia Militar atribuindo-lhe a especialidade superior de

Tecnólogo de Administração Policial-Militar.

Curso de graduação destinado a formar, com solidez teórica e prática, o

profissional ocupante do Posto Inicial de Oficial, atribuindo-lhe o grau

universitário de Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem

Pública.

Complementam o Sistema de Ensino Continuado os Cursos de pós-

graduação, que compreendem os seguintes componentes:

Curso de especialização no sentido lato destinado a ampliar os

conhecimentos técnico-profissionais que exijam práticas específicas, com

as designações estabelecidas em regulamentos da Instituição.

Programa de mestrado profissional no sentido estrito, direcionado para a

continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e

destinado a graduar o Oficial Intermediário, obtendo-se o título de Mestre

em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública.

Programa de doutorado no sentido estrito, direcionado para a

continuidade da formação científica, acadêmica e profissional, e

destinado a graduar o Oficial Superior, obtendo-se o título de Doutor em

Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública.

8.2 Diretiva de Planejamento da Matriz de Capacitação

Geração da matriz de capacitação, a partir do desenho da

matriz de competências desenvolvidas por programa de po-

liciamento, especializadas e funções da matriz organiza-

cional das atividades administrativas.

Na Gestão Operacional, foram definidas Matrizes Operacionais que

abrangem os Programas de Policiamento e as atividades especializadas

de Choque, de Policiamento Ambiental, de Policiamento Rodoviário,

Aéreo e de Bombeiros, exercidas pelos policiais militares classificados

nessas OPM, sob os padrões definidos na Gestão de Pessoas.

Como já foi demonstrado no item anterior, a formação se apresenta

como generalista e, em conjunto com as especializações, qualificam os

51

policiais militares para a ocupação de cargos e funções, assegurando a

adequada base legal e o desenvolvimento nas áreas jurídicas, sociais,

humanas e de gestão, em seus aspectos gerais, e o necessário

embasamento técnico-científico, em seus aspectos profissionais.

Entretanto, para que a Instituição possa manter a melhoria contínua

e seu posicionamento de ser uma organização que aprende (learning

organization), adota uma Matriz de Capacitação que atende exatamente à

necessidade do desenvolvimento e treinamento de sua força de trabalho,

de forma pontual, isto é, das habilidades para atuar em certas

peculiaridades inerentes a cada função dentro das Matrizes

Organizacional e Operacional, bem como reforço dos padrões, evitando-

se as não-conformidades.

Para identificação das habilidades a serem desenvolvidas, que

orientam a elaboração da Matriz de Capacitação para distribuição de

vagas aos cursos e estágios e das Instruções Complementares que as

compõem, é que a Instituição trabalha com o desenho de uma Matriz de

Competências, que descreve as habilidades necessárias para cada uma

das funções da Matriz Organizacional e Operacional. Nesse sentido

procede ao levantamento técnico das competências requeridas para o

bom desempenho de cada cargo ou função, para então compor a Matriz

de Capacitação adequada às necessidades da Instituição, com foco no

princípio da economicidade e do interesse público de melhor prestação

dos serviços ao cidadão.

52

8.3 Diretiva de Execução da Matriz de Capacitação

Programas de treinamento dirigidos à redução de não-

conformidades, à garantia dos direitos fundamentais da

pessoa humana, ao fortalecimento dos direitos, valores mo-

rais e deveres do policial militar e a ação integrada com a

comunidade.

8.3.1 Treinamento

O programa de Treinamento da Matriz de Capacitação envolve

cinco processos: 1) Estágio de Atualização Profissional (EAP); 2) Vídeo

Treinamento; 3) Preleção Diária; 4) Ensino à Distância; e 5) Encontros

Técnico-científicos.

O EAP é realizado anualmente e abrange todos os policiais

militares. O estágio é presencial e dura uma semana, totalizando no

mínimo 40 horas de treinamento que se destina à requalificação

profissional para o exercício das atividades habituais, propiciando

constante revitalização de conhecimentos e técnicas, aperfeiçoamento de

habilidades, correção de atitudes e reforço de valores morais, sociais e

comportamentais adequados.

Já o Programa de Vídeo Treinamento visa proporcionar condições

mínimas de adquirir conhecimentos e informações técnico-profissionais e

administrativas, além de estabelecer um canal direto de comunicação da

tropa com o Alto Comando e consolidar aspectos doutrinários focados

nos valores morais, cívicos e sociais, para o aprimoramento das

atividades de polícia ostensiva direcionadas à comunidade.

A Instituição também passou a fomentar a participação de sua força

de trabalho por meio do ensino à distância, com o desenvolvimento do

53

Ambiente Virtual de Aprendizagem da PMESP, com o emprego da

ferramenta Moodle, software livre que possibilita produzir e gerenciar as

atividades educacionais, com a agregação de matérias e aferimento do

aprendizado do conteúdo.

Contempla também, no treinamento, a formação de multiplicadores

da área de responsabilidade social, voltados para a prevenção primária,

para atuar nos programas educativos preventivos “Jovens Construindo a

Cidadania” (JCC) e “Programa Educacional de Resistência às Drogas e à

Violência” (PROERD), os quais foram adotados prioritariamente pela

Instituição. Neste sentido, a Gestão do Conhecimento se interliga

diretamente à Gestão Operacional, pois é uma atividade ligada à

prevenção primária e à Gestão da Comunicação Social, haja vista que as

ações de responsabilidade social compõem o Balanço Social da Polícia

Militar.

8.3.2 Desenvolvimento

Programas de Desenvolvimento Pessoal considerando as

três dimensões do ser humano: físico, mental e espiritual,

privilegiando a diversidade de conhecimento como forma

de maior identidade com a diversidade social

A Matriz de Capacitação possui padrão composto por um

Calendário de Cursos e Estágios (CCE) anual, contendo inúmeros Cursos

de Especialização para Oficiais (CEO), Cursos de Especialização de

Praças (CEP), Estágios de Especialização para Oficiais (EEO) e Estágios

de Especialização para Praças (EEP), Cursos Especiais (CEs), destinados

a formação conjunta de Oficiais e Praças, Estágios Especiais (EEs),

destinados a Oficiais e Praças, com currículos que atendem às

54

necessidades de desenvolvimento de habilidades específicas do homem,

nas mais diversas áreas de conhecimento, capacitando-o para o

desempenho das funções policiais-militares insertas nas Matrizes

Organizacional e Operacional.

Compreende também, no desenvolvimento, a participação de

policiais militares em cursos e congressos patrocinados por organizações

representativas dos segmentos vulneráveis da sociedade.

8.3.3 Ação complementar

A Matriz de Capacitação visa a minimização de não-conformidades

e do turnover (rotatividade de mão-de-obra) decorrente de exonerações

ex-ofício. Por esse motivo, agrega ações complementares de instrução

para reforço de todo o processo já descrito.

Incorporam-se, assim, duas modalidades de reforço à capacitação: a

Instrução Complementar (IC) e a Instrução Complementar do Comando

(ICC).

A Instrução Complementar (IC) é o método não-formal de

instrução para o efetivo das OPM dos órgãos de Execução e Especiais de

Execução, sob responsabilidade dos respectivos Comandantes. Estimula

a aproximação continuada dos líderes locais junto à força de trabalho.

A Instrução Complementar do Comando (ICC) visa minimizar os

impactos decorrentes de ações contrárias ao código de conduta dos

policiais militares e incentivar a inserção definitiva do policial militar na

co-responsabilidade de preservação da imagem da Instituição e de sua

própria condição profissional, permitindo reflexão acerca de conceitos,

55

padrões, princípios e valores, na constante busca pelo aprimoramento

profissional e atendimento do interesse público. Representa uma lição

ponto a ponto, direta, do Comando da Instituição a todos os policiais

militares do efetivo existente, em tempo mínimo, abordando assunto

específico.

8.4 Diretiva de Inovação

As ações de inovação utilizadas para fomentar a transfor-

mação de conhecimento tácito em explícito e alvancar os

resultados estratégicos.

Nas últimas duas décadas muito se defendeu a gestão participativa

como forma de gerar soluções e comprometimento de todas as pessoas de

uma Instituição, possibilitando progresso e desenvolvimento.

Compartilhar conhecimento.

Inovar, ajustando as estruturas e comportamentos as expectativas

dos stakeholders passou a ser fundamental para que a Polícia Militar

possa assegurar desenvolvimento organizacional e excelência em seus

serviços. Gerir o conhecimento a partir da visão compartilhada dos

objetivos comuns, da aprendizagem em grupo, do estímulo a reflexão e a

criação, da visão global do sistema e de como as partes interagem,

transformando conhecimento tácito em explícito, ganhou importância

estratégica para a Polícia Militar.

Ações como a utilização de novas tecnologias de informação e

comunicação, associadas a Web 2.0, estão sendo implantadas. Estas

ferramentas têm a vantagem de ser uma via de duas mãos, em que a

organização também se beneficia dos conhecimentos de seus integrantes,

56

estimula a participação e o relacionamento na construção de um novo

estágio do conhecimento corporativo.

Merecem destaques as diferenças entre as gerações em relação ao

hábito de utilização dessas tecnologias. Seu uso é crescente em razão

inversa da idade, naturalmente porque as gerações mais novas já

encontraram ao nascer muito do que utilizam agora. Assim, tanto em

ralação ao público interno, quanto ao externo, é importante a

compreensão da necessidade de utilizar diferentes formas de

comunicação com diferentes conteúdos por meio de ferramentas

diferenciadas que possam ser absorvidas pelos públicos correspondentes.

Neste sentido, a Polícia Militar tem investido na utilização de

ferramentas colaborativas para o aproveitamento do conhecimento

coletivo. Seu uso tem sido incentivado e disseminado, tanto na Internet

quanto na Intranet. Pode-se destacar os seguintes exemplos:

SISUPA: Sistema de Supervisão e Padronização, que é

uma ferramenta de Gestão do Conhecimento desenvolvida pela própria

instituição há mais de uma década, segundo o qual são concebidos e

aperfeiçoados os Procedimentos Operacionias que são as melhores

práticas para o exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem

pública. O Guia de Procedimentos Operacionais Padrão da Polícia

Militar, que compõe o SISUPA foi devidamente registrado na Biblioteca

Nacional sob nº 500.583. Nos últimos anos sua atualização vem sendo

incrementada com a utilização combinada de recursos Wiki, Blog,

Moodle e redes sociais;

57

Moodle (Modular Object-Oriented for Learning

Enviroinment): trata-se de um gerenciador de aprendizagem muito

utilizado no meio acadêmico; empregado no Sistema de Ensino da

Polícia Militar, e também de forma inovadora, pelos grupos de estudos

do Estado-Maior, como software gestor das discussões e formatação de

soluções corporativas;

Wiki: ferramenta colaborativa destinada à composição de

conteúdos com múltiplos editores, utilizada pela tão conhecida,

enciclopédia virtual Wikipedia. A Polícia Militar a utiliza, tanto dentro do

ambiente Moodle, como também isoladamente;

Blogs: vêm sendo utilizados como veículo para difusão de

assuntos específicos e de obtenção de feedback junto aos colaboradores,

por meio dos comentários nas postagens. Sua abrangência engloba os

públicos interno e externo, nos diversos Blogs mantidos por diversas

unidades policiais-militares;

Twitter: tem sido empregado como ferramenta do

Comando para manter os internautas informados das ações promovidas

pela Polícia Militar;

Redes Sociais: passou a ser utilizada de forma oficial em

meados de 2009, quando grande contingente de policiais militares

ingressou na rede social denominada nósGov, mantida à época pela

Secretaria de Estado da Gestão Pública. A participação dos policiais

militares revolucionou de tal forma aquela rede, motivo pelo qual foi

necessário criar, logo em seguida, a rede social nósGov-PM, que teve

também maciça adesão e inspirou a criação de outras redes em nível

58

nacional; os resultados foram expressivos do ponto de vista da

mobilização e integração institucional, gerando também bons frutos de

produção de conhecimento, nos grupos de discussão criados em torno das

diversas áreas de gestão.

Figura 6 – Representação do Sistema de Ensino Continuado.

59

Figura 7 – Sinopse da Matriz de Capacitação.

60

99 Gestão Operacional

O foco da Polícia Militar é a Gestão Operacional, à medida que

possibilita o que chamamos de hora da verdade, ou seja, o momento

mágico em que todo o esforço gerencial das demais áreas é colocado em

contato com o cliente-alvo, que é o cidadão receptor dos serviços de

polícia militar.

A Gestão Operacional está orientada para atender as duas

dimensões da missão constitucional estabelecida para a Polícia Militar: a

Polícia Ostensiva e a Polícia de Preservação da Ordem Pública.

A polícia ostensiva desenvolve atividades de prevenção primária e

secundária destinadas a evitar o cometimento de infração administrativa

ou de ilícitos penais sujeitos ao controle da Instituição. Por outro lado, na

ação de Polícia de Preservação da Ordem Pública, atua-se na restauração

da ordem pública, isto é, na repressão imediata de infrações penais ou

infrações administrativas para aplicação da lei.

Dentro desse contexto constitucional, a Polícia Militar desenvolve

sua Gestão Operacional plenamente alicerçada na filosofia de polícia

comunitária, por meio do sistema operacional que envolve de forma

integrativa o policiamento ostensivo geral e as ações das OPM

especializadas do policiamento ostensivo ambiental, policiamento

ostensivo de trânsito urbano e rodoviário e o policiamento de choque,

que incorpora as forças de patrulhas especializadas e as forças de

patrulhas táticas, respectivamente.

61

9.1 Diretiva de Padronização Operacional

Adoção das Normas para o Sistema Operacional de Polici-

amento PM (NORSOP), uniformizando as ações, integran-

do e harmonizando os serviços, aliando tecnologia e inteli-

gência policial à distribuição territorial da polícia.

Para padronizar a execução do policiamento em todo o Estado, a

Polícia Militar editou as Normas para o Sistema Operacional de

Policiamento (NORSOP), que possibilitaram uniformizar as ações em

toda a Instituição, de tal forma que o receptor dos serviços policiais

receba o mesmo padrão de policiamento em qualquer lugar do Estado.

Ao adotar um Sistema Operacional de Policiamento, o modelo

gerencial reforça a aplicação dos princípios da racionalidade no emprego

adequado de todo o ativo disponível para as atividades de polícia

ostensiva e de preservação da ordem pública, tornando-as mais efetivas.

Por conseguinte, isso aumenta o potencial ofensivo da força de proteção

da comunidade, pois a soma harmônica das partes do sistema induz à

maior capacidade de respostas às ameaças à segurança pública e à

inibição das ações de quebra da ordem pública.

O padrão adotado para o desenvolvimento do Sistema Operacional

de Policiamento alia o território, por meio da divisão geográfica em

partes menores onde se distribui o policiamento por níveis de

responsabilidades, às ferramentas tecnológicas e à inteligência policial. A

atuação, nestes territórios, obedece a padrão estabelecido no Plano de

Policiamento Inteligente, que privilegia o uso da inteligência policial

para distribuição adequada e pontual do policiamento nas chamadas

Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP), diagnosticadas com uso

da tecnologia dos Sistemas Inteligentes e Bancos de Dados.

62

Todo o processo de execução do Sistema Operacional é coligido

em um Centro de Operações, que é o órgão coordenador das patrulhas

dispostas no território. Esses Centros são dotados de tecnologia de dados,

voz e imagem, que integram todas as patrulhas e lhes disponibiliza

acesso a bancos de dados e sistemas inteligentes, para que possam ter o

suporte necessário no desenvolvimento das chamadas ações de polícia: 1)

atendimento às solicitações oriundas do telefone de emergência 190; 2)

patrulhamento em trechos definidos como de interesse da segurança

pública; e 3) estacionamento em pontos previamente definidos ou

compondo operações policiais com outras patrulhas PM, tudo em

conformidade com o Cartão de Prioridade de Patrulhamento (CPP)

delineado no Plano de Policiamento Inteligente (PPI).

A Gestão de Tecnologia da Informação e Comunicação opera com

foco na Gestão Operacional no desenvolvimento dos Sistemas

Inteligentes, utilizáveis largamente na elaboração e implementação do

Plano de Policiamento Inteligente, bem como na infra–estrutura dos

Centros de Operações, que envolvem o Sistema Digital de Rádio,

Videomonitoramento, Localização Automática de Viaturas e

Computação Embarcada, compatibilizando todos os ativos tecnológicos à

ferramenta de georreferenciamento denominada COPOM-ON LINE.

As ações de polícia, que representam a atividade operacional

efetivada, são lastreadas por Procedimentos Operacionais Padrão (POP)

treinados e internalizados nos policiais militares pela gestão do

conhecimento, balizados pelo respeito à vida, à integridade física e

dignidade da pessoa humana, com irrestrita observância aos direitos e

garantias individuais do cidadão, operacionalizando o suporte doutrinário

63

estabelecido na Instituição dos Direitos Humanos e da Gestão pela

Qualidade.

O Procedimento Operacional Padrão (POP) está inserto no Sistema

de Supervisão e Padronização (SISUPA), que é um sistema constituído

para que os protocolos policiais-militares constituído pelas melhores

práticas policiais, sejam criados, aperfeiçoados, treinados e aplicados no

cotidiano, a fim de obter a máxima segurança e qualidade na prestação

dos serviços policiais-militares.

O SISUPA envolve tanto a verificação periódica das condutas

adotadas pelos policiais na realização dos serviços, confrontando-as com

os padrões contidos nos POP, como também propicia que o próprio POP

seja aperfeiçoado continuamente a partir de contribuições do policial

militar. O processo envolve treinamentos de caráter essencialmente

prático e dinâmico, supervisão da prática, emissão de Relatório de

Aperfeiçoamento (RA) e o Procedimento Técnico de Análise de Conduta

– Operacional (PTAC). Esse procedimento tem caráter de investigação

técnica da conduta operacional adotada, visando encontrar as prováveis

causas dos fatos que produziram as conseqüências ou resultados

indesejáveis para aplicação de medidas corretivas. É, em última análise,

uma ferramenta de desenvolvimento que gera a aplicação do ciclo PDCL

(Plan - planejar, Do - executar, Check - verificar, e, Learning –

aprendizagem) no exercício da atividade operacional.

9.2 Diretiva do Princípio da Responsabilidade Territorial

Descentralização operacional e adoção de responsabilida-

de territorial das polícias preventiva e repressiva por meio

das coincidências de áreas jurisdicionais.

64

O padrão adotado para o desenvolvimento do Sistema Operacional,

com base na divisão territorial em partes menores onde se posiciona o

policiamento, além de visar a uma melhor distribuição dos ativos

disponíveis na atividade operacional, possibilita também a

descentralização operacional por níveis de responsabilidades. Isto é, o

gestor de polícia dispõe de autonomia para utilização de seus ativos da

forma mais adequada às realidades locais, observando-se os padrões de

planejamento operacional descritos no Plano de Policiamento Inteligente.

A divisão geográfica observa a seguinte conformidade: 1) área:

correspondente ao território de um Batalhão PM; 2) subárea:

correspondente ao território de uma Companhia PM; 3) Setor: território

de atuação de um conjunto de Patrulhas PM; e 4) subsetor: território de

atuação da menor divisão do efetivo operacional, que é a Patrulha PM.

Com esta definição, adota-se o critério de responsabilidade territorial aos

gestores, comprometendo-os com os resultados de seus respectivos

territórios e facilitando, também, a aproximação comunitária estabelecida

no suporte doutrinário da polícia comunitária.

Diante da importância de que os órgãos e entidades

governamentais, em seus diferentes níveis administrativos e nos diversos

setores de atividades, adotem divisões geográficas harmônicas para fins

de planejamento, favorecendo, assim, um tratamento mais coerente dos

problemas socioeconômicos de cada comunidade, as Regiões

Administrativas4 do Estado e as Regiões de Governo5 foram

4 Regiões Administrativas ou mesorregiões consistem na subdivisão dos Estados brasileiros, agrupando seus municípios por similaridades econômicas e sociais sem, contudo, constituir uma entidade política ou adminis-

trativa.

65

compatibilizadas.

Para complementar essa padronização territorial foi editada norma

estabelecendo o planejamento global das atividades de polícia judiciária

e de apuração das infrações penais (Polícia Civil) e das atividades de

polícia ostensiva e de preservação da ordem pública (Polícia Militar),

pelos órgãos de execução das Polícias Civil e Militar em áreas

coincidentes, segundo a divisão administrativa do Estado, na seguinte

conformidade:

Região de Segurança Pública: agrupamento de

municípios, limítrofes ou não, em que o planejamento é de

responsabilidade das Polícias Civil e Militar, por meio dos órgãos que se

seguem:

Polícia Militar Polícia Civil Comando de Policiamento da Capital (CPC)

Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo-Capital (DECAP)

Comando de Policiamento Metropolitano (CPM)

Departamento de Polícia Judiciária da Macro-São Paulo (DEMACRO)

Comando de Policiamento do Interior (CPI)

Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo-Interior (DEINTER)

Quadro 3 – Correspondência dos órgãos da Polícia Militar e Civil em uma Região de Se-

gurança Pública.

Fonte: 3ª Seção do EM/PM

Sub-região de Segurança Pública: agrupamento de

municípios limítrofes, por Regiões Administrativas, sendo o

planejamento de responsabilidade das Delegacias Seccionais e dos

5 Regiões de Governo ou microrregiões, que constituem um agrupamento de municípios limítrofes, foram

estabelecidas com o objetivo de centralizar as atividades das secretarias estaduais para integrar a organização,

66

Comandos de Policiamento de Área (CPA) e Comandos de Policiamento

do Interior (CPI);

Área de Segurança Pública: agrupamento de municípios

limítrofes, correspondentes às Regiões de Governo, onde o planejamento

é de responsabilidade das Delegacias Seccionais e dos Batalhões PM (Btl

PM);

Subárea de Segurança Pública: compreende um ou mais

municípios limítrofes, sendo o planejamento de responsabilidade dos

Distritos Policiais (DP) e das Companhias PM (Cia PM).

Na Gestão Operacional incorporam-se, diante desta

responsabilidade territorial, duas ferramentas importantes: a gestão

participativa e a gestão do desenvolvimento.

A gerência participativa é representada pela colaboração de

representantes da comunidade daquele território e de representantes de

órgãos públicos e de organizações não-governamentais nos Conselhos

Comunitários de Segurança (CONSEG), que têm como membros natos o

Comandante da Companhia PM e o Delegado de Polícia das respectivas

áreas territoriais. Os CONSEG se reúnem sistematicamente para discutir

problemas relacionados à segurança pública no respectivo território e

ações que possam ser desenvolvidas para a melhoria da qualidade de vida

da comunidade local. Trata-se de um mecanismo que consolida a

Filosofia de Polícia Comunitária descrita no Suporte Doutrinário da

Polícia Militar.

o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

67

No que se refere à gestão do desenvolvimento, a Secretaria de

Segurança Pública padronizou a realização de reuniões periódicas,

sistematizadas, entre os gestores locais da Polícia Ostensiva e da Polícia

Repressiva, sequencialmente, em todos os níveis, para análise crítica dos

resultados obtidos no período. Dessas reuniões resultam ações a serem

implementadas para solução dos problemas relatados, aplicando-se

mensalmente ferramentas disponibilizadas pela Gestão pela Qualidade na

melhoria da prestação dos serviços ao cidadão, o que representa a

aplicação do Ciclo PDCL à atividade Operacional.

9.3 Diretiva de Organização do Padrão de Policiamento

Organização do Padrão de Policiamento com emprego o-

peracional por meio de Programas de Policiamento

Os Programas de Policiamento são subdivisões dos tipos de

policiamento ostensivo voltados para determinadas necessidades do

cliente-alvo, constituídos por conjuntos de diretrizes e projetos de

implantação duradoura, ajustáveis ao longo do tempo, que traduzem a

estratégia operacional da Instituição e são planejados para atendimento

das demandas por segurança pública do Estado de São Paulo.

Cada Programa de Policiamento, devido as suas peculiaridades,

tem seu planejamento e execução regulados por meio de Diretriz própria,

editada pelo Comando Geral da Instituição, sendo que o conjunto dessas

diretrizes constitui a estrutura normativa da Gestão Operacional da

PMESP.

A organização do policiamento em Programas define melhor os

padrões de execução e facilita o planejamento orçamentário para sua

68

manutenção, facilita a visão dos objetivos operacionais estratégicos da

Instituição, permite o planejamento preciso dos meios humanos e

materiais necessários, possibilita maior eficácia quanto ao controle de seu

desenvolvimento por meio de mapas e relatórios específicos de cada

Programa e permite a instrução dirigida aos policiais militares

encarregados de buscar cada objetivo operacional previsto nas diretrizes

que os regulam.

A adoção de organização da atividade operacional por meio dos

Programas de Policiamento possibilita vantagens quanto ao foco,

flexibilidade, padronização e gerenciamento. Quanto ao foco, é voltado

para determinado objetivo e, portanto, pela especificidade da atuação,

admite melhores resultados em sua área de prestação de serviço.

Quanto à flexibilidade, apresenta característica de projeto

duradouro, porém, ajustável no tempo, o que possibilita atualizações

orientadas pelos princípios da oportunidade, necessidade e conveniência

da administração diante da evolução social, sem que cause qualquer

processo de solução de continuidade da Gestão Operacional.

Outra vantagem trazida pela padronização está intimamente ligada

à Gestão de Logística. À medida que são conhecidos os padrões de

viaturas, uniformes, armamentos e imóveis, aliados aos parâmetros

quantitativos decorrentes da aplicação da Matriz Organizacional e dos

critérios da fixação de efetivos descritos na Gestão de Pessoas, isso

propicia a facilitação do planejamento orçamentário para a manutenção

dos Programas de Policiamento e de sua logística. Com isso, torna-se

possível a realização de planejamento a médio e longo prazos.

69

Quanto ao gerenciamento, a organização da atividade operacional

por meio de Programas de Policiamento facilita o controle de resultados

que passam a ser estratificados por programas, possibilitando melhor

análise crítica e acertadas medidas corretivas dos padrões executivos.

Além disso, ela torna mais compreensível o processo da Gestão de

Conhecimento na aplicação dos treinamentos, à medida que as

habilidades necessárias para cada uma das atividades são mais evidentes

e pontuais.

Na Gestão Operacional, é imperiosa a agilidade na adaptação dos

ativos disponíveis nos territórios face à dinâmica social da comunidade.

Nesse sentido, a adoção desse padrão gerencial facilita o remanejamento

operacional de maneira rápida e pontual para atender à dinâmica dos

fatos sociais.

Atualmente, a PMESP desenvolve os seguintes Programas de

Policiamento:

Programa de Policiamento de Radiopatrulha –

Atendimento “190” (Programa de RP): tem por objetivo patrulhar o

subsetor e atender às ocorrências comunicadas ao telefone de emergência

da Polícia Militar - 190, já consagrado nos âmbitos estadual e nacional. O

Programa de RP opera ininterruptamente, ou seja, 24 horas por dia, sendo

desenvolvido por todas as OPM territoriais e em todos os municípios do

Estado de São Paulo;

Programa de Policiamento de Força Tática (Programa

de FT): visa a fornecer aos comandantes das OPM Territoriais, com seus

próprios meios, agir de forma preventiva ou repressiva imediata, em

70

situações mais graves e ou em locais de maior incidência criminal que

demandem maior poder de reação, de modo ágil, específico e localizado.

Está organizado para fazer frente a situações que, por sua natureza, vulto

ou grau de risco, exijam efetivo com treinamento específico, dotado de

viatura de maior porte e com reforço de armamento e equipamento,

preparado para atuar, por exemplo, em homicídios, latrocínios,

seqüestros, roubos e aquelas relacionadas ao crime organizado, dentre

outras, bem como em ações de controle de distúrbios civis, precedendo a

ação do policiamento de choque;

Programa de Policiamento Integrado: destina-se a

realização de estacionamentos estratégicos em subsetores de baixa

expectativa de ocorrências e numa faixa de horário considerada adequada

para sua finalidade preventiva, de maneira a permitir que o policial

militar seja visto e encontrado facilmente pelo cidadão, atingindo assim

os objetivos de acessibilidade e visibilidade, ampliando a sensação de

segurança da população;

Programa de Policiamento de Trânsito: tem por

objetivo, prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e

de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito,

assegurando a livre circulação, evitando acidentes e prevenindo ações

delituosas, aumentando a sensação de segurança da comunidade;

Programa de Policiamento com Motos (Programa

ROCAM): destinado a evitar os ilícitos penais mais comuns nos grandes

corredores de trânsito e nas vias de tráfego intenso e em locais de difícil

acesso, devido às características de agilidade e acessibilidade;

71

Programa de Policiamento Escolar: objetiva

desenvolver ações policiais permanentes, preventivas e repressivas

imediatas, no chamado perímetro escolar de segurança, área contígua

aos estabelecimentos de ensino que tem prioridade especial nas ações de

prevenção e repressão policial, objetivando garantir a tranquilidade a

comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos);

Programa de Policiamento Comunitário: visa a

otimizar visibilidade e de acessibilidade, buscando melhorar a sensação

de segurança e facilitar o acesso e parceria da comunidade na solução de

problemas de segurança pública. As principais células de Polícia

Comunitária estão estruturadas nas Bases Comunitárias de Segurança,

Bases Comunitárias de Segurança Distrital, Bases Operacionais de

policiamento ambiental e de policiamento rodoviário, Postos Policial-

Militares e Bases Comunitárias Móveis.

9.4 Diretiva de Metodologia de Aplicação dos Ativos Operacionais

Aplicação da metodologia do Plano de Policiamento Inteli-

gente (PPI), baseada na distribuição técnica dos meios

humanos e materiais no território, caracterizando-se o po-

liciamento orientado para as chamadas Áreas de Interesse

de Segurança Pública (AISP).

O policiamento é organizado com a aplicação do policiamento

orientado (PPI) para a eficácia da aplicação dos ativos operacionais

disponíveis, focando a atuação dos Programas de Policiamento em Áreas

de Interesse de Segurança Pública (AISP).

O Plano de Policiamento Inteligente é exatamente a possibilidade

de a autoridade policial militar com responsabilidade sobre um território

72

determinado orientar o policiamento para solução de problemas

específicos, a partir de um diagnóstico com utilização de diversas fontes:

Sistemas Inteligentes, Bancos de Dados, Estatísticas, Conselho de

Segurança, mídia, moradores e comerciantes. Esse diagnóstico direciona

os recursos para os locais de maior incidência criminal, onde há anseios

comunitários pela presença policial e, principalmente, para os locais onde

há probabilidade de ocorrer o delito.

A metodologia orienta os gestores para a realização mensal de uma

Reunião de Análise Crítica (RAC), classificada como de nível I, que

envolve os gestores territoriais de um Batalhão PM para processar a

análise dos indicadores criminais e operacionais. De posse do

diagnóstico, o passo seguinte é definir as Áreas de Interesse de

Segurança Pública (AISP) e, por fim, elaborar o Cartão Prioridade de

Patrulhamento (CPP), a ser entregue a cada uma das Patrulhas PM que

atuam no setor territorial. Nessa reunião se dá, portanto, o uso da

metodologia de desenvolvimento com a aplicação do ciclo PDCL da

atividade operacional.

O Cartão Prioridade de Patrulhamento (CPP), atualizado

semanalmente pelo Comandante de Companhia PM, é um Plano de Ação

destinado a orientar as Patrulhas PM nas atividades do dia a dia e

contempla respostas aos quesitos do Heptâmetro de Quintiliano ou da

ferramenta de Gestão Pela Qualidade 5W2H: O que? Quem? Quando?

Onde? Porquê? Como? e Com que meios?. As Patrulhas recebem,

portanto, todo roteiro a ser seguido em seus respectivos turnos de serviço,

contendo a ação de polícia que realizará e qual a atitude que se espera

daquele patrulheiro para prevenir a infração penal ou administrativa que

73

possa ocorrer em determinado local ou trecho, incluindo-se os horários

possíveis e prováveis autores com seu modus operandi.

A metodologia orienta ainda para a realização trimestral de uma

Reunião de Análise Crítica (RAC), denominada de nível II, que envolve

gestores territoriais de uma área de grande comando, para análise dos

indicadores macros e estudos comparativos de impactos dos indicadores

operacionais e criminais, incluindo séries históricas para análise de

curvas de tendências. Essa reunião se destina à verificação do acerto das

estratégias adotadas e definição de medidas corretivas adequadas,

mediante o uso, mais uma vez, da metodologia de desenvolvimento com

a aplicação do ciclo PDCL na atividade operacional, abrangendo uma

área territorial ampliada.

9.5 Diretiva de Ações Complementares Operacionais

Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnolo-

gia de Informação e Comunicação na atividade operacio-

nal.

Na Gestão Operacional, a inteligência policial e a Tecnologia de

Informação e Comunicação estão embrionariamente ligadas a todos os

processos mencionados do Sistema Operacional de Policiamento.

Além dessa intrínseca ligação, a Gestão Operacional incorpora ao padrão

adotado no Sistema Operacional, outras ações pontuais e atuais sob o

prisma da melhoria contínua dos processos de atuação da polícia

ostensiva: o videomonitoramento, as Operações de Saturação por Tropas

Especiais (OSTE), Operação Direção Segura (ODS), Operação

Visibilidade Noturna, Operação Divisa, Operação Atividade Delegada, e

74

Policiamento Rural. Em todas estão presentes a utilização otimizada da

inteligência policial e da Tecnologia da Informação e Comunicação.

9.5.1 Videomonitoramento

Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnolo-

gia de Informação e Comunicação para extensão do polici-

amento preventivo em sua capacidade de observação

O videomonitoramento representa uma ferramenta tecnológica

capaz de expandir a capacidade de observação da polícia ostensiva,

aumentando a possibilidade de atuar preventivamente, inibindo a prática

de crimes e, concomitantemente, reduzindo e controlando a

criminalidade em pontos de interesse. Ao mesmo tempo aumenta a

sensação de segurança da população pela presença imediata da polícia

nas AISP, monitoradas e mantidas sob a possibilidade real de utilização

orientada dos Programas de Policiamento nesses pontos.

O padrão para a escolha das AISP a serem contempladas com as

câmaras de vídeo é desenvolvido pela inteligência policial sob os

critérios que considera os aspectos criminais e de densidade demográfica.

Para a definição dos municípios que necessitam de implantação do

serviço adicional são adotados critérios técnicos relativos aos aspectos

criminais, frota de veículos registrados, nível de implantação da

digitalização das comunicações e população total do Município. O

Programa é implantado prioritariamente nos municípios com população

superior a 200 mil habitantes.

75

9.5.2 Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE)

Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnolo-

gia da Informação e Comunicação na parceirização com

outros órgãos, visando a implementação de políticas públi-

cas aliadas à segurança pública.

A Gestão Operacional adota o pensamento sistêmico para definição

de suas estratégias de atuação operacional, considerando as questões de

segurança pública como um tema multidisciplinar, que envolve outras

esferas do poder público e da sociedade como um todo.

Assim, incorpora ao seu padrão gerencial a realização de

Operações Especiais em áreas onde seja detectado processo de

degradação social, para processar interação comunitária e adoção de

políticas públicas, por meio de parcerias com outros órgãos

governamentais e não-governamentais. Dessa forma, as OSTE

possibilitam a conjugação da segurança com políticas públicas de

transformação social para aumento da sensação de segurança e

constância na melhoria da qualidade de vida da população. Trata-se,

portanto, de uma atuação que está em perfeita sintonia com o que norteia

o Suporte Doutrinário relativo à Polícia Comunitária e com a condição da

Polícia Militar como promotora dos Direitos Humanos.

A escolha das Áreas de Interesse de Segurança Pública (AISP) para

realização das Operações de Saturação por Tropas Especiais (OSTE) é

realizada pela inteligência policial, com uso das ferramentas dos

Sistemas Inteligentes. Esses sistemas são mantidos pela Gestão da

Tecnologia da Informação e Comunicação, considerando: indicadores

criminais, indicadores sociais de desorganização social, atuação de

facções criminosas, carências de equipamentos e benefícios públicos e

76

sociais (infraestrutura, saneamento básico, habitação, saúde, creches,

transportes), bem como a conveniência e a oportunidade da

administração pública em priorizar as áreas.

A Operação é instruída com informações de interesse policial,

social e cultural, incluindo estudos dos órgãos parceiros.

Finalizada a etapa de acomodação policial, é iniciada a etapa de

outorga da cidadania, por meio do Programa Governamental na área de

Segurança Pública de ações integradas de cidadania, denominada Virada

Social. Esse Programa envolve uma parceria entre o Estado, a Prefeitura

e Organizações não Governamentais para inclusão de ações sociais,

culturais e de infraestrutura urbana voltadas à melhoria da qualidade de

vida das pessoas.

Nesta etapa, o policiamento é substituído gradativamente pelo

policiamento territorial comunitário, que processa uma duradoura

aproximação comunitária. Dessa maneira, obtem-se, mutuamente,

respaldo, cooperação, parceria e participação para a melhoria da

qualidade de vida das pessoas e do ambiente em que se vive, conforme

preceitua o Suporte Doutrinário da Polícia Comunitária.

9.5.3 Outras Operações

Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnolo-

gia da Informação e Comunicação, visando o controle dos

ilícitos penais e administrativos e a melhoria da tranquili-

dade pública com o uso concentrado da força de trabalho.

Para alcançar seus objetivos de preservação da ordem pública, a

PMESP usa a inteligência policial e Tecnologia da Informação e

Comunicação, prioritariamente, na solução dos principais problemas que

77

afetam a ordem pública. Assim, para que haja maior eficácia nas ações de

polícia, cotidianamente, atua de forma concentrada, reunindo meios e

força de trabalho em operações policiais-militares, destacando-se as

seguintes:

Operação Direção Segura (ODS): visa proporcionar

maior segurança aos usuários do sistema viário, em especial aos das

regiões onde há maior acúmulo de locais frequentados por pessoas que

fazem uso de bebidas alcoólicas e ou de substâncias psicoativas que

determinem dependência, por meio de operações de fiscalização policial,

para inibir a prática de delitos e de infrações nesses locais, com a

aplicação de medidas de caráter educativo-preventivo, orientando os

condutores de veículos sobre a legislação e perigos decorrentes do ato de

se dirigir veículos sob a influência de álcool e ou de substâncias

psicoativas que determinem dependência;

Operação Visibilidade Noturna: tem por objetivo

ampliar a sensação de segurança pela destinação de policiamento

ostensivo em pontos estratégicos, definidos a partir do afluxo de pessoas

em dias e horários pré-definidos, servindo de referência policial para a

população, tornando o policiamento ostensivo mais visível e,

consequentemente, atuando de modo mais incisivo na prevenção dos

delitos, com a intensificação das ações de fiscalização de trânsito, de

forma a garantir a fluidez viária e a obediência às normas relativas à

segurança de trânsito, fomentando o canal de aproximação da Polícia

Militar com a comunidade por meio da doutrina de Polícia Comunitária;

Operação Divisa: destina-se ao desenvolvimento de

ações preventivas e ou repressivas imediatas, com prioridade para pontos

78

estratégicos localizados nas rodovias que fazem divisa com outros

Estados, a fim de aumentar a fiscalização sobre os veículos que transitam

nas rodovias de acesso ao Estado de São Paulo, coibindo a prática de

ilícitos penais, notadamente associadas ao crime organizado, bem como

de infrações de trânsito e infrações ambientais. Objetiva, ainda, o

estreitamento dos laços de parceria entre os Comandantes de OPM

localizadas nas divisas dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais,

Mato Grosso do Sul e Paraná, integrando-os num mesmo trabalho de

preservação da ordem pública;

Operação Atividade Delegada: visa, em parceria e por

meio de delegação de atribuições municipais, fiscalizar o comércio

ambulante irregular ou ilegal, em regiões críticas do município de São

Paulo, proporcionando melhoria da sensação de segurança das

comunidades atendidas. Proporciona o aperfeiçoamento da aproximação

da Instituição com a comunidade e os comerciantes com o uso da

doutrina de Polícia Comunitária, integrando esforços para a eficácia das

ações voltadas à preservação da ordem pública. Essa operação emprega

policiais que estariam de folga e se voluntariaram a compor a operação,

incrementando o policiamento ostensivo-preventivo nos locais atendidos.

A atividade extraordinária voluntariamente assumida pelo policial militar

é remunerada pelo município.

9.5.4 Policiamento Rural

Utilização otimizada da inteligência policial e da Tecnolo-

gia da Informação e Comunicação, visando ao atendimento

a comunidade rural em parceria.

79

O Estado de São Paulo, por motivos socioeconômicos vem

gradativamente concentrando sua população em áreas urbanas. De

qualquer forma, muitos ainda residem na zona rural ou têm interesses dos

mais variados, como o agronegócio, lazer e turismo (chácaras de

veraneio, pousadas, hotéis-fazenda etc.). Destaca-se que eventualmente

ocorre a dinâmica de migração de atos delituosos para ambientes rurais.

Todo o sistema operacional dever contemplar os interesses de todas as

partes interessadas, estratificando os clientes, para satisfazer seus

interesses, que necessariamente diversos. Para atender adequadamente

esses interesses foi criado o Policiamento Rural, que visa prevenir e ou

minimizar a ocorrência de infrações penais nos ambientes rurais, por

meio de ações direcionadas de polícia ostensiva e de preservação da

ordem pública, fazendo com que a comunidade rural constate

efetivamente a ação dirigida e intensificada da Polícia Militar.

Nesse sentido o policiamento é realizado com a atuação conjunta e

harmônica dos comandos das OPM territoriais, de Policiamento

Ambiental (Pol Amb) e de Policiamento Rodoviário (Pol Rv), possibilita

o planejamento unificado com o levantamento de prioridades, a aferição

de resultados, a correção dos planos e a perfeita interação do

policiamento com a comunidade rural, objetivo intrínseco da Polícia

Comunitária.

Também são desenvolvidos Comitês de Policiamento Rural nos

quais todos os atores rurais, interessados, residentes, investidores,

proprietários, sindicatos, associações, integrantes do agronegócio e a

Polícia Militar, se reúnem mensalmente para discutir os problemas,

acordar soluções em parceria e priorizar o atendimento das demandas.

80

9.6 Diretiva de Ações Complementares de Responsabilidade Social

Complementam o processo operacional padrões ligados à

prevenção primária, que representam ações de responsabilidade social da

Polícia Militar e que na Gestão de Comunicação Social compõem o seu

Balanço Social.

A prevenção primária pode ser definida como o conjunto de ações

destinadas a evitar ou reduzir a ocorrência e a intensidade de infrações

penais e perturbações da ordem. Isso é feito por meio da identificação,

avaliação, remoção ou redução das condições propícias ou fatores

precursores, visando minimizar o dano à vida e à integridade física da

pessoa humana, à propriedade e ao ambiente.

A Polícia Militar adota três padrões principais de prevenção

primária, independentemente de iniciativas locais dos gestores de polícia

ostensiva: 1) o Programa Educacional de Resistência às Drogas e

Violência (PROERD); 2) o Programa Jovens Construindo a Cidadania

(JCC); e 3) o Relatório sobre Averiguação de Indício de Infração

Administrativa (RAIIA).

9.6.1 Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência

(PROERD)

Programa criado pela DARE (Drug Abuse Resistance Education),

organização sediada em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, que

consiste, basicamente, em lições destinadas a jovens, pais e educadores,

com o intuito de lhes transmitir informações e conhecimentos para evitar

o uso de drogas e a violência entre os jovens.

81

O programa tem como público alvo jovens, crianças e adolescentes,

estudantes das 5ª e 7ª séries do ensino fundamental de estabelecimentos

de ensino da rede pública ou privada, na faixa etária dos 10 aos 12 anos.

Envolve, também, educadores e profissionais dos estabelecimentos de

ensino, cujos estudantes foram atendidos pelo programa e os pais ou

responsáveis pelos jovens.

Para aplicação do PROERD, os policiais militares são habilitados

por meio do Curso de Formação de Instrutores, com duração de 80h/a,

realizado em duas semanas. Este curso habilita os policiais militares a

desenvolverem o Programa para estudantes das 4ª e 6ª séries do ensino

fundamental. Para se tornar um multiplicador, o policial deverá

freqüentar um segundo curso, que tem como pré-requisito 1 ano de

aplicação do Programa nas escolas, que é o Curso de Formação de

Mentores PROERD, com duração de 72h/a, realizado em duas semanas,

conforme descrito no capítulo sobre a Gestão do Conhecimento.

9.6.2 Programa Jovens Construindo a Cidadania (JCC)

Programa inspirado na Organização Youth Crime Watch, criada em

1986, na cidade de Miami, no Estado da Flórida, Estados Unidos,

atuando em 25 Estados americanos e em cerca de 500 escolas naquele

país. A YCW encontra-se presente, também, no Hawaí, Guam,

Venezuela, Rússia, Nigéria e África do Sul, sendo aplicado com grande

êxito. No Brasil, desde fevereiro de 1999, o JCC vem alcançando

resultados altamente positivos nas escolas, que oficializam a parceria

com as Unidades Territoriais da Polícia Militar por meio de um protocolo

de intenções.

82

Fundamentalmente, o Programa visa prevenir a criminalidade e sua

relação com o uso de drogas por intermédio da interação entre policiais

militares, corpo docente, pais e alunos voluntários, que formam as

lideranças na escola, buscando propostas democráticas e adaptadas à

realidade local, melhorando o ambiente escolar com participação dos

agentes envolvidos. O público alvo é mais amplo do que o PROERD e

está alicerçado na compreensão mútua dos problemas e na busca

compartilhada de soluções.

Hodiernamente, a pressão negativa do grupo é um dos maiores

fatores que influenciam os jovens a envolverem-se em atos violentos e

com o uso de drogas, portanto, o JCC atua com essa mesma pressão de

grupo, porém de forma positiva, criando um ambiente de participação da

comunidade escolar na resolução de seus problemas.

O Programa Jovens Construindo a Cidadania - JCC é desenvolvido

por policiais militares que possuem o Curso Especial de Agentes do

Programa JCC, ministrado por equipe habilitada, conforme mencionado

no capítulo sobre a Gestão do Conhecimento, desenvolvido em duas

semanas e com duração de 86 h/a.

9.6.3 Relatório sobre Averiguação de Incidente Administrativo

(RAIA)

O evento criminoso está ligado a um fator de possibilidade de

ocorrência, ou seja, o delito acontece onde há maiores possibilidades de

êxito para o perpetrador ou por condições ambientais ou por despreparo

da comunidade. Diminuir essa possibilidade depende de perceber os

fatores que a produzem. Assim, a prevenção primária eficaz está

83

diretamente ligada à capacidade e esforço em reconhecer os ambientes ou

situações que podem vir a gerar um fato ilícito.

A competência e responsabilidade de cada órgão público, entidades

e instituições na administração das questões sobre violação de normas

administrativas, sanitárias, fiscais, trabalhistas, civis, etc., na esfera de

suas respectivas atribuições, está legalmente definida.

A Polícia Militar, por força de sua capilaridade, quando no

exercício de suas atividades de polícia ostensiva e de preservação da

ordem pública, comunica a esses órgãos, por meio do Relatório sobre

Averiguação de Incidente Administrativa – RAIA, a existência de

indício(s) de prática de qualquer incidente administrativo, de modo que

sejam adotadas as medidas preventivas ou corretivas que impeçam ou

minimizem a ocorrência de prejuízos à ordem pública em qualquer de

seus aspectos: segurança pública, salubridade pública e ou tranquilidade

pública.

84

Figura 8 – Representação do Sistema da Gestão Operacional.

85

Figura 9 – Diagrama do Padrão Operacional da PMESP.

86

Figura 10 – Sinóptico do Plano de Policiamento Inteligente.

87

1100 Gestão da Comunicação Social

A Gestão da Comunicação Social é realizada por meio do Sistema

de Comunicação Social da PMESP (SISCOM), participante ativo do

Pensamento Sistêmico na Gestão da Polícia Militar.

O SISCOM, que visa orientar todas as atividades e procedimentos

de comunicação social da Instituição, baseia-se na moderna concepção

do seu papel dentro de uma organização: ser não só o intérprete do

Comando perante seus públicos, mas, também, ser o intérprete desses

mesmos públicos perante o Comando.

A atividade de comunicação social, organizada nas áreas de

relações públicas, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda,

abrange toda e qualquer ação capaz de propiciar interação da Instituição

com seus diferentes públicos, tanto no âmbito interno, em todos os níveis

e escalões de comando, quanto no âmbito externo, em todos os

segmentos da sociedade, sendo dever e responsabilidade de cada policial

militar contribuir para o bom conceito e a boa imagem da PMESP.

10.1 Diretiva de Intérprete entre os diversos públicos do processo

Orientar todas as atividades e procedimentos de comunica-

ção social da Instituição, sendo o intérprete entre o Co-

mando e seus diversos públicos, nos diversos níveis, e ao

mesmo tempo, intérprete desses públicos perante o Coman-

do.

A Gestão de Comunicação Social desenvolve esforço contínuo, por

todos os canais disponíveis, para conscientizar o público interno de seu

papel social e o público externo de seu papel como agente de segurança

88

local. Para tanto, a coordenação de Comunicação Social interage com

todos os órgãos internos e organizações externas, quer as de cunho social

quer as de características não-governamentais, processando essa

conscientização.

O Sistema de Comunicação Social dispõe de uma rede de

colaboradores que atinge toda a capilaridade estadual da Polícia Militar,

os quais são coordenados por um órgão central ligado diretamente à Alta

Direção, o que lhe permite gerar canal direto entre os diversos públicos e

o Comando, em uma via de duas mãos.

A ferramenta denominada “Fale Conosco” representa um canal

aberto e de fácil acesso, que possibilita a atividade de intérprete

desempenhada pela Gestão de Comunicação Social. “Fale Conosco” é o

serviço de comunicação direta do usuário com a Polícia Militar. Ele está

disponível na Internet e contempla os usuários com a possibilidade de

enviar mensagem, por meio de correio eletrônico ou de formulário

apropriado, para quaisquer fins, garantindo-se resposta à solicitação,

mesmo que seja uma mera informação ou encaminhamento a outro órgão

ou entidade.

As redes sociais Blog e Twitter representam, também, um canal

moderno e de fácil acesso ao usuário que é habituado e que prefere a

utilização desse tipo de ferramenta.

A Gestão de Comunicação Social disponibiliza a todos os policiais

militares, portanto ao público interno, um Boletim Informativo

denominado Legião de Idealistas, on line, com acesso a todas as

89

Unidades da Polícia Militar, por meio de sua rede Intranet PM,

reforçando a comunicação interna da Instituição.

10.2 Diretiva dos Canais de Comunicação

Criação de múltiplos canais de comunicação, aplicando

conhecimento técnico e criatividade, para interagir, conci-

liar e cooptar as necessidades, expectativas e anseios dos

diversos públicos, coligindo-os para um mesmo objetivo do

bem comum e ao interesse público

A Gestão de Comunicação Social tem como missão essencial, em

seu ciclo gerencial, divulgar os serviços e os trabalhos positivos, em

todos os meios e oportunidades disponíveis. Para tanto, executa

minucioso trabalho de atendimento à mídia, elaborando notas de

imprensas e respondendo às suas solicitações, mantendo para esse fim

um serviço 24 horas de sala de imprensa.

Para otimização da divulgação dos fatos comunicáveis da Polícia

Militar, a Gestão de Comunicação Social adota um padrão para a coleta

de notícias relativas a ocorrências bem sucedidas, ações, políticas de

segurança na esfera de competência da PMESP e outros eventos que

tenham a participação da Polícia Militar, que possam ser difundidos

como sugestão de pauta à mídia em geral. Adota, também, um padrão

para agilizar o canal técnico entre policiais militares e o Sistema de

Comunicação Social da Corporação para a difusão de ocorrências

policiais em tempo real.

Os fatos comunicáveis caracterizam-se como todo fato, ação ou

evento que demonstre a qualidade da prestação dos serviços policiais-

militares descrito de forma contextualizada (rico em informações,

90

imagens, dados estatísticos, etc.), permissivo à reflexão a respeito de

causas, consequências e soluções para problemas de segurança pública,

além das ocorrências rotineiras bem sucedidas. Tem interface com a

Gestão Operacional à medida que funciona com caráter educativo à

sociedade e reflete como atividade de prevenção primária.

O processo de Comunicação Social utiliza-se de canais de

comunicação televisivos, processando dois Programas semanais: “A PM

e Você”, transmitido para a Capital do Estado; e “Emergência 190”,

difundido à capital e Grande São Paulo.

Incorpora o padrão gerencial, aliado à Gestão Operacional, a edição

e divulgação do Manual de Segurança do Cidadão que busca detalhar,

nas várias situações do dia-a-dia, as condutas e medidas que cada cidadão

deve adotar para elevar seu nível de proteção. Todas as dicas que

compõem o Manual devem ser objeto de conversa e reflexão com toda a

família, principalmente, com os filhos, assim que surgir uma ocasião

propícia como férias, antes de viajar, ao sair para compras etc. Entende a

Polícia Militar que estar seguro também depende do conhecimento e da

predisposição para adotar condutas adequadas e pró-ativas.

Dentro do contexto das relações públicas, a gestão de comunicação

social incorpora o Roteiro Cultural Cidade de São Paulo com a finalidade

de proporcionar aos cidadãos paulistas, paulistanos e aos visitantes desta

cidade, cultura, lazer e entretenimento vinculados à história da PMESP.

Tendo como ponto de partida o Quartel do Comando Geral da PM, o

passeio acontece em quartéis e locais de cultura localizados na região do

Bom Retiro, aos sábados. São visitados os quartéis do 1º BPChq,

91

RPMon, 2º BPChq e locais de cultura como a Pinacoteca, o Museu da

Língua Portuguesa e o Museu da Polícia Militar. O passeio inclui

também a visita no Palácio dos Bandeirantes.

Durante o passeio, ocorre a interação do visitante com o rico

patrimônio histórico da cidade de São Paulo, nos quais podem ser

observadas obras de arte entre pinturas, esculturas, colagens, desenhos,

tapeçarias, porcelanas e louças, além do contato direto da população com

o policial militar, valorizando e consolidando desta forma a filosofia do

policiamento comunitário.

10.3 Diretiva de Transparência Institucional

Abranger em suas ações as áreas de relações públicas, im-

prensa e publicidade, executando-as com sobriedade e

transparência dos procedimentos, eficiência e racionalida-

de na aplicação dos recursos, adequação à diversidade de

públicos e avaliação sistêmica dos resultados obtidos

A Gestão de Comunicação Social prima em fortalecer a imagem

Institucional, a atividade de Comunicação Social e o seu sistema de

relações públicas, pela transparência dos procedimentos e adequação às

diversidades de públicos com os quais a Polícia Militar se relaciona.

A Polícia Militar adota padrão gerencial de atendimento de pedidos

de informação de representantes dos órgãos da mídia, em conformidade

com a doutrina de gestão pela qualidade. Dessa forma, ela procura

assegurar o respeito e a isonomia aos direitos de imprensa e de

informação em equilíbrio com os direitos de honra, marca e imagem de

pessoas e da Instituição. Para tanto, a Gestão de Comunicação Social

possui normatização própria, que estrutura o serviço de porta-voz,

92

exercido por policial militar especialmente capacitado para responder aos

pedidos de informação e divulgar informações institucionais à mídia.

Como avaliação sistêmica dos resultados, a Gestão de

Comunicação Social processa a análise das notícias relacionadas à

Polícia Militar, emitindo o Relatório Diário de Notícias. Estas são

classificadas segundo os critérios de notícias positivas e notícias

negativas publicadas, o que enseja o uso desta ferramenta de

desenvolvimento gerencial na aplicação do Ciclo PDCL no processo de

relacionamento com a mídia.

Soma-se a essa diretiva a incumbência da Gestão de Comunicação

Social em preservar a imagem da Polícia Militar, os valores cívicos e os

Direitos Humanos. Isto é feito dentro de em ciclo gerencial que prima

pela publicidade e propaganda adequada, com uso da Logomarca do

Governo Estado de São Paulo, Brasão de Armas e Logomarca da Polícia

Militar. Inserem-se também nesse contexto as atividades voltadas para a

observância ao cerimonial público (protocolo, etiqueta, precedência,

cerimonial militar, símbolos). A Gestão de Comunicação Social mantém

controle do padrão para essas questões relevantes à imagem da Polícia

Militar.

Todo material de comunicação áudio visual que utilizar os

símbolos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, como o hino,

estandartes, brasões, logomarcas, distintivos, selos, flâmulas e insígnias,

a serem divulgados por meio de anúncio para jornais, spots para rádio,

busdoor, outdoor, filmes, painéis, painéis eletrônicos, faixas, adesivos,

mantas magnéticas, folders, cartazes, cartilhas, manuais, calendários,

93

chaveiros, brindes em geral, publicações, campanhas educativas, etc., que

se vincule direta ou indiretamente com a Instituição e a sua imagem, com

ou sem utilização de parceiros, acompanhado de histórico, layout,

storyboard, cópia, gravação, provas, fotos, modelos, dentre outros, são

previamente avaliados pela coordenação da Gestão de Comunicação

Social da Instituição.

Foi criado o Comitê de Administração de Crise de Imagem (CACI)

e os procedimentos de comunicação social que cuida de ocorrências e

fatos que resultem ou possibilitem resultados danosos a imagem da

Polícia Militar, uma vez que as crises de imagem colocam à prova o

prestígio, a reputação e a sobrevivência das Instituições,

independentemente do tamanho, área de atuação ou origem. As crises de

imagem são inerentes à própria natureza operacional e quase sempre não

podem ser eliminadas, mas sim minimizadas, desde que providências

adequadas sejam tomadas, antes, durante e após a ocorrência geradora.

Apesar de todas as providências preventivas que, porventura,

tenham sido adotadas, as crises de imagem invariavelmente acontecem.

O diferencial está no grau de preparo das organizações para absorvê-las

com a menor margem de impacto possível. O problema está quando não

há preparo algum e a crise compromete seriamente a Instituição com

danos à sua imagem.

O planejamento estratégico da Instituição potencializa as atividades

de comunicação social para a inserção da imagem da PM junto aos

órgãos da imprensa (escrita, falada e televisiva, internet), de modo que

94

trabalhar a comunicação de crise, com planejamento prévio e adequado,

contribui para anular ou minimizar os efeitos danosos a sua imagem.

Dentro dessa seara, foi constituído o CACI, formado por policiais

das áreas de comunicação social, inteligência e operacional, com poder

de decisão e grande equilíbrio emocional para execução do Plano de

Administração de Comunicação de Crise de Imagem (PACCI), planos

esses criados para cada “position paper”, ou seja, para cada situação que

pode ser repetitiva com potencial possibilidade de impacto negativo à

imagem institucional.

Com o objetivo de valorização do público interno, mensalmente é

realizado o chamado: Café com o Comandante, por meio do qual há um

contato direto do Comandante Geral da Instituição e do Alto Comando

com os policiais que se destacaram no atendimento de ocorrências com

solução adequada, dentro do que prevê a doutrina operacional, e com alta

satisfação junto aos nossos públicos estratégicos, propiciando um

sentimento de satisfação por parte do policial de ser integrante da

Instituição. É uma forma de valorização de público interno.

O Centro de Comunicação Social da PM conta com um suporte de

trezentos servidores de alta capacitação, dois mil “links” de comunicação

de dados, além de um “Data-center” de três andares equipado com o

conceito de “sala-cofre”. Tudo com vistas a estabelecer vínculos

duradouros com os públicos estratégicos da Instituição, que

resumidamente podem ser classificados em 4 grupos principais:

sociedade, imprensa, governo e público interno.

95

10.4 Diretiva do Balanço Social

Coordenar os programas e atividades de responsabilidade

social da PMESP, traduzindo ao final seu Balanço Social

como demonstrativo dos projetos, benefícios e ações soci-

ais dirigidas aos diversos públicos com os quais interage, e

como instrumento estratégico para avaliação e melhoria

contínua da responsabilidade social institucional.

A Gestão de Comunicação Social incorpora também a elaboração

do Balanço Social da Polícia Militar do Estado de São Paulo que traduz

seu compromisso com a população de realizar por intermédio das

diversas Unidades PM, programas, projetos e ações sociais que

beneficiam grandemente a população em geral. Os principais agentes são

os próprios policiais militares, que trabalham buscando uma qualidade de

vida melhor para a comunidade, em sinergia plena com o Suporte

Doutrinário relativo à Polícia Comunitária.

A análise do Balanço Social, aliado aos demais resultados ligados à

Gestão Operacional, possibilita a avaliação das estratégias e o

monitoramento do grau de envolvimento social de nossa Instituição

enquanto promotora dos Direitos Humanos.

96

Figura 11 – Sinóptico do Sistema de Gestão de Comunicação Social.

97

1111 Sistema de Controle

Para implementação das estratégias mencionadas, considera-se

como premissa que o funcionamento da Instituição está baseado no

conjunto de atividades transformadoras inter-relacionadas. Nesse sentido,

para cada uma das ações gerenciais foram definidas as medidas de

desempenho e de resultados, com estabelecimento de metas desafios

baseadas em históricos de desempenho dos últimos três anos. A

correlação entre as medidas comunica a maneira como os resultados

devem ser alcançados, para nos dizer se a estratégia está sendo bem

sucedida ou não.

11.1 Sistema de Controle do Desempenho das OPM (Performance

Control System - PCS)

As medidas de desempenho foram estratificadas para cada uma das

Unidades da Polícia Militar. Observou-se, para tanto, metodologia que

considerou o desempenho histórico de cada uma e as peculiaridades

locais a que estão submetidas, processando-se assim um Sistema de

Controle que contempla todas as medidas de desempenho, em

comparativo ao desempenho real das Unidades da Polícia Militar.

O Sistema está disponibilizado na Intranet PM e considera o

conceito de “gestão à vista”. Essa medida tem como objetivo

disponibilizar as informações necessárias de uma forma simples e de

fácil assimilação, buscando tornar mais ágil o trabalho diário e também a

busca pela melhoria da qualidade. Ela torna possível a divulgação de

98

informações para um maior número de pessoas simultaneamente e ajuda

a estabelecer a prática de compartilhamento do conhecimento como parte

da cultura organizacional.

O Sistema adota a técnica de alertas para que os gestores possam

processar, a tempo, medidas corretivas para alcance das metas e desafios

que foram estabelecidas previamente, num processo de discussão

institucional.

11.2 Diagrama de Controle de Indicadores Criminais

Especificamente para os indicadores criminais, dentro do Plano de

Policiamento Inteligente, é disponibilizado também pelo mesmo

princípio de gestão à vista, na Intranet PM, um diagrama de

acompanhamento e controle dos principais indicadores criminais nas

respectivas áreas das Unidades Territoriais.

O diagrama disponibiliza um sistema de metas desafio, produzido

após aplicação de metodologia disseminada a todos, no final do ano

anterior, calculado com base em séries históricas que consideram a

sazonalidade, preservada mediante o controle mês a mês dos indicadores,

as peculiaridades locais, pela comparação de cada OPM consigo mesma,

bem como as similaridades entre as localidades, obtida mediante a

adoção dos mesmos critérios da definição do efetivo descrito na Gestão

de Pessoas.

Basicamente, o sistema de controle dos indicadores criminais, que

é um dos principais termômetros da ação policial, serve como

balizamento do acerto das estratégias adotadas, pois toda a ação da

99

administração está focada nos resultados da prestação dos serviços à

comunidade. Este acompanhamento está inserto na Intranet PM

juntamente com o Plano de Policiamento Inteligente (PPI).

11.3 Controle Estratégico

A Polícia Militar acompanha sua gestão por meio de indicadores

que possibilitam o controle da implementação das estratégias. O controle

estratégico é um tipo especial de controle organizacional que se

concentra na monitoração e avaliação do processo de administração

estratégica, no sentido de melhorá-lo e assegurar um funcionamento

adequado para se alcançar sua visão de futuro.

Os indicadores estratégicos estão interligados às medidas de

resultados mencionadas no Sistema de Controle do Desempenho das

OPM, que indicam a estratégia em ação, ao considerar que a somatória

destes resultados atingirá os objetivos propostos e conseqüentemente a

nossa missão e visão de futuro.

Os indicadores estratégicos também estão intimamente ligados aos

preceitos que norteiam os valores organizacionais, principalmente o

compromisso de defesa da vida, da integridade física e da dignidade das

pessoas.

O controle possibilita a correção de percurso para que não se desvie

dos objetivos e, também, para se adaptar às mudanças sociais que possam

ocorrer no lapso temporal de vigência do planejamento.

100

11.4 Processo de Avaliação da Gestão e Certificação das OPM

Com a adoção dos parâmetros transformados em medidas de

desempenho e de resultados, para alcance de seus objetivos, além de

definir o modelo de gestão a ser desenvolvido, foi necessário padronizar

o processo de avaliação de gestão e de certificação das Organizações

Policiais Militares.

A nova sistemática pressupõe a necessidade de adaptação da

metodologia de avaliação da gestão das Organizações Policiais Militares

e dos parâmetros dos resultados que comprovem a eficiência e eficácia de

suas práticas de administração rumo à excelência que se deseja alcançar.

O Programa de Avaliação de Gestão e Certificação se desenvolve com a

auto-avaliação e a certificação, com participação compulsória de todas as

OPM.

A auto-avaliação é obrigatória a todas as OPM, a partir do nível

Batalhão ou equivalente, processada por meio de um sistema

informatizado e interativo nos são descritas suas práticas de gestão,

abrangendo a correlação entre os quesitos (marcadores) do critério de

avaliação do desempenho e o adendo interpretativo.

A participação no processo de Certificação abrange as seguintes

etapas: 1) entrega do Relatório de Gestão; 2) análise crítica e de

consenso; 3) visitas às OPM; e 4) certificação propriamente dita.

O Programa de Avaliação de Gestão representa ferramenta

importante para a aplicação do ciclo PDCL na gestão sistêmica adotada,

à medida que analisa a correlação das medidas de desempenho com as

medidas de resultados. Dessa forma, possibilita a verificação quanto ao

101

acerto das estratégias, sua aplicabilidade inadequada ou o ponto em que

devam ser revistas.

102

1122 Considerações Finais

A mudança tem sido a única certeza dessa geração. E a mudança

rápida, muito rápida... O fenômeno da globalização trouxe o advento da

Internet, universalização do acesso aos meios de comunicação, o

fortalecimento da democracia em todo o mundo, a intensificação do

comércio do global, a aceleração de transferências tecnológicas, tornando

o mundo em uma “aldeia global”.

Por outro lado, o cliente notou uma intensificação da concorrência,

agora mundial e que o ciclo de vida de produtos e serviços foi

drasticamente reduzido. Também, em razão da possibilidade de

comparação dos serviços e produtos e de sua obsolescência rápida,

aumentou a insatisfação dos clientes.

Esse cenário, favorece nascimento e a morte de organizações de

todos os porte. Quem não conheceu uma grande organização com marca

consolidada que foi assimilada pelo mercado? As organizações para

serem sustentáveis necessitam ajustar-se, alinhar-se ao ambiente

altamente competitivo que se apresenta.

Nesse contexto a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem

buscado incessantemente seu aperfeiçoamento, inovando e se adaptando

ao ambiente competitivo e turbulento, adotando a administração

gerencial por resultados, traduzindo sua ação diária em eficiência,

eficácia e efetividade.

103

Na Polícia Militar essa preocupação ganha força à medida que

sendo responsável pela Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem

Pública, a Força da Comunidade, deve evoluir de maneira estratégica e

segura, pois é incontestável que sua atuação é imprescindível à vida

harmônica em sociedade, proporcionando um ambiente tranqüilo, seguro

e salubre.

Para tanto, a evolução da centenária Polícia Militar do Estado de

São Paulo rumo à consolidação de um Sistema de Gestão, soube

observar, sabiamente, a prudência estratégica e a segurança para se

desenvolver e alcançar novos níveis de excelência, sem que houvesse

solução de continuidade na prestação de serviços à comunidade paulista.

Especificamente em relação aos resultados de prevenção e inibição do

crime de homicídio no Estado de São Paulo, o gráfico a seguir indica a

relação de causa e efeito entre as ações gerenciais implementadas,

durante os últimos onze anos, período utilizado somente como recorte

temporal da gestão, e a correspondente curva decrescente dos indicadores

de homicídio por grupo de cem mil habitantes no Estado, numa

demonstração clara de acerto nas ações.

104

Figura 12 – Evolução das ações gerenciais da PMESP.

Enfim, passado esse tempo, essa evolução de uma organização que

aprende (learning organization), levou a Instituição a registrar a marca

GESPOL e escrever um compêndio, importante para o mundo da gestão

moderna, o qual chamou de Sistema de Gestão da Polícia Militar do

Estado de São Paulo, que estabelece de maneira clara o Pensamento

Sistêmico em sua Gestão, a permitir que os princípios da eficácia,

eficiência e efetividade se consolidem a partir de processos e padrões

definidos e consubstanciados sob a visão mais moderna da administração

gerencial.

A introdução de conceitos modernos como reengenharia estrutural,

reengenharia conceitual, governança corporativa, matriz de

105

competências, universidade corporativa, Balanced Scorecard (BSC),

dentre outros, incorporados definitivamente à gestão pública, mais

especificamente na gestão de polícia, concretiza a busca pela excelência

por meio da Gestão pela Qualidade.

O presente trabalho objetiva simplesmente a difusão de um modelo

que reafirma o acerto do Sistema de Segurança Pública estabelecido na

Carta Magna do país, mais precisamente em seu artigo 144 e §§, bem

como em relação à estética militar adotada pelas polícias militares do

Brasil, que servem de benchmarking para outros países.

Consolida-se também a Polícia Militar como promotora de Direitos

Humanos, que compreende o seu tempo social e propicia condições

favoráveis para criação de princípios de reciprocidade positiva, por meio

da adoção da filosofia de Polícia Comunitária, que integram a população

nas atividades próprias de segurança pública.

Espera-se, assim, que com a disseminação do conhecimento,

estabeleça-se um novo paradigma em relação ao tema e se possa avançar

de maneira responsável a horizontes mais favoráveis na Segurança

Pública, por meio do respeito às conquistas e esforços daqueles que

realmente se dedicam à preservação da ordem pública como sacerdócio

de servir sua comunidade e seu país.

106

Bibliografia

BRASIL. Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972. Aprova as normas

do cerimonial público e a ordem geral de precedência. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D70274.htm. Acesso em: 2

dez. 2008, 09:30:40;

______. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Institui normas para

licitações e contratos da Administração Pública. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm. Acesso em: 1

dez. 2008, 12:21:10;

Fundação Nacional da Qualidade. Critérios Compromisso com a

Excelência e Rumo a Excelência. São Paulo: FNQ, 2008;

ONU. Assembléia Geral. Resolução 217 A (III). Declaração Universal

dos Direitos Humanos. Disponível em: http://www.mj.gov.br/sedh/ct

/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acesso em: 1 dez. 2008,

10:34:40;

ROVER, Cees de. Para servir e proteger. Direitos humanos e direito

internacional humanitário para forças policiais e de segurança:

manual para instrutores. 3. ed. São Paulo: PMESP, 2008;

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 23.455, de 10 de maio de 1985.

Dispõe sobre a criação de Conselhos Comunitários de Segurança.

Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/

1985/decreto%20n.23.455,%20de%2010.05.1985.htm. Acesso em: 2 dez.

2008, 10:15:30;

______. Decreto nº 43.286, de 3 de julho de 1998. Define o

planejamento global das atividades de polícia judiciária e de apuração

das infrações penais, e das atividades de polícia ostensiva e de

preservação da ordem pública, pela Polícia Civil e pela Polícia Militar

em áreas coincidentes, segundo a divisão administrativa do Estado.

Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/

1998/decreto%20n.43.286,%20de%2003.07.1998.htm>. Acesso em: 2

dez. 2008, 11:00:26;

107

______. Decreto nº 43.833, de 8 de fevereiro de 1999. Institui o

Sistema de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo (SICOM).

Diário Oficial v.109, n.26, 09/02/1999;

______. Lei nº 13.123, de 8 de julho de 2008. Aprova o Plano

Plurianual 2008-2011 do Governo do Estado de São Paulo. Obtida em:

http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/IntegraDDILEI?vgnextoid=2

ddd0b9198067110VgnVCM100000590014acRCRD&tipoNorma=9 .

Acesso em: 2 dez. 2008, 15:45:07;

______. Lei Complementar nº 893, de 9 de março de 2001. Institui o

Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Disponível em: <http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/ Integra

DDILEI?vgnextoid=2ddd0b9198067110VgnVCM100000590014acRCR

D&tipoNorma=2>. Acesso em: 1 dez. 2008, 11:15:30;

______. Lei Complementar nº 1.036, de 11 de janeiro de 2008. Cria o

Sistema de Ensino da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Obtida em:

http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/IntegraDDILEI?vgnextoid=2

ddd0b9198067110VgnVCM100000590014acRCRD&tipoNorma=2.

Acesso em: 2 dez. 2008, 15:40:23;

______. Portaria Conjunta PM/PC nº 1, de 26 de fevereiro de 2008.

Padroniza procedimentos para a execução da Resolução SSP – 248, de 30

de junho de 2000;

______. Resolução SSP nº 248, de 30 de junho de 2000. Estabelece

rotinas de trabalho integrado entre as Polícias Civil e Militar no Estado

de São Paulo. Publicada no DOE, Poder Executivo, Seção I, p. 12;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº

148, de 4 de agosto de 2006. Programa de Prevenção em Manifestações

Suicidas;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº

135, de 19 de julho de 1999. Inspeções de Saúde;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº

54, de 20 de março de 2000. Inspeção de Saúde Bucal – Normatização;

108

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº

148, de 4 de agosto de 2006. Programa de Preparação para a Inatividade;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM2-

001/91/07 - Plano de Policiamento Inteligente (PPI), de 27 de junho de

2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

005/02/97 - Emprego Operacional da PMESP, de 4 de dezembro de

1997;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

007/02/03 - Operações Policiais-Militares, de 15 de julho de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

005/02/05 - Programa Policiamento com Motocicletas no Estado de

São Paulo (ROCAM), de 25 de outubro de 2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

007/02/05 - Programa de Força Tática, de 7 de novembro de 2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

011/02/05 - Programa de Radiopatrulha – Atendimento “190”, de 7

de novembro de 2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz n° PM3-

012/02/05 - Programa de Policiamento Integrado, de 7 de novembro

de 2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

014/02/05 - Programa de Policiamento Escolar, de 7 de novembro de

2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

015/02/05 - Programa de Policiamento Comunitário, de 7 de

novembro de 2005;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

008/02/06 - Normas para o Sistema Operacional de Policiamento PM

(NORSOP), de 1 de agosto de 2006;

109

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

010/02/06 – Regionalização, Organização e Funcionamento Geral do

COPOM, de 21 de agosto de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

001/02/07 - Programa de Policiamento de Trânsito, de 26 de julho de

2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3 -

02/02/08 - Sistema de Videomonitorização na Polícia Militar do

Estado de São Paulo, de 3 de setembro de 2008;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

001/02/09 - Policiamento Rural, de 23 de julho de 2009;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

005/02/09 - Emprego da Polícia Emprego da Polícia Militar do

Estado de São Paulo no Programa de Combate ao Comércio

Ambulante Irregular ou Ilegal no Município de São Paulo, de 29 de

dezembro de 2009;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM3-

001/02/10 - Operação Direção Segura, de 26 de fevereiro de 2010;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM5 -

001/55/06 - Aperfeiçoamento do Relacionamento com a Mídia e

Normatização do Serviço de Porta-Voz, de 14 de fevereiro de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Diretriz nº PM6-

001/30/08 - Programa de Avaliação de Gestão e Certificação da

PMESP, de 19 de março de 2008;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-2-PM - Instruções

para a Movimentação de Policiais Militares. Boletim Geral PM nº 57, de 23 de março de 2001;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-8-PM - Instruções

para o Subsistema de Informações Quantitativas da Polícia Militar

110

(SIQUANT). Publicadas no Boletim Geral PM nº 190, de outubro de

2000;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-15-PM - Instruções

para Transportes Motorizados da Polícia Militar. Publicadas no

Boletim Geral PM nº 43, de 6 de março de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-22-PM - Instruções

do Sistema Integrado de Treinamento Policial Militar, Publicadas no

Boletim Geral PM nº 31, de 15 de fevereiro de 2001;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-23-PM - Instruções

para Administração Logística e Patrimonial da Polícia Militar.

Publicadas no Boletim Geral PM nº 51, de 14 de março de 1996;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-24-PM - Instruções

do Sistema de Avaliação de Desempenho dos Integrantes da Polícia

Militar. Publicadas no Boletim Geral PM nº 23, de 1 de fevereiro de

2001;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-28-PM - Instruções

para a Distribuição e o Completamento do Efetivo Policial-Militar

Territorial, de 7 de abril de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-30-PM - Instruções

para Utilização da Intranet PM e Internet na Polícia Militar.

Publicadas no Boletim Geral PM nº 79, de 27 de abril de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-31-PM - Instruções

para Utilização do Correio Eletrônico na Polícia Militar. Publicadas

no Boletim Geral PM nº 149, de 7 de agosto de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-33-PM - Instruções

de Administração de Dados da Polícia Militar. Publicadas no Boletim

Geral PM nº 229, de 28 de novembro de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. I-38 PM - Instrução

Policial-Militar de Administração de Bens Imóveis. Publicadas no

Boletim Geral PM nº 24, de 3 de fevereiro de 2006;

111

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Normas de

Planejamento e Conduta do Ensino Policial Militar (NPCE/PM).

Publicadas no Boletim Geral PM nº 10, de 14 de janeiro de 2000;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

DAMCo-001/300/02 – Programa Jovens Construindo à Cidadania

(JCC), de 1 de agosto de 2002;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

DSist-001/221/04 - Metodologia de Análise e Projeto para o

Desenvolvimento de Sistemas (MAPDS), de 4 de maio de 2004;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM1-002/01/06 - Instruções para Planejamento dos Concursos e

Cursos visando ao Completamento Anual do Efetivo, de 7 de agosto

de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução n°

PM3 001/03/01 - Programa de Valorização Humana, de 26 de junho

de 2001;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução n°

PM3 003/03/02 - Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial

Militar (PAAPM), de 15 de agosto de 2002;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM3-002/03/07 - Instrução Complementar, de 12 de dezembro de

2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM3 - 003/03/07 - Programa Educacional de Resistência às Drogas e

à Violência (PROERD), de 4 de dezembro de 2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM3-001/03/08 - Instrução Continuada do Comando, de 11 de agosto

de 2008;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução n°

PM4 001/1.1/08 - Normas para elaboração das Folhas de Cálculo da

Frota e do Quadro de Fixação da Frota, de 31 de janeiro de 2008;

112

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM5-001/51/06 - Fale Conosco, de 14 de junho de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM5-001/55/07 - Notícias Positivas, de 2 de julho de 2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nota de Instrução nº

PM6-001/30/06 – Plano de Aplicação de Recursos Orçamentários

(PARO), de 15 de fevereiro de 2006;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ordem de Operações

nº PM3-001/02/09. Operação Divisa, de 17 de julho de 2009;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ordem de Operações

nº PM3-001/02/10. Operação Visibilidade Noturna, de 12 de março de

2010;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Periodicidade da

Realização do Teste de Avaliação de Tiro (TAT) e Teste de Aptidão

Física (TAF). Boletim Geral PM nº 198, de 13 de outubro de 2000;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Portaria do Cmt G nº

PM3-8/01/03 - Matrizes Organizacionais e Distribuição das

Organizações Policiais Militares no Território. Boletim Geral PM nº

10, de 16 de janeiro de 2004;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Portaria do Cmt G nº

PM3-12/01/06 - Matrizes Organizacionais e Distribuição das

Organizações Policiais Militares do Corpo de Bombeiros no

Território. Boletim Geral PM nº 11, de 16 de janeiro de 2007;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Portaria do Cmt G nº

PM3-005/01/08 - Matrizes Organizacionais e Distribuição das

Organizações Policiais-Militares de Policiamento Rodoviário no

Território. Boletim Geral nº 4, de 4 de julho de 2008;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Portaria nº PM1-

3/01/00 - Relação de Prioridade de Transferência (RPT). Boletim

Geral PM nº 239, de 13 de dezembro de 2000;

113

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. Portaria nº PM3-

1/02/04 - Institui o Relatório sobre Averiguação de Indício de

Infração Administrativa (RAIIA). Publicado no Boletim Geral PM nº

170, de 9 de setembro de 2004;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. PPT-3-PM - Programa

Padrão de Treinamento Policial Militar - Condicionamento Físico

Padrão. Boletim Geral PM nº 55, de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. PPT-4-PM - Testes de

Aptidão Física (TAF) e Prática de Treinamento Físico na Polícia

Militar do Estado de São Paulo. Boletim Geral PM nº 143, de 29 de

julho de 2002;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. RI-16 PM - Regimento

Interno do Sistema Administrativo Integrado da Polícia Militar do

Estado de São Paulo (SIADIN). Publicado no Boletim Geral PM nº 63,

de 2 de abril de 2003;

______. Polícia Militar do Estado de São Paulo. RI-25-PM - Regimento

Interno do Sistema de Saúde Mental da Polícia Militar – SisMen, de

15 de abril de 2002.

114