Sistema Digit a Is e aplicaoies

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

    CENTRO DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ELETRNICA E COMPUTAO

    Caderno Didtico - Disciplina de Sistemas Digitais A Prof. Dr. Jos Renes Pinheiro Colaboradores: Jos Eduardo Baggio

    Everton Correia de Camargo Robinson Figueredo de Camargo

    Ultima Atualizao: junho/2000

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    S U M R I O 1. Introduo ................................................................................................................ 03 2.Flip-Flops ou BI-ESTVEIS ................................................................................... 04 2.1. Latches ................................................................................................................ 04 2.1.1. Latch SR com Portas NOR .............................................................................. 05 2.1.2. Latch SR com Portas NAND............................................................................ 05 2.1.3. Latch SR com ENABLE ................................................................................. 06 2.1.4. Latch D............................................................................................................. 07 2.2. Flip-Flop ............................................................................................................... 07 2.2.1 Flip flop SR Mestre Escravo .............................................................................. 08 2.2.2. Flip flop JK Mestre Escravo ............................................................................. 09 2.2.3. Flip-Flop Edge-Triggered...................................................................................10 2.2.4. Flip-Flop JK Sensvel a Borda de Subida ..........................................................11 2.2.5. Flip-Flop T .........................................................................................................11 2.3. Entradas Assncronas ............................................................................................12 2.4. Glossrio de Flip-Flops e Registradores ...............................................................12 2.5.Aplicaes e Exerccios ........................................................................................ 13 2.6. Glossrio Consideraes prticas para Projetos Digitais ..................................... 15 2.7. Registradores ........................................................................................................ 16 2.7.1. Registradores de Deslocamentos Sncrono ................................................... 16 3. PROJETO DE CIRCUITOS SEQNCIAS ..........................................................18 3.1. Caractersticas e Estrutura de Mquinas Seqncias Sncronas ............................18 3.2. Tipos de Mquinas Seqncias ............................................................................19 3.2.1. Procedimento para Anlise de uma MSS ...........................................................20 3.3. Procedimento para Projeto para Mquinas de Estado .......................................... 27 3.4. Tabela de Estado .................................................................................................. 27 3.5. Exerccios de Diagrama de Estados ..................................................................... 29 3.6. Seleo das Variveis de Estado .......................................................................... 34 3.7. Tabela de Transio ............................................................................................. 34 3.8. Tabela de Excitao ............................................................................................. 35 3.8. Equaes de Excitao e de Sada ....................................................................... 36 3.10. Procedimento de Projeto atravs de Equaes de Estado .................................. 37 3.11. Simplificaes na Mquina de Estado ............................................................... 42 4. MEMRIAS ........................................................................................................... 49 5. CONVEROSRES A/D e D/A ................................................................................. 59 5.1. Conversor Analgico/Digital .......................................................................... 59 5.2. Conversor Digital/Analgico ...........................................................................67 7. BIBLIOGRAFIA .................... ............................................................................ 72 7. BIBLIOGRAFIA 69

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    CIRCUITOS SEQNCIAIS

    1. INTRODUO

    Os circuitos digitais at agora conhecidos pela disciplina de Circuitos Digitais eram formados por lgica combinacional, onde as sadas em qualquer instante de tempo so inteiramente dependentes das entradas presentes neste tempo. Embora todo sistema digital seja constitudo por circuitos combinacionais, muitos sistemas encontrados na prtica tambm incluem elementos de memria, estes requerem que o sistema seja descrito em termos de lgica seqncial. Um diagrama de blocos de um circuito seqncial mostrado na figura 1 abaixo. Este consiste de portas de lgica combinacional que recebem sinais binrios de entradas externas e de sadas de elementos de memria e geram sinais de sadas externas e de entradas de elementos de memria.

    Figura 1 - Diagrama de blocos de um circuito seqncial

    Um elemento de memria um dispositivo capaz de armazenar um bit de informao. A informao binria armazenada em elementos de memria pode ser mudada pelas sadas do circuito combinacional. As sadas dos elementos de memria, so ligadas nas entradas dos gatilhos no circuito combinacional. O circuito combinacional, por si mesmo, executa um processo de operao de informao especfica, parte da qual usada para determinar o valor binrio para ser armazenado em elementos de memria. As sadas dos elementos de memria so aplicados no circuito combinacional e fixam, em parte, as sadas do circuito. O processo claramente demostra que as sadas externas de um circuito so uma funo no somente das entradas externas, mas tambm do estado presente de elementos de memria.

    O prximo estado dos elementos de memria so uma funo das entradas externas e estados presentes. Assim, um circuito seqncial especificado por uma seqncia de tempo das entradas, e estados internos.

    Os circuitos seqnciais podem operar sncrona ou assincronamente.

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    Nos sistemas assncronos, as sadas dos circuitos lgicos podem mudar de

    nvel lgico, sempre que o nvel de uma ou mais deste tambm mude. Nesta disciplina sero focalizados os circuitos seqnciais sncronos.

    2. FLIP-FLOPS ou BI-ESTVEIS

    Os elementos de memria so usados em circuitos de seqncia que usam clock e so chamados de flip-flops, onde estes circuitos so clulas binrias capazes de armazenar um bit de informao. Um circuito flip-flop tem duas sadas, uma para o valor normal e uma para o valor complementar do bit armazenado neste.

    Nos sistemas sncronos, os instantes de tempo nos quais qualquer das sadas pode ser alterada, so determinados por um sinal denominado clock. Este sinal, via de regra, um trem de pulsos retangular ou uma onda quadrada. Estes circuitos tambm so chamados de bi-estveis, por possurem duas sadas estveis.

    2.1. LATCHES So circuitos bi-estveis capazes de guardar um bit de informao, assim podem ser chamados de circuitos bsicos de memria.

    2.1.1. Latch SR com portas NOR

    Figura 1 - Latch SR com portas NOR

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    Equao de estado Smbolo

    2.1.2. Latch SR com portas NAND

    Figura 2 - Latch SR com portas NAND

    .)det.(0

    )()1(

    inestRS

    SnQRnQ

    =+=+

    R Q S Q

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    Equao de estado Smbolo

    2.1.3. Latch SR com Enable

    Figura 3 - Latch SR com Enable

    2.1.4. Latch D

    Figura 5 - Latch D

    .)det.(0

    )()1(

    inestRS

    RnQSnQ

    =

    +=+

    Tabela caracterstica EN S R Q(n+1) Q(n+1) 0 X X Q (n) Q (n) 1 0 0 Q (n) Q(n) 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 ---- ----

    Smbolo

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    Equao de estado Smbolo

    Para implementarmos um latch D com enable basta substituir o lacth RS comum por um com entrada enable.

    2.2. FLIP-FLOPS

    Os sinais de sada de uma latch variam instantaneamente com a combinao de suas entradas durante o pulso alto na entrada, j em flip-flops as sadas variam somente durante a transio da entrada de controle (clk) esta transio chamada disparo ou trigger.

    Figura 6 - Circuito Digital com uso de Flip-flop

    O uso de latches em circuitos seqnciais pode causar srios problemas, uma vez que a entrada enable permanea em nvel alto, a sada dada pela combinao instantnea das entradas que so geradas por uma lgica combinacional das sadas da Latch.

    Esta realimentao pode ocasionar oscilaes no sinal de sada e como

    resultado os sinais de sada do sistema sero indeterminados. Um bom exemplo o circuito da figura 7 abaixo:

    DnQ =+ )1(

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    Figura 7 - Circuito Digital com realimentao

    Existem duas maneiras de combinarmos latches para formarmos um flip-flop. Uma combinarmos duas latches fazendo com que o estado das sadas s mude no nvel alto ou baixo da entrada de clock. Tais circuitos so chamados flip-flops mestre-escravo. Uma outra maneira produzir um flip-flop que seja disparado somente a transio do sinal de clock (0 para 1) ou (1 para zero).

    2.2.1. Flip-Flop SR Mestre -Escravo

    Figura 8 - Flip-Flop RS Mestre-Escravo Como mostra a figura 8 este flip-flop consiste de duas latches e um inversor.

    Conforme a figura acima a latch da esquerda chamada mestre e a da direita escravo. Quando a entrada de clock 1 o mestre est habilitado, portanto variaes na entrada produzem variaes na varivel intermediria Y, o escravo por sua vez est desabilitado atravs do inversor.

    Tabela caracterstica EN K J Q(n+1) 0 X X Q (n) 1 0 0 Q (n) 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 Indefinido

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    Quando a entrada clk zero o processo se inverte e o mestre que est

    desabilitado, mantendo Y e Y fixos, que por sua vez produziram as sadas do escravo Q e Q . Este tipo de combinao para se produzir um flip-flop chamado flip-flop sensvel a nvel.

    2.2.2. Flip-Flop JK Mestre -Escravo

    O flip-flop JK uma modificao realizada no "RS", visto anteriormente para evitar termos o estado proibido fazendo com que esta combinao das entradas tenha uma funo especfica, isto , o complemento da sada.

    Figura 9 - Flip-Flop JK Mestre-Escravo

    )()()1( nQKnQJnQ +=+

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    2.2.3. Flip-Flop Eddge-triggered

    Um flip-flop disparado na borda ignora o pulso de sincronismo, enquanto este possui um nvel constante e dispara somente na transio do sinal de sincronismo. Os flip-flops disparados na transio positiva (0 para 1) so ditos sensveis a borda de subida (positive edge), enquanto que os trigados a transio negativa (1 para 0) so sensveis a borda de descida (negative edge).

    A figura abaixo mostra o diagrama lgico de um flip-flop tipo D sensvel a borda de subida.

    Figura 10 - Diagrama lgico de um flip-flop tipo D sensvel a borda de subida.

    Como pode-se observar este circuito tem a mesma forma do mestre-escravo estudado anteriormente, porm a latch mestre substituda por uma tipo D e um inversor adicionado.

    Com a latch mestre do tipo D este flip-flop exibe um comportamento de disparo sensvel a borda ao invs de nvel (mestre-escravo). Quando a entrada de clock igual a zero, a latch mestre habilitada e transfere o valor da entrada D, enquanto que a latch escravo esta desabilitada fazendo com que a sada no mude.

    Quando uma transio positiva ocorre, a entrada de clock vai para 1. Isto desabilita o mestre e habilita a latch escravo para que esta transfira para a sada do flip-flop o valor do mestre. Assim o valor da sada do flip-flop o valor da entrada imediatamente anterior a transio de subida do sinal de clock. Enquanto a entrada de clock estiver em nvel alto a sada permanece inalterada, pois o mestre est desabilitado e finalmente a transio negativa (1 para 0) , o escravo desabilitado mantendo a sada constante.

    2.2.4. Flip-Flop JK Sensvel a Borda de Subida

    Figura 11 - Flip-flop tipo JK sensvel a borda de subida.

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    Equao de Estado

    2.2.5. Flip-Flop T

    A T (toggle) flip-flop muda de estado a cada pulso de clock , pode ser construdo a partir de um flip-flop tipo T ou flip-flop JK.

    Figura 12 - Flip-flop tipo T .

    2.3. Entradas Assncronas Flip-flops freqentemente possuem entradas especiais para preset ou clear da

    sada assincronamente ,isto , independentemente da entrada de clock. Tambm podem ser ativadas em nvel alto ou baixo dependendo do dispositivo

    utilizado, comercialmente existem uma grande variedade de flip-flops com entradas diretas ativadas em nvel alto ou baixo, que podem ser escolhidos convenientemente conforme a aplicao. Afigura abaixo demonstra smbolo de um flip-flops JK com entradas diretas de preset e clear ativas em nvel baixo.(CI 7474).

    2.4. Glossrio - Flip flops e Registradores Active-Low (Ativo em baixo): A entrada ou a sada de um terminal deve possuir o

    sinal LOW para estar habilitado ou ativo. Asynchronous (Assncrono): a condio em que a sada de um dispositivo troca seu

    estado instantaneamente com a mudana da entrada independente do sinal de relgio.

    Clock (relgio): Os dispositivos usam um sinal digital peridico, que altera seu estado de LOW para HIGH, constantemente.

    Combinational Logic (Lgica Combinacional): usado por muitos componentes bsicos (AND, OR, NOR, NAND) para formar funes lgicas mais complexas.

    Complement (Complemento): Estado digital oposto - 0 o complemento de 1 e vice-versa.

    Digital State (Estado digital): Nvel lgico de um circuito digital.

    )()( nQKnQJA +=

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    Disabled (Desabilitado): Condio na qual a entrada e a sada de um circuito digital no esto aptos a aceitar ou transmitir estados digitais.

    Edge Triggered (Trigado pela borda): O dispositivo digital s estar habilitado a aceitar entradas ou alterar sadas somente na borda positiva ou negativa do sinal de controle ou de relgio.

    Enabled (Habilitado): A condio na qual o circuito est apto a receber ou transmitir estados digitais.

    Flip Flop (Flip flop): Circuito capaz de armazenar nvel lgico 0 ou 1 baseado em nveis lgicos seqenciais.

    Function Table (Tabela verdade): Indica as combinaes mais importantes de entrada e sada dos estados de um dispositivo.

    Latch (latch): Capacidade de armazenar um particular estado digital. O circuito armazena o nvel lgico mesmo depois de alterada a entrada.

    Level Triggeres (nvel trigado): veja Pulse Triggered. Master-Slave (Mestre-Escravo): Dispositivo de controle constitudo de duas sees:

    seo Mestre, que recebe os dados enquanto o relgio HIGH, e a seo Escravo, que recebe os dados do Mestre quando o relgio vai a LOW.

    Negative Edge (Borda negativa): Quando a borda do relgio ou o pulso do trigger transita de HIGH para LOW.

    Noise (Rudo): Qualquer flutuao na tenso geradora momento de chaveamento, cargas eletrostticas podem causam irregularidades nos nveis das tenses: HIGH e LOW de um sinal digital. Pode provocar erros nas leituras dos nveis lgicos.

    Octal (ctuplo): Um grupo de oito. Um flip flop octal constitudo de 8 flip flops em um encapsulamento.

    Positive Edge (Borda positiva): Quando a borda do relgio ou pulso de trigger transita de LOW para HIGH.

    Pulse Triggered (Pulso trigado): O termo se d ao dispositivo digital que pode aceitar pulsos de entrada durante os sinais de controle ou de relgio.

    Register (Registrador): Grupo de flip flops ou latches que so usados para armazenar palavras binrias e so controlados por um relgio ou sinal de controle comum.

    Reset (Reset): A condio que produz o estado digital LOW. Sequential Logic (Lgica Seqencial): Circuito digital que envolve o uso de

    seqncias d pulso de tempo em conjunto com dispositivos de armazenamento como flip flops e latches e CIs funcionais como contadores ou registradores de deslocamento.

    Set (Seta): A condio que produz o estado digital HIGH. Setup Time (Tempo de Setup): Tempo durao da borda ativa do pulso de trigger

    (sinal de controle), necessrio para estabilizar o sinal de entrada do dispositivo digital.

    Store Register (Registro de armazenamento): Dois ou mais circuitos de armazenamento de daos (como flip flops ou latches) usados em conjunto para armazenar bits de informaes.

    Strobe Gates (Componentes de controle): Um componente de controle usado para habilitar ou desabilitar entradas ou sadas de um dispositivo digital particular.

    Synchronous (Sncrono): A condio na qual a sada de um dispositivo operar somente em sincronismo com um pulso especfico ou sinal de trigger - HIGH ou LOW.

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    Toggle (Troca): Em um flip flop, toggle quando o nvel lgico Q muda para Q e Q muda para Q.

    Transition (Trnsito): Instante da transio do estado digital HIGH para LOW ou LOW para HIGH.

    Transparent Latch (Latch transparente): Dispositivo assncrono no qual as sadas armazenaro os estados mais recentes das entradas. A sada imediatamente segue os estados das entradas sem esperar a chegada do pulso de trigger e mantm os estados mesmo depois das entradas serem removidas ou desabilitadas.

    Trigger (Disparo): O sinal de controle de entrada de um dispositivo digital usado para especificar o instante em que o dispositivo aceita as entradas ou muda as sadas.

    2.5. Aplicaes e Exerccios

    2.5.1. Uso do flip flop octal do tipo D em uma aplicao com Microcontrolador Muitos dos latches e flip-flops bsicos esto disponveis em CIs octais. Nesta configurao, esto oito latches ou flip flops em um simples encapsulamento. Se todos os oitos latches ou flip flops so controlados por um relgio comum, isto chamado de registrador de 8 bits. Um exemplo de registrador de 8 bits a base de flip flops o CMOS 74HCT273 de alta velocidade (disponvel nas famlias TTL LS e S). O 74273 contm 8 flip flops do tipo D, todos controlados com por um relgio comum (Cp) trigados pela borda. Na borda positiva do Cp, os 8 bits de dados de D0 a D7 so controlados nos 8 D flip flops e a sada de Q0 a Q7. O 74273 possui um reset mestre ( M r ) ativo em baixo (LOW), o qual proporciona um reset assncrono para todos os flip flops. Uma aplicao do 74273 D flip flop mostrada abaixo. usado um registrador update e hold. A cada 10s ele recebe um pulso de relgio do microcontrolador 68HC11 da Motorola. Os dados esto em D0 - D7 e a cada borda positiva do relgio so dirigidos para os registradores e sadas Q0 - Q7.

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    O sensor de temperatura analgico usado para fornecer uma tenso de sada proporcional temperatura em graus centgrados. O microcontrolador 68HC11 tem a capacidade de ler valores de tenso analgica e converter em valor digital equivalente. O software do microcontrolador converte a palavra digital em cdigo BCD de sada para o mostrador. A sada BCD do 68HC11 est em constante atualizao de acordo com as flutuaes da temperatura. Uma maneira de estabilizar essas flutuaes dos dados o uso de um registrador controlado, como o 74HCT273. O registrador s envia os dados para a sada a cada 10s, facilitando assim a leitura. Exerccio 10-2: Usando a ferramenta da Xilinx desenhe a forma de onda da sada Q

    para um S-R flip flop. G S R Q Exerccio 10-15: O smbolo lgico de meio flip flop dual tipo D 7474, apresentado na figura abaixo:

    a) Usando a ferramenta da Xilinx, desenhe a sada Q com as entradas indicadas no diagrama.

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    2.6. Glossrio - Consideraes Prticas para Projetos Digitais Duty Cycle: (Razo Cclica): A razo entre a durao de tempo em que a onda peridica HIGH pelo perodo total da onda. Float (flutuao): A condio na qual a entrada ou a sada em um circuito no nem HIGH nem LOW devido ao fato de no estar conectado diretamente a um nvel de tenso high ou low. Hold Time (Tempo de espera): A durao de tempo, depois da borda do clock estar ativa, que deve ser respeitado at que os dados estejam seguros para o seu reconhecimento. Hystetesis (Histerese): Em digitais, especialmente nos CIs Schmitt triggers, Histerese a diferena de tenso entre o nvel positivo de chaveamento e o nvel negativo de chaveamento. Jitter: Termo usado em eletrnica digital para descrever formas de onda que possuem algum grau de rudo eletrnico, causando rudo na subida e queda entre e durante a transmisso do nvel. Power-Up: Termo usado para descrever o evento ou estado inicial quando se liga um CI ou sistema digital Pull_Down Resistor: Resistor com uma terminao ligada a LOW e a outra conectada na entrada ou sada de uma linha, tal que, quando a linha est flutuando, a tenso nesta linha ser instantaneamente colocada no estado LOW. Pull_Up Resistor: Resistor com uma terminao ligada a HIGH e a outra conectada na entrada ou sada de uma linha, tal que, quando a linha est flutuando, a tenso nesta linha ser instantaneamente colocada no estado HIGH. Race Condition: A condio na qual o nvel digital (1 ou 0) est mudando de estado no mesmo instante em que a borda de clock de um dispositivo sncrono, faz com que o nvel do sinal de entrada neste tempo seje indeterminado. SPST Switch (Chave SPST): Abreviao de polo simples, polo throw. Uma chave SPST usada para fazer ou interromper o contato com uma linha eltrica simples.

    2.6. REGISTRADORES

    Grupo de flip flops que tem por funo armazenar bits. 1 flip flop armazena 1 bit n flip flops armazenam n bits

    2.6.1. Registradores de Deslocamentos Sncronos Funo: Deslocamento da informao contida para a esquerda ou para a direita. Aplicao: - Transmisso Serial - Converso srie paralela

    - Multiplicao e Diviso por 2 Diagrama Lgico de um registrador de deslocamento universal.

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    Funo de Entrada dos Flip flops: DA0 = ILSL + X0P + A1SR DA1 = A0SL + X1P + A2SR DA2 = A1SL + X2P + A3SR DA3 = A2SL + X3P + IRSR Pode ser acrescentado algo dos livros.

    Introduo: Registradores so necessrios em sistemas digitais para armazenar temporariamente um grupo de bits. Bits de dados (1s ou 0s) necessitam em sistemas digitais ser temporariamente copiados, movidos, deslocados para a direita, deslocados para a esquerda uma ou mais posies. Um registrador de deslocamento facilita a manipulao desses bits de dados. Muitos registradores de deslocamento podem lidar com movimento paralelo de bits, assim como movimento serial, e podem ser usados para a converso paralela e serial paralela. Tipos de Registradores de Deslocamento: Converso paralela para serial Registrador Recirculante Converso serial para paralela Contador em anel e Contador Johnson Shiff

    Registrador de deslocamento 74164 8 bits entrada serial, sada paralela. O 74164 possue duas entradas seriais (DSa e DSp), lidas em sincronismo com a

    borda positiva do clock (CP). Cada borda do pulso positivo deslocar os bits de dados

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    uma posio para a direita. O MR ativo em LOW, isto , ele reseta todos os flip flops quando possui pulso LOW.

    Exerccio: Montar o circuito com a ferramenta Xilinx usando o diagrama lgico e desenhe a forma de onda para uma converso de serial para paralela do nmero binrio 11010010 usando o 74161, usando os seguintes sinais.

    MR

    Clk 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Strobe

    Cp 1 2 3 4 5 6 7 8

    DSb 1 1 0 1 0 0 1 0

    3. Anlise de Circuitos Seqnciais

    3.1. Caractersticas e Estrutura das Mquinas Seqncias Sncronas

    Um circuito seqencial caracteriza-se por ter a sua sada, ou uma amostra da

    sada, realimentada para a entrada.

    Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7

    Das Dsb Cp

    MR

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    Figura 1 - Diagrama de blocos de um sistema seqencial.

    Em outras palavras isto quer dizer que a prxima sada de uma mquina

    seqencial depende das entradas atuais e da sada atual desta mquina seqencial. A figura1 mostra um diagrama caracterstico de um sistema seqencial.

    Nos circuitos seqenciais podemos encontrar duas diferenas com relao a figura acima: 1) A lgica de sada pode no existir. Neste caso a sada da mquina seqencial o Estado Atual que corresponde a sadas dos flip-flops ou memria. 2) A sada tambm funo das entradas e no funo nica e exclusiva do estado atual.

    A estrutura de uma mquina seqncial ( ou de estados) dividida em blocos de lgica combinacional e de elementos de memria (flip-flops). Os blocos combinacionais por sua vez geram os sinais de sada e as funes de entrada (ou excitao) para os blocos de memria que fornecero o prximo estado da mquina.

    As mquinas de estado podem ser classificadas em dois tipos, conforme a gerao das sadas, Mquina de Mealy e Mquina de Moore.

    3.2. Tipos de Mquinas Seqenciais Quando a sada de uma mquina seqencial funo apenas do estado atual esta mquina chamada de Moore, e quando a sada funo das entradas e do estado atual a mquina chamada de Mealy.

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    As mquinas de Moore podem ser representadas por diagramas de estado onde um crculo representa o estado atual, e uma seta representa a transio entre dois estados (atual e futuro). Neste caso, dentro de cada crculo, que representa o estado, coloca-se uma letra ou nmero que identifique o estado e o valor das sadas correspondentes a este estado, e em cada flecha que representa uma transio, coloca-se o valor das entradas do circuito.

    As mquinas de Mealy podem ser representadas por diagramas de estado onde um circulo representa o estado atual, e uma seta representa a transio entre dois estados (atual e futuro). Neste caso dentro de cada crculo, que representa o estado, coloca-se uma letra ou nmero que identifique o estado, e em cada flecha, que representa uma transio, coloca-se o valor das entradas e das sadas. Com estas mquinas seqenciais sncronas (MSS) possvel fazer contadores de qualquer seqncia, inclusive contadores tipo up/down, que contam incrementando ou decrementando. Neste tipo de contador uma entrada indica o sentido correto de contagem. Na figura 2, abaixo podemos ver o diagrama de estados para um contador up/down de 2 bits.

    Figura 2 - Diagrama de estados para um contador up/down

    Diagrama de estados de um contador up/down de 2 bits. ud uma entrada

    que determina o sentido da contagem. Repare que cada estado da MSS est associado a sada dos flip-flops. Apesar disto os nomes dos estados poderiam ser qualquer nmero ou letra.

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    Neste exemplo, apenas como funo mnemnica, o nome dos estados e o

    valor de sada do contador so os mesmos. No caso de contadores os estados costumam no ter nomes ficando definido apenas pelas sadas dos flip-flops. Na prtica podemos projetar mquinas com conjuntos de sadas Mealy e Moore, porm esta distino necessria em projetos com dispositivos de lgica programvel. O bloco de memria de estado pode ser construdo com qualquer dos flip-flops estudados no captulo 2.

    3.2.1. Procedimento para Anlise de uma MSS Considere a definio formal abaixo PE = F (EA,X) Z = G (EA,X) ou Z = G (EA) Onde: PE prximo estado EA estado atual X entradas Z sadas

    Lembrando que o conceito de estado implica no conhecimento do passado do

    circuito. A anlise de mquinas de estado pode ser dividida em trs passos bsicos. 1) Identificar as funes de prximo estado e sada F e S, respectivamente. 2) Atravs de F, G e da equao de estado do flip-flop usado no bloco de

    memria, montar a tabela de estado que especifica completamente o prximo estado e sadas do circuito para qualquer possvel combinao de estado atual e entradas.

    3) Opcionalmente o diagrama de estado pode ser construdo. Este diagrama

    fornece a mesma informao da tabela de estado em uma forma grfica, conforme figura 3.

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    Figura 3 - Tabela de estado em forma grfica

    As equaes de entrada ou excitao so dadas por:

    Para o flip-flop tipo D temos que as equaes de estado ou transio so dadas

    por:

    Assim podemos montar a tabela de transio do bloco de memria como:

    EA PE/EN=0 PE/EN=1 Qo Q1 Qo(n+1) Q1(n+1) Qo(n+1) Q1(n+1) 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0

    ENQoENQoDo +=

    ENQoQENQoQENQD ++= 1111

    ENnQoENnQoDonQo +==+ )()()1(

    ENnQonQENnQonQENnQDnQ ++==+ )()(1)()(1)(11)1(1

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    A equao de sada dada por : MAX = Q1QoEN E finalmente a tabela de estado que fornecer o comportamento do sistema

    seqncial obtida convencionalmente chamando os estados atuais por letras como: A para Qo(n) +0 e Q1(0) = 0, B para 0 1,C para 1 0 , D para 1 1.

    EA PE Z ----------- EN=0 EN=1 ------------ A A B 0 B B C 0 C C D 0 D D A 1

    Para termos uma representao grfica podemos construir o diagrama de

    estados. A flecha entre um estado e outro representa uma transio do sinal de clock, enquanto que os valores das entradas e sadas so representados ao lado de cada transio no formato Entrada/Sada.

    Assim o diagrama de estados para o exemplo proposto dado na figura 4:

    Figura 4 - Diagrama de Estados

    Como podemos observar a mquina de estado proposta foi construda com

    arquitetura Mealy. O diagrama da figura 5 abaixo, mostra a representao de uma mquina similar com arquitetura Moore, onde dentro de cada estado temos o fator de sada.

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    Figura 5 - Diagrama da Mquina de Moore

    Portanto uma anlise completa de um sistema seqncial engloba os seguintes

    passos: 1) Determinar as equaes de excitao para as entradas de controle dos flip-

    flops.

    2) Substitua as equaes de excitao nas equaes caractersticas (ou de estado) dos flip-flops para obter as equaes de transio.

    3) Construa a tabela de transio com as equaes de transio.

    4) Determine as equaes de sada.

    5) Adicionar os valores de sada tabela de transio, para cada estado

    (Moore) ou estado/entrada (Mealy) criando a tabela de estado. Opcionalmente pode-se dar nomes aos estados ao invs do cdigo binrio das sadas dos flip-flops.

    6) Desenhe o diagrama de estado.

    A figura 6, mostra uma mquina de estados com flip-flops JK.

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    Figura 6 - Mquina de estados com flip-flops JK. O procedimento para anlise o mesmo s lembrando que agora a equao

    caracterstica do flip-flop :

    1) EQUAES DE EXCITAO

    2) EQUAES DE TRANSIO

    )()()1( nQKnQJnQ +=+

    YXJo =

    1QYYXKo +=

    YQoXJ +=1

    QoYXQoYK +=1

    QoKoQoJnQo +=+ )1(

    QoQYYXQoYXnQo ++=+ )1()1(

    QoQYYXQoYXnQo +=+ )1()1(

    QoQYYXQoYXnQo +++=+ )1)(()1(

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    3) EQUAES DE SADA

    4) TABELA DE TRANSIO

    EA PE / Sada Entradas X Y Q1(n) Qo(n) 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0 /0 1 0 /1 0 1 /0 1 0 /1 0 1 0 1 /0 1 1 /0 1 0 /0 1 1 /0 1 0 1 0 /0 0 0 /0 1 1 /0 0 0 /0 1 1 1 1 /0 1 0 /0 0 0 /1 1 0 /1

    X Y Q1(n) Qo(n) J1 K1 Jo Ko Q1(n+1) Qo(n+1) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 (1) 0

    QoQYQoQXQoYXQoYXnQo +++=+ 11)1(

    QonQYQonQXnQoYXnQoYXnQo +++=+ )(1)(1)()()1(

    11)(11)1(1 QKnQJnQ +=+

    1))(()(1)()1(1 QQoYXnQoYnQYQoXnQ +++=+

    QoQYQoQXQoQYQYXQYQoQXnQ +++++=+ 111111)1(1

    QoQYQoQXZ += 11

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    QoYXQoYK +=1

    5) TABELA DE ESTADO PARA : A= 0 0 ; B= 0 1 ;C= 1 0;D= 1 1

    EA PE / Z Entradas X Y 0 0 0 1 1 0 1 1 A A /0 C /1 B /0 C /1 B B /0 D /0 C /0 D /0 C C /0 A /0 D /0 A /0 D D /0 C /0 A /1 C /1

    Figura 7 - Diagrama da Mquina de estado

    QoQYQoQXQoQYQYXQYQoQXQ +++++= 111111*1

    QoQYQoQXQoYXQoYXQo +++= 11*

    YQoXJ +=1

    YXJo =

    1QYYXKo +=

    J K Q* 0 0 Q 0 1 0 1 0 1 1 1 Q

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    3.3. PROCEDIMENTO PARA PROJETO DE MQUINAS DE ESTADO

    Os passos para projeto de uma MSS tem incio em uma descrio ou especificao de trabalho e ordem inversa ao procedimento de anlise estudado no captulo anterior, como: 1) Construa a tabela e/ou diagrama de estados utilizando a descrio ou

    especificao de trabalho desejada ao sistema digital. 2) Se possvel minimize o nmero de estados na tabela de estados. 3) Selecione um conjunto de variveis de estados [Qx(n),Qx(n+1)] e

    relacionando as combinaes destas com os estados da tabela de estados. 4) Substitua as combinaes das variveis das variveis de estado na tabela de

    estados para criar a tabela de transio, que mostra a prxima combinao desejada para a varivel de estado e para cada combinao da entrada.

    5) Escolha um tipo de flip-flop para a memria de estado. 6) Construa a tabela de excitao que mostra os valores de excitao em

    funo das entradas e estados atuais. 7) Calcule as equaes de excitao que satisfazem a tabela de excitao

    (mapas de Karnaught ou outro mtodo de simplificao. 8) Desenhe o diagrama lgico do circuito

    3.4. TABELA DE ESTADO

    Existem vrias maneiras de descrever uma mquina de estado, como mapas ASM(Assembler) e linguagem de descrio de mquina de estados que especifica indiretamente a tabela de estado. Porm aqui estudaremos apenas tabelas que especificam diretamente o funcionamento da mquina.

    A construo da tabela de estado ou diagrama de estado parte de uma especificao ou descrio de trabalho, portanto utilizaremos um exemplo para descrever o procedimento.

    Exemplo1: Seja uma mquina seqncial que receba atravs de um par de

    fios uma seqncia de pulsos e sinalize com nvel lgico "1" sempre que os trs ltimos bits forem 1. (OBS.: O clock da mquina e da transmisso serial so iguais)

    Figura 8 - Mquina Seqncial

    A figura 9, mostra o diagrama de estados a) por Moore e b) por Mealy

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    Figura 9 - Diagrama de estados a) por Moore e b) por Mealy

    Claramente observando os diagramas de estado observamos que por

    Mealy possvel obtermos uma reduo no nmero de estados, porm em alguns casos a caracterstica assncrona das sadas Mealy pode trazer problemas. Nas tabelas abaixo so mostrados os estados para ambos os diagramas acima representados para o exemplo1.

    EA PE / Z Z X = 0 X = 1 A A B 0 B A C 0 C A D 0 D A D 1

    (a) Tabela para Moore

    EA PE / Z X = 0 X = 1 A A /0 B /0 B A /0 C /0 C A /0 C /1

    (b) Tabela para Mealy

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    3.5. EXERCCIOS DE DIAGRAMA DE ESTADOS Exerccio 1 Projete um circuito sequencial observando o diagrama de estados e atribuio. Use a tabela de estado reduzida, com atribuio binria - Atribuio 1. Use flip flop JK. Apresentar o circuito lgico. Tabela de Excitao do flip flop JK

    Q(t) Q(t+1) J K 0 0 0 X 0 1 1 X 1 0 X 1 1 1 X 0

    Tabela de Atribuies de Estados Binrios reduzido

    Estados Atribuio 1

    Atribuio 2

    a 001 000 b 010 010 c 011 011 d 100 101 e 101 111

    Diagrama de Estado da Atribuio 1

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    Tabela de Excitao - Atribuio 1

    Est. Atual Ent. Prx.Estado Sada do Circ. Comb. - Ent. FFs Sada

    A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y 0 0 1 0 0 0 1 0 X 0 X X 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 X 1 X X 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0 0 1 0 1 1 0 0 1 X X 1 0 X 0 0 1 1 0 0 0 1 0 X X 1 X 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 X X 1 X 1 0 1 0 0 0 1 0 1 X 0 0 X 1 X 0 1 0 0 1 1 0 0 X 0 0 X 0 X 1 1 0 1 0 0 0 1 X 1 0 X X 0 0 1 0 1 1 1 0 0 X 0 0 X X 1 1

    Mapas de Karnaught - Funes de entrada e sada

    CX CX CX JA 00 01 11 10 KA 00 01 11 10 JB 00 01 11 10 00 X X 00 X X X X 00 X X 1

    AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X 11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X 10 X X X X 10 1 10

    JA = BX KA = C X JB = A X

    CX CX CX KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10 00 X X X X 00 X X X X 00 X X 1

    AB 01 1 1 1 AB 01 1 X X AB 01 X X 1 11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X 10 X X X X 10 1 X X 10 X X 1

    KB = C + X JC = x KC = X

    CX Y 00 01 11 10 00 X X

    AB 01 11 X X X X 10 1 1

    Y = AX Desenhe o diagrama lgico do circuito 1:

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    Exerccio 2 Repetir o exerccio nmero 1 com Atribuio 2. Apresentar o circuito lgico. Diagrama de Estado da Atribuio 2

    Tabela de Excitao - Atribuio 2

    Est. Atual Ent. Prx.Estado Sada do Circ. Comb. - Ent. FFs Sada A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y 0 0 0 0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 0 0 0 0 1 0 1 0 0 X 1 X 0 X 0 0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0 0 1 0 1 1 0 1 1 X X 1 1 X 0 0 1 1 0 0 0 0 0 X X 1 X 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 X X 1 X 0 0 1 0 1 0 1 1 1 X 0 1 X X 0 0 1 0 1 1 1 0 1 X 0 0 X X 0 1 1 1 1 0 0 0 0 X 1 X 1 X 1 0 1 1 1 1 1 0 1 X 0 X 1 X 0 1

    Mapas de Karnaught - Funes de entrada e sada

    CX CX CX JA 00 01 11 10 K

    A 00 01 11 10 JB 00 01 11 10

    00 X X 00 X X X X 00 1 X X AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X

    11 X X 11 X X 1 11 X X X X 10 X X X X 10 X X 10 X X 1

    JA = B + CX KA = B x JB = C X

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    CX CX CX KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10 00 X X X X 00 X X 00 X X X X

    AB 01 1 1 1 AB 01 1 1 X X AB 01 X X 1 11 X X 1 1 11 X X X X 11 X X 1 10 X X X X 10 X X X X 10 X X

    KB = X + C JC = B KC = x

    CX Y 00 01 11 10 00 X X

    AB 01 11 X X 1 10 X X 1

    Y = AX Desenhe o diagrama lgico do circuito 2: Exemplo 3: Um somador completo, conforme figura abaixo, recebe duas entradas externas X e Y, a terceira entrada Z vem de uma sada de um flip flop D. A sada carry (vai-um) transferida para o flip flop a cada pulso de clock. A sada externa S resulta da soma de X, Y e Z. Assuma que X e Y varie aps a transio de descida do pulso de clock.

    Somador Completo

    Q D

    C

    X

    Y

    Z C

    S

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    Exemplo 4: Projete um circuito sequencial com dois flip flops e uma entrada. Quando a entrada for igual a 1, a sada do flip flop repete a seqncia 00, 01, 10. Quando a entrada for igual a zero, eles repetem as seguintes seqncias: 11,10,01. Projete o circuito com:

    a) Flip flop tipo T b) Flip Flop tipo D

    Exemplo 5: Projete um circuito com um flip flop e duas entradas conforme mostrado no diagrama de temporizao abaixo. A sada do flip flop setada quando A=1 e B=0, e limpada quando A=1 e B=1 e deixada no mesmo estado nos outros casos. Exemplo 6: Projete um circuito seqencial cujo diagrama de estados dado. Use flip flops tipo RS.

    0 1

    11/ 0

    00 / 1

    00 / 0 01 / 1 10 / 1

    01 / 0 10 / 0 11 / 1

    Clock

    A

    B

    Q

    t

    t

    t

    t

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    3.6. SELEO DAS VARIVEIS DE ESTADO A seleo das variveis de estado consistem em determinarmos o cdigo binrio de cada estado que ser formado pelas sadas dos flip-flops. Ambos os exemplos 1(a) e 1(b) necessitam no mnimo de 2 flip-flops para que possamos representar todos os estados, pois temos combinaes possveis ( onde n o nmero de flipflops). Convenientemente podemos selecionar um outro tipo de cdigo para os estados utilizando mais flip-flops, isto resultar em um nmero menor de portas para gerarmos os sinais de excitao dos flip-flops (equao de excitao menor). A tabela abaixo mostra alguns cdigos usuais onde o projetista deve escolher conforme a necessidade e aplicao.

    Estados BCD One-Hot Quase One-Hot A 0 0 0 0 0 1 0 0 0 B 0 1 0 0 1 0 0 0 1 C 1 0 0 1 0 0 0 1 0 D 1 1 1 0 0 0 1 0 0

    Como pode ser observado os cdigos da terceira e quarta coluna da tabela exigem um nmero maior que o mnimo expressado na segunda coluna, porm estes resultaram em um nmero menor de portas para construir a equao de excitao. A diferena entre os cdigos ONE-HOT e QUASE ONE-HOT est no estado inicial "A", para nosso circuito, pois a inicializao do sistema facilmente obtida atravs das entradas diretas de clear (000) e preset (111) dos flip-flops. Em alguns casos o nmero de estados menor que o nmero de combinaes possveis das sadas dos flip-flops , com isto existiro estados no usados (ou ilegais) como exemplo 1(b) por Mealy. Nestes casos existem duas aproximaes:

    - Mnimo risco - Esta aproximao assume que o sistema pode ir para um estado ilegal por motivo de falha no hardware, ou uma entrada insperada ou erro no projeto, Ento todas as combinaes no usadas so identificadas e se caso qualquer destas ocorrerem imediatamente o sistema ser levado ao estado inicial ou qualquer estado de segurana.

    - Mnimo custo - esta aproximao assume que a mquina de estados jamais encontrar um estado ilegal, com isto as combinaes no utilizadas podem ser indicadas como "tanto faz" (X) na tabela de transio e assim resultando em simplificaes nas equaes de excitao. Por outro lado caso um estado ilegal ocorra um comportamento indefinido surgir.

    3.7. TABELA DE TRANSIO Para construirmos a tabela de transio basta substituirmos os nomes dos estados pelas combinaes escolhidas para as variveis de estados como mostram as tabelas a) e b) para os exemplos 1(a) e 1(b) respectivamente.

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    EA PE / Z Z X = 0 X = 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1

    (a) Mquina de Moore

    EA PE / Z X = 0 X = 1 0 0 0 0 /0 0 1 /0 0 1 0 0 /0 1 0 /0 1 0 0 0 /0 1 1 /1

    (a) Mquina de Mealy (b)

    3.8. TABELA DE EXCITAO Estando com a tabela de transio concluda o prximo passo escolher o tipo de flip- -flop a ser usado e montar a tabela de excitao que na verdade a tabela de transio acrescida dos sinais de entrada dos flip-flops necessrios para que o prximo estado seja alcanado no prximo disparo (trigger). As tabelas a) e b) abaixo ilustram o procedimento para nosso exemplo1, utilizando flip-flops do tipo JK e D, respectivamente.

    X Y Q1(n) Qo(n) J1 K1 Jo Ko Q1(n+1) Qo(n+1) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 (1) 0

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    3.9. EQUAES DE EXCITAO E DE SADA Agora utilizando mapas de Karnaught ou outro mtodo de simplificao podemos retirar as equaes de excitao atravs das tabelas de excitao. J1 K1 Jo Ko Exemplo 1b D1 Do

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    3.10. Procedimento de Projeto atravs das Equaes de Estado

    Uma outra maneira para projeto de um circuito seqencial, consiste em retirar--se as equaes de excitao diretamente das equaes de estado. Ao contrrio do mtodo grfico atravs da tabela de excitao, vista anteriormente, no mtodo de projeto por equaes de estado as equaes de excitao so obtidas analiticamente atravs da equao caracterstica do flip-flop utilizado no projeto. Portanto neste mtodo o ponto inicial para o projeto so as equaes de estado que o descrevem, estas equaes por sua vez contem a mesma informao que a tabela de estado.

    Exemplo1 - Projete um circuito seqencial que tenha um comportamento

    descrito pelas equaes de estado abaixo:

    Como pode-se observar as equaes descrevem o comportamento de um circuito com quatro flip-flops (A,B,C e D). Este circuito chamado de registrador de deslocamento realimento do (feedback shift-register). Onde, a cada transio do sinal de CLK, cada flip-flop desloca seu contedo para o prximo flip-flop e o estado de determinados flip-flops determinaro o estado do primeiro flip-flop. Neste tipo de procedimento a utilizao de flip-flop tipo "D" conveniente, pois a equao caracterstica (1), implica que as equaes de excitao so iguais as equaes de estado.

    Equao caracterstica do flip-flop "D"

    Portanto para o exemplo temos:

    DCDCnA QQQQQ +=+1

    AnB QQ =+1

    BnC QQ =+1

    CnD QQ =+1

    DQn =+1

    DCDCDA +=

    ADB =

    BDC =

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    E o circuito fica:

    Exemplo 2 - Projete um circuito seqencial com flip-flop JK que satisfaa as seguintes equaes:

    Agora com um flip-flop tipo JK necessrio a realizao de um processo de casamento entre as equaes de estado acima com a equao caracterstica do flip-flop "JK" abaixo:

    equao do flip-flop JK

    CDD =

    DCAACDCBACDBAAn +++=+1

    CBADCCAB n ++=+1

    BC n =+1

    DD n =+1

    QKQJQ n +=+1

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    O processo de casamento consiste em arranjar e manipular as equaes de

    estado para que estas fiquem no formato da equao caracterstica. Assim podemos extrair as equaes de excitao J e K. Desta forma temos

    - Para o flip-flop A

    - Para o flip-flop B

    ADCCDACBCDBAn +++=+ )()(1

    )1( +=+= DCBCBCDBJA

    CBJA =

    )()( DCDCDCCDKA ++=+=

    CDDCKA +=

    CBABBDCCAB n +++=+ )()(1

    CBADBCDCBBCACBAB n ++++=+1

    BCADCCABDCCAB n ++++=+ )()(1

    DCCAJB +=

    )()()( CADCCACADCCAKB +++=++=

    )( DCAKB +=

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    - Para o flip-flop C

    - Para o flip-flop D

    Logo:

    Exemplo 3 - Resolva o exemplo 1a pelo mtodo de equaes de estado.

    Tabela de Estado

    X EA PE Z Q1 Q0 Q1(n+1) Q0(n+1) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    BCCBCCBBC n +=+==+ )(1

    BJC =

    BKC =

    DDDD n +==+ 011

    1== DD KJ

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    Equaes de Estado

    X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1

    X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1

    Aplicando o mtodo de casamento para o flip-flop JK, temos:

    11

    +nQ

    101

    1 QXQXQ n +=+

    10

    +nQ

    101

    0 QXQXQ n +=+

    101

    1 QXQXQ n +=+

    11101

    1 )( QXQQQXQ n ++=+

    110101

    1 QXQQXQQXQ n ++=+

    10101

    1 )( QXQXQQXQ n ++=+

    01 QXJ =

    )1( 001 +=+= QXXXQK

    XK =1

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    3.11. Simplificaes na Mquina de Estados Na maioria das vezes o diagrama de estados pode ser simplificado, pois muitos estados ou so idnticos ou so equivalentes. Um estado dito idntico quando conduz aos mesmos prximos estados, e produz as mesmas sadas. No exemplo 3.1, a simplificao de estados redundantes foi deita pela eliminao direta de estados idnticos. Exemplo 3.1: Simplifique a tabela 1.1. Na tabela 1.1, que representa uma MSS, os estados B e D so idnticos. Neste caso, esta tabela pode ser reescrita substituindo-se a letra D pela letra B.

    Tabela 1.1: Tabela da verdade para o exemplo 3.1.

    E.A P.E. P.E. - X=0 X=1 A B/0 C/1 B C/0 A/1 C D/1 B/0 D C/0 A/1 E D/0 C/1

    Fazendo-se as substituies necessrias na tabela 1.1 (os estados D so trocados pelo estado B) ainda existem estados idnticos como podemos perceber na tabela 1.2. O estados A e E podem ser condensados em um nico estado A.

    Tabela 1.2: Tabela da verdade j simplificada para o exemplo 1.3.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1 A B/0 C/1 B C/0 A/1 C B/1 B/0 E B/0 C/1

    101

    0 QXQXQ n +=+

    )( 001010 QQQXQXQ n ++=+

    )0101010 QXQQQXQXQ n ++=+

    0101

    0 )1( QQXQXQXQ n ++=+

    )11(10 ++= = QXXQXJ

    XJ =0

    10 XQK =

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    Finalmente no h mais o que simplificar. A MSS original que possuia cinco estados e necessitaria de trs flip-flops para ser implementada, ficou com apenas trs estados, necessitando de apenas dois flip-flops. A tabela 1.3 corresponde a tabela 1.51simplificada ao mximo. Tabela 1.3: Tabela da verdade do exemplo 3.1. simplificada ao mximo.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1 A B/0 C/1 B C/0 A/1 C B/1 B/0

    Note que na tabela 1.1. no foi possvel identificar a igualdade entre os estados A e E. Algumas vezes isto acontece de tal forma que no possvel reconhecer estados iguais pela simples anlise visual das tabelas da verdade. Nestes casos pode ser utilizada a tcnica da partio para se efetuar a simplificao destas tabelas.

    Nesta tcnica, todos os estados que conduzem as mesmas sadas so agrupados em classes iguais. O nome dos novos estados ser formado pelo seu nome original e um nmero que indica a classe a qual pertence este estado. A partir deste ponto, sempre que estados de uma mesma classe conduzirem a prximos estados em classes diferentes, estes estados atuais sero divididos em outras classes. Este procedimento repetido at que no existam mais classes a serem criadas.

    Exemplo 3.1: Simplifique a tabela 1.4 usando partio.

    Tabela 1.4: Tabela da verdade de uma MSS hipottica.

    E.A. P.E. P.E. Z Z - X=0 X=1 X=0 X=1 A B C 0 0 B D E 0 0 C G E 0 0 D H F 0 0 E G A 0 0 F G A 1 0 G D C 0 0 H H A 0 0

    A principio todos os estados fazem parte da classe 1. O estado F, porm, possui sada diferente dos demais, portanto vai formar a classe 2.

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    E.A. P.E. X=0 P.E. X=1 A1 B1 C1 B1 D1 E1 C1 G1 E1 D1 H1 F2 E1 G1 A1 F2 G1 A1 G1 D1 C1 H1 H1 A1

    Como F2 faz parte da classe 2, a classe 2 ser formada apenas pelo estado F2 at o fim da simplificao. Na classe 1, D1 conduz a estados de diferentes classes (com relao aos demais estados da classe 1) ento far parte da classe 3.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1

    A1 B1 C1 B1 D3 E1 C1 G1 E1 D3 H1 F2 E1 G1 A1 F2 G1 A1 G1 D3 C1 H1 H1 A1

    Como D3 o nico elemento da classe 3, a classe 3 ser formada apenas por D3 at o fim da simplificao. Mas na classe 1, B1 e G1 conduzem a prximos estados da classe 3 e 1 nesta ordem ao passo que A1, C1, E1 e H1 conduzem a estados da classe 1 e 1. Logo B1 e G1 faro parte da classe 4.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1

    A1 B4 C1 B4 D3 E1 C1 G4 E1 D3 H1 F2 E1 G4 A1 F2 G4 A1 G4 D3 C1 H1 H1 A1

    Como B4 e G4 formam a classe 4, a classe 4 ser formada apenas por B4 e G4. Porm nota-se que A1, C1 e E1 conduz a classes diferentes de H1 o que implica na criao da classe 5 para A1, C1 e E1.

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    E.A. P.E. P.E.

    - X=0 X=1 A5 B4 C5 B4 D3 E5 C5 G4 E5 D3 H1 F2 E5 G4 A5 F2 G4 A5 G4 D3 C5 H1 H1 A5

    Nesta fase da simplificao no h mais o que mudar. Todos os estados de uma mesma classe conduzem a estados de classes iguais. Logo, todos os estados que pertencem a uma mesma classe so estados semelhantes e sero agrupados juntos. Ento retomaremos a tabela 1.8 substituindo seus estados por: Estados A, C e E sero representados por a Estados B e G sero representados por b Estado D ser representado por c Estado F ser representado por d Estado H ser representado por e Desta forma obteremos a simplificao da tabela 1.4 (tabela 1.6).

    Tabela 1.6: Tabela da verdade 1.4 simplificada ao mximo.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1 a b/0 a/0 b c/0 a/0 c e/0 d/0 d b/1 a/0 e e/0 a/0

    Note que todos os estados que pertencem a uma mesma classe conduzem a estados que pertencem a mesma classe quando X=0 e quando X=1. Entretanto a classe 2 e a classe 5 conduzem a classe 4 quando X=0 e a classe 5 quando X=1 mas no so iguais pois suas sadas so diferentes! Estas inmeras tabelas de partio poderiam ter sido agrupadas lado a lado conforme podemos ver na tabela 1.7.

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    Tabela 1.7: Simplificao da tabela 1.4 colocando todas as tabelas de partio lado a lado. C.S. quer dizer classe de sada e P.C.S. quer dizer prxima classe de sada. E.A

    . P.E. P.E. Z Z C.S P.C.

    S P.C.

    S C.S P.C.

    S P.C.

    S C.S P.C.

    S P.C.

    S C.S

    - X=0

    X=1

    X=0

    X=1

    - X=0 X=1 - X=0 X=1 - X=0 X=1 -

    A B C 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 B D E 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4 C G E 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 D H F 0 0 1 1 2 3 1 2 3 1 2 3 E G A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 F G A 1 0 2 1 1 2 1 1 2 4 1 2 G D C 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4 H H A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    Uma outra forma de fazer a simplificao por carta de implicao. Nesta carta so evidenciadas todas as condies para que dois estados sejam iguais. Para exemplificar vamos usar a mesma MSS usada anteriormente. A tabela 1.8 uma cpia da tabela 1.6. Na carta de implicao montamos uma espcie de mapa onde so anotadas todas a condies para que um estado seja igual a outro estado. Para isto construmos um mapa onde na primeira coluna e na ltima linha so colocados os estados da MSS. Na interseo de cada uma destas linhas e colunas so anotadas as condies para que estes estados sejam iguais. Aos poucos surgiro condies que no podem ser satisfeitas o que impede a igualdade de vrios estados. Estas impossibilidades vo sendo anotadas at que no existam mais. Neste momento devemos anotar quais estados tem condio de serem iguais. Tabela 1.8: Cpia da tabela 1.6.

    E.A. P.E. P.E. Z Z - X=0 X=1 X=0 X=1 A B C 0 0 B D E 0 0 C G E 0 0 D H F 0 0 E G A 0 0 F G A 1 0 G D C 0 0 H H A 0 0

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    Passo 1) B BD

    CE

    C BG CE

    DG

    D BH CF

    DH EF

    GH EF

    E BG AC

    DG AE

    AE GH AF

    F X

    X

    X

    X

    X

    G BD CE DG CE

    DH CF

    DG AC

    X

    H BH AC

    DH AE

    GH AE

    AF GH X DH AC

    A B C D E F G Para montar esta carta de implicao devemos proceder da seguinte maneira:

    -Na interceo da coluna A com a linha B vamos anotar o que necessrio para que o estado A seja igual ao estado B: O estado B deve ser igual ao estado D e o estado C deve ser igual ao estado E. Isto vem do fato de que os prximos estados e as sadas de A e B devem ser iguais.

    -Na interseo da coluna B com a linha C vamos anotar o que necessrio para que o estado B seja igual ao estado C: O estado D deve ser igual ao estado G e o estado E deve ser igual ao estado E.

    -Na interseo da linha F com as outras colunas vamos anotar o que necessrio para que o estado F seja igual aos demais estados: F no pode ser igual a ningum. Isto se deve ao fato de que as sadas do estado F so diferentes das sadas de todos os demais estados. Desta forma, esta linha marcada com a impossibilidade de simplificao - X.

    -Devemos continuar preenchendo a carta de implicao desta maneira at que todas as possibilidades tenham sido completadas.

    -Todas as impossibilidades so anotadas com um X. Cada quadradinho marcado com X pintado para facilitar a visualizao das impossibilidades. Passo 2)

    B BD CE

    C BG CE

    DG

    D BH CF X

    DH EF X

    GH EF X

    E BG AC

    DG AE

    AE GH AF X

    F X

    X X X X

    G BD CE DG CE

    DH CF X

    DG AC

    X

    H BH AC

    DH AE

    GH AE

    AF X

    GH X DH AC

    A B C D E F G

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    Da primerira para a segunda carta de implicao continuamos marcando todas as

    impossibilidades. Neste caso todos as condies que dependiam do estado F so marcadas com impossibilidade pois F no pode ser simplificado com ningum. Passo 3)

    B BD CE X

    C BG CE

    DG X

    D X X X

    E BG AC

    DG AE X

    AE X

    F X

    X X X X

    G BD X

    CE DG CE X

    X DG AC X

    X

    H BH AC

    DH AE X

    GH AE

    X GH X DH AC X

    A B C D E F G Nesta tabela constata-se que o estado D tambm no pode ser igual a nenhum outro estado, todas as possibilidades de igualdade entre estados que dependam do estado D tambm ficam impossibilitadas e so marcadas com um X. Passo 4)

    B X

    C BG CE

    X

    D X X X

    E BG AC

    X AE X

    F X

    X X X X

    G X CE X X X

    X

    H BH AC X

    X GH AE X

    X GH X

    X X

    A B C D E F G Nesta carta nota-se que todas as combinaes que dependam da igualdade entre os estados B e H ou entre os estados G e H ficam impossibilitadas e so marcadas com um X. No havendo mais nada para simplificar podemos dizer que todas as possibilidades representam estados iguais. No nosso caso o estado A igual ao estado C e ao estado E pois a interseo entre a coluna A e as linhas C e E no foram marcadas com X. Da mesma forma podemos dizer que o estado C igual ao estado E, o que j era de se esperar pois A igual a estes dois estados.

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    Desta forma podemos montar uma tabela simplificada se substituirmos os estados da

    tabela 1.9 por: Estados A, C e E sero representados por a Estados B e G sero representados por b Estado D ser representado por c Estado F ser representado por d Estado H ser representado por e Tabela 1.10: Tabela da verdade 1.9 simplificada ao mximo.

    E.A. P.E. P.E. - X=0 X=1 a b/0 a/0 b c/0 a/0 c e/0 d/0 d b/1 a/0 e e/0 a/0

    4. MEMRIAS As memrias so circuitos eletrnicos capazes de reter informaes sob a forma digital. Elas podem reter 1 bit e neste caso especial podem ser constituidos, por exemplo, de um Flip-Flop ou armazenar vrios bits formando palavras ou dados. Se este dado possui 8bits chamada BYTE, se possui 16bits chamada WORD mas tambm pode conter qualquer outra quantidade de bits. Uma memria tambm pode possuir lugar para armazenar vrios dados. Estes lugares so chamados de Endereos. As memrias dividem-se em vrios grupos a saber: RAM (Random Access Memory) memria de acesso aleatrio, permite leitura e escrita de dados nos diferentes endereos. ROM (Read Only Memory) memria somente de leitura, permite apenas que seu contedo seja lido. Estas memrias so programadas de fbrica e no podem ter seus contedos modificados. PROM (Programable Rom) memria ROM programvel. So circuitos de memria que podem ser programados apenas uma vez e depois desta programao no mais possvel escrever na memria, apenas ler esta memria. EPROM (Erase Prom) memrias ROM que podem ser programados e apagados com luz ultra violeta.

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    EEPROM (Eletric Eprom) memrias EPROM que tambm podem ser apagadas eletricamente. Obs.: A RAM retm dados na memria enquanto estiver alimentada. As demais retm dados mesmo aps a falta de energia. RAM (SRAM) Em uma memria do tipo RAM, uma clula bsica capaz de armazenar apenas um bit, nada mais do que um Flip-Flop do tipo Dou um Latch.

    Na figura acima tem-se um Latch (FLip-Flop D) com clock (gate) sensvel ao nvel. O sinal de clock necessrio para escrever na memria, o dado de entrada (D0) e o dado de sada (Q0). Para ler e escrever numa memria seriam necessrios muitos pinos, porm s possivel lerou escrever, nunca ler e escrever simultaneamente. Pensando nisso possvel diminuir pela metade o nmero de pinos de uma clula de memria com o esquema abaixo.

    No desenho acima, um buffer tri-state. O pino central o controle: Se esta ativo ento o buffer est funcionando, se no est ativo o buffer est em tri-state. O pino controla a funo do pino D0. Se D0 for sada est em 1 (Ler - nvel alto) se D0 entrada est em 0 (Escrever - nvel baixo). Para fazer memrias de vrios bits e vrios endereos, duas podem ser as estratgias de arranjos dos latchs de memria: Arranjo em linha ou em matriz. Em linha: Memria de duas posies (endereos) por dois bits (dados).

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    No desenho acima, um decodificador responsvel por selecionar apenas uma linha com clulas de memria (C). Nesta linha, cada clula responsvel por um bit do dado armazenado. Se desejarmos mais bits por dado, basta adicionar mais colunas ao desenho acima, se desejarmos mais posies de memria, basta adicionar mais linhas. Este arranjo, entretanto, necessita de um quantidade muito grande de portas lgicas para o decodificador quando o nmero de endereos aumenta, por exemplo, em 256 posies seriam necessrios 256 portas AND no decodificador, e por isto os engenheiros desenvolveram uma arquitetura de endereos em matriz. Em matriz: Memria de quatro posies por dois bits.

    A vantagem da utilizao de circuitos em matriz est no menor nmero de componentes gastos para fazer o mesmo circuito do arranjo em linha.

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    Por exemplo, em 256 posies de memria, seriam necessrios dois decodificadores

    de 16 portas AND (16x16=256). A medida que nmero total de endereos da memria vai aumentando, aumenta tambm a vantagem da utilizao arranjo em matriz. No arranjo em matriz, esboado na figura acima, cada interseo de linha e coluna proveniente dos decodificadores utilizada para controlar os tri-states de cada clula de memria. No arranjo em linha o tri-state controlado por apenas um bit, no arranjo em matriz cada tri-state controlado por dois bits. Neste arranjo, se desejarmos mais bits em cada posio de memria, basta ligar mais clulas de memria em paralelo em cada inteseo linha e coluna. Para aumentar o nmero de endereos basta aumentar o nmero de linhas ou de colunas provenientes dos decodificadores. Em esquemas, uma memria representada por um retngulo com os pinos de dados, endereos e controle devidamente assinalados. A nomenclatura usual denota os pinos de endereos pela letra A e um sub ndice que denota o bit correspondente. Para dados utiliza-se a letra D tambm com um sub ndice correspondente ao bit em questo. Para os sinais de controle os nomes so mais variados porm muito comum encontrar CS (chip select) para o controle do tri-state e WR para indicar a leitura ou a escrita nesta memria.

    O desenho abaixo corresponde a um simbolo para uma memria genrica.

    Memria de 2 1M+ endereos por N+1 bits de dados. O pino de CS (Chip Select) usado para ligar vrias memrias em paralelo (para aumentar a capacidade total de endereos). Internamente cada pino do chip de memria ligado a uma chave analgica e que no CS esta ativo, todas as chaves esto ligadas e o chip est ligado no circuito. Se CS esta desativado, ento todas as entradas e sadas estaro desligadas ou seja em tri-state, permitindo que outra memria seja ligada no circuito. Para aumentar a capacidade de uma memria, em termos de bits ou de posies, podemos associ-la com outras memrias. Abaixo so desenhados esquemas para a associao de memrias com intuito de aumentar suas capacidades.

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    Para aumentar o nmero de bits.

    Neste exemplo, com duas memrias de 16 endereos e 4 bits, formamos uma memria de 16 endereos e 8 bits. Para aumentar o nmero de endereos.

    Agora, com duas memrias de 16 x 8 formamos uma memria de 32 x 8. O bit de endereo A4 vai ligado no chip select das memrias. Obs.: Lembre-se que as memrias RAMs so vantajosas por permitirem leitura e escrita porm na falta de energia toda a informao nela contida ser perdida. ROM As ROMs so constituidas sob uma matriz como a mostrada abaixo.

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    Nesta situao, VCC levado para D0 atravs do dodo. A terra levada at D1 pois no h outra ligao em D1 alm desta atravs do resistor. Para fazer memrias ROM com vrios endereos basta usar um decodificador como mostrado abaixo.

    O mapa (com contedo e endereo) desta memria est representado na tabela abaixo.

    Endereos Contedo 0 5 1 0 2 F 3 A

    PROM Para fazer as memrias PROM, os fabricantes de memria colocaram dodos em todas as intersees e em srie com eles foram colocados fusveis. Cada fusvel pode ser queimado colocando um 0 no bit correspondente, no endereo selecionado. Uma vez programadas as PROMs no podem ser reprogramadas pois os fusveis queimados no podem ser restitudos.

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    Tanto a ROM como a PROM podem ser colocadas em tri-state (como a RAM) por

    meio de um pino de chip select. Pinos de leitura e escrita no existem pois os dados s podem ser lidos. No caso da PROM um sinal de 15V utilizado para queimar os fusveis desejados programando a memria. EPROM Nas EPROMs, componentes especiais sensveis a luz ultravioleta foram criados, permitindo que os dados gravados nesta PROMsejam apagados e reescritos. Com o tempo, os dados podem vir a apagar, por isso, quando esta memria estiver com seus dados gravados, deve-se fechar a entrada de luz com alguma fita opaca. EEPROM Numa evoluo das EPROMs, a EEPROM ou E2PROM pode ser apagada com um pulso eltrico da ordem de 10 volts. Isto uma grande vantagem sobre as EPROMs pois o processo de apagar a memria rpido (com luz ultra-violeta leva vrios minutos) e no requer componentes especiais como lampada de ultra-violeta. DRAM So memrias RAMs dinmicas, ou seja, necessrio atualizar dados contidos nestas memrias periodicamente num procedimento que conhecido como REFRESH. As DRAMs so bem menores que as SRAMs pois 1 bit pode ser armazenado em um nico capacitor, atravs do acionamento de um nico transistor, conforme o esquema abaixo.

    Por esta caracterstica, as DRAMs tambm so muito baratas e se popularizaram rapidamente. Abaixo apresentado o esquema interno de uma 41256 (DRAM de 256Kx1) e os sinais de controle para que ela funcione bem.

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    REFRESH A operao de refresh depende muito da memria, na 41256 ela deve acontecer a cada 4 ms (pelo menos) e deve ser feita endereando-se metade das linhas da matriz de memria (neste caso 256 linhas em 4 ms =15,6 ms/linha). Como podemos ver pelo desenho s existem 9 linhas de endereo para os 256 Kbits de memria, mas isto resolvido pelo sistema de endereo por linhas e colunas (RAS e CAS se encarregam de indicar se o endereo do barramento e de linhas ou de colunas). Um esboo de circuito para controlar estas memrias pode ser visto abaixo mas alguns chips fazem isto para ns. O esquema abaixo utiliza a 4164 que possui 64 Kbits e 8 linhas de endereo.

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    OBS.: Com relao ao circuito acima, note que o endereo deve ser de 16 bits multiplexado em palavras de 8 bits. PLAS So componentes capazes de gerar lgicas complexas com um nico chip. Estes componentes tambm precisam ser programados funcionando de forma similar as PROM. Hoje em dia existem uma infinidade de componentes deste tipo, capazes inclusive de conter flip-flops, contadores e outros componentes mais complexos. Alguns destes PLAs possuem internamente vrios circuitos independentes e completos que podem ser interligados de vrias formas. PLA Array Lgico Programvel e pode conter milhares de componentes internos, algumas variantes existem e a programao pode ser feita na fabrica com mascaras especiais ou com elementos fusveis ou com fios. Abaixo vemos um exemplo simples de um circuito capaz de gerar qualquer lgica de 4 bits. Todas as entradas so ligadas em todas as portas AND e todas as portas so ligadas em todas as portas OR.

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    As funes de OUT OUTN0 - so escritas na forma de SOP.

    5. CONVERSORES A/D e D/A

    5.1. Conversor Analgico/Digital A tarefa de um conversor D/A a de transformar uma entrada digital numa sada analgica. A fig. 10.1 ilustra a funo do conversor D/A. Um nmero binrio introduzido nas entradas esquerda com uma tenso de sada correspondente direita. A tabela-verdade detalha um conjunto de possveis entradas e sadas do conversor D/A.

    8s 4s 3s 1s

    Conversor D/A

    Fig.6.1

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    Fila Entrada Binria Sada

    D C B A Analgica ( 8s ) ( 4s ) ( 2s ) ( 1s ) Vout 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 1 3 0 0 1 0 2 4 0 0 1 1 3 5 0 1 0 0 4 6 0 1 0 1 5 7 0 1 1 0 6 8 0 1 1 1 7 9 1 0 0 0 8 10 1 0 0 1 9 11 1 0 1 0 10 12 1 0 1 1 11 13 1 1 0 0 12 14 1 1 0 1 13 15 1 1 1 0 14 16 1 1 1 1 15

    Consideremos a tabela-verdade acima para o conversor D/A. Se cada uma das entradas for BAIXA, a tenso de sada ( Vout ) ser 0 V conforme definido na fila 1 da tabela. A fila 2 mostra apenas a entrada ( A ) DE 1s sendo ativada por uma ALTA. Com a entrada como LLLH ( 0001 ), a sada do conversor D/A 1 V. A fila 3 mostra apenas a entrada B ativada ( 0010 ). Isto produz uma sada de 2 V. A fila 5 mostra apenas a entrada C ativada ( 0100 ). Isto produz uma sada de 4 V. A fila 9 mostra apenas a entrada D ( 1000 ) ativada, produzindo uma sada de 8 V do conversor D/A. Notar que as entradas ( D, C, B, A ) so ponderadas. A ponderao relativa de cada entrada dada como 8 para a entrada D, 4 para a entrada C, 2 para a entrada B e 1 para a entrada A na fig. 10.1. O conversor D/A consiste em duas partes funcionais. A fig. 10.2 mostra um diagrama em blocos de um conversor D/A. O conversor dividido numa rede de resistores e num amplificador de soma. A rede de resistores pondera adequadamente as entradas 1s, 2s, 4s e 8s, enquanto o amplificador de soma escala a tenso de sada de acordo com a tabela-verdade.Tipicamente usa-se um amplificador operacional como o amplificador de soma num conversor D/A.

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    Um conversor bsico digital-analgico ilustrado na fig. 10.3. O conversor D/A est dividido em dois circuitos, a rede de resistores e o amplificador somador. A tenso ( Vin ) de entrada aplicada atravs das chaves de entrada ( D, C, B, A ). O resistor R4 ( MSB ) o resistor de valor mais baixo. O resistor R3 o dobro da resistncia de R4. Tambm o resistor R2 o dobro da resistncia R3, e assim por diante.

    Rede de resistores

    Amplificador de soma

    Conversor D/A

    Vout

    1s A Sada

    Analgica

    4s C

    2s B

    8s D

    Entradas Binrias

    Fig. 5.2

    Fig. 5.3

    D C B A

    Rede de resistores

    Amplificador de soma

    R1 R2 R3 R4

    Rf

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    Diversas circuitos para realizar a converso A/D esto disponveis, em quer em livros e

    manuais. Destes conversores, apenas um deles realiza a converso diretamente. Este conversor conhecido por Conversor Flash e muito rpido. As outras formas de converso utilizam circuitos realimentados onde o valor digital (correspondente ao valor analgico) obtido pela comparao do valor analgico com o valor digitalmente estimado para ele. Estes circuitos so muito baratos, por outro lado so mais lentos visto que o valor digital da sada deve ser adivinhado e isto leva tempo. Deste outro tipo de conversor podemos citar aqueles por aproximao aritmtica, delta e geomtrica ou sucessiva. 1) Conversor FLASH

    Se Vin V f iRe a sada de todos os comparadores com i inferiores e o prprio comparador ndice i tem sua sada em nvel baixo.

    V entrada C3 C2 C1 D1 D0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 2 1 0 0 1 0 3 0 0 0 1 1

    Poderamos ter invertido