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Unidade I
SAÚDE AMBIENTAL
Profa. Dra. Olivia Beloto
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
Reflexão:
Em que momento da história o homem passou a pensar em
saúde?
Qual era a importância da saúde?
A saúde nos dias atuais é a mesma desde a colonização do
Brasil?
E por fim, em que momento o homem passou a perceber que
o meio ambiente refletia em sua saúde?
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
Período Colonial (1500 até 1822): produção econômica do país
visava aos interesses da Coroa Portuguesa.
Saúde da população precária: medidas para o combate de
doenças eram pontuais e visavam ao aumento da economia.
De 1685 a 1694 houve uma campanha pontual contra a
febre amarela, doença que afetava os trabalhadores e a
produção de açúcar, ou seja, a situação econômica do país.
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
Primeira República ou República Velha (1889 até 1930):
favoreceu o crescimento de ideias liberais e republicanas (que
visavam a ideais abolicionistas) e exigências internacionais
favoreceram a substituição do trabalho escravo pelo trabalho
assalariado.
Mas afinal, qual era o quadro sanitário dessa época?
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
Quadro sanitário da época: escravos e imigrantes traziam
consigo muitas doenças, como: sexuais, hanseníase,
tuberculose, febre amarela, cólera, malária, varíola e
leishmaniose. Sofriam com mordidas de animais peçonhentos
e enfrentavam condições precárias de vida e trabalho,
contribuindo para endemias e epidemias.
Qual a diferença entre epidemia e endemia?
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
Endemia: ocorrência coletiva de uma doença em uma
determinada área, acometendo a população de forma
permanente e contínua.
Ex: Malária no Norte do Brasil.
Epidemia: ocorrência súbita de uma doença acometendo em
pouco tempo um número alto de pessoas.
Ex: Dengue em São Paulo.
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
1902: criação do Programa de Saneamento, no Rio de Janeiro,
e de Combate à Febre Amarela, em São Paulo.
Oswaldo Cruz, nomeado como diretor geral da saúde pública,
utilizou campanhas sanitárias para combater as epidemias
rurais e urbanas.
Criação do Instituto Oswaldo Cruz para pesquisa e
desenvolvimento de vacinas.
1904: aprovada Lei para vacinação contra a varíola,
favorecendo uma Revolta Popular (Revolta da Vacina), mas
também o controle da doença.
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
1920: Carlos Chagas assumiu o Departamento Nacional de
Saúde e introduziu propagandas para educação sanitária da
população com a visão de prevenção de doenças.
Criação de órgãos para o controle de doenças como:
tuberculose, hanseníase e sexualmente transmissíveis.
Surge a Previdência Social: assistência médica aos
trabalhadores.
Restante da população: dependência da medicina popular e
casas de misericórdia.
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
1922-1929: rupturas no cenário político pela crise mundial.
1930: Revolução comandada por Getúlio Vargas (Era Vargas).
Ditadura: centralização política e participação estatal na
política.
Investimento na região Sudeste - desequilíbrio entre as
regiões do Brasil: migração e êxodo rural: surgimento das
favelas (crescimento desordenado).
Crescimento industrial vs. condições precárias de trabalho =
aumento dos riscos aos trabalhadores e problemas de saúde,
piorando a qualidade de vida e de saúde da população.
1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos
dias atuais
1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde: coordenar
as ações de saúde pública, com ações de caráter coletivo.
1953: Criação do Ministério da Saúde independente do da
Educação.
Final dos anos 1970: agravamento da crise da previdência:
início dos movimentos sociais em busca de melhores
condições de saúde e de vida. Criação de programas como
o de Imunização, Vigilância Epidemiológica, dentre outros.
Interatividade
No período colonial sempre prevaleciam os interesses da Coroa Portuguesa
para os assuntos políticos e econômicos do país. Em relação à saúde, assinale
a alternativa correta:
a) A inadequada coleta e tratamento de esgoto eram as únicas formas de
precariedade que colaboravam com a diminuição da qualidade de vida das
pessoas.
b) Presença de apenas doenças endêmicas que eram trazidas por imigrantes
europeus.
c) Somente os escravos trazidos da África eram os principais responsáveis
pelas doenças epidêmicas da época, as quais eram as únicas que afetavam
a população.
d) As principais doenças eram as de origem sexual, hanseníase, tuberculose,
febre amarela, cólera, malária, varíola, leishmaniose, desnutrição, dentre
outros.
e) Existia uma grande preocupação com o saneamento básico de toda as
cidades brasileiras, pois a principal missão era zelar pela saúde do povo.
1.2 Papel das conferências na saúde e no meio
ambiente
Modificações na saúde no Brasil iniciaram à partir das
Conferências Nacionais, que sofriam influências das
Conferências Internacionais.
Conferências (internacionais e nacionais) são movimentos
que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos
campos de ação em saúde e em meio ambiente para o alcance
dos objetivos propostos.
1977 (na 30ª Assembleia Mundial de Saúde): OMS organizou a
Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados
Primários de Saúde (em Alma-Ata, Cazaquistão, 1978). Tema:
“Saúde para todos no ano 2000”.
1.2 Papel das conferências na saúde e no meio
ambiente
1978: Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados
Primários de Saúde (em Alma-Ata).
Elaboração da Declaração Alma-Ata: reafirma a saúde como
um direito do ser humano.
Declaração Alma-Ata gerou o conceito de saúde: “um estado
de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a
ausência de doença”.
1.2 Papel das conferências na saúde e no meio
ambiente
1986: Primeira Conferência sobre Promoção da Saúde em
Ottawa (Canadá).
Papel da Conferência: demonstrava uma preocupação das
organizadoras em relação à industrialização e ao impacto
sobre o meio ambiente.
Elaboração da Carta de Intenções com objetivos de:
Definir promoção da saúde.
Atingir os níveis de completo bem-estar físico, mental e social
junto com o meio ambiente.
Descrever os pré-requisitos básicos de saúde, como: paz,
habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema
estável, recursos sustentáveis, justiça social e
equidade.
1.2 Papel das conferências na saúde e no meio
ambiente
Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como
fator importante para a saúde.
Após a Carta de Ottawa, o Brasil teve grande avanço no setor
da saúde – criação do SUS, em que as suas competências e
atribuições são mantidas na Lei Orgânica de Saúde,
constituída por duas principais Leis: Lei 8080/90 e Lei 8142/90.
Interatividade
As Conferências são consideradas movimentos que ocorrem
periodicamente em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde
e abordagens mais efetivas para o real alcance dos objetivos traçados.
Dessa forma, baseado nesse contexto, escolha a alternativa correta:
a) A primeira Conferência sobre os Cuidados Primários de Saúde foi
realizada em 1990.
b) Em 1997, a OMS realizou a 30ª Assembleia Mundial da Saúde que
discutiu o movimento “Saúde para todos no ano 2000”.
c) Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator
importante para a saúde.
d) A Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários
de Saúde teve como tema “Promoção de Saúde em Alma-Ata”.
e) A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção à Saúde foi
realizada em Ottawa (1996) e contribuiu para a Criação do SUS.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Reflexão: o que é saúde?
A pronta resposta seria a definição clássica da declaração
Alma-Ata: “um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, e não apenas a ausência de doença”.
Compreender que o ser humano é formado não somente pela
ausência de doenças, mas também por tudo o que está ao seu
redor, permite que comecemos a entender o papel do meio
ambiente nesse processo.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
As teorias na área da ciência são especulações e hipóteses
que tentam explicar fatos observados, criando um raciocínio
aceito pela comunidade científica.
Muitos cientistas ou simplesmente observadores, ao longo
dos séculos, tentaram explicar a origem das doenças.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Proposta de reflexão:
Imagine você vivendo em uma época sem tecnologia, com
acesso limitado aos lugares e com um conhecimento baseado
na vivência.
Como você explicaria alguma doença que está acometendo a
sua comunidade?
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Naquela época, as pessoas acreditavam em uma teoria para
origem das doenças que estava vinculada ao sobrenatural, ou
seja, as doenças aconteciam mediante fatores que não
podiam ser controlados pelo ser humano, denominada Teoria
Mística.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Quando o homem passou a observar de forma mais
aprofundada e a comparar as pessoas acometidas pela
doença com as pessoas saudáveis, permitiu a criação de
outra linha de raciocínio sobre a origem das doenças.
Nessa segunda teoria, a Teoria dos Miasmas, os homens
acreditavam que os gases e odores vindos do solo ou do ar
poderiam ser espalhados com o vento, atingindo o indivíduo
que acabava por adoecer.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Contudo, com o avanço da ciência e dos estudos,
aproximadamente em 1860, Louis Pasteur descobriu os
agentes etiológicos (vírus e bactérias), fazendo com que a
Teoria dos Miasmas acabasse por ser desconsiderada e fosse
substituída pela Teoria da Unicausalidade.
Contudo, essa teoria ainda foi incapaz de descrever todas as
causas das doenças, pois, muitas vezes, estas não dependiam
somente do agente etiológico.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Quando os estudos epidemiológicos foram iniciados,
puderam demonstrar que diversos fatores, incluindo o meio
ambiente no qual o indivíduo está inserido, contribuem para
seu adoecimento.
Portanto, a teoria baseada nos estudos epidemiológicos é
denominada Teoria da Multicausalidade, que engloba o agente
etiológico e uma série de fatores: físicos, psíquicos, químicos,
ambientais e sociais.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
Fonte: Beloto-Silva, 2014.
1º: TEORIA MÍSTICA
As doenças eram causadas por fenômenos sobrenaturais
2º: TEORIA DOS MIASMAS
As doenças apareciam como uma consequência de gases ou odores
provenientes do solo ou atmosfera
3º: TEORIA DA UNICAUSALIDADE
As doenças eram causadas por um agente etiológico
4º TEORIA DA MULTICAUSALIDADE:
As doenças eram causadas pelo agente etiológico e uma série de
outros fatores, como físicos, psíquicos, químicos, ambientais e
sociais
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
O meio ambiente não deve ser considerado somente o
ecossistema ao redor ou tudo aquilo que é exógeno ao ser
humano, mas também devemos considerar fatores intrínsecos
a ele, como fatores genéticos e diversas outros aspectos, que
influenciam, direta ou indiretamente, no processo saúde-
doença.
Portanto, quando dizemos meio ambiente, estamos
considerando todas as coisas vivas e não vivas da Terra, que
interferem no ecossistema e, consequentemente, na vida dos
seres humanos.
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
É possível perceber o ser humano envolto por diversos
fatores.
Fonte: Beloto-Silva, 2014
HOMEM
TRABALHO;EDUCAÇÃO;
SAÚ
DE;
MO
RA
DIA
;
DOR;ESTRESSE;
SAN
EAM
ENTO
B
ÁSICO
;
DOENÇA;ECOSSISTEMA;
Meio Ambiente
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
O que podemos compreender com essa figura?
Fonte: Beloto-Silva, 2014.
PAPEL
Destruição de árvores = diminuição de áreas verdes
INTERFERÊNCIA NO ECOSSISTEMA
Contaminação:
Fábrica de Produção de Papel
ar
água
solo
Contaminação ar, água e solo
Produção de Matéria-prima:
1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente
É preciso que as pessoas tenham o hábito de refletir
diariamente sobre o consumo sustentável.
Primeiramente, é necessário modificar diversos costumes e
valores, atingidos somente com educação ambiental e
comunicação.
Como fazer? Primeiramente, as pessoas precisam ser capazes
de reconhecer que o ambiente faz parte do ser humano.
Por que isso é importante? Porque, de acordo com o grau de
relação do ser humano com o meio ambiente, o processo
saúde-doença pode ou não ser afetado.
Interatividade
O processo saúde-doença possui variáveis que envolvem a saúde e a
doença de um indivíduo ou população que são modificados nos diversos
momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Em relação à doença, surgiram diversas teorias que tentaram explicar
sua existência. Com relação a essas teorias, assinale a alternativa
correta:
a) Foram criadas as seguintes teorias: mística, dos miasmas e da
unicausalidade.
b) Foram criadas as seguintes teorias: mística, dos miasmas e da
duplicidade.
c) Foram criadas as seguintes teorias: universal, dos miasmas e da
unicausalidade.
d) Foram criadas as seguintes teorias: mística, universal e dos miasmas.
e) Foram criadas as seguintes teorias: universal, dos miasmas
e da causalidade.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Por que ainda não obtivemos plenitude no que diz respeito à
saúde e à doença?
Apesar da realização das Conferências Internacionais para
a promoção da saúde, nos dias atuais ainda são necessárias
diversas ações para a melhoria da saúde da população.
Isso se deve ao fato de que as melhorias estão associadas a
modificações da realidade política, cultural e social da
comunidade.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Quando as pessoas percebem que saúde depende do que está
ao seu redor, é possível criar o conceito real de meio ambiente
como tudo aquilo que faz parte do ser humano na sua
totalidade.
Em relação à saúde ambiental, é preciso pensar que a ação
do outro influencia na saúde do sujeito e da comunidade em
que ele está inserido.
A educação popular é capaz de modificar o processo saúde-
doença no que diz respeito à saúde ambiental.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
O processo de educação popular foi defendido por Paulo
Freire.
Paulo Freire foi um estudioso brasileiro da área de Educação
que defende que o aprendizado é um processo interativo
horizontal entre professor e aluno, ou comunidade e
profissional que atua com o meio ambiente.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Fonte: Beloto-Silva, 2014.
Educador Educando
Conhecedor e Receptor da informação
Conhecedor e Receptor da informação
SISTEMA HORIZONTAL DE EDUCAÇÃO
Troca de informações
1.4 Educação popular e sustentabilidade
É importante que na educação popular voltada para a saúde
exista uma interface que reúna os conhecimentos e práticas
médicas com o pensar e fazer cotidiano da população, pois
educação em saúde reflete na saúde da comunidade que,
desse modo, atuará a favor do meio ambiente.
A população cria um vínculo com os problemas de saúde,
tornando-se participativa nos serviços de saúde e, assim,
capaz de compreender que é parte importante do processo,
formando uma corrente necessária para a justiça social.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Se um indivíduo, ao longo de sua vida, recebeu o processo
educativo de forma crítica, raciocinando à respeito de
diversos assuntos e problemas, ele se tornará um adulto
crítico, participativo e criativo para enfrentar a vida e todas as
suas circunstâncias.
Isso contribui para que as pessoas, independente da classe
social, possam participar ativamente da comunidade, em
todos os seus aspectos: político, social e de saúde.
Se uma criança aprende a conservar o meio ambiente,
compreendendo o quanto este pode contribuir para sua saúde
e para a do outro, ela colabora para a manutenção e
prevenção dos recursos para as gerações futuras.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Para que o processo educativo aconteça, é necessário que o
educando e o educador estejam em sintonia e a comunicação
é uma ferramenta importante para esse processo.
Como a comunicação deve acontecer?
A comunicação precisa ser clara, pois vai além da
transmissão de conhecimento, ou seja, existe uma troca de
experiências que deve ser recíproca e horizontal.
O modelo mais indicado é a comunicação participativa. Esse
segue a ordem de comunicação baseada no diálogo
(comunicação dialógica), em que a comunicação entre
emissor e receptor é estabelecida de forma horizontal e
ambos são, ao mesmo tempo, emissores e receptores.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Portanto, o modelo participativo de educação, que faz o
indivíduo participar, pensar e agir, favorece a saúde pela
promoção da mesma e tudo a favor da sustentabilidade.
Sustentabilidade: habilidade de sustentar uma ou mais
condições, exibida por algo ou alguém.
Relação ser humano e meio ambiente:
O uso dos recursos naturais para a satisfação de
necessidades presentes não pode comprometer a satisfação
das necessidades das gerações futuras.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Três pilares da sustentabilidade: social (que fomenta o respeito ao
ser humano), energética (que determina que não existe
desenvolvimento econômico sem energia) e o ambiental (onde a
degradação do meio ambiente diminui o tempo de vida do ser
humano, pois não há desenvolvimento econômico e o futuro se torna
instável).
Para que um empreendimento humano seja sustentável, ele precisa
ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente
justo e culturalmente diverso.
SUSTENTABILIDADE
SO
CIA
L
EN
ER
GÉ
TIC
A
AM
BIE
NTA
L
Fonte: Beloto-Silva, 2014.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Como é possível utilizar os recursos naturais sem
comprometer as gerações futuras?
Diversas ações podem ser consideradas como sustentáveis:
exploração dos recursos naturais de florestas e matas de
forma controlada, garantindo o replantio, preservação das
áreas verdes, incentivo da produção e do consumo de
produtos orgânicos e exploração dos recursos minerais de
forma controlada, racionalizada e planejada.
Além disso, é possível criar fontes de energia limpas e
renováveis, reciclagem de resíduos sólidos, gestão
sustentável nas empresas, consumo consciente de água e
medidas que não permitam a poluição dos recursos hídricos e
a despoluição daqueles que já foram contaminados.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
A alfabetização ecológica é a forma de educação voltada
para sustentabilidade, demonstrando que a educação é o pilar
para uma nova relação entre o ser humano e o meio ambiente.
Como começaram a ser discutidas questões de educação
ambiental no Brasil?
Em 2003, Fritjof Capra teve grande importância ao expor os
fundamentos e as finalidades da Alfabetização Ecológica, que
tem como sua essência a aprendizagem dos princípios
básicos da ecologia, servindo de referência para os
indivíduos que dependem do meio ambiente.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Assim, a educação para uma vida sustentável se torna uma
pedagogia que facilita o entendimento dos fundamentos
básicos da ecologia, respeitando a natureza em um contexto
multidisciplinar que está essencialmente motivado pela
participação e experiência de uma comunidade, justificando
que a saúde da Terra se torna a saúde do homem.
Portanto, a criação de comunidades sustentáveis pode ser
uma excelente alternativa para os diversos problemas
enfrentados pela humanidade nos dias atuais, já que elas
utilizam os recursos naturais de forma consciente.
1.4 Educação popular e sustentabilidade
Você já ouviu sobre ecocapitalismo?
Essa é uma terminologia que ancora o capitalismo à
sustentabilidade, garantindo um consumo racional dos
recursos naturais, que são também importantes para as
gerações futuras.
Interatividade
“Cerca de mil famílias já viviam de pescar e catar caranguejos
quando o lugar virou uma reserva ambiental. ‘Nossa família são
21 filhos, todos criados com caranguejo. Meu pai, minha mãe e a
família foram passando. Eu, desde os 11 anos, comecei catando.
Meus filhos e meu netos também estão no mesmo caminho, e
nós estamos vivendo do caranguejo’, conta o catador de
caranguejo Pedro Batista [...]. Quando veio gente de fora, antes
de existir a reserva, a natureza não deu conta. Começou a faltar
caranguejo nos manguezais. Cassurubá é uma reserva
extrativista, ou Resex, como é mais conhecida. Tirar dos
manguezais o próprio sustento é permitido desde que de
maneira sustentável. Essa perspectiva de conciliar a exploração
e a preservação abriu horizontes.”
(Portal do G1 - Edição do dia 12/05/2011- 12/05/2011 07h59 -
Atualizado em 12/05/2011 09h34)
Interatividade
Com base no texto, assinale a alternativa correta:
a) O texto representa uma réplica perfeita da preservação do
meio ambiente.
b) O texto se refere a condutas humanas que podem ser
realizadas para aumentar o benefício ao meio ambiente.
c) O texto representa a ameaça do ser humano ao ecossistema.
d) Quando falamos de sustento da população ribeirinha,
estamos tratando de sustentabilidade naturalmente.
e) Esse texto demonstra a falta de habilidade do homem que
mora às margens do manguezal com os caranguejos,
prejudicando a espécie.
ATÉ A PRÓXIMA!