Small Caps

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AÇÕES PARA FICAR MILIONÁRIO Seu primeiro passo para ganhar com as melhores small caps Caro Leitor, Seja bem-vindo a este primeiro passo do Guia Empiricus para garimpar as melhores small caps da Bolsa brasileira. Esperamos que seja uma leitura divertida e, ao mesmo tempo, de implicações úteis para seus investimentos. Que estas páginas lhe sirvam de estímulo para ingressar num nicho de oportunidades ignorado pela massa de investidores preguiçosos ou mal-informados. Fora daqui, poucas pessoas se dão ao trabalho de estudar ações não-óbvias, enquanto muitas reclamam do desempenho pífio do Ibovespa. Esses dois comportamentos são no mínimo incoerentes, típicos da turma do amendoim. Dentre as mais de 300 empresas listadas na BM&F Bovespa, há várias alternativas de ganhos superiores ao Ibovespa - em alguns casos, dramaticamente superiores. 17.out.2013

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Artigo sobre Small Caps

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AÇÕES PARA FICAR MILIONÁRIO

Seu primeiro passo para ganhar com as melhores small caps

Caro Leitor,

Seja bem-vindo a este primeiro passo do Guia Empiricus para garimpar as melhores small caps da Bolsa brasileira. Esperamos que seja uma leitura divertida e, ao mesmo tempo, de implicações úteis para seus investimentos.

Que estas páginas lhe sirvam de estímulo para ingressar num nicho de oportunidades ignorado pela massa de investidores preguiçosos ou mal-informados.

Fora daqui, poucas pessoas se dão ao trabalho de estudar ações não-óbvias, enquanto muitas reclamam do desempenho pífio do Ibovespa. Esses dois comportamentos são no mínimo incoerentes, típicos da turma do amendoim.

Dentre as mais de 300 empresas listadas na BM&F Bovespa, há várias alternativas de ganhos superiores ao Ibovespa - em alguns casos, dramaticamente superiores.

17.out.2013

Obviamente, elas não vêm de graça, nada vem de graça nessa vida. Temos que saber mergulhar num mar agitado, selecionar as small caps mais promissoras, desviando dos perfis nocivos de risco.

Se você já conhece nossas Ações Milionárias, este Guia o ajudará a compreender os alicerces conceituais e as regras práticas que norteiam a carteira das dez pequenas turbinadas.

Se você não conhece essa série, fica aqui o para ingressar numa jornada de grandes aspirações. Temos o objetivo expresso de investir em pequenas empresas com potencial para dobrar de valor num horizonte tangível.

Afinal, por que eu devo gostar das pequenas?

Em breve, vamos lhe mostrar aqui alguns dos racionais que empregamos para garimpar as melhores ações fora do foco.

Antes disso, porém, gostaria de caracterizar melhor nosso universo de interesse, pois há muitas definições vagas por aí sobre o que são small caps.

Em geral, nossas Ações Milionárias se baseiam em companhias cujo valor de mercado não ultrapasse a casa dos R$ 2 bilhões. Dos dez papéis escolhidos para a série, sete retratam empresas com market cap enquadrado nesse critério.

A esse respeito, devo confessar que não nutrimos um sentimento inato de altruísmo ou comiseração pelas pequenas. Nossa simpatia por small caps não tem nada a ver com dó, mas tem tudo a ver com o potencial de multiplicação de lucros.

Uma dada empresa com valor de mercado de R$ 360 milhões pode bem se transformar num negócio de R$ 1 bilhão, fazendo seu investimento em ações quase triplicar de valor. Já a marca famosa de R$ 360 bilhões de market cap dificilmente vai atingir R$ 1 trilhão em poucos anos, pois a maior parte de seus ganhos de escala já se materializou, enquanto os riscos de colapso do império aumentam.

Para citar exemplos reais:

+ Em 2008, Eztec era uma incorporadora praticamente desconhecida em Bolsa, com lançamentos imobiliários em torno de R$ 500 milhões por ano. Na época, suas ações perambulavam no intervalo entre R$ 2 e R$ 3. Cinco anos depois, os lançamentos

rondam o patamar de R$ 1,5 bilhão e a cotação já passou dos R$ 30. Se você tivesse investido R$ 10 mil em EZTC3 em 2008, teria hoje mais de R$ 100 mil.

+ A sempre popular Petrobras viu suas ações fecharem 2008 ao nível de R$ 23, alimentadas pelas tantas promessas de autossuficiência a partir do petróleo do Pré-Sal. Com muita paciência, estamos nos aproximando do fim de 2013 ainda esperando o Pré-Sal valer a pena, com PETR4 a R$ 18. Se você tivesse investido R$ 10 mil em PETR4 em 2008, sairia hoje com menos de R$ 8 mil.

Estudamos atenciosamente o universo de small caps para não ignorar oportunidades como a de EZTC, e para não cair no clichê de que toda empresa grande tem um perfil de retorno confiável em longo prazo...

Mas se você só acompanha o Ibovespa, nunca ouviu falar dos méritos de Eztec, enquanto Petrobras faz parte de suas preocupações diárias.

Entendendo o jeitinho delas

Quase toda autêntica small cap apresenta três características bem marcantes:

1) O preço das ações frequentemente se situa no intervalo entre R$ 1 e R$ 10, tornando os lotes de 100 mais acessíveis ao investidor individual. E embora a cifra nominal de uma ação não signifique por si só que ela esteja barata, às vezes prevalece uma relação íntima entre o valor real e o nominal.

2) As pequenas costumam ter um giro financeiro restrito, liquidez não é o forte delas. Para um investidor pessoa física e que não intencione manobras rápidas com o papel, isso não é exatamente um problema. E a falta de liquidez pode se converter até mesmo em vantagem se você fez a escolha dos fundamentos certos. Quando institucionais se apaixonam por determinada small cap e decidem entrar num float restrito, suas ordens de compra mexem substancialmente com o preço da ação.

3) Ações fora do foco podem ter performances bastante voláteis, especialmente no curto prazo. Por mais perfeito que seja o casamento com o mercado, a trajetória de valorização não deve ser esperada como linha reta e sempre ascendente. Uma nota de rodapé no jornal pode fazer a ação variar dois dígitos, um boato de fórum também. Por isso, não se desespere nem delire de alegria a cada variação percentual.

Não interessa para os tubarões

Por que os financistas sisudos, de terno e gravata, simplesmente não estão nem aí para o universo de small caps?

Você já se perguntou isso?

Bancos de investimento sequer comentam sobre oportunidades em small caps, embora sejam os primeiros amigões a abraçá-las quando essas empresas se tornam reconhecidamente grandes.

Não parece estranho?

Para nós que conhecemos o motor das engrenagens do investment banking, é fácil de entender. E como você pode imaginar, tem tudo a ver com dinheiro (no bolso dos bancos, não no seu).

Empresas pequenas fazem deals pequenos, que não interessam aos banqueiros. Elas não tomam empréstimos gigantescos em dólares para financiar uma mega-aquisição internacional, nem fazem ofertas de ações bilionárias.

Comparadas com as enormes comissões dos engravatados da Faria Lima, pequenas empresas não valem a pena.

Por isso os bancos de investimento acabam limitando sua cobertura às large caps, essas sim comercialmente interessantes, e fáceis de tradear. Aí é que estão os milhões dos profissionais de mercado.

Não sei se isso é mesmo melhor para eles, mas certamente é melhor para nós. Como não estamos preocupados em intermediar deals com interesses indiretos, podemos nos concentrar nos interesses diretos enquanto acionistas de uma dada empresa, por menor que ela seja.

Nesse sentido, as obsessões da Faria Lima nos conferem uma vantagem formidável: a de explorar nichos de informação.

Deixe-me explicar com um contra-exemplo. Imagine uma companhia popular como a Vale, que conta com a cobertura de mais de 50 times de análise, entre brasileiros e gringos. Cada espirro do Murilo Ferreira, cada tonelada de minério exportada para a China está devidamente contabilizada em 50 planilhas de Excel. Com tantos holofotes viciados, onde está nosso diferencial como investidores em VALE5?

Com as pequenas turbinadas, a gama de cobertura é completamente oposta. Nenhuma das 50 equipes de research que compõem a elite da análise de ações está dando a mínima para uma small cap brasileira. São raríssimas as pequenas que conquistam um único analista interessado, quanto mais 50 deles.

Não é à toa que elas são chamadas de “ações fora do foco”, abandonadas nos cantos da Bolsa sem qualquer nitidez.

Coitadinhas??? Eu que não vou lamentar.

Para nossa brava vocação bandeirante, nada pode ser mais convidativo. Por vezes, o mero fato de saber que um pequeno negócio existe, tem executivos de primeira linha, está ganhando market share e entrega resultados crescentes basta para perceber um desvio lucrativo entre o valor intrínseco à empresa e o preço na tela do homebroker.

Sempre que nós analistas da Empiricus identificamos um desses desvios, desligamos os computadores por alguns minutos, reunimo-nos no centro da sala, postamo-nos de joelhos e jogamos as mãos para os céus, agradecendo aos financistas ultra-profissionais da Faria Lima por não estarem interessados em small caps que podem dobrar de valor.

Do fundo do coração, nosso muito obrigado!

De pequenino é que se torce o pepino

Mas antes de prestar quaisquer agradecimentos, temos um longo trabalho de diligência para encontrar os tais desvios que acusam as companhias mal-precificadas pelo mercado.

Os detalhes metodológicos do processo de análise podem ser um pouco entediantes (na verdade, bastante entediantes, coisa de nerd mesmo). Contudo, nada nos impede de passar aqui uma impressão geral do nosso passo-a-passo.

+ Primeiramente, nos debruçamos sobre as demonstrações financeiras, com especial ênfase nas ITRs exigidas pela CVM, pois o rigor contábil é sempre bem-vindo. Gostamos sobretudo de empresas que geram caixa de maneira sustentável - preferencialmente, caixa livre ao acionista - e conseguem reduzir seu perfil de endividamento ao longo do tempo. Mas como somos humanos (os nerds também amam), temos uma quedinha por métricas crescentes de receita, ebitda e lucro.

+ Daí em diante, se a parte financeira nos agrada, começamos a juntar aquelas informações sobre a empresa que julgarmos verdadeiramente relevantes. Digo isso pois os jornalistas e o google nos oferecem, a cada segundo, um leque infinito de informações. Porém, eu diria - sem arrogância - que 90% disso é lixo que só confunde o investidor. No limite, se você desconfia da precisão ou relevância de determinada manchete, tente simplesmente ignorá-la. Lembre-se: não ter nenhum mapa consigo é mil vezes melhor do que ter um mapa com as direções erradas.

+ E como cereja (essencial) do bolo, iniciamos um trabalho de comunicação com os stakeholders da candidata. Fornecedores, clientes, concorrentes, membros do float e o próprio management - toda essa galera nos ajuda a entender bem o modelo de negócios, e qual o tipo de alinhamento de interesse em jogo, se é que existe algum alinhamento... Em última instância, tudo se resume à qualidade das pessoas envolvidas. Eu sei que é clichê dizer esse lance das pessoas, mas e daí? Os melhores clichês têm amplo apelo prático. E nós somos analistas de pessoas, não de planilhas. Analisamos pessoas e escrevemos análises para pessoas. Planilhas não querem ficar ricas, pessoas querem.

Obrigado

Do fundo do coração (desta vez, sem ironia), agradeço-lhe pelo interesse neste guia introdutório sobre as pequenas turbinadas.

Queremos realmente chamar sua atenção para os enormes ganhos escondidos dentro do universo de small caps. Não perca essas oportunidades por preguiça, medo ou desconhecimento.

Se tiver mais interesse no tema, convido-lhe a acompanhar nossa série semanal de Ações Milionárias, onde falamos continuamente sobre ações cuja alma há de ser grande.

Disclosure

Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças. Nem a Empiricus nem os analistas respondem pela veracidade ou qualidade do conteúdo.

Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias.

Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da Instrução CVM nº 483/10, que: 

+ As recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.

+ Os analistas são sócios e participam dos lucros da Iguatemi Gestão, que mantém em fundos e carteiras de valores mobiliários que administra ativos objeto de análise por parte da Empiricus Research, podendo daí resultar conflito de interesses.    

* O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

Analistas Responsáveis

Beatriz Nantes, CNPI

Felipe Miranda, CNPI

Rodolfo Amstalden, CNPI*

Roberto Altenhofen, CNPI

Assistentes de Análise

Gabriel Casonato, CNPI-T

João Françolin