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Igreja em Florianópolis Soldados de Cristo

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Igreja em Florianópolis

Soldados de Cristo

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Uma das experiências marcantes que tive em minha vida foi o serviço mili-

tar. Eu tinha 19 anos, em Porto Alegre e estava entrando na faculdade. O Exército Brasileiro me convocou a fazer um curso de oficiais da reserva durante dez meses, mais um estágio no ano seguinte de 45 dias. Tive experiências positivas e negativas, mas ao final, o saldo foi bom. Assim como nos exércitos das nações deste mundo, existe também um exército que é comandado pelo Senhor dos Exércitos. Nes-te fui engajado quando tinha 15 anos de ida-de, através de uma experiência de conversão e novo nascimento.

Existe uma guerra que não é travada no nível visível, no natural, mas na esfera espi-ritual. A Bíblia nos diz que a nossa luta não é contra o sangue e a carne (contra as pessoas), e sim contra os principados e potestades, con-tra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regi-ões celestes (Ef 6.12). E esta comparação, em vários trechos bíblicos é muito clara. Há uma luta, uma guerra sem tréguas, entre o Reino da Luz e o Império das Trevas. E devemos ser bons soldados, engajados pelo Senhor, para fazer como Jesus fez, o qual veio ao mundo e cumpriu a sua missão para desfazer as obras do diabo, fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo, porque o Senhor Deus estava com ele (I Jo 3.8 / At 10.38).

Quando alguém entra numa guerra, tal pessoa pretende ir e voltar. Nos tempos an-tigos, na história do êxodo e peregrinação do povo de Israel, liderado por Moisés, antes de se estabelecerem num território, teve um guerreiro valoroso, que era um dos príncipes em sua tribo e seu nome era Calebe. Ele, jun-to com mais 11 espias, foi enviado por Moisés para espiar a terra de Canaã. Sua missão era arriscada, pois tinham que ir e voltar da terra dos inimigos. Este mesmo homem, cheio de fé e visão profética, viveu muitos anos e pode entrar na terra prometida, junto com apenas mais um remanescente daquela geração, Jo-sué. Ele diz para Josué, aos 85 anos de idade: “Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou, qual era a minha força na-quele dia, tal ainda agora para o combate, tan-to para sair a ele, como para voltar”. Js 14:11 Este homem, já avançado em dias, recebeu uma parte da terra que cabia à tribo de Judá, Hebrom. E tal terra era ocupada por homens gigantes, valentes; porém ele os desapossou com a ajuda do Senhor. (Js 14 e 15).

O que o soldado precisa para sobreviver na guerra? Quais são os fatores que podem defi-nir que ele terá sucesso ou fracasso? Como ele pode agir para que volte à sua pátria, receba as recompensas e medalhas?

Perseverando até o final,como bons soldados

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Perseverando até o final,

1Ser bem treinado

Um período de treinamento é funda-mental para que o militar consiga ser

um bom profissional. Assim também o discí-pulo, precisa ser preparado e capacitado pela escola do Senhor. Para tanto é necessário ser ensinável, alguém que quer aprender e prati-car o que aprendeu. Um bom soldado precisa de um a dois anos para ir para uma ação real. Um sargento demora de 4 a 5 anos. Um ofi-cial, mais ainda, precisa de 5 anos (ou mais) para estar pronto para a ação. O treinamento do Senhor é feito através das tribulações, dos desertos, do ensino dos irmãos, das práticas e nossas experiências. O Senhor Jesus iniciou seu ministério após um período no deserto. Ele também havia sido preparado pelo Pai durante os anos da sua juventude.

2 Saber a sua missão

O soldado de Jesus deve saber o seu cha-mado dentro do projeto em que foi en-

volvido. Deus, nosso Pai, quer constituir uma família de muitos filhos, semelhantes a Jesus, para a Sua glória. A humanidade, começando em Adão, se desviou do projeto de Deus. Cer-tamente o Senhor queria uma comunhão per-feita com seus filhos, sua família, mas isto não

foi possível pelo pecado. Jesus veio para este resgate, para esta restauração do propósito de Deus. E este avançar de território que havia sido roubado pelo inimigo é onde a Igreja, os discípulos, deve avançar. Há prisioneiros de guerra que precisam ser libertadas pelo Se-nhor e seu exército.

Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne (pessoas), e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso – nas regiões celestes (...) Ef 6:12

Paulo, o apóstolo, sabia que precisava le-var o Evangelho do Reino a outros povos, para serem salvos, mas sabia também que ele precisava se cuidar para não ser desqualifica-do. Tinha que ser um obreiro usado e apro-vado. Disse também para seu filho espiritual Timóteo que ele devia ter foco, alvo, objetivo. Não se envolver com os negócios desta vida.

Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. I Co 9:26,27

Participa dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer aquele que o arregimentou. 2 Tm 2:3,4

como bons soldados

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3Conhecer o inimigo e o seu território

Na guerra do Vietnam (1955/1975) os americanos foram derrotados, porque não co-nheciam o território, as suas táticas e muito me-nos o inimigo com que lutavam. Diversas arma-dilhas nas selvas eram preparadas: covas com setas envenenadas, granadas armadas entre as árvores, bolas pesadas com pontas agudas que eram largadas do alto das copas, túneis estreitos onde os soldados ficavam entalados. O próprio fuzil dos soldados americanos falhava com o ex-cesso de umidade e lama. Muitos soldados ame-ricanos foram mortos, em menor número que os vietcongues, mas ainda que em inferioridade técnica e econômica, estes venceram. Devemos saber que o território da guerra é o mundo e não podemos nos identificar com o mundo (sistema espiritual do mal que ainda governa as nações da terra), pois o Senhor Jesus disse que apesar de estarmos no mundo, mas não pertencíamos a este mundo. E que o mundo está morto com o maligno.

E a quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque, de fato, o que tenho perdoado ( se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que Satanás não alcance vantagem sobre nós; porque não lhe ignoramos os desígnios (ou ardis). 2 Co 2:10-11

O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Jo 10:10

4Usar todo o equipamento de defesa e ataque

Um soldado só vai para o front se estiver totalmente equipado, sabendo usar seu mate-rial. Hoje em dia temos uma série de equipa-mentos e tecnologias voltadas à indústria bé-lica. O vestuário, com roupas que permitem o soldado suar sem molhar sua roupa, mas ainda o protegendo do frio. Existem tecidos com proteção UV (ultra violeta) e materiais de última geração que aliam leveza e extrema resistência. As armas de fogo são preparadas para funcionar em situações extremas de cli-ma (umidade, temperatura e pressão). Equi-

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pamentos de visão noturna, bússolas e GPS (aparelhos de localização geográfica) ajudam o soldado em terrenos que não conhece.

Antigamente a armadura de um soldado era mais simples, constituída de calçados, pe-derneiras de proteção, escudo, espada, capa-cete e couraça. Não menos eficiente, no entan-to, para as condições de guerra daquela época.

Na guerra espiritual, a Bíblia nos ensina que as nossas armas são excelentes e muito potentes, capaz de destruir fortificações, cas-telos e bunkers.

Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…2 Co 10.4-5

A Bíblia nos recomenda a tomar todo o equipamento que o Senhor fez para nos prote-ger, toda a armadura de Deus.

Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Ef 6.13

No capítulo 6 de Efésios, vemos todo o equipamento:

�Cinto da Verdade �Couraça da Justiça �Calçado da preparação do evangelho �Escudo da fé �Capacete da Salvação �Espada do Espírito �Oração no Espírito �Vigilância e súplica por todos os irmãos

Creio que poderíamos acrescentar ainda a oração pelos nossos líderes e não esquecermos da boa consciência (consciência pura diante de Deus), o que nos garantirá que não “naufraga-remos” na fé (Ef 6.19; Rm 15:30; I Tm 1:19).

5 Se submeter à autoridade

Um soldado precisa conhecer a sua ca-deia de comando, quem é a voz daquela

pessoa que o ajudará no combate. E um soldado que não é disciplinado não conseguirá sobrevi-ver na guerra. É importante, neste contexto, que

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o discípulo conheça o seu papel, a sua função, para que use seus dons e ministério, na coope-ração de toda a equipe.

Precisamos entender, no Reino da Luz, os ca-nais da autoridade de Deus. Muitas vezes não tocamos neste assunto, pois podemos ter tido experiências de abuso de autoridade, de autori-tarismo “carnal”, que não provinha de Deus. No entanto, a autoridade de Deus é para edificação, não destruição. A pessoa, que tem autoridade vinda de Deus, é quebrantada, serve, dá a sua vida pelos outros e não busca o seu interesse, mas do Senhor. Nesta estrutura de amor não há espaço para dominação ou autoritarismo (nem messianismo), mas um ambiente para a frutifi-cação e desenvolvimento natural da igreja.

A obediência e a submissão estão vinculadas com a fé. Este foi o caso do centurião que supli-cava por um milagre de Jesus, pois ele entendia a autoridade de uma forma muito prática, pois era um militar romano.

Pois também eu sou homem sujeito à autori-dade, tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Mt 8.9

6 Saber que faz parte de um grupo, de uma equipe

Ninguém faz uma guerra sozinho. Fazemos parte de uma equipe, de um exército. Precisamos entender que não temos todos os dons, precisa-mos dos nossos irmãos para nos completarem, para nos ajudar em nossas debilidades e carências.

De quem todo o corpo, bem ajustado, e consolidado pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para edificação de si mesmo em amor. Ef 4:16

Quando estamos juntos e trabalhando em har-monia, o resultado é muito maior que “apenas a soma das partes”. A guerra é do Senhor dos Exér-citos, é Ele que nos ajuda e nos dá a vitória antes de terminar a batalha.

Um só homem dentre vós perseguirá a mil; pois é o Senhor vosso Deus que peleja por vós, como já vos tem falado. Js 23.10

Cinco de vós perseguirão a um cento deles, e cem de vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós. Lv 26.8

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Importante lembrar que, na guerra, os solda-dos feridos são socorridos. Há um enorme esforço de ajuda e recursos. Assim também na luta em que estamos envolvidos como cristãos, não pode-mos abandonar os nossos feridos.

Exortamo-vos também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. I Ts 5:14

7 Perseverar até o final.

Não podemos desistir, não podemos fra-quejar na batalha. O soldado para ganhar

sua recompensa deve ir até o final do tempo da guerra, firmado no objetivo de corresponder ao chamado de convocação do seu exército. Assim também é conosco nesta guerra. Jesus em vários momentos em que estava com os apóstolos ele dizia a importância de perseverar, de continuar, de firmar firme até o final.

Pela vossa perseverança ganhareis as vossas al-mas. Lc 21:19

A história de Gideão, um dos juízes de Israel,

retrata muito bem a perseverança do bom sol-dado, que mesmo cansado, continua lutando.

E, como Gideão veio ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, já cansados, mas ainda perseguindo. Jz 8:4

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos. 2 Co 4.8-10

Finalmente, o que pode nos tirar o foco, o que pode atrapalhar o “soldado de Cristo” para que não complete sua carreira?

No Antigo Testamento há um texto que fala sobre as leis da guerra. Vejamos:

Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos. Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre.

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algunsdireitoreservados

Compartilhar é um boletim informativo feito com a ajuda de vários irmãos. Edição: Rogério Jr. Supervisão: Cláudio Cabral e Adelar Colussi. Impressão: PostmixMande seu aviso e sugestão de texto para [email protected], ou fale com nossa equipe

Associação da Igreja em Florianópolis www.igrejaemflorianopolis.com.brRua Tereza Cristina, 62, Estreito (rua da Farmácia do Canto) Tel: 3224-2377

E qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro a desfrute. E qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro homem a receba. E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual é o homem medroso e de coração tímido? Vá, e torne-se à sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração. Dt 20:4-8

Naquela época, todos aqueles que es-tavam envolvidos, de coração, com algo importante em sua vida, não deveriam ir à guerra. Podia ser uma casa nova, uma vi-nha nova ou um noivado. E também aque-les que tinham medo e timidez não eram habilitados para ir à guerra.

No Novo Testamento, na parábola das Bodas contada por Jesus no evangelho de Lucas 14:18-20, vemos os mesmos prin-cípios sendo ensinados, porém usando a alegoria do convite para um grande jantar, feito por um homem importante.

E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me

hajas por escusado. E outro disse: Casei, e portanto não posso ir.

Coisas e acontecimentos legítimos como negócios, propriedades e relacionamen-tos podem se tornar prioritários em nossa vida, em termos de tempo e afeição, que tais preciosidades podem nos desviar do foco de “somente agradarmos àquele que nos arregimentou”. Quando estamos en-volvidos com “algo novo”, parece que esquecemos tudo que antes fazíamos. Pre-cisamos cuidar com novidades em nossa vida. Elas fazem parte da nossa vida, mas não podem tomar conta do nosso coração e nos fazer esquecer qual a missão que nós temos e para quem estamos vivendo. Se observarmos o tempo que vivemos, a so-ciedade é movida por “novidades” e “pre-cisamos ter” estas novidades para “sermos felizes”. Será que é necessário ser assim?

Que o Senhor Jesus nos ajude, através do Santo Espírito, a lutarmos como Cale-be, que tinha seu coração “totalmente” em Deus e confiou plenamente que Ele daria tudo o que prometeu. E que o faria ir e vol-tar da batalha, com a mesma força, alegria e disposição.

Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou, qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele, como para voltar. Js 14: 11