SpaSSo memória WAGUINHO, O CRAQUE DE SUMARÉ · ser como Waguinho, o craque de Sumaré. Alaerte...

1
Vereador Décio Marmiroli (PSDB), autor do projeto de Lei SPASSO MEMÓRIA 4 Associação Pró-Memória de Sumaré [email protected] Cidades Câmara aprova divulgação mensal de multas de trânsito Pacientes ficam sem atendimento na UBS do Jardim Picerno Marmirolli (PSDB) estava em tramitação na Casa há três anos. O projeto segue agora para sanção do prefeito José Antonio Bacchim (PT), que ainda pode vetá-lo total ou parcialmente. Segundo a proposta, o nú- mero total de multas aplicadas no município, por agentes de trânsito e pelos equipamentos eletrônicos (radares) e os valo- res arrecadados com o recolhi- mento das penalidades deverão ser divulgados até o dia 10 de cada mês. A publicação deve- “As outras mulheres que precisam de um atendimento de rotina acabam ficando sem a consulta. A coordenação do posto faz o que pode, mas precisa de mais médico no local”, criticou a jornaleira Maria Ângela Siqueira, de 48 anos. Ela contou que conse- guiu um encaixe em virtude de alguns exames, mas outras usuárias não conseguem o mesmo e ficam desassistidas. O problema também foi denunciado esta semana pelo vereador Josué Cardozo rá ser feita na imprensa oficial do município ou nos cadernos de editais de jornais da região e em quadros da prefeitura. A publicação do número total de multas deverá ser dividida por tipo de infração. Além desses dados, um relatório detalhado com infor- mações sobre a aplicação dos recursos arrecadados com as multas também deverá ser dis- ponibilizado para os cidadãos. De acordo com o artigo 320 do CTB (Código de Trânsito (PT). Através de requerimen- to o parlamentar cobrou uma solução e sugeriu que a pre- feitura remanejasse profis- sionais de outras unidades da rede para atender a demanda da UBS. Segundo informa- ções do documento, cerca de 130 gestantes passam por atendimento no postinho. A Secretaria de Saúde de Sumaré informou, em nota, que está contratando uma médica ginecologista para a unidade. A previsão é de que a profissional inicie o atendi- A SMMUR (Secretaria Mu- nicipal de Mobilidade Ur- bana e Rural) pode ser obrigada a divulgar todos os meses dados sobre a aplicação de multas de trânsito aplicadas no município. Na última sessão da Câmara Municipal, na terça-feira (6), os vereadores aprovaram por 11 votos o projeto de lei 02/2009, que prevê a obrigação. A propos- ta, de autoria do vereador Décio A falta de médico gineco- logista na UBS (Uni- dade Básica de Saúde) do Jardim Picerno tem deixado usuárias sem atendimento. Segundo pacientes, a unida- de possui somente um espe- cialista, que está de férias. Ainda assim, o médico es- taria atendendo uma vez por semana as usuárias grávidas e as que precisam fazer a re- visão pós-parto. Fachada da UBS do Jardim Picerno Renata Muniz/SUMARÉ [email protected] Renata Muniz/SUMARÉ [email protected] Arquivo Arquivo WAGUINHO, O CRAQUE DE SUMARÉ W aguinho so- nhava ser jogador de futebol profis- sional. Nas salas de aula, no Colégio Dom Jayme de Bar- ros Câmara, costumava falar para os colegas, com convic- ção, que um dia iria jogar no time do Corinthians, time do coração. Wagner Santos de Souza Dias nasceu em Sumaré no dia 23 de julho de 1963. Seu pai, Sinézyo de Souza Dias, tinha vindo de Americana para tentar a vida em Sumaré, como sapateiro, com a espo- sa César Santos de Souza e os irmãos Vitor Oscar Santos de Souza, Marlene de Souza Dias Cruz e Marilda Souza Dias Prestes da Silva. Sua aprendizado começou no Clube Recreativo Sumaré, no time juvenil dirigido pelo Paulo Ghirardello e Douglas Ferreira, o “Salim”. Franzi- no, de pernas finas, mostrava que ia ter futuro com a bola. Enquanto essa oportunidade não chegava, encorpou-se nos times amadores da cidade – primeiro com o Santana de Paulo Castanho, depois com o Alvorada, de João Rodomilli. O auge de seu futebol na ci- dade aconteceu em 1979, na decisão contra o Guarani su- mareense. Daí em diante começou seu ciclo de profissionalis- mo. Foi treinar na Ponte Preta de Campinas, com o famoso técnico Cilinho, especialis- ta em revelar jogadores para times profissionais. Com a habilidade que tinha, explo- rada por um grande técnico, deu no que tinha que dar: o menino de Sumaré ia ser um grande jogador de futebol. Foi tricampeão paulista de juniores, tricampeão da Copa São Paulo e Campeão (e go- leador) dos Jogos Regionais por Campinas – disputado em Sumaré. Para jogar nas divisões in- solidariedade, em pessoa, do goleiro Carlos e do zagueiro Osmar Guarnelli, titulares do time principal da Ponte. Depois desse período começou a fase de ouro de Waguinho. Lembra-se com nostalgia dos presidentes do clube: Edson Aggio, Lauro Morais, Carlos Vacchiano. E dos treinadores: Jair Picer- ni, Milton dos Santos, Tuta, Dino Sani, Dadá Maravilha, Carbone e Tim. Sabem o que Tim, o Elba de Pádua Lima, falou dele? - No meu time joga Wa- guinho e mais dez... Em 1982 Waguinho come- çou a treinar e almoçar com os principais jogadores. Jo- gou a primeira partida como profissional nesse ano, sob o comando do Olegário Toloi, o famoso Dudú do Palmeiras. Resultado: Ponte Preta 1 x XV de Jaú 0, gol de Chicão. Sua ascensão como joga- dor profissional foi rápida. Jogaria no Campeonato Bra- sileiro da série A contra o In- ternacional de Porto Alegre: resultado de 2 x 2, com dois passes seus ao Jorge Mendon- ça. Nesse período foi convo- cado para jogar na Seleção Brasileira Sub-20, dirigida pelo Sebastião Lapola, que tinha, entre outros, jogadores como Bebeto, Heitor, Dunga, Mauricinho e Jorginho (late- ral). Infelizmente não pôde ir porque o técnico Dudú não o liberou, por considerá-lo in- lista), Santa Rita de Alagoas, Portuguesa Santista, Operário de Campo Grande, Sendas do Rio de Janeiro e finalmente o Guarani de Campinas, agora como Gerente de Futebol. Nesse verdadeiro “tour” Waguinho tem muita coisa interessante para contar. Uma delas foi ser jogador da Pon- te Preta e treinador do maior rival, o Guarani. A sensação, diz, foi terrível: - No Guarani era chama- do de pontepretano; na Ponte Preta de “traidor”. Precisei ter muita calma e paciência para atravessar esse pedaço da vida. É o momento em que o profissionalismo tem que falar mais alto. Waguinho faz questão de mencionar sua passagem pelo Sendas, do Rio de Janeiro. Segundo ele, a estrutura do clube é de primeira. Nem pa- rece ser um time de pequena expressão. Outro fato muito lembra- do pelo Waguinho aconteceu num jogo no Moisés Luca- relli, contra o Corinthians. Estádio lotado. Torcedores de Sumaré, em peso, foram in- centivar a “macaca”, por cau- sa do Waguinho. Diz que nes- se dia perdeu um gol incrível, quando o placar estava um a feriores da Ponte, Waguinho teve que sacrificar alguma coisa. Começou pelo estu- do – deixou de completar o colegial no Dom Jayme. Fe- lizmente a Ponte já era um grande clube na década de 1980: transformou o menino de Sumaré num grande ho- mem: obrigou-o a completar os estudos no Colégio Ateneu de Campinas, pagando todo o curso. Foi esse diploma que o ajudaria a se formar em Edu- cação Física, em 2006. Como reconhece Wagui- nho, o clube campineiro foi uma escola de vida completa. Além de projetar seu futebol, de pagar seus estudos, deu- -lhe as diretrizes básicas para ser um cidadão: até hoje ele não bebe e não fuma. No futebol, que passou a ser o dia-a-dia, teve que en- carar um segundo desafio: o de ganhar corpo. O menino mirrado tinha que se preparar para ser um atleta completo. Aí entrou o Nivaldo Baldo, presidente da Ponte, que cen- trou no menino o trabalho físico. Waguinho lembra-se que nessa época tinha bron- quite, que foi curada com tra- tamentos pagos pelo clube. Outra coisa que se lembra, com tristeza, foi a morte do pai, em 1984, que não chegou a vê-lo no auge do profissio- nalismo. Waguinho relembra, emocionado, que todo fune- ral foi pago pelo clube cam- pineiro. Nesse dia recebeu a dispensável ao time da Ponte. Em 1986 começaria novo ciclo em sua carreira. Foi em- prestado ao XV de Novembro de Piracicaba, para jogar ao lado de Gaúcho e Dadá Ma- ravilha; em 1987 foi jogar no Hercílio Luz de Santa Catari- na. Nesse lugar lembra-se de ter jogado contra o Falcão do Internacional. Em 1987 veio para o Bra- gantino de Jesus Chedid. Foi campeão da repescagem pau- lista, sob o comando de Ilzo Neri. Em 1988 a Ponte Preta trocou seu passe com o Mogi Mirim, que revelava um novo jogador chamado Roberto. Em 1989 o Rio Branco de Americana comprou seu pas- se. Ficou lá até 1991, sob o comando de Walter Zaparolli, Luiz Carlos Ferreira e Afrâ- nio Riul, que conseguiu levar o time para a primeira divisão paulista, num time que tinha Pianelli e Macedo. Em 1991 foi jogar no Es- portivo de Passos, Minas Ge- rais. O time conseguiu um feito inédito, ainda não supe- rado: foi o terceiro colocado do campeonato mineiro. Em 1992 voltou para o Rio Bran- co, onde jogou até 1993. Do- res intermitentes no púbis obrigaram-no a encerrar a car- reira com 30 anos de idade. TREINADOR Voltando para Sumaré, Waguinho resolveu abrir uma escolinha de futebol, que existe até hoje: a Fome de Bola. Em 1999 foi convidado para ser técnico dos juvenis do União Barbarense. Co- meçava aí uma nova carreira. Em 2001 foi dirigir o infantil do Guarani de Campinas. Em 2002 voltou ao Rio Branco de Americana, agora como téc- nico dos juniores e dos pro- fissionais. Em 2005 voltou ao Guarani, desta feita como Coordenador Técnico. No ano seguinte dirigiu o time principal. No mesmo ano foi para o Atlético Sorocaba. De 2006 até este ano passou pelo Sumaré (na 4ª. Divisão pau- zero para a Ponte. Se tivesse marcado, liquidaria a partida. Só que a Ponte perdeu por 2 a 1. Seu gol perdido fez falta e até hoje é lembrado por ele. Hoje Waguinho divide seu tempo com a escolinha, com a esposa (Adriana de Cássia Menuzzo Pazetti), com os filhos (Siany Pazzeti Dias e Renan Pazetti Dias), e com os amigos de Sumaré e do fu- tebol, como Barbieri, Careca, João Paulo, Nenê Santana, entre outros - craques do fu- tebol campineiro e brasileiro. Não se arrepende de nada, mesmo tendo seguido um percurso difícil para ele e para a família, com viagens e concentrações. Mas fez o que gostava e ainda gosta. Quem agradece é Sumaré. Como filho da terra projetou o nome da terra natal como um atleta de grande qualidade es- portiva e moral elevada. Qualidades raras no fute- bol, que servem de exemplo para os meninos que ajudou e ajuda a treinar. Que sonham ser como Waguinho, o craque de Sumaré. Alaerte Menuzzo – Pro- fessor de História e Diretor da Associação Pró-Memó- ria de Sumaré. Brasileiro), a receita arreca- da com a cobrança de multas de trânsito deve ser aplicada, exclusivamente, em sinaliza- ção, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscaliza- ção e educação de trânsito. “Com esse projeto objetiva- mos cumprir o papel de publici- dade da administração pública e de fiscalização por parte de todo cidadão, real interessado e deten- tor do direito político primário utilizado para eleger seus repre- sentantes”, justificou Marmirolli. mento na próxima semana. A quantidade de pacientes aten- didos por mês pelo ginecolo- gista e a quantidade de horas que o profissional atende no local não foram informados para a reportagem do Spasso Comercial. O problema da falta de médicos nas unidades da rede municipal de Saúde de Suma- ré é a principal queixa feita pela população ao Conselho Municipal de Saúde. A pre- feitura alega dificuldade na contratação dos profissionais.

Transcript of SpaSSo memória WAGUINHO, O CRAQUE DE SUMARÉ · ser como Waguinho, o craque de Sumaré. Alaerte...

Page 1: SpaSSo memória WAGUINHO, O CRAQUE DE SUMARÉ · ser como Waguinho, o craque de Sumaré. Alaerte Menuzzo – Pro-fessor de História e Diretor da Associação Pró-Memó-ria de Sumaré.

Vereador Décio Marmiroli (PSDB), autor do projeto de Lei

SpaSSo memória4

Associação Pró-Memória de Sumaré[email protected]

Cidades

Câmara aprova divulgação mensal de multas de trânsito

Pacientes ficam sem atendimento na UBS do Jardim Picerno

Marmirolli (PSDB) estava em tramitação na Casa há três anos.

O projeto segue agora para sanção do prefeito José Antonio Bacchim (PT), que ainda pode vetá-lo total ou parcialmente.

Segundo a proposta, o nú-mero total de multas aplicadas no município, por agentes de trânsito e pelos equipamentos eletrônicos (radares) e os valo-res arrecadados com o recolhi-mento das penalidades deverão ser divulgados até o dia 10 de cada mês. A publicação deve-

“As outras mulheres que precisam de um atendimento de rotina acabam ficando sem a consulta. A coordenação do posto faz o que pode, mas precisa de mais médico no local”, criticou a jornaleira Maria Ângela Siqueira, de 48 anos. Ela contou que conse-guiu um encaixe em virtude de alguns exames, mas outras usuárias não conseguem o mesmo e ficam desassistidas.

O problema também foi denunciado esta semana pelo vereador Josué Cardozo

rá ser feita na imprensa oficial do município ou nos cadernos de editais de jornais da região e em quadros da prefeitura. A publicação do número total de multas deverá ser dividida por tipo de infração.

Além desses dados, um relatório detalhado com infor-mações sobre a aplicação dos recursos arrecadados com as multas também deverá ser dis-ponibilizado para os cidadãos.

De acordo com o artigo 320 do CTB (Código de Trânsito

(PT). Através de requerimen-to o parlamentar cobrou uma solução e sugeriu que a pre-feitura remanejasse profis-sionais de outras unidades da rede para atender a demanda da UBS. Segundo informa-ções do documento, cerca de 130 gestantes passam por atendimento no postinho.

A Secretaria de Saúde de Sumaré informou, em nota, que está contratando uma médica ginecologista para a unidade. A previsão é de que a profissional inicie o atendi-

A SMMUR (Secretaria Mu-nicipal de Mobilidade Ur-

bana e Rural) pode ser obrigada a divulgar todos os meses dados sobre a aplicação de multas de trânsito aplicadas no município. Na última sessão da Câmara Municipal, na terça-feira (6), os vereadores aprovaram por 11 votos o projeto de lei 02/2009, que prevê a obrigação. A propos-ta, de autoria do vereador Décio

A falta de médico gineco-logista na UBS (Uni-

dade Básica de Saúde) do Jardim Picerno tem deixado usuárias sem atendimento. Segundo pacientes, a unida-de possui somente um espe-cialista, que está de férias. Ainda assim, o médico es-taria atendendo uma vez por semana as usuárias grávidas e as que precisam fazer a re-visão pós-parto. Fachada da UBS do Jardim Picerno

Renata Muniz/SUMARÉ[email protected]

Renata Muniz/SUMARÉ[email protected]

Arquivo

Arquivo

WAGUINHO, O CRAQUE DE SUMARÉ

Waguinho so-nhava ser jogador de futebol profis-

sional. Nas salas de aula, no Colégio Dom Jayme de Bar-ros Câmara, costumava falar para os colegas, com convic-ção, que um dia iria jogar no time do Corinthians, time do coração.

Wagner Santos de Souza Dias nasceu em Sumaré no dia 23 de julho de 1963. Seu pai, Sinézyo de Souza Dias, tinha vindo de Americana para tentar a vida em Sumaré, como sapateiro, com a espo-sa César Santos de Souza e os irmãos Vitor Oscar Santos de Souza, Marlene de Souza Dias Cruz e Marilda Souza Dias Prestes da Silva.

Sua aprendizado começou no Clube Recreativo Sumaré, no time juvenil dirigido pelo Paulo Ghirardello e Douglas Ferreira, o “Salim”. Franzi-no, de pernas finas, mostrava que ia ter futuro com a bola. Enquanto essa oportunidade não chegava, encorpou-se nos times amadores da cidade – primeiro com o Santana de Paulo Castanho, depois com o Alvorada, de João Rodomilli. O auge de seu futebol na ci-dade aconteceu em 1979, na decisão contra o Guarani su-mareense.

Daí em diante começou seu ciclo de profissionalis-mo. Foi treinar na Ponte Preta de Campinas, com o famoso técnico Cilinho, especialis-ta em revelar jogadores para times profissionais. Com a habilidade que tinha, explo-rada por um grande técnico, deu no que tinha que dar: o menino de Sumaré ia ser um grande jogador de futebol.

Foi tricampeão paulista de juniores, tricampeão da Copa São Paulo e Campeão (e go-leador) dos Jogos Regionais por Campinas – disputado em Sumaré.

Para jogar nas divisões in-

solidariedade, em pessoa, do goleiro Carlos e do zagueiro Osmar Guarnelli, titulares do time principal da Ponte.

Depois desse período começou a fase de ouro de Waguinho. Lembra-se com nostalgia dos presidentes do clube: Edson Aggio, Lauro Morais, Carlos Vacchiano. E dos treinadores: Jair Picer-

ni, Milton dos Santos, Tuta, Dino Sani, Dadá Maravilha, Carbone e Tim. Sabem o que Tim, o Elba de Pádua Lima, falou dele?

- No meu time joga Wa-guinho e mais dez...

Em 1982 Waguinho come-çou a treinar e almoçar com os principais jogadores. Jo-gou a primeira partida como profissional nesse ano, sob o comando do Olegário Toloi, o famoso Dudú do Palmeiras. Resultado: Ponte Preta 1 x XV de Jaú 0, gol de Chicão.

Sua ascensão como joga-dor profissional foi rápida. Jogaria no Campeonato Bra-sileiro da série A contra o In-ternacional de Porto Alegre: resultado de 2 x 2, com dois passes seus ao Jorge Mendon-ça. Nesse período foi convo-cado para jogar na Seleção Brasileira Sub-20, dirigida pelo Sebastião Lapola, que tinha, entre outros, jogadores como Bebeto, Heitor, Dunga, Mauricinho e Jorginho (late-ral). Infelizmente não pôde ir porque o técnico Dudú não o liberou, por considerá-lo in-

lista), Santa Rita de Alagoas, Portuguesa Santista, Operário de Campo Grande, Sendas do Rio de Janeiro e finalmente o Guarani de Campinas, agora como Gerente de Futebol.

Nesse verdadeiro “tour” Waguinho tem muita coisa interessante para contar. Uma delas foi ser jogador da Pon-te Preta e treinador do maior rival, o Guarani. A sensação, diz, foi terrível:

- No Guarani era chama-do de pontepretano; na Ponte Preta de “traidor”. Precisei ter muita calma e paciência para atravessar esse pedaço da vida. É o momento em que o profissionalismo tem que falar mais alto.

Waguinho faz questão de mencionar sua passagem pelo Sendas, do Rio de Janeiro. Segundo ele, a estrutura do clube é de primeira. Nem pa-rece ser um time de pequena expressão.

Outro fato muito lembra-do pelo Waguinho aconteceu num jogo no Moisés Luca-relli, contra o Corinthians. Estádio lotado. Torcedores de Sumaré, em peso, foram in-centivar a “macaca”, por cau-sa do Waguinho. Diz que nes-se dia perdeu um gol incrível, quando o placar estava um a

feriores da Ponte, Waguinho teve que sacrificar alguma coisa. Começou pelo estu-do – deixou de completar o colegial no Dom Jayme. Fe-lizmente a Ponte já era um grande clube na década de 1980: transformou o menino de Sumaré num grande ho-mem: obrigou-o a completar os estudos no Colégio Ateneu

de Campinas, pagando todo o curso. Foi esse diploma que o ajudaria a se formar em Edu-cação Física, em 2006.

Como reconhece Wagui-nho, o clube campineiro foi uma escola de vida completa. Além de projetar seu futebol, de pagar seus estudos, deu--lhe as diretrizes básicas para ser um cidadão: até hoje ele não bebe e não fuma.

No futebol, que passou a ser o dia-a-dia, teve que en-carar um segundo desafio: o de ganhar corpo. O menino mirrado tinha que se preparar para ser um atleta completo. Aí entrou o Nivaldo Baldo, presidente da Ponte, que cen-trou no menino o trabalho físico. Waguinho lembra-se que nessa época tinha bron-quite, que foi curada com tra-tamentos pagos pelo clube. Outra coisa que se lembra, com tristeza, foi a morte do pai, em 1984, que não chegou a vê-lo no auge do profissio-nalismo. Waguinho relembra, emocionado, que todo fune-ral foi pago pelo clube cam-pineiro. Nesse dia recebeu a

dispensável ao time da Ponte. Em 1986 começaria novo

ciclo em sua carreira. Foi em-prestado ao XV de Novembro de Piracicaba, para jogar ao lado de Gaúcho e Dadá Ma-ravilha; em 1987 foi jogar no Hercílio Luz de Santa Catari-na. Nesse lugar lembra-se de ter jogado contra o Falcão do Internacional.

Em 1987 veio para o Bra-gantino de Jesus Chedid. Foi campeão da repescagem pau-lista, sob o comando de Ilzo Neri. Em 1988 a Ponte Preta trocou seu passe com o Mogi Mirim, que revelava um novo jogador chamado Roberto. Em 1989 o Rio Branco de Americana comprou seu pas-se. Ficou lá até 1991, sob o comando de Walter Zaparolli, Luiz Carlos Ferreira e Afrâ-nio Riul, que conseguiu levar o time para a primeira divisão paulista, num time que tinha Pianelli e Macedo.

Em 1991 foi jogar no Es-portivo de Passos, Minas Ge-rais. O time conseguiu um feito inédito, ainda não supe-rado: foi o terceiro colocado do campeonato mineiro. Em 1992 voltou para o Rio Bran-co, onde jogou até 1993. Do-res intermitentes no púbis obrigaram-no a encerrar a car-reira com 30 anos de idade.

TREINADORVoltando para Sumaré,

Waguinho resolveu abrir uma escolinha de futebol, que existe até hoje: a Fome de Bola. Em 1999 foi convidado para ser técnico dos juvenis do União Barbarense. Co-meçava aí uma nova carreira. Em 2001 foi dirigir o infantil do Guarani de Campinas. Em 2002 voltou ao Rio Branco de Americana, agora como téc-nico dos juniores e dos pro-fissionais. Em 2005 voltou ao Guarani, desta feita como Coordenador Técnico. No ano seguinte dirigiu o time principal. No mesmo ano foi para o Atlético Sorocaba. De 2006 até este ano passou pelo Sumaré (na 4ª. Divisão pau-

zero para a Ponte. Se tivesse marcado, liquidaria a partida. Só que a Ponte perdeu por 2 a 1. Seu gol perdido fez falta e até hoje é lembrado por ele.

Hoje Waguinho divide seu tempo com a escolinha, com a esposa (Adriana de Cássia Menuzzo Pazetti), com os filhos (Siany Pazzeti Dias e Renan Pazetti Dias), e com os amigos de Sumaré e do fu-tebol, como Barbieri, Careca, João Paulo, Nenê Santana, entre outros - craques do fu-tebol campineiro e brasileiro.

Não se arrepende de nada, mesmo tendo seguido um percurso difícil para ele e para a família, com viagens e concentrações. Mas fez o que

gostava e ainda gosta.Quem agradece é Sumaré.

Como filho da terra projetou o nome da terra natal como um atleta de grande qualidade es-portiva e moral elevada.

Qualidades raras no fute-bol, que servem de exemplo para os meninos que ajudou e ajuda a treinar. Que sonham ser como Waguinho, o craque de Sumaré.

Alaerte Menuzzo – Pro-fessor de História e Diretor da Associação Pró-Memó-ria de Sumaré.

Brasileiro), a receita arreca-da com a cobrança de multas de trânsito deve ser aplicada, exclusivamente, em sinaliza-ção, engenharia de tráfego e de campo, policiamento, fiscaliza-ção e educação de trânsito.

“Com esse projeto objetiva-mos cumprir o papel de publici-dade da administração pública e de fiscalização por parte de todo cidadão, real interessado e deten-tor do direito político primário utilizado para eleger seus repre-sentantes”, justificou Marmirolli.

mento na próxima semana. A quantidade de pacientes aten-didos por mês pelo ginecolo-gista e a quantidade de horas que o profissional atende no local não foram informados para a reportagem do Spasso Comercial.

O problema da falta de médicos nas unidades da rede municipal de Saúde de Suma-ré é a principal queixa feita pela população ao Conselho Municipal de Saúde. A pre-feitura alega dificuldade na contratação dos profissionais.