Sumário - blob.contato.io · meios de como entender e resolver os problemas cotidiados...

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SumárioSobre o autor ............................................................................................................3

Sobre a obra .............................................................................................................4

O que é um cachorro? ..............................................................................................5

‘Tô’ chegando ...........................................................................................................6

E começam os conflitos............................................................................................7

Destruindo coisas .....................................................................................................9

Por que eu fiz isso? Porque te amo .......................................................................11

Oba...vou passear no parquinho ............................................................................12

SAS (Síndrome da Ansiedade de Separação) .......................................................13

Latidos ....................................................................................................................15

Humanização..........................................................................................................17

Básico de alimentação e higiene ............................................................................19

Para finalizar ..........................................................................................................22

Destaque de artigo .................................................................................................23

Dedicatória .............................................................................................................24

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sobre o autor

Eu não sou veterinário, biólogo, zoólogo e nem possuo qualquer formação relacionada diretamente a animais. Também não sou cachorreiro e nem protetor de animais. Acredito e apoio a causa animal com minha especialidade que é espalhar a informação básica.Meu trabalho como designer gráfico, diagramador, arte finalista e pesquisador (e recém descober-to, humorista) permitiram garantir o sucesso da minha criação, a Revista 4 patas.Tudo começou com a adoção do cãozinho abandonado Brad (o branquinho da foto) resgatado da rua correndo risco de atropelamento pois foi encontrado perseguindo carros como se procurasse seu dono (interpretação pessoal frente a forma como se comportava).Quando assumi essa posse, houve necessidade de conhecer mais a fundo o universo canino para entender muitas coisas que nem imaginava existir.Após muitas pesquisas para poder oferecer uma vida digna a este cãozinho carente, descobri um outro mundo onde existiam maus-tratos, abandono, descaso e na maioria das vezes por desconhe-cimento de que o mundo dos animais é completamente diferente da realidade humana.Latidos, que são a forma de comunicação dos cães, podem gerar maus-tratos, abandono e até morte do animal que não entende porque está sendo “castigado” por algo da natureza dele. Castigo é coisa de humano.A forma de interação com o mundo à sua volta não pode seguir um raciocínio lógico humano pois, mesmo que a maioria das pessoas pensa, ele não é um animal e humanizar um cão (ou gato) é o maior erro cometido. Faz mal à pessoa e principalmente ao bicho.Frente a tudo isso, tanto as publicações da 4 patas quanto este e-book sempre tentará informar e levar as pessoas a uma reflexão de como estão tratando os seus e outros animais.

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sobre a obraTodo material deste e-book faz parte de pesquisas em fontes seguras, parceria de colaboradores experientes expontâneos e uma dose de um dia a dia com Brad e sua companheira Bela (a ama-relinha da foto) que também veio de uma vida difícil de descaso e maus-tratos de seu “ex-dono”.Aqui você irá encontrar um resumo básico dos assuntos e dúvidas mais comuns relacionadas a saúde, higiene, alimentação, comportamento, adestramento básico e outros aspectos do mundo dos cães. Fontes são citadas quando compiladas.Com uma leitura leve, bem humorada e objetiva tentarei, se não esclarecer totalmente, apontar os meios de como entender e resolver os problemas cotidiados relacionados ao seu pet.E algumas das histórias terão a participação especial dos meus e outros cãezinhos que farão o papel deles mesmos.Boa leitura e até a próxima tentativa de ser um escritor de sucesso.

João Fernando Gomes

Sobre as imagens: Capa/Capítulos: Banco de Imagens

Fotos piada: Reprodução

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O QUE ÉUM CACHORRO?“O cão (Canis lupus familiaris), no Brasil também chamado de cachorro, é um ma-mífero canídeo, subespécie do lobo, e tal-vez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. Teorias postulam que surgiu do lobo cinzento no continente asiático há mais de 100.000 anos. (...)”Fonte: Wikipedia

Está achando graça do título? Pois parece que muita gente ainda não sabe o que é um cachorro ou tem uma interpretação bastante confusa sobre esse bichinho peludo de quatro patas e um rabo.Existem pessoas que acham que são bebês, um símbolo de sta-tus, outros acham que é um ser inferior que só existe para servi-lo ou diverti-lo, ser um alarme barato contra ladrões e pior ainda, acham que eles não sentem dor, fome, sede e nem precisam de cuidados. Muitos trocam cão “de raça” por iPhone (pasmem!).Para estas pessoas, a melhor maneira de mostrar o que é um ca-chorro não é apenas xingando ou amaldiçoando nas redes sociais mas sim informando de que todos os animais existem por um pro-pósito da Natureza. Sua companhia é um privilégio.Pelas notícias que vemos na TV, jornais e principalmente nas re-des sociais, temos a certeza de que muita gente ainda não enten-de por que os animais existem.Eles não foram criados para serem substitutos de filhos, compa-nheiros ou qualquer outro ser humano, não são fonte de alimento, não são alarmes baratos para proteger patrimônios, não são ítens de moda e muito menos são objetos descartáveis quando não ser-vem mais para algum propósito. Melhor repetir.Eles são uma responsabilidade para sua vida toda, que é bem curta - média de 14 anos - sendo mais ou menos conforme a raça e forma de como são cuidados.Entender um cão é uma missão, um dever e é para isso que este material foi criado. Daqui para a frente, já sabendo que todos des-cobriram o significado da palavra cão, vou partir para as próximas etapas essenciais para uma vida harmônica com seu amiguinho.Vamos começar do início, com a chegada dele na casa, levando em consideração de que sua escolha foi sensata e todas as pes-soas envolvidas no convívio com ele estão de acordo com sua decisão. Sim, este é outro fator importantíssimo pré-adoção de qualquer animal de estimação.

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“Tô chegando! ”Não importa se ele é um vira-lata adotado ou um cão de raça que “custou os olhos da cara”. Ne-nhuma situação desta faz dele melhor ou pior. Claro que sempre incentivarei a adoção mas não sou de jogar pedras em quem quer comprar aquela raça dos sonhos. Apenas tome cuidado para não incentivar as fábricas de filhote ou criadores de fundo de quintal. Pesquise e conheça o vendedor e esqueça a Internet. É boa para outras compras de objetos de consumo.Pode ser um filhote, adulto ou idoso (posso até generalizar pois todos são cães).Quando ele chega em casa, para todos é uma alegria porque ele é fofinho, engraçadinho e uma novidade.Dependendo do grau de desejo do adotante ele recebe ração de qualidade, caminha, brinquedos, petiscos e todo mimo que o dinheiro possa comprar.

Mas o que está passando pela cabecinha dele?

Este mundo novo deve ser explorado com as características que a mãe Natureza lhe deu: olfato, audição, visão e paladar - nesta ordem.Ele vai cheirar tudo, prestar atenção nos sons do novo ambiente, sentir a energia emanada por todos os seres humanos que o rodeiam e depois provar tudo que lhe deem e pareça alimento.Vai utilizar de seu instinto para entender a hierarquia do local, quem é o “cão dominante”, descobrir os limites impostos mas nunca vai mudar o que ele é: um cão.

Ele não fará isso, por exemplo:

Aquela cortina não combina com o sofá!

hmmm...essa é minha nova casa?

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E começam os conflitos

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Quer seja ele um filhote ou um adulto rejeitado, ninguém ensinou algumas regras básicas do mun-do dos humanos. Então trava-se a primeira batalha:

- Manhêeeee....o Wilbor fez xixi no tapete! (ahhh sim...nosso personagem cão terá esse nome sempre)

A primeira reação do cãozinho em seus pensamentos seria:- Ai meus ouvidos, porque essa pequena humana está gritando tanto? (cães tem uma audição mui-tas vezes superior à nossa).

Imaginando que essa família é o foco do assunto, ou seja, não sabe o que é um cachorro, vem a mãe super brava já com um balde com água e desinfetante e um pano esbravejando:

Esse cachorro só faz sujeira!

E começa a esbravejar com ele dizendo que ali não é lugar para isso, etc. Mas a mãe Nature-za nunca disse que existe um lugar certo. Deu vontade, deve fazer. Algumas pessoas podem até passar dessa fase para algo pior como bater no cão, esfregar seu focinho e coisas piores. Cuida-do, isso é coisa do tempo da sua avó.

PARE E ENTENDA: Os cães não sabem que fizeram algo errado, uma punição além de não servir prá nada pode gerar medo, agressividade e nem por isso ele aprendeu alguma coisa.

Mas o Wilbor fez cara de culpa...sabe sim! (esbraveja nossa personagem).

NÃO...os cães não sentem culpa ou vergonha por alguma “travessura” pois estes sentimentos são exclusivos dos humanos. Estudiosos já pu-blicaram que sua reação é devido a atitude do

seu dono ao brigar com ele. E não adianta querer puní-lo depois de algum tempo pois ele perderá a conexão com aquela situação e nunca vai aprender a não repetir mais.Dependendo da situação, os recursos encontrados são alguns produtos próprios para reprimir ou direcionar o local do xixi, por exemplo ou a contratação de um profissional em adestramento e comportamento canino. Utilize uma mistura de água, bicarbonato de sódio e umas gotas de desin-fetante (se preferir) para eliminar o local errado.

Mas ele baixa a cabeça e se esconde não olhando prá mim!, retruca a mãe.

Sim...mas isso é um instinto de matilha onde o olhar é interpretado como algo ameaçador. Se ele o tem como líder na matilha e “levou uma bronca”, ele sabe que deve desviar os olhos e se manter submisso para que aquela situação acabe logo.A forma mais adequada para ensinar seu cão no momento que ocorrer algo errado é manter a voz firme, mostrar o “estrago” e em seguida o ignorar por algum tempo. Grande chance de que ele pode aprender algo com essa situação.

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Destruindo coisas

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Se ele quebrou ou danificou, alguma coisa a culpa é sua por deixar em local que ele tivesse acesso. Lembre-se que nunca o cão terá a intenção de destruir algo apenas para lhe irritar ou de-monstrar que não gosta de você pois para isso ele aprendeu com os instintos naturais de defesa mostrar-se agressivo e ameaçador. Nada sutil.

Não não vai desviar de um vaso perto da borda de uma mesinha de centro porque sabe que pode cair. E muito menos vai se preocupar com ele quando estiver excitado por lhe ver ou para ganhar um brinquedo ou pestisco. Eles focam apenas naquela situação e em mais nada.

Se cavocou a terra do seu vaso, novamente vem seu instinto animal falando mais alto. Seus ante-passados faziam muito isso para procurar comida ou arrumar o lugar para dormir.Por isso ele roda, roda, roda...para dormir na sua caminha.

A exploração do ambiente e objetos para o cão é sua forma de interagir com este novo universo. Ele pode roer seu sapato por vários motivos e não apenas para te chatear.

Vou listar alguns pontos que possam estar ligados à destruição:

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Por que eu fiz isso? Porque te amo!

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Seu cheiroRoupas, sapatos, objetos e tudo que você toca tem seu cheiro que para ele é algo associado a bem-estar. Você é o motivo para ele existir. Você é o centro do seu universo. É quem o alimenta, cuida da higiene, brinca e uma infinidade de instintos relacionados a uma matilha. Claro que para que ele destruir aquele objeto pode haver outro motivo que precisamos entender e que serão des-critos mais à frente.

Eu conheci uma cocker spaniel da minha tia chamada Lolita que tinha a obsessão de pegar todas as roupas que encontrassem e levava para debaixo do sofá. Ninguém podia se aproximar que ros-nava e ficava muito estressada defendendo seu tesouro. Só minha tia conseguia pegar as roupas para lavar mas ela depois fazia tudo de novo.

Esta história ilustra que cada cão é único e não podemos generalizar com a maioria dos casos. Alguns guardam mas tem outros que destroem mesmo para passar o tempo.

Acúmulo de energiaPara cães que não têm uma rotina de passeios diários ou são ignorados na maior parte do tempo, é provável que vá buscar algo novo para se entreter. Serve qualquer coisa nova que esteja ao seu alcance desde os pés de um móvel à correspondência que o “carteiro inimigo” deixou na altura que possam alcançar.

Os passeios diários e alguma brincadeira com bolinha são perfeitos para gastar a energia acumu-lada e evitar danos e aborrecimentos.

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Vai sair? Já voltou?

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Síndrome da Ansiedade de Separação (SAS)Muito estudada pela Ciência Comportamental e com definições bem claras do que é mas com pou-cas soluções práticas devido a personalidade e estrutura do ambiente de cada cão. Basicamente acontece com todos os cães com maior ou menor intensidade pois sua interpretação do mundo humano se assemelha a bebês que ainda não têm noção cognitiva do ir e vir. Ele acha que se você se ausentar por 5 minutos quer dizer que nunca mais o verá. A melhor forma de adestramento é seguir algumas regras padrão ensinadas por adestradores: não faça alarde ao sair e não faça festa ao chegar.

Problema de saúdeExistem alguns casos onde eles possam ter algum problema dentário e precisam morder coisas para aliviar alguma irritação de gengiva, por exemplo. Neste caso, procure um veterinário para um exame e solução do problema.

Muitas vezes um brinquedo de borracha é o melhor remédio nesse caso.

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Boca no trombone

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E chega a hora dos latidos infernais. Eles latem até para uma folha que cai. Para você parece que fazem apenas para lhe irritar. Partindo do princípio que você ainda não entende seu cão, você pode “perder a cabeça” e como acha que ele te entende, dar uns berros chegando até dar uns tapas nele. (não faça isso!)Novamente você tem que entender que ele late por alguns motivos caninos. A Ciência tenta explicar que existem 3 tipos de latidos: alerta, chamar atenção e para brincar. Segundo Brian Hare, antropó-logo evolucionista americano e especialista em cognição animal, autor do livro The Genius of Dogs (“O Gênio dos Cães”, ainda sem edição em português), os cães podem ser comparados com bebês que imitam a comunicação dos pais. Mas não vou entrar em detalhes sobre como são os tipos de latido mas sim apresentar alguns que você convive no dia a dia.

ALERTAO mais comum de todos levando-se em consideração que todo cão é territorialista e tudo é uma ameaça dentro e fora do seu portão. Quando passa um carro/moto na rua, pessoas na calçada e carteiro ou funcionário de água/luz vai gerar um festival de latidos imediatamente. E ele não precisa estar no portão para isto acontecer porque seu olfato e audição são muito superiores aos nossos. Na cabeça do cão vem a interpretação de que quando ele late, todas estas ameaçam vão embora só porque ele latiu. E ele tem razão por vão mesmo!

CHAMAR SUA ATENÇÃOPara o cão, você é “o líder da matilha” - “o macho alfa” - então ele quer sua atenção a qualquer hora em qualquer situação. Os cães querem ser úteis, querem “trabalhar”, precisam de uma ordem sua. E qual a melhor forma para você olhar e prestar atenção nele? Latindo, claro. Mas cuidado que algumas vezes pode significar que ele precisa de você. Por fome, sede, dor ou algum desconforto que só você poderá ajudá-lo.

CHAMAR PARA BRINCARO latido é bem característico, nor-malmente um/espaço/outro, tipo “Hey...joga a bolinha” dependendo da demora da ação em si. Alguns podem nem latir mas podem espir-rar de ansiedade. (Brad é expert nesse ítem)

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Humanização faz mal

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‘MAS EU TE MORDO DE CIÚMES’Vou falar um pouco sobre “Humanização de cães”. Existem pessoas que exageram no amor pelo pet tratando-o como criança. Amor e respeito pelos animais são características saudáveis espera-das por qualquer um. Mas esse amor tem que ter limites deixando o cão ser sempre CÃO. Um cão humanizado é infeliz pois ele vai ter comportamentos e até sentimentos próprios do ser humano. O pior deles é o ciúme descontrolado.Todos que se aproximam daquele que ele vê como o líder da matilha (bonzinho, que faz tudo que quero, que briga por mim) será hostilizado com latidos e até mordidas. Na visão do cão, aquele comportamento é adequado pois está protegendo seu favorito que lhe satisfaz todos os desejos e nunca o reprime. Praticamente você vira pet do seu pet.Vestir roupinhas e acessórios exagerados como se ele fosse um bonequinho vivo também é preju-dicial. Para o cão o desconforto e para a pessoa a transferência de sentimentos.

Ahhhh...mas tem tanta coisa linda no pet shop!, diz a “mãe” do Wilbor.

Apesar de estarem disponíveis no mercado sem qualquer restrição ou aviso, os sapatinhos caninos são desconfortáveis e com o uso constante podem causar problemas nas patas e coluna do cão. Já viu algum usando aquilo e caminhando tranquilamente? Agasalhos em nosso país tropical nem sempre são importantes visto que na estrutura natural do cão, seus pelos são adequados para suportar temperaturas que nós consideramos baixas. Os pe-los e subpelos existem para regular a temperatura interna do animal tanto para baixas como altas temperaturas. Caso opte por roupas e acessórios, procure os que menos incomodam o animal.Já vi cães embaixo de um sol forte com roupinha de inverno porque o “dono” acha que ele está com frio, está uma gracinha ou “esqueceu” de tirar. Absurdo não?

Mas existem casos piores: as celebridades sem noção!O filme “Legalmente Loira” ilustra muito bem situações reais. A socialite bilionária Paris Hilton que troca de cachorro como troca sua bolsa Prada para aparecer com os “acessórios” nas fotos capta-das por paparazzis. Outro caso também que virou manchete na mídia, foi do cantor (zinho) Justin Bieber que já abandonou macaco, abandonou cão e foi acusado de maus-tratos animal.Existem pessoas que gastam fortunas com festas e mimos caninos apenas para ostentação ou por ser fashion.

Cena do filme “Legalmente Loira” - Divulgação

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Básico de alimentação e higiene

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O QUE UM CACHORRO COME?Este é o maior problema de quem não sabe o que é um cachorro mas vou dividir em duas partes distintas: um se preocupa com o bem estar dele e o outro “não tá nem aí, cachorro come qualquer coisa”

O TUTOR RESPONSÁVELMesmo que eles seja “marinheiro de primeira viagem”, vai perguntar para quem lhe passou o cão (canil ou doação), para o veterinário, na agropecuária, vai “jogar no Google”, enfim, vai querer sa-ber como alimentar adequadamente seu novo amorzinho. Pode até fazer muita coisa errada como exagerar nos petiscos ou não “temperar” a ração ao trocar “porque ele não gosta mais”.As rações são feitas com a mais atual tecnologia acompanhada por profissionais de nutrição animal que as elaboram com tudo que seu cão precisa para ser saudável.Está provado que todo cachorro se dá bem com ração e o fato de ele não comer tem muito mais a ver com problemas de saúde do que com seu lado “gourmet” de paladar.Se le tiver uma rotina de alimentação, vai adorar aquela ração que você acha que ele enjoou. Mas se quer trocar por outro motivo como reduzir o custo mensal ou até mesmo melhorar a qualidade com uma ração mais cara, nunca se esqueça de não efetuar essa troca bruscamente.Temperar a ração significa misturar a anterior com nova por um tempo até que seu metabolismo se acostume com a troca. Se não fizer isso ele pode apresentar rejeição com vômitos, fezes estranhas ou poblemas estomacais. E claro que nossa personagem vai dizer:

“Essa ração (cara ou barata) não presta”.

O TUTOR IRRESPONSÁVELPoderia ser dividido em dois sub-grupos: o que acha que cachorro não tem querer e o que “não resiste àquela carinha linda”O primeiro vai dar restos de prato que é um perigo por conter tempero, ossos de galinha que podem perfurar o intestido do animal, salgadinhos, doces e qualquer coisa “que iria jogar fora”.O segundo é o que desliza comida por debaixo da mesa por “pena do totózinho” muito comum na categoria crianças e pessoas de idade. Esse grupo age muito mais pelo coração do que pela razão e com certeza o pet vai passar muito mal depois de um churrasco, por exemplo.

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ELE TÁ “FEDIDO”!Eis algo muito importante para um tutor de primeira viagem entender. Os cães possuem em sua gené-tica uma proteção que é uma espécie de oleosida-de muitas vezes confundida com sujeira.Os cães não são humanos que precisam de ba-nhos diários sendo adequado passarem por essa “tortura” apenas uma vez por semana.Se ele puder ir a um pet shop, melhor, mas caso queira dar o famoso “banho caseiro” tome muito cuidado em usar apenas produtos caninos e nunca humanos, não molhar dentro das orelhas pois pode causar doenças, secar muito bem para evitar fun-gos e nunca exagerar nos perfumes para deixá-lo cheiroso pois quem gosta disso são os humanos e nunca os cães.Se não sabe cortar as unhas - NEM TENTE - pois elas devem ser cortadas corretamente por conter vasos sanguíneos que podem causar uma hemor-ragia por quem não é experiente.

1- Utilize apenas produtos caninos (shampoo, hidratante e outros relacionados ao banho);2- Sempre dê banho com água morna protegendo as orelhas com algodão parafinado para evitar doenças como a otite;3- Finalizada a parte do banho vem a secagem que deve ser muito bem feita primeiramente com toalha exugando além do pelo, patas, orelhas, dobrinhas (se tiver);4- Se não houver sol ou a possibilidade de uma secagem natural, use um secador de cabelos na opção morna sem se aproximar demais das orelhas, olhos e partes sem pelo. Seque muito bem entre os dedos para evitar fungos e alergias.5 - Aproveite o momento para examinar todo o corpo do seu cão na procura de pulgas, car-rapatos, machucados ou caroços pois eles não podem falar que têm algo errado e algumas vezes nem o pet shop lhe fala.6 - Não abuse de perfumes pois eles foram feitos para os humanos e não para os cães. Co-nhece algum que nunca espirrou com eles? Eles odeiam.7 - Enfeitinhos são um mimo mas cuidado com alguns com elástico (não aperte muito) e com cola (ficam melecados com o calor). Gravatinhas devem ter uma folga de 2 dedos da pele.

E A TOSA?A tosa deve ser feita por profissionais nos dias quentes do ano. A tosa higiência para cães peludos deve ter uma regularidade maior.

Melhor nem tentar fazer em casa.

RECAPITULANDO

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Muita gente acha que ter um cão é status ou caso ele seja um viralata, um objeto inferior que “se vira sozinho”. Está provado que não.Um animal que já teve um lar quando descartado nas ruas pode não sobreviver por 24 horas cor-rendo todo tipo de risco. Ele perde o instinto de defesa ou aprende após muito sofrimento.

Cão tem sentimentos SIM. É muito comum ver na mídia cães que ficam perto de corpos humanos mortos, na frente de hospi-tais de humanos internados, em túmulos de cemitério e até alguns que deixam de comer e morrem de tristeza por ter perdido seu “cão dominante” ou poeticamente, seu “pai ou mãe”.Eles são considerados “os melhores amigos do homem” com razão pois não estão interessados em suas posses mas sim na sua companhia e liderança.Se bem compreendidos podem ter uma longa vida feliz e você só tem a ganhar com isso pois eles conseguem transmitir um amor incondicional.Espero que este pequeno “manual do proprietário” tenha sido útil ou pelo menos, além de divertí-lo, tenha ficado a mensagem de refletir mais sobre a vida animal. TODAS ELAS.

PARA FINALIZARTer um cão é uma forma de crescimento interior. Eu mesmo mudei minha vida no avesso quando decidi adotar o Brad e depois a Bela.Eles são parte importante da minha vida mas eu nunca esqueço de que eles são cães e não devem interferir nos meus planos e rotina diária.Não são humanizados mas com certeza muito amados e nada lhes falta. Só que na hora de brincar, vamos brincar e na hora que preciso trabalhar ou sair, eles tem que entender e se acostumar.O importante é manter o equilíbrio e algumas vezes, manter a calma e ver que são apenas cães que agem por instinto e não inteligência lógica.Decidi acrescentar um artigo muito interessante sobre a descoberta pela ciência da forma como os cães nos veem. Portanto, chamar seu cão de “filho” não está totalmente errado.

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Destaque de artigo

Cães veem os donos como se fossem seus paisPOR Carol Castro - 26/06/2013

Que fofura. E como você é o pai, claro, seu cachorro age como se fosse uma criança – mesmo se ele já estiver velhinho.Foi o que 22 cachorros mostraram numa pesquisa liderada pela veterinária Lisa Horn, da Universi-dade de Viena, na Áustria. Ela os separou em três grupos: um terço ficaria sem o dono, enquanto os outros estariam acompanhados por eles – só que parte dos donos deveria se manter em silên-cio, e outra parte deveria encorajar os cães a fazer as atividades. E tudo o que os bichinhos preci-savam fazer era interagir com alguns brinquedos. Em troca, ganhariam comida.Os cachorros que estavam com os donos passavam muito mais tempo brincando. Nem a comida servia para motivar os cães ‘abandonados’.A pesquisadora refez o teste, mas dessa vez os donos foram substituídos por pessoas desconhe-cidas. Nenhum dos cães mostrou muito interesse pelos brinquedos.Segundo Horn, os testes são suficientes para provar a existência da “área de segurança”. Ou seja, os cães se sentem mais seguros, confiantes e confortáveis na presença dos donos. Sem eles, tudo parece mais perigoso – e sem graça. E é exatamente o que acontece na relação entre pais e filhos pequenos. “Esta é a primeira evidência da similaridade entre o ‘efeito de base segura’ encontrado na relação dono-cachorro e na criança-pai”, diz a pesquisa.Pra quem tem um bichinho é fácil perceber isso, não? Quantas vezes você não disse por aí que seu cachorro age sempre como se fosse uma criança?Crédito da foto: flickr.com/mfhiatt

Obra dedicada ao Brad

O CÃOZINHO QUE MUDOU UMA VIDA

Este e-book foi diagramado e finalizado pela

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