surrealismo-1194825845949535-3

download surrealismo-1194825845949535-3

of 80

Transcript of surrealismo-1194825845949535-3

Mapa estruturalSurrealismo- Contexto histrico- Definio, metodologia, propostas e filosofia - Categorias: - Artes Plsticas (principais obras e artistas) - Literatura

- Teatro e Cinema- Surrealismo no Brasil - Concluso

Contexto histrico

Contexto histrico Fim da Primeira Guerra Mundial; a Europa vive um perodo de instabilidade poltica, social e ideolgica. Revoluo Russa, levou a classe operria pela primeira vez ao poder, fazendo com que o mundo capitalista se sentisse ameaado. Os valores tradicionais passaram a ser mais intensamente questionados, o que, no meio artstico, levou busca de novas formas de analisar e representar a realidade. Manifestaes artsticas surgem como novas alternativas dentro de um mundo angustiado com a guerra, que foi de muitas batalhas e mortes.

Contexto histrico Num ambiente totalmente fragilizado, aparece o Surrealismo. Desestabilizador e desestruturador de toda a idia de cultura existente at ento, prope a juno de imagens bizarras com o intuito de escandalizar e chocar a sociedade; a deformao intencional da realidade.

O que o Surrealismo?

O que Surrealismo O surrealismo foi um movimento artstico fundado na Frana, pelo poeta Andr Breton, na dcada de 1920. Propunha o automatismo puramente fsico, atravs do qual se pretendia expressar, verbalmente, por escrito, ou de outra forma, a verdadeira funo do pensamento.

O que SurrealismoDefinio: O termo surrealismo foi tomado da obra de Apollinaire, e significava uma arte que ultrapassava as aparncias, desobrigada da fidelidade para com o real ou simplesmente um termo que representasse o alem do real.

O que SurrealismoMETODOLOGIAARTES PLASTICAS: colagem, frottage, decalcomania.LITERATURA: escrita automtica.

GERAL: associao livre, automatismo, abordagem intelectual coletiva, colocao de objetos familiares em novos contextos.

O que SurrealismoFilosofia: A criatividade deveria se alimentar aos nveis mais profundos do inconsciente, dos sonhos e alucinaes e a mesmo tempo excluir o pensamento racional. Era preciso banir a razo, o gosto e a vontade consciente do processo criativo. (Andr Breton)

Artes plsticas

Artes plsticasFoi atravs da pintura que as idias do surrealismo foram melhor expressadas. Atravs da tela e das tintas, os artistas plsticos colocam suas emoes, seu inconsciente e representavam o mundo concreto.

A porta para a liberdade (Ren Magritte)

Artes plsticasO movimento artstico dividiu-se em duas correntes: A primeira, representada principalmente por Salvador Dal, trabalha com a distoro e justaposio de imagens conhecidas. Sua obra mais conhecida neste estilo A Persistncia da Memria.

Os artistas da segunda corrente libertam a mente e do vazo ao inconsciente, sem nenhum controle da razo. Joan Mir e Max Ernst representam muito bem esta corrente. As telas saem com formas curvas, linhas fluidas e com muitas cores.

Artes plsticasSalvador Dal Nascido na cidade catal de Figueres, na Espanha, comeou a pintar por volta dos 13 anos. Cinco anos depois, em 1922, Salvador Dal mudou-se para Madri, onde ingressou na Academia de San Francisco e conheceu o poeta Federico Garcia Lorca e o futuro cineasta Luis Buuel.

Artes plsticasSalvador Dal Insere-se no movimento em 1929, com a ajuda da russa Elena Dimitrievna Diakonova (Gala). Dez anos mais velha do que ele, Gala fica com Dal at o ltimo dia de sua vida. No incio da Segunda Guerra, em 1940, Dal e Gala mudaram-se para os Estados Unidos. O casal permaneceu nos EUA at 1955.

Artes plsticasSalvador Dal A partir de 1982, com a morte de Gala, Salvador Dal tornou-se um homem recluso, abatido pelo Mal de Parkinson. Dal viveria at 1989.

Artes plsticasSalvador DalO enigma do desejo minha me, minha me, minha me (1929)

Artes plsticasSalvador Dal

Relembrando o cabeo...

Artes plsticasSalvador Dal Segundo Sigmund Freud, o Complexo de dipo verifica-se quando a criana atinge o perodo sexual da segunda infncia. A criana d ento conta da diferena de sexos, tendendo a fixar a sua ateno libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar. Assim, o menino passa a ter desejo pela me, e a menina pelo pai. Freud baseou-se na tragdia de Sfocles, dipo-Rei, chamando Complexo de dipo a preferncia velada do filho pela me, acompanhada de uma averso clara ao pai. Na pea (e na mitologia grega), dipo matou seu pai Laio e desposou a prpria me, Jocasta. Aps descobrir que Jocasta era sua me, dipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicdio.

Artes plsticasSalvador Dal

Enfim, CUIDADO!

Artes plsticasSalvador Dal

A persistncia da memria (1931)

Artes plsticasSalvador Dal

O grande masturbador (1929)

Artes plsticasSalvador DalO grande masturbador...

... por outro ngulo.

Artes plsticasSalvador DalCristo de So Joo da Cruz (1951)

Artes plsticasSalvador Dal

A tentao de Santo Antnio (1945)

Artes plsticasSalvador Dal

ltima ceia (1955)

ltima ceia (1495 -1497)

Artes plsticasSalvador Dal

Vnus de Milo (1936)

Vnus de Milo (130 a.C.

Artes plsticasMax Ernst- Nasceu em 1891, em Brhl, Colnia, na Alemanha. - Aos 15 anos j copiava paisagens de Van Gogh. - fundou, em 1919, em Colnia, junto com Jean Arp, o grupo Dada. - Uma reao contra uma sociedade falida e destruda moralmente pela Primeira Guerra Mundial.

Artes plsticasMax Ernst- Na Frana, conhece Andr Breton, um dos fundadores do Surrealismo. - Participou ativamente desse movimento, at romper com o mesmo em 1954. - Lutou na 1 guerra mundial pela Alemanha. - Teve sua primeira exposio em 1937, na Alemanha, denominada Arte Degenerada.

Artes plsticasMax Ernst Pintor, escultor e poeta. Crtico em relao a sua prpria criatividade e inspirao. Refletia em suas obras que tentava compreender os prprios mistrios do processo criativo.

Artes plsticasMax Ernst

Quadro para jovens

Artes plsticasMax Ernst

Madonna de Sanzio

Madonna de Ernst

Artes plsticasMax Ernst

Santa Ceclia de Reni

Santa Ceclia de Ernst

Artes plsticasMax Ernst

La femme

Artes plsticasMax Ernst

Colagem

Artes plsticasMax Ernst

Rei a brincar com a Rainha

Artes plsticasMax Ernst

kupferblech

Artes plsticasAlberto GiacomettiNos anos 50, afastou-se do Surrealismo, e comeou a criar figuras extremamente magras e alongadas, que so o marco de sua carreira. Suas formas poderiam ser vistas tanto como representaes do corpo humano, quanto como objetos utilitrios.

Artes plsticasAlberto Giacometti

Mulher, 1927.

Mulher, 1928.

Artes plsticasAlberto Giacometti

Objeto desagradvel a ser jogado, 1931-32

Artes plsticasAlberto Giacometti

Mulher deitada que sonha,1929.

A mulher colher,1926.

Mulher degolada,1932.

Artes plsticasGIORGIO DE CHIRICOCriador da Pintura Metafsica e precursor do Surrealismo.

Antigamente, os pintores costumavam ser loucos e os compradores de pinturas espertos. Agora, os pintores so espertos e os compradores so loucos.

Artes plsticasGIORGIO DE CHIRICO

A dvida do poeta

Artes plsticasREN MAGRITTE Magritte nasceu em Lessines, Blgica, no dia 21 de novembro de 1898 Em 1916, ingressou na Acadmie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas Praticava o surrealismo realista, ou realismo mgico. Comeou imitando a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais potica e viu-se influenciado pela pintura metafsica de Chirico

Artes plsticasREN MAGRITTE Mudou-se para Paris em 1927, onde comeou a se envolver nas atividades do grupo surrealista Pintor de imagens inslitas, s quais deu tratamento rigorosamente realista, ultilizou-se de processos ilusionistas

The Son of Man (1926)

Artes plsticasREN MAGRITTE

Artes plsticasREN MAGRITTE

Artes plsticasPablo Picasso Foi um artista verstil, trabalhou com pintura, escultura e cermica usando todos os tipo de materiais. Na fase surrealista o corpo humano bastante abordado A natureza fsica de seus temas sofre uma transformao, em que a linha entre os diferentes gneros se mantm sempre fluida Tentou expressar os sentimentos, desejos e projeces associadas ao corpo da mulher

Artes plsticasPablo PicassoA obra de Picasso classificada em perodos: Perodo Azul (1901 1905) Perodo Rosa (1905 1907) Perodo Africano (1907 1909)

Perodo Analtico (1909 1912) Cubismo Sinttico (1912 1919)

Artes plsticasPablo Picasso Perodo azul(1901-1905):

- Obras sombrias em tons de azul e verde azulado- Pintou a pobreza, a cegueira, a alienao e o desespero - Sua influncia veio de viagens pela Espanha e do suicdio de seu amigo Carlos Casagemas. - A cegueira um tema recorrente no perodo.

Pablo Picasso

Artes plsticas

The Blind man's Meal (1903)

La Vie (1903)

Artes plsticasPablo Picasso Perodo Rosa (1905 -1907):

- Quando se apaixonou por Fernande Olivier, suas pinturas mudaram de azul para rosa. - Estilo mais alegre com as cores rosa e laranja - Tema freqente: arlequins - O arlequim se tornou um smbolo pessoal para Picasso - Comea a fazer suas primeiras esculturas e gravuras

Pablo Picasso

Artes plsticas

Garon la pipe (1905)

Auto Retrato com capa (1905)

Artes plsticasPablo Picasso Perodo Africano (1907-1909): - Comeou com duas figuras inspiradas na frica em seu quadro Les Demoiselles d'Avignon. - Idias deste perodo levaram ao posterior Cubismo.

Artes plsticasPablo Picasso Cubismo Analtico (1909-1912): - Florescimento do cubismo - Estilo de pintura desenvolvido com Braque, usando cores marrons monocromticas - Pegaram objetos e os analisaram em suas formas

Artes plsticasPablo Picasso

Artes plsticasPablo Picasso Cubismo Sinttico (19121919): - marcado o primeiro uso da colagem nas artes plsticas.- um desenvolvimento posterior do Cubismo no qual fragmentos de papel (papel de parede ou jornais) eram colados em composies.

Artes plsticasPablo Picasso Picasso permaneceu neutro durante a Primeira Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, recusando-se a lutar por qualquer dos lados. Durante a Guerra Civil Espanhola, expressava sua raiva e condenava Franco e os Facistas em sua arte.

Artes plsticasPablo Picasso Se tornou membro do Partido Comunista Depois da 2 Grande Guerra, dedica-se tambm escultura, gravao e cermica considerado um dos pioneiros em realizar esculturas a partir de juno de diferentes materiais

Artes plsticasPablo Picasso Uma das obras mais conhecidas de Picasso o mural Guernica (1937). Retrata a cidade basca de Guernica, aps bombardeio pelos avies da Luftwaffe de Adolf Hitler,durante a Guerra Civil Espanhola. Esta tela encorpora para muitos a desumanidade, brutalidade e desesperana da guerra.

Pablo Picasso

Artes plsticas

Literatura

Poema-colagem de Breton

Fotomontagem de Delacroix & Dellfina

Literatura Automatismo: escreviam quaisquer palavras que entrassem em sua mente. No alteravam o que escreviam, pois isto seria uma interferncia no puro ato de criao. Livre associao de idias Colagens; poemas-colagens: Frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e muitas imagens e idias do inconsciente. Inteno do Surrealismo: misturar imagens e palavras. Dar dimenso visual palavra.

Literatura Provrbio de Paul Eluard: "Elefantes so contagiosos". O Surrealismo o nico movimento moderno que experimentou a criao coletiva.

Criao coletiva: faz-se circular uma folha de papel dobrada, na qual cada um deve escrever uma palavra. A frase que se ler no final, representa o pensamento inconsciente coletivo. Cadavre exquis (cadver delicado): Ao se desenhar em vez de escrever palavras, possvel criar as imagens mais absurdas.

Teatro e Cinema Teatro:- Buscava atravs de suas peas teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilizao e assim despertar o inconsciente da platia. Um das tcnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e platia, durante a realizao das peas

Cinema:- Os cineastas tambm quebraram com o tradicionalismo cinematogrfico. Demonstram uma despreocupao total com o enredo e com a histria do filme. Os ideais da burguesia so combatidos e os desejos no racionais afloram

Surrealismo no Brasil

Surrealismo no BrasilIncio: 1919, na Frana. Influncias na Semana de Arte Moderna de 1922. No Brasil, em 1925, com Prudente de Moraes Neto e Srgio Buarque de Hollanda. Progressos nas comunicaes internacionais.

Surrealismo no Brasil

Surrealismo no BrasilPrecursores:-Descoberta do inconsciente -Influncia de Freud -Publicou um poema na revista Klaxon em 1922 Durval Marcondes

Surrealismo no BrasilPrecursores:

Escritor

Sociedade Brasileira de Psicanlise

Mennoti del Picchia

Surrealismo no BrasilPrecursores:

Surrealismo no BrasilPrecursores:-Walter Zanini (grupo phases). -Surge na Frana em 1954. -Defendia a liberdade de manifestao do inconsciente. -Influencia Grupo Austral de Pintura em 1967.

Surrealismo no BrasilRecepo do movimento no Brasil-Aps anos 20, posio reticente em relao ao movimento. -radicalismo artstico, cultural e ideolgico. -crtica ao bom senso. -visto como "coisa de franceses.

Surrealismo no BrasilRecepo do movimento no Brasil- conservadorismo ideolgico e cultural dominante. - polticas de nacionalismo cultural e de retorno ordem (dc. de 30). - censuras, prises e presses polticas (Era Vargas).

Surrealismo no BrasilPrincipais autores:

Ccero Dias

Melancia

Surrealismo no BrasilPrincipais autores:

Tarsila do Amaral

Abaporu, (1928)

Surrealismo no BrasilPrincipais autores:

Ismael Nery

Mulher Sentada

Surrealismo no BrasilPrincipais autores: Murilo Mendes (foto) Jorge de Lima Escritores

Surrealismo no BrasilPrincipais autores:

Flvio de Carvalho

ConclusoO movimento surrealista foi caracterizado por dois fatores marcantes: estabeleceu uma maneira de pensar a arte nunca vista antes (principalmente no que se refere ao fazer arte). Atravs das idias compartilhadas pelos pertencentes ao movimento, foram pensados e criados mtodos inovadores de produo e reflexo acerca da arte. no entanto, a prpria proposta surrealista de ser algo que fugisse de qualquer padro ou de qualquer tipo de lgica racional foi que acabou por dar fim ao movimento. O estilo surrealista (que pretendia ser permanentemente inovador) fez com que o movimento se inserisse dentro daquilo que os surrealistas mais repudiavam: a lgica (mesmo que fosse uma lgica surrealista).