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SUSTENTABILIDADE Cultura e Responsabilidade Socioambiental (em doze consultorias) Carlos Pedro Staudt – Ecosfera 21 Jundiaí/SP - Brasil 2020 Sustentabilidade, Cultura e Responsabilidade Socioambiental - Carlos Pedro Staudt, Ecosfera 21 - Página 1 / 63

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SUSTENTABILIDADECultura e Responsabilidade Socioambiental

(em doze consultorias)

Carlos Pedro Staudt – Ecosfera 21

Jundiaí/SP - Brasil

2020

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ÍNDICE

GESTÃO AMBIENTAL:CONTÁBIL E ECOEFICIENTE DE INSUMOS E RESÍDUOS

3

GESTÃO DE STAKEHOLDERS 9

PROJETO: PRECIFICAÇÃO INTERNA DE CARBONO (CO2)

12

GOVERNANÇA CORPORTAIVA: PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE

14

ISO 14046:PEGADA HÍDRICA / ÁGUA VIRTUAL

21

ISO 14001 (2015):NOVO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

24

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS:EMISSÃO DE CO2 E ECOEFICIÊNCIA

29

GESTÃO SUSTENTÁVEL DE CARBONO:CO2 RENOVÁVEL, ZERO CO2 E CO2 COMPENSADO

36

SELO AMBIENTAL:PEGADA DE CARBONO DO PRODUTO OU SERVIÇO

41

ECOS 21 CONHECIMENTO:EM AÇÃO PELA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE

45

ECOS 21 SUSTENTABILIDADE:EM AÇÃO PELA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

ECOS 21 CLIMA:EM AÇÃO PELA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

48

53

CASE DE SUCESSO: VIVEIRO DE MUDAS LANGSDORF EPRÊMIO TRANSPORTE RESPONSÁVEL 58

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GESTÃO AMBIENTAL:CONTÁBIL E ECOEFICIENTE DE INSUMOS E RESÍDUOS

Consultoria – Ecosfera 21

A Gestão Ambiental é um modelo de administração alinhado com a sustentabi-

lidade, com práticas e métodos administrativos que visam minimizar o impacto

socioambiental negativo das atividades de uma empresa além de aperfeiçoar

seus processos visando o incremento da ecoeficiência. Para uma boa gestão

ambiental faz-se necessários bons indicadores de desempenho para avaliar o

presente, planejar e estabelecer estratégias para o futuro próximo e o mais dis-

tante.

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O GAContEIR é um modelo de gestão ambiental contábil e ecoeficiente de in-

sumos e resíduos, elaborado pela Ecosfera 21. Estabelece critérios de autos-

suficiência e ecoeficiência. É norteado pela racionalização do uso dos recursos

naturais e minimização da geração de resíduos, efluentes e emissões atmosfé-

ricas (resíduos sólidos, efluentes líquidos e gases poluentes), e pelo uso de

combustíveis renováveis (menos CO2).

Esse modelo de gestão ambiental, em diversos aspectos, está alinhado com

os requisitos da norma ISO 14001 (2015).

Promove a capacitação das lideranças da empresa, a proatividade nas ações

de prevenção da poluição, uso sustentável dos recursos, ecoeficiência, e com-

bate às mudanças climáticas; Orienta o desempenho ambiental da empresa

por meio de superação de metas, principalmente no campo das emissões at-

mosféricas (gases poluentes e CO2), e na geração de efluentes e resí-

duos; contribui para a estratégia de comunicação da empresa com os seus co-

laboradores e stakeholders, através de informações claras, objetivas e confiá-

veis.

1. Contabilidade ambiental

Para efeito de contabilidade são considerados os principais insumos, subpro-

dutos e resíduos alocados em “Entradas e Saídas de Processos” conforme fi-

gura abaixo, a saber: matéria-prima, combustível, energia elétrica, água, resí-

duos sólidos, emissões de CO2, gases poluentes e efluentes líquidos.

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2. Ativos e Passivos Ambientais

De maneira geral as atividades, internas ou externas, de uma empresa causam

impacto ambiental negativo em menor ou maior grau, ou seja, prejuízo ao meio

ambiente. Porém, existe um arcabouço legal que estabelece limites para os im-

pactos.

Os impactos que ultrapassam os limites legais são enquadrados como passi-

vos ambientais. Esses passivos são alvo de ação de órgãos públicos, desde

uma multa até ações de remediação/compensação.

Por sua vez os ativos ambientais podem ser entendidos como impactos ambi-

entais positivos. Por exemplo, desde processos que reduzem a poluição da

água e do ar, minimizam a geração de resíduos, até tecnologias limpas na ge-

ração de energia.

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2.2 Indicadores ambientais

Os passivos e ativos podem ser mensurados por meio de seis indicadores

numa escala adimensional de 100 até -100. São indicadores físicos, não mo-

netários, a saber: EE, RS, H2O, CO2, GP, EL. São descritos a seguir.

EE Consumo de Energia Elétrica (MWh)

Considera-se ativo quando a energia é gerada a partir de fontes renováveis

(eólica, solar, hídrica e biomassa) internamente ou adquirida de terceiros. Para

o passivo vale o mesmo conceito porém gerada por fontes não renováveis. O

consumo de energia elétrica da rede também é considerado um passivo quan-

do representar mais de 40% da demanda, pois se preconiza a geração distri-

buída e a autossuficiência.

Ecoeficiência: Redução do consumo de eletricidade (kWh) por produto / servi-

ço

RS Geração de Resíduos Sólidos (t)

Resíduos sólidos segregados e encaminhados adequadamente para unidades

de triagem, aterro sanitário e/ou aterro industrial são considerados ativos.

Ecoeficiência: Redução da geração de resíduos sólidos (kg) por produto / ser-

viço

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H2O Consumo de Água (m3)

A água consumida proveniente da rede de abastecimento e subterrânea são

consideradas passivos, já a água de reuso é contabilizado como ativo. Outro

ativo é a água de chuva utilizada, e também quando tratada e reutilizada (pro-

cessos industriais, na rega de jardins e nos sanitários). Considera-se passivo

quando a demanda de água da concessionária ultrapassar 40%.

Ecoeficiência: Redução do consumo de água (litros) por produto / serviço

CO2 Volume de Emissão de Gás Carbônico (t)

São considerados ativos na geração de energia térmica (calor para processos

industriais) as emissões de gás carbônico oriundas de fontes renováveis (eta-

nol, Biodiesel, biomassa). Já os passivos são as emissões provenientes de

fontes não renováveis (gasolina, óleo Diesel e gás natural).

Ecoeficiência: Redução das emissões de dióxido de carbono (kg) por produto /

serviço

GP Volume de Emissão de Gases Poluentes (t)

São ativos os gases poluentes de processos industriais quando coletados, tra-

tados e devidamente destinados. Contabiliza-se como passivos os gases não

coletados e tratados.

Ecoeficiência: Redução das emissões de gases poluentes (kg) por produto /

serviço

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EL Volume de Emissão de Efluentes Líquidos (m3)

Os efluentes líquidos (processos industriais) coletados e tratados se enqua-

dram como ativos. Os passivos se referem aos efluentes líquidos não tratados.

Ecoeficiência: Redução das emissões de efluentes líquidos (litros) por

produto / serviço

3. Balanço Ambiental

Uma vez contabilizados os resultados dos indicadores (ativos e passivos ambi-

entais) pode-se fazer o balanço ambiental. Para uma empresa fictícia tomada

como exemplo o resultado foi de 120 pontos negativos. O único indicador que

apresentou saldo positivo foi o CO2, os outros cinco indicadores principalmen-

te demandam uma avaliação cuidadosa e um bom planejamento (curto, médio

e longo prazo) para a redução dos passivos e aumento dos ativos. Veja na ta-

bela abaixo.

Uma contabilidade ambiental ideal apresenta um balanço onde os ativos so-

mam 100 pontos para cada indicador. Essa é a meta a ser alcançada, o norte.

Passivo zero pode ser utópico mais é orientador de metas de melhoria contí-

nua.

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GESTÃO DE STAKEHOLDERS

INTRODUÇÃO

Os Stakeholders (partes interessadas) se apresentam para uma empresa

como organizações (Sindicatos, ONGs, Fornecedores, Clientes), ou indivíduos

(colaboradores, sócios), que estabelecem uma relação de interesses e expec-

tativas diante do desempenho da empresa.

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A empresa atenta aos princípios da responsabilidade socioambiental e

do compliance detecta a importância de se relacionar e se comunicar de uma

forma inovadora com todos os stakeholders, principalmente os que ainda não

haviam sido identificados, e também com os mais tradicionais.

Importante destacar a percepção que a empresa deve ter em estabelecer um

canal de comunicação eficiente em relação as suas ações e propostas que

afetam os stakeholders e definir mecanismos de aproximação com os mes-

mos.

GESTÃO DE STAKEHOLDERS

Envolver os stakeholders sempre foi determinante para o sucesso das empre-

sas. Porém pode acontecer que a empresa não conheça todos os seus stake-

holders, apesar de tentar identificá-los. De outro lado alguns stakeholders po-

dem não conhecer plenamente o potencial impacto (positivo ou negativo) de

uma empresa em relação aos seus interesses.

As expectativas de um determinado stakeholder em relação a empresa não se

traduzem obrigatoriamente em demanda financeira ou direitos legais. Por ve-

zes trata-se simplesmente do direito de ser ouvido.

Como identificar os stakeholders da empresa

Seguem algumas dicas:

1. As obrigações legais são devidas a quem?

2. Quem é afetado direta ou indiretamente pelas atividades ou decisões da

empresa?

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3. Quem participa da solução de problemas atuais?

4. Quem pode contribuir com a organização diante de certos impactos?

• Benefícios

1. Compreender melhor os desdobramentos e consequências de suas ativi-

dades e seus impactos em relação aos stakeholders específicos;

2. Orientar a empresa sobre as suas decisões de maneira a potencializar

os impactos benéficos e reduzir os impactos negativos;

3. Contribuir para a revisão do desempenho geral da empresa;

4. Conciliar os conflitos em relação aos seus próprios interesses e também

dos stakeholders;

5. Somar ao processo de aprendizagem contínua pela empresa;

6. Melhorar a transparência e a credibilidade da comunicação da empresa;

7. Valorizar parcerias e colher resultados significativos entre as duas partes.

Referência: Norma Internacional de Responsabilidade Social – ISO 26000

Saiba mais em: ISO 26000 – Responsabilidade Social

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PROJETO: PRECIFICAÇÃO INTERNA DE CARBONO (CO2)

Está acontecendo um movimento voluntário a nível mundial liderado por muitas

empresas em mais de 40 países, no sentido de estabelecer um preço por to-

nelada de CO2e (gás carbônico equivalente) emitida para a atmosfera

(R$/tCO2e).

Esse movimento vem evoluindo nos últimos anos na medida em que as empre-

sas reconhecem dois importantes posicionamentos estratégicos em relação a

gestão de riscos e/ou oportunidades no que tange o enfrentamento do aqueci-

mento global e seus desdobramentos:

1. Reconhecer os impactos socioambientais negativos (externalidades) de

uma economia baseada em combustíveis fósseis (carvão mineral, deriva-

dos do petróleo e as natural). Estabelecer ações de mitigação das mu-

danças climáticas com a substituição gradual desses combustíveis por

outras fontes (eólica, solar, biocombustíveis).

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2. Se preparar para um mercado mandatório de precificação do carbono.

Produtos e serviços serão tributados em relação ao carbono embutido

(ciclo de produção e venda). Clientes, investidores e outros stakeholders

mais atentos já estão demandando um posicionamento proativo das em-

presas.

Esse movimento se deve a um crescente número de profissionais (de diversas

áreas) mais preparados, responsáveis e conscientes, que entendem que o tra-

dicional modelo de negócios ainda vigente está superado. Também sabem que

os enfrentamentos da atual civilização humana são inadiáveis e urgentes, prin-

cipalmente nos campos das mudanças climáticas (economia de baixo

carbono), da sustentabilidade e da desigualdade social.

Exemplo de precificação de carbono (US$ 50 / tCO2e):

– No segmento de serviços podemos destacar o transporte rodoviário de car-

ga, com uma tributação da ordem de R$ 0,20 / km.

– No segmento industrial podemos destacar a fabricação de perfis de latão,

com uma tributação da ordem de R$ 50,00 / tonelada.

Saiba mais sobre o assunto em: Primeiros passos na precificação de carbono.

http://www.p22on.com.br/2015/07/10/lacus-euismod-pellentesque/

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GOVERNANÇA CORPORTAIVA: PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE

A Governança Corporativa caracteriza-se por um sistema no qual a empresa

toma e implementa decisões na busca de seus objetivos. Os sistemas de go-

vernança podem ser conduzidos por uma pessoa ou grupo de pessoas (propri-

etários, conselheiros, sócios ou acionistas, associados ou outros) e têm autori-

dade e responsabilidade na busca dos objetivos da organização. Esses siste-

mas variam, em função do porte e tipo da organização e do contexto ambien-

tal, econômico, político, cultural e social em que opera.

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Uma boa governança deve incorporar princípios e práticas de prestação de

contas, transparência, comportamento ético, identificação e respeito pelos inte-

resses dos stakeholders (partes interessadas), e respeito pelo estado de direito

na tomada e implementação de decisões.

Tomada de decisões: processos e estruturas

Toda empresa tem processos e estruturas de tomada de decisões. Em alguns

casos, são formais, sofisticados e até sujeitos a leis e regulamentos. Em outros

casos, são informais. Os processos e estruturas de tomada de decisões de

uma empresa devem habilitá-la a:

a) Usar os recursos financeiros, naturais e humanos de forma eficiente;

b) Equilibrar as necessidades da empresa e dos stakeholders, considerando

tanto as necessidades imediatas como as das gerações futuras;

c) Estabelecer processos de comunicação e diálogo com os stakeholders,

identificando as suas expectativas e demandas e definindo estratégias para

engajamento e solução de possíveis conflitos;

d) Equilibrar o nível de autoridade, responsabilidade e capacidade das pesso-

as que tomam decisões em nome da empresa;

e) Acompanhar o processo de implementação das decisões da empresa para

assegurar que elas sejam acompanhadas e prestar contas dos resultados;

f) Definir uma periodicidade para revisão e avaliação dos processos de gover-

nança da empresa.

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Programa de integridade – Compliance (conformidade com as leis e re-gras)

Antes de apresentar os princípios de responsabilidade cabe destacar a

Lei 12.846/13 (regulamentada pelo Decreto Federal nº 8.420/2015) que trata

da responsabilização da empresa (de qualquer porte ou atividade) no caso de

ato de corrupção contra a administração pública, praticado pela diretoria, pro-

prietários, colaboradores em geral, até terceiros (fornecedores).

Portanto a Governança Corporativa além de todos os benefícios que agrega a

empresa torna-se importante instrumento de prevenção contra possíveis atos

de corrupção.

Princípios de Responsabilidade

Recomenda-se que as empresas pautem seu comportamento em normas, di-

retrizes ou regras de conduta que estejam em conformidade com os princípios

aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específi-

ca, mesmo quando representarem um desafio à empresa.

- Prestação de contas e responsabilidadeRecomenda-se que uma empresa preste contas e se responsabilize por:

a) Resultados de suas decisões e atividades, inclusive consequências signifi-

cativas e evite repetições quando não intencionais ou imprevistas;

b) Impactos significativos de suas decisões e atividades na sociedade e no

meio ambiente.

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- TransparênciaRecomenda-se que a empresa seja transparente em relação a:

a) propósito, natureza e localização de suas atividades;

b) como suas decisões são tomadas, implementadas e revistas, incluindo a de-

finição de papéis, responsabilidades e autoridades nas diferentes funções den-

tro da empresa;

c) padrões e critérios usados para avaliar seu próprio desempenho em relação

à responsabilidade socioambiental;

d) seu desempenho em questões relevantes e significativas da responsabilida-

de socioambiental;

e) fonte de seus recursos financeiros;

f) impactos conhecidos e prováveis de suas decisões e atividades em relação

aos seus stakeholders, a sociedade e ao meio ambiente;

g) identificação do seus stakeholders e critérios e procedimentos usados para

identificá-los, selecioná-los e engajá-los (mapeamento).

– Comportamento éticoRecomenda-se que a empresa promova ativamente a comportamento ético por

meio de:

a) desenvolvimento de estruturas de governança que ajudem a promover o

comportamento ético dentro da empresa e em suas interações com outros pú-

blicos;

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b) identificação, adoção e aplicação de padrões de comportamento ético apro-

priados a seus propósitos e atividades;

c) estímulo e promoção da observância de seus padrões de comportamento

ético;

d) definição e comunicação dos padrões de comportamento ético esperados

de sua estrutura de governança, empregados, fornecedores, terceirizados e,

quando apropriado, de seus proprietários, gerentes e, especialmente, daqueles

que têm a oportunidade de influenciar significativamente os valores, cultura, in-

tegridade, estratégia e operação da empresa e das pessoas que atuam em

seu nome, preservando a identidade da cultura local;

e) prevenção ou solução de conflitos de interesse em toda a empresa que po-

deriam, de outra forma, levar a um comportamento antiético;

f) criação de mecanismos de supervisão e controle para monitorar e exigir

comportamento ético;

g) criação de mecanismos para facilitar a denúncia de comportamento antiético

sem medo de represálias;

- Respeito pelos interesses dos stakeholdersRecomenda-se que a empresa:

a) identifique os seus stakeholders;

b) esteja consciente e respeite os interesses de seus stakeholders e responda

às preocupações por eles expressas;

c) reconheça os interesses e direitos legítimos dos stakeholders;

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d) reconheça que alguns stakeholders poderão afetar significativamente as ati-

vidades da empresa;

e) avalie e considere a capacidade relativa dos stakeholders de estabelecer

contato, engajar e influenciar a empresa;

f) leve em conta a relação entre os interesses de seus stakeholders, as expec-

tativas mais amplas da sociedade e o desenvolvimento sustentável, assim

como a natureza das relações dos stakeholders com a empresa;

g) considere os pontos de vista dos stakeholders que possam ser afetados por

uma decisão mesmo que não tenham um papel formal na governança da em-

presa ou não estejam conscientes de seus interesses nas decisões ou ativida-

des da empresa.

- Respeito pelo estado de direitoRecomenda-se que a empresa:

a) cumpra requisitos legais em todas as jurisdições em que opera;

b) assegure que suas relações e atividades estejam enquadradas na estrutura

legal pretendida e pertinente;

c) permaneça informada de todas as obrigações legais;

d) periodicamente analise sua conformidade.

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- Respeito pelas normas internacionais de comportamentoRecomenda-se que a empresa:

a) Considere oportunidades e canais legítimos para influenciar empresas e au-

toridades relevantes para sanar conflitos de comportamento.

b) Evite ser cúmplice das atividades de outra empresa que não sejam consis-

tentes com as normas internacionais de comportamento.

- Respeito pelos direitos humanosRecomenda-se que a empresa:

a) respeite e promova os direitos previstos na Carta Internacional dos Direitos

Humanos;

b) aceite que esses direitos são universais, ou seja, são aplicáveis em todos os

países, culturas e situações de forma unívoca;

c) em situações em que os direitos humanos não estejam protegidos, tome

medidas para respeitar os direitos humanos e evite tirar vantagem dessas situ-

ações;

d) em situações em que a legislação ou sua implementação não prevejam pro-

teção adequada aos direitos humanos, siga o princípio de respeito pelas nor-

mas internacionais de comportamento.

Texto adaptado Norma Internacional de Responsabilidade Social – ISO 26000

Saiba mais em: ISO 26000 – Responsabilidade Social

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ISO 14046:PEGADA HÍDRICA / ÁGUA VIRTUAL

Pegada Hídrica de produtos, mercadorias e serviços

Existe uma metodologia para o cálculo da pegada hídrica. Esse cálculo consi-

dera o volume de água necessário para a realização das atividades de uma

empresa na obtenção de um produto, mercadoria, ou na realização de um ser-

viço. Serve para mapear os seus impactos em relação aos recursos hídricos.

Água virtual

Todo produto possui um determinado volume de água incorporado – conhecido

como água virtual, ou seja, a água envolvida em todas as etapas do seu pro-

cesso de fabricação. Trata-se do comércio indireto da água. Isto significa dizer

que a nossa exigência de água não está restrita ao seu uso direto.

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Componentes da Pegada Hídrica

Para desenvolver o cálculo da pegada hídrica deve-se considerar os seus três

componentes: a pegada hídrica verde, azul e a cinza

Pegada Hídrica Verde

Se refere ao volume de água consumida oriundo da chuva, que fica retida no

solo, consumida na agricultura, pecuária e silvicultura.

Pegada Hídrica Azul

Se refere ao volume de água doce, oriundo dos corpos hídricos superficiais e

subterrâneos (rios, lagos, aquíferos), que é de fato consumido. Não retorna

mais a sua origem.

Pegada Hídrica Cinza

Se refere ao volume teórico de água necessária para diluir os poluentes des-

carregadas no meio hídrico, de maneira a atender o padrão de qualidade esta-

belecido.

Exemplos de pegadas hídricas (produtos alimentícios):

Chocolate (cacau): 17.000 litros de água / kg. Sendo 98% PHV, 1% PHA e 1%

PHC

Pão (trigo): 1.600 litros de água / kg. Sendo 70% PHV, 19% PHA e 11% PHC

Leite (pasteurizado): 1.000 litros de água / litro. Sendo 85% PHV, 8% PHA e

7% PHC

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Eficiência hídrica

Uma vez calculada a pegada hídrica considerando seus três componentes de-

ve-se avaliar o seu contexto e o risco associado. E então estabelecer metas de

eficiência hídrica em cada etapa do processo, desde a obtenção da matéria-

prima, a fabricação do produto e o seu uso (exemplo: máquina de lavar rou-

pas).

ISO 14046 – Pegada Hídrica

Essa norma internacional sobre pegada hídrica foi publicada em 2014. Estabe-

lece princípios, requisitos e diretrizes para a avaliação da pegada hídrica, tanto

de produtos, processos, quanto de organizações (empresas), com base na

análise do ciclo de vida – ACV.

O objetivo maior da norma ISO 14046 é proporcionar a avaliação dos impactos

ambientais das atividades de uma empresa em relação a água, melhorando

assim a gestão deste recurso cada vez mais escasso.

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ISO 14001 (2015):NOVO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

A nova versão da norma ISO 14001 foi publicada no mês de setembro de

2015. Ela traz uma série de inovações alinhadas com a sustentabilidade. As

organizações deverão se ajustar aos novos requisitos ambientais, em escala

local, regional e global. Entre eles a conservação de ecossistemas, redução

dos impactos ambientais e das emissões de CO2 (queima de combustíveis

fósseis). As organizações também deverão ser mais proativas na solução dos

problemas ambientais e em relação aos princípios do desenvolvimento susten-

tável.

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Isso exigirá principalmente, um maior envolvimento e comprometimento da alta

direção e uma melhor avaliação dos riscos ambientais associados ao negócio.

IMPORTANTE: A atual certificação ISO 14001:2004 tem validade até 2018

(três anos a partir da publicação da nova versão). Neste meio tempo as organi-

zações deverão passar por um processo de adequação e auditoria para a ver-

são 2015.

Inovações da norma ISO 14001 versão 2015:

Gestão Integrada – A nova versão está mais alinhada com a estrutura das ou-

tras normas, facilitando a sua integração.

Gestão Ambiental Estratégica – A gestão ambiental deverá fazer parte dos

processos aplicados no planejamento estratégico da organização.

Partes Interessadas – Identificar as principais partes interessadas (stakehol-

ders) e entender as suas expectativas quanto a conduta, a transparência e o

bom andamento da organização.

Cadeia de valor – A organização deverá Identificar na sua cadeia de valor, a

montante e a jusante, os aspectos ambientais mais significativos no âmbito lo-

cal, regional e global, que podem afetar a organização e vice-versa. Em segui-

da estabelecer os riscos associados, e as melhores oportunidades ao meio

ambiente e à própria organização.

Lideranças SGA – Caberá ao grupo de lideres da organização: desenvolver

competências e assumir responsabilidades específicas no sentido de garantir o

bom andamento do novo sistema de gestão ambiental.

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Proatividade – A organização deverá se comprometer com ações proativas de

proteção do meio ambiente, para além do controle da poluição. Ações como

prevenção da poluição, uso sustentável dos recursos, eficiência energética,

combate e adaptação às mudanças climáticas, proteção e conservação da bio-

diversidade e dos ecossistemas.

Desempenho ambiental – Deverá ser adotada a melhoria do desempenho

ambiental, como um avanço da melhoria contínua. O desempenho deverá se

basear na superação de metas estabelecidas pela própria organização, princi-

palmente no campo das emissões atmosféricas (gases poluentes e CO2), e na

geração de efluentes e resíduos.

Ciclo de vida do produto – A organização deverá elencar os aspectos e im-

pactos ambientais associados ao seu produto e/ou serviço. Desde os insumos,

produção e logística, passando pelo respectivo uso do produto, até o pós-con-

sumo e a disposição final. Isto é, uma avaliação na perspectiva do ciclo de

vida do produto.

Estratégia de comunicação – A organização deverá estabelecer uma estraté-

gia de comunicação com os seus colaboradores. A comunicação externa é fa-

cultativa. Caso seja adotada, deverá atender as expectativas das partes inte-

ressadas. Entre outras coisas deverá informar sobre o atendimento da organi-

zação quanto a legislação ambiental (compliance). Essa comunicação deverá

ser clara, objetiva e confiável e de mão dupla, ou seja, deverá existir um canal

para recebimento efetivo de sugestões.

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Informação documentada – O novo termo “informação documentada”

substitui dois outros largamente utilizados, “documentos” e “registros”, mas

que geram muito confusão sobre o que é registro e o que é documento.

Nova estrutura da Norma:

1. Escopo

2. Referências Normativas

3. Termos e Definições

4. Contexto da organização

5. Liderança

6. Planejamento

7. Suporte

8. Operação

9. Avaliação do desempenho

10. Melhoria

Benefícios para a empresa:

Melhor desempeno ambiental da empresa.

Melhor atendimento a legislação ambiental (compliance).

Maior engajamento dos colaboradores.

Melhor relacionamento com as partes interessadas (stakeholders).

Melhor controle dos riscos.

Fortalecimento da imagem pública e da reputação.

Maior competitividade.

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Veja o que diz a norma no item 0.5 – Esta Norma contém os requisitos usados

para avaliar a conformidade. Qualquer organização que pretenda demonstrar

conformidade com esta Norma pode fazer isto ao:

– fazer uma autoavaliação e autodeclaração, ou

– buscar uma confirmação de sua conformidade por partes que tenham um in-

teresse na organização, como clientes, ou

– buscar uma confirmação de sua autodeclaração por uma parte externa à or-

ganização, ou

– buscar uma certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma

organização externa

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS:EMISSÃO DE CO2 E ECOEFICIÊNCIA

ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

A concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera está aumentan-

do rapidamente (aquecimento global), e alterando o padrão climático. Entre os

GEE o CO2 é o principal. O uso intensivo de combustíveis fósseis (carvão mi-

neral, derivados de petróleo e gás natural) é considerada a principal causa.

Os efeitos – secas prolongadas, chuvas intensas, ondas de calor e frio, fura-

cões, acentuado degelo do polo norte, entre outros – estão exigindo cada vez

mais ações urgentes e efetivas de governos, empresas, investidores e da soci-

edade.

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A gestão de carbono é cada vez mais aplicada e reconhecida por grandes em-

presas. Ela é muito importante na avaliação de riscos socioambientais e no es-

tabelecimento de metas de eficiência entre outras medidas.

Isso pode proporcionar novos negócios para a empresa que reconhece a situa-

ção e estabelece estratégias de ação, além de fortalecer a sua marca do ponto

de vista da inovação e da sustentabilidade.

O novo acordo climático, decorrente da conferência de Paris 2015 (COP 21)

começou a vigorar em novembro de 2016. Esse marco deverá fortalecer as po-

líticas de enfrentamento do aquecimento global.

EMISSÕES DE CO2 / EFICIÊNCIA

Diante desses desafios a Ecosfera 21 apresenta propostas de inovação para

as empresas que operam com sistemas de gestão logística no transporte rodo-

viário de cargas. Pode-se integrar ao sistema várias informações e metas de

incentivo em relação as emissões de CO2 / eficiência, a saber:

1. Eficiência / Capacidade

O FE também está relacionado com a capacidade de carga do veículo e a sua

utilização. Quando plenamente carregado, parcialmente carregado ou quando

rodando vazio. O FE do veículo rodando vazio é bem menor em relação ao

plenamente carregado. Pode-se calcular a eficiência, considerando a carga

transportada e a emissão produzida. Veja exemplo a seguir e a Figura 1.

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Conforme as informações dadas na figura acima podemos calcular a emissão

CO2 / t transportada:

De A->B. 1,13 tCO2e / 20t = 56,5 kgCO2e / t transportada (mais eficiente)

De B->A. 1,00 tCO2e / 10t = 100 kgCO2e / t transportada (menos eficiente)

Exemplo de precificação do carbono (US$ 50,00 / t CO2e): R$ 170,00 / tCO2e:

De A->B. R$ 9,60 (US$ 2,82) / t transportada

De B->A. R$ 17,00 (US$ 5,00) / t transportada

Referência: http://cebds.org/publicacoes/precificacao-de-carbono-o-que-o-

setor-empresarial-precisa-saber-para-se-posicionar/#.WC35-PlT4cw

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2. Eficiência / Motorização

Outra informação importante está relacionada a tecnologia do veículo em rela-

ção ao sistema de motorização. Identificados no Brasil como Proconve 7, 5 e

4, equivalentes a EURO 5, 3 e 2. Os veículos fabricados a partir de 2012 são

do tipo P 7 (EURO 5) são mais eficientes, ou seja, o seu FE de CO2 é menor

em relação ao P 5 e P 4. Cabe lembrar que a cada nova motorização também

é reduzida a emissão de gases poluidores pelos escapamentos dos veículos.

São eles: o monóxido de carbono (CO), os hidrocarbonetos (HC) e os óxidos

nitrosos (NOx), extremamente prejudiciais à saúde. Vide Figura 2.

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3. Eficiência / Combustível

O Fator de Emissão (FE – gCO2/km) específico para cada veículo depende di-

retamente do combustível utilizado (biodiesel / etanol). Os sistemas híbridos

são muito promissores (elétrico / biodiesel). Vale registrar que além do CO2, o

material particulado (MP) também é lançado pelos escapamentos dos veículos.

Este é extremamente prejudicial a saúde quando inalado, e está associado ao

teor de enxofre do combustível (diesel / biodiesel). A partir de 2012 houve uma

significativa redução do teor de enxofre no biodiesel (S-50 e S-10 a partir de

2013) para atender os veículos com tecnologia P7 (EURO 5). Vide Figura 3.

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4. Metas de incentivo / Cap & Trade

Trata-se de um modelo colaborativo com metas de incentivo considerando as

emissões de CO2 / eficiência, inspirado no Cap & Trade. Aplicável tanto para

uma única transportadora, como para um conjunto de transportadoras. Para tal

são considerados os parâmetros destacados nos itens 1, 2, 3 e 4 acima. Vide

Figura 4.

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5. Motoristas, manutenção e estradas

Motoristas bem preparados e motivados, manutenção planejada e efetiva dos

veículos, e infraestrutura rodoviária adequada, conferem melhores resultados

em eficiência e segurança do transporte rodoviário de cargas.

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GESTÃO SUSTENTÁVEL DE CARBONO:CO2 RENOVÁVEL, ZERO CO2 E CO2 COMPENSADO

O aquecimento global é considerado o maior desafio da humanidade no século

XXI. O padrão de consumo das sociedades industrializadas e os seus respecti-

vos modelos energéticos são responsáveis pela emissão de milhares de tone-

ladas de carbono (CO2) na atmosfera diariamente.

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O aumento da concentração desse gás na atmosfera intensifica o efeito estufa

(aumento da temperatura), acarretando alterações no sistema climático (even-

tos extremos: estiagem prolongada, chuvas intensas, ondas de calor, entre ou-

tros).

Essas alterações já afetam a vida de milhões de pessoas, empresas e a capa-

cidade econômica de vários países. A sociedade, as empresas e organizações

têm grande responsabilidade e poder de estabelecer ações e mudanças sus-

tentáveis de grande alcance.

Entre as principais questões a serem enfrentadas estão a urgência na redução

do padrão de produção e consumo, e a ampliação da participação dos mode-

los energéticos de baixa emissão de carbono (solar, eólico).

O inventário é o principal instrumento de diagnóstico e de orientação para as

propostas de compensação e mitigação das emissões de CO2 para as ativida-

des empresarias.

RELATÓRIO DAS EMISSÕES DE GEE (CO2e):

1. Inventário – Quantificação das emissões de gases do efeito estufa (GEE)

em CO2 equivalente, referente às atividades desenvolvidas pela empresa du-

rante um ano. A partir de um roteiro elaborado pela Ecosfera 21 faz-se o levan-

tamento das informações relativas as fontes de emissões diretas e indiretas.

2. Diagnóstico – Uma vez quantificada as emissões e identificadas as suas

fontes e processos pode-se definir as ações de mitigação e compensação.

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3. Pegada de Carbono – Por meio do inventário pode-se estabelecer a pegada

de carbono de um produto ou serviço. Essa informação pode ser útil para o cli-

ente, e para a própria empresa num processo de benchmark, balizando-se

com a melhor referência de mercado e para definição de estratégias frente a

concorrência.

4. Ação de compensação (neutralização) – Trata-se de uma ação voluntária. O

cliente poderá efetuar a compensação das emissões por meio da compra de

créditos de carbono (mercado voluntário) ou através de projetos de restaura-

ção florestal (sequestro de carbono). Uma vez concluído esse processo o cli-

ente poderá fazer uso do selo “Pegada Neutra CO2” da Ecosfera 21, sem ne-

nhum custo adicional, em todas as mídias, desde que se faça clara referência

a empresa e o ano em questão.

5. Ação de mitigação (redução) – São apresentadas sugestões, estratégias e

ações ambientais de redução das emissões de CO2, com destaque para: efici-

ência energética, materiais e insumos; alternativas de transporte, entre outros.

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6. Ação de adaptação às mudanças climáticas – Com base na atividade que a

empresa desenvolve a sua localização geográfica e de seus clientes, pode-se

estabelecer proposta de redução dos riscos aos negócios e a qualidade de

vida dos colaboradores em função dos eventos climáticos extremos: estiagem,

calor, chuvas, entre outros.

Referência Metodológica:O GHG Protocol é a ferramenta de medição mais utilizada mundialmente por

empresas e governos na identificação e gerenciamento de suas emissões dos

gases de efeito estufa (www.ghgprotocol.org).

BENEFÍCIOS:– Fortalecimento da Responsabilidade Socioambiental.

– Engajamento no combate as mudanças climáticas.

– Referência para os clientes, acionistas e demais stakeholders.

– Mídia positiva: divulgação da ação através da imprensa, eventos e material

institucional.

– Atendimento a legislação, conforme decisão de diretoria nº 254 de 2012 da

CETESB.

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O QUE DIZ A CETESBConforme Decisão de Diretoria Nº 254 de 2012 da CETESB deve-se conside-

rar na elaboração de um inventário:

Escopo 1 – Emissões diretas de GEE

a) Queima de combustíveis para geração de energia e vapor; b) Outros pro-

cessos que emitam GEE; c) Transporte de pessoas, materiais, produtos ou re-

síduos, em veículos do empreendimento; d) Emissões fugitivas ou evaporati-

vas.

Escopo 2 – Emissões indiretas de GEE

a) Emissões de eletricidade adquirida e consumida pela empresa.

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SELO AMBIENTAL:PEGADA DE CARBONO DO PRODUTO OU SERVIÇO

O aumento da concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera tem acele-

rado o processo de aquecimento global e este por sua vez interfere no padrão

climático. Essas emissões são em grande parte resultado da queima de com-

bustíveis fósseis – principalmente nos meios de transporte, na geração de

energia, nos processos industrias (térmicos) e na atividade agrícola

(máquinas).

As evidências das mudanças climáticas já são sentidas no nosso cotidiano,

com situações extremas de chuvas, secas e ondas de calor, que afetam e

ameaçam as nossas e todas as outras formas de vida do planeta. Mudar nos-

sas atitudes e ações na busca da redução e controle das emissões são o mai-

or desafio deste século. Esta responsabilidade é comum porém diferenciada,

vale tanto para o cidadão comum quanto para os empresários, organizações

de modo geral e governos de todos os países.

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Uma empresa ao informar as emissões de CO2 resultantes da produção e dis-

tribuição do seu produto está adotando uma boa prática ambiental, além de

contribuir para o consumo consciente e estimular a concorrência a fazer o

mesmo. Ao se engajar neste propósito a empresa gera valor socioambiental,

pois está internalizando uma prática sustentável, assumindo responsabilidade

e transparência perante a sociedade. Uma boa estratégia de divulgação pode

tornar essa prática um importante diferencial de mercado.

Conceito

A proposta é informar a sociedade quanto um produto ou serviço contribui para

as emissões globais de CO2. Essa contribuição é referente as emissões libera-

das na atmosfera durante o seu processo de fabricação/produção e na sua lo-

gística de transporte/distribuição até o ponto de venda. Esta informação – ex-

pressa em gramas de CO2 – estará afixada na embalagem (rotulagem ambien-

tal) do produto através de um selo, conferido pela Ecosfera 21.

Procedimento

Para se chegar ao valor em gramas de CO2 a ser afixado no produto, deve-se

seguir algumas etapas de trabalho. Na primeira, são definidos os produtos que

receberão o selo. Em seguida são quantificadas as emissões de CO2 relativas

ao processo de produção e distribuição dos produtos até o ponto de venda. A

partir destes dados são calculadas as emissões de cada produto, ou seja a

sua pegada de carbono. Avaliar alternativas de redução das emissões e esta-

belecer objetivos e metas são medidas complementares, porém estratégicas.

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Metodologia

Norma PAS 2050 – Pegada de Carbono de Produtos e Serviços.

NOTÍCIA – 2016Indústria Brasileira terá novo selo ambiental indicando a ‘pegada de carbono e

água’

Os produtos brasileiros têm vantagens competitivas e menor impacto ambien-

tal se comparados a produtos equivalentes fabricados em outras partes do

mundo. Isto se dá, principalmente, em função da matriz energética Brasileira,

que é majoritariamente baseada em hidrelétricas e, portanto, mais limpa do

que na maior parte do mundo. Além disso, alguns segmentos industriais já in-

vestem na redução de emissões nos seus processos produtivos, por meio da

modernização de seus parques industriais.

A capacidade de evidenciar o baixo impacto ambiental de produtos brasileiros

dará às empresas vantagens competitivas no mercado internacional e estas

vantagens tendem a crescer na medida em que as empresas Brasileiras as

transformarem em vantagens comerciais em um cenário de uma economia de

baixo carbono. O sistema também trará vantagens para o mercado doméstico,

permitindo que as empresas demonstrem suas vantagens em relação a produ-

tos importados, por exemplo da China ou Índia, que podem até ser mais bara-

tos, mas frequentemente têm maior impacto ambiental em seus ciclos produti-

vos.

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O projeto piloto coordenado pelo MDIC, ABNT e Carbon Trust, engajou em-

presas dos setores de alumínio, vidro, aço, cimento, químicos e tecidos, totali-

zando 9 categorias de produtos e 16 categorias de subprodutos. Dentre estas,

estão grandes multinacionais como Braskem, CSN, Saint-Gobain, Arcelor Mit-

tal, Votorantim e Novelis, ao lado de pequenas empresas como BR Goods e

EDB Polióis Vegetais do Brasil.

Como resultado deste processo, desenvolveu-se uma metodologia robusta e

simples para a medição de pegada de produtos, baseada em padrões com cre-

dibilidade internacional que permitirão que novas empresas certifiquem seus

produtos a um custo baixo e obtenham vantagens comerciais.

Saiba mais em: https://latam.carbontrust.com/about-us/press/industria-brasileira-tera-

novo-selo-ambiental-indicando-a-pegada-de-carbono-e-agua/#

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ECOS 21 CONHECIMENTO:EM AÇÃO PELA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE

ECOS 21 Sustentabilidade é um programa de ação pela cultura da sustentabi-

lidade na medida certa para a sua empresa. Uma iniciativa da Ecosfera 21 –

Consultoria Ambiental, Inovação e Sustentabilidade.

Neste programa são articuladas questões do nosso cotidiano que ganham

cada vez mais importância nas nossas vidas e nos negócios. Destaque para a

qualidade da água e do ar, energias renováveis, resíduos sólidos, mobilidade

urbana, consumo consciente, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentá-

vel, entre outros.

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Tudo isso é trabalhado através de palestras, treinamentos, oficinas e vivências.

Amplia-se então o conhecimento, a consciência e a sensibilidade frente aos

desafios colocados pela sustentabilidade e a sua urgência.

A cultura da sustentabilidade potencializa as mudanças e inovações na estru-

tura e na estratégia da empresa, tão necessárias para a identificação e elabo-

ração dos novos modelos de negócios. Isso se traduz em reais oportunidades,

proporcionadas por um mercado mais complexo, que ganha força e velocida-

de.

Subtemas da sustentabilidade

A seguir são enumerados os principais subtemas da sustentabilidade que su-

portam o programa ECOS 21 Conhecimento:

• O Consumo nosso de cada dia

• As Mudanças Climáticas e o Aquecimento Global

• Ecoeficiência, mais com menos

• Ecodesign, parceria com a Natureza

• Pegada Ecológica, nosso impacto sobre o Planeta

• Mobilidade, os desafios das Grandes Cidades

• Sustentabilidade, principal tema da atual onda de Inovação

• Resíduos Sólidos Urbanos, responsabilidade de todos

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• Atmosfera, o Ar que respiramos

• Água, o Elo fraco da nossa Civilização

• Carta da Terra, Objetivos comuns e Valores compartilhados

• Fontes renováveis, o caminho para a Energia

• ISO 26000, Guia de responsabilidade Socioambiental

• Economia de Baixo Carbono, menos CO2 no Ar

• Pegada de Carbono, nossa medida de CO2

• ISO 14001:2015, SGA com Sustentabilidade

As empresas que se deram conta das importantes mudanças que estão ocor-

rendo no mundo dos negócios já estão integrando a sustentabilidade à sua cul-

tura. Porém algumas condições são necessárias, como por exemplo: supera-

ção de traços culturais anteriores e de momentos de dificuldade, visão com-

partilhada de futuro, capacitação dos colaboradores, e disponibilidade de tem-

po.

Os esforços e as ações de aprendizagem são fundamentais. Os colaborado-

res aprendem uns com os outros num processo coletivo e compartilham o co-

nhecimento acerca dos subtemas da sustentabilidade. A cultura da sustentabi-

lidade potencializa novos negócios e a própria perenidade das empresas, num

planeta finito e num mundo cada vez mais complexo.

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ECOS 21 SUSTENTABILIDADE:EM AÇÃO PELA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

ECOS 21 Sustentabilidade é um programa de ação pela responsabilidade soci-

oambiental na medida certa para a sua empresa. Uma iniciativa da Ecosfera

21 – Consultoria Ambiental, Inovação e Sustentabilidade.

Este programa identifica os principais desafios da sua empresa frente a sus-

tentabilidade e as respectivas oportunidades de negócios inovadores, potenci-

alizando o diálogo com as partes interessadas (stakeholders) e estabelecendo

estratégias e práticas que contemplem de maneira equilibrada as questões de

ordem econômica, sociocultural e ambiental.

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Parte das ações visam reduzir a pegada ecológica relativa as atividades da

empresa, de seus processos, produtos e serviços. Isso significa exigir menos

dos ecossistemas vitais para a vida no planeta e para a perenidade dos própri-

os negócios.

Destaque também para as ações voltadas para a comunidade do entorno em

relação ao seu desenvolvimento, isso fortalece a imagem da empresa. Daí po-

dem surgir projetos socioambientais que melhorem o IDH (índice de desenvol-

vimento humano). Veja a seguir.

Referencial

– Avaliação/reavaliação da Identidade da empresa e elaboração/revisão da Po-

lítica Socioambiental.

Responsabilidade Socioambiental

– Ecoeficiência (energia e água).

– Gerenciamento dos Resíduos Sólidos.

– Consumo Consciente e Sustentável (Programa 3Rs).

– Gestão dos Stakeholders (Mapeamento e Comunicação).

– Envolvimento e desenvolvimento da comunidade do entorno.

– Novo sistema de gestão ambiental (SGA) – ISO 14001:2015

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Conscientização e sensibilização dos colaboradores

– Palestras, treinamentos e vivências sobre diversos assuntos alinhados com a

Sustentabilidade:

O consumo nosso de cada dia / Sustentabilidade, o desafio do século XXI /

Ecodesign, parceria com a natureza / Resíduos sólidos urbanos, responsabili-

dade de todos / Pegada ecológica, nosso impacto sobre o planeta / entre ou-

tros.

Ações complementares

– Autoavaliação. Avaliação do desempenho da empresa através de Indicado-

res de Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade.

– Autodeclaração. Comunicação do desempenho da empresa por meio do Ba-

lanço Socioambiental / Relatório de Sustentabilidade

– Relatórios, estudos, pesquisas e documentos de referência.

– Assessoria em eventos e feiras de negócios.

BENEFÍCIOS PARA A VIDA NO PLANETA

– Ações das empresas e demais atores podem reduzir a pegada ecológica e

melhorar o IDH.

− Menor pegada ecológica significa exigir menos dos ecossistemas terres-

tres e marinhos, recuperando a sua ecocapacidade de maneira a prover

a vida no planeta.

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– Melhor IDH se traduz numa sociedade mais equilibrada em relação a oferta

de trabalho digno, acesso a educação plena e garantia a uma saúde de quali-

dade.

– Redução expressiva dos conflitos por alimentos e água.

– Novos paradigmas de comportamento e consumo (consciente e sustentável).

BENEFÍCIOS PARA A SUA EMPRESA

– Alinhamento com os objetivos da agenda global 2030 da ONU apresentada

em 2015.

– Fortalecimento da imagem, reputação e diferencial competitivo. Perenidade

dos negócios.

– Referência para os clientes, consumidores, colaboradores e demais stake-

holders.

– Prestação de contas aos sócios e acionistas em relação a responsabilidade

socioambiental.

– Aumento do valor da marca da empresa.

– Melhor acesso ao crédito.

– Mídia positiva: Divulgação da ação através da imprensa, eventos e material

institucional.

– Engajamento e motivação dos colaboradores. Atrai novos talentos.

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INICIATIVAS GLOBAIS

A seguir são listadas as principais iniciativas estabelecidas pela ONU e pela

ISO, em relação a sustentabilidade.

1. ISO 26000

Norma Internacional de Responsabilidade Social

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2016/01/04/iso-26000-

responsabilidade-social/

2. ISO 14046

Norma Internacional sobre Pegada Hídrica / Água Virtual

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2015/08/29/pegada-hidrica-

agua-virtual-iso-14046/

3. Agenda global 2030

Conforme estabelecido nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da

ONU (2015)

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2014/12/08/objetivos-de-

desenvolvimento-sustentavel-ods/

4. ISO 14001:2015

Norma internacional sobre Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2015/07/10/norma-iso-

14001-2015-nova-versao-do-sga/

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ECOS 21 CLIMA:EM AÇÃO PELA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

ECOS 21 Sustentabilidade é um programa de ação pela economia de baixo

carbono na medida certa para a sua empresa. Uma iniciativa da Ecosfera 21 –

Consultoria Ambiental, Inovação e Sustentabilidade.

Este programa tem como ponto de partida o relatório de emissões antrópicas

de gases de efeito estufa (GEE) referentes as atividades da empresa no perío-

do de um ano.

Em primeiro lugar realiza-se o inventário, ou seja, o levantamento das informa-

ções relativas as fontes de emissões (diretas e indiretas) e o respectivo consu-

mo/utilização.

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Uma vez concluído o inventário são elaboradas as propostas de mitigação,

compensação (economia de baixo carbono) e adaptação. Já a pegada de car-

bono do produto ou serviço da sua empresa informa o respectivo carbono em-

butido/virtual, e pode ser utilizado como uma excelente ferramenta de bench-

marking.

Todas essas informações são fundamentais na definição das ações, com obje-

tivos e metas, alinhadas com a economia de baixo carbono. Veja a seguir.

Relatório das Emissões de GEE (CO2e)

– Inventário das emissões referentes as atividades da empresa durante um

ano.

– Proposta de Mitigação (redução das emissões: estratégias, ações e

práticas).

– Proposta de Compensação (créditos de carbono ou projetos de plantio).

– Proposta de Adaptação às Mudanças Climáticas.

(vulnerabilidade/resiliência).

Pegada de Carbono

– Produto (carbono virtual do produto).

– Serviço (carbono virtual do serviço).

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Conscientização e sensibilização dos colaboradores

– Palestras, treinamentos e vivências sobre diversos assuntos alinhados com a

questão climática:

O aquecimento global e as mudanças climáticas / Eficiência energética, mais

com menos / Pegada de carbono, nossa medida de CO2 / Fontes renováveis,

o caminho seguro para a energia / entre outros.

Ações complementares

– Autoavaliação. Avaliação do desempenho da empresa através de Indicado-

res de Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade.

– Autodeclaração. Comunicação do desempenho da empresa por meio do Ba-

lanço Socioambiental / Relatório de Sustentabilidade

– Relatórios, estudos, pesquisas e documentos de referência.

– Assessoria em eventos e feiras de negócios.

BENEFÍCIOS PARA A VIDA NO PLANETA

– Ações das empresas e demais atores podem reduzir a pegada de carbono

no sentido de limitar o aquecimento global em 1,5°C em relação ao período pré

industrial. Meta estabelecida no acordo climático, considerado histórico, reali-

zado em dezembro de 2015 em Paris (COP 21).

– Os eventos climáticos extremos serão atenuados no futuro, em relação a ina-

ção.

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– Melhor adaptação ao novo padrão climático (chuvas intensas, estiagens pro-

longadas, calor intenso). Maior resiliência e menor vulnerabilidade.

– Melhor oferta de água para as cidades, para a agricultura e todos os seres vi-

vos.

– Fortalecimento da nova economia de baixo carbono (energias renováveis,

eficiência energética e comportamento mais consciente) e ganho de escala

dos empregos verdes.

BENEFÍCIOS PARA A SUA EMPRESA

– Alinhamento com o novo acordo climático aprovado na COP 21 em Paris em

2015.

– Fortalecimento da imagem, reputação e diferencial competitivo. Perenidade

nos negócios.

– Referência para os clientes, consumidores, colaboradores e demais stake-

holders.

– Prestação de contas aos sócios e acionistas em relação a responsabilidade

socioambiental.

– Aumento do valor da marca da empresa.Redução dos riscos operacionais

(melhor acesso ao crédito).

– Redução dos riscos operacionais e melhor acesso ao crédito.

– Mídia positiva: Divulgação da ação através da imprensa, eventos e material

institucional.

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INICIATIVAS LOCAIS E GLOBAIS

A seguir são listadas as iniciativas estabelecidas pelo poder público municipal

e estadual de São Paulo e pela ONU, referentes a questão climática.

1. Protocolo climático 2015

Conforme estabelecido pela SMA do Estado de São Paulo

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2015/12/18/protocolo-

climatico-2015-sp/

2. Eventos na cidade de São Paulo (inventário de CO2 e compensação

com plantio)

Conforme Portaria N°6 de 2007 da SVMA e PL 167 de 2015 (em tramitação)

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2015/10/04/eventos-na-

cidade-de-sao-paulo-pl-1672015-inventario-e-compensacao-do-co2/

3. Atividade empresarial

Conforme CETESB 254

Saiba mais em: https://ecosfera21.wordpress.com/2014/07/25/cetesb-decisao-

254-inventario-gee-co2e/

4. COP21: Novo acordo climático (Paris 2015)!

Acordo começa a vigorar em 4 novembro de 2016.

Saiba mais em: Acordo de Paris sobre o clima começa a valer em novembro

Leia também: O novo acordo climático chegou!

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CASE DE SUCESSO: VIVEIRO DE MUDAS LANGSDORF E

PRÊMIO TRANSPORTE RESPONSÁVEL

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, o Subcomitê do Rio Taquaraçu, a

ArcelorMittal (sabará), a SEQTRA Engenharia Logística e a Pau Brasil + Ecologia

inauguraram no dia 14 de novembro (2012), o Viveiro de Mudas Langsdorff*, em terreno

cedido em comodato pela ArcelorMittal Sabará, na Usina Hidrelétrica Madame Denise,

situada no município de Taquaraçu de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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Estiveram presentes no evento o presidente do CBH Rio das Velhas, Rogério

Sepúlveda, a Coordenadora do SCBH Rio Taquaraçu, Derza Nogueira, o Ge-

rente de Meio Ambiente da ArcelorMittal, José Otávio Andrade Franco, o Ge-

rente da Unidade ArcelorMittal – Sabará, Joaquim Ayres Burrel, o Engenheiro

da SEQTRA Engenharia Logística, Carlos Pedro Staudt, os Diretores da Pau

Brasil + Ecologia, Mariana Morales e Alexandre Castro, Conselheiros do CBH

Rio das Velhas e do Subcomitê do Rio Taquaraçu, convidados e a Equipe de

Mobilização do CBH Rio das Velhas.

O Viveiro de Mudas Langsdorff é um projeto de parceria entre o CBH Rio das

Velhas, o Subcomitê do Rio Taquaruçu, a ArcellorMittal-Sabará, a AGB Peixe

Vivo e a SEQTRA Engenharia Logística, contemplando ações de recuperação

ambiental e mobilização social para a construção e manutenção de viveiro de

mudas, que visa atender ao Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Hi-

drográfica do Rio das Velhas e de seus afluentes.

Esta grande parceria tem como objetivo inicial a recuperação de nascentes e

matas ciliares da bacia do Rio Taquaraçu, por meio do projeto Hidroambiental

“Envolvimento e Sensibilização das Comunidades a partir da Recuperação de

Nascentes e Matas Ciliares do Rio Taquaraçu”, contemplando parte dos terri-

tórios dos municípios de Caeté(Ribeiro Bonito), Nova União(Rio Preto) e Ta-

quaraçu de Minas(Córrego Furado).

No primeiro ano do projeto, estima-se uma produção de mais de 30.000 mudas

de espécie nativas do cerrado e Mata Atlântica, e as expectativas é que essa

produção alcance, em 2015, aproximadamente 150.000 mudas.

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Na abertura do evento foi realizado um pronunciamento dos parceiros do proje-

to abordando sobre a importância da produção dessas mudas e os benefícios

que irá trazer para os municípios pertencentes à bacia do Rio Taquaraçu. Tam-

bém foi apresentado um vídeo demonstrando as áreas mapeadas na primeira

etapa do Projeto Hidroambiental do Rio Taquaraçu e os produtores rurais ca-

dastrados que irão receber o plantio das mudas para iniciar o projeto de recu-

peração ambiental das matas ciliares.

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O nome escolhido para o viveiro é uma homenagem ao Barão Georg Heinrich

Von Langsdorff, zoólogo, botânico e médico, mentor de uma grandiosa expedi-

ção naturalista entre 1821 e 1829. A expedição contou com um grupo de pes-

quisadores e desenhistas por uma viagem de 17 mil quilômetros, estudando a

fauna, a flora e o modo de vida do interior do Brasil. Dentro do roteiro da expe-

dição passou pela da bacia do Rio Taquaraçu registrando e retratando os as-

pectos naturais e sociais da região.

Fonte: http://cbhvelhas.org.br/noticias/noticias-internas/viveiro-de-mudas-

langsdorff-inaugurado-na-bacia-do-rio-taquaracu-contribuira-para-a-

recuperacao-ambiental-da-bacia/

TRANSPORTE RESPONSÁVEL 2012: SEQTRA RECEBE TRÊS PRÊMIOS

A empresa foi vencedora pela terceira vez em sustentabilidade, segunda vez

como melhor transportadora de carga e primeira vez na preocupação com o fa-

tor humano

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A questão da sustentabilidade nos transportes se tornou tema prioritário na

agenda das transportadoras, embarcadoras e montadoras brasileiras. Para

destacar as ações que essas companhias estão fazendo em prol do meio am-

biente e da responsabilidade social foi entregue em São Paulo na noite de

quinta-feira, 9 de agosto, o Prêmio Transporte Responsável julgado e promovi-

do pela FABET- Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, em con-

junto com a revista Transporte Mundial, da editora Motorpress.

A disputa foi forte, pois foram inscritas mais de 700 empresas, destas 57 foram

classificadas e 10 ficaram entre as finalistas. E após ter recebido o mesmo prê-

mio em 2010 e 2011, a SEQTRA – Engenharia Logística e Negócios Sus-tentáveis recebeu pela terceira vez o 1º lugar no IGA -Índice de Gestão Am-biental-. O IGA é obtido através de dados da empresa, considerando os as-

pectos ambientais de ordem legal, econômica, ambiental e ética. Outra surpre-

sa da noite foi a outorga para a Seqtra da 1º lugar na Categoria Transporta-doras de Carga Geral, pela segunda vez.

O terceiro prêmio à mesma transportadora foi na Categoria IDH – Índice de Desenvolvimento Humano-, pela primeira vez recebida pela Seqtra.

O presidente da transportadora, Dario Palhares, comentou: ”Esse prêmio é

fruto da união do conhecimento dos nossos clientes e parceiros”, elogiou mais

uma vez a iniciativa do Prêmio e disse estar orgulhoso pelo terceiro prêmio

consecutivo. “Com três anos de vida, a SEQTRA foi de novo a empresa com

maior pontuação no critério Responsabilidade Sócio Ambiental dentre as inscri-

tas, nascemos com uma visão voltada para a sustentabilidade e neste ano

mais uma vez mostramos um balanço real e expressivo de nossas captações

de CO2 no transporte junto aos nossos clientes.

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Além disto, os prêmios de Índice de Desenvolvimento Humano e melhor Trans-

portadora de Carga consolida nossa posição no mercado em tão pouco tempo

de existência, concluiu o executivo.

Agora a SEQTRA se prepara para continuar crescendo e se aperfeiçoando

com ajuda do sistema de gestão logística, denominado SLIIC (Soluções

Logísticas Inteligentes & Itens Controlados), que visa fazer o controle logístico

de toda a operação de transporte em tempo real, onde dentre outras informa-

ções, como a captação de CO2 emitidas pelos caminhões, fará análise do com-

portamento do condutor no percurso e outras medições importantes.

Prêmio Transporte Responsável – edição 2012:http://www.seqtra.com.br/2012/08/13/seqtra-recebe-tres-premios-no-evento-transporte-

responsavel-2012/

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