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    E CRI O DE C RP S P R CONSUMODOMSTICO

    INSTRUTOR:JOS HENRIQUE CARVALHO MORAES

    Mdico-Veterinrio CRMV 5/1995 da EMATER-RIOGERENTE DE PEQUENOS E MDIOS ANIMAIS

    DA EMATER-RIO

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    INTRODUO

    Com a diminuio da produo de peixes de gua salgada (j que um processo

    extrativo e limitado), a produo de peixes de gua doce vem ganhando um grande

    espao. A Tilpia (OREOCHROMIS NILOTICUS) e suas novas linhagens/hbridas, por

    ser um peixe com grande resistncia, facilidade de criao e comercializao (pelo

    excelente filet), o animal escolhido devido a sua excelente performance nas criaes

    desenvolvidas.

    Aqui pretendemos dar informaes sobre a sua criao em tanques de terra

    escavados pela facilidade da construo dos viveiros e pela facilidade de manejo.

    O Estado do Rio de Janeiro possui 2 Plos de Piscicultura com abatedouro para

    esses peixes (em Pira e em Cachoeiras de Macacu e a produo do Rio atual no atende

    a 20% da capacidade dos trs havendo uma grande necessidade de aumentar a produo

    dessa espcie.

    Pretendemos com esses cursos incentivar a produo de tilpias para pequenos e

    mdios produtores a fim de abastecer esses Plos aumentando a renda das propriedades

    rurais do Estado do Rio de Janeiro. Os produtores reunidos em Associaes teriam

    acesso a essas Cooperativas a um custo baixo e num sistema nico, as Cooperativas

    poderiam numa nica viagem coletar esses peixes (que devem chegar vivos s elas)

    reduzindo o custo do frete.

    Por ser um peixe de grande apelo comercial e de fcil manejo, existem amplas

    possibilidades de ampliaes desse mercado inclusive o internacional

    TILPIA TAILANDESA

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    A ESCOLHA DA REA:

    1.1) O local para a criao no deve ser muito frio, pois a temperatura de conforto

    trmico para a Tilpia encontra-se em torno de 25 a 30C. Temperaturas abaixo de 20Cafetam o metabolismo do peixe e acima de 32C prejudicam seu desenvolvimento(Procurar saber as mdias das mnimas e a mdia das mximas da sua regio ).

    - O terreno deve ser ARGILO-ARENOSO com mais de 35% de argilapara evitar infiltraes (procure um tcnico para anlise). Caso sejaabaixo disso colocar argila (barro) no fundo dos tanques e espalhar.

    - O terreno dever ser plano com declividade constante em torno de 2% a5% para facilitar a construo dos viveiros.

    - A captao da gua deve ser mais elevada do que os tanques a fim de queela possa vir por gravidade at os viveiros.- A rea deve ser isenta de possibilidade de enchentes e de fcil drenagem.

    1.2) Nos custos de implantao dos viveiros deve-se levar em conta na hora da escolhada rea os seguintes tens:

    A) Se h necessidade de desmatamento (IBAMA) e a limpeza darea (aumentando os custos).

    B) A Movimentao da Terra (os custos de terraplanagem emreas muito declivosas aumentam os custos de implantao).

    C) O trabalho de proteo (locais que necessitam de muitas obrasde drenagem ou deslocamento de terra para evitar enchentestambm aumentam os custos de implantao).

    D) Quantidade de predadores (locais com muitos predadores e deproteo ambiental oneram os custos para a proteo dosviveiros com telas anti-pssaro e contra predadores rasteiros).

    E) Obras hidrulicas (captao de gua de locais distantes, debaixa declividade em relao a captao e locais distantes parao escoamento da gua).

    F) Excesso de obras complementares (estradas, cercas, etc...).

    2) A ANLISE DE GUA:- O peixe vive na gua e todas as trocas metablicas so feitas nela. A

    quantidade e a qualidade da gua so fundamentais na piscicultura. Antesda instalao dos viveiros deve-se analisar a gua a ser utilizada, poisalguns parmetros so da difcil correo.

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    tolerncia aos Cloretos (existem espcies que conseguem viver no mar), maspara a nossa criao o ideal que fique em torno de 7 mg/L (OBS: Os nveisde cloreto diminuem com a altitude; caso encontre nveis elevados de cloretoem locais altos desconfie de contaminao por detergentes).

    2.2.5) AMNIA:

    - Vem da excreo dos organismos aquticos e da decomposiobacteriana. Ela intoxica e mata o peixe. Tende a se acumular no fundoem guas paradas com baixa oxigenao e acaba rapidamente com seuviveiro. A AMNIA: NH4 no mata mas sima sua forma txica NH.Quando o NH perde hidrognio e ganha oxignio forma-se o NITRITO:

    NO que muito txico, mas se o NO recebem mais uma molcula deoxignio transforma-se em NO que o NITRATO, forma pouco txica.

    - Assim a oxigenao dos viveiros tambm importante para o controle deamnia acumulada no tanque, alm das trocas constantes da gua dofundo do viveiro. Em ambientes bem oxigenadas as passagens NH4

    NH3 NO2 NO3 so rpidas diminuindo riscos de intoxicao:

    OBS:A amnia txica a 0,5 mg/L mas em pH neutro e em temperatura amena opeixe consegue toler-la at 9,0 ml/L por um bom tempo (mas prejudica seucrescimento) dando tempo para tomar providncias em tempo hbil.

    OBS:O excesso de NITRATO favorece o aparecimento de algas que prejudicam ospeixes; por isso no basta apenas oxigenar a gua. necessrio fazer as trocas da guado fundo periodicamente, de acordo com as anlises.

    2.2.6) A DUREZA DA GUA:

    - a concentrao de ons metlicos na gua expressa em CACO (Clciovo ficando MOLE a medida que se aproxima dos polos. Animaisadaptados a gua dura, quando levados rapidamente morre. Deve serfeita uma adaptao gradual ao trazer os animais de locais distantes. Parans da nossa regio o ndice desejvel de dureza de at 40 mg/L sendoque at 80 mg/L tem se observado no haver danos aparentes. Oimportante adaptar o animal ao seu novo habitat aos poucos.

    2.2.7) O CLORO:

    - usado como bactericida em gua da CEDAE (caso utilize gua deestaes de tratamento para abastecimento dos viveiros dosar tambmesse parmetro). O ideal estar na faixa de 01 mg/L. O excesso prejudicao peixe, porm o Cloro rapidamente evaporado e sai ao se bater nagua (com aeradores e outros aparelhos).

    2.2.8) O FLUORETO:

    - A regio de Tangu e Itabora possuem algumas reas com minas defluoreto (F), principalmente prximo a Serra do Barboso. Nessasregies deve-se dosar o ndice de fluoreto na gua que deve ser menor

    que 1 mg/L para no prejudicar os peixes.

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    2.2.9) O FERRO:

    - O elemente Fe dissolvido na gua pode ser fatal para os peixes, poisentopes as brnquias mecanicamente e destri as hemoglobinasquimicamente dificultando a chegada do oxignio as clulas. Para retiraro ferro coloidal basta oxigenar a gua (coloc-la em contato com o ar) e

    passar essa gua por um filtro biolgico. No caso de ferro ser solvel eles sai quimicamente e a no compensa financeiramente fazer essetratamento (a rea de Cachoeiras de Macacu possui muito Fe na gua).

    Nveis de at 1 mg/L so aceitveis para a Tilpia.

    2.2.10) OS COLIFORMES:

    - a contaminao microbiana da gua ( a anlise biolgica da gua).Deve ser feita essa anlise em laboratrio idneo.

    Os nveis tolerveis de coliformes totais de 1.000 a 5.000 NMP/100 mle de 200 a 1.000 NMP/100 ml para coliformes fecais. Caso hajacontaminao dessa gua necessrio trat-la de preferncia comhipoclorito) antes da entrada no viveiro.OBS: NMP: Nmeros mais provveis.

    2.2.11) A TURBIDEZ:

    - o nvel de material suspenso na gua. O excesso atrapalha aoxigenao, diminui a produo de fitoplancton e pode favorecer o

    aparecimento de doenas. Para medi-la utilizamos um aparelho chamadodisco de SECCHI. um cabo com um disco pintado com faixas preta e

    branca. Introduzimos o disco de SECCHI na gua e com o cabo fazemosrodar o disco. Precisamos enxergar o disco a uma profundidade de pelomenos 30 cm a 40 cm. Se o disco desaparecer necessrio renovar agua. Ele tambm utilizado para ver a quantidade de fitoplancton nagua (uma gua com pouco fitoplancton considerada pobre, pois tem

    pouco alimento para os peixes). Se voc tiver uma gua esverdeada (oque bom), colocar o disco de SECCHI at 40 cm e conseguir v-lo bem(gua transparente) e sinal de que a gua pobre e precisa ser adubadaorganicamente.

    2.2.12) A TEMPERATURA:

    - Decisiva para a sua criao j que o peixe um animal ectotrmico -ecto: fora - trmico: temperatura - e no controla sua temperaturainterna. As Tilpias em dias muito frios muito quente no se alimentam

    bem e por isso devemos sempre saber qual a temperatura da gua para

    arrazoarmos os peixes de forma correta seguindo a recomendao dofabricante da rao, pela tabela ( temperatura de conforto entre 25 C a30 C. ).

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    RESUMINDO:

    A) Antes de comear a criao analisar os seguintes parmetros da gua:

    1) PH2) ALCALINIDADE3) CLORETOS4) DUREZA5) CLORO (caso venha da CEDAE ou tenha que ser clorada na fonte).6) FLUORETO (dependendo da regio)7) FERRO8) NVEIS DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS.

    - Repetir esses exames pelo menos uma vez por ano, pois eles podemmudar.

    B) Durante a criao analisar os seguintes parmetros:

    1) PH: Analisar no mnimo uma vez por semana. Se a alcalinidade estiver fora dospadres analisar diariamente.

    2) OXIGNIO: Analisar uma vez por semana no perodo da manh ou sempre queachar que houver necessidade ( aqui entra o feeling do criador ou seja o bom

    senso, a sensibilidade de ver a necessidade do peixe naquele momento ).

    3) TEMPERATURA: Analisar diariamente com um termmetro para calcular aquantidade de rao a ser dada.

    4) TURBIDEZ: Analisar uma vez por semana ou sempre que achar que houvernecessidade (a fim de fazer uma complementao de adubao).

    3) A CONSTRUO DOS VIVEIROS:

    a. Recomendamos tanques de 1.000 m (20m x 50m), pois facilitam omanejo e a despesca.

    b. A profundidade na parte mais rasa de 1,60 metro e na parte mais fundade 2,00 metros (tanque de terra escavada).

    c. A profundidade da gua ( o nvel ) no viveiro de 1,00 metro na partemais rasa e 1,50 na parte mais funda.

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    devemos deixar as tilpias procriarem no viveiro, pois em vez de tirar um peixe de 600gr, acabaremos retirando vrios de 60g devido a densidade pois o peixe vai crescer deacordo com o espao que lhe dado alm do oxignio, rao etc... Por isso a despesca feita com a tilpia em torno de 600 gr e com a retirada total dos animais para acolocao de outro lote.

    5.2) - No caso da aquisio de alevinos (com 2,0 a 3,5 cm chamado ALEVINO I)recomendamos a construo de um VIVEIRO-BERRIO, pois esses animais somuito frgeis, sensveis e so facilmente atacado por predadores. O viveiro-berrio um pequeno tanque onde so colocados at 20 alevinos/m com 1 metro de

    profundidade e com uma rede anti-pssaro cobrindo-o. O viveiro-berrio dever estarem rea onde possa ter constante vigilncia e onde os alevinos iro receber raes

    fareladas e adubao orgnica. Eles devem ficar nesse local at chegar a 10 a 12 cm(alevinos II ou juvenis) quando iro para os viveiros de engorda. Esses alevinos levamem torno de 3 a 4 semanas para atingir de 10 a 12 cm (dependendo da alimentao, da

    temperatura e da qualidade da gua).

    5.3) - No caso de se adquirir juvenis (alevinos II) no h necessidade do VIVEIRO-BERRIO podendo os animais irem direto para os viveiros de engorda.

    5.4) - Os alevinos ou juvenis devem ser transportados em sacos plsticos transparentescom gua, injetando-se oxignio (isso feito normalmente no fornecedor). Transporta-se 25 alevinos de 2 cm a 3,5 cm por litro de gua ou 5 a 8 juvenis de 10 cm a 12 cm porlitro de gua. A captura deve ser feita bem cedo e o transporte deve ser feito o maisrpido possvel (levar no mximo 12 horas at o viveiro).

    5.5) - Para se evitar transportar ectoparasitos (pragas) junto com os alevinos, fazer umasoluo de 1 litro de formol + 0,5 gramas de bicarbonato de sdio e colocar 1 ml dessasoluo para cada 6 litros de gua (na gua do transporte).

    5.6) - Ao colocar os alevinos no Viveiro-Berario, colocar tambm 40 g de sal iodadopara cada 1.000 litros dgua (para tambm diminuir problemas com doenas e

    ectoparasitos). Lembrar que cada M (metro cbico) de gua possui 1.000 litros; Faa oclculo para o seu Viveiro-Berrio: Se seu Viveiro-Berrio por exemplo tiver 8 m (isso , 2 m X 4 m ) colocar 320 g de sal iodado ( 8 m X 40 g ).

    5.7) - A colocao dos alevinos e juvenis nos viveiros e no viveiro-berario deve seguira clssica operao padro j que so animais ecto-trmicos e sentem muito as variaesde temperatura e mesmo o tipo de gua onde iro viver: Colocar o saco na gua doviveiro e esperar as temperaturas se igualarem; abrir o saco e deixar os alevinos saremnaturalmente do saco. Essa operao demora em torno de 15 a 20 minutos normalmente.

    5.8) - Recomendamos em viveiros sem aeradores colocar 2.000 juvenis de tilapia numtanque de 1.000 m. Depois que o produtor pegar as tcnicas de manejo e dominar aatividade pode chegar a 3.000 juvenis para cada 1.000 m (com aeradores e um nmeromaior de trocas da gua pode-se at dobrar esse nmero de animais tudo depende damanuteno da qualidade da gua e da quantidade e qualidade da rao fornecida).

    6) A ADUBAO ORGNICA:

    - Deve ser feita de acordo com a necessidade (utilizar sempre o DISCO DESECCHI). Pode ser feita semanalmente ou quinzenalmente colocando-se 1 kg de

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    esterco de boi para cada 10m de viveiro (100 kg para cada 1.000m)obedecendo-se as seguintes regras:

    A) S adubar em dias de sol forte se no o fitoplancton no ir utilizar o esterco eele ir fermentar e piorar as condies do viveiro (esperar sempre dias de solforte e bem iluminados).

    B) Espalhar o esterco o mximo possvel sob a lmina dgua. Lembre-se, estamosalimentando o fitoplancton e no os peixes com o esterco.

    C) Aqui nesse item prefervel pecar por escassez do que por excesso. Na dvidano adube e utilize sempre o DISCO DE SECCHI. A cor da gua deve estarsempre pouco esverdeada indicando uma gua rica capaz de dar suporte para o

    peixe ( o pasto deles, diminuindo o tempo de engorda).

    7) A ALIMENTAO ARTIFICIAL:

    - O segredo da lucratividade do piscicultor est aqui, pois 80% dos custos vm daaquisio de raes comerciais para os peixes. O uso tcnico racional desseinsumo essencial para o sucesso da atividade. As regras so:

    1) Alimentar os peixes com raes peletizadas ou extruzadas. No caso daspeletizadas dividir o arrazoamento em mais vezes por dia. Raespeletizadas so mais baratas que as extruzadas mas elas afundamrapidamente e o peixe pode no ter acesso a elas de forma adequada.

    2) Espalhar a rao sobre a lmina de gua do viveiro a fim de que todoscomam satisfatoriamente.

    3) Concentrar a colocao da rao no viveiro nas horas mais quentes dodia, pois os peixes nesse perodo alimentam-se mais. Mas cuidado emdias de calor muito forte. Evitar esses horrios, pois os peixes podemsofrer algum dano ao vir a superfcie. O bom senso aqui fundamental.

    4) Arrazoar sempre utilizando os dados da BIOMETRIA.8) A BIOMETRIA:

    - A biometria (bio: vida; metria: medio) e a administrao da rao de acordocom a quantidade de quilos de peixes estocados no viveiro. Ela feita nomnimo uma vez por ms (o ideal de 15 em 15 dias). Serve de parmetro parasaber o quanto de rao daremos aos animais por perodo de crescimento.

    - A primeira Biometria dever ser realizada de 30 a 40 dias aps a colocao dosanimais no viveiro.

    - COMO REALIZ-LA:

    A)Jogar a rao num local do viveiro e com uma rede capturar pelo menos 5% dospeixes (de um tanque com 2.000 peixes capturar em torno de 100 animais).

    B) Pesar todos os 100 peixes e ver o total do peso ( aproveitar para medi-lostambm a fim de avaliar o crescimento uniforme do lote ).

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    C) Fazer uma regra de 3 simples: Se 100 peixes pesam X, 2.000 peixes pesaro Y.

    Temos ento o peso dos peixes dentro do viveiro.

    D) Sabemos que o peixe se alimenta mais ou menos de acordo com a temperaturaambiente. Logo a medio da temperatura da gua do tanque fundamental para

    o arrazoamento. Utilizaremos o termo BIOMASSA para a orientao naadministrao da rao (a BIOMASSA a quantidade do peso total dos peixesno viveiro - BIO: vida MASSA: peso dos animais).

    E) A Tabela de arrazoamento a seguinte:ABAIXO DE 18C: No DAR RAO.DE 18C A 20 C: Dar 1% DA BIOMASSA.DE 21C A 24 C: Dar 2% DA BIOMASSA.

    DE 29C A 28 C: Dar 3% DA BIOMASSA.DE 28C A 32 C: Dar 4% DA BIOMASSA.ACIMA DE 32C: Dar 3% DA BIOMASSA ou menos.

    F) O arrazoamento deve ser dividido 3 a 4 vezes ao dia ( ou mais se a rao forpeletizada ). Observar sempre se os animais esto se alimentando e ir colocandoaos poucos a rao.

    A) Supondo que em nossa Biometria capturamos num viveiro de 2.000 peixes, 100animais cuja a soma do peso da um valor de 25 Kg.

    B) Faremos ento a regra de trs:Se 100 peixes...................................pesam 25 Kg X = 500 Kg2.000 peixes................................... pesaro X

    C) Temos ento 500 Kg de peixes no lago.D) Medimos a temperatura do viveiro: Esta a 23C. Pela tabela ento daremos 2%da BIOMASSA.E) 500 Kg x 2% = 10 Kg / dia de rao.F) Vamos dividir o arrazoamento em 3 vezes por dia da seguinte forma:

    1 Arrazoamento as 8:30 h = 3,0 Kg OU 2,5 Kg2 Arrazoamento as 11:30 h = 4,0 Kg OU 5,0 Kg3 Arrazoamento as 16:30 h = 3,0 Kg OU 2,5 Kg

    - CONFOME AS VARIAES DA TEMPERATURA AMBIENTE NA SUAPROPRIEDADE.

    COMO ESSE ITEM BASTANTE IMPORTANTE VAMOS EXEMPLIFICAR

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    D) Evitar manusear os peixes em perodos muito frios ou muito quentes.E) Os sinais indicativos de problemas no viveiro so:

    1) Presena de peixes em cardumes na superfcie do viveiro.2)

    Acmulo de peixe na entrada da gua.3) Peixes aparecendo com colorao diferente da sua espcie.

    4) Ocorrncia de peixes mortos na superfcie ou no fundo (peixes mortospor infeces parasitrios tendem a flutuar e os que morrem pordeficincias nutricionais tendem a afundar).

    B) Enviar o peixe vivo com sintomas em um saco plstico com oxignio e/ou mortoembalada em plstico e colocado no gelo para o laboratrio fazendo-o chegar lo mais rpido possvel. Na nossa regio utilizamos o LABORATRIO DEBIOLOGIA ANIMAL DA PESAGRO EM NITERI (2627-1432).

    C) Chame sempre um tcnico para as devidas orientaes sobre doenas e nutrioCARACTERSTICAS DAS PRINCIPAIS ESPCIES CULTIVADAS

    TEM PACU TAMBACU PIAU CURIMAT BAGREHabito

    Alimentar naNatureza

    Onvoro X Onvoro Ilifago Onvoro

    HabitoAlimentar no

    Cativeiro

    Rao Rao Rao Algas do fundo Rao

    Quantidaderao/dia

    6% P.V 5% P.V 5% P.V X 5% P.V

    ConversoAlimentar

    2:1 2:1 2:1 X 1,5:1

    Temperatura 20 a 30 C 28 a 30 C 18 a 28 C 20 a 30 C 18 a 30 CPH Ideal 6 a 8 6 a 8 6 a 8 6 a 8 6 a 8OxignioMnimo

    1,5 mg/l 1,5 mg/l 2 mg/l 1 mg/l 0,5 mg/l

    OxignioIdeal

    3 mg/l ou+

    3 mg/l ou + 5 mg/l ou+

    2,5 mg/l ou + 2,5 mg/l ou +

    Turbidez 30 a 45

    cm

    30 a 45 cm 30 a 45

    cm

    30 a 45 cm 15 a 20 cm

    Sistema deCultivo

    Mono ouPoli

    Mono ou Poli Mono ouPoli

    Poli Mono ou Cons.

    Densidade 2/m 2/m 2/m 1/20m 4/mTempo de

    Cultivo8 a 14meses

    8 a 14 meses 12 a 14meses

    12 meses 8 a 12 meses

    Peso deVenda

    1 a 2 Kg 1 a 2 Kg 0,8 a 1,5Kg

    1 a 1,5 Kg 1 a 1,5 Kg

    Peso Mximo 18 Kg 27 Kg 8 Kg 13 Kg 15 KgMercadoPrincipal

    Pesca Pesca Pesca Pesca Arrasto Pesca/Industria

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    TEM CARPACOMUM

    CARPACAPIM

    CARPA C.GRANDE

    TILPIA

    HabitoAlimentar na

    Natureza

    Onvora,PlantofagaBentfaga

    Herbvora Plantfaga Fitoplantfagaonvora

    HabitoAlimentar no

    Cativeiro

    Rao ePlncton

    Capim Plncton Rao e Plncton

    Quantidaderao/dia

    4% P.V X X 5% P.V

    ConversoAlimentar

    2:1 X X 1,2:1

    Temperatura 16 a 28 C 16 a 28 C 16 a 28 C 18 a 30 CPH Ideal 6 a 8 6 a 8 6 a 8 6 a 8OxignioMnimo

    1,5 mg/l 2 mg/l 2 mg/l 1 mg/l

    Oxignio Ideal 3 mg/l ou + 4 mg/l ou + 4 mg/l ou + 3,5 mg/l ou +Turbidez 5 a 25 cm 25 a 45 cm 25 a 45 cm 30 a 45 cm

    Sistema deCultivo Mono,Poli,Cons. Poli ou Cons. Poli ou Cons. Mono

    Densidade 1/m 1/20 m 1/20 m 3/mTempo de

    Cultivo12 meses 12 meses 12 meses 5 a 8 meses

    Peso de Venda 1 a 3 Kg 2 a 5 Kg 3 a 8 Kg 0,5 a 0,6 KgPeso Mximo 25 Kg 20 Kg 25 Kg 5 Kg

    MercadoPrincipal

    Pesca Pesca Pesca Industria e Pesca

    CRIAO DE CARPAS COM ADUBAO E RESDUOS ORGNICOS

    VANTAGENS DA CARPA:

    - MUITO RSTICA: ( Ela resiste bem a condies desfavorveis ambientais Ph , O,Frio e Calor ).

    - PRECOCIDADE: Chega a 1 Quilo em 1 ano com alimentao e manejoadequado.

    - HBITO ALIMENTAR: Alimenta-se de quase tudo ( onvora ), desdeplncton ( algas microscpicas que deixam a gua esverdeada ) passando porresduos orgnicos e raes balanceadas.

    DESVANTAGENS DA CARPA:

    - MERCADO: No to valorizada quanto a Tilpia e outros tipos de peixespor muitos consumidores.

    - INDUSTRIALIZAO: Pela conformao das espinhas mais difcil a suafiletagem.

    - HBITO ALIMENTAR: Pelo seu tipo de alimentao ( ela filtradora ) podeadquirir mais facilmente um gosto de terra devido a certas algas.

    CRIAO DE CARPAS PARA CONSUMO FAMILIAR:

    1-) PARA TANQUES DE 200 m ( 20mX10mX1,20m):

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    - Colocar 20 Kg de Calcreo Dolomtico no fundo do tanque espalhando-o.- Uma semana depois espalhar no fundo 60 quilos de esterco de curral, 1 quilo de

    Sulfato de amnia e 6 quilos de superfosfato triplo.- Encher o tanque.- 15 Dias depois espalhar 5 quilos de esterco de curral por sobre a lmina de gua

    do tanque a lano.

    -

    15 dias depois colocar os juvenis ( em mdia com 5 cm ) de carpa escamatambm chama de carpa comum no tanque na proporo de 1 peixe por m ( 200alevinos ).

    - Utilizar alimentao natural para os peixes na proporo mdia de 30 % daBiomassa ( Restos de mandioca, Batata-doce, vegetais, frutas, farelos, milho,sobras de comida etc... ).

    - 1 vez por semana SOMENTE EM DIAS ENSOLARADOS colocar 5 quilos deesterco de curral ( utilizar o DISCO DE SECCHI para avaliar a necessidade daadubao orgnica ).

    OBS: BIOMASSA: a quantidade de quilos de peixes que esto no tanque. Pegar 10 a

    20 peixes uma vez por ms e pes-los. Esse valor deve ser multiplicado por 30.% e essa quantidade mnima que deve ser administrada por dia. Exemplo: pesamos 10peixes e eles em mdia tinham 30 gramas. Se 1 peixe tem 30 gramas 200 peixes tero6.000 gramas ( 6 Quilos ) x 30% = 1,8 Kg. Pode se dar por todo aquele ms uma mdiade 2 Kg de resduos orgnicos por dia para aqueles peixes. No uma regra fixa; Pode-se aumentar a quantidade de resduo desde que haja gua circulantes pois o excesso deresduos poder ir para o fundo e fermentar diminuindo a quantidade de O no tanque e

    prejudicando ou mesmo matando os peixes. Nesse tipo de criao o OLHO DO DONO fundamental. ( dependendo da qualidade da gua e da alimentao a carpa chega a 1Quilo de 10 a 12 meses.

    CARPAS COMUNS Desova de Carpas em gua-Ps

    A REPRODUO DAS CARPAS

    FEITA NA PRIMAVERA:

    1-) coloca-se 2 machos para 1 fmea num tanque de reproduo com amarrados deguap ( eichornia crassipes ) cobrindo no mximo 20 a 30% do tanque com essevegetal (pois as desovas ficaro agarradas nas razes das plantas ). colocar 1 peixe para

    cada 3 a 5 m de tanque com 1 a 1,20 de profundidade..2-) observadas as desovas, levar os gua-ps ( gigogas ) com as desovas presas aostanques de alevinagem previamente adubados conforme instrues anteriores.

    ua-Ps ara desovas nos

  • 8/12/2019 Tanque s de Terra

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    3-) alimentar a cada 10.000 larvas com 20 gramas de rao em p para alevinos + 1gema de ovo triturada por dia durante 1 semana. depois dispensa-se a gema de ovomantendo a rao.

    4-) coletar os alevinos 45 dias aps a ecloso dos ovos e levar para o tanque de juvenisonde ficaro at atingirem 5 cm quando iro para o tanque de engorda.

    5-) utilizar 3 a 4 tanques de alevinagem pois os alevinos com 15 dias predam asdesovas ( ir fazendo rodzios durante o perodo de desovas ). esses tanques so

    pequenos de 10 a 20 m com 1 metro de profundidade.

    BIBLIOGRAFIA

    - CRIAO DE TILPIAS (EMATER-RIO / FIPERJ)AUTORES: Augusto da Costa Pereira (FIPERJ); PedroPaulo Menezes de Oliveira Carvalho (FIPERJ) e ReinaldoA. Guedes da Silva (EMATER-RIO)(JAN/2000).

    - MANUAL DE PISCICULTURA Elek Woynarovich Minter / Cadevasf (1985).

    - CRIAO DA TILPIA NILO CESP CompanhiaEvangelica de So Paulo(1985).

    - MANUAL DE PISCICULTURA TROPICAL CarlosEduardo Martins de Proena e Paulo Roberto LealBittencourt.

    - QUALIDADE DA GUA Vitor Hugo Artigiani Filho Srie Alm da Fronteira(2004).

    - CURSO SOBRE A QUALIDADE DE GUA NAAQUICULTURA Dr Claudia Mariz Instituto de Pescade So Paulo(2001).

    - SISTEMA DE PRODUO PARA CARPAS, TILPIASE TILPIAS HBRIDAS Embrapa Emater-Mg Ago/Dez81.