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Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007 45 1 Adriana Trindade Soares 2 Jefferson Alves Viana 1 Paula Fernanda Barbosa de Araújo Lemos RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA PRODUÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS 1 Médica Veterinária, Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. - Emepa. Rua Eurípedes Tavares 210 - Tambiá - Caixa Postal 275. CEP 58013 - 290 João Pessoa, PB. E-mail: [email protected] 2 Zootecnista, Emepa. E-mail: [email protected] N o Nordeste, a maioria dos rebanhos caprinos, por serem explorados basicamente em sistemas de produção tradicional, apresenta baixa produtividade. Este índice está atrelado ao baixo nível de tecnologia empregado, que incorre em índices reprodutivos baixos, elevada mortalidade em todas as fases da criação acarretando uma baixa produtividade (Freitas et al., 2005). Diversos trabalhos têm sido desenvolvidos com o intuito de reverter este quadro e incrementar os índices produtivos dos rebanhos. Atualmente, a introdução de novas raças zootecnicamente selecionadas e a geração ou adaptação de tecnologias têm assegurado maior eficiência aos sistemas produtivos. Neste sentido, o melhoramento genético quando associado às práticas de manejo racionais, representa uma poderosa ferramenta para o incremento dos índices de produtividade. Os principais produtos oriundos dos caprinos e ovinos são: a carne, a pele e o leite, todos dando origem a diversos derivados após o processamento. Apesar do crescimento da demanda verificado nos últimos anos, a carne ainda apresenta um baixo consumo per capita no Brasil (Simplício et al., 2003). A pele é a matéria-prima que admite a mais elevada agregação de valor em toda cadeia produtiva (Leite & Vasconcelos, 2000). Na última década, particularmente nos Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, foram desenvolvidas algumas experiências exitosas com produção de leite de cabra em escala comercial. No entanto, as quantidades produzidas ainda são pequenas em relação às demandas, sendo o mercado brasileiro altamente comprador, embora o principal destino do produto seja a merenda escolar, através de subsídios governamentais (Wander & Martins, 2005). O mercado também disponibiliza a venda de reprodutores e fêmeas de alta linhagem genética, possibilitando, desta forma, a otimização dos programas de melhoramento genético e a implementação de um sistema de criação com base em tecnologias de “ponta”. O elo entre a exploração básica e a produção final, direcionada a um mercado de abastecimento contínuo, com controle de qualidade, deve se fundamentar na organização associativista e no desenvolvimento das atividades agroindustriais, preservando a capacidade produtiva de cada região, respeitando as condições do ecossistema favoráveis à criação de cada espécie animal, enfocando a exploração, em função das aptidões das diversas raças e/ou tipos raciais, visando ao incremento no nível de organização e de gestão na unidade produtiva. A concretização de metas suscitadas ao avanço técnico está atrelada ao investimento da formação de difusores e qualificação da mão-de- obra básica, maior agregação de produtores que adotem práticas de manejo melhoradas e racionais, com maior investimento financeiro inicial, conferindo posteriormente uma maior relação custo-benefício. No semi-árido a irregularidade do período chuvoso e as secas periódicas impõem severas restrições ao suprimento de forragens e, conseqüentemente, à produtividade dos pequenos ruminantes. Outros fatores podem ser considerados importantes no manejo de caprinos e ovinos: a inexistência de um programa sanitário preventivo, a falta de adaptabilidade e sobrevivência das crias ao meio ambiente adverso ao de origem de sua espécie e raça e o não atendimento aos problemas inerentes ao tipo de exploração e suporte para a manutenção do potencial biológico exigido. A instalação de uma conduta rotineira em submeter o rebanho a um manejo correto e racional é o primeiro passo para aumentar os índices de produtividade (Sousa, 2000). O manejo de um rebanho é a reunião de todos os cuidados e tarefas do dia a dia, estando estreitamente relacionado às instalações da propriedade, à alimentação, à sanidade, à reprodução e ao melhoramento genético. Este trabalho objetiva disponibilizar recomendações tecnológicas para a produção de caprinos e ovinos, e relatar os resultados obtidos com o uso da estação de monta por cobertura natural e inseminação artificial em pequenas Unidades de Produção, localizadas nas microrregiões do Cariri e Curimataú paraibanos, assistidas pelo Programa Fome Zero por intermédio da Emepa. INTRODUÇÃO

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manual de criação de caprinos e ovinos

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  • Tecnol. & Cin. Agropec., Joo Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007 45

    1Adriana Trindade Soares2Jefferson Alves Viana

    1Paula Fernanda Barbosa de Arajo Lemos

    RECOMENDAES TCNICAS PARA PRODUO DE CAPRINOS E OVINOS

    1 Mdica Veterinria, Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuria da Paraba S.A. - Emepa. Rua Eurpedes Tavares 210 - Tambi - Caixa Postal 275. CEP 58013 - 290 Joo Pessoa, PB. E-mail: [email protected] 2 Zootecnista, Emepa. E-mail: [email protected]

    No Nordeste, a maioria dos rebanhos caprinos, por serem explorados basicamente em sistemas de produo tradicional, apresenta baixa produtividade. Este ndice est atrelado ao baixo nvel de tecnologia empregado, que incorre em ndices reprodutivos baixos, elevada mortalidade em todas as fases da criao acarretando uma baixa produtividade (Freitas et al., 2005). D ive r sos t r aba lhos t m s ido desenvolvidos com o intuito de reverter este quadro e incrementar os ndices produtivos dos rebanhos. Atualmente, a i n t r o d u o d e n o v a s r a a s zootecnicamente selecionadas e a gerao ou adaptao de tecnologias tm assegurado maior eficincia aos sistemas produtivos. Neste sentido, o melhoramento gentico quando associado s prticas de manejo racionais, representa uma poderosa ferramenta para o incremento dos ndices de produtividade.

    Os principais produtos oriundos dos caprinos e ovinos so: a carne, a pele e o leite, todos dando origem a diversos derivados aps o processamento. Apesar do crescimento da demanda verificado nos ltimos anos, a carne ainda apresenta um baixo consumo per capita no Brasil (Simplcio et al., 2003). A pele a matria-prima que admite a mais elevada agregao de valor em toda cadeia produtiva (Leite & Vasconcelos, 2000). Na ltima dcada, particularmente nos Estados da Paraba e do Rio Grande do Norte, foram

    desenvolvidas algumas experincias exitosas com produo de leite de cabra em escala comercial. No entanto, as quantidades produzidas ainda so pequenas em relao s demandas, sendo o mercado brasileiro altamente comprador, embora o principal destino do produto seja a merenda escolar, atravs de subsdios governamentais (Wander & Martins, 2005). O mercado tambm disponibiliza a venda de reprodutores e fmeas de alta linhagem gentica, possibilitando, desta forma, a ot imizao dos programas de m e l h o r a m e n t o g e n t i c o e a implementao de um sistema de criao com base em tecnologias de ponta.

    O elo entre a explorao bsica e a produo final, direcionada a um mercado de abastecimento contnuo, com controle de qualidade, deve se f u n d a m e n t a r n a o rg a n i z a o associativista e no desenvolvimento das atividades agroindustriais, preservando a capacidade produtiva de cada regio, respeitando as condies do ecossistema favorveis criao de cada espcie animal, enfocando a explorao, em funo das aptides das diversas raas e/ou tipos raciais, visando ao incremento no nvel de organizao e de gesto na unidade produtiva. A concretizao de metas suscitadas ao avano tcnico est atrelada ao investimento da formao de difusores e qualificao da mo-de-obra bsica, maior agregao de produtores que adotem prticas de manejo melhoradas e racionais, com maior investimento financeiro inicial,

    conferindo posteriormente uma maior relao custo-benefcio.

    No semi-rido a irregularidade do perodo chuvoso e as secas peridicas impem severas restr ies ao s u p r i m e n t o d e f o r r a g e n s e , conseqentemente, produtividade dos pequenos ruminantes. Outros fatores podem ser considerados importantes no manejo de caprinos e ovinos: a inexistncia de um programa sanitrio preventivo, a falta de adaptabilidade e sobrevivncia das crias ao meio ambiente adverso ao de origem de sua espcie e raa e o no atendimento aos problemas inerentes ao tipo de explorao e suporte para a manuteno do potencial biolgico exigido.

    A instalao de uma conduta rotineira em submeter o rebanho a um manejo correto e racional o primeiro passo para aumentar os ndices de produtividade (Sousa, 2000). O manejo de um rebanho a reunio de todos os cuidados e tarefas do dia a dia, estando e s t r e i t a m e n t e r e l a c i o n a d o s instalaes da propriedade, alimentao, sanidade, reproduo e ao melhoramento gentico. Este trabalho objetiva disponibilizar recomendaes tecnolgicas para a produo de caprinos e ovinos, e relatar os resultados obtidos com o uso da estao de monta por cobertura natural e inseminao artificial em pequenas Unidades de Produo, localizadas nas microrregies do Cariri e Curimata paraibanos, assistidas pelo Programa Fome Zero por intermdio da Emepa.

    INTRODUO

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    MANEJO REPRODUTIVO DE CAPRINOS E OVINOS

    Para que o programa reprodutivo funcione de forma eficiente e os objetivos sejam alcanados, devem ser obedecidos pr-requisitos nos manejos sanitrio e nutricional e escriturao zootcnica. Portanto, temas como estao de monta, caractersticas reprodutivas das fmeas caprinas e ovinas submetidas sincronizao do estro e ovulao, alimentao, manejo nutricional ligado reproduo, sanidade e instalaes, merecem destaque na organizao dos sistemas de produo.

    Estao de Monta

    Estao de monta o perodo no qual os animais so expostos ao acasalamento. recomendvel que, ao se fazer uma estao de monta pela primeira vez, o perodo seja de 60 a 63 dias para cabras e 48 a 51 para ovelhas, pois, durante este tempo, possvel acompanhar a regularidade do ciclo estral dos animais, ou seja, o intervalo de tempo em que as fmeas apresentam cio. Nas cabras, este intervalo , em mdia, de 21 dias e nas ovelhas de 17 dias. Em regies tropicais, onde a luminosidade no sofre grandes variaes ao longo do ano, como no Nordeste brasileiro, as cabras e as ovelhas nativas apresentam estro e ovulam ao longo de todos os meses, estando a atividade reprodutiva mais relacionada com a disponibilidade, a qualidade das forragens e o estado sanitrio dos animais (Ribeiro, 1997).

    O estabelecimento da estao de monta deve ser feito com critrios que devero guardar estreita relao com os objetivos da explorao. Portanto, depende de uma srie de fatores, como: o estado reprodutivo das fmeas e dos machos; a disponibilidade de smen; o perodo em que transcorrer o tero final da prenhez, em face de sua importncia para o peso da cria ao nascer e sua sobrevivncia; a poca na qual ocorrero os partos, em virtude de sua importncia para a produo de leite e conseqente sobrevivncia e

    desenvolvimento da cria e idade ou peso em que as crias sero desmamadas e comercializadas. Outro fator que deve ser levado em considerao que, em criaes leiteiras, dependendo da d e m a n d a d a r e g i o e d o comportamento reprodutivo das fmeas, deve-se manter, sempre que possvel 25% das cabras em lactao, por trimestre ou em torno de 50% por semestre, o que garantir a oferta constante de leite ao mercado. A estao de monta uma prtica de manejo de baixo custo e de aplicao relativamente fcil. A sua adoo no visa obteno de ndices mximos de fertilidade, mas o equilbrio entre o ndice de fertilidade e de sobrevivncia que possibilite uma maior renda ao sistema de produo (Freitas et al., 2005).

    Vantagens

    Concentrao de partos no mesmo perodo; padronizao dos produtos nascidos; permite conhecer e acompanhar o histrico reprodutivo dos animais; possibilita a ocorrncia de trs partos em dois anos; garante produtos no mercado ao longo do ano; atravs do contato dirio com animais, possvel detectar alguma doena ainda na fase inicial; facilita o manejo sani tr io e faci l i ta o manejo reprodutivo.

    Cuidados necessrios antes da estao de monta

    - Seleo zootcnica das fmeas

    Selecionar as fmeas com 65 a 70% do peso do animal adulto; no utilizar fmeas com idade avanada; doentes; com histrico de abortos ou com irregularidade no aparecimento do cio; no utilizar fmeas com defeitos hereditrios: agnatismo, prognatismo, hrnias; apresentarem escore corporal no mnimo 2,0 e no mximo 4,0. O escore 3,0 o ideal. Uma boa conformao corporal favorece o aumento nas taxas de ovulao e c o n c e p o , a s o b r e v i v n c i a embrionria e, conseqentemente, a fertilidade ao parto.

    - Seleo zootcnica dos reprodutores

    Inicialmente, deve ser levada em considerao a demanda do mercado consumidor carne e/ou leite, para definir o padro zootcnico que deve ser inserido ao rebanho. Os critrios que devem ser considerados na escolha de um reprodutor so os seguintes: c o n s t a t a o d a s a d e g e r a l ; integridade dos sistemas locomotor, visual e digestivo; integridade dos rgos genitais (testculos e pnis); manifestao da libido (desejo s e x u a l ) ; a u s n c i a d e d e f e i t o s hereditrios: agnatismo, prognatismo, hrnias; eliminar os mochos de nascena.

    importante considerar que a espermatognese nos pequenos ruminantes domsticos tem uma durao aproximada de 52 dias, o que suporta a recomendao de se dar incio suplementao alimentar dos reprodutores a partir de 6 a 8 semanas antes do incio da estao de monta.

    - Preparao sanitria das fmeas e reprodutores

    Vermifugaes estratgicas contra endo e ecto parasitas; vacinaes contra Raiva e Clostridiose; corte dos cascos; submeter os animais a uma suplementao alimentar.

    Comportamento das fmeas em estro (cio): monta e aceitao para montar por outras fmeas; aceitao espontnea monta pelo reprodutor; vulva edemaciada e presena de muco cristalino; urina e balana a cauda com freqncia.

    Mtodos para a manipulao do ciclo estral

    So mtodos que possibilitam a induo e sincronizao do cio.

    Mtodo Natural Efeito Macho

    Consiste na introduo de machos rufies (que no possuem condies de fertilizar uma fmea), as quais estejam isoladas de machos no mnimo de 3 a 4 semanas. As fmeas apresentaro o

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    estro em cadeia no perodo de 5 a 10 dias, aps a exposio aos rufies. Este fenmeno se deve liberao do ferormnio exalado pelo macho, que sentido pelas fmeas atravs do seu sistema olfatrio. Tal efeito ocasionar a liberao de substncias endgenas que iro desencadear os sinais de estro. aconselhvel a utilizao de rufies para deteco das fmeas em estro e no dos prprios reprodutores, para promover um melhor aproveitamento dos mesmos (Gonzalez et al., 2002).

    Mtodo Nutricional flushing alimentar

    Consiste no aumento do plano nutricional de pelo menos 30 dias antes da estao de monta. Pode ser feito pelo fornecimento de rao concentrada balanceada, na quantidade diria de 500-800 g/animal. Este procedimento deve ser associado disponibilidade de volumoso de boa qualidade, existente em cada regio. Este mtodo no sincroniza os estros, entretanto, proporciona um aumento de 20 a 30% na taxa de ovulao.

    Mtodos hormonais

    Estes mtodos hormonais permitem a sincronizao do aparecimento dos sinais clnicos de estro de forma sincronizada na maioria do rebanho tratado. Porm, a administrao de gonadotrofina em associao com o tratamento progesternico tem permitido ndices de ovulao satisfatrios, quando do uso individual da progesterona ou prostaglandina.

    Uso da PGF alfa (prostaglandina) ou 2seus anlogos sintticos.Uso de Progesterona

    Dispositivos vaginais

    ?Esponjas de poliuretano impregnada com 60 mg de progesterona sinttica ou 50 mg de fluogesterona;?CIDR (controulled internal drug

    re l e a s e ) - i m p r e g n a d a c o m progesterona natural na concentrao de 0,33 mg.?Uso de Gonadotrofina

    ? eCG (gonadotrofina corinica eqina) produtos liofilizados na concentrao de 5.000 UI.

    Uma das formas de aumentar a capacidade de suporte da fazenda cultivar gramneas, como: capim-buffel (Cenchrus ciliaris L.), capim andropgon (Andropogon gayanus), bem como leguminosas de porte herbceo, como cunh (Clitoria ternatea L.). Para o cultivo destas espcies, recomenda-se reservar reas no marginais da propriedade, alm de formar capineiras em reas de vazantes com capim-elefante.

    Animais nutricionalmente mais caren tes devem te r acesso suplementao com feno ou silagem de leguminosas e/ou gramneas, obtidas do campo de produo de forragem das reas midas da propriedade. Deve ser oferecida uma mistura de sal comum e sal mineralizado, nos cochos, colocados nos apriscos, vontade, durante o ano a previso de consumo de 15 g por cabea/dia (Cunha, 2000).

    Uma rao de ramas forrageiras e/ou capim picado deve ser oferecida aos cabritos em amamentao, que f ica rem presos nos apr i scos , favorecendo, assim, o funcionamento mais precoce do rmen, que normalmente tem seu incio, de maneira rudimentar, a partir da 3 semana de vida. aconselhvel permanecerem no capril os cabritos recm-nascidos, pelo menos nas quatro primeiras semanas. importante as crias permanecerem com as mes nas primeiras 72 horas de vida, devendo ser assistidas nas primeiras 12 horas ps-parto, para que se tenha certeza de que ingeriram o colostro (Embrapa-CNPC, 1994).

    ALIMENTAO

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    O efeito do estado nutricional na performance reprodutiva muito importante. Embora os tipos de fontes nutricionais e os problemas de manejo possam diferir entre regies, os

    MANEJO NUTRICIONAL LIGADO REPRODUO

    processos fisiolgicos que comandam o desempenho reprodutivo so os mesmos e sob condies nutricionais inadequadas agem negativamente no processo reprodutivo, afetando os ndices produtivos do rebanho.

    A alimentao o principal fator do comportamento reprodutivo e de respos tas aos t ra tamentos de sincronizao de estros em todas as espcies animais. No semi-rido a limitada disponibilidade de alimentos, associada escassez das chuvas, determinante no estado nutricional dos rebanhos. Assim, em animais com baixa condio corporal, o atraso e a ausncia de cio esto estreitamente relacionados. A taxa de ovulao e a fertilidade so altamente dependentes da al imentao pr-cobertura, enquanto em bom estado nutricional, estes animais apresentam excelentes respostas aos tratamentos hormonais.

    As alternativas bsicas para fortalecer a alimentao nas regies do Cariri e Curimatu so: melhoramento do suporte forrageiro com o auxlio das forragens conservadas por processos de fenao e ensilagem; manejo adequado das pastagens com taxa de lotao correta e pastoreio rotacionado e suplementao alimentar na poca seca.

    Alimentao segundo a categoria animal

    - Fase de crescimento: a partir do 3 ms de vida, deve ser fornecido um volumoso de boa qualidade e 300 g/dia de um concentrado com 14% de protena bruta e uma mistura mineral completa. A rao deve conter uma relao clcio e fsforo na proporo de 2:1 para evitar a formao de clculo renal, o qual freqente no macho caprino.

    - Fmeas antes da estao de monta: o perodo pr-acasalamento ou inseminao artificial muito importante para que as fmeas refaam suas reservas orgnicas perdidas na gestao e lactao anterior. O fundamento da prtica do flushing que o choque alimentar estimula a taxa de ovulao e, conseqentemente,

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    SANIDADE

    O desconhecimento sobre manejo sanitrio leva a perdas econmicas irreparveis. A utilizao de medidas profilticas e curativas no controle das principais doenas de caprinos e ovinos de fundamental importncia para aumentar a produtividade destas espcies. A alta freqncia de doenas em caprinos e ovinos devida a falta de acesso orientao tcnica adequada e carncia de informaes elementares sobre manejo sanitrio. As instituies pblicas governamentais so, de certa forma, responsveis pelas mudanas de atitudes necessrias para que se fortalea a parceria e organizao de base que atuam no espao rural, visando dinamizao das aes dentro dos sistemas de produo, proporcionando o incremento dos ndices produtivos.

    Seguem medidas profilticas e teraputicas de algumas doenas que geralmente acometem os pequenos ruminantes, conforme Pinheiro et al. (2003).

    Endoparasitoses

    Verminose - a principal das afeces que afetam o rebanho caprino, sendo responsvel pela alta taxa de mortalidade, retardo do crescimento, baixa produo de leite e baixa fertilidade, causando grandes perdas econmicas.

    Quando a mucosa ocular est esbranquiada e a regio abaixo do q u e i x o e s t i n c h a d a ( e d e m a submandibular) sinal que a verminose j est em estado bem avanado, devendo-se tratar imediatamente com aplicao sistemtica de vermfugo e boa alimentao. aconselhvel no soltar os animais no pasto e sim, deix-los confinados. Para o controle, fazer trs vermifugaes no perodo seco e uma no perodo chuvoso. A prtica freqente de exames parasitolgicos de fezes como o Opg (contagem de ovos por grama de fezes), ajuda muito no controle da verminose, pois indica o grau de infestao do rebanho.

    maiores ndices de fertilidade e prolificidade. As fmeas destinadas cobertura devem ser previamente selecionadas e separadas do rebanho, 30 dias antes, remanejadas para um local apropriado, para receberem cuidados sanitrios e nutricionais, com dieta rica em fibra e maior valor energtico, devendo estas serem mantidas at 30 dias aps o acasalamento, visando a fixao e sobrevivncia dos fetos.

    Exemplos de raes para o flushing alimentar:Rao 1: milho triturado 60%, farelo de soja 23%, torta de algodo 30%, farelo de trigo 20%, sal mineral 2%, uria 2%. Rao 2: milho triturado 78%, farelo de soja 20%, caroo de algodo 30%, farelo de trigo 20%, sal mineral 2%.Rao 3: farelo de mandioca 74%, farelo de soja 23%, sal mineral 2%, uria 2%

    Para os exemplos de raes citados, as quantidades a serem oferecidas aos animais esto diretamente relacionadas qualidade do volumoso, entretanto, a mesma deve representar, em mdia, 40% do consumo total da rao diria nessa fase.- Tero final de gestao: os animais prenhes reduzem o consumo de volumoso no tero final da gestao, em funo da compresso do rmen pelo desenvolvimento do feto. Nessa fase, o animal precisa receber uma suplementao concentrada: em torno de 600 g de um concentrado com teor protico entre 20 e 24% de PB, juntamente com volumoso e uma mistura mineral de 3% na rao. - Reprodutores: especial ateno deve ser dada a mineralizao dos reprodutores, especialmente na relao clcio:fsforo (2:1), uma vez que os mesmos so mais susceptveis ao aparecimento de clculos urinrios, quando ocorre a deficincia ou excesso destes minerais. Quando no for possvel preparar uma mistura adequada na propriedade, o produtor deve procurar um produto especifico e de boa qualidade. recomendado que, quando a mistura mineral for adquirida no comrcio, j pronta, deve-se ter os seguintes cuidados: ausncia de

    substncias txicas; ter em mdia 50% de sal comum; ter no mnimo 8% de fsforo; ter a relao de clcio:fsforo de 2:1; preferir a mistura granulada, pois em bloco o consumo 10% menor.

    Os reprodutores podem receber o mesmo tipo de alimento das fmeas, necessitando adequar a quantidade ao peso vivo. Para que os mesmos mantenham um bom estado fsico necessrio alm de boa alimentao, prtica de exerccios dirios. Quando a pastagem de boa qualidade e o animal no est em servio, pode ser dispensada a rao concentrada, fornecendo-se apenas uma boa suplementao mineral. O teor de protena na dieta deve ficar entre 14 e 16%. Trinta dias antes e durante a estao de cobertura necessrio oferecer um suplemento protico dirio na quantidade de 800 a 1.000 g alm de gua em abundncia e exerccios; terminado o perodo de cobertura a alimentao deve voltar ao normal

    S u p l e m e n t a o m i n e r a l : o fornecimento de suplemento mineral indispensvel aos animais ao longo do ano, alm de ser colocado disposio, deve sempre ser adicionado ao concentrado na proporo de 1% da rao; a preparao e a dosagem dos componentes devem ser rigorosas e feitas com o mximo de cuidado. Os adultos ingerem cerca de 15 g de mistura mineral completa por dia.

    Exemplo 1 de mistura mineral (kg): Fosfato biclcio (50,00), sulfato de zinco (0,12), sulfato de cobre (0,30), sulfato de cobalto (0,05), iodato de potssio ( 0,015).

    Exemplo 2 de mistura mineral (kg):Farinha de ossos (50,00), sal comum (48,00) e complexo mineral ( 2,00).

    Quando a mistura mineral for adquirida no comrcio j pronta devem-se ter os seguintes cuidados: Idoneidade dos fabricantes; ausncia de substncias txicas, ter em mdia 50% de sal comum; ter no mnimo 8% de fsforo; a relao clcio:fsforo deve ser 2:1; Boa aceitao pelos animais; preferir a mistura granulada, pois em bloco o consumo 10% menor.

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    Nos rebanhos onde se utiliza a estao de monta, recomenda-se uma vermifugao 30 dias antes do parto, para evitar a contaminao dos cabritos e das fmeas no perodo ps-parto.

    Ectoparasitoses

    Piolho e Sarna - deve ser feita inspeo peridica dos animais. No se recomenda introduzir animais na propriedade sem antes proceder a um exame minucioso ou submet-los a uma quarentena. Os animais infestados devem ser tratados mediante banhos de asperso com produtos fosforados ou piretrides, repetindo-se o tratamento aps dez dias. No caso de sarna, o procedimento feito atravs da limpeza da regio afetada e utilizao de acaricidas em soluo oleosa, na diluio de 1:3.

    Miase (bicheira) - so causadas por larvas de moscas, vulgarmente varejeira. As miases so mais comuns nos orifcios naturais, como: narinas, cavidade nasal, vulva e leses recentes na pele, cordo umbilical dos recm-nascidos e abscessos rompidos, pois a mosca tem predileo por tecidos vivos. Recomenda-se tratar os animais com repelentes sempre que se realizarem prticas de manejo como: brincagem, castrao, descorna, corte do umbigo. Lembrar que o produto no deve ser aplicado sobre o ferimento, e sim, ao redor. Para os animais portadores de bicheira, limpar a rea infestada, retirar as larvas e colocar substncias larvicidas e repelentes para matar as larvas.

    Pododermatite (mal-do-casco) - para o controle da pododermat i te , recomenda-se o corte e a limpeza peridica dos cascos de todos os animais do rebanho, principalmente no perodo seco. Evitar que os animais permaneam em locais midos. Proceder a passagem dos animais em pedilvio com soluo desinfetante base de formol a 5% (50 mL) e gua (1 litro), ou soluo de cal virgem (3,6 kg) e gua (1 litro), duas vezes ao dia, in ic iando-se 30 d ias an tes e

    permanecendo durante todo o perodo chuvoso. Os animais afetados devem ser isolados, mantidos em locais secos e limpos, procedendo-se a limpeza e a desinfeco diria dos cascos. Nos casos graves, estas medidas devem ser associadas aplicao de antibiticos sistmicos.

    Linfadenite caseosa (mal-do-caroo) - uma enfermidade infecto-contagiosa, crnica e debilitante que acomete caprinos e ovinos, podendo atingir o homem, causada pela bactria Corynebacterium pseudotuberculosis. Caracteriza-se pelo aumento dos linfonodos e formao de abscessos, contendo material purulento de cor amarelo-esverdeada, nos linfonodos superficiais, uni ou bilateral, viscerais e nos rgos, principalmente pulmes, fgado, bao e rins. Aps a penetrao do microorganismo, este pode permanecer em forma latente no corpo do animal por longos perodos, no desenvolvendo a formao de abscesso, e aps uma diminuio das defesas orgnicas dos animais acometidos, ocorre o aparecimento de abscesso superficial, com maior incidncia em animais com mais de um ano de idade.

    Por ser uma doena de fcil disseminao, recomenda-se evitar a aquisio de animais com sintomas externos (abscessos/caroos). Para tanto, deve-se proceder a inspeo peridica do rebanho. Se constatada a presena de abscessos, isolar o animal e, quando oportuno, efetuar a abertura dos abscessos antes que se rompam espontaneamente e contaminem o ambiente. Para tanto, deve-se preparar a rea, por meio de lavagem com gua e sabo, cortar os plos e desinfetar com lcool iodado. Em seguida, faz-se um corte no sentido vertical, de tamanho adequado retirada de todo o contedo purulento e procede-se a escarificao da ferida e a sua desinfeco com soluo de iodo a 10%. O material retirado deve ser queimado e enterrado. A n i m a i s q u e a p r e s e n t a r e m reincidncia por trs vezes devem ser

    e l i m i n a d o s d o r e b a n h o . O microorganismo infectante capaz de sobreviver e persistir no meio ambiente por longo tempo, constituindo-se numa constante fonte de infeco. Condies de ambiente como umidade, matria orgnica, concentrao de animais, falta de higienizao nas instalaes, prticas de manejo inadequadas favorecem a persistncia da C. pseudotuberculosis. No h evidncias de que o microganismo possa se multiplicar no solo, porm em solos ricos, midos e de baixas temperaturas, a bactria consegue sobreviver por at oito meses sendo, portanto, uma constante fonte de infeco para animais sadios.

    B ro n c o p n e u m o n i a - d a d a a vulnerabilidade dos caprinos pneumonia, recomenda-se proceder a limpeza e desinfeco peridica das instalaes. Evitar expor os animais umidade e correntes de ar excessivas, mediante instalaes e lotaes adequadas. Os animais j afetados devem ser isolados e tratados com antibiticos de amplo espectro.

    Ectima contagioso (boqueira) - as leses so comumente observadas nos lbios. Nos casos graves, a infeco se estende at as gengivas, narinas, olhos, bere, lngua, espaos interdigitais e coroas dos cascos. Os animais acometidos devem ser isolados imediatamente por 2 a 3 semanas. As leses devem ser tratadas com a retirada das crostas e com aplicao de uma mistura de iodo a 10% e glicerina, na proporo de 1:1. Nos casos mais graves, aconselha-se administrao de antibiticos para prevenir infeces secundrias.

    Enterite (diarria) - uma doena muito comum, principalmente em animais jovens. O tratamento se faz com medicamentos base de sulfa. Recomenda-se, tambm, desinfetar as instalaes com produtos base de creosol a 2%. Como medicao de suporte, utilizar soluo rehidratante (soroterapia)

    Tecnol. & Cin. Agropec., Joo Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007

  • 50 Tecnol. & Cin. Agropec., Joo Pessoa, v.1, n.2, p.45-51, dez. 2007

    Alpina; e ovino das raas Dmara e Santa Ins, em pequenas Unidades de Produo no Cariri Paraibano, no ano de 2004. Para caprinos, a taxa de pario foi de 87% e prolificidade de 1,2; para ovinos foi de 87% e prolificidade de 1,1.

    Tabela 1Taxa de pario de cabras e ovelhas SPRD submetidas monta natural controlada com reprodutores caprinos das raas Anglo Nubiana, Boer, Savana e Parda Alpina; e ovino das raas Dmara e Santa Ins, em Unidades de Produo no Cariri Paraibano, no ano de 2004.

    EspcieN de

    fmeas cobertas

    Taxa de pario

    (%)Prolif

    Prolif - Prolificidade

    CaprinosOvinos

    11680

    83,087,0

    1,21,1

    A taxa de pario de 197 cabras SPRD (Sem Padro de Raa Definida) submetidas inseminao artificial com smen fresco de reprodutores das raas Boer e Anglo Nubiana, em pequenas Unidades de Produo localizadas nas regies do Cariri e Curimata Paraibanos, foi de 65,99% (130/197), com uma prolificidade de 1,5.

    Na Tabela 2, observa-se que os machos das raas Savanna e Parda Alpina foram mais pesados, ao nascimento, do que as fmeas nas Unidades de Produo localizadas na regio do Cariri e Curimata, no ano de 2004. Enquanto isto, as fmeas das raas Anglo Nubiana e Boer foram mais pesadas do que os machos, ao nascer. De um modo geral, as crias da raa Parda Alpina so mais leves, ao nascimento, do que os das raas Anglo Nubiana, Boer e Savanna.

    Com relao aos ovinos, as fmeas da raa Dmara com peso, ao nascer, de 6,20 kg superaram os machos em 2,5 kg. Enquanto isto os machos da raa Santa Ins foram mais pesados, ao nascer, do que as fmeas, com uma diferena de 0,11 kg.

    INSTALAES

    Componentes de um Centro de Manejo

    Aprisco (capril e/ou ovil) - Na construo das instalaes devem ser considerados: condies ambientais, material disponvel na regio, qualidade dos animais; devendo as mesmas ser simples, funcionais e econmicas. Tais instalaes podem ser construdas preferencialmente em locais secos, altos e pouco inclinados; protegidos dos ventos fortes e em solo compactado e ensolarado; prximo a uma fonte de gua e de fcil acesso. Nas r e g i e s n o r d e s t i n a s o n d e a s precipitaes excedem 700 mm, os a b r i g o s d e v e m s i t u a r - s e preferencialmente na direo Norte-Sul, no alto de pequenas elevaes para que haja boa ventilao. Nas regies de m e n o r p r e c i p i t a o p l u v i a l , recomenda-se sua construo no sentido Leste-Oeste.

    Aconselha-se a higienizao semanal das instalaes. A limpeza deve ser intensificada durante a maior ocorrncia de pario e no perodo das chuvas. O esterco deve ser estocado fora do alcance dos animais, devendo ser utilizado nas reas cultivadas, desde que bem curtido.

    Os tipos mais comuns de aprisco, segundo Brito & Cunha (2002) so:Cho batido constitudo de uma rea aberta cercada de madeira, com uma parte coberta, podendo ter plataforma elevada com cerca de 30 a 50 cm de altura, de modo que as baias ocupem 1/3 da superfcie do galpo.

    Piso suspenso utilizado para animais em sistema de confinamento e semi-confinamento; apresenta melhores condies de manejo e higiene para os animais. O p direito deve ser de 2,50m, o piso deve estar elevado a uma altura de 0,80 m do solo, utilizando na sua construo ripes de 3 cm de largura, distanciado de 1 cm para as reas de cabrito e de 1,5 cm para as matrizes. As vigas que suportam os ripes devem ser espaadas de aproximadamente 9,60m. As rampas de acesso com largura mnima de 1,20 m devem ser pouco

    inclinadas para facilitar a subida dos animais devendo possuir proteo nos lados para evitar a queda das crias.

    Cochos - Os cochos so utilizados para arraoar os animais com rao volumosa e/ou concentrada. Devem ficar localizados do lado de fora das instalaes, evitando o desperdcio e a contaminao por fezes e urina, alm de facilitar o abastecimento; devem apresentar as seguintes dimenses: 30-40 cm de altura do solo, 20 cm de profundidade e 30 cm de largura.

    Cabriteiro - Alojamento destinado s crias, situado no interior do aprisco, protegido contra ventos fortes, umidade e chuvas; devem apresentar boas condies de higiene. O espao

    2recomendado de 1 m /animal

    Maternidade - Deve ser localizada prxima instalao formada por baias especiais num mesmo galpo, podendo ser individual ou coletiva, dependendo do tamanho do rebanho. Na ausncia da maternidade, pode ser usado um piquete com rea desmatada e plantada com capim de pisoteio, boas condies de gua e sombreamento onde as fmeas podero parir em condies de conforto. Para a construo das baias maternidade a rea coberta deve ter 1,5

    2a 2,0 m /animal.

    Aprisco para reprodutores - Os abrigos destinados aos reprodutores

    2devem ter 3 m /animal com cocho para forragem e concentrado, sal mineral e gua, alm do solrio.

    Saleiro - Outra instalao de grande importncia e de baixo custo, que deve ser fixado sob a rea coberta do curral.

    Os resultados da Tabela 1 so referentes ao nmero de fmeas cober tas , taxas de par io e prolificidade de cabras e ovelhas SPRD (Sem Padro de Raa Definida) submetidas monta natural controlada com reprodutores caprinos das raas Anglo Nubiana, Boer, Savana e Parda

    RESULTADOS EXPERIMENTAIS

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    Tabela 2Pesos ao nascer dos produtos de cabras e ovelhas SPRD submetidas monta natural controlada com reprodutores caprinos e ovinos, em pequenas Unidades de Produo no Cariri e Curimata Paraibanos, no ano de 2004.

    Raa do reprodutor

    Sexo da criaMachos Fmeas

    Anglo NubianaBoerSavanaParda Alpina

    DmaraSanta Ins

    4,845,304,973,22

    4,925,603,823,08

    Caprinos

    3,805,04

    6,204,93

    Ovinos

    REFERNCIAS

    BRITO, E.A. de; CUNHA, M. das G.G. Instalaes para caprinos leiteiros. In: SOUSA, W.H de; SANTOS, E.S. dos. Criao de caprinos leiteiros: Uma alternativa para o semi-rido. 2 ed. Joo Pessoa: SEBRAE-PB/EMEPA, 2000. p.191-207.

    CUNHA, M. das G. Nutrio e manejo alimentar de caprinos e ovinos: In: SOUSA, W.H.; SANTOS, E.S. dos. Criao de caprinos leiteiros: uma alternativa para o semi-rido. 2 ed. Joo Pessoa: SEBRAE, EMEPA-PB, 2000. p.57-58.

    EMBRAPA-CNPC. Recomendaes tecnolgicas para a produo de caprinos e ovinos no Estado do C e a r . S o b r a l , 1 9 9 4 . 5 8 p . (EMBRAPA-CNPC. Circular Tcnica, 9).

    FREITAS, J.V.F.; TEIXEIRA, D.I.A.; LOPES-JUNIOR, E.S.; PAULA, N.R.O.; ALMEIDA, A.P. Manejo reprodutivo de caprinos e ovinos. Do campus para o campo: Tecnologia para produo ovinos e caprinos. 1 ed. Fortaleza: Grfica Nacional, 2005, p.241-263.

    A: Produto de cabra SPRD x reprodutor Savana, Soledade, PB

    B: Produto de cabra SPRD x reprodutor Dmara, Soledade, PB

    C: Produto de cabra SPRD x reprodutor Boer, Riacho, PB

    D: Produtos de ovelhas SPRD x reprodutor Santa Ins, Soledade, PB

    GONZALEZ, C.I.; SOARES, A.T.; CUNHA, M.das G.G.; SOUSA, W.H. de. Reproduo assistida em caprinos: inseminao artificial. Joo Pessoa: EMEPA-PB, 2002. 42p. il. (EMEPA-PB. Documentos, 39).

    LEITE, E.R.; VASCONCELOS, V.R. Estratgias de alimentao de caprinos e ovinos em pastejo no Nordeste do B r a s i l . I n : S I M P S I O I N T E R N A C I O N A L S O B R E CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 1., 2000. Joo Pessoa. Anais... Joo Pessoa: Emepa, 2000. P.71-80.

    PINHEIRO, R.R.; ALVES, F.S.F.; ANDRIOLI, A. Principais doenas infecciosas de caprinos e ovinos. In: Simpsio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte, 2.; Simpsio Internacional sobre o Agronegcio da Caprinocultura Leiteira, 1.; 2003. Joo Pessoa, PB. Anais... Joo Pessoa: Emepa, 2003. p.165-178.

    RIBEIRO, S.D.A. Caprinocultura: criao racional de caprinos. So Paulo: Nobel, 1997. p.180-189.

    SIMPLCIO, A.A.; WANDER, A.E.; LEITE, E.R. A caprino-ovinocultura como alternativa para gerao de emprego e renda. In: CONGRESSO L AT I N O - A M E R I C A N O D E BUIATRIA, 11., 2003. Salvador. Anais... Salvador: Sociedade Latino-Americana de Buiatria, 2003. p.146-147.

    SOUSA, W.H. de. Melhoramento dos rebanhos de caprinos leiteiros I. Seleo e cruzamentos. In: SOUSA, W.H de; SANTOS, E.S. dos. Criao de Caprinos Leite iros : Uma alternativa para o semi-rido. Joo Pessoa: SEBRAE-PB/EMEPA, 2000. p.9-56.

    WANDER, A.E.; MARTINS, E.C. O agronegcio da caprinocultura leiteira. Do campus para o campo: Tecnologia para produo de ovinos e caprinos. 1 ed. Fortaleza: Grfica Nacional, 2005, p.43-54.

    A

    B

    C

    D

    Tecnol. & Cin. Agropec., Joo Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007