TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

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2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Durante nossa trajetória como estagiarias da rede pública de ensino, atuando nas turmas de sexta série do ensino fundamental, nos deparamos com diversas situações, podemos constatar em alguns professores e alunos a falta de interação na relação da sala de aula, nos mais variados contextos. Alguns alunos apresentando um alto nível de incompreensão na comunicação, e alguns professores, por outro lado, demonstrando ausência de conhecimento, de relacionamento, segurança nos temas, sem conseguir retorno do ensino aprendizagem dos alunos. Embora tenhamos constatado que existem nestas mesmas unidades escolares, professores muito bem relacionados com seus alunos, apresentando um nível elevado de aceitação pela instituição, familiares e toda comunidade escolar Então nos questionamos: por que as escolas, hoje, ainda apresentam tantas dificuldades na relação interacional no que diz respeito ao fenômeno de comunicação e expressão professor- aluno? E no contexto escolar por que alguns professores não se entendem com seus alunos? Por que a linguagem na sala de aula não influencia na aprendizagem? Será que esses professores e dirigentes procuram analisar as conseqüências nessa falta de interação nas relações educacionais? Segundo Barbosa (2006.p.164): Os valores que vamos aprendendo na interação com, a visão de pessoa, de educação, de respeito, de limite pode nos aproximar ou nos afastar de situações de aprendizagem considerada necessária pela sociedade da qual fazemos parte.

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Durante nossa trajetória como estagiarias da rede pública de ensino, atuando

nas turmas de sexta série do ensino fundamental, nos deparamos com diversas

situações, podemos constatar em alguns professores e alunos a falta de interação

na relação da sala de aula, nos mais variados contextos. Alguns alunos

apresentando um alto nível de incompreensão na comunicação, e alguns

professores, por outro lado, demonstrando ausência de conhecimento, de

relacionamento, segurança nos temas, sem conseguir retorno do ensino

aprendizagem dos alunos.

Embora tenhamos constatado que existem nestas mesmas unidades

escolares, professores muito bem relacionados com seus alunos, apresentando um

nível elevado de aceitação pela instituição, familiares e toda comunidade escolar

Então nos questionamos: por que as escolas, hoje, ainda apresentam tantas

dificuldades na relação interacional no que diz respeito ao fenômeno de

comunicação e expressão professor-aluno? E no contexto escolar por que alguns

professores não se entendem com seus alunos? Por que a linguagem na sala de

aula não influencia na aprendizagem? Será que esses professores e dirigentes

procuram analisar as conseqüências nessa falta de interação nas relações

educacionais? Segundo Barbosa (2006.p.164):

Os valores que vamos aprendendo na interação com, a visão de pessoa, de educação, de respeito, de limite pode nos aproximar ou nos afastar de situações de aprendizagem considerada necessária pela sociedade da qual fazemos parte.

O que pretende-se estender um dialogo a partir dessa realidade: falta de

interação na relação professor aluno, acreditando que tal problema implica no

insucesso escolar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS (BRASIL, 1998), apresentam

um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural, legando

à escola a função de capacitar o aluno para o uso e domínio dos saberes lingüísticos

em um efetivo exercício da cidadania, de acordo com esse documento a função da

escola é promover situações didáticas que desenvolvam no indivíduo competência

discursiva suficiente para ele utilizar a língua de maneira eficiente nos mais variados

contextos, para expressar idéias, pensamentos e intenções, estabelecer relações,

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interagir e atuar na sociedade como um todo. Porém, observamos que, nem sempre,

as práticas escolares condizem com as propostas dos PCNS, o apego excessivo à

rotina do livro didático e o distanciamento da instituição em relação ao que se

veicula no universo social do aluno, acaba gerando atividades artificiais as quais não

estimulam um envolvimento por parte dele e com isso a falta de interação entre

ambos.

Nesse sentido, ao acreditar que a escola deva vencer as barreiras existentes

entre realidade social e contexto escolar, a instituição deve propor situações de

interações que minimizem o artificialismo e revelem caminhos para o

comprometimento desse jovem com os problemas sociais de sua realidade,

deixando-o apto a interar-se, discutir e opinar sobre questões sociais. Assim,

considerando as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS

(Brasil,1998) e sob a luz da lingüística aplicada, apresentamos, nesse trabalho, a

exposição das teorias sócio-interacionistas, embasadas em autores como Bakhtin e

Vygotsky, e a consolidação destas teorias pela prática interacional da linguagem na

qual o aluno, a partir do contato com a realidade social, terá a oportunidade de

desenvolver sua linguagem em uso. Essa prática, além de contribuir para o

aprimoramento do ensino no contexto escolar, visa à interação do aluno com a

sociedade de modo a exercer, efetivamente ao saberes linguístico no meio social.

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Capitulo I: Trajetória Histórica

1.1 Origem da linguagem

Para um primeiro momento, o estudo da ciência da filosofia preocupou-se em

buscar uma origem existencial da linguagem. Existem relatos e pesquisa de que

houve um suposto surgimento na Grécia, diante disto, originou uma pergunta, a

linguagem é natural aos homens ou é uma convenção social? Segundo Marilena

Chauí (2002- p.139) Se a linguagem for natural, as palavras possuem um sentido

próprio e necessário; se for convencional, são decisões consensuais da sociedade

e, nesse caso, são arbitrárias, isto é, a sociedade poderia ter escolhido outras

palavras para designar as coisas.

Com essa pesquisa sobre a origem da linguagem, observou-se a separação e

as diferença entre a linguagem e a língua, definiu-se que a linguagem é oriunda da

capacidade de expressão natural dos seres humanos e engloba vários domínios

físicos, psíquicos e fisiológicos, ou seja, próprias da necessidade do corpo humano

que lhe permitem expressar pela palavra. Para a língua, são vindas de acordo que

surgem de condições históricas, econômicas e políticas e culturas, ou seja,

convenções da sociedade. De acordo com a visão de Chauí (2002-p.140). Uma vez

constituída uma língua, ela se torna uma estrutura ou um sistema dotado de

necessidade interna, passando a funcionar como se fosse algo natural, isto é, como

algo que possui suas leis e princípios próprios, em dependentes dos sujeitos

falantes que a empregam.

Desta forma para Chauí, a linguagem somou-se quatro respostas:

1-“A linguagem nasce por imitação, isto é, os humanos imitam pela voz, os

sons da natureza (dos animais, dos rios, das cascatas e dos mares, do trovão e do

vulcão, dos ventos, etc.) A origem da linguagem seria, portanto, a onomatopéia ou

imitação dos sons animais e naturais;”

2-“A linguagem nasce por imitação dos gestos, isto é, nasce como uma

espécie de pantomima ou encenação, na qual o gesto indica um sentido. Pouco a

pouco, o gesto passou a ser acompanhado de sons e estes se tornaram

gradualmente palavras, substituindo os gestos;”

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3-“A linguagem nasce da necessidade: a fome, a sede, a necessidade de

abrigar-se e proteger-se, de reunir-se em grupo para defender-se das intempéries,

dos animais e de outros homens mais fortes levaram à criação de palavras, formando

um vocabulário elementar e rudimentar, que, gradativamente, tornou-se mais

complexo e transformou-se numa língua;”

4-“A linguagem nasce das emoções, particularmente do grito (medo,

surpresa ou alegria), do choro (dor, medo, compaixão) e do riso (prazer, bem-estar,

felicidade

1.2-A importância da linguagem

Pela imensa diversidade de aplicação, a língua se configura em um sistema

de signos específico, histórico e social, que permite ao homem significar o mundo e

a sociedade. A linguagem, seja ela oral, escrita ou visual, constitui-se no único

sistema capaz de expressar as intenções de seu usuário e só é possível sua

constituição através da interação, vista como base fundamental para a produção de

qualquer tipo de enunciação.

Nessa perspectiva,

“... a atividade mental de tipo individualista caracteriza-se por uma

orientação social sólida e afirmada. Não é do interior, do mais profundo da

personalidade que se tira a confiança individualista em si, a consciência do próprio

valor, mas do exterior... Assim, a personalidade que se exprime, apreendida, por

assim dizer, do interior, revelassem produto total da inter-relação social. A atividade

mental do sujeito constitui, da mesma forma que a expressão exterior, um território

social.” (Bakhtin ,1992:117).

A linguagem representa um papel fundamental na interação do ser humano

com o meio e subsequente formação de vínculos. Permite ao indivíduo estruturar o

seu pensamento, traduzir o que sente expressar o que já conhece e comunicar com

os demais.

Diante disto a linguagem faz parte do nosso convívio, está inserida no nosso

meio, pronta a envolver nossos pensamentos e sentimentos, acompanhando-nos em

toda a nossa vida. A linguagem está ligada aos interesses humanos, relacionada ao

mundo, as pessoas, a política e a cultura. Seu domínio é imprescindível para a

participação efetiva no meio social em que vivemos. A prender a falar e a escrever

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não são suficientes muitas vezes para que o aluno seja capaz de interferir e atuar na

comunidade da qual é integrante, utilizando as palavras certas em determinados

discursos, argumentado de maneira clara e segura o que está sendo discutido.

Neste tipo de discurso as pessoas trocam informações, emitem e recebem opiniões,

exercendo assim, a cidadania por meio da comunicação.

A língua tem como importância representar seu conhecimento e transmitir

informações aos seus ouvintes, possibilitando aos membros da sociedade os mais

variados atos que podem despertar uma série de reações comportamentais ao que é

informado.

Como diz W. Geraldi (1984. Pag.3) trata-se

“de um jogo que se joga na sociedade, na interlocução e no interior de seu

funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo”.

Conforme a visão dialógica de Bakhtin e Chauí:

”(...) é na interação verbal, estabelecida pela língua com o sujeito falante e

com os textos anteriores e posteriores, que a palavra (signo social e ideológico) torna-

se real e ganha diferentes sentidos conforme o contexto.”. Bakhtin (1988)

Diante disto, a língua é um ato que muda constantemente, basta que seja

influenciada por outros membros, cabe apenas ao usuário estabelecer essas regras

combinatórias, que cada individuo está habituado a utilizar, para evitar qualquer

constrangimento quando for comunicar-se

1.3- Introdução à linguística

A linguística é definida, na maioria dos estudos especializados, como a

disciplina que estuda cientificamente a linguagem. Convém enfatizar que a

lingüística dentem-se somente nos estudos científicos da linguagem humana.

Porém, nota-se que todas as linguagens verbais e não verbais compartilham uma

linguagem importante, são sistemas de signos utilizados para que haja

comunicação.

O signo é assim definido por Saussure

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O signo (linguístico) une não uma coisa e um nome, mas um conceito e uma

imagem acústica. Esta última não é o som material, coisa puramente física, mas a

marca psíquica desse som, a representação que dela nos dá o testemunho dos

nossos sentidos; ela é sensorial, e se nos acontece chamar-lhe “material”, é apenas

neste sentido e por oposição ao outro termo da associação, o conceito, geralmente

mais abstracto. (Saussure, 1970:81)

Sendo dessa forma, lingüística é uma parte da ciência que estuda os signos,

as línguas naturais que são as formas de comunicação mais aperfeiçoadas e mais

utilizadas. Saussure denominou de semiologia, Pierce a chamou de Semiótica

As línguas possuem propriedades flexivas e adaptativas no qual se podem

expressar vários conteúdos como emoções, sentimentos, ordens e perguntas,

afirmações como também falar do presente, passado e futuro. A transmissão de

informações de uma geração para outra através da linguagem, a Antropologia

chama de CULTURA. A transmissão (expressão) de informações de um ser para

outro através da linguagem chama-se COMUNICAÇÃO:

“Comunicação é o modo através do qual as pessoas compartilham

experiências, idéias e sentimentos. Ao se relacionarem, como seres

interdependentes, influenciam-se mutuamente e, juntas, modificam a realidade onde

estão inseridas.” (Juan Dias Bordenave. 2003)

A lingüística deve estar preparada para falar mais de uma língua, conhecendo

seus princípios de funcionamentos, suas semelhanças e diferenças. Não se parece

com a gramática tradicional que trabalha de forma isolada, sem levar em

consideração o contexto e a vivencia, experiência e sentimento do falante e sim

procurar descrever e explicar os fatos: os padrões sonoros gramaticais e lexicais

que estão sendo usados.

A linguística focaliza primeiramente a linguagem em uso de uma comunidade

e depois a escrita. A prioridade atribuída à lingüística ao estudo da língua falada

explica-se pela necessidade de corrigir os procedimentos de analise da gramática

tradicional que se preocupava na maioria das vezes com a língua literária. Como

modelo único para qualquer forma de expressão escrita ou falada, que foi imposta

pela sociedade. Consegue-se perceber que a língua é maleável, plástica, passível

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de mudança e que vive em constante transformação e que ela é independente de

representação gráfica. É visto com muita freqüência que uma criança não

alfabetizada pronuncie quelo por quero, por exemplo, dizem que “ela troca letra”,

mas que na verdade ela troca um som por outro. Portanto, para a lingüística, é

necessário comparar diferentes estados de língua previamente caracterizados como

tais e observar as mudanças que ocorrem na expressão sonora e no uso

O surgimento da lingüística se deu no século XIX, nesse estudo tinha como

preocupação encontrar a origem da linguagem e das línguas em consideração em

atualidade a uma língua como resultado e efeito de causas do passado.

É a única ciência que explica seu objeto de estudo com seu próprio objeto de

estudo e isso é o que fascina nos estudos lingüísticos.

Ao assistirmos a um filme, a uma novela, ao lermos um livro, uma

propaganda, estamos atiçando nosso senso de cientistas da linguagem, pois

sabemos que há mais coisas que não são ditas, mas que o dito deixa pistas,

sabemos que nada do que é escrito ou dito é “ingênuo”, pois sempre há uma

intencionalidade, sempre se diz algo a alguém (mesmo que seja para nós mesmos),

sempre escolhemos como dizer o que queremos dizer e sempre queremos saber por

que foi que alguém disse o que disse e da maneira que disse. O ser humano é

curioso e busca explicações para tudo. Pensar em linguagem é complexo, pois

envolve subjetividade. Sabemos que há diferentes tipos de linguagem, a

comunicação pode ser gestual, pode ser visual, mas focamos aqui somente a verbal,

já que esta é muito intrigante. É mais do que produção articulatória. Daí o motivo de

tantas linhas de pesquisa em relação à linguagem. Pode-se até pensar que

Lingüística hoje deveria ser rotulada como “Estudos de Linguagem”, já que há um

vasto campo de teorias que discorrem sobre o mesmo tema, deixando de ser

apenas um campo investigativo restrito. Teorias discursivas, formais, pragmáticas,

enunciativas, funcionalistas, cognitivistas, enfim, muitos tentam explicar o

funcionamento do objeto misterioso língua (parte da linguagem), pois sabemos que

entender todo o processo que nela se insere é justificar o ser humano em suas

ações, pois há uma relação muito estreita entre a linguagem e o homem, como foi

afirmado anteriormente.

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Enfim, vários estudos científicos estão conectados aos estudos lingüísticos,

há uma interface entre diversas áreas, além da própria interface na Lingüística.

Podemos dizer que existe uma interface externa da Lingüística e uma interface

interna. Na primeira interface, atuam as ciências formais, as ciências sociais e as

ciências naturais. As ciências formais, afirmam que a linguagem tem relação com a

Lógica, que há uma semântica de condições de verdade. Para as ciências naturais,

cujo grande nome a linguagem é vista como parte biológica do ser humano, é algo

inato e todos a têm, por isso há uma generalização de regras gramaticais. O ser

humano possui um conjunto de regras inatas gramaticais, que podem variar alguns

contextos (a teoria dos princípios e parâmetros explica bem isso).

A Lingüística se ocupa de estudar os fenômenos da língua, porém o que

ocorre é que os problemas infinitamente diversos das línguas têm em comum o fato

de que, a um certo grau de generalidade, põem sempre em questão a linguagem. A

Lingüística deve investigar as manifestações da linguagem humana, sejam

individuais ou sociais. Para não deixar muito amplo, é preciso tornar a língua a

norma de todas outras manifestações da linguagem, já que é seu produto social, é

um depósito pertencente a todos os seres humanos. Como se sabe, a linguagem é

multifacetada (envolve físico, psicológico, fisiológico, individual e social) e

heteróclita. Língua e fala são inseparáveis, só falamos porque há língua, só existe

língua pelo exercício da fala. Ambos são objetos concretos.

1.4- As concepções de linguagem.

. A linguagem está presente em toda nossa vida, e é por meio dela que

interagimos com o mundo e nos tornamos seres sociáveis dentro do meio social no

qual estamos inseridos. Atendo-se a considerar o aspecto relativo à concepção de

linguagem, propõe, basicamente, três modos de concebê-la: como expressão do

pensamento, como instrumento de comunicação e como forma de interação.

   A primeira concepção é a linguagem como forma de expressão do

pensamento, que consiste na idéia de que a linguagem era considerada como uma

tradução do pensamento, e partia de uma gramática normativa estática, onde o

conceito do “certo e errado” era imprescindível para a distinção do ser falante. No

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ensino da língua era valorizado as formas gramaticais pré-estabelecidas, ou seja,

um ensino prescritivo sem espaços para as variações linguísticas, ressaltando a

importância das regras a serem seguidas.    

A segunda concepção é a linguagem como instrumento de comunicação, pelo

qual a língua é vista como um código que transmite uma mensagem, tomando forma

fora de nossos pensamentos. No ensino, os alunos tornaram-se mais ativos no

aprendizado, buscando conhecimentos para melhor desenvolverem suas

capacidades comunicativas. Já as escolas passaram a ser menos autoritárias, e os

professores a facilitar o conhecimento e a compreensão do aluno, e não ficar apenas

impondo e vetando as idéias dos mesmos. Fazendo com que houvesse um melhor

crescimento e aproveitamento do indivíduo enquanto ser social e sujeito à

comunicação.

    E por final temos a terceira concepção, que tem a linguagem como forma de

interação, acerca de um ensino mais eficaz e que capaz de desenvolver melhores

caminhos para a interação humana, sendo assim, na escola todos tornam-se

sujeitos passíveis de interação. O aluno passa a ter um aprendizado mais ativo,

conseguindo perceber a língua e seu uso de forma mais clara e presente em seu

cotidiano, sabendo discernir as diversas utilizações da língua, não apenas

aprendendo através de repetições e métodos tradicionalistas.

    Passa-se a exercer uma reflexão sobre a língua, pela qual o indivíduo adquire

uma independência intelectual, e passa a ter várias compreensões daquilo que lhe é

apresentado, atribuindo valores e significados de acordo com sua própria visão de

mundo.

Reforçado pela analise de KOCH e TRAVAGLIA:

“(...) A terceira concepção, finalmente é aquela que

encara a linguagem como atividade, como forma de ação, ação

inter-individual finalisticamente orientada; como lugar de interação

que impossibilita aos membros de uma sociedade a prática dos

mais diversos tipos de atos, que vão exigir dos semelhantes

reações e/ou comportamentos, levando ao estabelecimento de

vínculos e compromissos anteriormente inexistentes.” KOCH E

TRAVAGLIA (2004.)

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Desta forma Geraldi considera que existem três concepções de linguagem

que são fundamentais:

“(a) Linguagem é a expressão do pensamento: esta concepção ilumina,

basicamente, os estudos tradicionais. Se concebemos a linguagem como tal, somos

levados a afirmações – correntes – de que pessoas que não conseguem se expressar

não pensam;

b) A linguagem é instrumento de comunicação: esta concepção está

ligada à teoria da comunicação e vê a língua como código (conjunto de signos que se

combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptador uma certa mensagem.

Em livros didáticos, esta é a concepção confessada nas instruções ao professor, nas

introduções, nos títulos, embora em geral seja abandonada nos exercícios

gramaticais;

c) A linguagem é uma forma de inter-ação: mais do que possibilitar uma

transmissão de informações de um emissor a um receptor , a linguagem é vista como

um lugar de interação humana: através dela o sujeito que fala pratica ações que não

conseguiria praticar a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte,

constituindo compromissos e vínculo que não pré-existiam antes da fala.’’

(João Wanderley Geraldi. O Texto na Sala de Aula – Leitura e Produção – 3°

ed. Cascavel, ASSOESTE, c1984. Pag. 3)

Contudo, o foco principal dessa pesquisa será a linguagem como forma de

interação por considerar a mesma, como observa Geraldi:

“(...) postura educacional diferenciada, uma vez que situa a linguagem como

lugar de constituição de relações sociais, onde os falantes se tornam

sujeitos.”

(João Wanderley Geraldi. 1984. Pag. 3)

E neste sentido, contribuir para que se possa criar outra realidade em sala de

aula, que possa somar para a constituição de sujeitos históricos e capazes de ler

não apenas as palavras, mas o mundo criticamente.

Em termos de estudos linguísticos, para Travaglia (1996), a concepção de

linguagem em pauta recebeu contribuições de várias áreas de estudos mais

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recentes, que buscaram analisar a linguagem em situação de uso. Conceber a

linguagem como forma de interação, significa entendê-la como um trabalho coletivo,

portanto em sua natureza sócio-histórica e, então, como uma ação orientada para

uma finalidade específica que se realiza nas práticas sociais existentes, nos

diferentes grupos sociais.

Para Bakhtin, a consciência, então, é engendrada pelas relações que os

homens estabelecem entre si no meio social através da mediação da linguagem

(Blanck, 1996). A interação, portanto, com o outro no meio social tem um papel

fundamental, pois

...sem ele (o outro) o homem não mergulha no mundo sígnico, não penetra na corrente da linguagem, não se desenvolve, não realiza aprendizagens, não ascende às funções psíquicas superiores, não forma a sua consciência, enfim, não se constitui como sujeito (Freitas, 1997, p. 320).

Para o autor (1992), os modos de dizer de cada indivíduo (a mobilização de

recursos lingüístico-expressivos pelo locutor) são realizados a partir das

possibilidades oferecidas pela língua e só podem se concretizar por meio dos

gêneros discursivos. Desse modo, podemos considerar que na concepção interativa

de linguagem, o discurso, quando produzido, manifesta-se por meio de textos e todo

o texto se organiza dentro de determinado gênero discursivo.

1.5- Interações da linguagem no contexto escolar

A linguagem no contexto escolar não pode ser compreendida senão a partir

do fenômeno da interação verbal, que constitui, fundamentalmente, a realidade da

língua atualmente . Considera-se que, toda e qualquer enunciação se dá orientada

pelo contexto social no qual se estabelece, assim como pelos interlocutores a que se

destina o discurso.

“A situação social mais imediata e o meio social mais amplo determinam

completamente e, por assim dizer, a partir do seu próprio interior, a estrutura da

enunciação.” (Bakhtin, 1992, p. 113)

Para o autor a dialogia acontece justamente por ser da natureza da palavra

querer ser ouvida, buscar uma compreensão “responsiva”, pois, todo texto produzido

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visa atingir de alguma forma seu interlocutor de maneira que esse retorne a

comunicação a partir da recepção e compreensão do mesmo, aceitando-o,

recusando-o, aplicando-o, completando-o, ou respondendo a ele de alguma maneira

(posição responsiva do ouvinte); porque, assim como para o homem e,

conseqüentemente, para a palavra, nada é mais desorientador do que a falta de

resposta do outro. Se considerarmos esse caráter dialógico, essa necessidade de

resposta, todo texto busca de certa maneira exercer uma influência didática sobre o

seu leitor, convencê-lo, despertar uma apreciação crítica em relação ao seu

conteúdo.

Também Garcez (1998), a partir de sua leitura de Bakhtin e Vygotsky,

considera a linguagem como ação, como um produto que se modifica no tempo e

que sofre influências profundas de acordo com o contexto social. A noção de

competência e adequação se desenvolve juntas e dependem da experiência social,

necessidades e motivações que alimentam a aquisição da língua e promovem uma

adequação dela a diferentes situações, o que reafirma a relevância da interação

para a linguagem e para a sobrevivência do homem em sociedade.

A linguagem não pode ser vista como algo lógico e imanente, ela precisa ser

considerada como um conjunto de variedades que são utilizadas de acordo com a

experiência que o falante tem a respeito da língua e de acordo com seus propósitos

e necessidades, de onde também surge a noção de competência, “(...) a habilidade

de um falante para construir novas sentenças apropriadas a situação (...)” (Garcez

1998, p. 47).

A escrita, como a linguagem oral, possui características extremamente

interativas, consolidadas a partir da organização particular do indivíduo e do tipo de

atividade na qual se integra, caracterizando-se como uma construção social na qual

o outro, o interlocutor, assim como o objetivo a ser alcançado e o contexto de

produção,vão ditar o caminho a ser seguido. Nesse sentido, Vygotsky (1988) nos

auxilia na compreensão do caminho percorrido do social para o individual, o autor

postula ser o discurso interior (a internalização da linguagem) formado a partir dos

conceitos e regras estabelecidas pelas relações sociais. Assim, a transformação e a

ampliação do conhecimento do indivíduo se dão através do levantamento de

inúmeros contatos com o outro (interação), o que ocasiona o processo intrapessoal

de organização da linguagem.

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Por ser a interação o processo que permeia o desenvolvimento da linguagem

e, consequentemente, da escrita, e por ser no outro que o indivíduo busca matéria

para a formação do eu, é também o outro que eu procuro convencer e dissuadir a

respeito de minhas idéias quando eu produzo um texto. Portanto, torna-se essencial

considerarmos a relevância do destinatário, do interlocutor, no momento da

produção textual. Nesse sentido Bakhtin (1997:320) afirma que:

“O papel dos outros, para os quais o enunciado se elabora, como já vimos,

é muito importante. Os outros, para os quais meu pensamento se torna, pela primeira

vez, um pensamento real (e, com isso, real para mim), não são ouvintes passivo, mas

participantes ativos da comunicação verbal. Logo de início, o locutor espera deles

uma resposta, uma compreensão responsiva ativa. Todo enunciado se elabora como

para ir ao encontro dessa resposta”

Para Garcez (1998), o que ocorre é a busca da realização do pensamento

individual no outro, e este não é, então, um ouvinte passivo, mas participante ativo

no processo de comunicação, seja ela escrita ou oralizada.

Nesse sentido, assim como solicita os Parâmetros Curriculares Nacionais –

PCNS (Brasil, 1998), é indispensável proporcionar uma rica interação em sala de

aula, a fim de que o aluno possa internalizar aquilo que é socialmente estabelecido,

desenvolvendo sua própria opinião e consciência a respeito do mundo, tornando-se

assim um usuário competente da língua capaz de realizar efetivamente o exercício

da cidadania, produzindo textos os quais reflitam e dialoguem com a nossa

realidade. É, por conseguinte, fundamental que o professor, como mediador da

aprendizagem, proporcione a seus alunos esta interação seja ela por meio de

discussões, debates, contatos com textos extra-escolares e as mais diversas

situações de ação mútua, dando a oportunidade ao aluno de adquirir cada vez mais

capacidade de pensar sobre o mundo, por meio da conexão com diferentes

discursos e vozes alheias a fim de construir sua identidade não pela reprodução

destas, mas pela construção de seu próprio discurso individual que só se aprimora a

partir de uma rica interação.

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Capitulo-II Análise dos dados:

2.1Lócus da pesquisa:

O Estágio de Regência dos alunos do Curso de Língua Portuguesa foi

sistematizado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú em cumprimento da Lei

9394/96 e demais normas exigidas ao ensino superior. A carga horária fundamental

para realização do referido estágio é 35 horas em sala de aula e 40 horas em

aplicação do projeto totalizando 75 horas em uma ou mais escolas do ensino

fundamental e médio, possibilitando ao acadêmico o diagnóstico da realidade

escolar, dentro de sala de aula e também do funcionamento administrativo da

escola, com a finalidade de ampliar o conhecimento do acadêmico por meio da

observação das ações pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa.

As pesquisas foram realizadas nas seguintes: Escola Estadual de Ensino

Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva. Realizadas pelas acadêmicas Antonia Cristina Santos, Joyce

Nascimento e Leide Ana Louzeiro. Apresentadas nessa mesma sequência, nesse

lócus da pesquisa

A escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva

da rede de Ensino Público Estadual localizado na Avenida Almirante Barroso –

Sousa – Belém - Telefone (091) 3243 – 3775 tendo como Diretora Lúcia de Nazaré

Tróccoli, sendo fundada em 03 de janeiro de 1971. Observada por Antonia Cristina

Santos

De porte médio com as modalidades de Ensino Fundamental, Médio,

funcionando nos turnos da manhã, tarde e noite, com 13 salas, sendo que todas as

13 salas funcionam (13 turmas de manhã, 13 turmas de tarde e 13 turmas de noite).

Suas dependências administrativas de apoio pedagógico contêm: sala de direção,

secretaria, arquivo, sala de professores, biblioteca, auditório, laboratório de

informática, refeitório, área de recreio, área livre. Possui nos seus recursos

humanos: quadro administrativo/gestor: completo, quadro de professores completo,

quadro técnico incompleto, quadro administrativo incompleto

O quadro de recursos acima não supre a necessidade da escola, pois

não, há um suporte na hora de trabalhar, pois a falta de funcionários no quadro

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técnico e administrativo acaba atrapalhando os outros funcionários No seu quadro

de recursos materiais, as cadeiras são insuficientes, o estado regular, o mobiliário

das dependências é insuficiente, o estado regular, os equipamentos disponíveis:

computadores, DVDs ou Vídeo Cassete, televisão, retroprojetor, Projetor de Slide,

Data show, Máquina de Xerox.

Os acervos bibliográficos são insuficientes. Os recursos didáticos são

suficientes. A merenda escolar é suficiente. Possui recursos financeiros como: PDE

e FUNDO ROTATIVO e o projeto portas abertas O levantamento/observação dos

aspectos pedagógicos da escola possui um projeto em andamento, pois a mesma

possui projetos pedagógicos, entretanto o mesmo está sendo reorganizado.

O planejamento das atividades escolares se dá mensalmente, com

todo o corpo técnico e professores, através de um planejamento de uma hora

pedagógica, onde existe um trabalho integrado na escola e são feitas reuniões com

todo o segmento.

Os professores contam com o apoio técnico para acompanhamento

das ações docentes, pois o apoio técnico pedagógico é aplicado através da

formação. A escola desenvolve projetos e/ou atividades interdisciplinares

envolvendo os conhecimentos de todas as disciplinas do currículo escolar, pois a

escola está trabalhando com um projeto “faço parte do meio ambiente e você” com

um trabalho interdisciplinar e um projeto direcionado aos alunos do EJA sobre

afetividade São trabalhados temas transversais nas atividades curriculares pela

escola através da hora pedagógica e há um acompanhamento dos projetos que

estão abordando os temas transversais.

A escola tem oportunizado o aperfeiçoamento profissional dos

professores, pois a SEDUC e o MEC em parceria com a escola tem ofertado

formação de professores, através da Plataforma Freire. As metodologias adotadas

pelos professores favorecem a aprendizagem dos alunos, sistematicamente os

professores utilizam de recursos metodológicos e específicos para aprendizagem

dos alunos.

A avaliação do desempenho escolar dos alunos se dá através de forma

contínua, porém, através de observações do aluno em sala. a cada período

bimestral há uma avaliação complementar às notas dos mesmos.Os conteúdos

trabalhados na escola são relacionados com o contexto de vida dos alunos, dando

prioridade aos conteúdos relacionados com o cotidiano de cada aluno, usando a

Page 16: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

17

melhor forma metodológica Onde são estimulados a expressar suas idéias e discutir

os conteúdos, pois os mesmos tem a liberdade de expressão com opiniões e suas

idéias com relação aos conteúdos e trabalhos metodológicos

Parecer final do aluno estagiário com base no diagnóstico e na observação

realizada na escola é que a escola apresenta um excelente espaço físico é

composta de 13 salas aparentemente em condições normais para realização de

trabalhos pedagógicos no desenvolvimento das atividades docentes. A escola tem

em sua estrutura física, sala de professores com televisão e DVD e ar condicionado,

armários individuais com os nomes dos professores e também um computador para

a pesquisa e elaboração das aulas

Existe também a biblioteca com vasto acervo didático com três computadores

ligados a internet voltada para a construção e o conhecimento do aluno. Há também

cadeiras e mesas que permitem a reunião e formação de grupos de estudo

acompanhada por um bibliotecário..

Quanto aos recursos humanos, materiais e infraestrutura suficientes

para atender à comunidade escolar observa-se que a escola possui em quadro

docente bem definido com praticamente cem por cento dos professores com

concursados, assim também no quadro administrativo bem integrado com a

responsabilidade pedagógica, apesar de estar incompleta ou em formação.

No entanto o viver diário da escola se processa frequentemente fazendo com

que haja uma estrutura excelente para atender a comunidade e os seus discentes

Os problemas e dificuldades apresentadas em relação ao processo

ensino-aprendizagem (planejamento das aulas, metodologias e recursos didáticos

utilizados pelos professores, práticas avaliativas). Podemos observar neste

questionamento uma melhor atenção dos professores para os planejamentos das

aulas, pois em tempos atuais a evolução da informática veio muito a contribuir com

os docentes que utilizam recursos didáticos aliados a avaliação contínua que fixam o

raciocínio e a imaginação do aluno como: transparência em retroprojetores, sistemas

de televideos, projetores de multimídia entre outros. Assim acredita-se em um

melhor interesse dos alunos criando-se uma melhor expectativa em aprendizagem e

notas nas atividades avaliativas. Quantos aos problemas de dificuldades que podem

eventualmente surgirem relação ao processo de ensino aprendizagem esta

necessidade acompanhada pelos professores e técnicos que se reúnem e discutem

Page 17: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

18

uma vez por mês as estratégias para melhorar ou atenuar sempre através de

processos e projetos pedagógicos.

A sugestão que eu apontaria para solucionar ou amenizar os

problemas evidenciados na escola é que tem de haver maior fiscalização do órgão

superior SEDUC para que os recursos solicitados pela escola como aparelhos de

Data show, retroprojetor etc. Fossem utilizados com mais freqüência para que

mudassem as aulas e através dos mesmos os alunos passassem a sentir mais

interesse e ser atraído pelos conteúdos ministrados e assim terem uma maior

permanência em sala de aula. Os professores deveriam ser mais dinâmicos, ativos,

mais comprometidos com a educação, pois nota-se que são poucos que trabalham

com prazer e dão atenção aos alunos quando estão dentro e fora da sala de aula

Este relatório fez referência ao estágio realizado na Escola

Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, considerando os

pontos positivos, as dificuldades, as características físicas, administrativas e

pedagógicas encontradas no ambiente escolar, assim como os recursos materiais e

financeiros disponíveis.

Este relatório faz referencia ao estagio desenvolvido na Escola Estadual de

Ensino Fundamental e Médio Jarbas Passarinho, localizado na Avenida 25 de

Setembro nº 2309 no bairro do Marco, administrado pela Diretora Walmira Maria

Leite Carvalho. Escola de porte grande funciona em seu estabelecimento

modalidades de ensino fundamental, médio e Ed. de jovens e adultos nos horários

da manha, tarde e noite. Apresentada por Joyce do Nascimento Quaresma

Na escola existe dependências administrativas e apoio pedagógico que

funcionam: sala de direção, secretaria, sala da vice-direção, arquivo, sala de

professores, biblioteca, biblioteca, laboratório de informática, refeitório, área livre,

quadra de esportes e o quadro de funcionários, professores e gestores estão

completos. Recursos matérias completos e suficientes, equipamentos disponíveis

como computadores, televisão, projetor de slides, maquina de Xerox e DVD em bom

estado. Acervo bibliográfico insuficiente. Recursos didáticos suficientes. Merenda

escolar suficiente.

Page 18: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

19

Sobre o levantamento, observações dos aspectos pedagógicos, a

escola possui um projeto pedagógico de textos sobre a característica paraense, o

núcleo de profissionais se reúne anualmente para realizar o projeto, porém, esse

planejamento é controlado mensalmente. Observei dentro da área de letras que

esses projetos são desenvolvidos de forma integral pelos docentes na questão de

contextualização de textos e temas, e isso valoriza, pois a contextualização se torna

fundamental na leitura. Em parte, o apoio técnico ainda é pouco para assistência de

toda a escola, mencionada no início como de porte grande, mas estabelece e divide

todo o trabalho. Esses trabalhos são desenvolvidos principalmente nas datas

comemorativa e feiras, são interdisciplinares, possíveis de observar na arte, musica,

dança e ciência

A respeito da oportunidade e aperfeiçoamento profissional dos

professores, respondo que a escola orienta a participarem de cursos, mostras e

congressos educacionais, com isso as metodologias adotadas por esses

professores favorecem o aprendizado dos alunos, também existem aqueles

professores antigos, poucos motivados a mudanças, mesmo esses sabendo da nova

realidade, acreditam que seus métodos de ensino ainda influenciam.

Os conteúdos trabalhados na escola ainda estão poucos relacionados

com o contexto de vida dos alunos, acontece porque em plano isso funciona, mas na

prática são diferentes, os professores se dispersam na suas aulas, os alunos quase

nunca são estimulados a expressar suas idéias e discutir os problemas, conteúdos,

e a solucionar. Os professores querem cumprir horários e tarefas, sabem que o

aluno tem que participar, mas a rotina tira o foco desse ensino.

Finalizando meu relatório, com base no diagnostico e observação realizada

na sala de aula, ficará divido o parecer em quatro partes: estrutura da escola,

recursos humanos e materiais, problemas e dificuldades do ensino e aprendizagem

e sugestões.

Primeira, sobre a estrutura da escola, essa tem um pouco de abandono por

parte do desgaste do tempo e descaso das autoridades. A escola é um local de

necessidade e deveria ter condição completa para o aprendizado. A biblioteca

existe, mas não é atrativa para os alunos. A pintura, a higiene, a limpeza, e o

cuidado a tornariam receptiva e agradável, a preocupação é lenta em recuperar o

ambiente da escola e também seus objetos.

Page 19: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

20

Segundo, sobre os recursos humanos e materiais, esses não são suficientes

para atender a comunidade escolar, têm dias que faltam professores, o recurso

material é precário. Usa-se o que tem e quando tem. Os recursos humanos não são

suficientes, como a escola é grande é difícil o controle técnico, existe um limite por

causa do numero de alunos

Terceiro, os problemas e dificuldades encontrados, esses são notados

gradualmente, desde a família do aluno até o diretor da escola, por exemplo. O

índice de falta e repetência prejudica ensino dos alunos, de certa forma, a família faz

parte nesse momento, não incentiva, não participa. A interação entre aluno e

professor é algo que acontece do interesse, entendimento e bom relacionamento de

ambos. Professores devem estar preparados e atualizados para o ensino, devem ser

orientados para o desenvolvimento e interação do educando. A escola junto com o

corpo técnico deve ter perfil administrativo, ou seja, planejar organizar, dirigir e

controlar o ambiente escolar. Não deixar faltar materiais, informações e supervisão e

deve ser proativa para os problemas.

Ultimo parecer, minhas sugestões para solucionar ou amenizar os problemas,

sugiro que se comece dos órgãos superiores. A fiscalização do Estado em relação

às escolas, a preparação dos professores, mais concursos, capacitação,

especialização de profissionais, salários atraentes, estratégias de desenvolvimento

em geral. Fornecer materiais atualizados e específicos. No ambiente escolar,

acompanhamento diário da participação do aluno e seu desenvolvimento, incentivar

a leitura, a escrita e em geral o estudo.

A escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Regina Coeli Sousa Silva

da rede de Ensino Público Estadual localizado na Rua Solimões – quadra 119 no

Conjunto Paar – Coqueiro – Ananindeua- Pará – CEP 67040 – 061 Telefone (091)

3273 – 5281 tendo como Diretora Maria Luzia Ferreira Formigosa. Sendo fundada

em 15 de Agosto de 1991. Apresentada por Leide Ana Louzeiro.

De porte grande com as modalidades de Ensino Fundamental, Médio e

Educação de Jovens e Adultos, funcionando nos turnos da manhã, tarde e noite,

com 16 salas, sendo que todas as 16 salas funcionam (16 turmas de manhã, 16

turmas de tarde e 16 turmas de noite). Suas dependências administrativas de apoio

Page 20: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

21

pedagógico contêm: sala de direção, secretaria, sala de vice- direção, arquivo, sala

de professores, biblioteca, auditório, sala de leitura, laboratório de informática,

refeitório, área de recreio, área livre e o programa de portas abertas. Possui nos

seus recursos humanos: quadro administrativo/gestor: completo, quadro de

professores completo, quadro técnico completo, quadro administrativo completo.

O quadro de recursos acima supre a necessidade da escola, pois, há

todo um suporte na hora de trabalhar. No seu quadro de recursos materiais, as

cadeiras são suficientes, o estado excelente, o mobiliário das dependências é

suficiente, o estado excelente, os equipamentos disponíveis: computadores, DVDs

ou Vídeo Cassete, televisão, retroprojetor, Projetor de Slide, Datashow, Máquina de

Xerox e Filmadora.

Os acervos bibliográficos são atualizados. Os recursos didáticos são

bem utilizados. A merenda escolar é de boa qualidade. Possui recursos financeiros

como: FNDE e FUNDO ROTATIVO. O levantamento/observação dos aspectos

pedagógicos da escola possui um projeto em andamento, pois a mesma possui

metodologias pedagógicas, o que faz uma grande diferença no aprendizado do

aluno.

O planejamento das atividades escolares se dá semestralmente, com

todo o corpo técnico, onde é realizado o trabalho pedagógico e interdisciplinar do

conteúdo programático, onde existe um trabalho integrado dos docentes que

trabalham a aceleração da aprendizagem daqueles alunos que estão fora da faixa

etária.

Os professores contam com o apoio técnico para acompanhamento

das ações docentes, pois tanto o corpo técnico, quanto os pais trabalham de forma

simultânea para que haja um aprendizado positivo do aluno. A escola desenvolve

projetos e/ou atividades interdisciplinares envolvendo os conhecimentos de todas as

disciplinas do currículo escolar, pois há música, leitura, arte em grafite e etc. São

trabalhados temas transversais nas atividades curriculares pela escola através de

palestras, feiras culturais, debates, teatro, fazendo com que esses alunos

demonstrem o que aprenderam na prática.

A escola tem oportunizado o aperfeiçoamento profissional dos

professores através de palestras, cursos ministrados dentro ou fora da escola. As

metodologias adotadas pelos professores favorecem a aprendizagem dos alunos,

Page 21: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

22

pois os professores utilizam metodologias e dinâmicas que atraem o interesse do

aluno pela leitura, fazendo com que o mesmo seja um bom leitor e um bom escritor.

A avaliação do desempenho escolar dos alunos se dá através de forma

contínua, avaliação individual, seminários, mesa redonda, debates, teatros,no qual

interagem, tendo um melhor aproveitamento. Os conteúdos trabalhados na escola

são relacionados com o contexto de vida dos alunos, de forma conjunta com os

professores de diversas disciplinas, na qual são feitas palestras e aulas dialogadas e

levam em consideração a vivência dos alunos. Onde são estimulados a expressar

suas ideias e discutir os conteúdos, pois há uma interação entre professor e alunos

para que os mesmos possam opinar quanto ao conteúdo programático ministrado na

escola.

Parecer final do aluno estagiário com base no diagnóstico e na

observação realizada na escola é que, em se tratando de estrutura física, a escola

está muito bem, pois há espaço para os alunos poderem lanchar conversar, os

banheiros encontram-se em bom estado. O ambiente pedagógico também é muito

bom. A biblioteca, a sala de leitura e o laboratório são bem utilizados pelos alunos.

Portanto, a escola está entre uma das melhores escolas públicas do estado do Pará.

Quanto aos recursos humanos, materiais e infraestrutura suficientes

para atender à comunidade escolar, estão em perfeitas condições, tanto do corpo

técnico e alunos quanto os pais e a comunidade que tem acesso direto à escola,

facilitando assim a vida educacional de todos. O trabalho técnico pedagógico no

apoio às ações docentes como integração/cooperação para a resolução de

problemas de sala de aula, possui um apoio do corpo técnico para os professores

para que os mesmos possam resolver os problemas que surgem no decorrer do ano

letivo.

Os problemas e dificuldades apresentadas em relação ao processo

ensino-aprendizagem (planejamento das aulas, metodologias e recursos didáticos

utilizados pelos professores, práticas avaliativas). Como em qualquer profissão há

os bons e os maus profissionais. Na educação não poderia ser diferente,

infelizmente encontram-se professores descomprometidos com a educação que vão

para a escola somente com o intuito de receber o salário no final do mês e não dão

uma aula com todos os recursos que a escola oferece. Em geral a escola tem todas

as ferramentas necessárias, é só o professor fazer a diferença e tentar mudar um

estigma estabelecido pela escola pública.

Page 22: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

23

A sugestão que eu apontaria para solucionar ou amenizar os

problemas evidenciados na escola é que tem de haver um trabalho simultâneo.

Aliás, existe esse trabalho, mas poderia ser melhorado, pois alguns professores

ainda não se conscientizaram de que são eles que farão uma grande diferença na

vida social de seus alunos. Na verdade não tenho muito a opinar, pois a escola está

entre as melhores que já estagiei, com todas as ferramentas necessárias para

ministrar uma ótima aula, só falta um pouco de interesse por uma minoria dos

professores. Portanto essa seria a minha opinião para que possamos melhorar a

educação do nosso país.

Ao longo da diagnose a diretora informou que o Projeto Político

Pedagógico da escola é viabilizado no decorrer do ano com fundamentos nas

propostas do PPE (Projeto Pedagógico Educacional). A escola mantém o projeto

portas abertas na qual oferece para a comunidade uma maneira de complementar a

renda familiar com pequenos trabalhos feitos na escola como: bijuteria, manicure,

pedicure, artesanatos e etc. Quanto às turmas foi feito regência nas séries de ensino

fundamental do 6º ao 9º ano, conforme horários de aula da acadêmica Leide Ana

Ferreira Louzeiro

2.2- Procedimentos metodológicos.

Para a realização da pesquisa, nosso contato com o lócus da pesquisa

aconteceu através de oficio expedido pelo Idepa-UVA, para nos identificarmos que

somos alunos desta universidade.

Foi utilizada como instrumento de pesquisa, questionário com perguntas

objetivas e subjetivas destinada aos alunos de sexta série e professores cuja

pesquisa se dá através da problemática sobre as concepções de linguagem usadas

atualmente no âmbito escolar.

Foram entrevistados os corpos docentes e discentes para verificarmos a

situação presente professor-aluno em sala de aula, previamente compactados e

informados sobre o objetivo do nosso trabalho. Houve boa aceitação e

disponibilidade por parte dos entrevistados em contribuir com o nosso trabalho. A

entrevista foi alternada e variada, devido a diferenças das escolas e de horários,

Page 23: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

24

onde nos pesquisadores estivemos presentes durante todas as atividades,

entretanto, em momento algum interferimos em suas respostas e até mesmo para

garantir autenticidade da referida pesquisa.

Tabulação e análise dos dados coletados

2.3- Tipos de Pesquisa

A pesquisa realizada abaixo é apresentada através da pesquisa qualitativa e

quantitativa, da qual a qualitativa tem como conceito o objetivo principal interpretar o

fenômeno que se observa. A pesquisa quantitativa como método de pesquisa social

que utiliza técnicas estatísticas. Normalmente implica a construção de inquéritos por

questionário. Normalmente contactadas muitas pessoas.

2.4- Sujeitos da pesquisa

2.4.1-Categoria docente

Foram ouvidos para este levantamento de dados, das três escolas, No

total 5 professores. Onde obtivemos as seguintes respostas das perguntas

aplicadas:

- Qual o grau de dificuldade encontrada por parte dos alunos na hora

de interagir?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli Souza

Silva.

Nessa questão, os professores entrevistados afirmam que os alunos

encontram-se no grau de dificuldade na maioria média e baixa, ou seja, os alunos

dentro de sala de aula estão tendo envolvimento parcial: seja no relacionamento

social ou nas atividades escolares.

Page 24: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

25

O que se observa, é que o corpo docente entrevistado consegue

identificar a dificuldade da classe, além de ter pontos de vistas diferentes em relação

à interação. Essa postura nos mostra que o professor não encontra barreira nas

comunicações com os alunos. Más na compreensão e atenção dos alunos no que é

aplicado.

Essa falta de interação na sala de aula prejudica a linguagem nas

concepções da linguagem que tem por finalidade e objetivos, basicamente, três

modos de concebê-la: como expressão do pensamento, como instrumento de

comunicação e como forma de interação. Travaglia (1996), estudioso que,

preocupado com um ensino gramatical significativo, assinala a importância de o

professor conceber a natureza fundamental da linguagem, propondo as mesmas três

possibilidades antes observadas.

Você como professor utiliza a ação e interação na sala de aula?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli Souza

Silva.

Observou-se que os professores respondem de forma positiva, nenhuma

dificuldade em utilizar a ação e interação com os alunos, sendo que esses

professores entendem pouco a teoria sobre o significado e o sentido do assunto na

hora de responder.

Page 25: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

26

O que os alunos acham das aulas quando estão interagindo?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli Souza

Silva.

Foi unanime a resposta dos docentes, responderam que é boa a participação dos

alunos no âmbito escolar. Isso significa que a terceira concepção é o melhor

caminho para a administração e direcionamento dos objetivos em sala de aula.

Você acompanha o processo de leitura e da escrita na sala de aula?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

A maioria dos entrevistados afirmou que sim, fazem o acompanhamento no

processo da leitura e da escrita em sala de aula.

A sua metodologia adotada favorece a aprendizagem dos seus alunos?

Page 26: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

27

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

Foi observado que os professores se dividem nas respostas, pois na maioria

das vezes as suas aulas favorecem o desempenho dos alunos e conseguem esse

retorno.

2.4.2 - Pesquisa Subjetiva de Professores

PERGUNTAS RESPOSTAS

1ºDe que maneira o professor incentiva

a ação e interação dentro da sala de

aula? Comente alguns métodos.

Foi observado que os professores

incentivam a ação e interação através de

leitura, pesquisa extraclasse, seminário

e palestras.

2ºO que os alunos acham das aulas de

língua portuguesa como método da

terceira concepção?

Nenhum tem conhecimento sobre a

terceira concepção da linguagem.

3ºOs assuntos estudados na sala de

aula são contextualizados com a

vivência dos alunos?

Todos os professores levam em

consideração a vivencia do aluno. O que

resulta um maior entendimento do

assunto estudado na sala de aula.

4ºProfessor, você possui um projeto

para estimular o aluno no seu

desenvolvimento intelectual e social?

Metade dos entrevistados disse que

trabalham com projetos voltados para

estimular o desenvolvimento intelectual e

social do aluno, outra metade disse não

conhecer e nem trabalhar. O que nos

leva a entender de que os professores

não estão preocupados em formar

Page 27: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

28

cidadãos críticos

2.4.3- Categoria discente:

Nas observações diretas e através de questionários nas escolas A, B, C

aplicados com os alunos do ensino fundamental Foram ouvidos para levantamento

de dados alunos de três escolas que chamaremos de escola A, B, C.

A escola A: EEEFM “Presidente Costa e Silva”.

A escola B: EEEFM “Jarbas Passarinho”.

A escola C: EEEFM “Regina Coeli Souza Silva”.

Foram ouvidos 88 alunos das referidas escolas para o qual elaboramos as

seguintes perguntas:

-Seus professores contam com suporte Didático além do livro?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli Souza

Silva.

Nesta questão a maioria dos alunos respondeu que às vezes o professor tem

algum ou outro suporte didático além do livro. Consideramos através dessa pesquisa

que as opiniões foram favoráveis para determinarmos que o professor estão

utilizando métodos ultrapassados, ou seja, na maioria das situações em classe não

desenvolve uma metodologia nova .

-Há um trabalho de conscientização sobre o ensino da leitura e da escrita?

Page 28: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

29

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

Percebe-se que os alunos tiveram respostas favoráveis, ou seja,

responderam que sim, e isso na pesquisa é interessante porque nos mostra que o

professor está fazendo uma boa indicação dentro da sala de aula, está se

preocupando em trabalhar todas as funções da língua.

-Qual dessas atividades, entre leitura, escrita e oralidade você tem mais

dificuldade?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

Como se pode observar a oralidade e escrita aparecem em grau equivalente

ou aproximados, pois com base nesta igualdade entende-se que os alunos não

tiveram uma base escolar, ou seja, o inicio na educação infantil teve certa escassez

educacional seja na escola ou familiar, essa ultima, julgamos de suma importância

porque declara a essência do aluno no seu contexto de formação pessoal.

Page 29: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

30

-Qual o grau de influência do professor na sua vida?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

Os alunos afirmam que em sala de aula os educadores influenciam em parte nas

suas vidas, isso porque infelizmente muitos professores não têm uma relação

interpessoal.

-Qual sua opinião com relação aos professores com métodos mais

tradicionais de ensino e aprendizagem (Autoritarismo) consegue ter êxito nos seus

ensinos?

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva, Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva.

Nesta questão a maiorias dos alunos responderam que depende muito de

cada aluno, alguns podem ter resultados satisfatórios outros não, pois cada um tem

uma maneira de aprender. Muitos aprendem com métodos tradicionais outros

com métodos renovadores.

Page 30: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

31

2.4.4 - Pesquisa Subjetiva de Alunos

PERGUNTAS RESPOSTAS

1ºVocê e estimulado a expressar suas

ideias e discutir os conteúdos?

A questão analisada confirma que a

maioria dos alunos compreende que os

professores estimulam a participação

deles em sala de aula.

2ºO seu professor desenvolve

métodos variados para que você

consiga interagir na sala de aula?

Ao formular as respostas, os alunos

definiram que o professor consegue

desenvolver métodos interacionais e

participativos entre os grupos.

3ºVocês gostam de participar de

trabalho em grupo ou individual? Por

quê?

A maioria dos alunos respondeu gostar

de trabalha em equipe, com os seus

colegas. Nessa resposta, observamos

um melhor aprendizado e satisfação ao

desenvolver suas atividades em grupo e

não individual.

4ºEm sala de aula existe a interação

entre você e seu professor? Explique

essa atuação.

Observamos nessa questão que os

alunos se dividiram nas respostas, pois

metade respondeu interagir com o

professor e outra não. Isso se deve a

característica tanto do aluno quanto do

professor.

Page 31: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

32

2. Análise dos Dados investigados:

Os dados analisados foram realizados através da pesquisa de campo, em

uma abordagem qualitativa e quantitativa nas Escolas Estaduais de Ensino

Fundamental e Médio Presidente Costa e Silva; Jarbas Passarinho e Regina Coeli

Souza Silva, tendo como objetivo compreender conflito que existe na atuação dos

professores na hora de interagir com os alunos, onde ao questionarmos professores

e alunos pudemos ter uma noção no processo das dificuldades, através das

respostas dadas.

Page 32: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

33

Capitulo-III- Proposta de intervenção para a sala de aula

A psicologia sócio-histórica, que tem como base a teoria de Vygotsky,

concebe o desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa

estabelece no decorrer da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-

aprendizagem através de estudos com a linguagem, também se constitui dentro de

interações que vão se dando nos diversos contextos sociais. A sala de aula deve ser

considerada um lugar privilegiado de sistematização do conhecimento e o professor

um articulador na construção do saber. Tendo como base esses pressupostos

teóricos, esse texto sistematiza alguns pontos da teoria com a possibilidade de

trabalho do professor junto a seus alunos.

A psicologia sócio-histórica traz em seu bojo a concepção de que todo

Homem se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros.

Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros e entramos

em um processo histórico que, de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e

visões sobre ele e, de outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre

este mesmo mundo.

Quando nos referimos ao valor das interações em sala de aula, é importante

pensarmos que este referencial não compactua com a idéia de classes socialmente

homogêneas, onde uma determinada classe social organiza o sistema educacional

de forma a reproduzir seu domínio social e sua visão de mundo. Também não

aceitamos a idéia de sala de aula arrumada, onde todos devem ouvir uma só pessoa

transmitindo informações que são acumuladas nos cadernos dos alunos de forma a

reproduzir em determinado saber eleito como importante e fundamental para a vida

de todos.

Quando imaginamos uma sala de aula em um processo interativo, estamos

acreditando que todos terão possibilidade de falar, sugerir, questionar, levantar suas

hipóteses e nas negociações, chegar a conclusões que ajudem o aluno a se

perceber parte de um processo dinâmico de construção e possibilitando o

desenvolvimento de suas habilidades linguísticas.

Não nos estamos referindo a uma sala de aula onde cada um faz o que quer,

mas onde o professor seja o articulador dos conhecimentos e todos se tornem

parceiros de uma grande construção, pois ao valorizarmos as parcerias estamos

Page 33: TCC AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUAGEM: Diagnóstico para proposta de intervenção no contexto escolar

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mobilizando a classe para pensar conjuntamente e não para esperar que uma única

pessoa tenha todas as respostas para tudo.

Ao valorizarmos as interações, não estamos esquecendo que a sala de aula

tem papéis que precisam estar bem-definidos, mas também queremos reforçar que

estes papéis não estão rigidamente constituídos, ou seja, o professor vai, sim,

ensinar o seu aluno, mas este poderá aprender também com os colegas mais

experientes ou que tiverem vivências diferenciadas. Ao professor caberá, ao longo

do processo, aglutinar todas as questões que apareceram e sistematizá-las de forma

a garantir o domínio de novos conhecimentos por todos os seus alunos.

Radicalizamos o argumento em favor da interação porque acreditamos que o

Homem se constitui enquanto tal no confronto com as diferenças; e um dos

laboratórios privilegiados para isso é a escola, onde somos reunidos com diferentes

realidades, e no conjunto de tantas vozes, acabamos por acordar significados para

determinadas coisas que na individualidade de cada um podem ter diversos

sentidos.

Concebendo a escola como o lugar onde ocorrem a apropriação e a

sistematização do conhecimento e onde a aprendizagem deve estar sempre

presente, estamos olhando aqui as interações em um contexto específico – o

processo ensino-aprendizagem dentro do campo da linguagem. A sala de aula é

como nos referimos anteriormente, um laboratório, no qual o processo discursivo

ocorre pelas negociações e conflitos que aparecem perante o novo, perante aquilo

que não se conhece ou não se dominam totalmente e que apresentamos aos alunos

de maneira problematizadora.

Quando motivados, nossos alunos entram no "canal interativo", envolvem-se

nas discussões, sentem-se estimulados e querem participar, pois internamente

estão mobilizados por estratégias externas -ferramentas sedutoras que o professor

deve usar para mobilizar sua classe. Quando falamos em ferramentas externas,

referimo-nos aos instrumentos físicos que não precisam ser algo extremamente

sofisticado - basta que façam parte da criatividade do professor. Temos profissionais

que com algumas sucatas ou materiais disponíveis em sua realidade conseguem

envolver e transformar os seus alunos. O mundo do conhecimento está muito além

do computador ou de ferramentas tecnologicamente sofisticadas; elas nos ajudam

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sem dúvida, mas não conseguem criar, sozinhas, os necessários campos

interativos.

Cabe ao professor transformar tecnologia em aula socialmente construtiva,

sucata em "material de ponta", conhecimento espontâneo em conhecimento

científico, mundo encoberto em mundo revelado, e tudo o mais que proporcione o

reconhecimento e o encantamento com a vida pessoal e a vida social dos grupos

refletidos na sala de aula por meio da presença dos alunos e mesmo do professor

que, de repente, descobre sua própria vida em meio à vida de seus alunos.

O trabalho com a ação e interação utilizando a linguagem, surge como uma

fonte de atualização e conhecimento e de contato com o cotidiano Costa (no prelo)

citando Schön (1995) considera que a prática exige do professor uma reflexão

criativa para articular o saber escolar com o saber da experiência discente no

contexto educacional, configurando um “processo de reflexão-na-ação. Segundo o

autor, nessa visão, pressupõe-se que os professores reconheçam os alunos como

sujeitos detentores de conhecimentos tácitos acumulados espontaneamente por

experiências historicamente vivenciadas. Acrescenta, ainda, que:

Para aproximar-se dos conhecimentos dos alunos, o professor não pode

mais está engessado pedagogicamente em conhecimentos técnicos prontos para

serem aplicados de modo generalizados às situações de sala de aula, mas sim, deve

se deixar levar pela curiosidade, pela sensibilidade e pela inquietação antes, durante

e depois a todas as situações singulares que ocorrem na sala de aula, mesmo

considerando esse espaço educacional numa dimensão de grupo.

Apostamos na metodologia interacional como recurso capaz de promover a

integração e o conhecimento necessário para uma análise critica e reflexiva nos

educandos, sendo capaz, portanto, de despertar uma discussão contextualizada.

Nosso objetivo com o projeto ação e interação foi melhorar as relações em sala de

aula, despertando nos discentes a compreensão da responsabilidade por seus atos

dentro e fora do contexto.

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Diante de tudo isso que foi descrito neste trabalho sugere-se;

Que os professores trabalhe de forma interdisciplinar,

valorizando e respeitando a proposta de interação na sala de

aula;

Que o aluno desenvolva a linguagem oral, por sua vez, apesar

de ainda pouco priorizado na escola;

Que o professor e alunos trabalhem com exposições sobre um conteúdo, debates e argumentações, explanação sobre um tema lido ou leituras de temas atuais e transversais;

Que o professor ofereça oportunidades de fala, mostrando a adequação da língua a cada situação social de comunicação oral;

Que aluno e professor vejam a linguagem como uma interação social;

Que o professor incentive a leitura individualmente e em grupo,

conhecendo os temas abordados;

Que o aluno identifique recursos linguísticos, procedimentos e

estratégias discursivas para relacioná-los com seu gênero;

Que professor e aluno faça parte de situações sociais de leitura,

como as discussões sobre obras lidas e a indicação das

apreciadas;

Que o aluno escreva breves ensaios sobre textos literários e não

literários, expressar seus pontos de vista frente ao texto e

levantar argumentos;

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Que o aluno aprofunde-se sobre determinado autor, lendo suas

obras, confrontando-as com interpretações, consultando textos

sobre a vida e a produção do mesmo;

Que o professor explore estilos e temas mais abordado

escolhido pelos alunos;

Que o professor busque informações, selecionando estratégias

de leitura conforme os propósitos específicos;

Que o professor e aluno complementem textos com informações

provenientes de outras produções escritas, usando estratégias

próprias de cada gênero;

Que o professor organize debates sobre temas de interesse

geral e participar dele registrando dados de várias fontes;

Que o professor desenvolva no aluno a competência discursiva

suficiente para utilizar a língua de maneira eficiente nos mais

variados contextos;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração todas as mudanças já ocorridas no contexto

educacional, a escola ainda não consegue lidar com aspectos da oralidade dos

alunos levando em conta o contexto cultural, político e social em que estão

inseridos. A pesquisa torna evidente a grande dificuldade encontrada pelos

professores para realizar atividades em que o diálogo com textos orais e escritos

possam desencadear processos favoráveis ao desenvolvimento do aprendizado dos

alunos, bem como a aproximação entre as atividades escolares e os usos sociais da

linguagem.

A linguagem oral nem sempre é utilizada como instrumento para refletir

sobre a linguagem escrita. Diante disso, o que se espera dos professores é que

sejam criadas formas de estudo que possibilitem aos alunos ampliarem as

possibilidades de usos da língua oral e escrita, tornando-os aptos a desenvolverem-

se nos diferentes usos da linguagem, dentro de uma perspectiva crítica. O desafio

que se coloca é o desenvolvimento de propostas que possam contribuir para a

reflexão sobre novas possibilidades de ação e interação com a linguagem, na

perspectiva de construir metodologias e dinâmicas de trabalho que favoreçam a

formação de sujeitos letrados.

Do mesmo modo que o trabalho desenvolvido em sala de aula necessita de

um diálogo entre os sujeitos envolvidos — alunos e professores— bem como do

diálogo crítico com diferentes assuntos, acreditamos que os professores também

precisam de um diálogo com as diversas pesquisas sobre a questão da interação,

bem como do diálogo entre os pares através da prática coletiva de planejamento e

reflexão sobre suas experiências.

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Portanto, cabe à escola, enquanto instituição, bem como às diferentes

instâncias responsáveis pela formação de professores, cultivar, estimular e

possibilitar o diálogo. , o respeito mútuo em sala de aula e o desenvolvimento de

uma relação com indivíduos criticamente preparados para a sociedade.

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