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FACULDADE SATC
DANIEL DE VILA CIRIMBELLI
AUTOMAÇÃO DO SISTEMA DE PESAGEM E DISTRIBUIÇÃO DE R AÇÃO PARA
AVIÁRIOS DE MATRIZES DE FRANGO
Criciúma
Março – 2016
DANIEL DE VILA CIRIMBELLI
AUTOMAÇÃO DO SISTEMA DE PESAGEM E DISTRIBUIÇÃO DE R AÇÃO PARA
AVIÁRIOS DE MATRIZES DE FRANGO
Anteprojeto para desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia elétrica da Faculdade SATC, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Eletricista.
Orientador: Prof. Me. Jose Clair Menezes Junior
Coordenador do Curso: Prof. Me. André Abelardo Tavares.
Criciúma
Março – 2016
Dedico este trabalho principalmente aos meus
pais e a minha namorada como também todos
os que me incentivaram ao estudo.
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 – Distancias mínimas entre construções [5]. ................................................................. 12
Tab. 2 – Cálculo quantidade re ração na produção [7]. ............................................................ 18
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SIGLAS
ABPA
SATC
___ Associação Brasileira de Proteína Animal
Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa
Catarina
SIF
PNSA
PNCRC
MAPA
___ Sistema de Inspeção Federal
Programa da Sanidade Avícola
Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminante
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
SÍMBOLOS
cm [cm] Unidade métrica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 5
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES .......................................................................... 6
1.2 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 6
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................. 6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 7
2.1 A AVICULTURA NO BRASIL ........................................................................................ 7
2.2 GENÉTICA E MELHORAMENTO AVÍCOLA .............................................................. 8
2.3 CONSTRUÇÃO MATRIZEIROS ................................................................................... 10
2.3.1 Construção de núcleos ................................................................................................ 11
2.3.2 Construção de aviários................................................................................................ 13
2.3.2.1 Aviários fechados ....................................................................................................... 13
2.3.2.1.1 Ambiência ................................................................................................................ 14
2.3.2.1.2 Comedouros ............................................................................................................. 14
2.3.2.1.3 Bebedouros .............................................................................................................. 14
2.3.2.1.4 Ninhos Automáticos ................................................................................................. 14
2.3.2.2 Aviários Abertos ......................................................................................................... 14
2.4 MANEJO DE MATRIZES NA PRODUÇÃO ................................................................ 14
2.4.1 Biossegurança na Granja............................................................................................ 15
2.4.2 Manejo de fêmeas e machos ....................................................................................... 15
2.4.3 Manejo de luz ............................................................................................................... 16
2.4.4 Manejo de ração .......................................................................................................... 17
2.5 SISTEMAS EXISTENTES NO MERCADO .................................................................. 18
2.5.1 Sistema de pesagem manual ....................................................................................... 18
2.5.2 Pesagem semi-automática ........................................................................................... 19
2.5.3 Pesagem automática .................................................................................................... 21
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................... 22
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 22
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
5
1 INTRODUÇÃO
A avicultura vem apresentando uma crescente ascensão no que diz respeito à
produção de carne de frango no mundo. O Brasil ocupa hoje o primeiro lugar em exportação e
o terceiro em produção nesse setor. Pensando nisso, é necessário aumentar a capacidade de
alojamento de matrizes de frango, a fim de poder dispor de maior quantidade de ovos férteis e
consequentemente a existência maior numero de frango de corte. [1]
Visando a otimização de custos e melhoramento da produção, empresas do ramo
da avicultura investem em automação de equipamentos tecnológicos, dentre eles o sistema de
pesagem, responsável pela realização dos processos de controle de peso e de distribuição
espacial de ração disponível.
Nas últimas décadas vem sendo explorada como maior intensidade os processos
automatizados em diversos ramos da indústria. No caso do sistema aviário, o sistema de
pesagem é encarado como um dos principais processos. Tendo a principal motivação na
automação desses processos, sendo amplamente solicitada por integradoras e produtores na
área, que consiste em pesar e enviar ração em um único ponto fora do aviário.
A automação do sistema melhora o rendimento e facilita os serviços dos
empregados, deste modo não será mais necessário ter um funcionário em período integral para
executar o serviço de pesagem de ração, antes feito de maneira manual. Necessita-se apenas
de um breve tempo para programar o controlador, que depois esse funcionário estará
disponível para desempenhar outras funções na propriedade, além disso, o sistema contribui
para aprimorar os seus conhecimentos em novas tecnologias.
Atualmente, o processo necessita de no mínimo uma pessoa e praticamente um dia
para que seja feita a pesagem em todos os aviários do núcleo, sendo executado por um
processo manual, utilizando métodos comparativos de pesos e outros métodos semi-
automáticos com células de carga.
Devido a cobranças do mercado interno e externo por qualidade e prevenindo-se
de possíveis doenças que possam vir de países próximos ao Brasil, é necessário cada vez mais
bloquear a entrada de pessoas e ou funcionários no interior dos aviários de matrizes de frango,
com isso, reduzem-se os riscos de contaminação. Além dessa preocupação, faz-se necessário
o melhoramento da automação dentro dos aviários de matrizes de frango, obtendo-se um
número maior de ovos férteis.
6
Este projeto tem por objetivo o desenvolvimento da automação do sistema de
pesagem e distribuição de ração automático para matrizes de frango, baseado nos requisitos
solicitados por integradoras e produtores do ramo, sempre seguindo as orientações das
empresas de genética das aves.
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES
Em busca do aperfeiçoamento de produção e da redução de mão de obra, que se
torna cada vez mais escassa no setor de avicultura, é indispensável automatizar os
equipamentos existentes. Este trabalho propõe-se a desenvolver uma automação do sistema de
pesagem e distribuição de ração de matrizes de frango e reduzir os custos de produção.
Buscando, ainda assim, dosar de maneira correta a ração necessária para cada ave comer, sem
que haja desperdícios relacionados à dosagem errada, desse modo, tem-se um controle melhor
e maior economia de ração.
O presente trabalho tem o objetivo de propor uma abordagem automatizada do
processo de pesagem, facilitando o processo de manejo, com melhoria no desempenho do
sistema de pesagem e distribuição de ração. Visando interagir com o operador do sistema,
facilitando a encontrar erros que venham a ocorrer, além de baixar históricos de pesagem,
solicitada pelas integradoras proprietárias das aves.
1.2 OBJETIVO GERAL
- Automatizar o sistema de pesagem e distribuição de ração nos aviários de matriz
de frango, reduzir a mão de obra e riscos de contaminação do lote por manejo humano e
facilitar o processo que atualmente é feito manual ou semiautomático.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Levantar dados sobre manejo;
- Análise de redução de mão de obra;
7
- Minimizar os tempos de pesagem e distribuição de ração;
- Melhorar o rendimento do processo de pesagem;
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para desenvolver este projeto é preciso conhecer melhor, primeiramente, qual a
importância econômica da avicultura para o Brasil e a cadeia genética até o frango de corte.
Apenas a evolução do melhoramento genético das aves não garante a qualidade na
produção dos ovos férteis.
É indispensável à implementação de novas tecnologias para melhorar o
desempenho e aperfeiçoar as tecnologias existentes.
Neste sentido, é de fundamental importância conhecer o programa de manejo
informado pelo criador do desenvolvimento da genética da ave, no aprimoramento do
conhecimento da ração de que a ave necessita para sua melhor produção e ainda saber sobre
manejo adotado nas granjas brasileiras com intuito de otimização de custo de mão de obra e
produção.
2.1 A AVICULTURA NO BRASIL
Nas ultimas três décadas, a avicultura brasileira tem apresentado crescimento
acelerado. O país se tornou o terceiro produtor mundial e líder em exportação de frango.
Atualmente, a carne nacional chega a 142 países. [2]
Devido à atratividade e à praticidade os cortes para exportação já ultrapassam
60% do volume total produzido, forçando as indústrias a investiram em parque fabril e em
tecnologia, inclusive com inovações nos cortes e em seus rendimentos. [3]
Fatores como qualidade, sanidade e preço contribuíram para aperfeiçoar a
produtividade no setor. O Brasil buscou modernização e empregou instrumentos como o
8
manejo adequado do aviário, sanidade alimentação balanceada, melhoramento genético e
produção integrada. Considerando a importância da produção avícola brasileira no contexto
nacional e internacional, o ministério da agricultura, por meio do SIF e do PNSA, zela pelo
cumprimento das normas de sanidade e a vigilância quanto a epidemias e condições
sanitárias, tornando possível o controle e a erradicação das principais doenças comerciais em
aves, outra ação do ministério e o PNCRC, que monitora a presença de medicamentos
veterinários de uso proibido em carnes, inclusive hormônios. [2]
A parceria entre indústrias e avicultores contribui para a excelência técnica em
todas as etapas da cadeia produtiva, resultando em reduzidos custos de transação e na
qualidade, que atende às demandas de todo mundo. [2]
As projeções mostram um aumento que deva alcançar 4,22%, anualmente, nas
exportações, e com expansão prevista em 5,62% ao ano, assim o Brasil devera continuar na
liderança mundial. [2]
2.2 GENÉTICA E MELHORAMENTO AVÍCOLA
Oposto dos bovinos, ovinos e eqüinos que programas de melhoramento genético
tem sido tradicionalmente organizados por entidades publicas e universidades, a iniciativa
privada domina os programas aplicados de melhoramento genético de aves e suínos.
Atualmente o foco das empresas de genética tem se concentrado em melhorar o frango nos
seguintes aspectos: maior velocidade de ganho de peso corporal, melhor utilização do
alimento (conversão alimentar) e maior rendimento de carcaça, especialmente carne de peito.
[4]
Hoje o mercado mundial de melhoramento genético é dominado por quadro
empresas Cobb-Vantress com seus 45% do mercado mundial, localizada nos Estados Unidos,
Aviagen com seus 42% do mercado mundial, localizada na Alemanha, Hubbard com seus 8%,
localizada na França e Heritage com seus 3%, localizada nos Estados Unidos, o 2% restante
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correspondem por outras empresas. Essas empresas têm seu foco na venda de reprodutores e
matrizes. [4]
O melhoramento genético acontece com o cruzamento de aves de raças diferentes,
em busca do melhor potencial de cada ave na sua cruza, a definição de qual raça utilizar, parte
de qual característica quer se obtiver. Os motivos mais freqüentes na alteração dos focos de
seleção e cruza foram primeiramente econômicos. Inicialmente o objetivo era em busca de
redução das limitações impostas por características reprodutivas (fertilidade e taxa de postura)
e pela mortalidade durante o período de corte, posteriormente pressões no mercado levaram a
as empresas de genética adaptação as novas especificações, o foco atual tem sido a conversão
alimentar, devido ao aumento dos ingredientes presentes na ração, especialmente o milho.
Em termos gerais, um programa de melhoramento genético de frangos consiste de
três estratos: Pedigree, multiplicador e frango de corte, estes estratos são representado na Fig.
1, usando tradicionalmente o esquema de pirâmide, dependendo do intervalo entre gerações, o
resultado do Pedigree é refletido no frango de corte entre 2,5 e 4 anos mais tarde. [4]
Fig. 1 – Representação esquemática do melhoramento genético do frango
Pedigree
Bisavós
Avós
Matrizes
Frango de corte
Multiplicador
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Pedigree. São as aves de elite, nesse estrato as aves são identificadas por meio de
uma anilha a fim de se ter um controle da filiação conhecida. Os melhores indivíduos desse
grupo são utilizados para regenerar a população Pedigree. O próximo grupo de indivíduos
serve para abastecer o estrato multiplicador, geralmente na forma de lotes de bisavós ou avos.
[4]
Multiplicador, este estrato tem por finalidade duas funções. Em primeiro lugar,
como as aves Pedigree não possuem capacidade reprodutiva suficiente para suprir a
necessidade de vendas, é preciso passar por duas etapas de expansão. Lotes de bisavós
machos e fêmeas de cada linhagem e de avos machos e fêmeas de mesma linhagem são
empregados em sequencia para o acasalamento finais que produziram os reprodutores e
matrizes comerciais, ainda nesse estrato em cada etapa os ovos geradores são enviados para
um incubatório para gerar os pintinhos, após esse processo iniciam em uma granja de recria,
com pouca incidência de luz até certa idade, após essa idade são transferidas para outra granja
que nesta recebem luz para iniciar sua fase de reprodução. A segunda função deste estrato é
possibilitar a proteção da propriedade intelectual dessas empresas, por meio da produção de
híbridos e da venda de apenas machos ou fêmeas, de cada hibrido. [4]
Frango de corte. Progenie dos acasalamentos dos reprodutores com as matrizes
pertencem a este estrato, consiste no produto final de um processo de melhoramento genético.
Estimasse que uma fêmea Pedigree pode ser responsável por produzir entre 1 e 3 milhões de
frangos de corte, dependendo do tamanho de melhoramento genético. [4]
2.3 CONSTRUÇÃO MATRIZEIROS
Para construção de um matrizeiro é essencial um projeto bem elaborado, pois vai
refletir diretamente nos custos de montagem e na biossegurança, neste caso a explicação é
simples, devido a qualquer problema sanitário no plantel das matrizes vai refletir diretamente
no sistema verticalizado, ou seja, diretamente no produto final, o frango. A etapa da
construção pode ser dividida em duas etapas, primeiro núcleo e segundo aviário.
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2.3.1 Construção de núcleos
Um núcleo1 geralmente constituído de 4 aviários, como é possível visualizar na
Fig. 2, deve seguir as regras das normativas vigentes pelo MAPA, com o intuito de preservar
a qualidade e saúde animal.
Fig. 2 – Matrizeiro com 12 núcleos com 4 aviários cada [Arquivo Digital Plasson do Brasil].
Grande importância e geralmente o que proporciona menores investimentos,
refere-se à escolha da localização geográfica da granja. Alguns pontos necessários para
instalação de uma granja é a presença de barreiras sanitárias entre as unidades avícolas,
utilizando de árvores não frutíferas, que funcionam como filtro natural. Necessita-se
estabelecer limites das granjas e dos núcleos, utilizando barreiras como cercas de tela,
evitando o livre acesso de pessoas e animais no interior da propriedade. Todas as aberturas e
acesso ao núcleo devem ser mantidos fechados e adotados de procedimentos de controle de
transito de pessoas e meios de transporte. [5]
1 Núcleo: Termo utilizado para denominar o agrupamento de mais de um aviário em uma mesma propriedade.
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Devem ser respeitadas as distâncias mínimas entre núcleos e outros
estabelecimentos como mostram a Tab. 1, para se garantir a produtividade e o controle de
doenças.
Estabelecimentos Distância mínima (m)
Entre granja e abatedouro 3000
Entre bisávozeiro e avózeiro 3000
Entre matrizeiro 3.000
Entre núcleos e limites periféricos da propriedade 200
re núcleo e estrada vicinal 500
Entre núcleos de diferentes idades 500
Entre recria e produção 500
Tab. 1 – Distancias mínimas entre construções [Instrução Normativa nº 56/2007, Ministério da
Agricultura e Abastecimento].
As distâncias mínimas a serem consideradas entre os aviários do núcleo devem
ser, no mínimo, o dobro da largura dos aviários. Em função da existência de barreiras naturais
como reflorestamento, matas naturais e da topografia do local, essas distâncias podem sofrer
modificações a critério do médico veterinário oficial responsável pelo estabelecimento
avícola. [5]
Duas das coisas que também devem ser projetadas na construção do núcleo, trata-
se da área de apoio central, local onde inicia o acesso a granja, nela estão localizados
rodolúvio2, rampa de lavagem e desinfecção de veículos, fumigadores3, banheiros, sala de
ovos, lavanderia, sala de armazenagem de maravalha4 e local de transferência de aves. Área
de apoio de núcleos, formado pela construção que deve existir em cada núcleo, com
respectivos vestiários, sala de ovos (local climatizados onde são guardados os ovos),
fumigadores e silos como mostra a Fig.3. [5]
2 Rodolúvio: Equipamento responsável por fazer a desinfecção dos carros que entram no núcleo. 3 Fumigadores: São geralmente cubículos com duas portas, uma para inserir materiais pelo lado de fora do
núcleo e outra para pegar no lado de dentro do núcleo, após ter sido deixado um tempo com formol. 4 Maravalha: Material usado para colocar na cama do aviário, restos de madeira.
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Fig. 3 – Central de apoio, rodolúvio [5].
2.3.2 Construção de aviários
Fornecer um ambiente protegido no qual a temperatura, a umidade e a luz natural
possam ser controladas. Garantir um nível de controle que aperfeiçoe o desempenho
reprodutivo e não comprometa a saúde e bem-estar das aves. Essas devem ter acesso
individual a água e alimento.
Aviário de produção de ovos incubava são construídos em diversas regiões do
país e com climas diferentes, conforme sua localização se tem um modelo diferente de
construção, do tipo aberto ou fechado. As especificações técnicas do sistema devem ser
definidas de forma que as aves sejam mantidas em condições apropriadas de ambiente, alguns
pontos que também devem ser levados em conta são os materiais disponíveis, limitações
financeiras e facilidade de efetividade do controle ambiental. [6]
2.3.2.1 Aviários fechados
Podendo ser chamado também de aviários de pressão negativa
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2.3.2.1.1 Ambiência
2.3.2.1.2 Comedouros
2.3.2.1.3 Bebedouros
2.3.2.1.4 Ninhos Automáticos
2.3.2.2 Aviários Abertos
Os aviários abertos com ventilação natural dependem do fluxo de ar que entra no
interior do aviário. Nesse modelo de aviário pode ser difícil de controlar adequadamente o
ambiente interno e, em consequência, a consistência e o nível de desempenho tende a serem
mais baixos do que comparando aos aviários fechados.
2.4 MANEJO DE MATRIZES NA PRODUÇÃO
O manejo tem por objetivo não só as necessidades básicas dos planteis, mas
também precisa funcionar adequadamente para que o potencial das aves seja aproveitado
integralmente. A intenção e de focar nos pontos críticos que interferem para automatização do
sistema de pesagem.
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2.4.1 Biossegurança na Granja
O manejo se inicia na limpeza do aviário, onde esse deve ser todo lavado com
produtos bactericidas, atualmente se utiliza formol diluído em água para fazer a desinfecção
do aviário todo, forro, paredes equipamentos, após isso deve ser deixado um período de vazio
de no mínimo 24 horas como mostra a Fig. 4. Passado o vazio deve ser colocado a cama do
aviário, dependendo da especificação da integradora proprietária da matriz, geralmente é
solicitado maravalha, por questões sanitária, esse material deve ser espalhado em todo o chão
do aviário com uma espessura máxima 10cm, não se deve ultrapassar essa recomendação pois
pode se criar um ambiente favorável a ave por seus ovos. [6]
Fig. 4 – Desinfecção do Aviário, utilizando produtos bactericidas [6].
2.4.2 Manejo de fêmeas e machos
O alojamento se começa com a inclusão dos galos 1 semana antes das fêmeas, isso
para que eles reconheçam o terreno e se acostumem com o lugar, a posição que se encontra
sua ração, pois se utiliza um linha de comedouro separado da fêmea, devido por ser outro tipo
de ração. [6]
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Após 1 semana se faz o alojamento das fêmeas e se inicia o período de
ensinamento, nesse tempo deve ser espantado as galinhas que ficam próximos as paredes para
que essas se encaminhem para região dos slates5 próximo ao ninho, assim as galinhas vão
aprendendo que é ali que é elas devem poerem seus ovos, evitando que põem seus ovos na
cama. Esse manejo de espantar as galinhas deve ser feito ate a 32 semanas, após isso não
necessita mais dessa técnica, pois elas já estão ensinadas. [7]
O ninho deve conter sistema de fechamento para que se evite das galinhas
dormirem no período da noite dentro do ninho assim se diminui o acumulo de fezes, deve ser
fechado durante a noite e aberto durante o dia .[7]
2.4.3 Manejo de luz
O período que compreende o início da estimulação luminosa até o pico de
produção é um dos mais críticos na vida do lote de matrizes em termos de nutrição. Após a
estimulação luminosa, as fêmeas farão a partição dos nutrientes disponíveis entre a
manutenção, o crescimento e o desenvolvimento do sistema reprodutivo. Um programa de
manejo bem elaborado pode influenciar na forma com essa partição ocorrera. [7]
Em aviários fechados com cortina, com luz natural a iluminação artificial deve ser
fornecida com intensidade de 80 a 100 lux quando a luz natural diminuir ao entardecer. A
intensidade luminosa deve ser uniformemente distribuída no interior do aviário, a fim de se
evitar pontos de sombra, levando a um maior índice de ovo de cama6. [7]
5 Slates: Piso plástico elevado do chão que fica na entrada do ninho automático. 6 Ovo de cama: Ovo que a matriz poem fora do ninho.
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2.4.4 Manejo de ração
A ração e distribuída logo após o acendimento das luzes ou então antes para evitar
o estresse das aves, essa deve ser pesada no dia anterior e armazenada nos depósitos no inicio
da linha, normalmente e feito dois giros na corrente para distribuir por completo a ração das
fêmeas. O comedouro dos machos sempre deve ser suspenso e só abaixado quando acesso as
luzes, antes de descer o comedouro é distribuído à ração, geralmente é feita a pesagem manual
e distribuído manualmente nas calhas. [6]
A ração deve ser fornecida todos os dias no mesmo horário. Não alterar o horário
de arraçoamento na medida que são feitas as mudanças no programa de luz. [7]
Até que se atinja 5% da produção de ovos, a ração é calculada com a media da
pesagens das aves, o ideal é fazer a pesagem de 1% a 2% da população, posteriormente ao
5%, os aumentos na quantidade de ração deveram ser realizados de acordo com a produção
diária de ovos por galinha. A cada incremento de 10% na produção de ovos tem que calcular
novamente a quantidade de ração a ser raçoada, conforme a Tab. 2. [7]
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Tab. 2 – Cálculo quantidade de ração na produção [7].
Para se garantir um desempenho constante, evite mudanças na formulação da
ração. Verifique a qualidade de cada abastecimento, sempre deve ficar retido na granja
amostras de 1 a 2Kg de ração para testes futuros. [7]
É essencial dispor de métodos precisos de pesagem da ração. Os sistemas devem
ser inspecionados semanalmente. [7]
A quantidade de ração sempre deve ser considerando o numero real de aves,
descontando as aves mortas na sequencia dos dias, nunca calcular em cima das aves que
foram alojadas. O tempo que leva todas as aves a consumir a ração devera ser 2,5 a 3 horas no
pico de produção, causo esse tempo mude, será preciso investigar o porquê, pois pode haver
algum problema no lote. [7]
2.5 SISTEMAS EXISTENTES NO MERCADO
Por necessitar ter um controle na quantidade de ração para cada ave comer, é
indispensável o uso de equipamentos que façam a pesagem da ração. Existem diversos
modelos com características diferentes, dentre eles, seguem na sequencia os mais utilizados.
2.5.1 Sistema de pesagem manual
O sistema consiste em comparar dois objetos, um de massa conhecida e outro de
massa desconhecida. A balança como mostra na Fig. 5, nada mais é do que uma alavanca, que
mostra o ponto de equilíbrio entre dois corpos. [8]
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Quando a condição de equilíbrio nas alavancas diz-se que um corpo esta em
equilíbrio mecânico. A resultante das forças que agem sobre o corpo deve ser nula e o
momento resultante das forças que agem sobre o corpo também deve ser nulo.
Esse método foi muito utilizado no passado, mas por ser um sistema não muito
preciso, pois depende de uma pessoa comparar os pesos, vem sendo substituído por sistemas
que utilizam célula de carga e um controlador independente para cada deposito.
Fig. 5 – Balança manual método comparativo [8].
2.5.2 Pesagem semi-automática
O sistema é formado por um controlador individual e uma célula de carga por
deposito. Primeiramente é feita a programação para peso solicitado no controlador e
posteriormente a isso o controlador manda ligar um motor que puxa ração do silo por uma
tubulação de PVC com um helicoide e só para quando se atingir o peso programado. [9]
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O tipo mais comum de célula de carga. Utiliza um ou mais extensômetros de
folha, ou extensômetro de resistência, acoplados em um circuito de ponte de Wheatstone. Os
extensômetros são acoplados num material que deformará com a força aplicada. Com a
deformação, a resistência dos extensômetros muda e pode-se calcular a deformação do
material. Essa deformação gera um sinal de tensão que por meio de software pode ser
calculado com formulas de comparação. [10]
Esse sistema atualmente, como mostra a Fig. 6, é o mais utilizado, mas vem com
seus dias contados, pois a intenção cada vez mais é a automatização dos equipamentos
presentes nos aviários e também devido a restrições na circulação de pessoas no interior das
granjas, e por esse sistema faz-se necessário o funcionário ir a deposito em deposito e granja
em granja, pois alem de ser um sistema individual por deposito, o funcionário tem que abrir
manual a tampa inferior de deposito de pesagem.
Fig. 6 – Sistema de pesagem semiautomatica com célula de carga [9].
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2.5.3 Pesagem automática
Existe no mercado modelos automatizados, que usa de sistemas pneumáticos para
abertura e fechamento das válvulas em cada depósito, controle individual localizado em
apenas um ponto da granja, tendo uma quantia muito grande de cabos passando para fazer a
alimentação e o comando desses equipamentos muitas vezes com distancias maiores que 100
metros.
22
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
23
5 CONCLUSÕES
24
REFERÊNCIAS
[1] UBABEF, Disponível em <http://abpa-br.com.br/setores/avicultura/mercado-interno/ovos/alojamento-de-matriz-de-postura> Acesso em 05 de março de 2016.
[2] Ministério da Avicultura. Aves. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/animal/especies/aves>. Acesso em: 14 Mar. 2015.
[3] PRIA, Ana Dalla. Criadores investem em aviários modernos no oeste do Paraná. Globo Rural , São Paulo, 06 mar. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2016/03/criadores-investem-em-aviarios-modernos-no-oeste-do-parana.html>. Acesso em: 11 Mar. 2016.
[4] SIEWERDT, Frank. Genética e melhoramento avícola. In: MACARI, Marcos. Produção de Frangos de Corte. 2. ed. São Paulo: Facta, 2014
[5] Brasil. Instrução Normativa n° 56. São Paulo 04, 2017
[6] ROSS. Manual de manejo de matrizes Ross. Disponível em: <http://pt.aviagen.com/assets/Tech_Center/BB_Foreign_Language_Docs/Portuguese/RossPSHandbook2013PT.pdf >. Acesso em: 11 Mar. 2016.
[7] COBB. Manual de matrizes. Disponível em: <http://www.cobb-vantress.com/docs/default-source/management-guides/cobb-breeder-management-guide---english.pdf>. Acesso em: 11 Abr. 2016.
[8] CASP. Sistemas de pesagem. Disponível em: <http://www.casp.com.br/produtos>. Acesso em: 11 Abr. 2016.
[9] PLASSON. Instrutivo técnico balança eletrônica 500kg sistema pesagem ração. Disponível em: <http://www.plasson.com.br/pt/downloads/5-instrutivo-tecnico>. Acesso em: 15 Mar. 2016.
[10] WEIGHTECH. Célula de carga. Disponível em: <http://www.weightech.com.br/datasheet/celula-carga-vishay-614-datasheet.pdf>. Acesso em: 11 Abr. 2016.