TCC Daniel

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1 UFMT UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAET FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO DE QUALIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Análise preliminar da utilização racional de energia elétrica no acionamento de bombas centrífugas Daniel Alaertes Velasco Techi Orientador: Mário K. Kawaphara Cuiabá - MT 9 de junho de 2006.

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  • 1

    UFMT UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAET FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

    LABORATRIO DE QUALIDADE E EFICINCIA ENERGTICA

    Anlise preliminar da utilizao racional de

    energia eltrica no acionamento de bombas

    centrfugas

    Daniel Alaertes Velasco Techi

    Orientador: Mrio K. Kawaphara

    Cuiab - MT

    9 de junho de 2006.

  • 2

    UFMT UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAET FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

    LABORATRIO DE QUALIDADE E EFICINCIA ENERGTICA

    Anlise preliminar da utilizao racional de

    energia eltrica no acionamento de bombas

    centrfugas

    Relatrio de estgio supervisionado

    apresentado Faculdade de

    Engenharia Eltrica da

    Universidade Federal do Mato

    Grosso, como parte dos

    requisitos para obteno do

    ttulo de Graduao de Bacharel

    em Engenharia Eltrica, sob a

    Orientao do Professor Mrio

    K. Kawaphara.

    Daniel Alaertes Velasco Techi

    Orientador: Mrio K. Kawaphara

  • 3

    Sumrio:

    Introduo: ........................................................................................................................ 6

    Objetivo: .......................................................................................................................... 7

    Delimitao do tema ....................................................................................................... 8

    Hipteses .......................................................................................................................... 9

    1 REVISO TRICA SOBRE MOTOR DE INDUO ........................................ 10

    1.1 Motores Assncronos ...................................................................................... 11

    1.1.1 Estator ..................................................................................................... 12

    1.1.2 O Campo Magntico ............................................................................... 13

    1.1.3 Rotor ....................................................................................................... 14

    1.1.4 Escorregamento, torque e velocidade. .................................................... 16

    1.1.5 Eficincia e Perdas.................................................................................. 17

    1.1.6 Campo Magntico .................................................................................. 18

    1.1.7 Condies de operao do motor............................................................ 20

    1.1.8 Mudanas de velocidade ......................................................................... 22

    1.1.9 Regulao por freqncia ....................................................................... 22

    1.1.10 Magnetizao adicional na partida. ........................................................ 23

    1.1.11 Magnetizao devido a variao da carga. ............................................. 24

    2 Bomba centrfuga. .................................................................................................. 24

    2.1 Conceito: ......................................................................................................... 25

    2.2 Constituio: ................................................................................................... 25

    2.3 Noes bsicas sobre o funcionamento. ......................................................... 28

    2.3.1 Arraste de liquido: .................................................................................. 28

    2.3.2 Conceito dos principais fatores de operao: ......................................... 28

    2.3.3 Comentrios sobre algumas caractersticas operacionais: ...................... 28

  • 4

    2.4 Estgio de desenvolvimento e vantagens das bombas centrfugas. ................ 30

    2.5 Tipos principais de bombas centrfugas. ........................................................ 30

    2.6 Instalao, operao e manuteno de bombas centrifugas. .......................... 32

    2.6.1 Problemas de operao. .......................................................................... 34

    2.6.2 Manuteno. ........................................................................................... 34

    3 METODOLOGIA ................................................................................................... 35

    3.1 Variao da carga atravs da vlvula: ............................................................ 35

    4 APRESENTAO FSICA DA BANCADA DA BOMBA CENTRFUGA ....... 39

    4.1 Foto da bancada da bomba centrfuga: ........................................................... 45

    4.2 Nomeao dos bornes: .................................................................................... 46

    4.3 Diagrama de fora: ......................................................................................... 49

    4.4 Disjuntor: ........................................................................................................ 50

    4.4.1 Princpio de funcionamento: ................................................................... 50

    4.5 Contator: ......................................................................................................... 51

    4.6 Fusveis: .......................................................................................................... 52

    4.7 Partida direta: .................................................................................................. 52

    4.8 Soft staters: ..................................................................................................... 53

    4.9 Conversor de freqncia: ................................................................................ 54

    5 ENSAIO COM VARIAO DE CARGA: ........................................................... 54

    5.1 Anlise dos trs modos de partida (potncia x Vazo) ................................... 54

    5.2 Analise da Potncia ativa X abertura de vlvula: ........................................... 66

    5.3 Anlise do comportamento das potncias: ..................................................... 67

    5.4 Comparao entre os dois modos de controle de vazo ................................. 73

    5.5 Anlise do fator de potncia ........................................................................... 75

    5.6 Elipse e Fluke: ................................................................................................ 76

  • 5

    5.7 Anlise dos harmnicos de tenso e corrente ................................................. 77

    6 Concluso: .............................................................................................................. 80

    7 Referncias Bibliogrfica ....................................................................................... 81

  • 6

    Introduo:

    A energia eltrica utilizada em todos os processos produtivos, sendo que

    muitas vezes pode representar uma parcela reduzida dos custos totais, no entanto, nada

    pode substitu-la, pois sem ela os processos no se desenvolvem.

    Levando em conta o cenrio de oferta de energia no Brasil onde as restries de

    ordem financeira e ambiental se conjugam de modo a incrementar o custo energtico e

    configuram perspectivas preocupantes de descompasso entre as disponibilidades e as

    demandas energticas, torna-se necessrio a ampliao de estudos sobre o uso racional

    de energia.

    De um modo geral, reduzir as perdas traz benefcios para todos. Melhora a

    economicidade dos processos produtivos e aumenta a disponibilidade de energia de

    modo a atender mais pessoas com um menor uso de recursos, e assim favorece a

    gerao de empregos e ajuda a preservar o meio ambiente.

  • 7

    Objetivo:

    Descobrir modos de reduzir o desperdcio de energia em indstrias, observando

    a melhor utilizao dos equipamentos, verificarem as tcnicas j existentes, bem como a

    aquisio de novas tcnicas para alcanar este resultado.

  • 8

    Delimitao do tema

    Esta uma pesquisa que visa eficincia energtica em indstrias, onde se

    estuda motores eltricos de induo trifsica buscando o seu melhor modo de trabalho

    para um determinado objetivo.

    As indstrias de um modo geral ainda no tm um compromisso com a

    eficincia energtica, sendo assim atravs destes estudos sero mostradas as vantagens e

    desvantagens das formas de reduo de energia em um determinado setor industrial.

    Para elucidar essas vantagens e desvantagens a pesquisa ser fundamentada nas teorias

    sobre motores eltricos induo, bombas centrfugas, etc.

  • 9

    Hipteses

    Motor eltrico a mquina destinada a transformar energia eltrica em

    energia mecnica. O motor de induo o mais usado de todos os tipos de motores, pois

    combina as vantagens da utilizao de energia eltrica - baixo custo, facilidade de

    transporte, limpeza e simplicidade de comando - com sua construo simples, custo

    reduzido, grande versatilidade de adaptao s cargas dos mais diversos tipos e

    melhores rendimentos.

    O motor eltrico absorve energia eltrica da linha e a transforma em

    energia mecnica disponvel no eixo. O rendimento define a eficincia com que feita

    esta transformao.

    A potncia til fornecida pelo motor na ponta do eixo menor que a

    potncia que o motor absorve da linha de alimentao, isto , o rendimento do motor

    sempre inferior a 100%. A diferena entre as duas (2) potncias representa as perdas,

    que so transformadas em calor, o qual aquece o enrolamento e deve ser dissipado para

    fora do motor, para evitar que a elevao de temperatura seja excessiva.

    O fator de potncia cujo ndice sugere o quanto da energia total (energia

    aparente) transformada em trabalho. A energia ativa responsvel pelo trabalho, e a

    reativa pela manuteno do fluxo magntico, isso implica em dizer que quanto maior a

    energia reativa menor ser o fator de potncia. O baixo fator de potncia indica que a

    energia eltrica est sendo mal utilizada, com um fator de potncia prximo de 100% as

    perdas diminuem, e reduz at mesmo as variaes de tenso do sistema.

    Existem vrias maneiras e acionamento de motores eltricos de induo, desta

    forma deve-se fazer um estudo para avaliar a melhor forma de partida de acordo com a

    carga trabalhada.

  • 10

    1 REVISO TERICA SOBRE MOTOR DE INDUO

    O primeiro motor eltrico foi uma mquina de corrente contnua, construda em

    1833. O controle de velocidade desse tipo de motor era relativamente simples e atendia

    as necessidades da maioria das aplicaes.

    Em 1889, o primeiro motor de corrente alternada foi desenvolvido. Mais simples

    e robusto do que os de corrente contnua, a mquina trifsica de corrente alternada

    sofria com valores fixos de velocidade e caractersticas de torque, o que limitou por

    vrios anos o uso desses motores em aplicaes especiais.

    Os motores trifsicos de corrente alternada so conversores eletromagnticos de

    energia, convertendo energia eltrica em energia mecnica (operando como motor) e

    vice-versa (operando como gerador) atravs da induo eletromagntica.

    O princpio da induo eletromagntica que se um condutor movimentado

    atravs de um campo magntico (B), uma tenso induzida. Se o condutor um

    circuito fechado, uma corrente (I) ir circular (Lei de Faraday da induo

    eletromagntica). Quando o condutor movimentado, uma fora (F), que

    perpendicular ao campo magntico, ir agir sobre o condutor (Lei de Ampre segundo o

    conceito de campo).

    a) Princpio do gerador (induo atravs do movimento). No princpio do gerador,

    movimentando um condutor atravs de um campo magntico gera uma tenso.

    b) Princpio do motor.

    No motor, o princpio da induo reverso e um condutor conduzindo uma

    corrente posicionado dentro de um campo magntico. O condutor ento influenciado

    por uma fora (F) que movimento o condutor para fora do campo magntico.

  • 11

    Figura 1 - Princpio da Induo Eletromagntica.

    No princpio do motor, o campo magntico e o condutor com uma corrente

    circulando geram o movimento. O campo magntico gerado na parte estacionria (o

    estator) e os condutores, que so influenciados pelas foras eletromagnticas, esto na

    parte girante (o rotor).

    Motores de corrente alternada trifsicos podem ser divididos em dois (2) grupos

    principais: assncronos e sncronos.

    O estator funciona basicamente da mesma maneira nos dois tipos de motores,

    mas o projeto e o movimento do rotor em relao ao campo magntico so diferentes.

    Nos sncronos (que significa simultneo ou o mesmo) as velocidades do rotor e do

    campo magntico so as mesmas e no assncrono so diferentes.

    1.1 Motores Assncronos

    Motores assncronos so os mais utilizados e praticamente no requerem

    manuteno. Em termos mecnicos eles so virtualmente unidades padro, de

    forma que fornecedores esto sempre disponveis. Existem vrios tipos de motor

    assncrono, mas todos eles seguem o mesmo princpio bsico.

  • 12

    Figura 2 Principais partes do motor

    1.1.1 Estator

    O estator a parte fixa do motor. Na carcaa do motor existe um ncleo de ferro

    formado por folhas finas de ferro (0,3 a 0,5mm). Essas folhas de ferro possuem ranhuras

    para o enrolamento trifsico.

    Os enrolamentos de fase e o ncleo do estator geram o campo magntico. O

    nmero de par de plos (ou plos) determina a velocidade que o campo magntico ir

    girar. Se o motor est ligado na sua freqncia nominal, a velocidade do campo

    magntico chamada de velocidade sncrona do motor (n0).

  • 13

    1.1.2 O Campo Magntico

    O campo magntico gira no entreferro entre o estator e o rotor. Aps a conexo

    de um enrolamento a uma fase de alimentao, um campo magntico induzido.

    Figura 3 Uma (1) fase no estator

    O sentido do campo magntico no estator fixo, mas a direo muda. A

    velocidade dessa mudana determinada pela freqncia de alimentao. Numa

    freqncia de 60Hz (padro brasileiro) o campo alternaria de direo 60 vezes por

    segundo.

    Se dois enrolamentos so conectados ao mesmo tempo, cada um em uma fase de

    alimentao, dois campos magnticos seriam induzidos no ncleo do estator. Em um

    motor de dois plos, existe um deslocamento de 120 entre os dois campos. O valor

    mximo dos campos tambm est deslocado no tempo.

    Isso resulta na criao de um campo magntico girante no estator. Entretanto, o

    campo altamente assimtrico at que a terceira fase conectada.

    As trs fases geram trs campos magnticos no estator que esto deslocados 120

    entre si.

    Figura 4 Trs (3) fases resulta num campo magntico girante e simtrico.

  • 14

    O estator est, agora, conectado a uma fonte de tenso trifsica e os campos

    magnticos de cada enrolamento constroem um campo magntico simtrico, girante

    chamado de campo girante do motor. A amplitude do campo girante constante e igual

    a 1,5 vezes o valor mximo dos campos alternados. A velocidade de rotao :

    A velocidade ento depende do nmero de par de plos (p) e da freqncia (f) da

    fonte de alimentao.

    Figura 5 - Campo resultante em trs momentos diferentes

    A visualizao do campo magntico como um vetor e sua correspondente

    velocidade angular forma um crculo. Como uma funo do tempo num sistema de

    coordenadas, o campo girante forma uma curva senoidal. O campo girante se torna

    elptico se a amplitude variar durante a rotao.

    1.1.3 Rotor

    Assim como o estator o rotor feito de folhas de ferro com abertura entre elas.

    Existem dois tipos principais de rotor: o rotor bobinado e o rotor curto-circuitado.

    Rotores bobinados, assim como os estatores, possuem trs enrolamentos, um

    para cada fase, que so conectados atravs de um anel coletor. Aps o curto-circuito do

    anel coletor, o rotor ir funcionar como um rotor curto-circuitado.

  • 15

    Rotores curto-circuitados possuem barras de alumnio que passam atravs das

    ranhuras. Um anel de alumnio colocado em cada extremidade do rotor para curto-

    circuitar as barras.

    O rotor curto-circuitado o mais usado dos dois. Visto que os dois rotores

    trabalham basicamente da mesma forma, apenas o rotor curto-circuitado ser estudado.

    Figura 6 - Campo girante e o rotor curto-circuitado

    Quando uma barra do rotor colocada num campo girante, um plo magntico

    passa atravs da barra. O campo magntico do plo induz uma corrente (Iw) no rotor

    que afetada apenas pela fora (F).

    A fora determinada pela densidade de fluxo (B), a corrente induzida (Iw), o

    tamanho do rotor (l) e o ngulo () entre a fora e a densidade de fluxo.

    F B Iw l sen Se assumirmos que () vale 90:

    F B Iw l

    O prximo plo que ir passar pelo rotor tem a polaridade invertida. Isso induz

    uma corrente na direo contrria. Visto que a direo do campo magntico tambm

    mudou, a fora age na mesma direo que antes.

    Quando todo o rotor colocado no campo girante. A velocidade do rotao ir

    atingir a velocidade do campo girante, posto que na mesma velocidade, nenhuma

    corrente seria induzida no rotor.

    Figura 7 - Indues nas barras do rotor

  • 16

    1.1.4 Escorregamento, torque e velocidade.

    Sobre circunstncia normais, a velocidade do rotor, nn, menor do que a

    velocidade do campo girante, n0. O escorregamento, S, a diferena entre a velocidade

    do campo girante e a velocidade do rotor.

    O escorregamento normalmente expresso como uma porcentagem da

    velocidade sncrona e normalmente est entre 4 e 11% da velocidade nominal.

    100%no n

    Sno

    A densidade de fluxo (B) definida como o fluxo () que atravessa a seo

    transversal (A). Da equao da fora uma nova expresso pode ser elaborada:

    Iw lF

    A

    ~F Iw

    Nas barras do rotor, uma tenso induzida via um campo magntico. Essa

    tenso faz com que uma corrente (Iw) circule atravs das barras curto-circuitadas. As

    foras de cada barra do rotor so combinadas para gerar um torque, T, no eixo do motor.

    Figura 8 - Torque no motor: fora vezes o brao de alavanca

    A relao entre o torque do motor e a sua velocidade tem uma caracterstica que

    varia com a construo do rotor. O torque do motor resulta numa fora que faz girar o

    seu eixo.

  • 17

    A fora aparece, por exemplo, no caso de um volante montado no eixo. Com a

    fora (F) e o raio (r) do volante, o torque do motor pode ser calculado:

    F r

    O trabalho feito pelo motor pode ser expresso como: W F d onde d a

    distncia que o motor percorre para uma dada carga, n o nmero de revolues:

    2d n r .

    O trabalho tambm pode ser expresso pela potncia multiplicada pelo tempo

    pelo qual essa potncia solicitada: W P t .

    O Toque ento:

    2

    P t rWT F r r

    d n r

    T 9550

    60P

    t sn

    Essa frmula mostra a relao entre a velocidade, n, o T [Nm] e a potncia do

    motor P [kW].

    A frmula d uma viso rpida quando observamos n, T e P em relao aos

    valores correspondentes num ponto de operao (nr, Tr, Pr).

    Existem alguns pontos importantes na regio de trabalho do motor: Cp o

    torque de partida aparece quando aplicado aos terminais do motor tenso e

    freqncia nominal quando o motor ainda est estacionrio.

    Cmx o torque mximo o maior torque que o motor capaz de fornecer enquanto a

    tenso e a freqncia nominal so aplicadas.

    Cn o torque nominal. Os valores nominais indicam o ponto de operao timo do

    motor para uma conexo direta rede de alimentao. Eles podem ser lidos na placa do

    motor e so tambm conhecidos como dados de placa do motor.

    1.1.5 Eficincia e Perdas

    O motor toma potncia eltrica da rede. Numa carga constante, a entrada de

    potncia maior que a potncia mecnica de sada que o motor pode fornecer devido as

    perdas ou ineficincia do motor. A relao entre a potncia de sada e a potncia de

    entrada dada por (rendimento).

  • 18

    Psada

    Pentrada

    A eficincia tpica de um motor de induo est entre 0,7 e 0,9, dependendo do

    tamanho do motor e do nmero de plos.

    Figura 9 - Perdas num motor de induo.

    Existem quatro principais causas de perdas no motor de induo:

    1. perdas no enrolamento estatrico (perdas no cobre);

    2. perdas magnticas no ncleo (perdas no ferro);

    3. perdas por atrito

    4. perdas na ventilao;

    As perdas no cobre ocorrem devido resistncia hmica dos enrolamentos do

    estator e do rotor.

    As perdas no ferro so devidas s perdas por histerese e por correntes de

    Foucault.

    Perdas por atrito so devidas aos rolamentos.

    Perdas na ventilao so devidas resistncia do ar no ventilador do motor.

    1.1.6 Campo Magntico

    Os motores eltricos tem sido desenvolvidos para tenso e freqncia de

    alimentao fixas e a magnetizao do motor depende da relao entre a tenso e a

    freqncia.

    Se a relao tenso/freqncia aumenta, o motor sobre magnetizado, se a

    relao diminui, o motor sub magnetizado. O campo magntico de um motor sub

    magnetizado enfraquecido e o torque que o motor capaz de fornecer reduzido,

    possivelmente levando a uma situao que o motor no consegue partir ou permanece

    estacionrio. Ou ento, o tempo de partida estendido, levando a uma sobrecarga no

    motor.

  • 19

    Um motor sobre magnetizado sobrecarregado durante a operao. A potncia

    dessa magnetizao extra convertida em calor no motor e pode danificar a sua

    isolao. Entretanto, motores CA e - em particular os assncronos so muito robustos

    e o problema de magnetizao s ir danificar o motor se ela ocorrer em operao

    contnua.

    O jeito que o motor trabalha indica quando as condies de magnetizao

    esto ruins sinais a serem considerados so a diminuio de velocidade na variao de

    carga, instabilidade, vibrao do motor, etc...

    Basicamente, motores assncronos consistem em seis bobinas: trs no estator e

    trs no rotor curto-circuitado (que magneticamente se comportam se consistissem em

    trs bobinas). Atravs do estudo do conjunto de bobinas possvel a construo de um

    diagrama eltrico, que retrata como o motor trabalha.

    Figura 10 - Layout das bobinas do estator e do rotor.

    Figura 11 - Circuito eltrico equivalente do motor aplicado fase 1.

  • 20

    A corrente da bobina do estator no limitada apenas pela resistncia hmica da

    bobina. Quando esta ligada a uma fonte CA uma outra resistncia aparece. Esta

    resistncia denominada reatncia ( 2XL f ) e medida em ohms ().

    F a freqncia e 2 f a freqncia angular medida em 1

    s.

    L a indutncia da bobina e medida em Henry (H).

    A corrente efetiva ento limitada com dependncia da freqncia.

    As bobinas se influenciam mutuamente atravs do campo magntico (B). A

    bobina do rotor gera uma corrente na bobina do estator e vice versa. Essa influencia

    mtua indica que os dois circuitos eltricos podem ser conectados atravs de uma

    ligao comum formada por RFe e Xh a contra resistncia e a contra reatncia. A

    corrente que o motor drena para magnetizao do estator e do rotor fluem atravs deles.

    A queda de tenso no ramo comum chamada de tenso induzida.

    1.1.7 Condies de operao do motor

    Se o motor trabalha na sua faixa de operao normal, a freqncia do rotor

    menor que a freqncia do campo girante e X2 reduzido por um fator s (slip ou

    escorregamento).

    No circuito equivalente, o efeito descrito atravs da mudana da resistncia

    rotrica R2 por um fator 1

    s.

    2R

    s pode ser escrito como

    12 2

    sR R

    s

    onde

    12

    sR

    s

    a carga mecnica sobre o

    motor.

    Os valores R2 e X2 representam o rotor. R2 a causa das perdas por temperatura do

    motor quando o rotor esta sob regime.

    Figura 12 - Circuito eltrico equivalente do motor.

  • 21

    O escorregamento, s, tende a zero quando o motor est a vazio. Isso significa que

    12

    sR

    s

    aumenta. Idealmente, essa a situao em virtualmente nenhuma corrente

    iria passar pelo que a resistncia (representado a carga mecnica) removida do circuito

    eltrico equivalente.

    Quando colocamos carga no motor, o escorregamento aumenta, reduzindo 1

    2s

    Rs

    . A

    corrente, I2, no rotor tambm aumenta quando a carga aumentada.

    Figura 13 - Diagramas equivalentes do motor a vazio e do motor com rotor bloqueado.

    O circuito equivalente pode ento ser usado para descrever as condies de

    trabalho de um motor eltrico.

    Existe o perigo de erroneamente tomarmos a tenso de magnetizao (Uq) como

    sendo a tenso dos terminais (U1). Isso acontece porque o diagrama eltrico equivalente

    simplificado para nos dar uma melhor noo das diferentes condies de trabalho do

    motor. Entretanto, devemos lembrar que a tenso induzida tem seu valor prximo ao da

    tenso terminal apenas quando o motor est a vazio.

    Se a carga aumenta, I2 e I1, tambm aumentam e a queda de tenso deve ento

    ser levada em considerao. Isso importante, particularmente, quando o motor

    controlado por um conversor de freqncia.

  • 22

    1.1.8 Mudanas de velocidade

    A velocidade, n, do motor dependente da velocidade do campo girante e pode

    ser expressa como:

    no ns

    no

    na qual

    1 s fn

    p

    .

    A velocidade do motor pode ento ser alterada atravs da mudana:

    do nmero de par de plos (por exemplo motores de dois enrolamentos);

    do escorregamento do motor (por exemplo motor com rotor bobinado);

    da freqncia, f, da alimentao do motor.

    1.1.9 Regulao por freqncia

    Com uma fonte de alimentao com freqncia varivel possvel controlar a

    velocidade do motor sem maiores perdas. A velocidade de giro do campo magntico

    muda com a freqncia.

    A velocidade do rotor muda de velocidade proporcionalmente ao campo girante.

    Para manter o torque do motor a tenso deve tambm variar com a freqncia.

    Para uma carga dada a seguinte frmula se aplica:

    3 cos 9550955060

    U IP UT k I

    n ff

    p

    ~U

    T If

    Para uma relao constante entre a freqncia e a tenso de alimentao do

    motor, a magnetizao na faixa de operao do motor tambm constante.

  • 23

    Figura 14 - Caracterstica de torque para um controle tenso / freqncia.

    Em dois casos, porm, a magnetizao no ideal: na partida e em freqncias

    muito baixas, onde uma magnetizao extra necessria, e quando operando com

    variao de carga, onde a variao da magnetizao juntamente com a variao da carga

    necessria.

    Figura 15 - Circuito equivalente do motor

    1.1.10 Magnetizao adicional na partida.

    importante observar a queda de tenso Us em relao a tenso induzida Uq.

    Tenso nos terminais: U1 =Us+U q= UR1+UX1+U q

    Reatncia do estator: 1 2X f L

    O motor foi projetado para seus valores nominais. Por exemplo a tenso de

    magnetizao pode ser 350V quando a tenso de alimentao de 380V e a freqncia

    de 60Hz. Este seria o melhor ponto de magnetizao.

    A relao tenso freqncia vale: 380

    6,333...60

  • 24

    Se a freqncia reduzida para 2,5Hz, a tenso nos terminais ser 15,8V. Por

    causa da freqncia baixa o valor da reatncia, X1 e conseqentemente Xh -, tambm

    menor, e no tem nenhuma influncia na queda de tenso total no estator. A queda de

    tenso ser determinada apenas por R1, que corresponde aproximadamente ao valor de

    15,8V.

    A tenso nos terminais agora corresponde a queda de tenso atravs da

    resistncia do estator, R1. No existe tenso para magnetizao do motor e o motor no

    tem condies de fornecer torque em freqncias baixas se a relao tenso freqncia

    se manter constante em toda faixa. Conseqentemente, importante compensar a queda

    de tenso durante a partida e operando com freqncias baixas.

    1.1.11 Magnetizao devido a variao da carga.

    Aps a adaptao do motor para funcionamento com freqncias baixas e

    durante a partida, ocorrer uma sobre magnetizao se o motor girar com pequenas

    cargas. Nessa situao a corrente I1 ir diminuir e a tenso induzida ir aumentar. O

    motor ir drenar uma corrente de magnetizao maior e ficar desnecessariamente

    quente. A magnetizao, ento, depende da tenso aplicada ao motor, mudando

    automaticamente em resposta as cargas do motor. Para uma magnetizao tima, a

    freqncia e a variao de carga devem ser levadas em conta.

    2 Bomba centrfuga.

    A teoria sobre bomba centrfuga extremamente importante, pois neste

    tipo de bomba existe um acoplamento entre a bomba e o motor, que neste caso o

    motor de induo trifsico, assim para se fazer um estudo eficaz da energia eltrica

    neste sistema no pode-se limitar somente ao estudo do motor, visto que tanto o motor

    como a bomba influencia no consumo de energia, pois em ambos ocorrem perdas, ou

    seja, tanto a bomba como o motor possui um rendimento.

  • 25

    2.1 Conceito:

    Bomba um equipamento que transfere energia de uma determinada

    fonte para um lquido, em conseqncia do que este lquido pode deslocar de um ponto

    para outro ou realizar um trabalho.

    Bomba centrfuga aquela que desenvolve a transformao de energia

    atravs do emprego de forcas centrifugas.

    2.2 Constituio:

    A bomba centrfuga constituda de duas partes principais:

    - Rotor solidrio a um eixo; a parte mvel denominada conjunto girante.

    - Carcaa; a parte estacionria que envolve o rotor, complementada pela caixa de

    gaxetas. Possui duas aberturas para entrada e sada do liquido, chamadas de conexes de

    suco e recalque.

    Figura 16 Viso da bomba centrfuga

    - Rotor e eixo; rotor constitudo de um conjunto de palhetas e gira dentro de uma

    carcaa em contacto com o liquido, impulsionado pelo eixo. O eixo porm podes ser

    conectado a fonte de energia de diversas maneiras, o caso mais comum em bombas

  • 26

    mdias que ele seja acionado por um motor eltrico horizontal atravs de um

    acoplamento flexvel e seja apoiado em mancais fixados em um suporte rgido.

    Figura 17 Partes constituintes da bomba centrfuga

    - Caixa de gaxeta: notamos que o eixo entra na carcaa at o ponto onde lhe fixado o

    rotor. O local de entrada na carcaa constitui objeto de estudo cuidadoso, pois tem que

    ter boa vedao para evitar extravasamento do liquido e, no pode haver grande atrito

    entre as partes em contato para no haver runa das peas. Para atender a esses

    requisitos que foi introduzida a caixa de gaxetas.

    Figura 18

  • 27

    Figura 19

  • 28

    2.3 Noes bsicas sobre o funcionamento.

    2.3.1 Arraste de liquido:

    Devido rotao do rotor, comunicada por uma fonte externa de energia,

    o lquido que se encontra entre as palhetas no interior do rotor arrastado do centro para

    a periferia pelo efeito da fora centrifuga. O lquido impulsionado sai do rotor pela

    periferia em alta velocidade, e lanado na carcaa que contorna o rotor. Na carcaa,

    grande parte da energia cintica do liquido, transformada em energia de presso

    durante a sua trajetria para a boca de recalque.

    Faz-se necessria essa transformao de energia porque as velocidades

    dos lquidos, na sada do rotor, seriam prejudicial s tubulaes de recalque e tambm

    porque a energia de velocidade pode ser facilmente dissipada por choques nas conexes

    e peas da tubulao.

    2.3.2 Conceito dos principais fatores de operao:

    Como foi observado, as bombas centrfugas, na sua aplicao mais

    comum, deslocam continuamente uma massa liquida de um ponto mais baixo para outro

    mais elevado, transferindo-lhe energia atravs do movimento de rotao do rotor.

    Desta observao tiramos os trs principais fatores que caracterizam o

    funcionamento de uma determinada bomba;

    Vazo; unidade de volume lquido bombeado por unidade de tempo.

    Altura manomtrica total; desnvel esttico vencido, incluindo-se as perdas de carga na

    tubulao.

    Rotao; velocidade de rotao do rotor.

    2.3.3 Comentrios sobre algumas caractersticas operacionais:

    A bomba centrifuga pelo principio de sua concepo, somente comunica

    ao liquido presso suficiente para vencer as resistncias que se lhe antepem. Isto desde

    que a altura a ser vencida adicionadas as perdas de carga do sistema, estejam dentro de

  • 29

    sua faixa de trabalho (no supere sua mxima altura que seu rotor possa vencer) e de

    que o motor de acionamento tenha potncia adequada. Explicando melhor: suponhamos

    que uma bomba centrfuga com rotor de altura manomtrica adequada esteja

    bombeando gua de um ponto A, at um ponto B, situado 20 metros acima. Se com o

    auxlio de um manmetro tomarmos a presso no ponto B, verificaremos que o mesmo

    acusa o valor de zero, isto , a gua descarregada em seu destino com presso absoluta

    igual a presso atmosfrica, tendo a bomba transferido ao liquido a presso estritamente

    necessria para elevar-se de 20 metros e vencer as perdas de carga na tubulao. Notem

    bem, a velocidade de sada do liquido no nula. Se medirmos a presso imediatamente

    aps a sada da bomba teremos um valor um pouco superior a 20 metros de coluna de

    gua, que corresponde a altura esttica a ser vencida mais as perdas de carga.

    Agora, utilizando-se a mesma instalao, se vedarmos hermeticamente a

    sada no ponto B e abrirmos, na mesma tubulao, um orifcio no ponto C, a 18 metros

    acima de A, e com a bomba em funcionamento medirmos a presso em C, este voltara a

    indicar zero, da mesma forma que aconteceu em B. embora o ponto C seja dois metros

    mais baixo que B, a bomba neste segundo caso tambm forneceu ao liquido a presso

    estritamente necessria para atingi-lo. Neste segundo caso, se medirmos a presso logo

    aps a sada da bomba, obteremos um valor pouco superior a 18m de coluna de gua. Se

    medirmos a velocidade do liquido na tubulao nestas duas experincias, verificaremos

    que houve variao de um caso para o outro. Na segunda experincia a velocidade

    maior.

    Sendo a tubulao imutvel, da variao de velocidade do fluxo resulta

    variao de vazo, de onde conclumos: para o mesmo rotor, a rotao constante, a

    variao da altura manomtrica total a ser vencida acarreta variao da vazo recalcada.

    Evidentemente, a variao do peso especfico acarreta variao da

    presso e da potncia consumida, para que o motor deve estar convenientemente

    dimensionado. Para uma bomba especfica com um motor a velocidade constante,

    mantendo-se a vazo constante, a altura manomtrica total constante, independendo

    do peso especifico dos lquidos que estejam sendo bombeados.

    As bombas centrfugas, normalmente so projetadas para uma pequena e

    bem definida faixa de vazes e alturas manomtricas, onde o seu rendimento mximo.

    A sua utilizao, porm, ultrapassa aqueles limites, ou para vazes maiores com alturas

    manomtricas menores tendo assim maior potncia consumida, ou para vazes menores

    com alturas manomtricas maiores tendo assim menor potncia consumida.

  • 30

    2.4 Estgio de desenvolvimento e vantagens das bombas centrfugas.

    Atualmente, as bombas centrfugas so universalmente aceitas e

    respondem por grande parcela das instalaes de bombeamento em todo mundo.

    Acham-se bastante aperfeioadas e podemos encontrar unidades cuja vazo varia de

    poucos litros por segundo, at as bombas gigantescas que recalcam 2290 m3 por

    minuto, contra uma altura manomtrica de 94,55 m, e empregam motores de 65000 HP.

    Com o advento de melhores tcnicas, pode-se produzir bombas de

    maiores velocidades, que, em conseqncia, podem ser menores e mais econmicas.

    Temos bombas hoje de at 10000 RPM.

    O desenvolvimento da bomba centrfuga deve-se, em parte, ao

    desenvolvimento dos motores eltricos, que se lhes constituem adequada e excelente

    fonte de energia, e em parte, ao cada vez mais crescente interesse do mercado devido as

    suas inmeras vantagens sobre outras bombas:

    Maior flexibilidade de operao; uma nica bomba pode abranger aprecivel faixa de

    trabalho.

    Presso mxima; no existe perigo de se ultrapassar em uma instalao qualquer, a

    presso mxima da bomba que estiver operando.

    Presso uniforme; se no houver variaes na instalao a presso se mantm

    aproximadamente constante.

    Baixo custo; so bombas de aprecivel rendimento e tambm de construo

    relativamente simples.

    2.5 Tipos principais de bombas centrfugas.

    Classificao das bombas.

    Segundo o ngulo que a direo do lquido ao sair do rotor forma com a

    direo do eixo, as bombas se classificam em:

    a) fluxo radial; centrfuga propriamente dita.

    b) Fluxo axial; propulsora.

    c) Fluxo misto; centrfugo-propulsora.

  • 31

    As bombas de fluxo radial apresentam as seguintes subdivises principais:

    a) de acordo com o modo que a gua entra no rotor.

    __suco simples

    __suco dupla

    b) de acordo com o tipo de suco:

    __auto escorvante

    __no auto escorvante so as normais

    c) de acordo com o numero de rotores:

    __um estgio (um rotor)

    __mltiplos estgios (dois ou mais rotores)

    d) de acordo com o tipo de montagem do conjunto:

    __verticais no submersas, bomba submersa e motor no submerso, bomba e

    motor submersos.

    __horizontais so as mais comuns.

    e) de acordo com o projeto do rotor:

    __rotor fechado

    __rotor aberto

    __rotor semi-aberto

    f) de acordo com a construo da carcaa:

    __carcaa bipartida horizontalmente

    __carcaa bipartida axialmente

    Comentrios:

    Bombas de suco simples; so as mais comumente encontradas. Quase a totalidade das

    bombas pequenas de suco simples, o lquido entra no rotor atravs de uma s face.

  • 32

    Em bombas maiores, de grande capacidade, costuma-se projetar suco dupla, de forma

    que o liquido entra no rotor em dois fluxos, atravs das duas faces.

    Bombas auto-escorvantes; so aquelas que dispem de um deposito acima do rotor de

    forma que o fluxo vindo pela tubulao de suco passa pelo depsito antes de atingir

    ao rotor. A vantagem deste sistema que quando a bomba para de funcionar o depsito

    permanece cheio e, ao retornar ao funcionamento, o rotor succiona o lquido do deposito

    provocando uma depresso com conseqente aspirao de lquido pelo tubo de suco.

    Bombas mais comuns; dispem de um nico rotor, porm, em aplicaes em que se

    deseja elevada altura manomtrica utilizam-se bombas de 2 ou vrios estgios. A vazo

    de lquido passa de um rotor para outro, recebendo em cada um adio de energia que se

    transforma em aumento de presso, podendo, por conseguinte, vencer alturas maiores.

    Bombas de carcaa bipartida horizontalmente; oferece aprecivel vantagem em rapidez

    e facilidade de manuteno. A parte superior da carcaa pode ser rapidamente removida

    sem necessidade de mexer-se nas tubulaes ou no motor, e a bomba ficando

    completamente aberta.

    2.6 Instalao, operao e manuteno de bombas centrifugas.

    No basta que um conjunto motor bomba tenha sido bem especificado e

    bem fabricado. necessrio tambm que seja devidamente instalado, operado e sofra

    uma manuteno conveniente.

    Instalao:

    Quando efetuamos a compra de uma bomba, solicitamos do fabricante,

    alem de outros elementos:

    a) desenho de conjunto.

    b) Manual de instruo de instalao, operao e manuteno.

    Desenho de conjunto; traz as dimenses externas do conjunto bomba-motor. Esse

    desenho que normalmente submetido pelo fabricante para a aprovao de quem

    compra, serve para que execute o projeto de montagem. Esse projeto de montagem traz

  • 33

    o detalhamento das tubulaes, locao da bomba, projeto de sua fundao, isomtricos,

    lista de materiais, ligaes eltricas, etc.

    Material fornecido; o manual fornecido pelo fabricante normalmente traz instrues

    completas para se instalar operar e manter a bomba. Essas instrues devem ser

    rigorosamente seguidas, pois so baseadas em muitos anos de experincia, de muitos

    equipamentos e instalaes semelhantes. obrigatrio para garantir um bom

    funcionamento da bomba e definir-se responsabilidades, que a partida inicial seja feita

    pelo prprio fabricante. Em casos de ocorrer problemas durante o perodo de garantia

    este no poder ser atribudo a erros de montagem.

    Locao do equipamento; as bombas devem ser instaladas tendo em vista:

    a) acesso para inspeo durante o funcionamento.

    b) Simplificao do traado de tubulaes de suco e descarga.

    c) De preferncia, prxima a fonte de suprimento.

    d) Em caso de bombas de grande porte, prever um pr direito suficientemente alto

    para se poder usar sistemas de levantamento e transporte.

    Tubulao de suco; para que uma bomba tenha um bom funcionamento, a montagem

    correta dessa tubulao ter que seguir importantes observaes:

    a) dever ser absolutamente estanque, de modo a evitar a entrada e formao de

    bombas de ar.

    b) A reduo entre a bomba e a tubulao dever ser excntrica, para se evitar a

    formao de bolhas de ar.

    c) A vlvula de gaveta devera estar na posio horizontal, para evitar a formao

    de bolhas de ar.

    d) Para impedir que corpos estranhos danifiquem a bomba, um crivo dever ser

    instalado na rea de passagem, tendo de 3 a 4 vezes a rea da tubulao de

    suco.

    Tubulao de recalque; colocar na sada da bomba:

    a) vlvula de reteno.

    b) Uma vlvula de gaveta.

    A vlvula de reteno protege a bomba contra presso excessiva, efeito de golpe

    de arete, quando a bomba para: elimina ainda a possibilidade da mesma girar em

    sentido contrrio.

  • 34

    A vlvula de gaveta serve para se executar manuteno, para a regulagem da

    vazo.

    2.6.1 Problemas de operao.

    Operar a bomba com vazo reduzida:

    O fornecedor dever sempre indicar qual a vazo mnima

    recomendvel. Quando se opera abaixo desta vazo os principais problemas so;

    a) problemas nos enrolamentos e na gaxetas.

    b) Aumento da temperatura do liquido bombeado.

    c) Retorno.

    Operar a bomba com vazo excessiva;

    a) danos no motor.

    b) Perigo de cavitao.

    Outros problemas;

    a) entrada de ar na bomba.

    b) Sentido de rotao incorreto.

    c) Matria estranha na bomba.

    2.6.2 Manuteno.

    Se uma bomba foi bem comprada bem instalada e se bem operada, a

    manuteno da mesma se torna mais fcil. Entretanto, sendo um equipamento rotativo,

    dinmico, sofre desgastes inevitveis. Alm disso est sujeita a intempries, eventuais

    corroses, e falhas no sistema, etc. assim sendo este tipo de maquinas tem que estar

    sujeitas a manuteno realmente eficiente.

    Temos uma determinada rotina de manuteno para as bombas

    centrfugas:

    a) observao diria.

    b) Observao mensal / semestral / anual.

    c) Registro de observaes.

  • 35

    3 METODOLOGIA

    Os ensaios realizados para a composio deste relatrio, foram realizados no

    Laboratrio de Eficincia Energtica, no Departamento de Engenharia Eltrica da

    Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiab, no mdulo da bomba centrfuga.

    Este mdulo apresenta dois (2) motores de induo de 1,5CV cada (onde um dos

    motores convencional (MIC) e o outro de alto rendimento (MIAR)), uma bomba

    centrfuga de 2CV, 3 (trs) maneiras distintas de partida (partida direta, conversor de

    freqncia, soft - starter).

    O mecanismo responsvel pela simulao de carga no sistema uma vlvula

    pneumtica tipo borboleta. Os estudos verificados anteriormente constataram que com

    uma abertura de 32% da vlvula, o motor trabalharia com seus valores nominais, isso

    pelo fato que o motor experimentou tenso e corrente nominais, isso implica em dizer

    que o motor trabalhou com conjugado nominal.

    Os ensaios com variao de carga foram realizados variando a abertura da

    vlvula de 5 em 5% at alcanar a sua abertura total. Isto foi feito para partida direta,

    soft-starter, e na partida pelo conversor de freqncia.

    Outro modo de ensaio com variao de carga foi atravs do conversor, onde

    variou-se a freqncia aumentando assim a vazo do sistema, neste caso a vlvula foi

    mantida aberta.

    3.1 Variao da carga atravs da vlvula:

    Foram feitas trs 3 medies para cada tipo de partida, e para cada tipo de motor,

    ou seja foram feitas no total 18 medies, onde foi coletado corrente RMS, DPF, PF,

    potncia aparente, potncia ativa, potncia reativa e tenso RMS, e a partir desses dados

    foram realizados grficos para buscar uma melhor visualizao da probelmtica.

    Grficos:

    Os seguintes grfico foram elaborados para estudo a partir dos dados

    coletados.

  • 36

    MIC (motor de induo convencional) - variao de carga atravs da

    vlvula:

    Partida direta: Potncia aparente X abertura de vlvula, Potncia ativa X

    abertura de vlvula, Potencia reativa X abertura de vlvula, e posteriormente as trs (3)

    potncia forma colocadas em apenas um grfico, Potncias X Abertura de vlvula.

    Fator de Potncia X abertura de vlvula, Potncia ativa X vazo, Potncia

    aparente X vazo, Potncia ativa X vazo, e posteriormente as trs potncias foram

    colocadas em um s grfico, Potncias X vazo.

    Partida Soft-Starter: Os mesmos procedimentos que foram realizados para

    partida direta, foi aplicado a partida soft-starter.

    Partida conversor de freqncia: Os mesmos procedimentos anteriores foram

    aplicados a este modo de partida.

    OBS: este procedimento que foi utilizado para o motor de induo convencional

    foi aplicado ao motor de induo de alto rendimento.

    Comparaes:

    Desta forma pode-se fazer uma comparao entre os trs (3) modos de

    partida, fazendo grficos para facilitar essa comparao.

    Potncias X abertura de vlvula: em um mesmo grfico foi colocado a potncia

    ativa gasta pela partida direta, pelo soft-starter e pelo conversor podendo ento fazer

    uma comparao entre estes trs modos de partida em relao a abertura de vlvula.

    Potncias X Vazo : em um mesmo grfico foi colocado a potncia ativa gasta

    pela partida direta, soft-starter e pelo conversor, podendo fazer uma comparao entre

    os trs modos de partida em relao a vazo do sistema.

    OBS: os procedimentos realizados acima tambm foram aplicados ao MIAR

    motor de induo de alto rendimento.

  • 37

    MIC (motor de induo convencional) - variao de carga atravs a atravs

    do conversor:

    MIC:

    Grficos: Potencia ativa X vazo, Potncias ( ativa, reativa e aparente) X

    vazo.

    OBS: este mesmo procedimento foi realizado no MIAR(motor de induo de

    alto rendimento).

    Grfico que permitiu a comparao entre variao da carga atravs

    da vlvula e variao da carga atravs do conversor de freqncia:

    Fez-se um grfico onde mostrava a potencia gasta pelos dois modos de controle

    de carga versus a vazo.

    Procedimentos das medies:

    Metodologia:

    Objetivo: foi acionada uma bomba centrfuga com dois tipos de partida, uma atravs do

    inversor de freqncia e uma com partida direta (soft-starter), a vazo desta bomba a

    principio ser controlada de duas forma, uma das formas ser do modo convencional,

    com a abertura e fechamento da vlvula diretamente atravs do software (elipse) onde

    se trabalhar com uma freqncia fixa de 60Hz atravs da partida direta e soft-starter, a

    outra maneira do controle de vazo ser com o inversor de freqncia , a medida que for

    variando a freqncia a vazo aumenta ou diminui.

    Partida direta:

    1. Foi ligado o motor do tipo induo (MIC) com parttida direta (soft-starter) , com

    a valvula totalmente fechada.

    2. A vlvula sera aberta atravs do software (elipse) , para ter uma variao da

    vazo.

    3. Desta forma os dados foram coletados at atingir a abertura de 100% da valvula,

    a abertura foi realizada de 5 em 5%.

  • 38

    4. Com os dados coletados , pode-se fazer tabelas e graficos para uma melhor

    visualizao da pesquisa.

    5. estas mesmas etapas foram feitas com o motor de alto rendimento (MIAR).

    6. Isso tambm foi realizado para a partida soft-starter e para a partida atravs do

    conversor.

    Variao de carga atravs do conversor de frequencia:

    1. o motor MIC foi ligado com o inversor de frequencia.

    2. a vlvula ficou 100% aberta.

    3. a variao da vazo foi feita com a variao da frequncia

    (5,10,15,20,25,30,35,40,45,50,55,60Hz).

    4. isto foi feito tambm com o motor de Alto rendimento (MIAR).

    Estas medies foram repetidas 3 vezes para uma melhor exatido.

    Instrumentos utilizados para coletar os dados:

    Analisador de energia FLUKE. Com o FLUKE pode-se coletar dados com contedo

    harmnico.

    Os dados coletados pelo fluke foram: O analisador de energia fluke foi ligado no modo

    fora energia, neste modo os dados coletados so: potncia ativa, aparente, reativa,

    corrente RMS e tenso RMS.

    Software elipse scada: atravs deste software pode coletar os dados que no so

    coletados pelo fluke, como vazo.

    Partida soft-starter:

    Os medidores utilizados para coletar os dados foi o medidor da bancada (elipse

    scada), e o fluke, onde pode ser feito uma comparao entre os dois medidores.

  • 39

    4 APRESENTAO FSICA DA BANCADA DA BOMBA

    CENTRFUGA

    Figura 20 Diagrama unifilar da bancada de bomba centrfuga

  • 40

    Figura 21 Foto da Parte Externa da Bancada da Bomba Centrfuga

    A figura mostra a apresentao externa do painel da bancada da bomba

    centrfuga. Atravs da parte externa temos acesso a variadas informaes como:

    velocidade do motor, temperatura do motor, torque do motor, vazo de gua e ao

    medidor de energia (IHM). O medidor de energia traz a energia ativa e reativa, fator de

    potncia, potncia reativa, potncia ativa, potncia aparente, corrente e tenso. Tambm

    temos luzes sinalizadoras para visualizar o sistema.

  • 41

    Fig22 Foto da Bomba Centrfuga

    A figura apresenta a bomba centrfuga utilizada no laboratrio. A bomba da

    marca MARK Grundfos possui dois (2) CV de potncia para uma rotao de 3500 rpm.

    As curvas caractersticas da bomba esto apresentadas nos grficos da figura 5.

    Figura 23 Foto da Vlvula Pneumtica

    A figura 6 apresenta a parte externa da vlvula pneumtica estilo borboleta. A

    vlvula responsvel pelo controle da vazo de gua.

    Figura 24 Foto do Medidor de Vazo (Tipo Controle Magntico)

    A foto da figura mostra o equipamento responsvel pela medio da vazo.

  • 42

    Figura 25 Foto do Sistema de Caixas de gua

    A foto da figura apresenta o sistema hidrulico utilizado no laboratrio, onde a

    gua armazenada na caixa inferior bombeada para a caixa superior, onde essa gua por

    efeito da gravidade retorna caixa dgua inferior.

  • 43

    Figura 26 Imagem do Programa

    A figura mostra a imagem do software utilizado para controlar o sistema da

    bancada da bomba centrfuga.

  • 44

    Figura 27 Diagrama de Funcionamento

    A figura apresenta o sistema de comunicao dos componentes presentes na

    bancada.

  • 45

    4.1 Foto da bancada da bomba centrfuga:

    Figura 28- Foto interna da bancada de bomba centrfuga

  • 46

    Figura 29 - Viso geral da rgua de borne da bancada da bomba centrfuga. A numerao de acordo com esta

    rgua da esquerda para direita.

    CST: contator responsvel pela partida atravs do soft-starter.

    CCF: contator responsvel pela partida atravs do conversor de freqncia.

    CPD: contator responsvel pela partida direta.

    CMIC: contator responsvel pela partida do motor de induo convencional.

    CMIAR: contator responsvel pela partida do motor de induo de alto rendimento.

    CC1, CC2, CC3, CC4: contatores responsveis pelos capacitores

    CST: contator responsvel pela partida atravs do soft-starter.

    CCF: contator responsvel pela partida

    A foto da figura mostra a parte interna do painel da bancada da bomba centrfuga.

    Essa bancada consiste em um disjuntor geral, o qual tem a funo de proteger os

    equipamentos presentes neste mdulo. Como essa bancada tem uma funo acadmica,

    existem trs maneiras de acionamento dos motores, partida direta, partida suave e

    utilizando conversor de freqncia. Tem-se tambm quatro capacitores de 0,5 KVAr

    cada um, com a finalidade de correo do fator de potncia.

    4.2 Nomeao dos bornes:

    Estas nomeaes da rgua de borne foram elaboradas com o objetivo de facilitar

    a manuteno da bancada, visto que, caso a rgua no tenha essas identificaes a sua

    compreenso fica de difcil entendimento devido a complexidade da mesma, pois esta

    alm de utilizar vrios tipos de acionamento, estes acionamentos so realizados atravs

    de CLP comandando assim os contatores responsveis pela partida dos motores e

    acionamento dos capacitores.

  • 47

    Figura 30 Parte esquerda da rgua de borne

    1: 24VCC (DM) 14: CC1 (A1)

    2: Alimentao 15: CC2 (A1)

    3: CC1 (14NO) 16: CC3 (A1)

    4: CC2 (14NO) 17: CC4 (A1)

    5: CC3 (14NO) 18: CPD (A1)

    6: CC4 (14NO) 19: CST (A1)

    7: CPD (14NO) 20: CCF (A1)

    8: CST (14NO) 21: CMIC (A1)

    9: CCF (14NO) 22: CMIAR (A1)

    10: CMIC (14NO) 23: Fase(R) Lmpada inversor de frequncia

    11: CMIAR (14NO) 24: Fase (S) Demais lmpadas

    12: DM (14NO) ou CAL (13NO) 25: Terra

    13: CAL (A1)

    Figura 31- Parte central da rgua de borne

    26: Fase(R) CCF ou CST (2T1) 45: Display: temperatura MIAR (12,13)

    27: idem ao (26) 46: Display: temperatura MIAR (12,13)

    28: Fase(T) CCF ou CST (4T2) 47: Display: vazo (V29-0VCC)

    29: idem ao (28) 48: Display: vazo (V27)

    30: Fase(S) CCF ou CST (6T3) 49: Display: vazo (V28)

    31: idem ao (30) 50: Display: vazo (V20)

    32: Fase(R) CPD (1L1) 51: Display: vazo (V27)

    33: idem ao 32 52: encoder

    34: Fase(T) CPD (3L2) 53: encoder

    35:idem ao 34 54: 0VCC

    36: Fase (T) CPD (5L3) 55: encoder

    37: idem ao 37 56: Display: temperatura MIAR (22)

    38: Display: torque do motor (11) 57: Display: temperatura MIAR (23)

    39: Display: torque do motor (21) 58: terra

    40: 59: (42) conversor de freqncia

    41: Display: temperatura MIC (11) 60: (55) conversor de freqncia

  • 48

    42: Display: temperatura MIC (12,13) 61: (60) conversor de freqncia

    43: Display: temperatura MIC (12,13) 62: (20) conversor de freqncia

    44: Display: temperatura MIAR (11)

    Figura 32 Parte direita da rgua de borne

    63:----------------------------------------------- 70:MIC

    64: ---------------------------------------------- 71:MIC

    65: ---------------------------------------------- 72:MIC

    66: ---------------------------------------------- 73:Alimentao bancada

    67:MIAR 74: Alimentao bancada

    68:MIAR 75: Alimentao bancada

    69:MIAR 76: Alimentao bancada

  • 49

    4.3 Diagrama de fora:

    Disjuntor geral

    CG

    CPD

    CMIC CMIAR

    CST CCF

    R

    S

    TPE

    R

    S

    T

    R

    S

    T

    R

    S

    T

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    MIC MIAR

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2 2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2 2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    Cc1 Cc2 Cc3

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T34T2

    1L1 5L3 3L2

    2T1 6T3 4T2Cc4

    Figura 33 Diagrama de fora da bancada de bomba centrfuga

  • 50

    O diagrama de fora foi elaborado para um melhor entendimento do sistema,

    pois atravs dele pode-se observar os contatores responsveis pelo acionamento da

    bancada, dos capacitores para correo do fator de potncia e dos motores de induo

    convencional e de alto rendimento, bem como os contatores responsveis pelo tipo de

    partida, partida direta, soft starter e partida atravs do conversor de freqncia.

    Atravs do diagrama tem-se uma melhor visualizao dos dispositivos de

    proteo como fusveis e disjuntores.

    4.4 Disjuntor:

    Os disjuntores so dispositivos de proteo capazes de proteger circuitos

    eltricos, tendo como funo bsica o desligamento automtico do circuito e como

    funo secundria permitir a operao manual atravs da alavanca (liga\desliga).

    Estabelece, conduz e interrompe correntes em condies normais de um circuito

    e em condies anormais como as correntes de curto-circuito, e sua operao

    repetitiva, sendo a sua caracterstica (tempo x corrente) na maioria das vezes podendo

    ser ajustada.

    4.4.1 Princpio de funcionamento:

    Disjuntor Standard:

    Sua capacidade de interrupo (velocidade de abertura dos contatos ) exercida

    exclusivamente pelas foras das molas de disparo.

    Tempo de corte bastante reduzido, em torno de 20ms.

    Disjuntor limitador:

    um disjuntor quem tem uma maior capacidade de interrupo com uma srie

    de modificaes construtivas para no aumentar tanto o seu tamanho, aproveita o fluxo

    magntico no processo de interrupo e extino. As peas que sofrem maiores

    alteraes so as peas de contato.

  • 51

    Disjuntor seletivo:

    Com este tipo de disjuntor pode-se regular o tempo de atuao dos disparadores

    eletromagnticos, intercalando-se um circuito R1C2, que retarda o sinal de

    desligamento.

    Disjuntor-motor MPW25 soluo compacta para proteo do circuito eltrico e

    partida/proteo de motores at 15cv, 380V/440V. Possui alta capacidade de

    interrupo, permitindo sua utilizao mesmo em instalaes com elevado nveis de

    curto-circuito. Protege o circuito eltrico e o motor atravs dos seus disparadores

    trmico (ajustvel para proteo contra sobrecargas e dotado de mecanismo diferencial

    som sensibilidade a faltas de fase) e magntico (calibrado em 12*In para proteo

    contra curto circuitos). A manopla de acionamento pode ser bloqueada com cadeado ou

    similar na posio desligado, garantindo segurana em manutenes.

    Deve-se fazer o ajuste do disjuntor, tanto para o rel trmico e rel magntico, onde

    para se fazer o ajuste do rela trmico deve-se calcular a corrente nominal e para o rel

    magntico deve-se analisar a corrente de partida para a maior carga e a corrente com o

    rotor bloqueado.

    4.5 Contator:

    Dispositivo de atuao eletromecnica destinado a interrupo de circuitos a

    plena carga e ocasionalmente valores de correntes de sobrecargas moderadas (at a

    corrente de rotor bloqueado). Normalmente a vida til do contator maior do que a do

    motor e da prpria mquina mecnica a ser acionada.

    Princpio de funcionamento:

    Baseia-se na fora do campo magntico, que tem origem quando a energizao,

    de uma bobina e na fora de restrio mecnica proveniente das molas.

    Caractersticas:

    Possui uma elevada durabilidade eltrica e mecnica;

    Elevado nmero de manobras horrias;

    Energizao a distncia;

    Garantia de contato imediato;

    Normalmente com dois tipos de contatores, o de fora e o auxiliar.

  • 52

    Os contatores de fora so utilizados nos acionamentos de cargas como motores,

    capacitores, resistores, sistema de iluminao etc.

    4.6 Fusveis:

    So dispositivos usados com o objetivo de limitar o efeito de uma perturbao

    (curto circuito), proporcionando a sua interrupo.

    As normas dos fusveis definem para diversos tipos, diversas faixas de corrente

    nominais, os seguintes parmetros:

    Corrente nominal: a corrente eltrica que poder percorrer permanentemente o

    elemento fusvel sem provocar a sua fuso.

    Corrente nominal de no fuso: o maior valor de corrente para o qual o dispositivo

    no atua em menos de duas horas.

    Corrente de fuso: o menor valor de corrente para o qual o dispositivo atua em uma

    hora.

    Corrente de interrupo: a mxima corrente de curto circuito simtrico e eficaz que

    um fusvel pode interromper com segurana, dentro das condies de tenso nominal e

    do fator de potncia estabelecido.

    Fusveis (encaixe calibrado)

    A maioria dos motores em industrias so motores de pequenas potcias, assim

    os fusveis de encaixe calibrado, so os mais utilizados, devido a 4 fatores:

    1. Atender eletricamente qualquer tipo de instalao existente(curto-circuito,

    tenso nominal, etc)

    2. Custo relativamente baixo;

    3. Ocupa pouco espao nos quadros de fora;

    4. Correntes nominais encontrados (2-4-6-10-16-20-25-35-50-63-60-100A )

    No diagrama de fora observa-se trs modos de acionamento, partida direta, partida

    atravs do inversor de freqncia e partida atravs do soft-starter.

    4.7 Partida direta:

    Deve ser a primeira alternativa a ser analisada, pois normalmente a de menor

    custo de aquisio, por utilizar somente um dispositivo interruptor no sistema de

  • 53

    potncia e apresenta-se um coando extremamente simples, como conseqncia fcil de

    manuteno e atende tecnicamente a maioria das cargas existentes. Devido a esta

    especificidade, a maioria dos motores existentes, utiliza-se desta alternativa.

    No entanto oferece um alto pico de corrente no momento de energizao,

    corrente de partida do motor, sendo q na medida que o motor acelera esta corrente tende

    a se estabilizar em um valor cuja a rotao do motor permanece constante para esta

    condio de carga.

    Este pico de corrente considerado negativo, pois proporciona queda na rede de

    alimentao do prprio motor. Esta queda de tenso pode proporcionar desligamentos,

    interferncias, mau funcionamento, perda de memria dos dispositivos eletro-

    eletrnicos.

    4.8 Soft staters:

    Controla tenso da rede atravs de um circuito de potncia, constitudo de 6

    SCRs, onde variando o ngulo de disparo dos mesmos, varia o valor eficaz da tenso

    aplicada ao motor, por conseqncia controla tambm a sua corrente e potncia. O

    controle da tenso dever ser feito nos dois sentidos da corrente, devendo ser utilizado na

    configurao anti-paralela de dois SCRs por fase.

    Assim mediante o controle dos tiristores a tenso a ser aplicada ao motor pode ir

    crescendo linearmente, tendo assim um controle da corrente de partida do motor. Ao

    final da partida do motor ter em seus terminais praticamente toda a tenso da rede. O

    soft starter transfere gradualmente a energia para o motor, diminudo os trancos no

    componentes mecnicos e sobrecarga excessiva na rede de alimentao, durante o

    processo de partida do motor, ou seja, aumenta gradualmente o torque, at vencer o

    conjugado da carga sendo que em seguida possibilita limitar a corrente de partida a

    valores compatveis com o sistema, atravs de ajustes proporcionados pelo prprio

    equipamento.

  • 54

    4.9 Conversor de freqncia:

    Varia a velocidade do motor atravs da variao da freqncia, a corrente

    alternada retificada para contnua assim tenso contnua chaveada para obter um

    trem de pulsos que alimenta o motor.

    Os conversores de freqncia baseiam-se na variao da tenso e da freqncia

    nos terminas do motor, de modo a manter constante o fluxo magntico e principalmente

    o torque (V

    ctef ).

    Assim esta bancada possui trs tipos de acionamento, partida direta, partida

    atravs do soft starter, e partida atravs do conversor de freqncia, alm de possuir

    capacitores para a correo de fator de potncia e dispositivos de proteo.

    5 ENSAIO COM VARIAO DE CARGA:

    5.1 Anlise dos trs modos de partida (potncia x Vazo)

    Controle de vazo a partir da vlvula:

    Potncia ativa x vazo

    Figura 34 Controle de vazo pela vlvula

    Neste grfico nota-se que a medida que a vazo aumenta a potncia aumenta:

    A partir do circuito equivalente do motor de induo pode-se explicar porque

    isto ocorre.

  • 55

    Circuito equivalente do motor de induo dado por esta figura:

    Figura 35 - Circuito equivalente do motor de induo segundo VICENT DEL TORO

    (FUNDAMENTO DE MQUINAS ELTRICAS PG:145)

    r1 : resistncia do enrolamento de fase do estator

    x1: reatncia de disperso do enrolamento de fase do estator

    rc e Jx : impedncia de magnetizao, constituda de resistor de perdas no ncleo (rc) e

    reatncia de magnetizao x.

    Im : corrente de magnetizao

    I1:corrente no estator

    I2 : corrente induzida no estator

    Rm : representa a carga mecnica no eixo.

    Quando o motor de induo trifsico est operando em vazio, o escorregamento

    tem um valor muito prximo de zero. Por isso o resistor de carga mecnica Rm tem um

    valor muito grande, o que, por sua vez, causa a circulao de uma pequena corrente no

    rotor. Se uma carga mecnica a seguir aplicada ao eixo do motor, a velocidade do

    motor diminui ligeiramente e, desta forma, aumenta o escorregamento.

    Se o escorregamento aumenta significa que a velocidade real do rotor (n = ns - s)

    diminui, e se essa velocidade diminui o torque de sada aumenta , como pode ser

  • 56

    mostrado pela frmula, Po

    Tom

    , o torque aumenta at o momento que acorra o

    equilbrio entre a potncia e a carga.

    Desta forma o equilbrio estabelecido e a operao continua, para um valor

    particular de S (escorregamento). Ou seja, para cada carga mecnica a um valor nico

    de escorregamento.

    Sendo assim, com base no circuito equivalente do motor induo, pode-se obter

    as frmulas das potncias no motor:

    No motor de induo temos a potncia de entrada, perdas e conseqentemente a

    potncia de sada.

    Potncia de entrada:

    q: fases

    1 1 1 cos 1Pi q V I

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:148)

    Da potncia de entrada uma parte perdida no ncleo do estator e no cobre do

    estator. Outra parte transferida atravs do entreferro, sendo esta a potncia de entrada

    no rotor.

    Potncia de entrada no rotor:

    Pg = q2 I2 2r

    s

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:148)

    Da potncia de entrada no rotor uma parte perdida no cobre do rotor, sendo

    ento a outra parte a potncia mecnica gerada.

    Perda no cobre do rotor:

    Pcu = q2 I2 r2

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:148)

    Potncia mecnica gerada:

    Pm = Pg (1-s)

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:148)

  • 57

    Da potncia mecnica gerada tem as perdas rotacionais e a potncia mecnica de

    sada.

    Potncia mecnica de sada:

    Po = Pm Prot

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:148)

    Prot: perdas rotacionais

    Desta forma sabendo que o motor de induo tem as perdas no cobre do estator,

    perdas no cobre do rotor, no ncleo do estator, e que para uma determinada carga no

    eixo do motor de induo tem-se um S (escorregamento) especfico.

    nm

    r

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:149)

    n: velocidade real do motor

    r: raio do rotor.

    n = ns - s ns (velocidade sncrona menos escorregamento)

    PoTo

    m

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:149)

    Po To m

    Onde m a velocidade real do motor expressa em radianos por segundo.

  • 58

    Rendimento:

    Pon

    Pi

    (VICENT DEL TORO, Fundamentos de maquinas eltricas, pg:149)

    Relao entre conjugado e potncia:

    Quando a energia mecnica aplicado sob a forma de movimento rotativo a

    potencia desenvolvida depende do conjugado C e da velocidade de rotao n.

    ( ) ( )( )

    716

    C Kgfm n rpmP cv

    Manual de motor de induo da WEG, pg:D7

    Assim a medida que se coloca mais carga, o conjugado que a carga necessita

    maior, e para o motor obter um conjugado maior , maior vai ter que ser a diferena de

    velocidade, ou seja , maior vai ter que ser o escorregamento (S), para que as correntes

    induzidas e os campos produzidos sejam maiores.

    Sendo assim medida que a carga vai aumentando, a rotao do motor vai

    caindo gradativamente, at um ponto em que o conjugado atinge seu valor mximo que

    o motor capaz de desenvolver em rotao normal. Se o conjugado da carga aumentar

    mais, a rotao do motor cai bruscamente, podendo chegar a travar o motor.

    No entanto, o grfico acima representa a potncia gasta por um conjunto motor

    bomba, portanto a compreenso deste no se limita apenas as equaes do motor do tipo

    induo, deve-se ir alm, compreendendo a potncia eltrica gasta por esse conjunto.

    Para saber com se chega na potncia eltrica gasta mostrada no grfico, deve-se

    ser elucidado determinadas frmulas e conceitos.

    Trabalho

    o produto de um deslocamento (d) pela componente da fora (F) que o realiza

    na direo desse deslocamento. Conforme a notao clssica, escreve-se escalarmente:

  • 59

    cosW F d

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    F

    d Figura 36 Trtabalho

    Potncia:

    a relao entre trabalho realizado e o tempo gasto para tal.

    WP

    T

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    No caso do abastecimento de gua, a fora envolvida o peso da gua que

    dever ser transferida entre dois pontos, sendo igual ao produto do peso especfico pelo

    volume que ser deslocado.

    W V HMT

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    Sendo HMT a altura total de elevao :

    V HMTP

    T

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    Sendo a vazo Q a razo entre um determinado volume escoado num certo

    tempo, a razo V/T pode ser substituda pelo termo Q(vazo de escoamento).

  • 60

    Potncia hidrulica til a expresso terica da potncia necessria para fazer

    escoar gua numa taxa Q (vazo) entre dois pontos cuja diferena de energia

    HMT.

    P Q HMT

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    Como sempre ocorre nos processos naturais de transformao de energia,

    ocorrem perdas no processo, representados pelo rendimento da bomba (nb) e do motor

    eltrico(nm).

    Portanto a frmula que se usa para o calculo da potncia eltrica gasta dada por:

    b m

    Q HMTP

    n n

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    Onde HMT a altura manomtrica total. Ao produto dos rendimentos da bomba

    e do motor, ou seja, ao rendimento do conjunto motobomba , costume dar-se o nome

    de rendimento total (nt).

    O mecanismo responsvel pela simulao de carga no sistema uma vlvula

    pneumtica tipo borboleta. Foi ento realizado um experimento com uma abertura de

    32% da vlvula, verificando que nesta abertura o motor trabalha com os seus valores

    nominais de potncia de corrente e tenso.

    Constatou-se que a vazo na configurao acima citada foi de aproximadamente

    de 22,07 GPM ( gales por minuto).

    Converso para m/s:

    Sabendo-se que: 1G = 3,6L, logo: 22,07G = 79,72L

    79,72L/min = 1,32L/s

    1,32/1000 = 0,00132m/s = 4,752m/h

  • 61

    Ento para descobrir a potncia eltrica gasta no sistema utilizou-se as curvas

    caracterstica da bomba:

    Figura 37 Curavas caracterstica da bomba

  • 62

    Sendo assim pode-se utilizar a frmula para descobrir a potncia eltrica gasta no

    sistema.

    b m

    Q HMTP

    n n

    Eficincia energtica em sistema de bombeamento

    Onde:

    nm: rendimento do motor trabalhando na nominal (0,78)

    nb: rendimento da bomba , localizada no grfico (0,3)

    Q: vazo para a determinda abertura (0,00132 m/s)

    HMT: altura manomtrica total, depende da altura e tubulaes do sistema do sistema.

    : 1000 Kgf/m ou 9800 N/m (gua nas condies normais de temperatura e presso)

    Agora com a teoria estabelecida pode-se fazer uma interpretao do grfico, e

    verifica-se que a medida que a vazo aumenta, sendo que a vazo neste caso a carga

    colocada no eixo do motor, como se estivesse aumentando carga sobre o eixo do

    motor e consequentemente aumentando a potencia de sada, pois a medida que aumenta

    a carga o motor solicita uma corrente induzida (I2) maior, se esta corrente induzida

    aumenta consequentemente a potencia de entrada no rotor aumenta, aumentando assim a

    potncia de sada do motor induo. No entanto no deve-se levar em considerao

    somente o motor do tipo induo, deve levar em conta tambm o rendimento da bomba

    centrfuga, pois para uma determinada vazo a bomba centrfuga tem um determinado

    rendimento.

    Por isso que o grfico possui essa caracterstica, a medida que aumenta a vazo,

    aumenta a potncia.

    Nota-se tambm no grfico que a potncia tende a estabilizao:

    Relao entre conjugado e potncia.

    Quando a energia mecnica aplicada sob a forma de movimento rotativo, a

    potncia desenvolvida depende do conjugado C e da velocidade de rotao n.

    Po = To m

  • 63

    C (Kgfm) x n(rpm)P(cv) =

    716

    Sendo assim o motor de induo tem conjugado relativamente baixo quando o

    rotor trabalha em vazio e se aproxima da velocidade sncrona.

    A medida que a carga vai aumentando a corrente induzida solicitada (I2)

    aumenta, no entanto chega um momento em que o motor no mais consegue aumentar

    essa corrente devido a limitao imposta pela bomba de 2 CV.

    Por isso o grfico tende a estabilizao.

    Existe tambm uma diferena entre as potncias ativa do conversor de

    freqncia em relao aos outros modos de partida.

    Figura 38 Etapas do conversor de frequncia

    O conversor de freqncia pode ser dividido em quatro partes principais:

    Retificador trifsico: serve a propsito de converter a tenso ca, normalmente

    disponvel em tenso cc, em geral, a sada do retificador contem harmnicas de elevadas

    freqncia fundamental da fonte ca e estas so eliminadas por filtros apropriados.

    Os conversores de freqncia so formados por semicondutores de potncia, no

    exemplo do retificador ele pode ser controlado ou no controlado.

    No controlado:

  • 64

    Figura 39 Conversor no controlado

    Figura 40 - Retificao de duas fase

    Percebe-se ento que neste tipo de retificador no controlado usa-se diodos de

    potncia, no entanto se usar o diodo estes sero ligados e desligados pelo circuito de

    potncia.

    Controlado:

    Nos retificadores controlados os diodos so trocados pelos tiristores. Assim

    como os diodos, o tiristor permite a passagem de corrente em apenas uma direo.

    Entretanto, a diferena entre esses dois componentes que o tiristor tem um terceiro

    terminal o gate (G). Essa porta deve ser comandada por um sinal antes do tiristor

    conduzir. Tiristores so utilizados tanto nos retificadores quanto nos inversores.

  • 65

    Figura 41 Converso controlada

    .Inversor :

    Os inversores tradicionais trabalham principalmente com circuitos

    intermedirios de tenso varivel, consistem de seis diodos, seis tiristores e seis

    capacitores.

    Figura 42 inversores consistem de seis diodos, seis tiristores e seis capacitores.

    Desta forma pode-se notar o motivo pelo qual a potncia no conversor de

    freqncia maior do que a potncia nos dois outros modos de partida. Como foi visto

    o conversor de freqncia trabalha com diodos de potncia e tiristores, esses

    componentes eletrnicos trabalham com uma determinada corrente, e uma determinada

    queda de tenso sobre eles.

    Figura 43 diodo controlado e no controlado

  • 66

    Sendo assim, estes semicondutores de potncia consomem uma determinada

    potncia para o seu funcionamento, sendo por isso que o conversor de freqncia

    consome uma maior potncia que os demais.

    5.2 Analise da Potncia ativa X abertura de vlvula:

    Figura 44 Potncia ativa x abertura de vlvula

    Neste caso verifica-se novamente que a potncia maior se d com o conversor de

    freqncia, como foi dito, isso o corre porque o conversor de freqncia formado por

    componentes semicondutores de potncia, como diodos de potncia e tiristores, e estes

    semicondutores trabalham com uma determinada corrente e uma determinada tenso, ou

    seja estes consomem uma certa energia para o seu funcionamento, sendo este o motivo

    pelo qual a partida com o conversor de freqncia consome uma maior energia que a

    partida direta e soft-starter.

    Neste caso de 0 a 20% a potncia permanece constante pelo seguinte fato, a

    carga neste caso sob forma de vazo colocada no eixo do motor no a suficiente para

    fazer com que este desenvolva um torque mnimo para que o ocorra uma mudana em

    sua potncia, ou seja, o motor desenvolve um determinado torque para compensar as

    perdas por atrito e ventilao, no entanto a medida que se coloca carga sobre este eixo

    o torque do motor tende aumentar, a sua velocidade cai, e o escorregamento aumenta

    para se alcanar o equilbrio entre a carga e potencia solicitada pelo motor, no entanto

    neste perodo de 0 a 20% a mudana do torque desenvolvido pelo motor muito

    pequena, pois a carga colocada em seu eixo no expressiva para ocorrer uma grande

    aumento.

  • 67

    Quando chega em aproximadamente 60% ocorre o seguinte, a medida que a

    vazo aumenta a potncia solicitada da rede tambm aumenta pois a corrente induzida

    I2 sofre um acrscimo, logo, se a corrente induzida I2 cresceu, significa que a potncia

    de entrada no rotor tambm sofreu um aumento (Pg), no entanto chega um momento em

    que a potncia de entrada no rotor no mais varia, devido a limitao imposta pela

    bomba.

    5.3 Anlise do comportamento das potncias:

    Na bancada da bomba centrfuga, utiliza-se dois tipos de motores de induo,

    um motor de induo convencional e um motor de induo de alto rendimento, foram

    coletados dados para ambos os motores, podendo assim fazer uma comparao entre

    eles.

    Alm disso a bancada oferece trs tipos de acionamento para os motores, partida

    direta, soft-starter e conversor de freqncia, e no ensaio atravs da variao de carga

    observa-se que a potncia ativa gasta entre estes trs tipos de partida praticamente a

    mesma, sendo as diferenas desprezveis. Isso pode ser observado atravs do grfico

    abaixo:

    Comparao entre a potencia ativa gasta nos trs modos de acionamento( Mic):

    Figura 45 Potncias dos trs (3) modos de partida, motor de induo convencional

    Comparao entre a potencia ativa gasta nos trs modos de acionamento( Miar):

    Miar:

    Figura 46 Potncia dos trs (3) modos de partida, motor de induo de alto rendimento

  • 68

    0

    400

    800

    1200

    1600

    1 2 3

    Partidas

    M

    dia

    P(W

    )

    MIC MIAR

    Figura 47 Comparao das potncias dos trs (3) modos de partida para MIC e MIAR

    1:partida direta

    2:conversor de freqncia

    3:soft-starter

    Sendo assim pode-se resumir o grfico dos trs modos de potncia em apenas um:

    As trs (3) potncias representadas por um s grfico( Mic):

    Figura 48 Potncia ativa x vazo (motor de induo convencional)

  • 69

    As trs (3) potncias representadas por um s grfico( Miar):

    Miar

    Figura 49 Potncia ativa x vazo (motor de induo de alto rendimento)

    Para obter uma melhor comparao ente os dois (2) motores de induo (alto

    rendimento e convencional), pode-se coloc-los em apenas um grfico:

    Comparao das potncias nos dois tipos de motores ( MIC e MIAR):

    Figura 50 - Comportamento da potncia ativa em funo da vazo, para o motor

    convencional(MIC) e o de alto rendimento(MIAR).

    Este grfico mostra o comportamento da potncia solicitada pelo motor de

    induo trifsico convencional e o de alto rendimento em funo da vazo, para um

    sistema de controle de vazo via estrangulamento da vlvula. A potncia apresentou-se

  • 70

    crescente em toda a faixa de operao, no entanto, o motor de alto rendimento

    apresentou-se em toda a faixa de atuao uma potncia menor, proporcionando um

    menor consumo de energia, assim como, uma menor demanda para o sistema de

    suprimento. Para vazes menores a variao da potncia em funo da vazo mais

    significativa, ao passo que na medida em que se aumenta a vazo a potncia comea a

    estabilizar-se limitado pela capacidade da bomba utilizada.

    Figura 51 - Comportamento das potncias em funo da vazo, no acionamento com partida direta,

    atravs de estrangulamento da vlvula, motor convencional(MIC)

    O grfico acima mostra o comportamento das potncias em funo da vazo

    atravs do estrangulamento da vlvula. Observa-se que, a potncia ativa e aparente

    apresentou-se uma variao mais significativa para vazes menores, ao passo que

    quando a vazo aproximou-se da capacidade da bomba, evidencia-se uma estabilizao,

    condicionada pelo limite imposto pela bomba centrfuga de 2 CV. A potncia reativa

    manteve-se praticamente estvel, com um ligeiro crescimento em funo da vazo.

  • 71

    Figura 52 - Comportamento das potncias em funo da vazo, no acionamento com inversor de

    freqncia, atravs de estrangulamento da vlvula, motor convencional (MIC)

    Observa-se que o comportamento da potncia ativa e aparente apresentou-se

    com a mesma tendncia que a alternativa anterior, no entanto, para a situao controlada

    via inversor, sempre a potncia ativa manteve-se num valor acima, quando comparado

    com a alternativa de partida direta. A grande diferena observada foi o comportamento

    da potncia reativa e como conseqncia um aumento significativo da potncia

    aparente. Para o acionamento via partida direta a potncia aparente estabilizou-se em

    aproximadamente 2.050 VA, ao passo que na alternativa com o inversor este valor

    atingiu em torno de 3.000VA.

  • 72

    Figura 53- Comportamento das potncias em funo da abertura da vlvula, no acionamento via

    partida direta, para o motor convencional (MIC)

    Figura 54. Comportamento das potncias em funo da abertura da vlvula, para o motor de

    induo convencional(MIC), acionado via inversor de freqncia.

    De acordo com os dois grficos acima, observa-se 3 regies distintas no

    comportamento da potncia em funo do percentual de abertura da vlvula. Na faixa

    compreendida entre 0 a 20%, as potncias permaneceram praticamente constante, entre

    20 a 60%, com variaes bastante significativas, proporcionadas pelo aumento da

  • 73

    vazo, no entanto, a partir de 60%, estabiliza-se, condicionada ao limite da capacidade

    definida pela bomba centrfuga de 2CV.

    5.4 Comparao entre os dois modos de controle de vazo

    No acionamento via inversor potncia aparente estabilizou-se em

    aproximadamente 3000VA, ao passo que na alternativa com partida direta, a

    estabilizao ficou em aproximadamente 2050VA.

    Figura 55- Comportamento da potncia em funo da vazo.

    O grfico apresenta o comportamento da potncia solicitada pelo motor de

    induo trifsico convencional (MIC) do sistema de suprimento em funo da vazo em

    um sistema de bombeamento. O controle da vazo foi realizado atravs do

    estrangulamento da vlvula de acordo com a vazo desejada acionado via chave de

    partida direta e ainda de acordo com o grfico, a segunda alternativa foi efetivada no

    controle da vazo em funo da alterao da velocidade do motor via inversor de

    freqncia. Observa-se que a alternativa atravs da variao de velocidade proporciona

    uma reduo significativa na potncia ativa solicitada pelo motor do sistema de

    suprimento. Na medida em que se aumenta a vazo esta diferena comea a diminuir,

    devido basicamente ao limite imposto pela bomba, assim como, a prpria capacidade de

    sobrecarga do motor acionado.

  • 74

    Considerando que a potncia nominal da bomba de 2 CV, para vazes

    inferiores a sua capacidade nominal que aproximadamente 15 m3/h, o ganho de

    potncia via controle da velocidade bastante significativo. No entanto, na medida em

    que a bomba aproxima-se da sua capacidade nominal, as 2 alternativas apresentam-se

    uma convergncia para o ponto de operao da bomba.

    No grfico tem um ponto em que as curvas se encontram, isto ocorre pelo

    seguinte fato, naquele ponto as duas formas de controle de vazo esto trabalhando com

    a vlvula pneumtica do tipo borboleta totalmente aberta, e a uma freqncia de 60Hz,

    deste modo os dois sistema de controle de vazo gasta a mesma potncia ativa de

    aproximadamente 1800(W).

    Figura 56- Fator k que define a relao entre a potncia via abertura da vlvula pela potncia

    definida pelo controle na velocidade da bomba.

    O fator K que define a relao entre a potncia via estrangulamento da vlvula

    sobre a potncia solicitada via inversor de freqncia atravs da variao da velocidade

    do motor. Observase que, para pequenas vazes as diferenas so bastante

    significativas, diminuindo na medida em que a vazo aumenta. Considerando que a

    potncia nominal da bomba centrfuga de 2 CV, com uma vazo nominal de 15m3/h, o

    fator k aproxima-se de 1(um) para o sistema operando na sua capacidade nominal, pois

    esta situao definida pela capacidade da bomba e no pelo motor acionado. Ou seja,

    para operao na sua capacidade nominal mais interessante a alternativa convencional

    via partida direta. Ao passo que, para vazes menores que a sua capacidade o

  • 75

    acionamento via inversor torna-se extremamente importan