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7/21/2019 TCC ME BRAGA.pdf http://slidepdf.com/reader/full/tcc-me-bragapdf 1/37  I  UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica ESTUDO DA MANUFATURA ENXUTA E SUAS FERRAMENTAS Marcos Aurélio Braga Marcos Gonçalves Renato Metsker Tiago Niitsu Velber Limeira - SP 2012

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  I

 

UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTAINSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica

ESTUDO DA MANUFATURA ENXUTA E SUASFERRAMENTAS

Marcos Aurélio BragaMarcos Gonçalves

Renato MetskerTiago Niitsu Velber 

Limeira - SP2012

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  II

 

Marcos Aurélio BragaMarcos Gonçalves

Renato Metsker Tiago Niitsu Velber 

ESTUDO DA MANUFATURA ENXUTA E SUASFERRAMENTAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Cursode Graduação em Engenharia de Produção Mecânica daUniversidade Paulista - UNIP como parte dos requisitospara a obtenção do título de Bacharel em Engenharia deProdução Mecânica, sob orientação do Prof. Msc

Francisco I. Giocondo César.

Limeira - SP2012 

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  III

Ficha Catalográfica

BRAGA,Marcos,Aurélio ; GONÇALVES,Marcos; METSKER,Renato ;VELBER,Tiago,Niitsu;.estudo da manufatura enxuta e suas ferramentas.Marcos Aurélio Braga ;Marcos Gonçalves; Renato metsker ;Tiago NiitsuVelber. Limeira, Universidade Paulista - UNIP, 2012.

Orientador: Prof. Msc. Francisco Ignácio Giocondo César

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Universidade Paulista – UNIP,Graduação em

1.Manufatura enxuta 2.Redução de Custo 3.Melhoria continua

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  IV

FOLHA DE APROVAÇÃO 

Candidato: Marcos Aurélio Braga 673591-6

Marcos Gonçalves 938438-3Renato Metsker 914298-3Tiago Niitsu Velber 822929-5

Estudo da manufatura enxuta e suas ferramentas.

TCC defendido e aprovado em dd.mm.aaaa pela comissão Julgadora.

 ___________________________________________________________________Prof. Msc. Francisco I. Giocondo César (orientador)UNIP – Universidade Paulista

 ___________________________________________________________________Prof. TITULO Convidado 1UNIP – Universidade Paulista

 ___________________________________________________________________Prof. TITULO Convidado 2UNIP – Universidade Paulista

Universidade Paulista - UNIP2012

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  V

 

DEDICATÓRIA 

Dedicamos nosso trabalho a todas as pessoas que contribuíram para a nossa

formação acadêmica, principalmente as nossas famílias, que sempre nos apoiaram,

aos professores e amigos.

E a todos que já fazem parte das nossas vidas, nós dedicamos esse trabalho.

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  VI

AGRADECIMENTO  

Em primeiro lugar queremos agradecer a Deus pela nossa vida, saúde, persistência

e por sempre estar ao nosso lado como um amigo fiel.

A nossa família, pelo amor, dedicação, compreensão e até mesmo superação para

que nós conseguíssemos chegar até aqui.

Aos professores do curso de Engenharia de produção mecânica da Universidade

Paulista , pela experiência e companheirismo.

Enfim, queremos agradecer a todas as pessoas e amigos, que de alguma forma

contribuíram e ajudaram a fazer deste momento uma realidade.

A todos vocês que fizeram parte desse trabalho; o nosso muito obrigado!

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  VII

EPÍGRAFE 

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com maisinteligência.

Henry Ford 

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  VIII

 

RESUMO

O objetivo deste trabalho é realizar um estudo da estratégia “Enxuta’’ nas operaçõesde produção – Manufatura Enxuta (ME), e suas ferramentas. Nesse trabalhobuscamos o entendimento da implantação da manufatura enxuta através das suasferramentas tais como a redução dos desperdícios (super produção, tempo deespera , transporte, excesso de processamento, inventario, movimento e defeito),kanban, just in time, poka-yoke, 5s , padronização do trabalho , SMED , TPM eoutras. Este trabalho será realizado por meio de pesquisas bibliográficas em livros,artigos e revistas especializadas; em seguida realizar um estudo de caso onde seráobservado os resultados e melhorias atingidas com a implantação da ME, através dacomparação situação antes e depois, utilizando questionários e gráficos parademonstrar os dados. Esperamos com isso, demonstrar a eficiência do método da

ME nos processos industriais.Palavra-chaves: Manufatura enxuta; Redução de Custo; Melhoria continua.

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  IX

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 14

1.1 Apresentação do assunto................................................................. 141.2 Descrição do problema ....................................................................1.3 Hipótese ...........................................................................................1.4 Justificativa .......................................................................................1.5 Objetivo geral ...................................................................................1.5.1 Objetivo especifico ........................................................................

1515151616

2. METODOLOGIA ....................................................................................2.1 Classificação da Pesquisa ...............................................................2.2 Estudo Bibliográfico .........................................................................2.3 Estudo de Caso ................................................................................

2.4 Análise dos Resultados ....................................................................2.5 Estrutura do TCC .............................................................................

17171717

1819

3. REFERÊNCIAL TEÓRICO ..................................................................... 203.1 Sistema de produção ......................................................................3.2 A revolução histórica dos sistemas de produção ............................3.3 O sistema empurrado e puxado de produção ..................................3.3.1 O sistema empurrado ....................................................................3.3.2 O sistema puxado .........................................................................3.4 Ferramentas da ME .........................................................................3.5 Características da ME ......................................................................3.6 Kanbans e cartões ...........................................................................3.7 Tipos de kanban ...............................................................................3.8 Poka-yoke ........................................................................................3.9 Just in time ……................................................................................3.10 Vantagens e desvantagens do JIT ................................................3.11 Automação .....................................................................................

20222323252727282930313334

4. ESTUDO DE CASO ...............................................................................4.1 Característica da empresa ...............................................................4.2 Problema apresentado .....................................................................4.3 Estudo do problema .........................................................................4.4 Proposta de solução ........................................................................4.5 Discussão dos Resultados ...............................................................4.6 Considerações Finais .......................................................................4.7 Limitações da Pesquisa ...................................................................4.8 Sugestões para Pesquisas Futuras .................................................

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................... 36

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  X

 

ANEXO A – CITAÇÕES NO TEXTO .....................................................

ANEXO B – REFERENCIAS ..................................................................

ANEXO C – CONSULTAS COMPLEMENTARES ................................

ANEXO D – FORMALIZAÇÃO DE ELABORAÇÃO DO TCC ...............

ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO DAS ORIENTAÇÕES

ANEXO F – PROPOSTA DE CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO TCC ....

ANEXO G – ATA DE DEVESA DO TCC ...............................................

ANEXO H – TERMO DE RESPONSABILIDADE ...................................

ANEXO I – INFORMAÇÕES ADICIONAIS ...........................................

ANEXO J – ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO TCC .....................

49

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  XI

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 –

Figura 2 –

Figura 3 –

Figura 4 –

Figura 5 –

Estrutura do TCC ....................................................................

Um modelo de Sistema de Produção......................................

Sistema Empurrado da Produção.. .........................................

Sistema Empurrado e Puxado ................................................

Sistema Puxado da Produção..................................................

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  XIII

 

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

JIT Just in Time 

ME Manufatura Enxuta

PCP Planejamento e Controle da Produção

TCC  Trabalho de Conclusão de Curso

TQM Total Quality Control  (Controle Total da Qualidade)

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1. – INTRODUÇÃO

A crise do petróleo no outono de 1973, seguida de recessão, afetou

governos, empresas e sociedades no mundo inteiro. Em 1974, a economia japonesahavia caído para um nível de crescimento zero e muitas empresas estavam com

problemas, conforme Ohno (1997, p.23).

Antes da crise do petróleo, quando se conversava com as pessoas sobre a

tecnologia de fabricação e o sistema de produção Toyota, as pessoas demostravam

pouco interesse pelo tema. Contudo, quando o rápido crescimento parou, tornou –

se bastante óbvio que uma empresa não poderia ser lucrativa usando o sistema

convencional de produção em massa americano que havia funcionado tão bem portanto tempo.

Os tempos haviam mudado. Inicialmente, logo após a Segunda Guerra

Mundial, ninguém imaginava que o número de carros produzidos cresceria para o

nível de hoje. Durante décadas os Estados Unidos da América baixaram custos

produzindo em massa um menor número de tipos de carros. Era um estilo de

trabalho americano, mas não japonês. Nosso problema era como cortar custos e, ao

mesmo tempo, produzir pequenas quantidades de muitos tipos de carros , conformeOhno (1997, p. 23).

A necessidade de busca contínua de vantagens competitivas necessidade

gerou outra forma de pensamento, o de tornar essa cadeia produtiva, não só nas

grandes empresas, como também nas médias e pequenas empresas, em cadeias

enxutas de produção, (SLACK et al, 2002).

1.1- Apresentações do assunto

Conforme Ohno (1997, p. 24) “Nos períodos de alto crescimento anteriores à

crise do petróleo, o ciclo usual de negócios consistia de dois ou três anos de

prosperidade com, no máximo, seis meses de recessão.Às vezes, a prosperidade

durava mais de três anos.

O crescimento lento, no entanto, reverte este ciclo. Uma taxa de crescimento

econômico anual de 6 a 10% dura no máximo de seis meses a um ano, ocorrendo

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nos dois ou três anos seguintes pouco ou nenhum crescimento, ou até mesmo um

crescimento negativo.”

Diante de tal situação, o lucro só pode ser alcançado através da redução de

custos, a produção enxuta é a solução para as industrias se manterem competitivas

no mercado.

1.2 - Descrições do problema

Ultimamente, o maior desafio das empresas, não esta em seu concorrente,

esta em sua produção.

Desta forma, o problema a ser estudado é:

•  Como a ME pode colaborar com as empresas para tornar-las mais

competitivas?

•  Como a ME colabora com a flexibilização da produção e o outras

necessidades?

1.3 - Hipótese

Aplicando a ME, chegaremos as seguintes hipóteses:

•  Com a efetivação de ME e utilização das suas ferramentas, pode-se

responder as demandas do mercado.

1.4 - Justificativa

A falta de procedimento e controle da produção, gera desperdícios para

empresa aumentando o custo do produto. ME busca converter ganhos em

produtividade e qualidade.

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1.5 - Objetivo Geral

Estaremos estudando ME aplicada em uma produção. Mostrando seus

resultados após a implementação de suas ferramentas nos processos. 

1.5.1 - Objetivo Específico

Compreender os problemas de desperdícios, aplicando um estudo sobre

ME, tornando a empresa mais competitiva.

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2 – METODOLOGIA

2.1 - Classificação das pesquisas

Este trabalho será realizado por meio de pesquisa aplicada , tendo como

abordagem a pesquisa quantitativa tendo como objetivo a pesquisa descritiva e

explicativa dos fatos . No primeiro momento serão coletadas informações por meio

de pesquisa bibliográfica em livros , artigos e revistas especializadas. Em seguinte

momento será realizado estudo de caso onde será observado como deve ser

implantado a visão da Manufatura enxuta.

2.2 -  Estudo Bibliográfico

Em primeiro momento, foi realizado um estudo bibliográfico com os temas

sobre ME. Buscando a origem da ME, e de suas ferramentas, como implantar, os

ganhos após a sua implantação. Com base nas teorias da ME, queremos ilustrar

como ela reduz custos através do aperfeiçoamento da produtividade com o esforçohumano e inovação mesmo nos períodos de baixo crescimento. (Ohno 1997 pg 127) 

2.3 - Estudo de Caso

É uma empresa do setor alimentício que opera mundialmente, presente em

86 países, e com 480 fabricas e no cinco continentes.Atualmente tem 26 unidades, fabris nos estados de São Paulo, Minas

Gerais, Bahia, Goiás , Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. Possui

ainda, 15 filiais de vendas em todo território brasileiro e cinco centros de distribuição.

A maior planta da América Latina e uma das maiores do mundo foi instalada em

Araras – SP.

Na data presente obtém 1400 colaboradores sendo 280 na estamparia o

setor a ser estudado a ME.

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O estudo será feito na célula de manufatura linha diâmetro 83 mm contendo

maquinas tipo tesoura, prensa, borracheira, forno e rycheguers produzindo

atualmente 640000 peças /dia de tampas, com o efetivo de 19 colaboradores.

2.4 – Analise dos resultados

O setor estudado possui um lead time de até 26 dias. Com a implementação

da ME buscamos alcançar uma redução de até 60% no lead time (15 dias). Os

indicadores PQCDSM (produtividade, qualidade, custo, desempenho, segurança e

meio ambiente), irão mostrar os resultados alcançados.

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2.5 – Estrutura do TCC

Figura 1: Estrutura do TCC

1.– INTRODUÇÃO1.1– Apresentação do Assunto1.2– Descrição do Problema1.3– Hipótese1.4– Justificativa1.5– Objetivo Geral

1.5.1 – Objetivo Específico

2.– METODOLOGIA2.1– Classificação da pesquisa2.2- Estudo bibliográfico

2.3 - Estudo de caso2.4 - Analise de resultados2.5 – Estrutura do TCC

3. – Referencial Teórico

3.1–Manufaturaenxuta

3.2 –Redução decusto

3.3 – Melhoriacontinua

4. – Estudo de Caso

5. - Discussão dos Resultados

6. – Conclusão

7. – Sugestões

8. - Limitações

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3 - REFERENCIAL TEÓRICO

3.1-Sistema de produção

As indústrias estão atravessando um período de rápidas mudanças

acarretadas pelos avanços tecnológicos, assim a necessidade de busca continua de

vantagens competitivas elevou a produção a um papel de destaque no mundo dos

negócios. Os clientes esperam preços mais baixos e com entrega mais rápida, por

este motivo, o estudo de sistemas de produção é mais importante do que nunca.

Russi (2010, p.18) apud Tubino (2008) descreve que “sistemas produtivos

são aqueles que processam (transformam) entradas (insumos) em saídas (produtos)

de tal maneira que sejam uteis aos consumidores”.

Gaither e Frazier (2002, p.5) informam que “Administração da produção é aadministração do sistema de produção de uma organização que transforma os

insumos nos produtos e serviços da organização”, ou seja, esse processo de

transformação é o coração daquilo que chamamos de produção, sendo a atividade

predominante de um sistema de produção.

Na visão de Arnold (1999, p.34) “Um bom sistema de produção deve

responder a quatro questões o que se pretende fabricar, o que é necessário fabricar,

o que a empresa possui e de que a empresa precisa?”.SLACK et al (2002) informam que produzir é algo complexo pois cada

empresa produz um tipo de produto e cada empresa utiliza processos, maquinário,

equipamentos, habilidades de trabalho e materiais diversos.

A figura 2 ilustra um modelo de um sistema de produção. Os autores citam

que existe uma diversidade de sistemas de produção e as organizações tem pelos

menos um.

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Figura 2: Um modelo de Sistema de Produção

Fonte: GAITHER e FRAZIER (2002, p. 15)

Russi (2010, p.18) apud Gomes (2003) informam que as atividades

desenvolvidas pelo PCP são de extrema importância para a organização, pois

possui funções como comandar e coordenar o processo produtivo, dar suporte e

proporcionar versatilidade operacional.

Slack et al (2002, p.314) conclui dizendo que o objetivo do PCP é “garantir

que os processos de produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam

produtos e serviços conforme requeridos pelos consumidores”.

Portanto, o PCP tende a relacionar-se com todas as áreas do sistema

produtivo ressalta Russi (2010, p.20).

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3.2 - A Revolução Histórica dos Sistemas de Produção

Gaither e Frazier (2002, p.7) ressaltam que sempre existiram sistemas de

produção, pois as pirâmides egípcias, a grande Muralha da China, dentre outras

atestam a indústria dos povos da Antiguidade, mas com métodos de produção bemdiferentes dos métodos atuais.

Os sistemas de produção anteriores ao ano de 1700 são chamados de

sistemas caseiros onde os artesãos executavam o trabalho manual nos produtos.

Já WOMAK (1998) nomeia este sistema de produção como Sistema de

Produção Artesanal onde buscava produzir exatamente o que o cliente desejava

além de ter como característica a mão-de-obra qualificada. A qualidade era muito

boa do produto final, no entanto havia baixa linha de produção e o custo dosprodutos era altíssimo.

Buscando melhorias, Henry Ford após a Primeira Guerra Mundial (1913)

criou o Sistema de Produção em Massa que em conjunto com as modernidades e

avanços tecnológicos permitia altas taxas de produção por trabalhador e preços

baixos.

Na WOMAK (1998), este sistema era o mais adequado para as empresas e

clientes. No entanto com a queda da economia Norte Americana houve a entrada de

uma nova forma de produzir, a Produção Enxuta implantada por uma indústria

automobilística japonesa.

O Sistema de Produção Enxuta, conhecido também como Sistema Toyota

de Produção, Lean Manufacturing ou Manufatura Enxuta, surgiu no Japão como a

única possibilidade de produção que melhor se adequava com a realidade do país,

ou seja, produzir veículos a baixos custos com o propósito de extinguir os

desperdícios da produção transformando em ganhos em produtividade.

Segundo Russi (2010, p.15) apud Gomes (2003):

“A manufatura enxuta (ME) surgiu no Japão após a segunda GuerraMundial quando o mercado modificou seu padrão de consumo passando aexigir pequenas quantidades de produtos diferenciados e variados em faceà produção em massa cujo principio básico era a produção em grandequantidade de produtos padronizados.”

Burguer e Oliveira (2011, p.6) apud Womack et al (1998) ressaltam que a

Manufatura enxuta possui o objetivo de eliminar os desperdícios na produção.

Já para Burger e Oliveira (2011, p.7) apud Lustosa (2008, p.31), o principal

objetivo “é a redução do tempo entre o momento do pedido do cliente e o momento

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da entrega do produto/serviço para ele obtida pelo controle e a eliminação dos

desperdícios”.

Para Burger e Oliveira (2011, p.7) apud Tubino (2009), Lustosa et al (2008),

Slack et al (2002), são os desperdícios que a manufatura enxuta através de varias

técnicas busca eliminar.

3.3 - Sistema Empurrado e Puxado de Produção

Para Russi (2010, p.23), para continuarem competitivas, as empresas

tiveram que se adequar aos clientes que passaram a exigir uma gama maior de

produtos, com isso, surge o PCP que dentro dos conceitos da ME, possibilita a

produção diversificada.O autor informa que “existem duas formas básicas de se programar a

produção: o modelo convencional denominado de programação empurrada e o

sistema JIT de produção puxada que se insere nos conceitos de ME”. (RUSSI, 2010,

p.23)

3.3.1-O Sistema Empurrado

Segundo Burger e Oliveira (2011, p. 23) apud Correa et al (2010, p.367),

sistema empurrado:

“São sistemas que empurram a produção desde a compra da matériaprima até os estoques de produtos acabados, as operações sãodisparadas pela disponibilidade de material a processar, quando aoperação é completada o lote é empurrado para a próxima operação.Os lotes são processados de acordo com o nível de prioridade.“

Russi (2010, p.23) ressalta que:

“No sistema de produção empurrada, não é possível alterar ou adaptar aprodução a partir do momento que as ordens de compra, fabricação emontagem já foram transmitidas aos seus setores responsáveis. Cadaestágio do processo produtivo recebeu um pacote de informações etrabalham, basicamente, independentes um do outro.”

E ainda complementa:

“A programação é chamada de empurrada porque cada posto de trabalhofornecedor, ao concluir uma ordem desse conjunto, está autorizado aempurrar a mesma para o posto de trabalho seguinte, independentemente

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do que esteja acontecendo nos postos subsequentes, e pegar a próximaordem da lista para nova execução. (RUSSI, 2010, p. 23 apud TUBINO,2008, p.136)”

Figura 3 – Sistema Empurrado da Produção

Fonte: RUSSI (2010, p.24) apud TUBINO (1999, p.86)

Burger e Oliveira (2011, p. 24) apud Slack (2002) citou que “o sistema MRP

(Sistema de planejamento de necessidade de materiais) é considerado um sistema

empurrado, pois através de cada etapa de acordo com cálculos de cada item.”

Esta ferramenta é utilizada nas indústrias para se obter domínio, pois é

realizado um levantamento de produtos estocados disponíveis e assim conseguir

uma quantidade previsível de produtos a serem fabricados.

Segundo Correa & Gianesi (1994), “a Produção Empurrada em relação aos

produtos estocados na indústria alcança um número maior que em relação a

Produção Puxada”.

De acordo com TUBINO (1997):

“A produção empurrada é representada pelo sistema tradicional deprodução, onde são emitidas ordens em função de uma determinadaexpectativa de demanda, que pode ou não ser efetivada. Assim, oslotes de produção são transferidos da seção anterior para a posterior,independente de esta ter ou não necessidade de recebê-los,ocasionando, entre outros fatores negativos, uma elevação dosníveis de estoque.”

Em relação ao sistema de produção empurrada, Calado, Ruggiero e Cooper

(s.d., p.4) dizem que:

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“O gerenciamento é induzido a atuar de maneira corretiva, buscando autilização da capacidade fabril e maior volume de produção, estocando oexcedente produtivo quando consegue cumprir suas metas. Em linhasgerais, tem dificuldade em cumprir suas metas o mix, ou seja, atender ocliente, os problemas podem passar despercebidos, as interrupções defluxo são mais constantes e a qualidade final, assim como os custos nãosão tão competitivos em nível global.”

Figura 4 – Sistema Empurrado e Puxado

Fonte: SLACK (2002, p.335)

3.3.1- O Sistema Puxado

Segundo Russi (2010, p.24):

Ao contrario do modelo convencional, a produção puxada emite as ordensapenas para o ultimo estágio do processo produtivo, normalmente amontagem final. Só ocorrerá a produção de um determinado item caso umcliente (interno ou externo) solicite a mesma.

Produção Puxada é um método de controle da produção na qual asatividades fluxo acima avisam as atividades fluxo abaixo sobre suas reais

necessidades, tentando assim eliminar ou diminuir a produção excessiva. Ou seja, a

produção puxada é um complemento entre as seções existentes dentro das

indústrias.

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Figura 5 – Sistema Puxado da Produção

Fonte: RUSSI (2010, p.24) apud TUBINO (1999, p.86)

Burger e Oliveira (2011, p. 25) apud Moura (2006) explicam que o

funcionamento deste sistema é da seguinte forma: o cliente faz o pedido, verificasse

se há em estoque, caso não tenha, é puxado do planejamento e controle de

produção, ou seja, cada processo de produção retira as peças necessárias dos

processos anteriores ao longo da linha.

Para Tubino (1997), na produção puxada utiliza-se um cartão chamado

kanban onde é feito anotações de produção e é através deste que é feito a

comunicação neste sistema.

Para Russi (2010, p.24) apud Moura Junior (1996, p.16) a importância do

cartão Kanban é “fornecer informações as estações de trabalho precedentes,

controlando o processo de fabricação, além de tornar aparente os problemas no

fluxo de materiais”.

Segundo Calado, Ruggiero e Cooper (s.d., p. 4 e 5), no sistema de produção

puxado, o “gerente do fluxo faz o mapeamento da cadeia e busca o ideal, procura

atuar preventivamente, sua maior preocupação está em produzir somente a

necessidade do cliente com qualidade assegurada e evitar as interrupções do

processo produtivo”.

Este sistema possui como objetivo criar uma sequência que determina a

velocidade de consumo e como consequência controla os estoques, além de trazer

benefícios como lucratividade, qualidade nos produtos, redução dos estoques e

retorno do capital investido.

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3.4 - Ferramentas da ME 

Toda organização busca por excelência melhorias tanto no seu ramo de

trabalho como também no ambiente interno, por isso cada mudança realizada

significa ganhos empresariais, pois todos estarão motivados para fazer o melhorpossível dentro da empresa.

Dentro de qualquer organização existem algumas despesas consideradas

inúteis para seus encarregados, como o estoque excessivo de produtos, um número

grande de pessoas e de equipamentos. Este sistema chamado de ME veio

 justamente para colocar um fim nos desperdícios existentes dentro das

organizações, que ao ver de todos, a única conseqüência seria o aumento dos

custos sem lucratividade pertinente.Após este método de trabalho, pode-se afirmar que com o desenvolvimento

dessa ferramenta e em conjunto com todos os fatores envolvidos chegará ao melhor

desempenho das empresas almejando a melhorias no sistema de qualidade dentro

de cada setor.

3.5 - Características da ME

A ME veio como um diferencial competitivo que muitas empresas

produtivas e prestadoras de serviços já utilizam para obtenção de benefícios

favoráveis e como essenciais marcarem presença no mercado de trabalho,

garantindo assim resultados esperados. Este sistema não tem restrições para sua

utilização, não tem como exigência uma linha de produção ou outros métodos como

o Kanban ou Just-in-time, portanto qualquer organização pode se adaptar a ele.

O objetivo com isso tudo é aumentar a produtividade cada vez

mais e atender as expectativas e desejos dos clientes com melhor eficiência. Dessa

forma, todos terão benefícios, como por exemplo: a diminuição do esforço dos

funcionários, menos equipamentos estarão em uso aproximando-se cada vez mais

daquilo que os clientes necessitam.

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3.6 - Kanbans e Cartões

Kanban é uma palavra de origem japonesa e trás como significado cartão ou

sinal, sua criação tem por objetivo controlar a transferência de produtos e materiais

de um determinado estágio a outro. Este cartão é uma ferramenta de trabalhoficando diretamente com os clientes, dessa forma eles podem a qualquer momento

utilizá-lo como um alerta para os fornecedores sobre quais materiais devem ser

enviados, torna-se uma forma simplificada de comunicação (OHNO, 1997).

De acordo com o mesmo autor, tanto o Kanban como também o Sistema

Toyota de Produção sugiram após a Segunda Guerra Mundial no Japão ambos

foram desenvolvidos por Taiichi Ohno. Kanban é visto como uma ferramenta de

trabalho a fim de facilitar o planejamento.O kanban surgiu com o objetivo que as mais diversas organizações almejam

facilitar a entrega e a produção de peças e produtos com agilidade. Esse método

pode ser aplicado também em indústria montadoras desde que tenha um

determinado nível de produção estável, a partir do momento que esse nível oscile

seu uso será dificultoso.

Segundo Liker e Meier (2006, p. 30):

“O sistema Kanbam quase sempre é visto como a assinatura doSistema Toyota de Produção. Mas os princípios subjacentes e ossistemas necessários para fazê-lo funcionar eficazmente muitasvezes são mal compreendidos.”

Na visão de Ohno, (1997, p. 47):

“No Sistema Toyota de Produção, o Kanban impede totalmente asuperprodução. Como resultado, não há necessidade de estoqueextra e, consequentemente, não há necessidade de depósito e doseu geente. A produção de inumeráveis controles em papel tambémse torna desnecessária.”

A confiança e segurança são componentes importantes para ambas às

partes, pois a utilização do Kanban relacionado ao conceito de Just in Time, está

diretamente ligado a qualidade dos produtos e materiais produzidos, ou seja, sendo

feito com qualidade desde o início seu final conseqüentemente será um resultado

bem feito.

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Já que a confiança é primordial e segura para quem utiliza o método Kanban

chega-se quase a ser desnecessário a verificação no que se refere aos pedidos

realizados, a confiança é algo que tem que vir enraizado em todos.

De acordo com Ohno (1997, p. 46):

“O Kanban é uma daquelas ferramentas que, se utilizadainadequadamente, pode causar uma série de problemas. Para usar oKanban correta e habilmente, devemos entender com clareza seupropósito e seu papel e então estabelecer regras para seu uso.”

3.7 - Tipos de Kanban

Hoje em dia as empresas procuram agilidade e rapidez em relação a seus

materiais e produtos fabricados, no entanto todas buscam um sistema mais prático

para tal realização e retorno favorável do mercado de trabalho. O Kanban, como já

dissemos, é um meio que está sendo muito utilizados pelos empreendedores.

O sistema Kanban substitui as formas antigas de solicitação de peças ou

produtos, como os formulários que por muito tempo foram utilizados pelas

empresas. Sua utilização se dá principalmente nos depósitos onde são guardados

os estoques. Os cartões ou caixas, conhecidos por Kanbans físicos podem também

ser conhecidos por Kanbans de Movimentação ou Produção. De qualquer forma,

este sistema veio para que todos consigam a produção desejada, almejando seus

objetivos.

Na realidade, os Kanbans são de total responsabilidade da logística de cada

empresa, pois se referem à diminuição de produtos estocados que são alcançados

com a rápida circulação dos materiais e produtos. Podemos dizer que existem três

tipos de Kanbans que se destacam abaixo:

Kanban de Produção:  sinaliza que um determinado produto deva ser fabricado,

dando início a sua produção e estocagem do mesmo.

Kanban de Transporte:  soa como um sinal para a produção de que um

determinado produto deve ser transferido para um local específico retirando-o do

atual estoque.

Kanban do Fornecedor:  este tipo de Kanban é mais utilizado por fornecedores

externos, sendo bastante parecido com o Kanban de Transporte.

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Como tudo dentro de uma organização é fundamental que todo o sistema

ocorra de forma integrada, na qual todos estarão unidos para uma determinada

produção. Sendo assim, o quesito qualidade está sempre acima de qualquer outro

item.

Para que se alcance a qualidade tão esperada é necessário que tanto osoperários quanto os seus superiores se questionem sobre determinadas tarefas e

processos a fim de chegarem a alta qualidade dos produtos. Muitas empresas

utilizam os CCQs como subsídios para um melhor rendimento e produção, com ele é

possível corrigir eventuais erros, superar desafios considerados difíceis, integrar a

empresa, ou seja, os CCQs aperfeiçoam o sistema produtivo de forma positiva.

A idéia da criação do sistema Kanban, seja ele de que tipo for, surgiu para

agilizar o processo produtivo de determinado produto, ou seja, ao receber o Kanbande imediato dispara-se o transporte, o fornecimento ou a produção de uma unidade

ou de um conjunto de unidades. Tem empresas que possuem como recursos

quadros grandes expostos pelas fábricas, chamados por quadros Kanbans .

Sendo assim, quando há a ocorrência de um cartão que é passado do posto

de consumo para o posto de fornecedor significa que determinado produto tem que

rapidamente ser reabastecido em estoque. E quando o posto fornecedor encaminha

certo produto ao posto consumidor traz consigo o cartão para uma futura utilização.

3.8 - Poka-Yoke

Numa determinada organização que adota como princípio o padrão da ME,

recebe total apoio do sistema Poka Yoke, conhecido por à prova de erros, sendo

este desenvolvido com o objetivo de dar suporte à eventuais problemas que venha a

ocorrer dentro da organização como também a futuras decisões.

De acordo com Ohno (1997, p. 130):

“A fim de fabricarmos produtos de qualidade 100% do tempo, sãonecessárias inovações nos instrumentos e equipamentos a fim de seinstalar os dispositivos para a prevenção de defeitos. Isto é chamadode Poka-Yoke.”

A utilização do sistema Poka Yoke preza pela suprema qualidade dos

produtos, evitando, portanto a observância de erros. Sua ênfase se dá pela redução

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de custos, eliminação de deformidades e imperfeições nos produtos, contudo a

confiança com o cliente será fidedigna.

O sistema Poka Yoke pode ser utilizado em diversas situações uma delas

podemos nos referir as operações manuais que requer total atenção e cuidado do

operador; quando se observa a necessidade de ajustamentos e eventuais causasque podem aparecer, como também seu uso se dá na fabricação de produtos

variados.

Segundo Shingo (1996, p.55):

“Inspeção sucessiva, auto-inspeção e inspeção da fonte podem sertodas alcançadas através do uso de métodos Poka-yoke. O Poka-yokepossibilita a inspeção 100% através de controle físico ou mecânico.”

Segundo Shingo (1996, p.56) há três tipos de Poka-yoke de controle:

“Método de contato. Identifica os defeitos em virtude da existência ounão de contato entre o dispositivo e alguma característica ligada à formaou dimensão do produto.Método de conjunto. Determina se um dado número de atividadesprevistas é executado.Método de etapas. “Determina se são seguidos os estágios ouoperações estabelecidas por um dado procedimento.”

Deve se ter em mente alguns passos importantes para a escolha e adoção de

métodos de controle de qualidade considerados eficazes, como por exemplo:

primeiramente deve-se investigar qual o sistema de inspeção que melhor agrada e

satisfaz as necessidades de um determinado processo. Depois disso, é necessário

identificar um método de controle e frequência (Poka Yoke) que tenha a capacidade de

satisfazer a inspeção desejada.

3.9 - Just-in-time

Neste sistema o trabalho adotado pelo JIT seria a produção puxada durante

todo o processo de produção, sua ênfase se dá em relação a um material específico, ou

seja, material esse que será solicitado se de fato houver a necessidade de sua

utilização.

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Nota-se uma característica neste sistema bastante procurada pelos empresários

que seria a redução de gastos, evitando assim que ocorram desperdícios e superlotação

nos estoques.

Como vimos, a produção puxada difere da produção empurrada em relação ao

acúmulo de materiais estocados que esta segunda dispõe, e consequentemente dispõetambém de mais gastos para conservar um elevado número de materiais armazenados

em estoque.

Segundo Ohno (1997, p. 92):

“O Just-in-time é um conceito único. Considerando o quanto é difícilentende-lo, mesmo agora, eu não posso deixar de mostrar respeito pelarica imaginação de Toyoda Kiichirõ.”

O JIT procurar descobrir o porquê está acontecendo o problema com seus

materiais produzidos e por consequência tentar resolvê-los, justamente porque sua

intenção é sanar o problema e descobrir que o causa que sua filosofia de trabalho é a de

que se obter um menor número de produtos estocados tem-se uma maior probabilidade

de localizar esse erro e não repeti-lo mais.

No entanto, este sistema veio para realmente questionar os produtos fabricados

de forma positiva para o mercado de trabalho, buscando melhorias e qualidades nosmateriais. Dessa forma, podemos notar um padrão novo de administração, visando

novas formas de encarar os problemas rotineiros que possam vir a surgir.

De acordo com Gianesi e Corrêa (1993, p. 44):

“O Just in Time, JIT como é conhecido, surgiu no Japão, em meadosda década de 70, sendo o centro de sua criação e desenvolvimento aToyota Motor Company. Essa por sua vez buscava um sistema deadministração da produção que tivesse a capacidade de coordenar aprodução de acordo com a demanda de diferentes modelos e coresde veículos e sem atraso. Desde já percebemos a necessidade deflexibilidade e confiabilidade do sistema.”

De acordo com a citação acima, o JIT foi criado no Japão, passando em

seguida ser bastante conhecido no ocidente que a partir do momento que tomaram

ciência de suas técnicas e ferramentas de trabalho passaram a utilizá-lo em sua maioria

com êxito. Sendo assim, a grande maioria dos gerentes adotou este sistema como

garantias de resultados favoráveis para a empresa.

Na visão de Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 482):

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“JIT significa produzir bens e serviços exatamente no momento em quesão necessários. Estes autores querem dizer mais uma vez que não háa necessidade de se produzir um número grande de produtos sem suareal necessidade, ou seja, a produção em excesso leva a um acúmulode estocagem e com isso um aumento nos gastos.”

Ainda de acordo com os mesmos autores, fabrica-se exatamente o que o cliente

pedir naquele momento dando total atenção e qualidade ao produto necessitado, com

isso nota-se um faturamento maior e como primordial a satisfação do cliente torna-se

notória. 

De acordo com Ohno (1997, p. 25):

“A base do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação dodesperdício.”

Sendo esta sua principal caraterística e filosofia de trabalho do sistema JIT, com

o objetivo principal de melhorar sucessivamente o processo produtivo, tanto em relação

aos produtos produzidos como também aos serviços prestados aos clientes.

Na visão de Alvarez (2001, p. 321):

“JIT vai alem de simples técnicas de administração da produção. Suaabrangência acaba se tornando uma filosofia ampla, abrangendo einteragindo administração de materiais, pessoas, qualidade,organização do trabalho etc.”

3.10 - Vantagens e Desvantagens do JIT

A estratégia competitiva da empresa é uma das contribuições vantajosas desse

sistema de produção conhecido por JIT. Alguns critérios competitivos zelam pelasmelhorias através dos critérios relacionados abaixo:

• Melhoria da qualidade;

• Aumento do fluxo;

• Redução de custos;

• Maior confiabilidade dos sistemas, pela robustez do sistema, atingida através da maior

visibilidade dos problemas e soluções dos mesmos.

• Aumento da flexibilidade, através da resposta do sistema, atingido pela redução dos

tempos de processamento;

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Um ponto negativo na interpretação de Pozo (2004, p. 132):

“É a visão que muitas empresas têm de JIT, usando a filosofia deforma míope apenas para reduzir custos e aumentar lucros. Essavisão é enganosa uma vez que se trata de um processo de longoprazo, dinâmico e que envolve outros fatores como qualidade e

satisfação do cliente como visão estratégica.”

Uma das principais limitações do JIT está ligada a própria flexibilidade de faixa do

sistema produtivo, no que tange a variedade de produtos oferecidos e as variações de

demanda de curto prazo. Isso de certa forma provoca limitações no mix. O sistema JIT

precisa de demanda estável para balancear o fluxo, o que sabemos não ser possível

pelas oscilações do mercado. Ocorre que quanto maior a instabilidade do mercado

maior será a necessidade de aumentar estoques, o que vai contra a própria filosofia JIT.

3.11 - Automação

Segundo Ohno (1997, p. 91):

“Os dois pilares do sistema Toyota de Produção são a automação e oJust-in-time”. “São pilares fundamentais para seu desenvolvimento eaprovação de todos com sucesso e primazia nos produtos.”

De acordo com o mesmo autor citado acima, automação traz como conhecimento

que determinado produto não irá precisar dos cuidados humanos, ou seja, tudo será

automatizado. Porém, esta afirmação é até hoje muito discutida no mundo empresarial,

pois mesmo com o sistema automatizado para sua execução e desenvolvimento

precisou-se da mão-de-obra humana.

Essa discussão se estende por vários anos, porém não é a visão sociológica ou

filosófica o principal objetivo desde trabalho. Cerca de anos a Automação estárelacionada a mecanização, praticamente na época de 3500 a 3200 a.C., desde que a

roda passou a ser conhecida e utilizada. 

Segundo Ohno (1997, p. 91):

“A automação surgiu das idéias e prática de Toyoda Sakichi. Otear auto-ativado do tipo Toyota que inventou, era rápido eequipado com um dispositivo para parar automaticamente amáquina quando qualquer um dos fios torcidos rompesse ou o

fio da trama finalizasse.”

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O propósito era ocorrer a substituição da mão-de-obra por outros fatores como a

automatização do trabalho, sendo assim haveria mais tempo livre para outras atividades

que o funcionário quisesse fazer, favorecendo esse tempo para seu próprio crescimento

profissional ou intelectual, como: buscar atividades de lazer, artísticas e recreação

(SILVEIRA & SANTOS, 1998).Portanto, qualquer sistema que esteja computadorizado ou automatizado, nos

tempos modernos, significa que o trabalho braçal foi substituído.

Hoje em dia, tudo é válido para se obter melhores resultados nos produtos e

materiais fabricados pelas empresas, desde que essas melhorias contem também com

um baixo custo para todos. Ou seja, a implementação da automação industrial veio para

somar dentro das organizações, melhorando a produtividade e qualidade nos processos

internos e externos, apoiando tanto o Sistema de Produção Toyota como também osSistemas Flexíveis de Manufatura.

Outro ponto de vista da automação é mostrado através dos conceitos de Ohno

(1997, p. 129):

“O Sistema Toyota de produção utiliza autonomação, ou automaçãocom um toque humano, ao invés de simples automação.Autonomação significa a transferência de inteligência humana parauma máquina. O conceito originou-se do tear auto-ativado de Toyoda

Sakichi.”

No momento em que houver a necessidade de parar a linha de produção por

eventuais erros será exigido que um operário assim o faça para sanar o erro e outros

que por ventura possa surgir. As empresas que adotam a automação adquirem produtos

com excelência em qualidade, impedindo produção de materiais com defeitos e

extinguindo a produção em excesso.

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