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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Bacharelado em Química César Augusto Rocha Elton de Freitas Silva Roberta Cristina Carvalho de Souza POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO: UMA MACROMOLÉCULA BIODEGRADÁVEL LINS - SP 2013

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Bacharelado em Química

César Augusto Rocha

Elton de Freitas Silva

Roberta Cristina Carvalho de Souza

POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO: UMA

MACROMOLÉCULA BIODEGRADÁVEL

LINS - SP

2013

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CÉSAR AUGUSTO ROCHA

ELTON DE FREITAS SILVA

ROBERTA CRISTINA CARVALHO DE SOUZA

POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO: UMA

MACROMOLÉCULA BIODEGRADÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Curso de Bacharelado em Química, realizado sob a orientação da Prof. Ma. Elisete Peixoto de Lima.

LINS - SP

2013

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Rocha, César Augusto; Silva, Elton de Freitas; Souza, Roberta Cristina Carvalho de

Polímero de entretenimento: uma macromolécula biodegradável / César Augusto Rocha; Elton de Freitas Silva; Roberta Cristina Carvalho de Souza. – – Lins, 2013.

91p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Bacharelado em Química, 2013.

Orientadora: Elisete Peixoto de Lima

1. Química. 2. Química Orgânica. 3. Polímeros. 4. Poliacetato de Vinila. 5. Ligações Cruzadas. 6. Monômeros. I Título.

CDU 54

S579p

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CÉSAR AUGUSTO ROCHA

ELTON DE FREITAS SILVA

ROBERTA CRISTINA CARVALHO DE SOUZA

POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO: UMA

MACROMOLÉCULA BIODEGRADÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium, como requisito obrigatório, para obtenção do título de

Bacharel em Química.

Aprovado em: 09 / 12 / 2013.

Banca Examinadora:

Professora Orientadora: Elisete Peixoto de Lima.

Titulação: Mestre em Odontologia - Saúde Coletiva.

Assinatura:______________________________.

1ª Professora: Terezinha Fiala Modesto.

Titulação: Especialista em Química.

Assinatura:_______________________________.

2º Professor: Marcos José Ardenghi.

Titulação: Mestre de Educação em Matemática.

Assinatura:_______________________________.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha querida vó paterna Maria Almerinda, que

sempre me ajudou e me cativou em todos os momentos, a meus pais Suely e

José, por tudo que fizeram e empenharam pela minha formação. Aos

professores que com dedicação e compreensão, me ajudaram na elaboração

deste trabalho de conclusão de curso. E finalmente a Deus por tudo que me

proporcionou na vida.

Elton

Sendo coerente não poderia deixar de dedicar este trabalho a meu

namorado Marcos, que durante o desenvolvimento deste projeto contribuiu

muito com sua experiência profissional, além de se mostrar um grande amigo e

companheiro como sempre, durante todos esses anos. É assim que juntos

vamos nos apoiando e ultrapassando os obstáculos para alcançarmos nossos

objetivos.

Roberta

Sou abençoado por estar cercado de pessoas que me ajudam e

contribuem para as minhas conquistas, por isso dedico esse trabalho à minha

mãe Dona Lena, guerreira, que me deu base para tudo o que sou, à minha filha

Naiara, razão de tudo o que faço, a minha namorada Thays, companheira

sempre disposta a ajudar e aos amigos do grupo, Elton e Roberta, pilares

principais dessa conquista.

César

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pela força e coragem atribuída a

nós durante toda esta caminhada, pois foi quando nos sentimos desanimados e

perdidos em nossos objetivos e ideais que o senhor se fez presente a cada dia,

renovando nossas energias e nos fazendo vencedores em sua glória, através

de sua benção e proteção em todos os momentos da vida.

Aos nossos pais Suely e José, Rosana e Roberto, Maria Madalena e

Sidnei pelo incansável apoio, incentivo, coragem, carinho, amizade e

dedicação.

Aos docentes do Curso de Bacharelado em Química do Unisalesiano,

Elisete, Terezinha, Olayr, Araújo, Marcos, João Artur, Francisco e ao

inesquecível senhor Calças pela sua experiência de vida, agradecemos pelos

valiosos ensinamentos ministrados em suas disciplinas e pela atenção e

dedicação durante todo o curso.

Aos amigos de perto e de longe, pelo amor e preocupação

demonstrados através das ligações e e-mails. Obrigado a vocês que nas horas

difíceis nos revigoraram com certezas, força e alegria.

Aos colegas da turma pela amizade e companheirismo, partilhada

durante o período de graduação ao decorrer dos semestres.

Um agradecimento especial a orientadora professora Ma. Elisete, pelo

apoio, incentivo, confiança e principalmente pela amizade construída durante

esta graduação.

Gostaríamos também de deixar nossos agradecimentos aos membros

da banca, que aceitaram participar da nossa avaliação e com isso contribuir

para a finalização deste trabalho.

Enfim agradecemos a todos àqueles que até este momento contribuíram

de alguma maneira para a conclusão deste trabalho, seja no meio acadêmico,

profissional ou pessoal.

A todos vocês e aqueles que por ventura tenhamos esquecido, os

nossos sinceros agradecimentos e gratidão.

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EPÍGRAFE

“Para realizar grandes conquistas devemos não apenas agir, mas também sonhar, não apenas planejar, mas também acreditar”.

Anatole France “A química deve ser aprendida porque representa uma das formas de ver mundo e de interpretá-lo. Um cidadão tem uma visão parcial do mundo quando não domina os princípios fundamentais da química”.

Gallo Neto

“Ao homem que teme ao senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher. Na prosperidade repousará a sua alma e a sua descendência herdará a Terra”.

Salmo 25; 12:13

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RESUMO

A descoberta dos polímeros revolucionou o cotidiano da humanidade, possibilitando o desenvolvimento de diferentes tipos de materiais, que proporcionaram a expansão da produção industrial. O polímero de entretenimento é uma macromolécula biodegradável, formada após a reação de polimerização. Nesse processo o ânion borato atua na formação das ligações cruzadas fazendo o agrupamento dos monômeros para formação do polímero, conhecido e comercializado no Brasil como geléca ou amoeba. Devido as características apresentadas, possa ser utilizado como ferramenta para o desenvolvimento da atividade experimental, contribuindo para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de Química, tendo como objetivo a demonstração do mecanismo da reação de polimerização do poliacetato de vinila como ferramenta facilitadora de ensino-aprendizagem, contribuindo para o melhor entendimento de conteúdos teóricos. No primeiro capítulo, apresenta-se a história, descoberta, evolução e desenvolvimento dos polímeros. Aborda-se também a reciclagem e a reutilização para preservação do meio ambiente, bem como a definição de monômeros e polímeros, estrutura física, suas propriedades, as ligações cruzadas que ocorrem na reação de polimerização, o processo de transição vítrea e os principais conceitos teóricos de aprendizado da reação de polimerização de forma lúdica e interativa. No segundo capítulo, expõe-se o mecanismo da reação de polimerização, para a obtenção do poliacetato de vinila, algumas de suas propriedades e aplicações na área industrial. No terceiro capítulo, disserta-se sobre o polímero de entretenimento, sua aplicabilidade na área educacional, suas propriedades e estudo do grau toxicológico dos produtos utilizados em sua fabricação. No quarto capítulo, apresentam-se os materiais e métodos utilizados no desenvolvimento das etapas teórica e prática, a aplicação do questionário, o procedimento experimental. No quinto capítulo, as discussões e os resultados são apresentados por meio da análise prévia de cada questão abordada, a metodologia aplicada baseia-se em duas etapas, na primeira realiza-se a apresentação teórica sobre o processo de polimerização, na segunda etapa desenvolve-se a atividade experimental aplicando-se os conceitos teóricos na prática, e finalmente a aplicação do questionário para avaliação do ensino-aprendizado. Conclui-se que a abordagem teórico-experimental e a obtenção do próprio produto facilitou o conhecimento acerca dos polímeros.

Palavras-chave: Química. Química orgânica. Polímeros. Poliacetato de vinila. Ligações cruzadas. Monômeros.

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ABSTRACT

The discovery of polymers revolutionized the daily lives of humanity, enabling the development of different types of materials, provided that the expansion of industrial production. The polymer is a biodegradable macromolecule entertainment, formed after the polymerization reaction. In this process the borate anion acts in the formation of crosslinked doing the grouping of monomers to polymer formation, known and marketed in Brazil as Geléca or Amoeba. Due to the characteristics presented, can be used as a tool for the development of experimental activity, contributing to the development of the teaching-learning process chemistry, aiming to demonstrate the reaction of polymerization of polyvinyl vinyl facilitative mechanism as teaching tool learning, contributing to a better understanding of theoretical concepts. The first chapter presents the history, discovery, evolution and development of polymers. Also approaches to recycling and reuse to preserve the environment as well as the definition of monomers and polymers, physical structure, their properties, crosslinking occurring in the polymerization reaction, the process of glass transition and the main theoretical concepts learning the polymerization reaction in a playful and interactive way. The second chapter sets up the mechanism of the polymerization reaction, for obtaining polyvinyl vinyl, some of their properties and applications in the industrial area. In the third chapter, dissertations on the polymer entertainment, its applicability in the educational area, their toxicological properties and study the degree of the products used in their manufacture. The fourth chapter presents the materials and methods used in the development of theoretical and practical steps, the questionnaire, the experimental procedure. In the fifth chapter, the discussions and the results are presented through prior analysis of each issue addressed, the methodology is based on two steps, the first performs the theoretical presentation on the polymerization process, developed in the second stage the experimental activity applying theoretical concepts in practice, and finally the questionnaire for the assessment of teaching and learning. It is concluded that the theoretical and experimental approach and getting the product itself facilitated the knowledge of polymers.

Keywords: Chemistry. Organic chemistry. Polymers. Polyvinyl vinyl. Crosslink. Monomers.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Códigos de reciclagem utilizados nas embalagens plásticas ............ 23

Figura 2: Variação da propriedade física dos polímeros. .................................. 26

Figura 3: Ligações cruzadas que são formadas entre as cadeias poliméricas no

proceso de vulcanização da borracha .............................................................. 27

Figura 4: A) Representação da borracha não vulcanizada; B) Borracha

vulcanizada não esticada; C) Borracha vulcanizada e esticada. ...................... 28

Figura 5: A) Polímero termoplástico ou linear. .................................................. 31

Figura 6: Estrutura molecular do polietileno de baixa densidade. ..................... 33

Figura 7: Estrutura molecular do polietileno de alta densidade. ....................... 34

Figura 8: Polímero tridimensional. .................................................................... 36

Figura 9: B) Polímero termofixo ........................................................................ 37

Figura 10: Reação de polimerização para obtenção da baquelite. ................... 38

Figura 11: A) As macromoléculas lineares se entrelaçam, como fios; B) As

macromoléculas entrelaçadas são alinhadas quando o polímero é esticado. .. 39

Figura 12: Um clipe representando um monômero. .......................................... 41

Figura 13: Os clipes agrupados representando um polímero ou uma

macromolécula .................................................................................................. 42

Figura 14: Representação da reação de polimerização, utilizando os clipes. ... 42

Figura 15: Reação de polimerização pelo método explicativo da corrente. ...... 43

Figura 16: Reação de polimerização do etileno. ............................................... 44

Figura 17: Reação de polimerização do acetato de vinila para formação do

PVA. .................................................................................................................. 45

Figura 18: Comportamento físico de um polímero, de acordo com sua massa

molar e da temperatura (Tg e Tm) .................................................................... 47

Figura 19: Composição das tintas. .................................................................... 50

Figura 20: Processo de fabricação das tintas a base de PVA. ......................... 51

Figura 21: Ligações química entre os monômeros. .......................................... 72

Figura 22: Substância formada após a reação de polimerização. .................... 73

Figura 23: Perda de água por evaporação no processo de transição vítrea do

polímero ............................................................................................................ 74

Figura 24:Comportamento de um fluído não newtoniano. ................................ 75

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Figura 25: Função do ânion borato na reação de polimerização. ..................... 75

Figura 26: Conceitos teóricos e práticos no ensino-aprendizagem. .................. 76

Figura 27: Conceito explicativo no ensino-aprendizagem. ................................ 77

Figura 28: Macromolécula flexível, viscosa e elástica. ..................................... 78

Figura 29: O ensino é facilitado com a realização de atividades ...................... 78

Figura 30: A) Aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem. ............. 79

Figura 31: B) Aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem. ............. 80

Figura 32: Avaliação do ensino-aprendizagem. ................................................ 80

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Densidade de alguns polímeros. ....................................................... 30

Tabela 2: Principais características físico químicas do PEBD. ......................... 34

Tabela 3: Principais características físico químicas do PEAD. ......................... 35

Tabela 4: Proporção para diluição do PVA e quantidade de tetraborato e sódio

necessária para polimerização ......................................................................... 70

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

a.C.: Antes de Cristo

ACGIH: Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais

ABRINQ: Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos

Buna N: Perbunan, Borracha nitrílica, Nitrilo butadieno ou Borracha NBR

Buna S: Estireno butadieno ou Borracha SBR.

°C: Graus Celsius

Cat.: Catalisador

EUA: Estados Unidos da América

g/cm3: Gramas por centímetro cúbico

g/mol: Gramas por mol

INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

mg: Miligramas

mL: Mililitros

MPa: Megapascal

Mra: Mestra

Na2B4O7.10 H2O: Tetraborato de sódio decahidratado.

OSHA: Administração de Segurança e Saúde Ocupacional

OMS: Organização Mundial da Saúde

ppm: partes por milhão

PVC: Policloreto de vinila

PVA: Poliacetato de vinila

PMNA: Polimetilmetacrilato, acrílico, plexiglas, polimetacrilato

PTFE: Teflon ou Politetrafluoretileno

PU: Poliuretano

PP: Polipropileno

PC: Policarbonato

PS: Poliestireno

PET: Polietileno tereftalato ou politereftalato de etileno.

PEAD ou HDPE: Polietileno de alta densidade

PEBD ou LDPE: Polietileno de baixa densidade

P: Pressão

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p.: Página

T: Temperatura

Tg: Temperatura de transição vítrea

Tm: Temperatura de fusão

Unisalesiano: Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins/SP

v.: Volume

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

CAPÍTULO I ...................................................................................................... 17

1 HISTÓRIA DOS POLÍMEROS

1.1 Os plásticos e os polímeros sintéticos ........................................................ 21

1.2 Os monômeros e os polímeros ................................................................... 24

1.3 Estrutura dos polímeros sintéticos .............................................................. 25

1.3.1 Polímeros lineares ou termoplásticos ..................................................... 30

1.3.1.1 Polietileno de baixa densidade (PEBD ou LDPE) ................................. 33

1.3.1.2 Polietileno de alta densidade (PEAD ou HDPE) ................................... 34

1.3.2 Polímeros tridimensionais ou termofixos ................................................ 36

1.3.3 Cadeias rígidas e cadeias flexíveis: a transição vítrea ........................... 39

1.4 Simulação da reação de polimerização, pelo método dos clipes ............... 41

1.5 A polimerização .......................................................................................... 43

CAPÍTULO II ..................................................................................................... 45

2 POLIACETATO DE VINILA (PVA)

2.1 A elasticidade, a flexibilidade e a viscosidade do PVA ............................... 46

2.2 A reticulação ............................................................................................... 48

2.3 Aplicabilidade do PVA na área industrial .................................................... 49

2.3.1 Fabricação de tintas residenciais a base de PVA .................................. 49

2.3.2 Fabricação de chicletes .......................................................................... 52

CAPÍTULO III .................................................................................................... 55

3 O POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO

3.1 Aplicabilidade do PVA na área educacional ............................................... 56

3.2 Fluído não newtoniano ............................................................................... 57

3.3 Estudo do grau toxicológico dos reagentes e produtos .............................. 59

3.3.1 Toxicologia do tetraborato de sódio ....................................................... 60

3.3.2 Toxicologia do PVA ................................................................................ 61

3.3.3 Toxicologia do polímero de entretenimento............................................ 62

3.3.4 Toxicologia dos corantes ........................................................................ 63

3.3.5 Toxicologia das essências...................................................................... 65

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CAPÍTULO IV .................................................................................................... 66

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Aspectos metodológicos ............................................................................. 67

4.2 Metodologia / procedimento ....................................................................... 68

4.3 Teste de dosagem ...................................................................................... 70

CAPÍTULO V..................................................................................................... 72

5 DISCUSSÕES E RESULTADOS

CONCLUSÃO ................................................................................................... 82

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 83

APÊNDICE........................................................................................................ 89

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INTRODUÇÃO

A descoberta dos polímeros revolucionou o cotidiano da humanidade,

possibilitando o desenvolvimento de diferentes tipos de materiais, como o

polietileno, utilizado na fabricação de garrafas plásticas, brinquedos, sacolas

plásticas entre outros artefatos, possibilitando a expansão da produção

industrial, proporcionando o desenvolvimento de novos materiais com

características físicas e químicas inovadoras, substituindo praticamente tudo

que era fabricado com matérias primas de origem natural, como o vidro, os

metais, a madeira e o algodão.

Polímeros são macromoléculas formadas pela união de vários

monômeros que se agrupam através das ligações cruzadas, através da reação

de polimerização, classificados em polímeros naturais, derivado do refinamento

do petróleo e polímeros sintéticos ou artificiais conhecidos como os plásticos.

O polímero de entretenimento é um brinquedo conhecido e

comercializado no Brasil como geléca ou amoeba, em outras partes do mundo

recebe outras denominações como slime, flubber, pettimoko. Essa substância,

por suas características, apresenta o comportamento de fluido não newtoniano,

se comportando de forma sólida e líquida ao mesmo tempo. Problematiza-se

que devido a essas características de se comportar como sólido e líquido, ao

mesmo tempo, possam ser utilizados como ferramenta para o desenvolvimento

de uma experiência lúdica e interativa, contribuindo para o desenvolvimento do

processo de ensino aprendizagem de Química.

Acredita-se que o dueto, teoria e prática, possa ser uma alternativa para

melhoria contínua da aprendizagem, na elucidação de uma reação de adição e

de como o ligante cruzado atua no agrupamento dos monômeros, além dos

fatores que interferem na reação de polimerização.

O objetivo deste trabalho é apresentar o mecanismo da reação de

polimerização do poliacetato de vinila, utilizando como ferramenta facilitadora

da aprendizagem uma atividade prática, simples e interativa, para obtenção do

polímero, contribuindo para o melhor entendimento de conteúdos teóricos que

muitas vezes apresentam-se de forma muito abstrata.

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No primeiro capítulo, apresenta-se a história, descoberta, evolução e

desenvolvimento dos polímeros. Aborda-se também a reciclagem e a

reutilização de alguns tipos de polímeros para preservação do meio ambiente,

bem como os conceitos de monômeros e polímeros, sua estrutura física, suas

propriedades, as ligações cruzadas que ocorrem na reação de polimerização, o

processo de transição vítrea e os principais conceitos teóricos de aprendizado

da reação de polimerização.

No segundo capítulo, expõe-se o mecanismo da reação de

polimerização, para a obtenção do poliacetato de vinila, algumas de suas

propriedades, a importância do agente ligante na formação da reticulação e sua

aplicabilidade industrial na fabricação de tintas, chicletes, massa corrida,

adesivos e colas, vidros especiais e laminados para veículos, filmes plásticos

para alimentos e cápsulas de remédios e na preparação do polímero de

entretenimento.

No terceiro capítulo, disserta-se sobre o polímero de entretenimento, sua

aplicabilidade na área educacional como facilitador do processo de ensino

aprendizagem, suas propriedades de fluído não newtoniano, bem como o

estudo do grau toxicológico dos reagentes e produtos utilizados em sua

fabricação.

No quarto capítulo, apresentam-se os materiais e métodos utilizados no

desenvolvimento das etapas teóricas e práticas, a aplicação do questionário

aos discentes participantes, o procedimento experimental, o teste de dosagem

e uma prévia da análise dos resultados.

No quinto capítulo, as discussões e os resultados são apresentados,

através da tabulação dos dados obtidos, por meio da análise prévia de cada

questão abordada, verificando-se que os procedimentos teóricos e práticos

desenvolvidos de maneira simplificada, abrangente lúdica e interativa.

Conclui-se que a abordagem teórico-experimental, com enfoque

investigativo facilitou a construção do conhecimento acerca dos polímeros com

comportamento de fluido não newtoniano envolvendo os discentes, na

obtenção do próprio produto da sua experiência.

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CAPÍTULO I

1 HISTÓRIA DOS POLÍMEROS

Na história da humanidade há várias descobertas que mudaram o rumo

do seu desenvolvimento, uma delas ocorreu com o aparecimento do polímero,

que criado de forma acidental, foi ocupando seu espaço, se desenvolvendo e

facilitando a vida das pessoas, devido a sua ampla utilização (SANTOS; MÓL,

2010).

Uma destas descobertas ocorreu com o surgimento dos plásticos, uma

grande invenção que mudou radicalmente o modo de produção das indústrias,

que de certa forma se adaptaram as novas condições de produção, dando o

início a uma nova era, conhecida como a idade dos plásticos (SANTOS; MÓL,

2010).

Nessa nova era houve o predomínio da utilização dos polímeros na

fabricação de objetos, utensílios, equipamentos, embalagens, entre outros

(ALLINGER; CAVA; JONGH, 1976)

Antes dessa descoberta, muitos materiais poliméricos, já eram utilizados

desde a antiguidade, como o verniz extraído de uma árvore do gênero Rhus

vernicflua, descoberto pelos chineses 1000 anos antes de Cristo (a.C.), que foi

utilizado como tinta impermeável na pintura de móveis até o ano de 1950, por

apresentar brilho e aumentar a durabilidade do móvel (GORNI, 2003).

De acordo com Gorni (2003), em 79 a.C. ocorreu a descoberta do

âmbar, uma resina termoplástica, extraída das árvores fossilizadas, na costa

do Mar Báltico, que foi utilizado para fabricação de peças através da

moldagem por compressão.

No entanto em 1943, Cristovão Colombo em uma de suas viagens,

nota que os nativos se divertiam e brincavam com bolas, feitas com uma

goma chamada de cauchu, extraída da seringueira Hevea brasiliensis,

ele observa que quando tocava o chão, ela pulava devido a sua

elasticidade, esse material foi chamado de borracha natural (SANTOS; MÓL,

2010).

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18

Segundo Gorni (2003), em 1650 John Tradescant, começa a utilizar a

gutta-percha, um outro elastômero natural extraído da casca da palaquium,

uma planta originária da Malásia, para a fabricação de mangueiras de jardim.

Porém em 1770, Priestley descobre as propriedades da borracha, de

remover e apagar as marcas feitas em uma folha de papel, devido a isso

colocou o nome da borracha, em inglês, de rubber (GORNI, 2003).

Já em 1835, o francês Victor Regnault, descobre o cloreto de vinila, um

monômero do policloreto de vinila (PVC), que foi polimerizado com o auxílio da

luz solar e em 1838 divulga o nitrato de celulose (BARBOSA, 2004).

De acordo com Gorni (2003), em 1839 ocorre a descoberta do processo

de vulcanização da borracha natural, pelo norte americano Charles Goodyear,

sendo que nesse processo adiciona-se enxofre à borracha natural, deixando-a

mais resistente, forte e flexível, possibilitando o uso desse material.

No entanto em 1840, Alexander Parkes, descobre na Inglaterra a

Parkesina, uma resina a base de nitrato de celulose, que podia ser moldada,

sendo um material muito inflamável (BRUICE, 2006).

Um novo material, foi descoberto em 1851, por Nelson Goodyear,

patenteado e comercializado com o nome de ebonite. O material era produzido

através da vulcanização da borracha, utilizando-se um excesso de enxofre. A

ebonite é uma resina dura, brilhante e escura que foi utilizada na fabricação de

bolas de boliches e placas dentárias de coloração rosa. A descoberta desta

resina foi um marco na história dos polímeros, pois foi o primeiro termofixo

usado comercialmente (GORNI, 2003).

Segundo Bruice (2006), em 1869, John Wesley Hyatt e seu irmão Isaiah,

nos Estados Unidos da América, descobriram o celulóide, um composto

formado por nitrocelulose com a adição de cânfora para reduzir a fragilidade do

plástico sintético, também conhecido como nitrato de celulose, sendo este

utilizado na fabricação de bolas de bilhar.

“O primeiro plástico sintético bem sucedido foi o celulóide, o qual foi

desenvolvido para substituir o marfim nas bolas de bilhar” (FONSECA, 2010,

p.272).

Devido a essa descoberta os irmãos Hyatt venceram uma competição

para fabricar as melhores bolas de bilhar e patentearam seu plástico feito de

nitrato de celulose e cânfora em 1878, com o nome de celulóide. Sua utilização

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se tornou muito popular para outras aplicações, como nos colarinhos e punhos

das camisetas, podendo ser moldado para fabricação de dentaduras, cabos de

facas, botões, porém outros polímeros mais modernos surgiram para

substituí-lo atualmente (FONSECA, 2010).

Em 1880 uma gravadora berlinense, começou a utilizar a goma laca

na fabricação de discos fonográficos e a utilização desse composto

durou até 1952, sendo posteriormente substituído pelo PVC

(GORNI, 2003).

Afirma Fonseca (2010) que o químico francês Louis Marie Hilaire

Bernigaud Chardonnet, em 1883, após o derramamento acidental de um

reagente descobre que havia formado fibras e filamentos a partir da celulose,

produzindo dessa forma a seda artificial, que foi nomeada de raion de

chardonnet. O raion um composto altamente inflamável, deixa de ser

atualmente empregado como fibra têxtil.

Segundo Gorni (2003) em 1900 ocorre a descoberta do silicone por

Frederic Stanley Kipping e em 1907 o norte americano Leo Hendrik Baekeland

através de uma reação de polimerização descobre a resina fenol formaldeído,

conhecida como baquelite, este foi o primeiro plástico produzido em escala

comercial.

Porém só em 1909 que Baekeland registrou sua patente da baquelite,

um polímero termofixo que substituiu diversos materiais como a madeira, o

marfim, a ebonite (GORNI, 2003).

De acordo com Solomons (2009) em 1912, Ostromislensky na Rússia,

descobre e patenteia o processo de polimerização do cloreto de vinila para

obtenção do PVC.

Já em 1927, Otto Rohm, na Alemanha, desenvolve o polimetilmetacrilato

(PMNA), iniciando a sua produção neste mesmo ano. Também conhecido

como acrílico ou plexigas, o polimetilmetacrilato ou polimetacrilato de metila foi

obtido através da reação de polimerização do metacrilato de metila

(FONSECA, 2010).

No entanto em 1928, Ziegler ao estudar os princípios da química

orgânica e os fundamentos da análise de polimerização do polietileno e do

polipropileno, descobre que utilizando-se um catalisador a reação ocorre

adequadamente (GORNI, 2003).

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20

Afirma Gorni (2003) que em 1930 a empresa Dow Chemical nos Estados

Unidos da América (E.U.A.) descobre o poliestireno através de suas pesquisas

internas, que só começa a ser produzido e comercializado no ano de 1937

(GORNI, 2003).

Em 1931, J.A.Hansbeke, desenvolve o neopreno um outro tipo de

borracha sintética e também nesse mesmo ano começa a produção do PVC na

Alemanha (VOGEL, 1971).

No ano de 1932, ocorreu o desenvolvimento dos copolímeros buna N e

da buna S na Alemanha, neste mesmo ano também ocorre a produção do

neoprene nos E.U.A. pela empresa Du Pont (GORNI, 2003).

De acordo com Gorni (2003) em 1933, ocorre a descoberta do processo

de polimerização do polietileno, sob pressão. Neste mesmo ano surge a

produção e a comercialização de produtos moldados por injeção.

O pesquisador norte americano Wallace Hume Carothers, em 1934

descobriu o nylon, na forma de fibra, chegando a um método de fabricação

prático e barato. No ano de 1935, juntamente com a empresa Du Pont (E.U.A.)

patentearam a descoberta do nylon, que se tornou um sinônimo de elegância,

beleza e sensualidade (VOGEL, 1971).

Já em 1936 começou-se a utilizar o poliacetato de vinila e o

polivinilbutiral na fabricação de vidros laminados de segurança (GORNI, 2003).

Por volta de 1938, Roy Plunkett, também da empresa Du Pont,

desenvolveu acidentalmente o teflon ou politetrafluoretileno (PTFE), neste

mesmo ano o nylon 66 começou a ser produzido pela empresa Du Pont

(GORNI, 2003).

Ressalta Gorni (2003) que em 1949 no Brasil, surge a primeira fábrica

de poliestireno, conhecida como Bakol S.A., instalada na cidade de São Paulo.

A partir de 1950, muitos outros polímeros surgiram, como as espumas

de poliuretano (PU), o polietileno linear, o polietileno de alta densidade

(PEAD),o polietileno de baixa densidade (PEBD), o polipropileno (PP), o

policarbonato (PC), o polietileno tereftalato (PET), entre outros polímeros

(FONSECA, 2010).

No entanto a partir de 1960, surgiram os polímeros de alta

tecnologia molecular que foram desenvolvidos a partir da engenharia

molecular (GORNI, 2003).

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Segundo Santos e Mól (2010) os plásticos chegaram, popularizaram-se

e tomaram conta do mercado, devido a sua acessibilidade e preços baixos.

A utilização das embalagens plásticas obtidas por processos de

polimerização deixou menor o custo do transporte dos produtos, devido ao

seu peso inferior (VOLLHARDT; SCHOORE, 2004).

A facilidade que as embalagens plásticas trouxeram, aliada a sua

praticidade, beleza, leveza e durabilidade, fizeram com que devido a sua

ampla utilização, abaixasse seu custo de produção, tornando-o mais

vantajoso comercialmente (SANTOS; MÓL, 2010).

1.1 Os plásticos e os polímeros sintéticos

Os plásticos são polímeros artificiais ou sintéticos que podem ser

moldados, para a fabricação de uma ampla linha de produtos, embalagens,

objetos, suportes (PERUZZO; CANTO, 2006).

“Para os químicos os polímeros, são materiais poliméricos, constituídos

por substâncias orgânicas sintéticas, que podem ser moldados com o auxílio

de calor e da pressão [...]” (SANTOS; MÓL, 2010, p. 137).

Afirmam Bianchi, Albrecht e Daltamir (2005) que os plásticos são

substâncias formadas, através das reações de polimerização dos monômeros,

que vão se agrupando, formando uma macromolécula conhecida como

polímero.

Quando os monômeros se agrupam através de reações químicas, por

meio das ligações covalentes ou reticulações, ocorre a formação do polímero

(BIANCHI; ALBRECHT; DALTAMIR, 2005).

Segundo Santos e Mól (2010) as indústrias químicas através das

reações de polimerização de suas pesquisas descobriram nos polímeros uma

matéria de grande versatilidade para o desenvolvimento de novos produtos

(SANTOS; MÓL, 2010).

O surgimento da grande diversidade de produtos fez com que as

Indústrias de plásticos descobrissem novas tecnologias de produção. De

acordo com o aumento da produção mundial de plásticos em 1973, o consumo

e a produção foi tão grande que superou a produção do aço (SOLOMONS,

2009).

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Os plásticos foram para os processos produtivos das indústrias, uma

grande matéria prima, utilizada na fabricação de diferentes produtos (SANTOS;

MÓL, 2010).

Para Vollhart e Schore (2004) os processos produtivos se

desenvolveram através das pesquisas e das descobertas muitas vezes

acidentais, que acarretaram no surgimento dos novos polímeros ou

macromoléculas comercializados atualmente.

Os polímeros sintéticos mudaram a face da indústria química: superando em valor os quimioterápicos, fertilizantes e corantes, os polímeros passaram a ser a principal receita dessa indústria na segunda metade do século 20, e criaram um forte vínculo entre a química, a ciência e a engenharia de materiais [...] (MORTIMER; MACHADO, 2010, p. 249).

A plasticidade de um polímero, segundo Solomons (2009) indica a

capacidade da matéria de poder ser moldada, quando submetida a um esforço

físico como o aquecimento. Através dessa característica as substâncias

puderam ser classificadas, em dois grande grupos de polímeros que facilitaram

os processos de reciclagem, contribuindo para preservação do meio ambiente.

No entanto, de acordo com algumas características como a plasticidade

é possível separar os polímeros em dois grupos, o grupo dos termoplásticos e

o grupo termofixos. Os termoplásticos podem ser moldados pelo

aquecimento, podendo ser reciclados, enquanto que os termofixos não

permitem um reprocessamento, não podendo ser reciclado (MORTIMER;

MACHADO, 2010).

De acordo com Mortimer e Machado (2010) por meio desta

classificação, se tornou possível, reutilizar os plásticos através do processo de

reciclagem dos polímeros sintéticos, que consiste no reaproveitamento. A

figura 1, apresenta os códigos utilizados nas embalagens, para orientar no

processo de separação dos diferentes tipos de materiais, facilitando o processo

de reciclagem.

Esses códigos indicam, qual tipo de matéria prima foi utilizado na

fabricação do material, favorecendo o processo de separação e a reciclagem

dos diversos tipos de polímeros que são utilizados para produzir diversificados

utensílios e equipamentos.

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Figura 1: Códigos de reciclagem utilizados nas embalagens

pláticas.

Fonte: Fonseca, Martha R. M. da., Química: o meio ambiente, cidadania e

tecnologia, 2010, p. 283.

No processo de reciclagem, faz - se a extrusão, a remodelagem ou a

decomposição dos monômeros que formam os polímeros. A importância da

separação dos diversos tipos de polímeros sintéticos na reciclagem é evitar

que ocorra a incompatibilidade entre os tipos de polímeros existentes, que

serão reutilizados. Caso isso ocorra será obtido um material reciclado de

qualidade ruim, além desse fato, se o plástico for um termofixo, dificultará muito

o processo de reciclagem (MORTIMER; MACHADO, 2010).

Atualmente para Feltre (2004) a tecnologia aplicada na produção dos

polímeros sintéticos e nos processos de reciclagem, está muito avançada, ela

se faz necessária para acompanhar o consumo e o tratamento dos resíduos

gerados (FELTRE, 2004).

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De acordo com Feltre (2004) quanto maior for consumo dos polímeros,

maior será a quantidade de resíduos descartados e a aplicação do processo de

reciclagem é a alternativa para evitar a poluição ambiental.

Em decorrência da sua ampla utilização e consumo, estima-se que a

produção mundial de plásticos esteja em torno de cerca de 200 milhões de

toneladas por ano (SANTOS; MÓL, 2010).

1.2 Os monômeros e os polímeros

Afirmam Santos e Mól (2010) que a palavra polímero originada do grego

poly e meros, significa muitas partes, constituídas por uma mistura de

macromoléculas que apresentam unidades estruturais que se repetem.

De uma forma geral, os polímeros, são formados pelo agrupamento de

vários monômeros, através da reação de polimerização, nesse processo

dependendo das condições em que a reação ocorre, poderá formar um

polímero com 2.000 a 100.000 monômeros, dessa forma as massas

moleculares dos polímeros podem variar de 56.000 a 2.800.000 unidades

(FELTRE, 2004).

Segundo Feltre (2004) os polímeros são formados através de uma

reação de adição e por meio das ligações covalentes, os monômeros se unem,

formando o polímero, uma macromolécula formada pelo agrupamento de vários

monômeros iguais, um exemplo ocorre com o acetato de vinila, que através de

uma reação de polimerização, forma o poliacetato de vinila, um polímero que é

composto de vários monômeros iguais de acetato de vinila.

Os polímeros formados por monômeros assimétricos são chamados de

copolímeros, devido à organização diferenciada das moléculas (KOTZ;

TREICHEL, 2009).

Segundo Fonseca (2010) os copolímeros são obtidos pela união de dois

ou mais monômeros diferentes, com as moléculas de cada monômero se

alternando regularmente, exemplo: -A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-, podendo formar

copolímeros aleatórios, quando os monômeros se repetirem de forma

imprevisível, exemplo: -A-B-A-A-A-B-A-B-B-B-A-A-B-A-B-B-A-, podendo formar

copolímeros em bloco, quando os monômeros se repetirem em conjunto,

exemplo: -A-A-A-A-B-B-B-B-A-A-A-B-B-B-, podendo formar também, o

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copolímero alternado, quando os monômeros se intercalarem, exemplo: -A-B-

A-B-A-B-A-B-A-B-A- .

Após as reações de polimerização, sob determinada temperatura,

pressão e na presença de um catalisador, os monômeros vão se unindo a

outros monômeros, formando um dímero, um trímero, um tetrâmero e

finalmente um polímero (FELTRE, 2004).

1.3 Estrutura dos polímeros sintéticos

Para Vollhart e Schore (2004) vários fatores determinam as

propriedades e as estruturas de um polímero, entre eles, o tamanho da cadeia

polimérica, os grupos funcionais dos monômeros e o tipo de ligação

realizada entre os monômeros, as condições na qual a reação de

polimerização ocorre, como a pressão, a temperatura, o catalisador utilizado,

se será uma reação de adição ou de condensação e a velocidade com que a

reação ocorre.

Os polímeros são formados por uma mistura de cadeias poliméricas de

tamanhos diferentes, a força de atração aplicada nas reações de polimerização

dependerá do tamanho e da natureza dos monômeros (NÓBREGA; SILVA;

SILVA, 2005).

No entanto os polímeros apresentam algumas propriedades diferentes,

tais como ter resistência aos impactos ou ser quebradiça, coloração

transparente ou incolor, flexibilidade ou rigidez, inflamabilidade ou resistência

ao fogo, ter características de isolantes elétricos ou condutores de eletricidade,

além de outras propriedades (BIANCHI; ALBRECHT; DALTAMIR, 2005).

Muitas propriedades físicas são dependentes do comprimento da molécula, isto é de sua massa molar. Como os polímeros envolvem uma larga faixa de valores de massa molar é de se esperar que ocorra uma grande variação em suas propriedades (CANEVAROLO; 2006, p. 21).

De acordo com Canevarolo (2006) as alterações que ocorrem nos

tamanhos das moléculas dos polímeros, mesmo quando forem poucas,

provocam grandes mudanças nas propriedades físicas do material,

dependendo da massa molar da molécula.

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Tais alterações podem ser menores com o aumento do tamanho da

molécula ou da massa molar ou ser maiores com a diminuição do comprimento

do polímero, nessa situação nem todos os compostos de baixa massa molar

formara os polímeros, pois é necessário que os monômeros se liguem entre si.

A figura 2 apresenta de forma esquemática, a variação da propriedade física

dos polímeros em função da sua massa molar, nela é possível verificar que

quanto maior for à massa molar do polímero, menor será a propriedade física

de mudanças, que é diminuída com o aumento do tamanho da molécula. Caso

o polímero apresente uma baixa massa molar, automaticamente apresentará

uma propriedade física alta, sujeita a mudanças, essas alterações provocam

grandes modificações (CANEVAROLO, 2006).

Figura 2: Variação da propriedade física dos polímeros.

Fonte: Canevarolo; S.V.Jr., Ciência dos polímeros, 2006, p. 21.

Todos os polímeros de alta massa molar que apresentarem cadeias

poliméricas longas ou monômeros que são interligados formando ligações

polares, a força de atração entre a cadeias terá maior intensidade, as

substâncias com essas características são chamados de polímeros cristalinos,

pois apresentam alta temperatura de fusão, são duros, quebradiços e

resistentes ao calor (NÓBREGA; SILVA; SILVA, 2005).

Segundo Allinger, Cava e Jongh (1976) quando as moléculas dos

monômeros forem apolares, a força de atração entre as cadeias poliméricas

será fraca, estando esses polímeros organizados ao acaso, formando um

polímero amorfo que apresenta baixa temperatura de fusão, é maleável,

elástico e permeável.

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Porém quando os monômeros forem difuncionais, formando cadeias

poliméricas lineares, a atração entre esses monômeros, ocorre por meio das

ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas (MARINHO, 2005).

A presença de ligações cruzadas altera profundamente as propriedades do polímero, “amarrando” as cadeias e impedindo o deslizamento de umas sobre as outras. O polímero fica mais duro e resistente, sua plasticidade diminui e ele torna-se mais insolúvel e infusível (NÓBREGA; SILVA; SILVA, 2005, p. 535).

De acordo com Nóbrega, Silva e Silva (2005) quanto maior for à

quantidade de ligações cruzadas no polímero, mais rígido, menos elástico e

menos flexível ele será.

Através das ligações cruzadas que ocorrem entre os monômeros, foi

possível utilizar a borracha industrialmente, pois após o processo vulcanização,

ela apresenta uma consistência mais dura e mais resistente, devido à

adição dos átomos de enxofre, entre os seus monômeros. De acordo

com essas propriedades, o processo de vulcanização, tem sido utilizado na

fabricação de pneus. A figura 3 apresenta as ligações cruzadas ou as pontes

de enxofre, que são formadas, entre as cadeias poliméricas no processo de

vulcanização da borracha (BIANCHI; ALBRECHT; DALTAMIR, 2005).

Figura 3: Ligações cruzadas que são formadas entre as cadeia

poliméricas no processo de vulcanização da borracha.

Fonte: Bianchi; Albrecht; Daltamir, Universo da química, 2005, p. 641.

Afirma Peruzzo e Canto (2006) que no processo de vulcanização, a

borracha é aquecida com 3 % de enxofre e na presença de um catalisador

apropriado, fazendo com que as ligações cruzadas ocorram, unindo as cadeias

dos polímeros através das pontes de enxofre, que poderão ser constituídas por

um ou mais átomos.

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Nesse processo é possível observar que a borracha não vulcanizada é

mole, pegajosa e se rompe facilmente quando esticada, porém após esse

processo, a borracha se torna bem mais resistente e volta ao seu estado

original depois de esticada. A figura 4, apresenta exemplos de borracha

vulcanizada e não vulcanizada. A borracha não vulcanizada (esquema A),

quando sofre um processo de esticamento, provoca a separação das cadeias

do polímero que deslizam, rompendo o material em duas partes. Já na

borracha vulcanizada (esquema B), as cadeias estão presas umas às outras

pelas pontes de enxofre, não permitindo o rompimento do material, quando ele

é esticado (PERUZZO; CANTO, 2006).

A borracha vulcanizada, quando esticada (esquema C), devido as

ligações cruzadas,que são responsáveis pela volta da cadeia à posição

inicial,dificultam assim a ruptura da borracha, proporcionando mais elasticidade

e resistência (PERUZZO; CANTO, 2006).

Segundo Marinho (2005) o processo de vulcanização, permite que a

borracha adquira qualidade para ser empregada na fabricação de isolantes,

condutores elétricos, pneus, mangueiras, apresentado uma vasta aplicação em

determinadas áreas.

Figura 4: A) Representação da borracha não vulcanizada; B) Borracha

vulcanizada não esticada; C) Borracha vulcanizada e esticada.

Figura 4: A) Representação

Fonte: Adaptado de Peruzzo; Canto, Química na abordagem do cotidiano, 2006, p. 251.

Borracha não vulcanizada A borracha não vulcanizada apresenta moléculas (representadas aqui pelos fios pretos) que podem deslizar e se separar quando ela é esticada.

Borracha vulcanizada (não esticada)

O processo de vulcanização cria pontes (representadas em magenta), formadas por átomos de enxofre, que unem as moléculas da borracha.

Borracha vulcanizada (esticada)

Quando a borracha é esticada, são as pontes de enxofre que dificultam a ruptura do material (representações esquemáticas em cores e formas fantasiosas).

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Kotz e Treichel (2009) enfatizam que tendo adquirido o conhecimento da

composição e da estrutura da borracha natural, os químicos começaram buscar

novas maneiras de se produzir a borracha sintética, utilizando catalisadores

para preparar esse material estruturalmente idêntico ao originário.

Os polímeros formados por só um tipo de monômero, são chamados de

homopolímeros, já os polímeros formados pela reação de polimerização entre

dois ou mais polímeros diferentes são chamados de copolímeros (NÓBREGA;

SILVA; SILVA, 2005).

Devido a sua flexibilidade, os polímeros são classificados em polímeros

lineares ou termoplásticos e polímeros termofixos, termorrígidos ou polímeros

tridimensionais (PERUZZO; CANTO, 2006).

Segundo Santos e Mól (2010) os polímeros também podem ser

classificados como plásticos, borrachas ou elastômeros e fibras, sendo está

classificação feita devido ao comportamento mecânico do polímero.

Dentre os plásticos apenas o polietileno de baixa densidade (PEBD ou

LDPE) podem ser extrusados e facilmente moldados, resultando na formação

de tubos, peças ou embalagens. (SANTOS; MÓL, 2010).

Os elastômeros ou borrachas são polímeros que apresentam uma

grande elasticidade e flexibilidade, podendo ser esticado, voltando ao seu

estado normal. São utilizados na fabricação de pneus, sola de sapatos, entre

outros fins (BARBOSA, 2004).

De acordo com Santos e Mól (2010) as fibras são formadas por cadeias

poliméricas longas, que formam filamentos, utilizados na fabricação de tecidos,

cordas, fitas, entre outros fins.

Também através da densidade dos polímeros, é possível separar e

identificar os diferentes tipos de plásticos, de uma forma mais adequada,

facilitando a separação dos diversos tipos de materiais para a reciclagem. A

tabela 1 apresenta a densidade de alguns polímeros, que são mais utilizados

atualmente (PERUZZO; CANTO, 2006). Tal procedimento facilita a separação

dos diferentes tipos de materiais que são utilizados atualmente, possibilitando

sua reciclagem. O reaproveitamento desses materiais diminui as quantidades

de resíduos que são gerados anualmente, proporcionando a reutilização para

outras finalidades, além de contribuir de forma eficiente para a preservação e

despoluição do meio ambiente.

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Tabela 1: Densidade de alguns polímeros.

Polímeros Densidade (g/cm³)

Politereftalato de etileno (PET) 1,29 a 1,40

Polietileno de alta densidade (PEAD) 0,952 a 0,965

Policloreto de vinila (PVC) Rígido 1,30 a 1,58

Policloreto de vinila (PVC) Flexível 1,16 a 1,35

Polietileno de baixa densidade (PEBD) 0,917 a 0,940

Polipropileno (PP) 0,900 a 0,910

Poliestireno (PS) Sólido 1,04 a 1,05

Poliestireno (PS) Espuma Menor que 1,00

Fonte: Adaptado de Peruzzo; Canto, Química na abordagem do cotidiano, 2006, p. 267.

Segundo Peruzzo e Canto (2006) através da densidade de alguns

polímeros, torna-se possível separar e identificar os materiais descartados

durante a separação mecânica para a reciclagem, sendo um método mais

simples e prático, empregando-se uma das propriedades físicas do plástico,

pois a diferença da densidade entre essas substâncias facilitam tal

procedimento.

Para o mesmo autor a reciclagem dos plásticos se tornou viável do

ponto de vista econômico, pois privilegiou a preservação do meio ambiente,

diminuindo a quantidade de materiais que possivelmente poderiam ser

descartados, dando um destino correto aos diversos tipos de polímeros através

de sua reutilização utilizando conceitos físicos através de sua densidade,

massa molar, resistência à chama e a ação química, cristalinidade, estabilidade

térmica, entre outras propriedades físicas que privilegiam a reciclagem.

1.3.1 Polímeros lineares ou termoplásticos

Os termoplásticos são macromoléculas que formam encadeamentos

lineares de átomos, podendo apresentar cadeia retas ou ramificadas, a figura 5

apresenta o polímero linear, representado por linhas, através de cadeias

independentes (FELTRE, 2004).

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Figura 5: A) Polímero termoplástico ou linear.

Fonte: Peruzzo; Canto, Química na abordagem do cotidiano,

2006, p. 258.

“Os polímeros lineares são termoplásticos, [...] que podem ser aquecidos

e endurecidos pelo resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas

propriedades” (FELTRE, 2004, p. 385).

Nesse processo os polímeros termoplásticos quando aquecidos

amolecem permitindo que sejam moldados, adquirindo um formato desejado.

Alguns exemplos de polímeros termoplásticos são a celulose, a poliamida, o

polietileno, o policloreto de vinila, o politetrafluoretileno, o propileno, o

poliestireno, a poliacrilonitrila (PERUZZO; CANTO, 2006).

Segundo Feltre (2004) os polímeros termoplásticos estão separados em

dois grupos diferentes, os de baixa densidade e os de alta densidade. Tem-se

como exemplo os dois tipos diferentes de polietileno, o PEBD e o polietileno de

alta densidade (PEAD ou HDPE).

Todos os polímeros lineares ou termoplásticos exigem uma energia em

forma de calor, para se tornarem moldáveis e à medida que ocorre um

decréscimo desta energia, estes materiais permanecem na forma em que

foram moldados. Devido a sua característica de se tornar fluído, os

termoplásticos podem ser remodelados em novas formas, quando forem

aquecidos por uma fonte de energia. Mesmo depois de remodelados,

dificilmente estes polímeros perdem desempenho ou sua resistência mecânica

(SMITH; HASHEMI, 2012).

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Para Junior, Nunes e Ormanji (2002) a remoldagem dos termoplásticos

através do escoamento térmico, ocorre devido a características particulares

das moléculas, que são unidas por atrações intermoleculares, as quais

seguram as cadeias impedindo seu deslocamento.

Segundo o mesmo autor, à medida que fornecemos energia na forma de

calor, estas forças se enfraquecem causando a translação e um possível

rearranjo das moléculas do material.

No entanto os termoplásticos formam uma categoria de produtos mais

abundantes no mercado, sendo utilizados na fabricação de embalagens,

equipamentos médicos cirúrgicos, utilidades domésticas, entre outros (VOGEL,

1971).

De acordo com Mortimer e Machado (2010) a transformação das

substâncias poliméricas ocorre através do processamento moldável do plástico,

utilizando-se polímeros, estabilizadores, corantes, plastificantes, lubrificantes e

modificadores de impacto, que são transformados em objetos, como tubos,

filmes, fios, tecidos, revestimentos, peças moldadas, bacias, baldes, entre

outros.

“[...] Há vários processos de fabricação de objetos feitos de plásticos ou

de borracha: extrusão, injeção, moldagem por compressão, rotomoldagem,

sopro e formação a vácuo” (MORTIMER; MACHADO, 2010, p. 253).

Segundo ainda Mortimer e Machado (2010) a vantagem da utilização

desses processos, nos polímeros lineares é que eles consomem pouca

energia, quando se comparado aos processos produtivos de vidro, cimento,

metais ou cerâmicas.

As indústrias de plástico causam pouca poluição térmica, contribuindo

muito pouco, de certa forma para o efeito estufa, além de sofrerem poucas

restrições ambientais para as instalações industriais (AKCELRUD, 2006).

De acordo com Vollhart e Schore (2004) os polímeros lineares, são

parcialmente cristalinos, totalmente amorfos, solúveis em solventes adequados

e passíveis de sofrer escoamento sob a ação de calor e pressão, podendo ser

reciclado, já os polímeros que assumem uma estrutura molecular

tridimensional, reticulada ou com ligações cruzadas por serem insolúveis e

infusíveis, não permitem que sejam reaproveitados, sua reciclagem provoca a

danificação do material.

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33

1.3.1.1 Polietileno de baixa densidade (PEBD ou LDPE)

O PEBD pode ser obtido através de pressões elevadas, com a formação

de cadeias ramificadas, esse polímero é mais flexível, sendo muito utilizado na

fabricação de sacolas, filmes para embalagens, sacos plásticos, tubos para

irrigação, entre outros fins (FELTRE, 2004).

De acordo com Feltre (2004) o PEBD é um polímero formado por

moléculas menores, que são utilizadas na fabricação de materiais mais

flexíveis e com menor resistência física. A figura 6 apresenta a estrutura

molecular do polietileno de baixa densidade, com suas ramificações.

Figura 6: Estrutura molecular do polietileno de baixa densidade.

Fonte: Feltre, Química orgânica, 2004, p. 385.

O PEBD pode ser produzido a partir de uma reação exotérmica em um

sistema controlado, que envolve temperatura e pressão, com catalisadores

adequados. O calor que é liberado para o meio provoca a formação de

ramificações na cadeia, que na maioria das vezes possuem o mesmo tamanho

da cadeia principal, razão pela qual reflete na configuração das características

do polímero (COUTINHO, 2003).

Para Smith e Hashemi (2012) além das longas ramificações originadas

pela transferência de cadeia intermolecular, ainda há formação de pequenas

ramificações geradas por radicais livres.

A presença dessas ramificações marcam as temperaturas de transição e

a intensidade da cristalização do polietileno, no ponto onde o polímero passa

da condição flexível para o estado rígido (COUTINHO, 2003).

Por possuir essa estrutura molecular de cadeia ramificada, o polímero

apresenta uma redução de sua densidade e de seu grau de cristalinidade. Esta

composição molecular contribui para uma baixa força de ligação intermolecular,

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reduzindo dessa forma a resistência do polietileno de baixa densidade para

uma faixa de 4 a 16 Megapascal (MPa) (SMITH, 2012).

Segundo Donato (1972) o PEBD apresenta propriedades como a alta

flexibilidade e boa resistência mecânica, durante o processamento do polímero

ocorre à liberação de um odor característico de vela, sendo possível identificar

qual material está sendo processado.

As principais características físico-químicas do PEBD estão descritas na

tabela 2, que apresenta algumas propriedades do polietileno, tal como a

presença de ramificações longas ou curtas, densidade de 0,92 a 0,93 gramas

por centímetros cúbicos (g/cm3), temperatura de fusão de 110 graus Celsius

(ºC), grau de cristalinidade em torno de 60 %, resistência a tração de 4 a 16

MPa e alongamento até a ruptura de 100 a 200 % (CANEVAROLO, 2006).

Tabela 2: Principais características físico químicas do PEBD.

Tipo de Cadeia PEBD ou HDPE

Ramificada

Ramificações longas (por molécula)

Ramificações curtas (de 1 000 átomos de carbono)

Densidade (g/cm³)

Temperatura de fusão (°C)

Grau de cristalinidade (%)

Resistência à tração (MPa)

Alongamento até a ruptura (%)

1

10 a 20

0,92 a 0,93

110

60

4 a 16

100 a 200

Fonte: Adaptado de Canevarolo; S.V.Jr., Ciência dos polímeros, 2006, p. 44.

1.3.1.2 Polietileno de alta densidade (PEAD ou HDPE)

O PEAD é um polímero que pode ser obtido sob baixas pressões e

utilizando-se catalisadores especiais e apropriados para a formação das

cadeias normais e retas da macromolécula, a figura 7, apresenta a estrutura

molecular reta do polietileno de alta densidade (FELTRE, 2004).

Figura 7: Estrutura molecular do polietileno de alta densidade. i

Fonte: Feltre, Química orgânica, 2004, p. 386.

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“[...] Os polímeros de alta densidade, possuem moléculas de cadeias

longas, com cerca de 100 mil unidades repetidas e constituem materiais

compactos e altamente resistentes [...]” (SANTOS; MÓL, 2010, p. 155).

De acordo com Feltre (2004) as cadeias poliméricas normais do PEAD,

se agrupam melhor se compactando, formando um plástico com maior massa

molecular, que é mais denso e mais rígido. Devido a essas características, o

PEAD, tem sido muito utilizado na fabricação de copos, canecas, utensílios de

cozinha, recipientes, entre outras aplicações.

No polietileno de alta densidade ocorre o agrupamento dos monômeros

aumentando o grau de cristalinidade e a resistência do polímero, deixando-o

mais rígido, duro e menos flexível (SMITH, 2012).

Em média, para cada mil átomos de carbono, se contem de cinco a sete

radicais etila ou três metila ao longo da cadeia, dependendo do catalizador

usado no processo de fabricação (AKCELRUD, 2007).

As principais características físico químicas do PEAD estão descritas na

tabela 3, que apresenta algumas propriedades do polietileno, tal como uma

densidade de 0,95 a 0,96 g/cm3, temperatura de fusão de 135 ºC, um grau de

cristalinidade em torno de 90%, resistência a tração de 20 a 38 MPa e no teste

de alongamento até a ruptura de 200 a 500% (CANEVAROLO, 2006).

A diferença entre os dois tipos de polietilenos é que o PEBD apresenta

ramificações curtas ou longas na sua cadeia reta, enquanto que o PEAD não

apresenta ramificações, somente a cadeia linear.

Tabela 3: Principais características físico químicas do PEAD.

Tipo de Cadeia PEAD ou HDPE

Linear

Ramificações Longas (por moléculas)

Ramificações Curtas (1 000 átomos de carbono)

Densidade (g/cm³)

Temperatura de fusão (°C)

Grau de cristalinidade (%)

Resistência à tração (MPa)

Alongamento até ruptura (%)

-

-

0,95 a 0,96

135

90

20 a 38

200 a 500

Fonte: Adaptado de Canevarolo; S.V.Jr., Ciência dos polímeros, 2006, p. 44.

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Sua massa molecular média pode variar de 50.000 a 250.000 unidades

de massa (COUTINHO, 2003).

Solomons (2009) afirma que na atualidade o PEAD tem sido usado para

fabricação de embalagens para alimentos, produtos cosméticos, tampas,

vasilhames, frascos e indústria têxtil.

Devido sua resistência química e mecânica este polímero também é

usado na confecção de tampas de refrigerantes, brinquedos, escovas e cerdas

de vassouras, caixas plásticas, eletrodomésticos, utensílios para freezer,

engradados, entre outros (FONSECA, 2010).

1.3.2 Polímeros tridimensionais ou termofixos

Os polímeros tridimensionais, também conhecidos como termorrígidos

ou termoendurecidos, são formados por macromoléculas interligadas entre si,

através das ligações cruzadas que ocorrem em todas as direções (FELTRE,

2004).

De acordo com Feltre (2004) o agrupamento dessas macromoléculas faz

com que ocorra a formação do polímero tridimensional ou de uma rede, que

apresenta uma característica rígida e resistente, a figura 8 apresenta uma

ilustração do polímero tridimensional, com suas macromoléculas interligadas

através das ligações cruzadas. Essas reticulações atuam como ponto de

fixação entre os monômeros, sem ela o polímero se deformaria

constantemente.

Figura 8: Polímero tridimensional.

Fonte: Feltre, Química orgânica, v. 3, 2004, p. 386.

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Feltre (2004) enfatiza que os polímeros tridimensionais, depois de

preparados, não podem mais, ser amolecidos pelo calor, para serem

remodelados. Caso esse procedimento ocorra a peça formada pelo termofixo

poderá ficar danificada, se decompondo.

Entretanto nesses polímeros, as cadeias poliméricas estão interligadas

entre si, através de ligações covalentes, que se formam por meio das ligações

cruzadas, a figura 9 apresenta um polímero termofixo, com as ligações

cruzadas entre si, que se formam entre as cadeias poliméricas da

macromolécula (MARINHO, 2005).

Figura 9: B) Polímero termofixo.

Figura 9: B) Polímero termofixo

Fonte: Adaptado de Peruzzo; Canto, Química na abordagem do

cotidiano, 2006, p. 258.

Esses polímeros devem ser moldados na forma desejada, no instante

em que são preparados, pois depois disso a moldagem se torna impossível

(PERUZZO; CANTO, 2006).

“[...] A reciclagem desses polímeros tridimensionais não permite que

sejam aproveitados para a confecção de objetos iguais aos originais, depois de

preparados, se apresentar algum defeito” (SANTOS; MÓL, 2010, p. 142).

De acordo com Fonseca (2010) um exemplo de polímero tridimensional

é a borracha utilizada na fabricação dos pneus dos carros, formada de poli-

isopreno polibutadieno, apresentando uma estrutura formada pelas ligações

covalentes que ocorrem entre as macromoléculas através das ligações

Os polímeros termofixos apresentam cadeias com ligações entre si. Essas ligações estão representadas em magenta.

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cruzadas, formando uma estrutura reticulada, que apresenta uma grande

resistência ao termorrígido.

Quanto mais ligações cruzadas ou covalentes o polímero tiver, maior

será a resistência, permitindo que termofixo enfrente condições inadequadas,

como o calor excessivo, sem alterar sua estrutura química (SANTOS; MÓL,

2010).

A resina fenol-formaldeído, também conhecida como baquelite ou

novalac, é um termofixo que se tornou muito importante devido a sua vasta

utilização. A figura 10 apresenta a reação de polimerização entre o fenol e o

formaldeído, na presença de um catalisador e sob determinada pressão e

temperatura, para a obtenção da baquelite (Feltre, 2004).

Figura 10: Reação de polimerização para obtenção da baquelite.

Fonte: Adaptado de Feltre, Química orgânica, v. 3, 2004, p. 386.

Entretanto os polímeros tridimensionais são classificados de acordo com

a quantidade de ligações cruzadas, em PEBD e PEAD (CANEVAROLO, 2006).

Os polímeros termorrígidos são inicialmente líquidos que durante a formação das ligações cruzadas, passam pelo ponto de gel, região onde o líquido se torna extremamente viscoso e gradativamente endurece até tornar-se um sólido rígido (CANEVAROLO, 2006, p. 43).

Segundo Santos e Mól (2010), um outro exemplo desse polímero

tridimensional que enfrenta condições inadequadas é a baquelite, um termofixo

muito utilizado na fabricação de cabos de panelas, devido a sua resistência a

passagem do calor e dureza.

Resina fenol-formaldeído ou Baquelite

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1.3.3 Cadeias rígidas e cadeias flexíveis: a transição vítrea

“As cadeias lineares ou reticuladas podem ser flexíveis, moles ou rígidas

e duras, atribuindo ao polímero algumas características físicas [...]”

(MORTIMER; MACHADO, 2010, p. 252).

Segundo Mortimer e Machado (2010) a presença das duplas ligações ou

dos volumosos grupos nas cadeias poliméricas fazem com que as moléculas

diminuam sua flexibilidade.

No poliestireno, os volumosos grupos fenilas esbarram uns nos outros,

dificultando a movimentação das cadeias e isto torna o plástico rígido

(MORTIMER; MACHADO, 2010).

Uma macromolécula com uma rede de cadeias flexíveis, quando sofrem

um processo de esticamento, podem ser deformados elasticamente, um

exemplo ocorre com o elástico, quando você o tensiona, deformando o

material, as macromoléculas flexíveis dos polímeros são alinhadas, porém

quando cessa esse processo, as macromoléculas voltaram ao seu estado

normal se entrelaçando. A figura 11 ilustra e exemplifica corretamente esse

procedimento, quando a macromolécula sofre uma deformação é possível

observar que os fios ou as macromoléculas se alinham (MORTIMER;

MACHADO, 2010).

Figura 11: A) As macromoléculas lineares se entrelaçam, como fios;

B) As macromoléculas entrelaçadas são alinhadas quando o

polímero é esticado.

Fonte: Mortimer; Machado, Química 3, 2010, p. 252.

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O alinhamento das cadeias poliméricas ocorre quando elas são

dobradas, desdobradas, torcidas ou deformadas com facilidade, porém

voltando ao seu estado original, esse processo ocorre com as cadeias que

formam o polietileno, o silicone entre outros materiais (MORTIMER;

MACHADO, 2010).

As macromoléculas são sempre rígidas em baixas temperaturas e flexíveis em altas temperaturas. Em baixas temperaturas, a energia cinética dos átomos é menor, eles se movem menos e há pouco espaço entre eles. Quando a temperatura aumenta, o sólido se dilata, porque os átomos vibram mais, se movem mais e aumenta o espaço livre entre eles, permitindo-lhes fazer outros movimentos além das vibrações [...] (MORTIMER; MACHADO, 2010, p. 252).

De acordo com Allinger (1976) em baixas temperaturas, a movimentação

das macromoléculas é menor, pois há pouco espaço entre elas, já em altas

temperaturas o polímero se dilata, aumentando a sua agitação e seu espaço

livre entre as macromoléculas.

Dessa forma um polímero formado por macromoléculas rígidas, se

transforma em um polímero transparente e resistente, igual a um vidro, um

exemplo é o acrílico, usado na fabricação de réguas, painéis, enfeites

(FONSECA, 2010)

Para Mortimer e Machado (2010) o polímero formado por

macromoléculas flexíveis ou elásticas como a borracha, apresentam uma

característica viscosa, pois ela escoa como fluído, mas é elástica quando volta

ao seu estado original, sendo que a transição vítrea ocorre quando o polímero

passa do estado sólido para o estado líquido.

Cada polímero formado por macromoléculas apresenta uma

determinada temperatura de transição vítrea diferente, na qual passam do

estado rígido para o estado flexível e vice versa. Um exemplo desse processo

ocorre com a goma de mascar ou chiclete, que é relativamente dura em

temperatura ambiente, mas amolece quando mascado, pois a temperatura

sobe (SANTOS; MÓL, 2010).

A maioria das gomas de mascar feitas de poliacetato de vinila (PVA),

sendo que este polímero apresenta uma temperatura de transição superior à

temperatura do ambiente, mas inferior a temperatura do corpo (MORTIMER;

MACHADO, 2010).

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Proponhe Santos e Mól (2010) que com a utilização do conceito de

transição vítrea é possível remover o chiclete grudado nas roupas

acidentalmente, esfregando-se o gelo sobre o chiclete até que ele endureça e

possa ser removido, saindo da roupa sem dificuldade.

Porém a transição vítrea ocorre com a ultrapassagem dos obstáculos de

energia requerente, para manter a rotação das ligações. Esta deslocação

ocorre com o acúmulo de energia nas cadeias moleculares do polímero. Nesta

situação haverá a mudança do estado vítreo, de aspecto limitado, para a

condição móvel e flexível, chegando à estabilidade termodinâmica (PAIVA,

2006).

Uma ampla variedade de elastômeros, termoplásticos e termofixos se

assemelham na mesma região, onde ocorre a transição vítrea, apresentando

as mesmas características (PAIVA, 2006).

1.4 Simulação da reação de polimerização, pelo método dos clipes

A simulação explicativa da reação de polimerização, exemplificado pelo

método dos clipes se baseia na simples comparação, onde um monômero é

representado por um clipe, já vários clipes agrupados formando uma corrente

representam um polímero ou uma macromolécula (DONATO, 1972).

Segundo Donato (1972) na representação dessa reação vários

monômeros ou vários clipes após a reação de polimerização, formam o

polímero, uma macromolécula que é representada por vários clipes agrupados

formando uma corrente.

As figuras 12 e 13, apresentam os exemplos de monômeros e

polímeros, utilizando-se os clipes, como um método facilitador para o

aprendizado da reação de polimerização (DONATO, 1972).

Figura 12: Um clipe representando um monômero.

Fonte: Fografado pelos autores, 2013.

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Figura 13: Os clipes agrupados representando um polímero ou uma

macromolécula.

Fonte: Fotografado pelos autores, 2013.

A figura 14 ilustra de uma forma simples a representação da reação de

polimerização, que ocorre utilizando-se os clipes. É fundamental lembrar que a

reação ocorre na presença de um catalisador (Cat.), sob determinada pressão

(P) e temperatura (°C) (DONATO, 1972).

Biachi, Albrecht e Daltamir (2005) determinam que por este método

simbolicamente cada clipe representa um monômero, que após a reação de

polimerização, forma-se o polímero representado por um agrupamento de

clipes interligados.

Figura 14: Representação da reação de polimerização, utilizando os clipes.

Fonte: Fotografado pelos autores, 2013.

Ainda neste contexto, nas condições em que essas reações ocorrem é

possível obter moléculas maiores ou menores de polímeros, que diferem na

quantidade de monômeros, que as constituem, por isso considera-se os

polímeros como materiais, pois são formados por um único tipo constituinte de

monômero (SANTOS; MÓL, 2010).

O avanço na produção dos polímeros, no desenvolvimento de novas

tecnologias, na aplicação de conceitos diferenciados, levou ao surgimento da

Cat.

P. °C

Monômeros Polímero

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química dos materiais, que agregou mais valor aos produtos obtidos pelo

processo da reação de polimerização (DONATO, 1972).

Segundo Donato (1972) além do método explicativo da reação de

polimerização, utilizando-se os clipes, também pode-se utilizar uma corrente

para representar um polímero, nessa situação, cada gominho (ou elo) equivale

a um monômero. A união de vários monômeros ou gominhos forma-se o

polímero, uma macromolécula representada pela corrente.

A figura 15 apresenta a reação de polimerização utilizando-se a

corrente, nessa representação cada elo equivale a um monômero e a corrente

com os elos agrupados corresponde a um polímero (FELTRE, 2004).

Figura 15: Reação de polimerização pelo método explicativo da corrente.

Fonte: Feltre, Química orgânica, 2004, p. 379.

“A química dos materiais criou polímeros que são exemplos da evolução

tecnológica e da aplicação dos conhecimentos da química orgânica” [...]

(SANTOS; MÓL, 2010, p. 140).

1.5 A polimerização

“Damos o nome de polimerização ao processo de obtenção dos

polímeros (do grego: poly = muitos, méros = partículas)” [...] (BIANCHI;

ALBRECHT; DALTAMIR, 2005, p. 633).

De acordo com Santos e Mól (2010) a grande quantidade de

polímeros na sociedade surgiu devido às propriedades tão diversas

desses materiais, por meio de reações de polimerização, que possibilitou o

surgimento e a fabricação de uma ampla variedade de objetos que

são utilizados atualmente em nosso dia a dia.

Com a síntese artificial de polimerização, novos processos foram criados

e aperfeiçoados a partir de 1860, possibilitando a obtenção de plásticos,

borrachas e resinas cada vez mais sofisticados devido a aplicação da

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engenharia molecular e da tecnologia industrial, aplicada nos processos de

fabricação. Dessa forma tornou-se possível diminuir os custos de

produção, aumentando a utilização desses materiais como matéria

prima (MARINHO, 2005).

Segundo Canevarolo (2006) a reação de polimerização possibilitou

a síntese dos diversos tipos de polímeros existentes. Foi através dela que

uma imensa quantidade de monômeros se agruparam para formação

dos polímeros.

A maioria dos monômeros apresentam uma ligação dupla entre

os carbonos, durante a reação de polimerização sob determinadas

condições, ocorre a quebra da ligação mais fraca da dupla ligação (a ligação pi)

com a formação de duas ligações simples. A figura 16 apresenta a reação

de polimerização do eteno, com a formação do polietileno (SANTOS; MÓL,

2010).

Figura 16: Reação de polimerização do etileno.

Fonte: Peruzzo; Canto, Química na abordagem do cotidiano, 2006, p. 248.

Os diversos tipos de polietilenos obtidos através da reação de adição

apresentam alta resistência à umidade e ao ataque químico, proporcionando

mais qualidade e durabilidade aos materiais obtidos. Apresentam uma larga

aplicação na fabricação de toalhas, cortinas embalagens, garrafas, copos,

sacos plásticos, baldes, canos, brinquedos, no isolamento de fios elétrico,

sendo um dos polímeros mais utilizados pela indústria.

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Acetato de vinila Monômero

Poliacetato de vinila (PVA) Polímero

CAPÍTULO II

2 POLIACETATO DE VINILA (PVA)

Segundo Gauto e Rosa (2011) o PVA é obtido através da reação de

polimerização de adição, na presença de um catalisador e em determinada

pressão e temperatura ambiente.

Nessa reação de polimerização ocorre o agrupamento dos monômeros

de acetato de vinila ou etanoato de vinila, para a formação da macromolécula

conhecida como polímero, que é um termoplástico. A figura 17 apresenta como

essa reação acontece (GAUTO; ROSA, 2011).

Figura 17: Reação de polimerização do acetato de vinila para formação do

PVA.

Fonte: Adaptado de Fonseca; Martha, Química: meio ambiente, cidadania, tecnologia,

2010, p. 272.

De acordo com Marques e Borges (2007) nessa reação de

polimerização, uma solução aquosa de tetraborato de sódio (Na2B4O7.10 H2O)

é utilizada como catalisador, atuando como agente ligante, pois quando

dissociado em água, forma-se o ânion borato (B(OH)4-).

O ânion borato atua como ligante cruzado, agrupando as moléculas dos

monômeros da solução aquosa, formando a macromolécula do PVA, que após

a reação de polimerização apresentará características flexíveis e elásticas ao

mesmo tempo, pois as ligações cruzadas que se formaram, estão

constantemente se rompendo e se formando (FONSECA, 2010).

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Entretanto o PVA apresenta algumas características como massa molar

média em torno de 5.000 g/mol a 500.000 g/mol, densidade de

aproximadamente 1,18 g/cm3, sendo um termoplástico incolor, que apresenta

índice de refração de 1,46 a 1,47 e temperatura de transição vítrea (Tg) igual a

28°C (MANO; DIAS; OLIVEIRA, 2004).

Fonseca (2010) afirma que as propriedades desse polímero são a alta

adesividade, a flexibilidade, a elasticidade e a viscosidade, podendo apresentar

uma coloração branca, incolor ou colorida de acordo com a matéria prima ou

corante utilizado.

O PVA é um polímero insolúvel em água, que se torna disperso em meio

aquoso na presença de um emulsificante, quando perde água por desidratação

se torna um polímero rígido e duro (MARINHO, 2005).

Devido as suas propriedades, tem sido muito utilizado na fabricação de

tintas de parede (do tipo látex), em colas, em adesivos, na fabricação de

gomas de mascar, na produção de polímeros de entretenimento, em alguns

colírios (lubrificante para os olhos), em revestimentos têxteis, entre outros fins

(FONSECA, 2010).

Para Canevarolo (2006) uma outra vantagem da utilização deste

polímero é poder controlar sua velocidade de dissolução em água, devido a

essa propriedade, ele também tem sido utilizado na fabricação de cápsulas

para medicamentos.

2.1 A elasticidade, a flexibilidade e a viscosidade do PVA

A elasticidade e a viscosidade de um polímero é um fenômeno que faz

com o PVA apresente características de um fluído líquido e de um sólido

flexível ao mesmo tempo (CANEVAROLO, 2006).

De acordo com Marinho (2005) tais propriedades físicas, como a

elasticidade, a flexibilidade e a viscosidade, são características que os

polímeros apresentam, de acordo com sua composição química, temperatura e

condições na qual o polímero foi processado.

Nessas condições o PVA apresenta um comportamento viscoso quando

líquido e elástico quando sólido, devido as propriedades de um fluído não

newtoniano (CANEVAROLO, 2006).

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Quando o comportamento físico mecânico de um polímero é analisado, alguns fatores devem ser levados em conta, como principalmente, a massa molar, a temperatura de transição vítrea (Tg), a temperatura de fusão (Tm) e a temperatura na qual a medida está sendo feita (CANEVAROLO, 2006, p. 192).

De acordo com as propriedades físicas das temperaturas de transição

vítrea (Tg) e de fusão (Tm), o polímero poderá ser um plástico sólido cristalino

ou vítreo, quando a sua temperatura estiver abaixo da temperatura de transição

vítrea. Será borrachoso, elástico ou líquido quando a sua temperatura

permanecer entre a temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão.

No entanto para que permaneça no estado viscoso a sua temperatura deverá

estar acima da temperatura de fusão. A figura 18 apresenta o comportamento

físico químico de um polímero de acordo com sua massa molar e temperaturas

de transição vítrea e de fusão (CANEVAROLO, 2006).

Figura 18: Comportamento físico de um polímero, de acordo com sua

massa molar e das temperaturas (Tg e Tm).

Fonte: Canevarolo; S.V.Jr., Ciência dos polímeros, 2006, p. 192.

Segundo Canevarolo (2006) a flexibilidade dos polímeros ocorre devido

as ligações cruzadas, que proporcionam um comportamento elástico ao PVA,

devido a este fator o polímero pode ser deformado e posteriormente voltar ao

seu estado normal.

A perda de água do PVA por evaporação faz com que a sua flexibilidade

seja diminuída, dificultando assim a sua manipulação, neste momento o

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polímero deverá ser hidratado, pois é neste estágio de transição vítrea que

começa a se tornar rígido, perdendo toda a sua elasticidade e flexibilidade

(MARINHO, 2005).

As propriedades físicas dos polímeros podem ser extensivamente modificadas pela adição de substâncias com massas moleculares baixas, chamadas de plastificantes, para reduzir a extensão das interações entre as cadeias e portanto tornar o polímero mais maleável (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005, p.424).

Tais plastificantes quando adicionados nas tintas proporcionam uma

flexibilidade adequada às películas poliméricas (GAUTO; ROSA, 2011).

2.2 A reticulação

Quando os monômeros sofrem reações de polimerização, por meio de

uma ligação cruzada, utilizando um agente ligante, os monômeros são

agrupados através da reticulação que ocorre entre as moléculas, para a

formação da cadeia polimérica (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005).

Segundo Brown, Lemay e Bursten (2005) é nesse processo de

reticulação que os polímeros podem ficar mais firmes e resistentes ou

maleáveis e flexíveis, de acordo com a quantidade de ligações cruzadas

realizadas entre os monômeros. Porém quanto maior for à quantidade de

ligações cruzadas, mais rígido será o material e vice versa.

A borracha quando vulcanizada também passa por esse processo de

reticulação através da formação das pontes de enxofre. Nessa reação o

enxofre atua como ligante cruzado, para apresentar mais elasticidade e

resistência (SANTOS; MÓL, 2010).

De acordo com Fonseca (2010) na reação de polimerização do PVA, a

solução de tetraborato de sódio se dissocia em solução aquosa, formando-se a

ânion borato (B(OH)4-) que atuará como ligante cruzado no processo de

reticulação do polímero, realizando as ligações entre os monômeros do PVA,

formando uma macromolécula que apresenta viscosidade, flexibilidade e

elasticidade.

Os polímeros termofixos líquidos, durante a formação das ligações

cruzadas, através da reticulação passam do ponto de gel, para o estado

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viscoso e gradativamente endurece, com a perda de água até se tornar um

polímero rígido (CANEVAROLO, 2006).

2.3 Aplicabilidade do PVA na área industrial

Segundo Pereira (2009) o PVA tem ganhado grande espaço no

mercado, devido a sua ampla utilização e vasta aplicação em todas as áreas.

A sua utilização nos processos produtivos tem proporcionado a obtenção de

mercadorias, peças e objetos com mais qualidades, que se adaptaram as

necessidades cotidianas.

Por ser uma matéria prima derivada do petróleo que apresenta um baixo

custo, foi substituindo gradativamente os polímeros naturais nos processos

produtivos e agregando mais valor e qualidade aos produtos fabricados

(CALLISTER, 2002).

As principais aplicações do PVA na área industrial são na fabricação

de tintas para diversos tipos de pinturas, na produção de chicletes ou gomas de

mascar de diferentes tipos e formas, na preparação do polímero de

entretenimento conhecido atualmente como geléca, em vários tipos

de massa corrida para cobrir as imperfeições das paredes, nos adesivos e nas

colas para manterem os materiais fixados por adesão superficial, na

elaboração de vidros especiais e laminados para veículos, em filmes plásticos

para embalar os alimentos e nas formulações das cápsulas de remédios, entre

outras utilidades (PEREIRA, 2009).

2.3.1 Fabricação de tintas residenciais a base de PVA

As tintas são substâncias poliméricas, que tem por finalidade proteger,

embelezar, decorar, melhorar o aspecto das superfícies além de distribuir a

iluminação, em geral são preparadas para aderirem de forma resistente às

superfícies (UEMOTO, 2005).

Após a aplicação da tinta, ela passa por um processo de secagem, se

transformando em um filme sólido e resistente que cobre toda a superfície do

material (MANO, 2010).

De acordo com Callister (2002) as tintas a base de PVA, são formadas

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por aditivos, solventes, pigmentos e veículo. A figura 19 apresenta a

composição utilizada na fabricação das tintas.

Os aditivos melhoram a qualidade, a viscosidade e a espessura da tinta

após a secagem. Os solventes são substâncias voláteis, que dissolvem as

resinas e os demais componentes. Os pigmentos são materiais sólidos,

finamente dividido, utilizados para preparar tintas coloridas que apresentam

opacidade e resistência. Já a resina, emulsão ou veículo é a parte não volátil,

ela tem a função de juntar as partículas dos pigmentos, proporcionando brilho,

aderência, elasticidade e resistência.

Figura 19: Composição das tintas.

Figura 19: Composição das tintas.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Uemoto (2005) enfatiza que as tintas residenciais a base de PVA,

também conhecidas como tinta látex ou a base de polímero vinílico

são materiais formados por resinas à base de dispersão aquosa de

polímeros, que podem ser formados por substâncias vinílicas, vinil acrílicas,

acrílicas, estireno acrílicas, entre outras.

A figura 20 apresenta o processo de produção de tintas a base de PVA,

primeiro faz-se a pesagem da matéria prima e em seguida prepara-se a pré

mistura, em um equipamento que contém pás agitadoras para misturar e

homogeneizar o solvente, os aditivos, os pigmentos e a carga. Depois é feito a

dispersão desse material e realizado o processo de completagem, onde é

adicionado água, resina de PVA ou emulsão, aditivos, coalescentes ou líquido

orgânico e o produto da dispersão formado de pigmentos. Após essa etapa é

efetuado o tingimento, obtendo uma tinta com a coloração desejada. Depois é

Tinta a Base

de PVA

VEíCULO

ADITIVOS

SOLVENTES

PIGMENTOS

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realizado a filtração e o envase da tinta preparada, se ela estiver de acordo

com os padrões de qualidade estabelecidos pela empresa. Caso a tinta

apresente não conformidade, ela volta para o reprocesso para se fazer as

correção necessárias, sendo enlatada posteriormente após os ajustes e testes

de controle de qualidade (CUNHA, 2011).

Figura 20: Processo de fabricação das tintas a base de PVA.

Fonte: Adaptado de Cunha, Andreza de Oliveira, O estudo da tinta/textura como revestimento

externo em substrato de orgamassa, 2011, p. 15.

De acordo com Mano (2010) os polímeros constituem uma importante

fonte de materiais para a solução de problemas técnicos relacionados com a

pintura, pois apresentam características que atuam corrigindo as imperfeições

apresentada pelas superfícies.

Callister (2002) aborda que atualmente são encontrados várias

formulações de tintas látex, entre elas, os tipo fosco, o acetinado, o semibrilho

e o brilhante, para aplicações internas e externas. Que apresentam

flexibilidade, resistência a água e a abrasão, dureza, brilho, suscetibilidade à

impregnação de sujeiras entre outras características que agregam valor ao

produto final.

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A tinta látex vinílica é uma dispersão aquosa, que contém um baixo teor

de voláteis, apresentando fácil aplicação e secagem rápida, sendo muito

utilizada na construção civil, pois apresenta algumas características, como a

boa aplicabilidade, a resistência ao mofo e intempéries, ótima lavabilidade e

retenção da cor quando exposta ao tempo, além de proporcionar efeitos em

alto e baixo relevo, sendo utilizada tanto em metais e madeiras. Porém as

tintas vinílicas, também chamadas látex PVA possuem boa resistência a

ácidos, sustância alcalinas e água, porém, baixa resistência a solventes

(MAASS, 2009).

2.3.2 Fabricação de chicletes

Segundo Pereira (2009) o chiclete é uma goma de mascar açucarada

que apresenta um sabor agradável e adocicado, que teve sua origem na

América Central, sendo patenteada no século XIX nos E.U.A. por Thomas

Adams. O comércio deste produto, encontrou um extenso mercado de

consumo na Europa, na América Latina e em outras partes do mundo, pois seu

elevado consumo, propiciou que seu processo produtivo se tornasse rentável.

Quando a goma de mascar surgiu, de acordo com Cunha (2006)

utilizava-se uma resina de uma determinada árvore, conhecida no Brasil como

sapotizeiro, para se extrair a goma, que foi industrializada nos E.U.A.

Cunha (2006) ressalta que após a industrialização passam a utilizar a

borracha extraída da seringueira como matéria prima na preparação da base.

Dessa forma a goma de mascar se tornou uma companhia constante na vida

das pessoas.

De acordo com Alfrey e Gurnee (1971) os polímeros naturais foram

utilizados por muito tempo na fabricação dos chicletes, sendo substituído, por

substâncias sintetizadas a partir do refino do petróleo, como o PVA, uma

substância sintética, de custo acessível, que proporcionou o abaixamento do

preço da guloseima e a qualidade do produto.

Pois as gomas fabricadas a base de produtos naturais, perdiam suas

características, coloração e qualidade, quando dissolvidas em solventes,

ocasionando a perda do material volátil do produto (SILVA; SILVA, 2003).

Determina Fontana (2009) que a fabricação do chiclete, começa com a

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preparação da matéria prima ou goma base, que é formada de borracha

sintética ou PVA e parafina, juntamente com óleos vegetais, que atuam como

emulsificantes, antioxidantes, também adicionam-se conservantes para o

prolongamento da durabilidade da goma de marcar e uma espécie de cal

tratada que serve para dar mais volume à mistura.

Todos os produtos utilizados para a preparação da goma base, são

colocados em grandes tachos aquecidos, que contém pás agitadoras, que

giram constantemente, até deixar a mistura homogênea. Depois de pronto, são

despejados em pequenas placas e resfriadas. Estas gomas base, são

fabricadas e revendidas para as indústrias que produzem chicletes ou balas

com goma de mascar (CUNHA, 2006).

Segundo o mesmo autor, as indústrias, quando recebem essa matéria

prima ou goma base, executam a segunda etapa do processo de fabricação do

chiclete. Nesse processo a goma é colocada em grandes panelas, com

agitadores, juntamente com os demais ingredientes como, o açúcar ou

adoçante, óleos essenciais ou aromas, corantes, ácido cítrico, para o chiclete

apresentar aquele sabor azedinho e glicerina para que o produto tenha mais

liga e ótima consistência.

Para Alfrey e Gurnee (1971) a mistura é aquecida, sob constante

agitação até se tornar líquida e homogênea, sendo despejada em placas e

formas para esfrias e endurecer. Após isso o chiclete é desenformado e passa

por máquinas, que os cortam em tiras e os fatiam para serem embalados, e

finalmente distribuídos para o comércio para serem vendidos, com diversos

tipos de formas, recheios e sabores.

Nos dias atuais é grande a variação das formas e dos tipos de gomas de

mascar, com diversos sabores, recheios, coberturas e complementos. Sua

fabricação é realizada através de uma base de goma, com o acréscimo de

açúcar, corantes artificiais e aromatizantes, visto que a composição correta

depende de cada fabricante e de cada processo produtivo, mantendo-se em

total sigilo (CUNHA, 2006).

Entretanto a composição básica das gomas segundo Fontana (2009) é

principalmente látex natural ou borracha sintética, como o PVA entre outros.

Porém atualmente se estudam a criação de outros tipos de bases gomadas,

principalmente as biodegradáveis, com as fabricadas de proteína de milho.

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Ainda para o mesmo autor, o processo industrial basicamente se

constitui de algumas etapas, processos e de equipamentos como balança,

misturador, tacho com agitadores, extrusora, túnel de resfriamento,

desumidificador e embaladora. (FONTANA, 2009).

Cunha (2006) destaca que na primeira etapa, a goma é derretida a

115°C até que apresente viscosidade igual à de um xarope grosso, logo em

seguida esse material passa por peneira fina, a fim de reter as partículas

maiores. Com isso a base sairá deste processo mais limpa, estabilizada e

dissolvida, que após a pesagem é transferido para o tacho, onde são

adicionados os demais ingredientes, como o açúcar em pó, cujo tamanho de

seus grãos e quantidade interferem no resultado, xarope de milho ou glucose,

servindo como umectante revestindo as partículas de açúcar, estabilizando a

suspensão e mantendo a goma flexível, corantes artificiais, aromatizantes,

conservantes e demais aditivos.

Ao final, a mistura é homogeneizada e despejada em recipientes para o

resfriamento com ar frio. Após essa etapa, o produto passa pelo processo de

extrusão para dar forma física à goma, seguindo para última etapa da

embalagem. Sendo colocados para descansem num período de 24 a 48 horas,

para depois serem comercializados (CUNHA, 2006).

Segundo Silva (2011) entre os diversos tipos de chicletes existentes

atualmente, há aqueles que contêm um líquido no seu interior, sendo

preparado através de uma máquina que injeta o caldo aromatizado no interior

da goma, antes dela ser cortada e embalada. Já aqueles chicletes que tem

uma casquinha adocicada envolta da goma, que dissolve na boca, são

preparado depois do processo de corte das gomas, que recebem um banho de

xarope de açúcar ou de adoçante, que ao esfriar se solidifica, formando uma

superfície sólida em volta da goma de mascar.

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CAPÍTULO III

3 O POLÍMERO DE ENTRETENIMENTO

Silva e Silva (2003) enfatizam que o polímero de entretenimento é uma

substância flexível, viscosa e elástica que apresenta característica líquida e

sólida ao mesmo tempo, devido as ligações cruzadas ou reticulações que se

formam entre os monômeros, para a formação da macromolécula.

Tais propriedades apresentadas por esta macromolécula fazem com que

as ligações cruzadas se formem e se desmanchem constantemente, fazendo

com que o polímero se comporte dessa maneira, apresentado-se na forma

líquida e sólida no mesmo instante (MANO, 2010).

A qualidade que o polímero a base de PVA apresenta de ser sólido e

líquido ao mesmo tempo, também é conhecida como fluído não newtoniano,

que segundo a Lei de Newton proporciona uma viscosidade constante,

variando-se de acordo com o grau de deformação aplicado sobre o material.

Nesse contexto, a pressão que é exercida sobre o polímero quando é

pressionado, faz com que o material se torne sólido, porém quando fica em

repouso, volta a ficar novamente líquido.

Na fabricação do polímero de entretenimento, utiliza-se o PVA, o

tetraborato de sódio, corantes alimentícios e essências, que é produzido por

meio de uma simples reação de polimerização. Após a fabricação deve ser

embalado ou guardado em recipiente fechado, pois se ficar muito tempo

exposto ao ar, quando não estiver sendo utilizado, pode entrar no estado de

transição vítrea se tornando rígido (PEREIRA, 2009).

Entretanto de acordo com Mano (2010) a evaporação do solvente, faz

com que as cadeias do polímero se aproximem cada vez mais, gerando uma

estrutura rígida, ou seja, um polímero compacto e sólido.

As principais utilidades do polímero de entretenimento, para LucK (2004)

são na diversão e nas brincadeiras que ocorrem de forma lúdica e interativa e

no processo educacional de ensino, como facilitador do processo de

ensino-aprendizado.

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3.1 Aplicabilidade do PVA na área educacional

Com o objetivo de unir os conhecimentos teóricos e práticos, através da

contextualização de forma simplificada e abrangente, aplica-se os conceitos

para a produção do PVA, como método facilitador do processo de

ensino-aprendizado na área educacional. Com a aplicação deste método torna-

se possível construir o conhecimento (LUCK, 2004).

De acordo ainda com o mesmo autor, este conceito demonstra que o

processo de polimerização, pode ser trabalhado de maneira prática,

utilizando-a como metodologia de ensino, a fim de se estimular a compreensão

e a assimilação dos conceitos químicos aplicados no processo.

Dessa forma todo conhecimento deve ser claramente inter-relacionado,

trabalhando na prática, com a obtenção de materiais lúdicos e interativos, que

incentivam a pesquisa e o desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagem de maneira dinâmica (FREIRE, 2000).

Essa prática permite que o conhecimento seja ampliado, contribuindo

significativamente com a formação acadêmica, nesse processo de ensino o

docente exercerá o papel de multiplicador de novas ideias, facilitando a

aquisição de conhecimento por meio do método de ensino-aprendizagem

(OLIVEIRA; SANTOS, 2010).

Segundo Chatier (1990), tal prática didática torna-se mais diferenciada e

motivada quando se relaciona os conhecimentos obtidos com as atividades

experimentais, possibilitando a percepção, a descoberta e a visualização do

processo de polimerização.

De acordo com Oliveira e Santos (2010), a química é uma ciência

experimental que requer bastante observação e análise, valorizando-se da

inter-relação entre a teoria e a prática, pois a aplicação deste conceito

promove o desenvolvimento do raciocínio através de metodologias alternativas

de ensino-aprendizagem que simplificam e promovem o conhecimento através

da adequação de conceitos que facilitam o aprendizado.

É interessante ressaltar, que a aplicação deste método no processo de

ensino-aprendizagem, estimula a curiosidade e facilita o ensino, além de

proporcionar o contato direto com o polímero de PVA produzido de forma lúdica

e atraente, através da reação de polimerização (CHATIER, 1900).

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3.2 Fluído não newtoniano

Um fluído não newtoniano é uma substância que apresenta um

comportamento sólido e líquido ao mesmo tempo, nesse processo a

viscosidade do material varia de acordo com a força aplicada. Nessas

condições ao se exercer uma pressão sobre o polímero, o mesmo oferece

resistência se solidificando, já na ausência dessa pressão, quando fica parado

alguns instantes, nota-se que o mesmo se comporta como um líquido

(TORRES; FERRARO; SOARES, 2010).

Esse fenômeno físico, segundo Motta (2007), também pode ser

classificado como fluídos pseudoplásticos, pois a viscosidade do polímero

diminui, com o aumento da pressão exercida sobre o material.

“[...] Os fluídos não newtonianos são aquelas substâncias [...] que

desafiam as Leis da Newton e os princípios de lógica mais elementar”

(PASSONI; DROVANDI; COSTA; et al., 2011, p.1).

Para Torres, Ferraro e Soares (2010) por meio da movimentação ou

deslocamento de um fluído é possível verificar a dificuldade ou a facilidade de

escoamento do polímero, que poderá ser medida através da leitura de sua

viscosidade, que resulta do atrito interno entre as moléculas do material, de

modo que uma parte se opõe ao movimento da outra.

A viscosidade está relacionada à resistência do fluído de escoamento,

nesse contexto pode-se definir que determinada substância poderá apresentar

uma baixa viscosidade, como a água que é um líquido fino ou uma alta

viscosidade como o óleo mineral, que é um material espesso que escoa

lentamente (BRUNETTI, 2005).

O estudo da viscosidade, da plasticidade e da elasticidade dos fluídos

não newtonianos, de acordo com Motta (2007) é feito por uma área da física,

denominada reologia, palavra derivada do grego (rheo = fluxo, escoamento e

logos = estudo, ciência) que significa o estudo do fluxo ou escoamento de

materiais.

Por meio da reologia podemos definir dois tipos de fluídos, os

newtonianos que apresentam uma viscosidade constante, sem alteração de

sua propriedades físicas e os não newtonianos que exibem um comportamento

instável, de sólido ou de líquido, ao mesmo instante, pois sua viscosidade varia

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em função da tensão aplicada sobre o material. (TORRES; FERRARO;

SOARES, 2010).

Para os mesmos autores, alguns exemplos de fluídos não newtonianos,

são o ketchup, os xampus, as tintas utilizadas nas pinturas, os géis, o sangue

humano, o polímero de entretenimento, a lama, a pasta de dente, entre outros.

Um simples exemplo, de um fluído não newtoniano, de fácil preparação

que ilustra esse processo é uma suspensão de amido de milho (maisena) em

água na proporção de 2:1 ou 3:2. A demonstração do comportamento dessa

mistura ocorre por meio de duas formas, quando se pressiona o material com o

dedo ou com uma colher, nota-se que quando aplicamos uma rápida e forte

pressão a mistura endurece, dificultando o afundamento, isso ocorre devido a

rápida transição para o estado quase sólido, com alta resistência à

deformação. Agora ao empregar uma leve força sobre a superfície dessa

substância, o composto permite que o dedo afunde sem resistência e sem

alteração do comportamento do fluído (MOTTA, 2007).

Aplicando-se as propriedades dos fluídos não newtonianos, segundo

Young e Freedman (2009), poderemos fazer uma pessoa descalça se deslocar

alguns metros, correndo sobre a superfície de uma suspensão de maisena e

água, preparada em uma piscina, sem afundar, desde que caminhe com uma

certa velocidade.

Para o mesmo autor, se diminuir a velocidade ou ficar parado no mesmo

lugar sobre a mistura, a pessoa começará a afundar lentamente, como se

estivesse em uma areia movediça, devido a diminuição da aceleração.

Segundo Brunetti (2005) as características físico químicas apresentadas

pelos fluídos não newtonianos, possibilitaram que todas as indústrias

desenvolvessem materiais com mais qualidades, favorecendo os processos

produtivos e proporcionando que determinados produtos ou materiais

pudessem ser fabricados.

Tal propriedade segundo a Lei de Newton aborda os conceitos de

viscosidade que confere aos polímeros uma consistência adequada, fazendo

com que suas aplicações pudessem estar presentes na maioria dos diversos

setores industriais, na indústria de petróleo, de plásticos, de alimentos, de

tintas e revestimento, de produtos farmacêuticos, de cosméticos, de materiais

cerâmicos, entre outros (YOUNG; FREEDMAN, 2009).

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3.3 Estudo do grau toxicológico dos reagentes e produtos

Segundo Leite e Amorim (2000) o estudo toxicológico dos reagentes e

dos produtos, visa identificar os agentes tóxicos, suas características físicas,

químicas e bem como sua ação tóxica para o sistema biológico. A toxicologia é

uma ciência multidisciplinar e por meio dela é possível estudar as ações e os

efeitos nocivos das substâncias químicas no organismo.

A toxicidade é a capacidade que uma determinada quantidade de um

produto químico tem de provocar danos ao organismo, de acordo com as

condições de uso é possível determinar e analisar os casos de intoxicação

(OLGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2008).

Para os mesmo autores, os fatores que influenciam na toxicidade podem

estar relacionados com o agente químico, com o organismo, com o tempo de

exposição e com o ambiente.

O estudo do grau toxicológico, dos reagentes e produtos, tem como

finalidade prevenir e diagnosticar os casos de contaminação, evitando que

qualquer substância química possa interagir com o organismo, provocando um

efeito nocivo (LEITE; AMORIM, 2000).

Para Olga, Camargo e Batistuzzo (2008), toda substância quando

interage com o organismo, provoca efeitos adversos, dependendo do grau

toxicológico do material, ocorrendo alterações no funcionamento do organismo,

provocando um dano irreversível se o agente tóxico for ingerido.

A informação e a divulgação dos procedimentos utilizados para

manipulação do polímero de entretenimento visa assegurar a durabilidade do

produto para que a diversão seja garantida, sem eventuais problemas ou

perigos para a saúde.

Sabendo-se que com a evolução tecnológica e com o surgimento de

novos produtos no mercado, torna-se muito difícil para os médicos julgarem e

analisarem os casos de contaminação que porventura possam ocorrer devido

ao uso ou forma incorreta de manipulação do polímero. Entretanto a maioria de

todos os produtos estabelece alguns procedimentos de manipulação, bem

como recomendações de sua utilização, mostrando e indicando como o

polímero, ou outras substâncias devem ser manipulados, sem causar risco a

saúde. (OLGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2008).

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3.3.1 Toxicologia do tetraborato de sódio

Sengundo Alfrey e Gurnee (1971) o tetraborato de sódio decahidratado

(Na2B2O7 . 10 H2O), é um substância utilizada como catalisador no processo de

polimerização do PVA, que também é conhecido como bórax, tetraborato

decahidratado dissódico, borato de sódio decahidratado, piroborato de

sódio. É um sal branco, inodoro, granulado, não inflamável, não combustível,

não explosivo, alcalino e cristalino com excelente propriedade de

fluidez, que apresenta uma baixa toxicidade oral e dermatológica.

A inalação de grandes quantidades da substância no estado sólido pode

ser prejudicial para as vias respiratórias, provocando irritação, incluindo

sintomas de tosse e dificuldade respiratória, porém os sintomas detectados

pela alta exposição estão associados diretamente com a ingestão

(PEREIRA, 2009).

O mesmo autor ainda determina que os principais sintomas são

náuseas, vômito e diarréia, com efeitos de vermelhidão e descamação da

pele. O contato com a pele pode provocar irritação, dependendo

exclusivamente das condições alérgicas ou sensíveis do manipulador.

De acordo com Olga, Camargo e Batistuzzo (2008) a dose letal

está estimada entre 15 a 20 gramas de Na2B2O7 . 10 H2O. O valor limite de

exposição ocupacional nos ambientes de trabalho é estabelecido por padrões

criados por entidades internacionais como a Occupational Safety and Realth

Administration (OSHA) que determina um valor de 10 mg/cm3, enquanto que a

American Confederation of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH)

estipula uma quantidade de 5 mg/cm3.

Afirma Leite (2000) que os efeitos toxicológicos do tetraborato de

sódio são relatados com o ácido bórico (H3BO3), assim como a maioria dos

boratos, pois quando ingerido é covertido a H3BO3 nos sistema biológico.

O mesmo autor ainda resalta que o reagente não provoca nenhuma

lesão para os olhos, em contato com o reagente, pois em determinada

concentração é utilizado como colírio.

Quanto a pele, nenhuma evidência de danos do tecido foi encontrada,

pois apresenta toxicidade dermal baixa, podendo ser absorvido através de

ferimentos na pele (OLGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2008).

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3.3.2 Toxicologia do PVA

De acordo com Callister (2002) o monômero acetato de vinila é um

líquido inflamável, reativo, incolor e parcialmente hidrossolúvel. Em pequenas

quantidades, apresenta odor adocicado e frutado que se torna irritante em

níveis mais elevados.

Ainda de acordo com o mesmo autor, o acetato de vinila também pode

ser conhecido como éster vinílico do ácido acético, etanoato de etenila,

1 acetoxietileno, sendo em geral a composição dos diversos tipos de colas

existentes atualmente.

Por ser um líquido inflamável, apresenta um ponto de fulgor inferior a

37 °C, sendo considerado uma molécula muito reativa, que pode-se polimerizar

de forma descontrolada, formando o poliacetato de vinila (PEREIRA, 2009).

Da mesma forma que ocorre com todas as substâncias químicas, os

efeitos para saúde associados com a exposição, segundo Olga, Camargo e

Batistuzzo (2008) dependerá do nível e da duração da exposição.

Para os mesmos autores as reações alérgicas ou a hipersensibilidade

com o produto poderam ocorrer de acordo com a exposição e por meio da

utilização e manipulação de forma de inadequada.

Leite e Amorim (2000) comentam que dependendo do tipo de exposição,

pode ser considerado irritante para o trato respiratório, pele e olhos. O contato

com os olhos poderá provocar irritação, vermelhidão e inchaço em

concentrações acima de 21 partes por milhão (ppm).

De acordo com o teste realizado em animais, considera-se que o acetato

de vinila apresenta uma baixa toxicidade aguda através de todas as vias

de exposição (OLGA; CAMARGO; BATISTUZZO, 2008).

Enfatiza Callister (2002) que quando descartado no meio ambiente é

rapidamente biodegradado por mecanismos aeróbios ou anaeróbios.

Já a emulsão aquosa de poliacetato de vinila é um líquido branco,

viscoso, livre de grumos, que apresenta um odor característico. Que é

considerado um composto sem características tóxicas com relação à

manipulação ou inalação, não devendo ser ingerido ou colocado em contato

com a as partes sensíveis da pele. Por ser utilizado para fazer colagens, há

uma vasta aplicação deste composto em diversas áreas (PEREIRA, 2009).

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Segundo Olga, Camargo e Batistuzzo (2008) o poliacetato de vinila

poderá apresentar casos de intoxicação aguda caso a pessoa apresente

reações alégicas, no contato.

Entretanto para o mesmo autor, por ser considerado um produto que não

contem material perigoso, não é tóxico, porém pode apresentar

toxicidade aguda, causando irritação na pele e nos olhos, se inalado

poderá provocar dificuldade respiratória, a ingestão causa irritação

gástrica, podendo apresentar toxicidade crônica quando apresentar irritação

na pele com o surgimento dermatites de contato, irritações nos olhos e a

ingestão promove dores no estômago. Estes casos podem ainda

estar relacionados com as reações alérgicas ou hipersensibilidade.

Ressaltam Alfrey e Gurnee (1971) que o PVA é um composto químico

utilizado para diversas aplicações na área industrial, não sendo recomendado

ingerir, ou utiliza-lo incorretamente.

Tais recomendações se fazem necessárias para manter a segurança e

evitar intoxicações. Pois não há efeitos adversos funcionais e neurológicos

atribuídos ao produto (PEREIRA, 2009).

3.3.3 Toxicologia do polímero de entretenimento

De acordo com Callister (2002) o polímero de entretenimento, é uma

macromolémula formada de monômeros que não apresentam nenhum grau

toxicológico ao organismo, se utilizado de forma adequada e seguindo as

recomendações.

Segundo Leite e Amorim (2000) a simples manipulação do polímero, não

causará nenhum dano ou organismo. O procedimento experimental oferece

total segurança, para trabalhar o conceito da reação de polimerização de forma

lúdica e interativa.

Convém lembrar, que o polímero de entretenimento não deve ser

ingerido, após a manipulação deve-se lavar as mãos, entre outras

recomendações especificadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de

Brinquedos (ABRINQ), organização fundada em 1985, que tem como objetivo,

avaliar a qualidade e a segurança dos brinquedos que são inseridos no

mercado (ABRINQ, 2013).

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63

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO),

é um órgão que também é responsável pela certificação dos produtos, através

das normas e das leis, que avalia por meio da metrologia a conformidade, e

estabelece as metodologias para manipulação do polímero, além de promover

a harmonização das relações de consumo com a competitividade, para que

estejam dentro dos padrões estabelecidos pelas instituições (INMETRO, 2013).

Cuidados devem ser tomados, afim de se evitar que casos de

intoxicação venham ocorrer, minimizando os níveis de contaminação através

da divulgação das recomendações e dos procedimentos de manipulação, com

a finalidade de impedir os prejuízos ao organismo e ao meio ambiente (OLGA;

CAMARGO; BATUSTUZZO, 2008).

O polímero de entretenimento é um brinquedo conhecido aqui no Brasil

como geléca ou amoeba, no exterior como slime, flubber, pettimoko, em outras

partes do mundo recebe denominações diferentes segundo Pereira (2009).

Ainda de acordo com o mesmo autor ele consiste em uma massa colorida de

comportamento de fluido não newtoniano, que apresenta características líquida

e sólida ao mesmo tempo.

3.3.4 Toxicologia dos corantes

Os diversos corantes alimentícios que existem atualmente são

substâncias que surgiram para proporcionar mais qualidades aos produtos,

pois transmitem aos materiais novas cores que realçam as que já possuem,

melhorando seu aspecto e seu valor. A indústria de corantes é considerada

como essencial, porque é um segmento que participa da maioria de todos os

processos produtivos, nas etapas de coloração, restauração ou uniformização

das cores (SHREVE; JUNIOR, 2008).

De acordo com Antunes (2007) a grande competição entre as diversas

indústrias produtoras de corantes, fez com que surgissem novos meios

produtivos, mais eficientes e mais baratos, que apresentem melhor pureza e

resistência contra a descoloração.

Nessa tentativa de oferecer corantes com cores mais fortes e sedutoras,

segundo Shreve e Junior (2008) as indústrias passaram a utilizar cada vez

mais os produtos orgânicos e os inorgânicos nos seus processos de fabricação

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dos corantes sintéticos, que evidenciou a necessidade do estudo toxicológico,

para a verificação dos eventuais riscos para a saúde.

As maiorias dos corantes sintéticos que são utilizados na área

alimentícia e industrial, de acordo com os estudos realizados ao longo dos

anos, comprovaram o surgimento de problemas de alergia, efeitos colaterias,

entre outros malefícios para a saúde, todos os casos relacionados com a

ingestão de produto (PRADO; GODOY, 2003).

Entretanto a literatura toxicológica aponta somente os riscos e os

cuidados associados com a ingestão de corantes, segundo Antunes (2007) os

limites de tolerância de consumo permitido já fizeram vários outros corantes

artificiais, serem proibidos pela maioria dos países, devido ao risco

apresentado nos estudos realizados pela Codex Alimentares, órgão ligado à

Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo Prado e Godoy (2003), as legislações brasileiras atualizada

com as demais leis internacionais permitem a utilização de somente onze

corantes sintéticos. Essa autorização para utilização, não anula seus efeitos

adversos para a saúde, mas recomenda a utilização de corantes naturais, pois

são mais benéficos para o organismo.

Portanto a utilização dos corantes sintéticos na fabricação de objetos e

materiais, não apresenta nenhum risco à saúde, pois sua finalidade de

utilização é proporcionar aos produtos fabricados, uma aparência melhor com

cores mais vivas e chamativas, a fim de poderem ser comercializados com a

maior facilidade (MIDIO; MARTINS, 2000).

Para a fabricação do polímero de entretenimento indica-se a utilização

de corantes alimentícios, para que o material depois de preparado apresente

uma característica visual melhor, sem apresentar risco para a saúde, já que a

macromolécula é um material produzido para ser manipulado e não ingerido.

Midio e Martins (2000) enfatizam que a simples manipulação não

provoca nenhum efeito toxicológico, entretanto a maioria dos efeitos adversos

está relacionada com a ingestão de alguns corantes artificiais atualmente

proibidos, já que o número de corantes artificiais que comprovadamente não

apresentam nenhum risco à saúde é muito pequeno, além disso, tende a ficar

cada vez mais reduzido, de acordo os resultados que as novas pesquisas

possam revelar.

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65

3.3.5 Toxicologia das essências

Os aromatizantes ou flavorizantes de acordo com Feltre (2004) são

substâncias que intensificam ou conferem aromas e sabor aos alimentos e

produtos por meio de essências naturais ou sintéticas.

As essências naturais são obtidas por métodos físicos, microbiológicos

ou enzimáticos a partir de matérias primas naturais presentes nas folhas, flores

e aromas dos frutos, através da destilação de arraste com vapor, enquanto que

as sintéticas são produzidas industrialmente por meio da síntese de

substâncias químicas que apresentam uma estrutura semelhante á matéria

prima original (SANTOS; ALVES; FIGUEIRÊDO; et al, 2004).

Segundo Feltre (2004) as indústrias produzem atualmente grandes

quantidades de ésteres ou essências sintéticas, que são utilizados nas áreas

alimentícias, farmacêuticas, de produtos cosméticos, de limpeza, de

perfumaria, entre outras, para proporcionar mais qualidades aos produtos

finais.

Com o avanço tecnológico na produção de diversos tipos de

aromatizantes ou essências sintéticas, houve-se a necessidade de pesquisar

os efeitos toxicológicos dessas substâncias no organismo, segundo Prado e

Godoy (2003), comprovando-se que o uso desses flavorizantes não apresenta

nenhum risco para a saúde, porém o contato repetido e prolongado pode

causar alergias ou irritações na pele, caso a pessoa apresente uma

hipersensibilidade ao produto.

Mello, Thomé e Lima (2004) destacam que todas as essências

aromáticas, que são produzidas atualmente, devem estar de acordo com os

padrões de qualidade estabelecidos através das análises cromatográfica e

físico química para a verificação da qualidade do produto por meio da ausência

de impurezas ou substâncias que possivelmente possam causar riscos para a

saúde.

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CAPÍTULO IV

4 MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia aplicada neste trabalho baseiou-se em duas etapas, na

primeira etapa realizou-se uma apresentação teórica sobre o assunto em

questão para os discentes do IV e VI semestres do Curso de Bacharelado em

Química, do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (Unisalesiano) de

Lins/SP. Na segunda etapa os mesmos discentes que realizaram a atividade

experimental, aplicando-se os conhecimentos teóricos na prática, para

produção do polímero de entretenimento de forma lúdica e interativa. Em

seguida aplicou-se um questionário com nove perguntas fechadas de múltipla

escolha e uma questão aberta, para analisar se os procedimentos teóricos e

práticos desenvolvidos facilitaram e favoreceram o processo de ensino de uma

maneira simplificada e abrangente.

Os procedimentos foram realizados em dois dias, para um total de

quarenta e quatro discentes, sendo vinte e oito do VI semestre e dezesseis do

IV semestre.

No primeiro dia as atividades teóricas e práticas foram desenvolvidas

com a turma do IV semestre, no segundo dia realizou-se o mesmo

procedimento com o VI semestre.

Na apresentação teórica os conceitos sobre polímeros, foram abordados

de uma maneira supostamente compreensível e abrangente, por meio da

definição de forma simplificada, através da reação de polimerização utilizando

o método comparativo com clipes em forma de corrente ou dos vagões de um

trem, como facilitador do aprendizado do procedimento de obtenção do

polímero, durante uma reação de adição, bem como a preparação do polímero

de entretenimento e sua aplicação.

Após a apresentação da teoria sobre os polímeros, os discentes

realizaram a atividade experimental, utilizando-se os conceitos teóricos na

prática, para a obtenção do polímero de entretenimento a base de PVA, que

apresenta características a flexibilidade, a elasticidade e a viscosidade,

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características de um fluído não newtoniano.

Nesse contexto, a realização do procedimento experimental no

laboratório, visou abordar os conceitos teóricos na prática de forma lúdica e

interativa, incentivando os discentes por meio da manipulação do polímero

produzido, para que ambos conheçam as propriedades do material produzido.

Depois da aplicação do procedimento teórico e do desenvolvimento da

atividade experimental, aplicou-se um questionário com nove perguntas

fechadas e uma pergunta aberta, sobre os conceitos que foram abordados na

teoria e na prática.

Os resultados do questionário procurou verificar se os conceitos teóricos

e práticos que foram desenvolvidos, realmente facilitaram e favoreceram o

processo de ensino-aprendizagem.

Na elaboração desse instrumento de avaliação optou-se pela aplicação

da maioria de questões fechadas de fácil compreensão e apenas uma questão

aberta, para que os discentes pudessem correlacionar a teoria com a prática,

utilizando somente os conhecimentos obtidos durante a aplicação da

metodologia.

4.1 Aspectos metodológicos

Na primeira etapa do desenvolvimento das atividades, utilizou-se duas

aulas teóricas e expositivas, para a apresentação dos conceitos sobre

polímeros, empregando os recursos disponíveis e tecnológicos,

disponibilizados pelo Unisalesiano de Lins, como a utilização de data show

para a apresentação e sala climatizada, permitindo e garantindo ao máximo a

participação dos discentes, para que pudessem interagir com os conteúdos

abordados, para o esclarecimento de suas possíveis dúvidas, além de

proporcionar o contato direto com as amostras de polímero de entretenimento.

Na segunda etapa, foi utilizado duas aulas para realização da atividade

experimental, no Laboratório de Química e Controle de Qualidade do

Unisalesiano, sendo que os trinta minutos finais, foram destinados para que os

discentes respondessem o questionário.

Na atividade experimental um roteiro com o procedimento para obtenção

do polímero foi disponibilizado para os grupos que se formaram no laboratório.

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Em cada bancada, os discentes realizaram o experimento, de forma adequada,

com organização e segurança, com a supervisão e orientação dos

pesquisadores.

Dessa forma foram utilizados aproximadamente quatro horas para o

desenvolvimento de toda a atividade teórica e prática.

O planejamento da metodologia é a etapa onde há a idealização de

como o projeto, abordando os detalhes, para a conceitualização e verificação

das reações de polimerização para que ocorram uma interação entre os

conceitos abordados, para facilitação do aprendizado.

4.2 Metodologia / procedimento

O procedimento experimental aplicado visou produzir o polímero de

entretenimento ou geléca, através da reação de polimerização, utilizando

somente materiais de baixo custo, proporcionando a interação com o polímero

por meio da demonstração de suas propriedades físicas como a elasticidade, a

viscosidade e a flexibilidade.

Para a realização do experimento, utilizou-se uma solução de

Na2B4O7.10 H2O a 4%, preparada previamente e uma solução aquosa de cola

a base de PVA, na proporção de 1:1, além de outros reagentes como o corante

alimentício, para que o polímero apresentasse uma coloração e essências para

que o material apresentasse um odor agradável.

Para o desenvolvimento da atividade prática, preparou-se 100 mL da

solução de cola a base de PVA na proporção de 1:1, utilizando uma parte de

cola e uma parte de água destilada, ou seja 50 mL de cola e 50 mL de água.

Utilizou-se um bécker de 250 mL, para realização desta etapa. Homogeneízar

a amostra até a completa dissolução da cola.

Observou-se que a viscosidade da cola diminuiu, pois a diluição faz com

que as macromoléculas do PVA se transformem em monômeros de acetato de

vinila, preparando o material para um novo processo de polimerização.

Após a dissolução da cola, adicionou-se algumas gotas de corante

alimentício e homogeneizou-se com o bastão de vidro.

Foi medido na proveta de 50 mL, um volume de 34 mL de solução de

Na2B4O7.10 H20 a 4%.

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Para realização da etapa de polimerização, deve-se adicionar aos

poucos a solução de Na2B4O7.10 H20 a 4 % no bécker de 250 mL onde se

encontra a solução de cola. E com o bastão de vidro, agitar devagar a mistura.

Observou-se que após alguns segundos de agitação a consistência da

mistura começou a ficar gelatinosa e pegajosa em volta do bastão de vidro.

Recomenda nessa faze da polimerização

Quando a mistura começou a desgrudar das paredes do bécker,

retirou-se a massa, conhecida como polímero de entretenimento ou geléca do

bécker e manipulou com as mãos.

A sugestão da adição de essência (opcional) poderá ser feita no final, a

fim de se evitar qualquer interferência no processo de polimerização do acetato

de vinila, pois a simples manipulação já faz com que as características da

essência se agregue ao produto.

Após a polimerização e antes da manipulação do polímero de

entretenimento, molhou-se as mãos com um pouco de água, para o polímero

não grudar nas mãos.

Para o polímero não ficar muito mole e pegajoso, adicionou-se mais de

solução de Na2B4O7.10 H2O a 4%, aos poucos, e o mesmo adiquiriu uma

consistência mais firme.

Depois que o polímero de entretenimento ficou pronto, homogeneizou-se

a massa com as mãos e verificou-se as propriedades flexíveis, elástica e

viscosa, apresentada pelo polímero.

Após a obtenção do polímero, sugeriu-se aos discentes embalar o

polímero em sacos plásticos ou em uma embalagem fechada, para evitar que

o polímero seque, ao perder água por evaporação.

Caso o polímero de entretenimento começar a ficar quebradiço e

ressecado, os discentes foram orientados, que adicionem um pouco de água

adicione um pouco de água ao polímero e manipule-o com as mãos. Lave as

mãos após brincar com o polímero.

As proporções, apresentadas na tabela 4 devem ser consultadas, para

se preparar volumes maiores de solução de PVA, bem como a quantidade de

solução de Na2B4O7.10 H20 a 4 % necessária para o processo de

polimerização.

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Tabela 4: Proporção para diluição do PVA e quantidade de

tetraborato de sódio necessária para polimerização.

Cola Água Solução de Volume de

PVA (1:1) Na₂B₄O7.10 H20 a 4%

25 mL 25 mL 50 mL 17 mL

50 mL 50 mL 100 mL 34 mL

100 mL 100 mL 200 mL 68 mL

150 mL 150 mL 300 mL 102 mL

200 mL 200 mL 400 mL 136 mL Fonte: Elaborada pelo autores.

4.3 Teste de dosagem

A importância da realização do teste de dosagem para identificar a

quantidade correta da solução de Na2B4O7.10 H2O a 4% que deverá ser

utilizado para a polimerização da solução de PVA, se faz necessário para

definir a proporção correta para ocorrência da polimerização.

Entretanto os diversos tipos de colas a base de PVA, disponíveis no

mercado, apresentam concentrações diferentes e essa variação na

concentração faz com que a quantidade correta da solução de Na2B4O7.10 H2O

a 4% também varie para mais ou para menos, isso dependerá da concentração

correta da cola a base de PVA utilizada no procedimento experimental.

Para realização da dosagem, deve-se fazer a diluição da cola a base de

PVA na proporção de 1:1, separar 50 mL dessa amostra em um bécker,

colocar 10 mL de solução de Na2B4O7.10 H2O a 4%, tetraborato de sódio a 4 %

em uma proveta de 10 ml e adicionar aos poucos sob a solução de PVA.

Após cada adição homogeneíze a amostra, quando começar o processo

de polimerização com a formação de uma massa gelatinosa e firma, desse

ponto para frente, fazer a dosagem aos poucos, quando o polímero começar a

desgrudar das paredes do bécker, indica que o processo de polimerização se

completou. Anote o volume gasto na proveta em mL e refaça novamente a

tabela 4, indicando o novo volume de Na2B4O7.10 H2O a 4% que foi necessário

para completa polimerização de 50 mL da nova solução de PVA que estava

sendo testada.

Baseado nesse dado é possível, obter as demais quantidades de

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solução de Na2B4O7.10 H2O a 4%, para qualquer quantidade dessa solução de

PVA a 1:1, realizando somente uma simples regra de três.

Devido as variações das concentrações das colas a base de PVA,

sempre que ocorrer a troca de um tipo de cola por um outro tipo de cola

diferente, deverá ser realizado o teste de dosagem, para saber a quantidade

correta para polimerização, para que os erros experimentais sejam eliminados.

Realizando-se este teste, pode-se definir com clareza qual é a

verdadeira quantidade de Na2B4O7.10 H2O a 4%, que polimeriza uma solução

aquosa de PVA a 1:1.

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CAPÍTULO V

5 DISCUSSÕES E RESULTADOS

Os resultados obtidos por meio dos questionários aplicados para os

discentes do IV e VI semestres do Unisalesiano, foram tabulados por meio da

análise prévia de cada questão abordada, a fim de verificar se os

procedimentos teóricos e práticos desenvolvidos facilitaram o processo de

ensino-aprendizagem de uma forma abrangente.

Conforme nota-se na figura 21, referente a questão 1, um total de 93 %

dos discentes acertaram que as ligações químicas formadas entre os

monômeros, por meio de uma reação de polimerização do PVA é do tipo

cruzada e apenas 7 % erraram, provavelmente porque não conseguiram

correlacionar a diferença de uma ligação química covalente ou cruzada onde

há um compartilhamento de elétrons, para uma ligação iônica onde ocorre a

doação de elétrons.

Os 93 % de acertos na questão 1, indicam que a maioria dos discentes

conseguiram entender que a reação de adição que ocorre no processo de

polimerização, fazendo com que os monômeros se agrupem por meio das

ligações cruzadas, covalentes ou reticuladas.

Figura 21: Ligações química entre os monômeros.

Fonte: Elaborada pelos autores.

93%

7%

Ligaçõescruzadas

Ligaçõesiônicas

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Propôs-se na segunda questão, que o discente pudesse associar que

toda reação de polimerização, ocorre obrigatoriamente sob determinada

pressão, temperatura e na presença de um catalisador, para a formação de

uma macromolécula ou polímero.

Analisando os dados obtidos na figura 22, referente à questão 2,

nota-se que 61 % dos discentes acertaram que a substância formada após a

reação de polimerização é a macromolécula, enquanto que 39 % erraram pois

acredita-se que tiveram dificuldade de lembrar que quando os monômeros se

agrupam por meio de uma reação de polimerização, um monômero vai se

agrupando a outro sucessivamente para a formação de uma macromolécula

que apresenta vários monômeros interligados entre si, por meio das ligações

cruzadas.

Figura 22: Substância formada após a reação de polimerização.

Fonte: Elaborada pelos autores.

De acordo com a figura 23, referente à questão 3, observa-se que 75 %

dos discentes acertaram que o processo de transição vítrea, faz com que os

polímeros de PVA, perca água por evaporação, deixando de ser flexível e se

tornando um polímero rígido, compacto e sólido, enquanto que 25 % erraram

porque provavelmente se confundiram ou não lembraram que após o processo

de polimerização, o polímero perde água por evaporação se desidratando,

deixando de ser flexível para se tornar um material sólido.

Por meio do processo de transição vítrea são obtidos diversos materiais,

32%

5%

2%

61%

Monômero

Trímero

Micromolécula

Macromolécula

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a transição representa a temperatura em que ocorre a instabilidade das

cadeias moleculares com a mudança de estado, fazendo o material tornar-se

rígido.

Figura 23: Perda de água por evaporação no processo de

transição vítrea.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Segundo os resultados apresentados na figura 24, referente a questão

4, nota-se que 59 % dos discentes acertaram que o polímero a base de PVA

apresenta características de um fluído não newtoniano, se comportando como

sólido e líquido ao mesmo tempo, variando de acordo com o grau de

deformação aplicado sobre o material, enquanto que 41 % erraram

provavelmente porque não conseguiram correlacionar o que foi trabalhado na

teoria e desenvolvido na prática, conforme notou-se nas respostas.

As propriedades do fluído não newtoniano fazem com que

determinados polímeros ou certos materiais, se comportem como sólido e

líquido ao mesmo tempo, tendo a viscosidade variada de acordo com a força

aplicada, não apresentando viscosidade definida, o que faz com que o polímero

apresente características engraçadas, como as obtidas durante a realização da

atividade experimental no laboratório, comprovando-se tais características

apresentadas pelo polímero de PVA, pela maioria dos discentes, no entanto

quando se exerce uma pressão sobre o polímero, apertado com as mãos,

75%

25%

Correto

Errado

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verifica-se que o mesmo se comporta de forma sólida e firme, agora ao deixar

parado alguns instantes percebe-se um comportamento de forma líquida,

quase escorrendo.

Figura 24:Comportamento de um fluído não newtoniano.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Conforme nota-se na figura 25, referente à questão 5, um total de 89 %

dos discentes acertaram que o ânion borato (B(OH)4-), atua na reação de

polimerização do PVA como agente ligante e somente 11 % erraram pois

acredita-se que não conseguiram interpretar o que a questão estava pedindo

ou possivelmente se confundiram.

Figura 25: Função do ânion borato na reação de polimerização.

Fonte: Elaborada pelos autores.

41%

59%

Não

Sim

11%

89%

Agenteseparador

Agente ligante

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De acordo com a figura 26, referente à 6 questão, verifica-se que 93 %

dos discentes acertaram a questão que aborda a utilização dos conceitos

teóricos e práticos na produção de PVA, comprovando que a aplicação destes

conceitos realmente funciona, pois facilita o processo de ensino-aprendizagem,

tais ferramentas ajudam na de compreensão dos conteúdos teóricos,

trabalhando-se na prática. Em contrapartida somente 7 % dos discentes

erraram provavelmente porque não conseguiram compreender alguma etapa

da parte teórica ou da prática que foi desenvolvida ou acredita-se que essa

quantidade de discentes tiveram dificuldades de relacionar a teoria com a

prática.

Figura 26: Conceitos teóricos e práticos no ensino-aprendizagem.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Por meio dos resultados apresentados na figura 27, referente à

questão 7, nota-se que 86 % dos discentes acertaram que a aplicação dos

conceitos apresentados facilita o aprendizado da reação de polimerização. Pois

com a aplicação do método dos clipes, da corrente ou dos vagões se torna

possível fazer uma comparação de forma simplificada, de fácil memorização

que facilita o ensino, comprovando o resultado obtido.

Enquanto que apenas 14 % dos discentes erraram a sétima questão,

provavelmente devido a falta de compreensão e de assimilação da proposta

oferecida. Acredita-se que a solução para alcançar resultados satisfatórios

nessa etapa de aprendizado seria a dedicação.

93%

7%

Sim

Não

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Figura 27: Conceito explicativo no ensino-aprendizagem.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Segundo a figura 28, referente à questão 8, nota-se que 86 % dos

discentes acertaram a questão que definiu que através do processo de ensino-

aprendizagem é possível verificar experimentalmente que o polímero de

entretenimento é uma macromolécula flexível, viscosa e elástica, devido as

ligações covalentes ou reticulações que se formaram entre os monômeros. Na

realização da atividade experimental foi possível comprovar e verificar, a

presença dessas propriedades no polímero que foi produzido

experimentalmente, facilitando portanto o reconhecimento de tais

características. Porém 14 % dos discentes erraram essa pergunta

provavelmente por desatenção durante o desenvolvimento teórico e prático.

Pois para se construir o raciocínio, obrigatoriamente o discente deve entender,

para poder correlacionar os conhecimento obtidos, possivelmente aplicando-os

na prática.

No entanto devido a essas características que o polímero de

entretenimento apresenta, lhe é conferido qualidades, que agregam mais valor

ao produto final. Dessa forma tornou-se possível utilizá-lo no processo de

ensino, facilitando o ensino e proporcionando a divulgação das propriedades do

polímero de entretenimento. Para assimilação dos conteúdos difíceis, aplica-se

métodos determinados pela relação objetivo e conteúdo, para que o discente

pudessse correlacionar todas as informações obtidas.

14%

86%

Não

Sim

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Figura 28: Macromolécula flexível, viscosa e elástica.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Conforme a figura 29, referente à questão 9, nota-se que 93 % dos

discentes acertaram que o processo de ensino-aprendizagem, acerca da

formação dos polímeros pode ser facilitado com a execução de atividades

experimentais, sendo comprovado pelo resultado obtido, enquanto que apenas

7 % erraram, provavelmente porque tiveram dificuldade em associar a teoria à

prática.

Figura 29: O ensino é facilitado com a realização de atividades

experimentais.

Fonte: Elaborada pelos autores.

86%

14%

Correto

Errado

93%

7%

Sim

Não

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De acordo com a figura 30, referente à 10 questão, por meio da questão

aberta, observa-se que 77 % dos discentes confirmaram que o processo de

ensino-aprendizagem, acerca da formação dos polímeros apresenta melhor

aproveitamento durante a realização do experimento, pois a atividade prática

se torna mais cativante, quando se realiza uma relação entre a teoria com a

atividade experimental. Enquanto que 23 % dos demais discentes declararam

que o processo de ensino-aprendizagem apresentou melhor aproveitamento

somente durante a explanação teórica, provavelmente porque conseguiram

assimilar e entender os conteúdos abordados teoricamente de forma

simplificada sem realizar a prática.

Analisando os resultados obtidos, alguns discentes declararam que

somente coma a explanação teórica, tornou-se possível obtenção uma

aprendizado sem a realização da atividade prática.

Figura 30: A) Aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Conforme a figura 31, ainda referente à questão 10, nota-se que 84 %

dos discentes justificaram a alternativa selecionada, desse total 77 %

comentaram a importância da realização das atividades experimentais que

favorecem o processo de ensino-aprendizagem e apenas 7 % comentaram a

sua importância durante a realização da explanação teórica.

Enquanto que 16 % dos demais discentes, não justificaram a questão,

pois selecionaram provavelmente a opção durante a explanação teórica,

23%

77%

Durante aexplanação teórica

Com a realização doexperimento

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80

acredita-se que somente com a teoria foi possível, construir o conhecimento

devido a isso não quiseram expor sua opinião.

Figura 31: B) Aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem.

Fonte: Elaborada pelos autores.

De acordo com a figura 32, foi possível realizar uma avaliação geral do

processo de ensino-aprendizagem, durante a realização das atividades teórica

e práticas desenvolvidas, por meio da nota obtida após a aplicação do

questionário.

Figura 32: Avaliação do ensino-aprendizagem.

Fonte: Elaborada pelos autores.

84%

16%

Justificaram aquestão

Não Justificarama questão

14%

55%

11%

5%

5% 4%

2% 2% 2%

10 questões

9 questões

8 questões

7 questões

6 questões

5 questões

4 questões

3 questões

2 questões

Acertaram:

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81

Segundo os resultados obtidos 55 % dos discentes acertaram 9

questões, 14 % acertaram 10 questões, 11 % acertaram 8 questões, 5 %

acertaram 7 questões, outros 5 % acertaram 6 questões, 4 % acertaram 5

questões, 2 % acertaram 4 questões, outros 2 % acertaram 3 questões e

finalmente outros 2 % acertaram novamente 2 questões.

Considerando-se o total de acertos para análise de aproveitamento no

aprendizado, de oito a dez como uma nota ótima, de cinco a sete como uma

nota boa e de dois a quatro como nota ruim, verificou-se que 80 % dos

discentes apresentaram uma nota ótima, comprovando que o desenvolvimento

das atividades teóricas e práticas realmente favoreceram o processo de

ensino-aprendizagem, pois nota-se um aproveitamento além de 50%.

Esses 80% dos discentes equivalem a 35 alunos, do um total de 44

pessoas que participaram da atividade teórica e prática.

Enquanto que 14 % dos discentes apresentaram uma nota boa, pois só

acertaram somente de 5 a 7 questões, do total de discentes analisados, 14 %,

equivale a 6 alunos.

Já o restante, equivalente a 6 % dos discentes apresentaram uma nota

ruim, pois acertaram somente de duas a quatro questões. Do total de discentes

analisados, 6 % equivale a 3 alunos.

Analisando os resultados obtidos comprovou-se que os conceitos

trabalhados na teoria e na prática possibilitaram a melhoria do processo de

ensino-aprendizagem.

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CONCLUSÃO

Os polímeros naturais e os sintéticos revolucionaram o cotidiano e o

estilo de vida das sociedades atuais. Os naturais fazem parte da vida do

homem desde 1 000 anos a.C., e os sintéticos como o polietileno ou “plástico”,

como são comumente conhecidos desde o século XX, facilitam a realização

das atividades diárias e hoje é praticamente impossível imaginar o dia-a-dia

sem polímeros, já que estão na composição química dos vestuários, utensílios

domésticos e industriais, instrumentos hospitalares, brinquedos, destacando-se

entre diversos materiais desenvolvidos com o avanço tecnológico

proporcionando conforto e comodidade.

A ciência de polímeros contribuiu para a transformação radical do

desenvolvimento tecnológico, para o desenvolvimento de novos materiais, além

de poder ser utilizado de forma criativa, como ferramenta facilitadora do

processo ensino-aprendizagem acerca das reações de polimerização.

A aprendizagem significativa em Química é essencial como instrumento,

para que se dê o ganho cognitivo buscado em um contexto onde o estudante é

agente ativo da construção de seu saber.

O processo de ensino e aprendizagem em Química não deveria ser

desenvolvido somente de forma teórica, mas na forma prática também, sempre

havendo uma ligação entre a escola e a vida, de forma que estas possam

contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades além da

efetiva aprendizagem dos discentes.

Cabe salientar que a relevância do desenvolvimento de atividades

práticas e lúdicas, como alternativa pedagógica e o foco deste trabalho

possibilitou constatar de forma clara e abrangente, a necessidade de se

municiar de processos, materiais e linguagens significativos de aprendizagem,

minimizando assim a dificuldade de compreensão, colaborando para que o

discente consiga observar a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir

sentido a este, o que incentiva a uma aprendizagem significativa e, portanto,

duradoura.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A - Teste Teórico / Experimental

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO

AUXILIUM

Nome: ________________________Bacharelado em Química / ___º Semestre

TESTE TEÓRICO / EXPERIMENTAL

1) Na polimerização do PVA, os monômeros são agrupados através de uma

reação de adição, por meio de que ligações?

a) ( ) Ligações cruzadas. b) ( ) Ligações iônicas.

2) Após a reação de polimerização, sob determinada pressão, temperatura e

na presença de um catalisador, ocorre a formação de que substância?

a) ( ) de um monômero. c) ( ) de uma micromolécula.

b) ( ) de um trímero. d) ( ) de uma macromolécula.

3) O processo de transição vítrea, faz com os polímeros de PVA, perca água

por evaporação, deixando de ser flexível e se tornando rígido, compacto e

sólido.

a) ( ) Verdadeiro. b) ( ) Falso.

4) O polímero a base de PVA, apresenta características de um fluído não

newtoniano, que se comporta de forma líquida e sólida ao mesmo tempo,

variando de acordo com a grau de deformação aplicado sobre o material.

a) ( ) Não. b) ( ) Sim.

5) O tetraborato de sódio (Na2B4O7.10 H2O) ao ser dissolvido na água,

estabelece o equilíbrio químico, formando o ânion borato (B(OH)4-), que atua

na reação de polimerização do PVA como:

a) ( ) Agente separador. b) ( ) Agente ligante

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6) A utilização dos conceitos práticos na produção do PVA, de forma

simplificada e abrangente, facilita o ensino-aprendizagem do processo de

polimerização de forma dinâmica e lúdica.

a) ( ) Sim. b) ( ) Não.

7) O conceito explicativo, através do método do clipes, da corrente, ou dos

vagões de um trem, facilita o aprendizado da reação de polimerização, de uma

forma mais dinâmica e abrangente.

a) ( ) Não. b) ( ) Sim.

8) Através do processo de ensino-aprendizagem é possível verificar

experimentalmente que o polímero de entretenimento é uma macromolécula

flexível, viscosa e elástica, devido as ligações covalentes ou reticulações, que

se formaram entre os monômeros.

a) ( ) Correto. b) ( ) Errado.

9) O processo de ensino-aprendizado acerca da formação de polímeros pode

ser facilitado pela execução de atividades experimentais?

a) ( ) Sim. b) Não.

10) O processo de ensino-aprendizagem, acerca dos polímeros teve melhor

aproveitamento:

( ) Durante a explanação teórica.

( ) Com a realização do experimento.

Justifique sua resposta.

R:_____________________________________________________________

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_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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