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SÃO BENTO

NOÇÕES DE

ULTRASSONOGRAFIA

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SÃO BENTO

Sumário 1. Ultrassonografia ................................................................................................................................ 4

Definição e Introdução ....................................................................................................................... 4

Ultrassom 4D ...................................................................................................................................... 5

Ultrassom 3D ...................................................................................................................................... 5

Ultrassom 2D ...................................................................................................................................... 5

2. História............................................................................................................................................... 5

3. Princípios de Ultrassonografia .......................................................................................................... 7

4. Limitações e Vantagens ..................................................................................................................... 8

5. Equipe de Obtenção de Imagens de Ultrassonografia ...................................................................... 9

Identificação dos Filmes ..................................................................................................................... 9

6. Técnica ............................................................................................................................................. 10

7. ACESSÓRIOS DA SALA DE ULTRASSONOGRAFIA ............................................................................. 10

8. Ultrassom 3D Obstétrico ................................................................................................................. 12

1º Trimestre ..................................................................................................................................... 13

3º Trimestre ..................................................................................................................................... 13

Face Fetal ......................................................................................................................................... 15

Gestação Gemelar ............................................................................................................................ 16

As orelhas... ...................................................................................................................................... 16

Aplicações Clínicas ............................................................................................................................ 17

Fígado e vesícula biliar ..................................................................................................................... 17

Abdome geral ................................................................................................................................... 18

Determinação exata da localização de anormalidades .................................................................... 19

Coração ............................................................................................................................................ 20

Mama ............................................................................................................................................... 20

Olho .................................................................................................................................................. 20

Estruturas vasculares ....................................................................................................................... 20

Avaliação e diagnóstico musculoesquelético ................................................................................... 21

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SÃO BENTO 9. Definição de termos sonografia ...................................................................................................... 21

10. FÍSICA DA ULTRA-SONOGRAFIA .................................................................................................... 24

11. Som ................................................................................................................................................ 25

Formação da imagem ....................................................................................................................... 25

12. Tópico Especial Ultrassom ............................................................................................................. 28

13. Infra-Sons ....................................................................................................................................... 28

14. Som ................................................................................................................................................ 29

15. Ultrassom transvaginal .................................................................................................................. 31

16. AGRADECIMENTOS: ....................................................................................................................... 33

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SÃO BENTO

1. Ultrassonografia

Definição e Introdução

A ultrassonografia (US) é uma técnica de obtenção de imagens que usa ondas sonoras de

alta frequência para produzir imagens de órgãos e estruturas do corpo. Essas imagens são

produzidas pelo registro das reflexões (eco) das ondas ultra-sônicas dirigidas para o interior

do corpo.

Os termos técnicos para US comumente usado na obtenção de imagens e no seu registro

são ultrassonografia ou ultrassom (frequência ultra-alta). O termo ecossonografia também

pode ser usado para esse processo de obtenção de imagens.

As frequências das ondas sonoras ouvidas pelo ouvido humano são chamadas de som

audível. Ondas com frequência mais altas do que o som audível são chamadas de ultrassom

ou ultrassônicas, significando ondas sonoras de frequência “ultra-alta” que estão acima do

som audível. A faixa de ondas sonoras ouvidas pelo ouvido humano é, aproximadamente, de

20 Hz a 20khz (20 a 20.000 ciclos por segundo). Para o ultrassom clínico, a faixa de ondas

sonoras usadas é de 1 a 17 MHz (1 a 17 milhões de ciclos por segundo). As ondas sonoras

dessa frequência são transmissíveis apenas em líquido e sólido, não em ar ou gás.

A obtenção de imagens por ultrassom é incolor e inócua, porque não está envolvida

qualquer ionização tissular. Estudos não revelam quaisquer efeitos biológicos adversos

associados com o uso do ultrassom. Isso o torna uma modalidade de obtenção de imagens

segura e preferida para certos exames radiossensíveis, tais como a obstetrícia, nos quais o feto

é poupado de qualquer exposição à radiação.

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SÃO BENTO Ultrassom 4D

Com os constantes avanços tecnológicos na área da saúde, surgem alguns termos usados

pelos médicos que acabam se incorporando ao nosso vocabulário, mas nem sempre sabemos

exatamente o que eles significam. Na ultrassonografia, isso não é diferente.

Para que você possa entender um pouco mais, citaremos a seguir os principais tipos de

exames de ultrassom e o que significam cada um deles. Apresentamos inclusive o método 4D,

que apesar da maioria das pessoas já terem ouvido falar, talvez não saibam muito bem o seu

significado.

Utilizando a mais avançada tecnologia em ultrassonografia, o método 4D (quatro

dimensões), nada mais é, que a imagem 3D em movimento. Você pode observar toda a

movimentação fetal, desde que as condições para a obtenção da imagem 3D sejam favoráveis.

Ultrassom 3D

O método de ultrassonografia 3D (três dimensões) é uma inovação do método 2D,

transforma as imagens convencionais em imagens tridimensionais, permitindo que a mamãe

consiga visualizar uma imagem mais realista do seu bebê. Essas imagens obtêm uma

qualidade quase fotográfica.

Para o médico, esta tecnologia permite confirmar com mais precisão o estado de saúde

do feto, se tornado um importante método complementar.

Vale destacar, que a obtenção de boas imagens depende de alguns fatores.

Ultrassom 2D

O método de ultrassonografia em 2D (duas dimensões), é o método de exame

convencional que, apesar de ser um método essencial para os médicos, nem sempre permite

que as mamães consigam visualizar nitidamente seu bebê durante exame.

2. História

O nascimento do ultrassom pode ser encontrado na Primeira Guerra Mundial ou logo

depois, com o desenvolvimento do sonar. Ele foi mais completamente desenvolvido durante a

Segunda Guerra Mundial. O sonar é uma técnica de envio de ondas através de água e de

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SÃO BENTO observação dos ecos de retorno para identificar objetos submersos. Após a guerra,

pesquisadores médicos exploraram e desenvolveram forma de aplicar esses conceitos ao

diagnóstico médico.

Modo A: A primeira unidade de ultrassom no modo A foi constituída no Japão no início

dos anos 1950. Imagens de ultrassom no modo A representavam a anatomia por uma série de

“blips” vistos em um monitor. A altura desses blips representava a intensidade do eco de

retorno.

Modo B: No final dos anos 1950, pesquisadores nos Estados Unidos, no Japão e na

Europa projetaram dispositivos de ultrassom bidimensionais em escala cinza, chamados de

modo B. O uso da escala cinza permitia que a intensidade dos ecos de retorno fosse

representada por vários graus de cinza. Um conversor de vídeo-scan amplifica e processa

esses ecos e os mostra em um monitor em escala cinza.

Dinâmica em tempo real: Nos anos 1970, avanços na eletrônica e a introdução de

computadores produziram obtenção de imagens em tempo real ou dinâmicas, o que permite

aos médicos e técnicos visualizar a anatomia durante a varredura efetiva.

Doppler: A US por Doppler foi utilizada primeiramente no Japão para estudar estruturas

vasculares e o comportamento do sangue circulante. Mais tarde, nos 1980, avanços na

tecnologia resultaram no ultrassom por Doppler com fluxo colorido, que mostra o fluxo

sanguíneo em várias cores para indicar velocidade e direção.

Sistema digital: Sistemas digitais mais novos foram primeiramente introduzidos no início

dos anos 1990. Eles convertem a imagem de ultrassom em um formato digital para

processamento, manipulação, visualização remotos, assim como todas as imagens do tipo

digital.

Sistemas digitais mais novos de alta definição estão agora disponíveis, os quais oferecem

um aumento significativo na extensão dinâmica, à extensão total de sinais, do mais forte ao

mais fraco, que podem ser recebidos e gravados por esses sistemas.

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SÃO BENTO 3. Princípios de Ultrassonografia

Transdutor: Um transdutor converte energia de uma forma para outra. Um transdutor de

ultrassom converte elétrica em energia ultrassônica. Esse transdutor contém um material

cerâmico especial que cria o som de alta frequência quando uma corrente elétrica passa

através dele, fazendo-o vibrar. Esse processo é denominado efeito piezelétrico. Esse termo,

que significa “pressão elétrica”, descreve a propriedade de certos cristais (tais como o

quartzo) de se contrair em resposta à aplicação de um elétrico.

Durante um exame com ultrassom, o transdutor, que produz as ondas ultrassônicas, é

colocado diretamente na superfície da pele, sobre a qual é aplicado um gel. Esse gel assegura

que não haja de sinal como um resultado de ar encarcerado entre a face do tradutor e a

superfície da pele.

Diferentes transdutores de frequência estão disponíveis para propósitos específicos. Por

exemplo, um tipo de transdutor de frequência mais alta, de 5 a 7 MHz, é usado para um

abdome médio ou pequeno, resultando em resolução mais alta, mas penetração mais baixa.

Para um paciente maior, um transdutor de frequência mais baixa de 3,5 MHz irá diminuir a

resolução, mas aumentar a penetração. Transdutores intraluminais de até 17 MHz são

usados quando é exigida penetração mínima para a resolução mais alta.

Ecos: Uma vez que as ondas sonoras sejam produzidas, elas são direcionadas para o

interior do corpo. Elas viajam através do corpo até atingirem uma barreira tissular que reflete

a onda sonora para o transdutor. Essas ondas que são refletidas por estruturas internas de volta

para o transdutor são denominadas ecos. Assim, o transdutor age tanto como um

transmissor quanto como um receptor; ele tanto envia quanto recebe essas ondas de eco, e

as converte em voltagens elétricas. Durante o processo de obtenção de imagens, o transdutor

envia uma pequena descarga de energia ultrassônica seguida por um período de silencio

enquanto ouve o eco de retorno. Isso é chamado de sistema pulsado de obtenção de imagens,

em vez de uma energia ultrassônica do tipo de ondas contínuas, mais comumente usada em

sistemas de ultrassom terapêutico.

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SÃO BENTO Esses ecos de retorno são então medidos e mostrados no monitor de visualização como

vários matizes de cinza, de acordo com a sua intensidade e com o tempo que leva para esses

ecos retornarem ao transdutor.

Imagens ultrassônicas: Essas imagens podem ser vistas diretamente em um monitor

como uma imagem em tempo real e/ ou gravadas em um filme ou fita de vídeo para

visualização posterior e armazenamento. Unidades digitais mais novas convertem essas

imagens em formato digital para processamento e armazenamento, conforme já foi descrito.

Cada imagem é uma representação de uma fatia ou secção fina de anatomia mostrada

como uma imagem bidimensional de certa forma semelhante às imagens de TC ou RM,

embora de aparência muito diferente.

Plano de orientação: O plano de orientação produzido varia de acordo com a forma que

o transdutor é seguro. Uma varredura transversal produzirá uma imagem que lembra uma

varredura de TC axial ou transversal. Uma varredura longitudinal produz um tipo sagital de

perspectiva.

4. Limitações e Vantagens

O ultrassom tem certas limitações e vantagens quando comparado a outras modalidades

de obtenção de imagens. Estruturas ósseas e preenchidas por ar provam serem barreiras para

as ondas de alta frequência do ultrassom. Logo, anatomia circundada por osso é de difícil

visualização pelo ultrassom. Grandes quantidades de gás retido dentro do intestino também

irão limitar a efetividade do ultrassom do abdome. O ultrassom, entretanto, destaca-se na

diferenciação entre estruturas sólidas e císticas (preenchidas por líquidos) no corpo. O

ultrassom também tem a vantagem de avaliação dinâmica de estruturas articulares durante

movimentos articulares, o que exames de RM, TC ou artrografia radiográficas não podem

fornecer.

A US se tornou o “padrão ouro” para exames do pâncreas, do fígado, da vesícula biliar

e do útero. Por não usar qualquer radiação ionizante, o ultrassom é seguro para a utilização

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SÃO BENTO em exames da pelve e do feto durante a gravidez, e substituiu exames de Raios-X tais como a

pelvimetria na determinação de medições da saída pélvica e da posição fetal.

5. Equipe de Obtenção de Imagens de Ultrassonografia

Ultrassonografias: O papel do ultra-sonografista é um pouco diferente daquele do

técnico de radiologia, do técnico de medicina nuclear ou do radioterapeuta. Embora todos

esses profissionais tenham que ser altamente competentes em anatomia, fisiologia,

equipamento especializado e procedimentos, o ultra-sonografista também tem que fornecer

uma interpretação inicial das imagens. O ultra-sonografista tem que ter uma compensação

profunda da fisiopatologia e da anatomia seccional para fornecer uma avaliação completa de

uma estrutura ou sistema particulares.

Assim como ocorre com técnicos de obtenção de imagens, os ultra-sonografistas têm que

possuir excelentes habilidades de comunicação para obter uma história completa do paciente e

para comunicar com precisão impressões e achados ao radiologista.

Radiologista: A maioria dos radiologistas registrados em conselhos pode interpretar

imagens de ultrassom. Em alguns casos, um departamento terá um radiologista que se

especializou em ultrassom. Eles trabalham em conjunto com o sonografista para garantir que

um exame correto e completo foi obtido. O radiologista confirmará e documentará os achados

do sonografista.

Identificação dos Filmes

As Informações a seguir devem ser incluídas em filmes e / ou fitas;

- Nome do Paciente

- Numero de identificação

- Data e hora

- Nome ou iniciais do responsável pelo exame

- Local do exame (nome do hospital ou consultório particular)

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6. Técnica

- Selecione o ajuste de megahertz correto do transdutor para a área de interesse.

- Ajustar o contraste para distinguir melhor as estruturas.

- Os ajustes de potência devem ser baixos. Compensar com inclinação TGC (Ajuste-tempo-

ganho)

-Documentar imagens precisas para interpretação do diagnóstico.

QUAL A POSTURA DO PROFISSIONAL QUE VAI ATUAR NA SALA DE USG?

Somente os médicos podem dar diagnóstico ao paciente

Explique previamente o exame ao paciente

Apresente-se ao paciente

Tratar o paciente com respeito e cordialidade

Evitar comentários (Sobre o exame ou de assuntos particulares) quando estiver

na sala de ultrassonografia acompanhando ou realizando um exame.

Conversar com o paciente com tom de voz baixa,

Não mascar chicletes ou ingerir qualquer tipo de alimento na sala

Não se deve fumar, porém se você for tabagista ao retornar do local permitido

para fumantes, lavar as mãos e disfarçar o hálito.

Evitar o máximo o uso de “pagers” e celulares na sala de exame.

7. ACESSÓRIOS DA SALA DE ULTRASSONOGRAFIA

A sala de ultrassonografia pode ser dividida em duas categorias:

Sala simples: Contendo apenas o necessário para realização do exame de ultrassonografia.

* Aparelho de Ultrassonografia (Com transdutor [s])

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SÃO BENTO * Gel

* Maca

* Lençol de Tecido

* Geralmente, todos outros acessórios (Preservativo, Álcool, Agulhas para punção...). Ficam

armazenados em outra sala.

A sala Completa: Contendo o necessário mais uma série de acessórios, deixando a sala

completa.

* Aparelho de ultrassonografia (Com transdutor (s)).

* Gel

* Aquecedor de Gel

* Maca

* Lençol descartável

* Lençol de papel descartável

* Preservativo

* Vaselina em pasta (Para exames endovaginal, com mulheres que fazem tratamento para

engravidar).

* Álcool

* Absorvente (Para paciente com hemorragia)

* Suporte para determinados tipos de exames

* Vídeo Cassete + TV

* Color Vídeo Printer

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SÃO BENTO * Agulhas para punção

* Luvas descartáveis

* Fitas de desenho infantil para exames em crianças

* Cada centro de diagnóstico pode equipar a sala de ultrassonografia, tornando um

ambiente agradável, prático para o profissional, e, muitas vezes, um local com todo conforto e

luxo.

8. Ultrassom 3D Obstétrico

"Os recentes avanços tecnológicos permitem a obtenção de imagens com maior definição, o

que possibilita ao médico analisar a anatomia fetal de uma maneira muito mais precisa, pois o

aparelho é capaz de detectar os mínimos detalhes...".

O exame obstétrico de ultrassom em 3D é uma inovação da medicina diagnóstica.

Em termos científicos, é um método coadjuvante importante do ultrassom convencional, a

diferença é que o exame é realizado com um transdutor especial para captar as imagens que,

juntamente com um programa especial contido no aparelho de ultrassom, transforma as

informações em imagens tridimensionais.

Os recentes avanços tecnológicos permitem a obtenção de imagens com maior definição, o

que possibilita ao médico analisar a anatomia fetal de uma maneira muito mais precisa, pois o

aparelho é capaz de detectar os mínimos detalhes.

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SÃO BENTO O exame pode ser feito desde a fase embrionária, mas vale deixar claro que no primeiro

trimestre o feto nada mais é que um pequeno pontinho, e nessa fase as imagens são limitadas,

pois não é possível ver detalhes e a visão dele depende muito do transdutor usado pelo

médico. O transvaginal é o que permite a melhor visualização.

A fase ideal é a partir da 26ª semana, pois neste período o bebê já possui uma imagem mais

próxima do que será ao nascer.

Para os pais, o ultrassom em 3D possibilita a tranquilidade de visualizar a anatomia do feto

aumentando o vínculo com o bebê, pois proporcionam imagens reais de seu corpo, braços,

pernas, mãos, pés e do rosto, fazendo com que os pais conheçam não só o sexo, mas o próprio

bebê em detalhes. É a possibilidade de obter uma foto antes mesmo do nascimento!

Faremos uma breve descrição das imagens em cada período da gestação e como a tecnologia

3D/4D ajuda os médicos em seus diagnósticos.

1º Trimestre

3º Trimestre

É a fase mais interessante para a realização do 3D/4D porque a pele já é mais espessa (massa

muscular e o tecido celular subcutâneo estão mais evidentes) e os órgãos e membros estão

praticamente formados. Isto permite obter imagens 3D/4D mais nítidas com melhor definição

de detalhes como mãos, dedos, orelhas, pés, braços, pernas, etc.

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SÃO BENTO Face Fetal

É melhor visualizada no terceiro trimestre, geralmente a partir da 28ª semana.

Mãos, pés e até a estrutura óssea podem ser vistos nitidamente através desta tecnologia.

Menino ou menina? Esta é sempre a primeira pergunta feita pelos pais. Apesar de podermos

saber o sexo do bebê com a ultra-sonografia convencional, imagens como estas são obtidas a

partir da 32ª.

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SÃO BENTO

Gestação Gemelar

Muitos casos de gravidez gemelar já foram registrados pela ultrassonografia 3D. Abaixo

vemos gêmeos em várias fases de gestação.

As orelhas...

Podem ser visualizadas claramente com a tecnologia 3D/4D. Estas imagens têm uma grande

importância para os médicos, pois a posição das orelhas podem indicar anomalias.

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SÃO BENTO

Aplicações Clínicas

Diferenças em tipo de tecidos são demonstradas por vários graus de cinza no monitor ou

meio de registro. Muitas estruturas de tecidos mole irão produzir ecos internos, que

frequentemente indicam ductos e estruturas vasculares.

Fígado e vesícula biliar

Uma cintilografia hepática produz uma imagem do fígado com vários ecos internos. O

fígado é um exemplo de uma estrutura ecogênica com ecos internos variados representando

ductos biliares e ramos das veias hepáticas e portais.

Estruturas císticas são demonstradas por uma região “livre de ecos” ou anecóica

circundada por uma margem ou borda bem definida. A vesícula biliar é um excelente

exemplo de estrutura “preenchida por líquido” ou anecóica. Um cálculo no interior da

vesícula ou dos ductos biliares pode ser demonstrado pela interface acústica ou

“sombreamento”. A região atrás do cálculo irá produzir uma sombra ou uma área destituída

de sinal.

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SÃO BENTO Abdome geral

Existem numerosas aplicações para o ultrassom do abdome. Além da vesícula biliar e do

fígado, o baço, o pâncreas e os rins podem ser examinados. Pelo fato de poder diferenciar

entre massas císticas e sólidas, o ultrassom pode diferenciar entre massas císticas e sólidas, o

ultrassom pode detectar coleções anormais do líquido e pode fornecer orientações durante

biopsias. Para compensar o artefato criado por um estomago cheio de gases, líquidos ou

agentes de contraste podem ser administrado ao paciente antes do procedimento.

Ecocardiograma 3d

Visibilização instantânea da anatomia do coração em três dimensões, de forma não

invasiva.

Exame pioneiro no Brasil, o Eco cardiograma 3D em tempo Real é uma técnica nova que já

se tornou um importante auxiliar do exame cardiológico, possibilitando o diagnóstico e

melhorando muito a qualidade das informações detectadas pelo exame bidimensional

tradicional. Permite ao ecocardiografista ver instantaneamente, em três dimensões e de forma

não invasiva, a anatomia do coração, sua complexidade e a inter-relação da anatomia

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SÃO BENTO cardíaca, bem como analisar a imagem e seu conteúdo interno por qualquer ângulo, por uma

melhor perspectiva e um melhor entendimento das relações anatômicas.

Melhor Quantificação

O Eco cardiograma 3D em Tempo Real permite ao clínico quantificar melhor o tamanho, a

forma e a função do coração. Por tornar possível a observação do coração como um todo, com

melhor orientação espacial e acesso a cortes críticos, melhora significativamente a acurácia do

exame. Tal análise é fundamental para a quantificação dos volumes nas diferentes câmaras do

coração, diagnosticar patologias cardíacas e obter as respostas terapêuticas.

A medida do volume do ventrículo esquerdo é um dos meios mais importantes para estudar a

contratilidade miocárdica. Usando o Eco cardiograma 3D em Tempo Real, podemos substituir

sua geometria presumida por volume real.

O aparelho tridimensional mais atual, o IE33, que nos possibilita avaliar a contratilidade dos

17 segmentos do ventrículo esquerdo por análise da contração e das curvas de enchimento e

de esvaziamento, o que nos permite uma análise mais acurada e fidedigna do sincronismo

ventricular. Localizando o segmento mais assincrônico ventricular, temos o local ideal para

implante do marca passo para ressincronização. Também permite uma melhor análise da

evolução dos segmentos infartados e Peri-infarto quanto ao sincronismo.

Determinação exata da localização de anormalidades

Outra aplicação importante do Eco cardiograma 3D em Tempo Real é a localização de

alterações para o planejamento cirúrgico. Geralmente, é difícil definir a exata localização

espacial dessas alterações. O Eco cardiograma 3D em Tempo Real possibilita a visibilização

de imagens em cortes idênticos aos que são observados durante a cirurgia cardíaca,

permitindo que o cirurgião esteja preparado para a patologia que será encontrada durante a

intervenção. Outra vantagem é a acuracidade para acessar valvas e detectar alterações de

movimento e defeitos de fluxo. Pode-se detectar assim, antes da cirurgia, qual o segmento da

valva mitral que deve ser abordado, determinando a possibilidade de plastia ou troca valvar.

Distingue ainda, com facilidade, os refluxos valvares e paravalvares, a deiscência valvar e

sua localização.

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SÃO BENTO Ampla aplicação nos procedimentos terapêuticos

O aparelho é móvel, podendo ser deslocado até o centro cirúrgico ou a sala de hemodinâmica,

para auxiliar em procedimentos terapêuticos:

Guiar os cateteres ou biópsia no VD em pacientes transplantados, para detectar

rejeição;

Guiar a colocação de próteses para fechamento de CIV, CIA ou PCA;

No futuro, irá auxiliar na liberação de genes para regeneração do miocárdio e

dos vasos sanguíneos.

Coração

O eco cardiograma é um estudo por ultrassom do coração. O eco cardiograma orgrafia irá

detectar derrame pericárdico, fornece informações sobre as quatro câmeras e diagnosticar

defeitos septais e doenças valvares cardíacas. Esses exames podem medir a fração de

ejeção, o volume sistólico e o movimento do folheto valvar dentro do coração.

Mama

Como o ultrassom pode ser utilizado para diferenciar entre massas císticas ou sólidas,

ele é, assim, frequentemente utilizado como um adjunto à mamografia radiográfica para esse

propósito.

Olho

A US é usada em oftalmologia para a detecção de descolamento de retina, hemorragia

vítrea ou corpos estranhos intraoculares.

Estruturas vasculares

O ultrassom por Doppler permite o estudo de estruturas vasculares e do fluxo

sanguíneo dentro delas. Um transdutor Doppler transmite uma frequência de ultrassom fixa

sobre um objeto em movimento (sangue circulante). Como resultado dessa interação, um

desvio na frequência transmitida é refletido de volta para os transdutores. Esse “desvio na

frequência” produz um efeito chamado desvio Doppler. O desvio Doppler ajuda a determinar

a direção e a velocidade do sangue circulante. Cor pode ser adicionada aos dados recebidos

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO pelo transdutor para indicar a direção do sangue circulante. Com o Doppler de fluxo

colorido, o fluxo sanguíneo na direção do transdutor é mostrado como azul, e o fluxo

sanguíneo que se afasta do transdutor, como vermelho. Esse código de cores não pode ser

confundido com fluxo sanguíneo arterial versus venoso. Ele indica a direção do fluxo

sanguíneo em relação ao transdutor, e não a fonte do fluxo sanguíneo.

Com o uso da técnica de fluxo colorido, áreas de estenose, fluxo restrito ou formação de

placas podem ser detectados dentro de um vaso. Aneurisma, trombose venosa profunda e

malformações vasculares podem ser demonstrados com ultrassom por Doppler. O ultrassom

Doppler está substituído à venografia convencional do membro inferior. Ele fornece uma

forma eficiente de detectar trombos venosos profundos na porção inferior da perna sem o uso

de meios de contraste iodados.

Avaliação e diagnóstico musculoesquelético

Um uso mais recente do ultrassom nos Estados Unidos é a obtenção de imagens

musculoesqueléticas das articulações, tais como ombro, punho, quadril, joelho e tornozelo.

Esses exames são não invasivos e possibilitam uma avaliação dinâmica de tecidos moles

dentro das articulações, tais como roturas do manguito rotador, lesões bursais, rotura ou danos

e estruturas nervosas, tendões e ligamentos. Esses procedimentos musculoesqueléticos podem

ser usados como complemento à RM, mais onerosos, ou como uma triagem para a sua

realização. A US tem a vantagem da avaliação dinâmica durante movimentos articulares, e

está, por isso, se tornando uma ferramenta diagnóstica adicional valiosa em medicina

esportiva.

9. Definição de termos sonografia

Anecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que não produz eco.

Artefato: Um eco que não representa um objeto real e/ou uma estrutura anatômica.

Comprimento de onda: A distância entre cada onda de ultrassom.

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SÃO BENTO Dispersão retrógrada: É o aspecto de energia acústica refletido de volta à fonte de

origem.

Doppler de fluxo colorido: Uma técnica de ultrassom que mede a velocidade e na direção

do sangue no interior de um vaso; as alterações na velocidade e na direção são vistas como

matizes diferentes de vermelho e azul.

Eco: É a medição da intensidade de energia acústica recebida de estruturas anatômicas.

Ecogênica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que possui estruturas produtoras

de eco.

Ecossonografia pulsada: Técnicas de ultrassom que usam um único transdutor para

enviar descargas curtas de ultrassom para o interior do corpo e alternativamente ouvindo os

ecos.

Efeitos Doppler: Alteração na frequência ou no comprimento de onda das ondas sonoras

refletidas de estruturas ou do meio em movimento.

Escala de cinza: A exibição de vários níveis de brilho ou intensidade de eco representado

em matizes de cinza.

Frequência: O número de ondas de ultrassom por segundo.

Hiperecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que produz mais ecos do que o

normal.

Hipoecóica: uma estrutura anatomi9ca ou região do corpo que produz menos ecos do que

o normal.

Imagem bidmensional: Uma imagem que possui tanto largura quanto altura.

Isoecóica: Uma estrutura anatômica ou região do corpo que produz um grau de ecos

semelhantes àquele do tecido circunjacente.

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SÃO BENTO Modo B: Abreviatura de módulo de modulação de brilho; base para todas as imagens de

ultrassom em escala de cinza; ecos convertidos em pontos brilhantes que variam de

intensidade de acordo com a força do eco.

Obtenção de imagens em tempo real: Imagens de ultrassom que demonstram

movimentos dinâmicos ou alterações dentro de uma estrutura em tempo real.

Onda: Energia acústica que viaja através de um meio.

Reflexão: Energia acústica refletida por uma estrutura que interfere com o caminho

esperado da onda acústica.

Sombra acústica: Perda do sinal de estruturas situadas atrás de um objeto que bloqueia

ou interfere com o sinal; por exemplo, a sombra produzida por um calcula localizada no

interior da vesícula biliar.

Sonar: Abreviatura para “Sound Navigation and Ranging” (Navegador e Rastreamento

por Som); instrumento naval usado para detectar objetos sobre a água.

Sono grafia: O processo de geração de imagens por ultrassom.

Transdutor: Um dispositivo que contém tipos específicos de cristais que sofrem estresse

mecânico para produzir uma onda de ultrassom; funciona como um transmissor e receptor do

sinal de ultrassom.

Transmissão direta: Processo de obtenção de imagens pela transmissão do sinal acústico

através de um objeto ou estrutura e captação da energia transmitida em sua superfície oposta.

Ultrassom: Ondas sonoras que excedem um nível de frequência de 20.000 ciclos por

segundo (20 kHz); para ultrassom diagnóstico, usa frequência sonora entre 1 a 17 MHz.

Ultrassom com Doppler: Aplicação do efeito Doppler ao ultrassom para detectar desvio

de frequência e de velocidade de uma estrutura ou meio em movimento; o ultrassom com

Doppler é utilizado para exames de fluxo sanguíneo do corpo.

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SÃO BENTO Velocidade do som: A razão com que o som passa através de um meio particular; varia

grandemente entre estruturas contendo gás, ar, gordura e osso.

10. FÍSICA DA ULTRA-SONOGRAFIA

A história do ultrassom remonta a 1794, quando Lazzaro Spallazini demonstrou que

os morcegos se orientavam mais pela audição que pela visão para localizar obstáculos e

presas. Em 1880 Jacques e Pierre Curie deram uma contribuição valiosa para o estudo do

ultrassom, escrevendo as características físicas de Alguns cristais.·.

O estudo do ultrassom foi impulsionado com objetivos militares e industriais. A

pesquisa sobre aplicações médicas se deu após a segunda guerra mundial. Um dos pioneiros

foi Douglas Howry que junto com W. Roderic Bliss construiu primeiro sistema com objetivo

médico durante os anos de 1948-49, produzindo a Primeira imagem seccional em 1950.

No início as imagens eram em preto e branco sem gradações. Um novo entusiasmo surgiu

com a introdução da escala de cinza na imagem, 1971 por Kossof, na Austrália, onde

diversos níveis de intensidade de ecos são representados por diferentes tons de cinza na tela.

Desde 1980-90 a US foi impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico que transformou

este método num importante instrumento de investigação diagnóstica. A ultrassonografia

(US) é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis, de aplicação relativamente

simples, com excelente relação custo benefício. As principais peculiaridades do método

ultrassonografia são:

1. É um método não invasivo ou minimamente invasivo;

2. As imagens seccionais podem ser obtidas em qualquer

3. Não apresenta efeitos nocivos significativos dentro do uso diagnóstico na medicina

4. Não utiliza radiação ionizante;

5. Possibilita o estudo não invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler;

6. A aquisição de imagens é realizada praticamente em tempo real, permitindo o estudo do

movimento de estruturas corporais.

Este método baseia-se no fenômeno de interação de som e tecidos, ou seja, a partir de

transmissão de onda sonora pelo meio, observamos as propriedades mecânicas dos tecidos.·.

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SÃO BENTO 11. Som

O som é a propagação de energia através da matéria por ondas mecânicas (vibração

mecânica-fontes vibratórias produzem ondas sonoras). Exemplificando de forma simplificada,

um diapasão que, através das vibrações de suas hastes, produz movimentos harmônicos

das moléculas do ar. Por definição a onda sonora necessita de um meio para se propaga, ao

contrário da energia eletromagnética. O som possui propriedades ondulatórias, á semelhança

das ondas eletromagnéticas como a luz, apresentando diversos efeitos de interação com o

meio, tais como reflexão, retração, atenuação, difração, interferência e espalhamento. As

características do fenômeno sonoro são relacionadas á sua fonte e ao meio de propagação.

Variáveis como pressão, densidade do meio temperatura e mobilidade das partículas definem

o comportamento das ondas sonora ao da sua propagação. Assim, provoca vibrações no meio

material, produzindo deflexões em relação á direção de propagação do som, com áreas de

compressão e rarefação. Estas deflexões podem ser no eixo transversal ou longitudinal.Como

na água e nos gases a transmissão aplicada ao meio ocorre apenas por compressões e

rarefações ao longo do eixo longitudinal, os métodos ultrasonográficos em medicina

utilizam apenas as ondas longitudinais.

Qualquer som é resultado da propagação dessas vibrações mecânicas através de um

meio material, carregando energia e não matéria. Ou seja, não há fluxo de partículas no

meio, mas oscilações das mesmas em torno de um ponto de repouso.·.

Formação da imagem

Os equipamentos de ultrassonografia diagnóstica possuem uma unidade básica denominada

transdutor (ou sonda). Este elemento básico converte uma forma de energia em outra. Os

transdutores são montadas de maneira a produzir e receber os ecos gerados pelas diversas

interfaces. Eles são compostos por matérias piezoelétricos (cristais/cerâmicas), por aparato

eletrônico eletrodos para excitação dos cristais e captação dos ecos), por uma lente acústica,

por material que acopla a lente aos cristais, e por um material de amortecimento posterior

(que absorve as frequências indesejáveis produzidas eventualmente). Os elementos

piezoelétricos (cristais ou cerâmicas) que compõe os tradutores têm a capacidade emitirem

quando pressionados, e ao mesmo transformam energia elétrica em mecânica (onda sonora),

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SÃO BENTO que é chamado efeito piezoelétricos inverso. São, portanto transmissores e receptores

simultaneamente.

Existem diversos tipos de transdutores, sendo cada um adequado para um tipo de exame. Por

exemplo, o transdutor convexo, mais adequado para o exame de abdômen e pelve, e o linear,

mais adequado para o tireóide e mamas. O princípio pulso-eco a emissão de um pulso curto

de ultrassom pelo transdutor. Na medida em que este pulso atravessa os tecidos, ele é

parcialmente refletido pelas interfaces de volta ao transdutor. Em geral 1% da energia sonora

incidente é refletida e o restante continua sua trajetória através dos tecidos. O equipamento

guarda o tempo gasto entre a emissão do pulso e a recepção do eco, transformando-o em

distância percorrida, na representação do eco na tela, já estando calibrando para uma

velocidade fixa de 1540 m/s. Assim, quando maior o tempo gasto para receber o eco de uma

interface, mais longe da superfície da imagem ele a coloca. Desta forma, quanto mais longe

está à estrutura da superfície do transdutor, ela aparecerá em situação mais inferior na tele.

Após a emissão de pulso de ultrassom, eles interagem com os tecidos e os ecos refletidos ou

dispersos são transformados em energia elétrica pelo transdutor e processados

eletronicamente pelo equipamento para formação da imagem. Esta forma de processar os ecos

refletidos (em imagem bidimensional) é denominada modo-B (brilho). Além desta forma de

processamentos dos ecos, existem outras como os gráficos de amplitude (modo-A, muito

utilizado em oftalmologista) e gráficos de movimentação temporal (modo-M, bastante

empregado em ecocardiográfica).

Existem diversos efeitos físicos implicados na interação do som-tecido para formação da

imagem. É importante o conhecimento destas características para melhor entendimento da

formação da imagem ultra-sonográfica.

Iniciaremos pelas principais características físicas das ondas sonoras, que são:

1. comprimento de onda

2. frequência

3. período (T)

4. amplitude (A)

5. velocidade.

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SÃO BENTO 1. Comprimento de onda: distância entre fenômenos de compressão e rarefação sucessivos;

medidos em metros. O comprimento de onda depende da velocidade do som no meio da

frequência utilizada. Este conceito está diretamente relacionado à resolução espacial da

imagem. A resolução espacial, no campo diagnóstico representa a capacidade de identificar

duas interfaces (interface é o limite entre duas estruturas) muito próximas uma da outra (o

menor espaço entre dois pontos distinguíveis (reconhecíveis) numa imagem como dois pontos

separados). Na ultrassonografia, existem vários tipos de resolução que podem ser definidos

num aparelho, destacando-se duas principais:

-resolução espacial axial (capacidade de discriminar dois pontos próximos ao longo do eixo

de propagação do feixe ultrassônico).

-resolução espacial lateral (capacidade de discriminar dois pontos próximos no eixo

perpendicular ao da propagação do feixe ultrassônico).

2. Frequência (f): número de ciclos completos de oscilação (ciclos) produzidos num

segundo: medido em Hertz (Hz). De acordo com a frequência, o som é dividido em três

categorias: infra-som (f <20 Hz), som audível (f entre 20 e 20.000 Hz). A frequência do

transdutor implica diretamente na resolução espacial e são umas características inerentes ao

cristal que o compõe. Quando maior a frequência do transdutor, menor o comprimento da

onda sonora e melhor a resolução espacial. Na prática, os transdutores de menor frequência

(de 3,5 MHz) são utilizados para o exame de tecidos profundos, como por exemplo, o exame

de abdômen (fígado, vesícula, baço, rins...), pélvico (bexiga, útero, ovários, próstata,

obstétrico.). Os transdutores de frequência elevada (maiores que 7,5 MHz) são utilizados para

exame de tecidos superficiais, como a mama, tireóide, pele, testículo, etc.

3. Período (T): tempo característico em que o mesmo fenômeno se repete (inverso da

frequência).

4. Amplitude (A): magnitude ou intensidade da onda sonora proporcional á deflexão

máxima das partículas do meio de transmissão. Esta característica determina a intensidade da

onda sonora, ou seja, a energia que atravessa o tecido, referindo-se, no campo diagnóstico aos

efeitos biológicos.

5. Velocidade: é a constante de cada material. Depende das propriedades elásticas da

densidade. Por exemplo, a velocidade de propagação do som no ar é em média de 340 m/s, no

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SÃO BENTO líquido de 1200 m/s e nos sólidos de 5000 m/s. O cálculo da velocidade de transmissão do

som através dos constituintes do corpo humano tem a média calculada em 1540 m/s, uma vez

que suas velocidades são muito semelhantes, exceto a do ar (pulmão, intestino...) e dos ossos.

Desta forma os equipamentos ultra-sonográficos são calibrados para este padrão de

velocidade constante (1540 m/s).

Outros conceitos inerentes ao fenômeno de interação som-tecido devem ser

considerados como a impedância acústica e a atenuação.

A impedância acústica de um meio está com relacionada com a resistência ou

dificuldade do meio a passagem do som. Corresponde ao produto da densidade do material

pela velocidade do som do mesmo. Quando o feixe sonoro atravessa uma interface entre dois

meios com a mesma impedância acústica, não há reflexão e a onda é toda transmitida ao

segundo meio.

12. Tópico Especial Ultrassom

Velocidade das ondas mecânicas

Depende do meio e independente da frequência.

Aumento de frequência implica em redução no comprimento de onda.

A velocidade de propagação de uma onda mecânica num certo meio Material é a

mesma para diferentes frequências.

OBS: A VELOCIDADE DA ONDA NÃO VARIA COM A FREQUENCIA V= A.F

13. Infra-Sons

Os infra-som são ondas ou vibrações extremamente graves, com frequência abaixo

dos 16 Hz, portanto abaixo da faixa audível do ouvido humano que vai de 20 Hz a 20.000 Hz.

As ondas infra-sônicas podem se propagar por longas distâncias e são menos sujeitas à

perturbação ou interferências que as frequências mais altas.

Infra-sons podem ser produzidos pelo vento e por alguns tipos de terremoto.

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SÃO BENTO Alguns animais, como as baleias e os elefantes adotaram o infra-som não só para

comunicarem entre si a longa distância como para se defenderem, utilizando-os para repetir os

seus inimigos.

14. Som

O som pode apresentar variações. Essas variações são dadas pela mudança de

frequência e timbre.

Um som agudo ou grave se caracteriza pela sua frequência, alta ou baixa

respectivamente.

Uma fonte sonora quando ela emite este som, ela vibra o ar que está em contado com

seu alto falante, esse ar vai vibrando até seus tímpanos.

A faixa de frequência de sensação auditiva está na banda de 20 Hz a 20.000 Hz.

Os fatores que determinam a audibilidade subjetiva de um som são tão complexos que

ainda muita pesquisa continua a ser feita no assunto.

Um desses fatores é que o ouvido humano não é igualmente sensível á toda a

frequência de 20 Hz a 20.000 Hz, mas é mais sensível e faixa entre 2 kHz e 5 kHz devido ás

ocorrências de ressonâncias acústicas no canal da orelha externa.

Não existem limites permitidos para a exposição humana ao infra-som ou ultrassom.

O infra- som que não é percebido subjetivamente, não tem efeito no conforto ou

comportamento humano, mas para preservar o sistema auditivo é recomendado um nível

máximo de aproximadamente de 136 dB homen até 85 dB acima promove a das aguda e

posterior crônica.

O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido),

também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estado-acústico.

A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana. Além

da função de ouvir, o ouvido também é responsável pelo equilíbrio.

A orelha está dividida em três partes está dividida em três partes: orelhas externas,

média e interna (antigamente denominado ouvido externas, ouvidas médias e ouvidas

internas).

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SÃO BENTO A orelha média é uma cavidade cheia de ar, consistindo na bigoma e 3 pequenos ossos

interconectados o martelo a bigorna e o estribo.

O tímpano é uma membrana muito durável e bem esticada que vibra quando onda a

alcança.

Os 3 pequenos ossos do ouvido médio agem como amplificadores das vibrações da

onda sonora.

Devido à vantagem mecânica, os deslocamentos da bigoma são maiores do que a do

martelo.

Qualidade do som:

O ouvido humano distingue no som certas características denominadas qualidades, que

são:

Altura relacionado com a frequência

Volume ou intensidade amplificado

Timbre grave, agudo.

Cada uma destas qualidades sonoras está relacionada com as características físicas das

ondas sonoras.

Altura do som: Está relacionadas á frequência da onda

Volume: Está relacionadas á intensidade física da onda

Timbre: Está relacionada à forma da onda que é emitida pelo instrumento

Altura das ondas sonoras:

É a qualidade que permite ao ouvido diferenciar sons graves de sons agudos.

A altura depende da frequência da onda sonora. O som será mais grave quando tiver menor sua

frequência. Será mais agudo quanto maior for sua frequência.

Volume das ondas sonoras.

É a qualidade que permite ao ouvido diferenciar sons fracos dos sons fortes, medida em decibel.

(dB.)

A intensidade física de uma onda sonora é definida como a quantidade de energia da onda que

atravessa uma superfície perpendicular à direção de propagação da onda numa certa unidade de tempo.

O ouvido humano não é excitado linearmente pela intensidade física do som. Assim, ao se dobrar

a intensidade de um som o ouvido distingue um som mais forte, porém não 2 vezes mais intenso.

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SÃO BENTO Ginecologia e Obstetrícia: As aplicações ginecológicas e obstétricas do ultrassom são vastas. Os

estudos transvaginais são populares porque produzem mais imagens diagnósticas do útero e dos

ovários do que a varredura convencional. As massas dentro do útero e região circunjacente são bem

definidas com o ultrassom. Acúmulos anormais de líquido circundando o útero podem ser facilmente

detectados.

O ultrassom se tornou o meio mais comum para a avaliação do feto e do abdome grávido.

Defeitos congênitos do feto podem ser detectados com o uso do ultrassom. Indicações precoces de

espinha bífida, hidrocefalia e defeitos cardíacos podem ser visualizados antes do nascimento.

Utilizando-se orientações por ultrassom, uma agulha pode retirar um volume de líquido amniótico

intra-uterino para a análise genética. Essa análise é realizada para determinar se quaisquer condições

genéticas podem estar presentes no feto. Esse procedimento é denominado amniocentese. O

diagnóstico precoce dessas condições pode permitir ao médico tomar medidas para corrigir ou

monitorar uma condição antes do nascimento.

15. Ultrassom transvaginal

“O exame causa um pequeno incômodo, mas é totalmente indolor. A duração média é de

vinte minutos...".

O exame transvaginal, também conhecido como intravaginal é quando o médico utiliza um

transdutor com um formato especial, devidamente protegido com um preservativo, para ser

introduzido na vagina da paciente.

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SÃO BENTO

Como é realizado?

A paciente se deita em uma maca especial, enquanto o médico (ou sua assistente) prepara o

transdutor com um preservativo.

Em seguida, o médico introduz apenas uma pequena parte do transdutor para captar as

imagens necessárias.

O exame causa um pequeno incômodo, mas é totalmente indolor. A duração média é de vinte

minutos.

O exame pode ser realizado durante a menstruação?

Sim, não existe nenhuma contra-indicação para a realização deste exame durante a

menstruação.

O exame pode ser realizado se a gestante estiver com sangramentos?

Pode e deve, porque o ultrassom transvaginal é um método muito importante para auxiliar o

médico no diagnóstico da causa do sangramento e pode ser feito em qualquer fase da

gestação. O exame não causa nenhum dano ao bebê, nem pode aumentar o sangramento.

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SÃO BENTO 16. AGRADECIMENTOS:

O COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO AGRADECE AOS PROFESSORES E

FUNCIONÁRIOS PELO EMPENHO E COLABORAÇÃO NA ELABORAÇÃO DESTA

APOSTILA.

ANDRÉ OLIVEIRA GREGO

JONES SALUSTIANO DE CERQUEIRA

ROSELY APARECIDA DE CARVALHO

EQUIPE ADMINISTRATIVA