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TEMA G: PROMOÇÃO Á SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS OPERATIVOS NA OTIMIZAÇÃO DO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO, DIMINUINDO A ESPERA PARA UMA CONSULTA ¹ Daislene de Oliveira Machado ² ¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Amazonas I; ² Gerente da UBS Amazonas I, e-mail: [email protected] Grupo operativo é "um conjunto de pessoas com um objetivo em comum" (BASTOS, 2010), com o objetivo de desenvolver ações educativas e intersetoriais para o enfrentamento dos problemas de saúde identificados. A UBS Amazonas I está localizada em uma área industrial, o que afeta diretamente a qualidade do ar, prejudicando os portadores de doenças respiratórias. Na avaliação dos dados do CID 10, fornecidos pelo Núcleo de Informação em Saúde, foi constatado que as demandas pediátricas estão entre os motivos que mais geram consultas médicas. Dentre essas consultas, o quadro de doenças respiratórias está em maior número, correspondendo a cerca de 36% do total. A grande procura por consultas pediátricas em períodos sazonais gera demanda reprimida e stress para a equipe, que acolhe o usuário sem conseguir solucionar as queixas, devido ao número elevado de casos em relação ao número disponível de consultas médicas, além da frustração dos usuários pela falta de resolubilidade às suas demandas. Assim, percebeu-se a necessidade da criação de um “Grupo de Asma”. A gerente da UBS, Daislene Machado, em parceria com a pediatra Lúcia Helena criou o cronograma do grupo, com divulgação através de cartazes confeccionados pelo setor de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde. Foi criada uma ficha para inscrição, constando nomes e telefones de contato dos responsáveis pelas crianças. O objetivo do grupo é criar um espaço para que os usuários da UBS Amazonas I que são responsáveis por crianças asmáticas pertencentes à população adstrita, possam refletir sobre a importância do autocuidado, da prevenção, do tratamento e das consequências geradas com o agravamento da doença. O período de realização é de três meses, com encontros mensais. O primeiro encontro é conduzido pela pediatra e trata de temas relacionados à asma como fisiopatologia, etiologia, classificação e esclarecimentos de dúvidas. No segundo encontro é abordado o tratamento da doença e a importância das medidas preventivas. O terceiro encontro tem como tema a profilaxia. Foi feita uma avaliação sobre os resultados desse grupo entre os usuários e a equipe, onde foi constatada boa adesão por parte do público alvo e boa adesão ao tratamento. Diante disso, foi estabelecido que o grupo de asma será mantido permanentemente, durante todo o ano, com periodicidade mensal. Em todos os encontros as crianças receberão consultas individuais e as devidas prescrições. Anteriormente à criação do grupo de asma, o tempo de espera para os agendamentos de consultas para crianças com doenças respiratórias era, em média, de 30 a 40 dias. Hoje não há demanda reprimida e a agenda de pediatria tem vagas para agendamento em 15 dias, além de três vagas reservadas todos os dias para atendimento de doenças agudas e vagas diariamente de puericultura. É possível, inclusive, oferecer suporte a outras unidades que possuem demanda reprimida. Com o grupo foram diminuídos em 80% os casos de crises agudas de asma mensal. Espera-se que este trabalho possa contribuir para a construção de conhecimentos, habilidades e atitudes na prática de trabalho com grupos operativos na atenção primária em saúde, mudando assim o paradigma de que não é possível a sua realização em Unidades Básicas de Saúde. Referências bibliográficas: Bastos, A. B. B. I. (2010). A técnica de grupos operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicólogo Informação, 14, p. 160.
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TEMA G: PROMOÇÃO Á SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS OPERATIVOS NA OTIMIZAÇÃO DO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO, DIMINUINDO A ESPERA PARA UMA CONSULTA ¹
Daislene de Oliveira Machado ²
¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Amazonas I; ² Gerente da UBS Amazonas I, e-mail: [email protected]
Grupo operativo é "um conjunto de pessoas com um objetivo em comum" (BASTOS, 2010), com o objetivo de desenvolver ações educativas e
intersetoriais para o enfrentamento dos problemas de saúde identificados.
A UBS Amazonas I está localizada em uma área industrial, o que afeta diretamente a qualidade do ar, prejudicando os portadores de doenças
respiratórias. Na avaliação dos dados do CID 10, fornecidos pelo Núcleo de Informação em Saúde, foi constatado que as demandas pediátricas estão
entre os motivos que mais geram consultas médicas. Dentre essas consultas, o quadro de doenças respiratórias está em maior número,
correspondendo a cerca de 36% do total. A grande procura por consultas pediátricas em períodos sazonais gera demanda reprimida e stress para a
equipe, que acolhe o usuário sem conseguir solucionar as queixas, devido ao número elevado de casos em relação ao número disponível de
consultas médicas, além da frustração dos usuários pela falta de resolubilidade às suas demandas. Assim, percebeu-se a necessidade da criação
de um “Grupo de Asma”.
A gerente da UBS, Daislene Machado, em parceria com a pediatra Lúcia Helena criou o cronograma do grupo, com divulgação através de cartazes
confeccionados pelo setor de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde. Foi criada uma ficha para inscrição, constando nomes e telefones de
contato dos responsáveis pelas crianças.
O objetivo do grupo é criar um espaço para que os usuários da UBS Amazonas I que são responsáveis por crianças asmáticas pertencentes à
população adstrita, possam refletir sobre a importância do autocuidado, da prevenção, do tratamento e das consequências geradas com o
agravamento da doença. O período de realização é de três meses, com encontros mensais.
O primeiro encontro é conduzido pela pediatra e trata de temas relacionados à asma como fisiopatologia, etiologia, classificação e esclarecimentos
de dúvidas. No segundo encontro é abordado o tratamento da doença e a importância das medidas preventivas. O terceiro encontro tem como tema
a profilaxia.
Foi feita uma avaliação sobre os resultados desse grupo entre os usuários e a equipe, onde foi constatada boa adesão por parte do público alvo e
boa adesão ao tratamento. Diante disso, foi estabelecido que o grupo de asma será mantido permanentemente, durante todo o ano, com
periodicidade mensal. Em todos os encontros as crianças receberão consultas individuais e as devidas prescrições.
Anteriormente à criação do grupo de asma, o tempo de espera para os agendamentos de consultas para crianças com doenças respiratórias era, em
média, de 30 a 40 dias. Hoje não há demanda reprimida e a agenda de pediatria tem vagas para agendamento em 15 dias, além de três vagas
reservadas todos os dias para atendimento de doenças agudas e vagas diariamente de puericultura. É possível, inclusive, oferecer suporte a outras
unidades que possuem demanda reprimida. Com o grupo foram diminuídos em 80% os casos de crises agudas de asma mensal.
Espera-se que este trabalho possa contribuir para a construção de conhecimentos, habilidades e atitudes na prática de trabalho com grupos
operativos na atenção primária em saúde, mudando assim o paradigma de que não é possível a sua realização em Unidades Básicas de Saúde.
Referências bibliográficas:
Bastos, A. B. B. I. (2010). A técnica de grupos operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicólogo Informação, 14, p. 160.
