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TEMA G: PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS OFICINA TERAPÊUTICA “FAZENDO ARTES ¹” Adriana Maria Cordeiro Alves Mendonça² Andreia Laurenço Santiago³ Joyce Mara Rosa da Costa³ Marisa Silva Gomes³ Sandra Helena Ferreira dos Anjos³ Valdirene Florindo de Souza³ ¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Nacional/Equipe de Saúde da Família (ESF) Nacional II; ² Enfermeira da Família da UBS Nacional/ESF Nacional II, e-mail:[email protected]; ³ Agente Comunitária de Saúde da UBS Nacional A oficina terapêutica da Unidade Básica de Saúde (UBS) Integrada com duas equipes, 23 e 24, foi idealizada por uma enfermeira e pelas agentes comunitárias de saúde (ACSs) da equipe 23, que demonstraram interesse e certas habilidades manuais. Posteriormente, em reunião com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), foi proposto colocar em prática tal projeto. Assim, os trabalhos se iniciaram em julho de 2013, voltado para mulheres com quadros depressivos, poliqueixosas, ansiosas, com baixa autoestima, que recorriam com frequência à unidade de saúde em busca de atendimento médico e de enfermagem, com queixas muitas vezes inespecíficas, o que evidenciava o caráter psicossocial da demanda. Para atingir a população alvo, foi feito um levantamento através das ACSs no acolhimento, durante as consultas médicas e de enfermagem, detectando as mulheres que tivessem indicação e interesse em participar da oficina terapêutica. Também são encaminhadores para a oficina os profissionais que atendem no Grupo Antitabagismo e os profissionais do NASF. Sabendo que oficinas de artesanato impulsionam a produção psíquica dos sujeitos, facilitando a circulação social deles, seja no aspecto familiar, social e cultural, bem como tornando possível sua inserção e reinserção no trabalho produtivo, objetivamos amenizar quadros depressivos leves, além de proporcionar ferramentas que facilitem o convívio social e o aumento da autoestima. O trabalho foi organizado com encontros quinzenais, com duração média de duas horas, utilizando o espaço cedido pela Igreja Católica do Bairro Nacional. A princípio, tivemos o apoio do NASF com palestras pontuais e temáticas. A condução da oficina é realizada pela enfermeira da equipe 23 e pelas ACSs, sendo que as técnicas de artesanato, definidas pelo coletivo, são ensinadas não só pela equipe de saúde, mas também pelas participantes da oficina, o que proporciona uma rica troca de experiências. Buscamos trabalhar com materiais reciclados, de baixo custo, uma vez que cada participante compra seu material. Já foram produzidos trabalhos com técnicas diversas, como: reciclagem, pinturas, tapeçarias, decoupage, crochê, adornos e outros. Também são realizados encontros de confraternização, geralmente em comemoração ao fim de ano, com troca de presentes produzidos pelas próprias participantes. Atualmente, em torno de 20 pacientes frequentam a oficina, com idades variadas (13 a 80 anos), sendo perceptível os efeitos positivos do trabalho. Notou-se grande melhora dos quadros depressivos e ansiosos, com diminuição significativa da procura pelo serviço de saúde. Essas pacientes conseguem uma maior e melhor interação, constituição de vínculos de amizade, resultando aumento da autoestima, ampliação das relações sociais e até mesmo contribuindo para o aumento da renda familiar, já que muitas comercializam a produção do seu trabalho. Como podemos verificar, este trabalho reúne as condições de replicabilidade em qualquer unidade de saúde, uma vez que demanda poucos recursos materiais e pessoais. A equipe, inclusive, já recebeu demanda de outras equipes que se interessaram pelo trabalho, desejando realizá-lo em sua unidade. A equipe gostaria de ampliar o trabalho, promovendo bazares dos produtos confeccionados e ofertando outras atividades integrativas, como relaxamento, oficina de culinária, reaproveitamento de alimentos e passeios em pontos turísticos, o que implicaria maior apoio do município do ponto de vista material e financeiro - atualmente nossa maior dificuldade.

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TEMA G: PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS

OFICINA TERAPÊUTICA “FAZENDO ARTES ¹”

Adriana Maria Cordeiro Alves Mendonça²Andreia Laurenço Santiago³Joyce Mara Rosa da Costa³

Marisa Silva Gomes³Sandra Helena Ferreira dos Anjos³

Valdirene Florindo de Souza³

¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Nacional/Equipe de Saúde da Família (ESF) Nacional II; ² Enfermeira da Família da UBS Nacional/ESF Nacional II, e-mail:[email protected];

³ Agente Comunitária de Saúde da UBS Nacional

A oficina terapêutica da Unidade Básica de Saúde (UBS) Integrada com duas equipes, 23 e 24, foi idealizada por uma enfermeira e pelas agentes comunitárias de saúde (ACSs) da equipe 23, que demonstraram interesse e certas habilidades manuais. Posteriormente, em reunião com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), foi proposto colocar em prática tal projeto. Assim, os trabalhos se iniciaram em julho de 2013, voltado para mulheres com quadros depressivos, poliqueixosas, ansiosas, com baixa autoestima, que recorriam com frequência à unidade de saúde em busca de atendimento médico e de enfermagem, com queixas muitas vezes inespecíficas, o que evidenciava o caráter psicossocial da demanda. Para atingir a população alvo, foi feito um levantamento através das ACSs no acolhimento, durante as consultas médicas e de enfermagem, detectando as mulheres que tivessem indicação e interesse em participar da oficina terapêutica. Também são encaminhadores para a oficina os profissionais que atendem no Grupo Antitabagismo e os profissionais do NASF.

Sabendo que oficinas de artesanato impulsionam a produção psíquica dos sujeitos, facilitando a circulação social deles, seja no aspecto familiar, social e cultural, bem como tornando possível sua inserção e reinserção no trabalho produtivo, objetivamos amenizar quadros depressivos leves, além de proporcionar ferramentas que facilitem o convívio social e o aumento da autoestima. O trabalho foi organizado com encontros quinzenais, com duração média de duas horas, utilizando o espaço cedido pela Igreja Católica do Bairro Nacional. A princípio, tivemos o apoio do NASF com palestras pontuais e temáticas. A condução da oficina é realizada pela enfermeira da equipe 23 e pelas ACSs, sendo que as técnicas de artesanato, definidas pelo coletivo, são ensinadas não só pela equipe de saúde, mas também pelas participantes da oficina, o que proporciona uma rica troca de experiências.

Buscamos trabalhar com materiais reciclados, de baixo custo, uma vez que cada participante compra seu material. Já foram produzidos trabalhos com técnicas diversas, como: reciclagem, pinturas, tapeçarias, decoupage, crochê, adornos e outros. Também são realizados encontros de confraternização, geralmente em comemoração ao fim de ano, com troca de presentes produzidos pelas próprias participantes. Atualmente, em torno de 20 pacientes frequentam a oficina, com idades variadas (13 a 80 anos), sendo perceptível os efeitos positivos do trabalho. Notou-se grande melhora dos quadros depressivos e ansiosos, com diminuição significativa da procura pelo serviço de saúde. Essas pacientes conseguem uma maior e melhor interação, constituição de vínculos de amizade, resultando aumento da autoestima, ampliação das relações sociais e até mesmo contribuindo para o aumento da renda familiar, já que muitas comercializam a produção do seu trabalho.

Como podemos verificar, este trabalho reúne as condições de replicabilidade em qualquer unidade de saúde, uma vez que demanda poucos recursos materiais e pessoais. A equipe, inclusive, já recebeu demanda de outras equipes que se interessaram pelo trabalho, desejando realizá-lo em sua unidade. A equipe gostaria de ampliar o trabalho, promovendo bazares dos produtos confeccionados e ofertando outras atividades integrativas, como relaxamento, oficina de culinária, reaproveitamento de alimentos e passeios em pontos turísticos, o que implicaria maior apoio do município do ponto de vista material e financeiro - atualmente nossa maior dificuldade.