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Tema: Igrejas - 20 textos 1. ALMÉRI, Tatiana Martins, Posicionamento da instituição maçônica no processo político ditatorial brasileiro (1964): da visão liberal ao conservadorismo. São Paulo: PUC-SP, 2007. Mestrado. Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo estudar os acontecimentos políticos e históricos brasileiros na conjuntura da Instituição Maçônica. Avalia o posicionamento da Maçonaria em assuntos políticos, econômicos e sociais brasileiros. O período histórico estudado limita-se de 1960 a 1989, pois esse período se remete às elaborações iniciais do golpe militar, às atuações de militares no poder bem como o fim da manipulação política militar no contexto do Executivo, Legislativo e Judiciário. Calcadas no posicionamento da Maçonaria frente à ditadura militar, as bases realísticas foram alcançadas por intermédio de entrevistas com pessoas que participaram da época estudada; uso-se, também, jornais para o entendimento de como esse contexto se refletiu na sociedade. A fundamentação teórica firmou-se em duas segmentações as quais se dividiram em um breve histórico sobre a Maçonaria e uma síntese sobre os acontecimentos políticos e econômicos da ditadura militar brasileira. Após análises, julgamentos e comparações da pesquisa de campo com a fundamentação teórica, foi possível constatar que oficialmente a Maçonaria apoiou a ditadura militar, porém vários maçons possuíam um pensamento oposto ao que a instituição pregava. 2. ASFORA, Maria de Fátima Yasbeck. A força desarmada: presença da comissão Pastoral da Terra nos conflitos rurais. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. Doutorado em Serviço Social. Resumo: O processo de modernização na agricultura brasileira, consolidado no decorrer da segunda metade do século vinte, ficou caracterizado pela desigual estrutura de posse e propriedade da terra, bem como pela adoção de diversos mecanismos de crédito que privilegiaram a classe dominante. No Nordeste, além do forte impulso ocorrido na expansão do modo de produção capitalista, verificamos que a redefinição da divisão regional do trabalho à escala nacional, comandada pela expansão capitalista industrial do Centro-Sul, com o incentivo do capital estrangeiro, concorreram para modelar duas importantes oligarquias agrárias: os "barões do açúcar" e os "coronéis" (os grandes fazendeiros do algodão-pecuário) situados respectivamente nas áreas do litoral-mata e no semi-árido.Quanto aos trabalhadores rurais, o processo de modernização conservadora resultou em violências múltiplas, motivando o apoio de setores progressistas da Igreja Católica a partir dos meados de 60, em plena ditadura militar. Desse modo, incentivados pelas idéias do Concílio Vaticano II, sacerdotes e leigos, começaram a atuar como intelectuais orgânicos das classes subalternas, no sentido gramsciano, em defesa do homem do campo, denunciando os arbítrios dos proprietários de terra. No nordeste, o processo representativo de uma nova forma de ser Igreja pode ser reconhecido a partir de julho de 1966, quando quinze bispos, liderados por Dom Helder Camara, Arcebispo de Olinda e Recife reforçaram e apoiaram o Manifesto da Ação Católica Operária divulgado em março de 1966 e os relatórios da Animação dos Cristãos no Meio Rural do Brasil e Juventude Agrária Católica, JAC também referentes àquele período. Em contrapartida, as autoridades militares empreenderam diferentes níveis e formas de perseguições a esses grupos, configurando uma crise entre Estado e Igreja, enquanto a prática de atividade.

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Tema: Igrejas - 20 textos

1. ALMÉRI, Tatiana Martins, Posicionamento da instituição maçônica no processo político ditatorial brasileiro (1964): da visão liberal ao conservadorismo. São Paulo: PUC-SP, 2007. Mestrado. Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo estudar os acontecimentos políticos e históricos brasileiros na conjuntura da Instituição Maçônica. Avalia o posicionamento da Maçonaria em assuntos políticos, econômicos e sociais brasileiros. O período histórico estudado limita-se de 1960 a 1989, pois esse período se remete às elaborações iniciais do golpe militar, às atuações de militares no poder bem como o fim da manipulação política militar no contexto do Executivo, Legislativo e Judiciário. Calcadas no posicionamento da Maçonaria frente à ditadura militar, as bases realísticas foram alcançadas por intermédio de entrevistas com pessoas que participaram da época estudada; uso-se, também, jornais para o entendimento de como esse contexto se refletiu na sociedade. A fundamentação teórica firmou-se em duas segmentações as quais se dividiram em um breve histórico sobre a Maçonaria e uma síntese sobre os acontecimentos políticos e econômicos da ditadura militar brasileira. Após análises, julgamentos e comparações da pesquisa de campo com a fundamentação teórica, foi possível constatar que oficialmente a Maçonaria apoiou a ditadura militar, porém vários maçons possuíam um pensamento oposto ao que a instituição pregava.

2. ASFORA, Maria de Fátima Yasbeck. A força desarmada: presença da comissão Pastoral da Terra nos conflitos rurais. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. Doutorado em Serviço Social. Resumo: O processo de modernização na agricultura brasileira, consolidado no decorrer da segunda metade do século vinte, ficou caracterizado pela desigual estrutura de posse e propriedade da terra, bem como pela adoção de diversos mecanismos de crédito que privilegiaram a classe dominante. No Nordeste, além do forte impulso ocorrido na expansão do modo de produção capitalista, verificamos que a redefinição da divisão regional do trabalho à escala nacional, comandada pela expansão capitalista industrial do Centro-Sul, com o incentivo do capital estrangeiro, concorreram para modelar duas importantes oligarquias agrárias: os "barões do açúcar" e os "coronéis" (os grandes fazendeiros do algodão-pecuário) situados respectivamente nas áreas do litoral-mata e no semi-árido.Quanto aos trabalhadores rurais, o processo de modernização conservadora resultou em violências múltiplas, motivando o apoio de setores progressistas da Igreja Católica a partir dos meados de 60, em plena ditadura militar. Desse modo, incentivados pelas idéias do Concílio Vaticano II, sacerdotes e leigos, começaram a atuar como intelectuais orgânicos das classes subalternas, no sentido gramsciano, em defesa do homem do campo, denunciando os arbítrios dos proprietários de terra. No nordeste, o processo representativo de uma nova forma de ser Igreja pode ser reconhecido a partir de julho de 1966, quando quinze bispos, liderados por Dom Helder Camara, Arcebispo de Olinda e Recife reforçaram e apoiaram o Manifesto da Ação Católica Operária divulgado em março de 1966 e os relatórios da Animação dos Cristãos no Meio Rural do Brasil e Juventude Agrária Católica, JAC também referentes àquele período. Em contrapartida, as autoridades militares empreenderam diferentes níveis e formas de perseguições a esses grupos, configurando uma crise entre Estado e Igreja, enquanto a prática de atividade.

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3. CARVALHO, Maria do Amparo Alves de. História e repressão: fragmentos de uma memória oculta em meio às tensões entre a igreja católica e o regime militar em Teresina. FUFPI: 2006. Mestrado

4. CONDINI, M., Dom Helder Câmara: modelo de esperança na caminhada para a paz e a justiça social. PUC/SP. 2004. Mestrado. Resumo: Esta dissertação procura mostrar a atuação de Dom Hélder Pessoa Câmara, um modelo de esperança na sua incansável busca pela paz, e a luta pela justiça social, no Nordeste, no Brasil e no Mundo. Também destaca a sua importante participação no processo de transformação da Igreja Católica a partir da segunda metade do século XX. No Brasil, sua renovação tem início antes da realização do Concílio Vaticano II (1962-1965), mas alcança maior visibilidade com a fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB –, em 14 de outubro de 1952. Se o Concílio Vaticano II significou abertura para a Igreja em todo o mundo, muito mais para a Igreja latino-americana. A II e a III Conferência Geral do Episcopado Latino- Americano em Medellín (1968) e Puebla (1979) foram uma releitura dos ensinamentos do Concílio a partir da realidade da América Latina, marcada pela pobreza, pela desigualdade e pela repressão imposta pelos militares. E Dom Hélder participou intensamente de todo esse processo de renovação da Igreja e de luta pelos direitos humanos na sociedade, tornando-se, ao longo dos anos, o mediador da esperança, um profeta para a Igreja no Brasil. Esta dissertação colhe a esperança que a atuação de Dom Hélder desperta na Igreja e fora dela, pois a esperança é uma presença constante na vida de Dom Hélder.

5. COSTA, I. S., Que papo é esse? Intelectuais religiosos e classes exploradas no Brasil (1974-1985). FFB. 2007. Mestrado.

6. FABIAN, R. JOC: Da submissão a contestação. PUC/SP. 1988. Mestrado. Resumo: A Juventude Operária Católica é um movimento criado na Bélgica no começo deste século, por um jovem padre Joseph Cardijn. Este movimento tem como objetivo, na concepção da hierarquia da Igreja Católica, de fazer retornar ã instituição a Classe Operária. Os jovens operários são os missionários ou soldados da Igreja nos locais de trabalho. É através de sua conduta, de seu exemplo, de sua ação cotidiana nos locais de trabalho que os jovens trabalhadores reinstalam os princípios da civilização cristã na sociedade industrial. Cardijn cria um método: Ver, Julgar e Agir que é adotado pela Ação Católica. O foi utilizado para veicular a ideologia católica e servir indiretamente como instrumento de controle dos movimentos de Ação Católica Especializada. O método é baseado no senso comum e por ser um instrumento prático e simples, não revela sua implicação enquanto instrumento de formação ideológica. No Brasil, a JOC teve grande crescimento na década de cinqüenta. O Jocismo consegue organizar os jovens trabalhadores num período de grande emigração do campo para a cidade e de desenvolvimento econômico acelerado. O movimento procura disseminar as concepções católicas da finalidade do trabalho, do significado do sofrimento e da ascese, reintegrando-os na CRUZ de Cristo, simbolo universal do cristianismo. A disciplina, o sofrimento e o trabalho árduo do jovem trabalhador no local de trabalho, participam da Cruz de Cristo. A Cruz ponteia a disciplinaridade da mão-de-obra nos locais de trabalho, sendo do interesse de muitos patrões que financiam o movimento e garante a obediência e a submissão do militante ã hierarquia da Igreja Católica. "O cansaço e o sofrimento que vêm do trabalho contribuem para a salvação. í3 a

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nossa cruz que completa a cruz de Cristo". da década de sessenta há um processo de ruptura do movimento com a ideologia católica. Esse processo de .ruptura e radicalização se di numa relação dialética no interior da instituição e no contexto mais amplo da sociedade brasileira que vive uma profunda crise estrutural. O Jocismo elabora uma concepção de mundo e do homem que contestam a ideologia hegemônica da Igreja Católica, e subvertem a sociedade, segundo a ideologia de Segurança Nacional. Neste processo, a JOC -vítima de violenta perseguição do regime militar - prisão, tortura e morte. Em 1975, no Quinto Conselho Mundial, realizado Linz, na Áustria, a JOC Internacional aprova a Declaração em de Princípios. O movimento, a exemplo da Teologia da Libertação, tem como evidência a luta de classes e aponta para a necessidade da superação da sociedade donde o homem explora o outro homem. No Brasil, a JOC perde definitivamente o apoio da hierarquia e aprofunda a sua vinculação e compromisso com o movimento operário.

7. FERREIRA, Emmanuel Lima. Os dominicanos e a política no Brasil. Ceará: UFC, 2002. Mestrado.Resumo: Examina a participação política de religiosos da Ordem Dominicana em ações e movimentos de combate à ditadura militar, no Brasil, pós-1964. Nessa perspectiva, o autor procede a uma retrospectiva histórica acerca da presença da Igreja Católica no Brasil, desde a época da colonização; aborda a relação entre os dominicanos e a política, o engajamento destes nos movimentos de juventude católica; assinala as bases marxistas da Teologia da Libertação, e, por fim, analisa, em particular, as ligações de sacerdotes da referida congregação com grupos de esquerda, notadamente com a Aliança Libertadora Nacional (ALN). O trabalho resulta de pesquisa documental e em acervos da imprensa, incluindo "periódicos especializados", além de dados coletados através de entrevistas com três dominicanos.

8. JESUS, Paulo Sergio de. JOC, ACO e PO no movimento operário (1960-1970). São Paulo: PUC/SP, 2007. Mestrado.Resumo: Esta dissertação visa à análise das relações entre militantes da Juventude Operária Católica (JOC), Ação Católica Operária (ACO), Frente Nacional do Trabalho (FNT) e Pastoral Operária (PO) e a classe operária, na cidade de Osasco, nas décadas de 1960-1970. Tendo como referência a constituição da JOC, ACO e PO nas igrejas Santo Antônio e Imaculada Conceição, procurei resgatar as propostas e tendências com relação ao regime militar e aos trabalhadores presentes. Notei, então, a pluralidade de posições existentes e o ambiente de disputas em que se constituíam os movimentos católicos operários, onde diferentes interpretações das relações de trabalho e da doutrina católica, por exemplo, debatiam-se e implementavam-se. A análise das fontes permitiu demonstrar que é possível observar uma transformação nos movimentos ao longo deste período. Observa-se que na busca de alternativas de soluções às questões operárias, estes movimentos radicalizaram o seu discurso e apontaram para a construção de novas estratégias de luta e resistência operária. Recusando uma visão acidental da História, a construção de um novo sindicalismo e de base não se deu por acaso, desde as greves de 1978, nem essencialmente partindo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Na reconstrução da história da classe operária de Osasco, é preciso considerar, ao lado de outras forças, a atuação dos militantes católicos no movimento operário e sindical e perceber sua influência nos rumos do sindicalismo autêntico, especialmente no ABC paulista.

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9. LANZA, F. Matrizes ideológicas dos arcebispos paulistanos (1956-1985): um olhar sob o prisma do semanário O São Paulo. PUC/SP. 2006. Doutorado. Resumo: A pesquisa teve como foco a atuação dos arcebispos da Arquidiocese paulistana, da Igreja Católica, no período de 1956 a 1985, a partir da análise do semanário O São Paulo. Ela buscou uma orientação histórica e sociológica, com base documental e oral. Partiu das matrizes ideológicas utilizadas pelos arcebispos – Dom Agnelo Rossi e Dom Paulo Evaristo Arns – revisitando o período anterior, de Dom Carmelo V. Motta, frente à Fundação Metropolitana Paulista, mantenedora do jornal O São Paulo. As fontes documentais se basearam em documentos históricos sobre a Igreja Paulistana, e as publicações d’O São Paulo, privilegiando as matérias da primeira página e os editoriais; e empregando os aportes da análise de conteúdo sob o ângulo de distintos autores. As fontes orais foram constituídas a partir dos sujeitos de pesquisa selecionados qualitativamente com critérios vinculados a História Oral, tendo em vista as experiências pessoais no Clero e suas relações com os MCS da Arquidiocese de São Paulo. As entrevistas foram realizadas com o arcebispo emérito cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, com Pe. Antônio Aparecido Pereira, com Frei Carlos Josaphat, Prof. Dr. Fernando Altemeyer, Dom Angélico Bernardino Sândalo, Dom Antônio Celso de Queiroz e Dom Benedicto Ulhôa Vieira e foram orientadas por um roteiro semiestruturado formulado a partir dos problemas de pesquisa. As interpretações e análises das fontes documentais e orais perceberam a Igreja Católica como um sujeito coletivo que pautouse em diferentes matrizes ideológicas expressadas frente ao contexto sociohistórico do período analisado. A Igreja Católica de São Paulo por meio do seu semanário expressou diferentes discursos que evidenciaram as drásticas transformações ideológicas ocorridas a partir do final da década de 1960 e início de 1970, associadas aos fatores internos e externos à estrutura institucional. Foi percebido que há um fio condutor entre as diferentes fases e contextos, com base na sua missão eclesial e seu projeto religioso, que se define como um ideal que não se caracteriza enquanto sistema econômico ou político. A gestão do cardeal Arns, a partir de 1970, difundiu n’O São Paulo a idéia de “vocação cidadã”, centrada na manutenção da verdade, da justiça, da liberdade política, religiosa, da participação das organizações sociais, e do compromisso da Igreja Católica na defesa radical do homem.

10. LANZA, Fabio. O Regime Militar no discurso-memória da Igreja Católica na região metropolitana de São Paulo (1964-1985). Franca: UNESP, 2001. Mestrado. Resumo: Analisa e interpreta o discurso clerical relativo ao Regime Militar entre 1964 e 1985 na Região Metropolitana de São Paulo. Identifica dissonâncias e diversas matrizes que influenciaram clérigos paulistanos contra a Ditadura. Utiliza fontes orais, por meio do "discurso-memória", e os arquivos do jornal arquidiocesano O São Paulo. Destaca os discursos de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Angélico Sândalo Bernardino, Dom Antônio Celso de Queiroz e Dom Benedito Ilhôa Vieira.

11. MENDES, Lilian Maria Grisólio. Entre a cruz e o manifesto: dilemas da contemporaneidade no discurso da Juventude Operária Católica do Brasil (1960-1968). PUC/SP. 2002. Mestrado. Resumo: Este projeto visa a análise das representações ideológicas do jocismo sobre o trabalhador, na década de 60. A análise dos documentos nos permitiu demonstrar que. é possível observar uma transformação do movimento ao longo deste período, que se caracteriza pelo seu

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afastamento das questões espirituais para assumir as questões sociais relativas aos trabalhadores. Observa-se que na busca de alternativas de solução à questão operária, este movimento radicaliza 0 seu discurso e aponta para uma prática política também radical. Ora, neste momento tal postura irá contrapor-se à ditadura que se inicia, e por outro lado, este movimento necessitará adequar tanto o seu discurso como a sua ação, aos ditames da doutrina social da Igreja. Deste dilema observa-se que, apesar de seu discurso aproximar-se das correntes politicamente grganizadas constituíam a "esquerda" da época a JOC permanece aliada a Igreja que a condellava por seus "desvios ideológicos". Mesmo assim, não se pode negar que o crescimento da Igreja Católica deveu-se em grande parte a esses movimentos sociais ligados às classes populares. Esta contradição que se explicita claramente, entre outros, na mediação que a JOC efetivou entre o marxismo e o cristianismo. O trabalho consiste exatamente na análise destes conceitos utilizados pela JOC, para fundamentar a sua ação política. Expressões como: capitalismo, luta de classes, socialismo, revolução, imperialismo, violência revolucionária, entre outros, foram contextualizados para compreendermos a lógica que funda as ações deste movimento e assim, percebermos a função social que cumprem naquele período histórico, particularmente junto ao operariado brasileiro.

12. PAEGLE, Eduardo Guilherme de Moura. A posição política da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) nos anos de chumbo (1964-1985). Santa Catarina: UFSC, 2006. Mestrado. Resumo: Com o golpe de 1964 no Brasil foi instituído o regime militar que pôs fim ao governo civil de João Goulart. A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) buscou se relacionar com o Estado, permitindo divergências eclesiásticas no seu posicionamento frente às questões éticas, sociais, políticas e econômicas colocadas no contexto do regime militar e da Guerra Fria. As disputas eclesiásticas na IPB colocaram em confronto uma linha politicamente conservadora, chamada de "boanergismo" e a Teologia da Libertação. O "boanergismo" teve esse nome, devido à presidência do Supremo Concílio do pastor Boanerges Ribeiro (1966-1978), caracterizado pelo anticomunismo, anti modernismo e anti ecumenismo, sendo que o Presbítero Paulo Breda Filho, seguiu essa linha, denominada "pós-boanergista", marcada ambas pelo apoio a ditadura militar manifestada no jornal "Brasil Presbiteriano". Na disputa pelo "boanergismo", surgem vários teólogos da libertação, entre os quais destacamos o papel de Richard Shaull e Rubem Alves que buscavam fazer uma autocrítica na IPB e levar uma idéia de responsabilidade social cristã. A vitória dos "boanergistas" na IPB agradou o regime militar, devido à ideologia conservadora pós-sistema, buscando silenciar os teólogos da libertação ao impedir a ocupação dos espaços institucionais existentes entre os presbiterianos.

13. PRESOT, Aline Alves. As marchas da família com Deus pela liberdade e o golpe militar de 1964. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. Mestrado em História. Resumo: O trabalho de dissertação intitulado As marchas da família com Deus pela liberdade e o golpe de 1964 tem como objetivo principal investigar o acontecimento que arregimentou milhares de pessoas em todo o país, constituindo-se em algumas das maiorias manifestações públicas de nossa história política. As Marchas, enquanto fenômeno, inserem-se em um momento em que diversificados setores da população saíram às ruas em repúdio ao governo nacionalista de João Goulart, que, segundo acreditavam, possuía um viés comunizante e caminhava para a destruição dos valores religiosos,

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patrióticos e morais da sociedade. Tais passeatas surgiram como uma espécie de pedido às Forças Armadas por uma intervenção salvadora das instituições e, posteriormente ao golpe, passou por uma re-significação de seu discurso, transformando-se numa demonstração de legitimação do golpe militar.

14. SAMPAIO, Jorge Hamilton. Sobre Sonhos e Pesadelos da Juventude Metodista Brasileira nos Anos Sessenta. São Paulo: UMESP, 1998. Doutorado. Resumo: Esta pesquisa procura ser uma contribuição para a elaboração historiográfica sobre a caminhada da juventude metodista brasileira nos anos sessenta, visando subsidiar a história do protestantismo no Brasil. Nessa década, essa juventude sensibilizou-se com a difícil realidade de opressão e miséria experimentada pela maioria das pessoas do continente e, em especial, do Brasil. Construiu seu sonho de ver a Igreja participando efetivamente nas lutas sociais que procuravam superar as estruturas injustas da sociedade e levou às últimas conseqüências os ensinamentos recebidos da Igreja Metodista e do movimento ecumênico. Participou nos movimentos sociais que lutavam por mudanças estruturais na sociedade brasileira e, após o golpe de 1964, se envolveu na luta contra a ditadura militar. Nessa caminhada, percebeu que também era necessário haver mudanças na estrutura da própria Igreja, considerada como anacrônica naquele momento histórico. A sua proposta era redimensionar a concepção teológica da Igreja, especialmente na compreensão de salvação e de missão. Para a juventude metodista, a priorização da salvação da alma e a missão da Igreja voltada para si mesma eram equívocos que não respondiam às exigências de justiça social. Em seu lugar, propunham a concepção de salvação do homem total que incluía tanto a aceitação do Evangelho para construção da dignidade das pessoas como a missão fora da Igreja para contribuir para a superação das estruturas sociais injustas. Desta situação surgiu com força a expressão clamor da mocidade. Contudo, as posturas da juventude foram consideradas afrontosas e anti-evangélicas por algumas pessoas que detinham o poder na Igreja. Esses, ao defenderem a prioridade da salvação da alma como o primeiro e decisivo passo para a melhoria da vida do país, também consideravam o governo militar como a solução enviada por Deus para acabar com o perigo do comunismo no Brasil. E, assim como a ditadura procurava eliminar seus opositores, esses metodistas tomaram atitudes semelhantes com a sua juventude, considerada por eles como subversiva e não cristã. A postura desses líderes fez com que os jovens metodistas sofressem perseguições, cerceamento da liberdade de expressão, coerção para saírem da Igreja e, em alguns casos, delação aos órgãos de segurança do Estado autoritário. Eram duas teologias diferentes. Cada grupo, em nome da sua própria fé, agia na Igreja e fora dela de acordo com as suas crenças. O sonho da juventude foi transformado em pesadelo por não professar a mesma fé desses líderes que estavam no poder na Igreja.

15. SILVA, Jefferson Farias da. Uma leitura política de "O Jornal Batista" e da ação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) durante o período de transição brasileira 1972-1974: entre o "Milagre" e a "Crise". Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. Resumo: O presente estudo comparativo tem como objetos de análise duas instituições distintas, a instituição batista e a instituição católica, representadas respectivamente pelo O Jornal Batista Brasileiro e pela ação das Comunidades Eclesiais de Base durante o período de ditadura militar brasileira, mas propriamente nos anos de 1972 a 1974. Analisar e comparar a atuação, no campo político, social e religioso, dessas duas instituições é de suma

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importância para que possamos entender qual o papel desempenhado pelas duas frente a um momento de transitoriedade da política brasileira. Nesse sentido, buscaremos entender também como a questão liberdade foi trabalhada e observada pelas supracitadas instituições em tempos de obstrução da mesma e qual foi à posição tomada por elas frente aos acontecimentos.

16. SILVA, M. P. da, “Não tenho paciência histórica”: A Igreja Popular em Juazeiro (Bahia) – 1962-1982. UFBA . 2002. Mestrado.

17. SILVA, M. S. da, “Padre não deve se meter em política?”: Conflitos de política e religião em Riachão do Jacuípe/BA nas últimas décadas do século XX. Fortaleza: FFB, 2005. Doutorado. Resumo: Os arquivos do DOPS de Pernambuco são examinados com a intenção de deles se apreender o sentido que a circulação de informações teve no período da Ditadura Militar e como essa rede foi um dos sustentáculos do regime.

18. SILVA, M. S. da, “Padre não deve se meter em política?”: Conflitos de política e religião em Riachão do Jacuípe/BA nas últimas décadas do século XX. FFB. 2005. Mestrado.

19. VALÉRIO, M. E. Entre a cruz e a foice: Dom Pedro Casaldaliga e a significação religiosa do Araguaia. 2007. Mestrado, UNICAMP. Resumo: A presente dissertação na área de História Cultural é um estudo sobre o processo de significação religiosa, ocorrido em São Félix do Araguaia. Durante os anos 1970, a partir da interpretação da teologia da libertação, D. Pedro Casaldáliga, bispo da Prelazia, surge como figura central das tensões políticas entre a chamada Igreja Popular e a Ditadura Militar, por ocasião da implementação dos grandes latifúndios agro-pecuários no norte do Mato Grosso. A centralidade da idéia de profetismo foi crucial para a atuação de Casaldáliga e o seu projeto político-pastoral na região. Organizada em torno da identidade profética as narrativas de memória/história sobre a Prelazia e o bispo construíram uma cultura católica da libertação em todos os âmbitos da prática religiosa. As contradições e limites da identidade profética da Prelazia e, por fim, a conformação dessa identidade profética diante da mudança do cenário político-social em São Félix do Araguaia nas décadas de 1980 e 1990 são os assuntos abordados.

20. ZACHARIADES, G. C., CEAS: jesuítas e a questão social durante a ditadura militar. FFB. 2007. Mestrado.