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ANO I OURINHOS, 7 de Julho de 1968 N.° 14 A Eminência do Estado de Sitio PAGINA 2 Autorizado Empréstimos para O u rio s O Governador Abreu Sodré autorizou na última sex ta feira as escrituras dos empréstimos de 540 milhões de cruzeiros velhos para o asfaltamento nas vilas e de 120 milhões para aquisição de uma motoniveladora. Assinou ainda na ocasião, a autorização para o empréstimo de um bilhão e duzentos milhões de cruzeiros velhos para a com- plementação da Rede de água e esgoto, que atenderá uma população de 80.000 mil habitantes. Hoje tem Baile no G. R. 0. O Grêmio Recreativo de Ourinhos promoverá hoje às 16 horas o primeiro baile infanto Juvenil em nossa ci dade. A animação estará a cargo de Mario Nelli. Outras noticias sociais na pág. 3. Luciano lança «Análise Sintática» O Professor Luciano Corrêa da Silva lançou nesta semana o livro «Análise Sintática». A obra é prefaciada pelo prof. Cândido de Oliveira, e a orelha pelo Dr. José Reis, o que dispensa nosso comentário. 0 Vale das Bonecas - dia 10 O Cine Peduti estará apresentando nos próximos dias 10, 11 a 12 o filme “O Vale das Bonecas”, de Mark Robison, baseada no livro de Jacqueline Sussan. A pelícu la é estrelada por Sharon Tate, Pal Buí-ke, Susan Hay- ward, Barbara Perkins e Patty Duke e é o drama de três mulheres que tentam a vida artística em Nova York e vi ciam-se em pilulas ativantes, Quermesse no IEEHS dias 13,14 e 15 Veja, é Navalha na Carne ÚLTIMA PAGINA

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ANO I OURINHOS, 7 de Ju lho de 1968 N.° 14

A Eminência do Estado de SitioPAG INA 2

Autorizado Empréstimos para O u rio sO Governador Abreu Sodré autorizou na última sex­

ta feira as escrituras dos empréstimos de 540 milhões de cruzeiros velhos para o asfaltamento nas vilas e de 120 milhões para aquisição de uma motoniveladora. Assinou ainda na ocasião, a autorização para o empréstimo de um bilhão e duzentos milhões de cruzeiros velhos para a com- plementação da Rede de água e esgoto, que atenderá uma população de 80.000 mil habitantes.

Hoje tem Baile no G. R. 0.O Grêmio Recreativo de Ourinhos promoverá hoje

às 16 horas o primeiro baile infanto Juvenil em nossa ci­dade. A animação estará a cargo de Mario Nelli.

Outras noticias sociais na pág. 3.

Luciano lança «Análise Sintática»O Professor Luciano Corrêa da Silva lançou nesta

semana o livro «Análise Sintática». A obra é prefaciada pelo prof. Cândido de Oliveira, e a orelha pelo Dr. José Reis, o que dispensa nosso comentário.

0 Vale das Bonecas - dia 10O Cine Peduti estará apresentando nos próximos

dias 10, 11 a 12 o filme “O Vale das Bonecas”, de Mark Robison, baseada no livro de Jacqueline Sussan. A pelícu­la é estrelada por Sharon Tate, Pal Buí-ke, Susan Hay- ward, Barbara Perkins e Patty Duke e é o drama de três mulheres que tentam a vida artística em Nova York e vi­ciam-se em pilulas ativantes,

Quermesse no IEEHS dias 13,14 e 15

V eja , é N a v a lh a na C a r n eÚLTIMA PAGINA

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Tempo de Avanço - 2 Ourinhos, 7-7-68

E M I N E N C m D O E S T A D O D E S I T I OPaira sôbre a nação o fantasma das medidas excep­

cionais que seriam tomadas pelo executivo. Há tergiversa­ções oficiais a respeito, no entanto, o clima é de expecta­tiva e apreesâo.

O estado de Sítio, que seria decretado para fazer frente à atual crise, significa o anulamento das garantias constitucionais dos cidadãos, dando carta branca às auto­ridades para exercer livremente o poder coercitivo. Aliás, os governos da América Latina nunca foram parcimoniosos em lançar mão desse dispositivo legal e, comõ exemplo re­cente. temos o Uruguai que ainda se encontra nessa situa­ção. Na verdade, a adoção de medidas excepcionais pelo govêrno não mudaria radicalmente o panorama nacional, Já que a atual conjuntura política não se caracteriza por ex­cessos de liberalismo... O mais notável, caso se efetive tal medida, seria o completo desmascaramento das autoridades, apesar de, mesmo isso. não causaria grande espanto, dada o por demais conhecida «filosofia» das esferas militares.

Fala-se na existência de planos terroristas e insurre­cionais que visariam o esfacelamento das instituições, daí a necessidade do Estado do Sitio para fázer frente a tal contingência. Mas, se há terrorismo é porque há também descontentamento geral, e êle não pode ser eliminado ten tando se abafá-lo com medidas policiais. Deve-se ir às rai­zes, às causas desse descontentamento. É êrro querer-se im­putar tão somente a grupos extremistas a denúncia das muitas deficiências da vida brasileira. A «revolução» de 64 não trouxe os resultados propugnados, isto queiram ou não os mentores daquele movimento; as reformas prometidas não foram executadas, e o resultado de tal imobilismo está aí.

Falou-se e fala-se muito nas tradições cristãs e de­mocráticas brasileiras, mas de cristão e democrático pouco

ou nada há em nosso país. Ou será cristã e democrática a nossa estrutura social e econômica? O empresariado indus­trial vê-se ás voltas com o imperialismo internacional; a agricultura possue organização semi-feudal e mantém na miséria milhões de trabalhadores da terra; os operários de todas as categorias e serviços sofrem as duras conseqüên­cias do imperialismo interno; a estrutura educacional é ar­caica e impossibilta milhões de brasileiros de se instruírem convenientemente e, pior ainda, de freqüentarem escolas su­periores; cêrca de 2% do território nacional acha-se na mão de estrangeiros que roubam nossas riquezas minerais ; a malversação e a corrupção ainda é comum nos quadros públicos; as verbas do orçamento nacional não são distri­buídas segundo critérios de interesses coletivos, em suma, o Brasil vai muito mal! Êsses e muitos outros aspectos ne­gativos da vida nacional não foram sanados pelo atual re­gime, e nunca o serão enquanto forem mantidos os privilé­gios das oligarquias brasileiras e dos grupos econômicos alienígenos.

De fato, há sim necessidade de medidas excepcio­nais mas de outro tipo, A antinomia «maniqueista» de de­mocracia ou comunismo, do bem ou mal, .não é a alterna­tiva diante da qual deve ser colocado o povo brasileiro, isso já se tornou estória para crianças, Melhor fariam as autoridades se se propusessem realizar realmente as refor­mas necessárias, ao invés de pretender calar o povo com métodos repressivos, Se vier o Estado de Sítio, nas atuais circunstâncias, mais uma vez o Brasil reiterará sua condi­ção de «republiqueta» apesar do seu imenso potencial físi­co e humano. Mas a história continua sua caminhada, e será ela que afinal dará a resposta definitiva e justa,

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Tempo de Avanço 3 Ourinhos, 7-7-68

T E M P O DE A V A N Ç O— EXPEDIENTE —

Redação e A dm inistração a R. Cardoso Ribeiro, 399,

C/IO.

OURINHOS - S .P .

Diretor Responsável:

Antonio R Nogueira.

Diretor Superintendente:

JOSÉ RODRIGUES

As opiniões em itidas nos artigos assinados não rep re ­sentam necessàriam cnte o ponto de vista do Jornal, po­dendo até se re m contrárias a êste. A opinião do Jo rnal acha-se expressa nos edito­riais e nos com entários não

assinados.

Impresso nas Oficinas da Fôlha de Ourinhos

R. Paraná, 795 - OURINHOS S. P.

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» PANORAMA SOCIAL -Boletim do Rotary

QUERMESSE - Estão ai, fun­cionando a todo vapor as quermesses benejicentes. Também, nesta terra...

DEBUTANTES - Já começa­ram a aparecer os nomes das senhoritas que debutarão em setembro próximo.

N as próximas Edições estaremos dando os injormes do acontecimento so­cial.

Aniversário de Casamento -No próximo dia 12 o casal Edson e Lia estarão recebendo os parabéns de seus amigos peta passagem de mais um aniversário do seu casamento.

Por ocasião da posse da nova diretoria do Rotarg Club de Ouri­nhos circulou o Bole­tim n.° 4 da entidade. A publicação do boletim ê semestral e é organi­zado pelo sr. Moacyr de Ale lio Sá.

A jovem norte- ame­ricana Bibi Jordan jo i uma das homenageadas. Como se sabe, a estu­dante participa do I n ­tercâmbio de jovens do Distrito 458 e visitou Ourinhos quando d a realização da I I * FA- P I, sendo convidada do Rotariano Aloacyr..

Uma das fotos publicadas no órgão informativo do Rotary, quando Bibi agradecia as homenagens à ela prestada. Ao lado

vem os o ex presidente, sr. Mário Zanotto e senhora.

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Tempo de Avanço - 4 Ourinhos, 7 7-68

Prefeitura Municipal de Ourinhos

POPULUSQUE A

Campanha dos 20.000 Eleitores

Titulos Novos ou Transferências

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Tempo de Avanço - 5 Ourinhos, 7 7-68

Tôdas as pessoas em idade de vo­tar, devem tirar o titulo de eleitor.

A Prefeitura Municipal de Ourinhos, colaborando com a Egre- cia Justiça Eleitoral, contratou uma equipe de p r o fesso ra s pa­

ra preparar o atendimento dos interessados.

A Prefeitura oferece, ainda, as fotografias aos novos eleitores que i\âo têm condições de pagá-las.

- PRECISAMOS DE UM COLEGiO DE 2 0 .0 0 0 ELEITORES

Oferecendo esta colaboração, o governo Municipal espera que a equipe de

professoras seja bem acolhida por toda a população.

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Tempo de Avanço 6 Ourinhos, 7/7/68

Prefeitura Municipal de OurinhosLEI N. 911

De 2 de ju lh o de 1.968

Dispõe sôbre a abertura de um crédito especial de NCr.$ 75.000,00 para a Superintendência de Água e Esgotos - SAE.

A Câm ara m unicipal d e O urinhos aprovou em sessão do dia 28 de junho de 1968 e eu P refe ito M unicipal, sancio­no a seguinte lei:

Artigo 1.° - Fica aberto na S uperin tendência de Água e Esgotos (S. A. E.) um crédito especial de NCr.$ 75.000,00 (setenta e cinco mil cruzeiros novos) destinados a a ten d e r às despesas^ com aquisição de dois cam inhões, uma cam io­nete, construção de garagem e oficina, gasolina graxas e outras.

Parágrafo único - O valor do p resen te crédito será coberto com os recursos provenien tes do excesso de a r re ­cadação da S uperin tendência de Agua e Esgotos (S.A.E.), p re ­visto para o co rren te ano.

A rtigo 2.° - Esta lei en tra rá em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

P re fe itu ra M unicipal de Ourinhos, 2 de julho de 1.968.

D om in gos C am erlingo CalóPREFEITO M UNICIPAL

Publicada e reg istrada no D epartam ento de A dm inis­tração na data supra.

T ibério B astos SobrinhoD iretor do D epartam ento de A dm inistração

SapatctriaílNUNESjj

Av. Jacin to S á , 495 — O URINH O S

LEI N. 910

De 2 de ju lh o de 1.968.

Dispõe sôbre a abertura de um crédito especial de NCr $ 12.571,75.

A C âm ara Municipal de O urinhos aprovou em sessão do dia 28 de junho do corren te ano e eu, P refe ito M unicipal, sanciono a seguinte l e i :

A rtigo 1.° - Fica aberto, no D epartam ento de F inanças da P re fe itu ra Municipal, um crédito especial de N C rJ 12.571,75 (doze mil, qu inhentos e se ten ta e um cruzeiros novos e se ten ­ta e cinco centavos) para atendim ento de despesas com ele­trificação ru ra l do bairro São José.

P arágrafo único - O valor do p resen te crédito se iá coberto com os recursos provenien tes da anulação parcial da seguinte dotação o rça m en tá ria :

2. 1. 3. 0 — Departamento de Obras Públicas2, 13. 2 — Serviços de O bras

4. 0. 0. 0. - D ESPESA S DE CA PITA L4. 1. 0. 0; - Investim entos4. 1, 1. 0. - O bras Públicas4. 1. 1. 2 - Início de O bras

x 02 - C onstrução da Estação Rodoviária NCr.$ 12.571,75

A rtigo 2.° - Esta lei en tra rá em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposiçães em contrário.

P re fe itu ra M unicipal de Ourinhos, 2 de julho de 1.968.

D om in gos C am erlingo CalóPREFEITO M UNICIPAL

Publicada e reg istrada no D epartam ento de A dm inis­tração na data supra.

T ibério B astos S obrin h oD iretor do D epartam ento de A dm inistração

Oficina Eletro-Técnica S ão J o s éNathaniel Romani

ENROLAMENTO DE MOTORES

Rua do Expedicionário, 647 — O U R I N H O S

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Tempo de Avanço - 7 Ourinhos, 7/7/68

A Família do Burrinho• Oswald de Andrade

— Vamos Joseph fugir— P ara onde M aria irJo seph (jocoso) — shall go to Jund iaí-ai I— D ep ressa ! Sela o M angarito Vamos com o vento Sul Onde sere i cesariada?-— No presepe— Tenho mêdo da vaca— Não chores darlingl (terno) S w eepstake de Deus !M aria — Caí na ilegalidadePorque m odéstia à parteTrago um a trindade no ven treNesse tem po não havia ainda as irm ãs Dione

Algum as palavras de inglês conhecendoA fam ília sagrada partiuSem saudades levarP ara as bandas do m arV erm elhoNa poeira da m adrugada Cruzou um olival O escaravelho— Q uantas dracm as serão precisas?Exclam ou o castiço espôsoPara esta viagem em tôrno do m undo Estam os no século III ou IV da fundação De RomaE só tenho “argen t de poche”— Não vá fa ltar Joseph— Na verdade Deus ajuda...(Os ricos)— Sonhei que os serafinsEstão bordando um a estrê la surdaP ara H erodes não verQ uero reis magosTrezinho e m onjoloE o re tra to de Shirley Tem pleP orque o m enino vemÊste m undo salvarO vento distribuía algodão pelos açudes Joseph espancou o burrinho E riu— Belo mundo êle vem sa lv a r !(Já havia naqule tem po Pouco leite para os bebês)— Se fa lta r num erárioEu carrego na centena do M angarito E dou viva ao faraó H f t le r . . .(A ntes que êle faça comigo O Progrom que fêz com Moisés)— O p o rtu n is ta ! G ritou um a nuvem Joseph fingiu que não ouvia— A vida é um buraco Enquanto não v ier M aria A socializaçãoDos meios de produção— B ê s ta ! gritou um anjo São José seguiu pensandoQue os anjos geralm ente são reacionários E as nuvens provocadoras

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Q uinta e Sexta Feiras - 11 e 12 ás 14,15 e 20 horasQue Noite Rapazes - col. cinem.com Philip Leroy______ __________________Sabado - dia 13 às 14,15 e 20 hs,Apanatchi - col. com Lex B arker

Domingos - dia 14 vesp. 14,15 e 19.45 e 21,45 horas.O Fofoqueiro - col. com Je rry Lewis

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Cine OurinhosSegunda Feira - dia 8 ás 20 horas Crônica da Cidade Amada - col. cinem. com O scarito e G rande Otello3.a feira - dia 9 FOLGA SEM ANAL

Q uarta Feira - dia 10 vesp. 14.15 e 20 hs. A Nova Cinderela - col, com Marisol

Q uinta Feira - dia 11 ás 20 horas Agente Z - 55 Missão desesperada col, cinem, com Yoko Tani

S exta Feira - dia 12 às 20 hs. Filme Japonês Estratagema de Gangs - col. com Teruo Yoshida____________________________Sabado dia 13 ás 19,45 e 21,45 horas Que noite Rapazes - col. cinem. com P hilip Leroy_____________________________Domingo dia 14 vesp. às 14 horas Sinal do Cavalo Branco - 4/5 episodio Amor na Selva - com Jequeline M yrnaDomingo dia 14 ás 19,45 21,45 horas Apanatchi - col. cinem . com Lex Barker

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Navalha na Carne Amanhã em OurinhosA A ssociação dos E stu d a n tes U n iversitários de O urinhos prom overá am an h ã, n o C ine P eduti, às 20 horas e 30 m in u to s , a peça tea tra l de P lin io M arcos “ N avalha na Carne'^ A in terp retação será do G rupo U nião,

in tegrad o por R u th in éa de M oraes, P au lo Vilaça e Sérgio M am berti e d irig ido por Jairo Arco e Flexa.

Censura e ManifestoA peça provocou desde

o seu lançamento uma ver­dadeira revolução em ma­téria de teatro. A Censura protelou o seu lançamento taxando-a como «peça proi­bida por ser pornográfica e subversiva», mas acabou cedendo e a peça foi li­berada.

O Grupo União lançou na estréia da peça o se­guinte manifesto :

«Este espetáculo que será apresentado hoje é a estréia de uma companhia profis­sional de t e a t r o : o Grupo União, Esta estréia quase não s e realizou. Durante meses seguidos, os respon­sáveis pelo Grupo União, o autor, os atores, o dire­tor, todos nós ficamos a espera do pronunciamento definitivo d a Censura, a última palavra em questões de arte no Brasil, N o pro­nunciamento definitivo, pa­recia m e s m o inapelâvel: «peça proibida por ser por­nográfica e subversiva» - O ra , não podemos deixar passar êsse pronunciamen­to sem uma nota de protes­to, de revolta, de inconfor- mismo; tal pronunciamento é o mais claro atestado de incompetência sôbre si pró­pria que a Censura pode­ria passar. A questão da arte e da moral é das mais extensas, e não caberia aqui um levantamento de todos os tópicos que o tema sus­cita. Basta dizer que essa proibição, essas atitudes de vestais* escandalizados que assumem os senhores cen­sores, várias vezes poderiam ser evitadas (em seu pró­prio benefício, aliás), se ti­vessem a oportunidade de o lhar um pouco para o fu­turo para saber como suas opiniões são ridicularizadas algum tempo depois. A ina­dequação do poder policial para debater a obra de a r ­te é flagrante; seguramente se escritores, pintores, m ú­sicos e dramaturgos fossem chamados para elucidar um crime qualquer, apesar de

s u a inadequação técnica* sair-se-iam bem melhor do que bravos policiais se saem ao julgar obras de arte.

Felizmente, nem tudo es­tá irremediávelmente perdi­do nc reino da Dinamarca, e a peça foi liberada.

Sôbre a encenação, o trabalho foi orientado no sentido da maior verdade e densidade emocional, na li­nha do realismo cru, violen­to, e frequentemente cruel. Os conflitos físicos e esté­ticos em que os persona­gens se envolvem e que para o público podem mui­tas vezes parecer grotesco, de mau gosto ou desagra­veis, para as personagens são conflitos vitais, funda­mentais, absolutos, já que em universo sua experiên­cias, suas perpesctivas são terrivelmente limitadas.

O importante é o público de sensibilidade encontrar nessa gente que não sabe se é gente, um a angustian­te procura da verdade que

Atedendo a um convite feito pelo Grêmio E studan­til Rui Barbosa, o Prefeito Camerlingo Caló compare­ceu à última reunião da en­tidade. Os estudantes que­riam debater os poblemas educacionais de Ourinhos, ao mesmo tempo que fa ­riam algumas reivindicações. A reunião durou cerca de duas horas, saindo os di­retores do G ER B sarisfei- tos com os resultados con­seguidos.

O s problemas tratados na reunião foram: a Facu l­dade de Tecnologia, a Bi­blioteca Municipal, uma ca ­sa de espetáculos culturais e ainda os do ensino pri­mário e secundário.

Q uando o s estudantes perguntaram ao prefeito se a Faculdade de Tecnologia funcionaria nos moldes das fundações já existentes, êle respondeu que «a facu lda­de será administrada por

é a mesma, afinal, de to­dos nós.»

A CRITICAA crítica reagiu bem ao

espetáculo e para sua orien­tação apresentamos a lgu­mas opiniões sôbre a obra:

D ecio de A lm eida Prado O Estado de São Paulo

«A interpretação de «Navalha na carne» também possui maior profundidade do que parece. À prim eira vista percebemos a perfeitíssim a adequação d o s atores aos seus papéis. A ade­quação física no modo de andar adequação psicológica. Tudo pa­rece espontâneo, instintivo, So­mente mais tarde começamos a perceber que a suposta natura­lidade é produto de um a cuida­da elaboração, tal como esta­mos no direito’, de esperar de atores que passaram pela Esco­la de A rte Dramática. Sob a direção de Jairo Arco e Flexa, os três m odulam com grande virtuosismo todas as nuances que vão do naturalismo até quase o expr es sionismo. A m í­mica, nas cenas em que Wado compraz-se em torturar Veludo, chega inclusive à exasperação do grotesco. Ê quase uma dança

uma fundação já criada e será mantida pela Prefeitu­ra, possibilitando o ensino gratuito para todos, pois não faço leis que impossi­bilitem o direito de estudar á quem quizer, independen­te de sua condição social».

Sobre a biblioteca o C he­fe do Executivo Municipal informou que está em en­tendimentos com • uma es­pecialista em Bibliotecas, e que a mesma virá a O uri­nhos para debater o pro­blema.

Q uanto à manutenção de

- a dança da crueldade infantil- mas sem nunca perder con­tato com a realidade humana e social que lhe deu origem.»

P aulo M endonça Folha de São Pajilo

«Plínio Marcos, tem, sem dú~ vida, excelentes qualidades de dramaturgo e me dispenso de enumerá-las porque se m anifes­tam em quase todos os planos...»

João Apolínário Ultima Hora

Bastaria que soubessem tra­duzir a idéia desta obra verten­do-a da linguagem da arte para a linguagem sociológica, para saberem como Navalha na Car­ne é um a peça em inentemente moral,

A s interpretações são sur­preendentes - não louvaremos um mais do que outro, pois to­dos são admiráveis na compo­sição d o s personagens q u e «mostram», criticamente, a o s espectadores, utilizando recur­sos de contenção emocional só­brios, mas sangrando verdade impiedosa, de um vigor im pla­cável, de um a violência mora- lizadora inegável.

A perfeição cônica contida toda em um único ato de tea­tro absoluto, total, perfeito .»

uma casa a apresentação de espetáculos culturais, o prefeito solicitou dos estu­dantes os levantamentos pa­ra que ela possa funcionar antes das Eliminatórias do V I Festival de Teatro A- mador da Média Sorocaba- na, que sediaremos no pró­ximo mes de agosto.

A respeito do prédio pa­ra a instalação do Ginásio Estadual 2.a Unidade, de­verá ter suas obras inicia­das dentro de aproximada­mente 60 dias, afirmou o prefeito.

COMUNICADO

A «Casa dos A cum uladores» de Ourinhos, de Ro­dolfo Pellegrino e Cia. Ltda. comunica a sua dis­tinta freguesia que se transferiu para suas novas instalações próprias a Rua do Expedicionário 2626 (próximo ao Trevo Rodoviário) saida para o P a ­raná. Outrossim, avisa - não possuir filial alguma na cidade.

Prefeito Atende Reivindicações Estudantis