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INSTITUTO SUPERIOR ENGENHARIALicenciatura em Engenharia Civil Regime Diurno - 3 Ano 2 Semestre

AnoLectivo 2009/2010

HIDRULICA URBANA

Dimensionamento de: Rede de Distribuio de guas Rede de Drenagem de guas Residuais Domsticas Rede de Drenagem de guas Residuais Pluviais

DOCENTE: Eng. Catarina Cruz

DISCENTE: Andreia Silva n 32259

Faro, 19 de Julho de 2010

Hidrulica Urbana

2010

SUMRIO

O presente trabalho foi realizado no mbito da disciplina de Hidrulica Urbana e teve como objectivo principal o dimensionamento de trs redes distintas, Rede de Abastecimento de gua, Rede de Drenagem de guas Residuais Domsticas e Rede de Drenagem de guas Residuais Pluviais de uma rea da cidade de Faro, determinada pela docente.

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Hidrulica UrbanaNDICE

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NDICE ................................................................................................................................................. 3 MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE ABASTECIMENTO DE GUAS ............. 5 INTRODUO .................................................................................................................................... 6 DIMENSIONAMENTO ...................................................................................................................... 7 A. a. b. c. d. e. f. g. h. B. C. a. b. c. d. e. f. PARMETROS DE DIMENSIONAMENTO ..................................................................................... 7 Populao .......................................................................................................................... 7 Capitao ........................................................................................................................... 8 Factor de ponta .................................................................................................................. 8 Caudais .............................................................................................................................. 9 Dimetros......................................................................................................................... 12 Perda de carga ................................................................................................................. 12 Presso mxima e mnima ............................................................................................... 13 Velocidade ....................................................................................................................... 14 CLCULO DA REDE .......................................................................................................... 15 ORGOS DE MANOBRA E SEGURANA ....................................................................... 16 Vlvulas de seccionamento .............................................................................................. 16 Descargas de fundo.......................................................................................................... 16 Macios de amarrao..................................................................................................... 16 Meios de combate de incndio ......................................................................................... 17 Caixas de Visita ............................................................................................................... 17 Consideraes Gerais ...................................................................................................... 17

MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS .... 18 INTRODUO .................................................................................................................................. 19 TRAADO DOS COLECTORES .................................................................................................... 20 B. C. a. b. c. d. e. TRAADO EM PERFIL .............................................................................................................. 20 PARAMETROS DE DIMENSIONAMENTO ...................................................................... 21 Populao ........................................................................................................................ 21 Capitao ......................................................................................................................... 22 Factor de afluncia .......................................................................................................... 22 Factor de ponta ................................................................................................................ 22 Caudais ............................................................................................................................ 23

CLCULO DA REDE ....................................................................................................................... 24

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ORGOS E ACESSRIOS .............................................................................................................. 26 A. B. C. D. E. F. G. TUBAGENS E JUNTAS DE TUBOS.............................................................................................. 26 CMARAS DE VISITA .............................................................................................................. 26 RAMAIS DE LIGAO.............................................................................................................. 26 PROTECO DA TUBAGEM ..................................................................................................... 26 ESCAVAES ......................................................................................................................... 27 FUNDAES ........................................................................................................................... 27 CONSIDERAES GERAIS............................................................................................... 27

MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE GUAS RESIDUAIS PLUVIAIS ............ 28 INTRODUO .................................................................................................................................. 29 DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................... 30 A. a. b. B. a. b. c. d. C. D. a. b. c. d. TRAADO DOS COLECTORES ........................................................................................ 30 Traado em planta ........................................................................................................... 30 Traado em perfil ............................................................................................................. 30 PARAMETROS DE DIMENSIONAMENTO ...................................................................... 31 Coeficiente de escoamento ............................................................................................... 31 Perodo de retorno ........................................................................................................... 31 Precipitao ..................................................................................................................... 31 Caudais ............................................................................................................................ 32 CLCULO DA REDE .......................................................................................................... 34 ORGOS E ACESSRIOS .................................................................................................. 35 Tubagens e juntas de tubos .............................................................................................. 35 Cmaras de visita ............................................................................................................ 35 Sumidouros ...................................................................................................................... 35 CONSIDERAES GERAIS ........................................................................................... 36

CADERNO DE ENCARGOS ........................................................................................................... 37 REDE DE ABASTECIMENTO DE GUA ................................................................................... 37 REDE DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS .......................................................................... 37 REDE DE GUAS RESIDUAIS PLUVIAIS ................................................................................. 37 CLUSULAS TCNICAS ESPECIAIS ...................................................................................... 37

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MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE ABASTECIMENTO DE GUAS

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Hidrulica UrbanaINTRODUO

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A presente memria descritiva e justificativa refere-se a um projecto de abastecimento de guas em Faro solicitado pela Universidade do Algarve. A distribuio ser efectuada a partir de um ponto de abastecimento fornecido pela docente e faz-se por meio de uma rede mista, com zonas ramificadas e zonas malhadas, dependendo do traado dos arruamentos. O material escolhido para a execuo da rede de distribuio PVC 1,0 MPa. O dimensionamento da rede foi efectuado para um ano horizonte de projecto de 40 anos. O traado da rede dever ser realizado fora das faixas de rodagem, ao longo dos passeios dos arruamentos afectados, no entanto, como o estudo incide em zonas de curto perfil transversal com ausncia de passeio e em local de comrcio totalmente cobertos a calada portuguesa sem circulao de veculos automveis.

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DIMENSIONAMENTO

A. Parmetros de Dimensionamentoa. Populao

A populao estimada para o ano zero foi obtida atravs da contagem do nmero de fogos da rea a servir e considerando 3,5 habitantes por fogo. A populao estimada para o clculo da rede de abastecimento de gua ser prevista para o ano de projecto 40 anos. A evoluo populacional foi estimada pela seguinte frmula:

P40 = n. de fogos ano 40 x 3.5 Populao 0 = 1210 habitantes Populao 40= 2034 habitantes

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b. Capitao

Os caudais a considerar no dimensionamento hidrulico da rede baseiam-se na determinao do nmero de habitantes a servir e do consumo de gua per capita, que se expressa por uma grandeza designada por capitao. A determinao da capitao foi feita com base nos consumos domsticos, comerciais, e consumos pblicos vigentes no Regulamento Geral dos Sistemas Pblicos e Prediais de Distribuio de gua e de Drenagem de guas Residuais, artigos 13, 14, e 16 e com base nas condies existentes na zona em estudo. Para o projecto em causa adoptou-se uma capitao de 380I/hab dia.

c. Factor de ponta

O factor de ponta calcula-se pela seguinte frmula:

Fp = 2 + Em que:

70 P

f p - factor de ponta [a dim ensional ] Pop (ano 40) populao no ano horizonte de projecto

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d. Caudais

Para clculo da rede foi necessrio calcular alguns caudais, que foram avaliados do seguinte modo:

i.

Caudal mdio

Qmed = Pop ( ano 40 ) Cap

Em que: Qmed

- caudal mdio [l/s](ano 40 )

Pop

- populao no ano horizonte de projecto [hab]

Cap Capitao [l/hab.dia]

ii.

Caudal de ponta

Q ponta = Qmed fp

Em que : Q ponta - caudal de ponta [ / s ] Qmed

- caudal mdio [ / s ]

f p - factor de ponta [a dim ensional ]

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Hidrulica Urbanaiii. Caudal de clculo

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Qcalculo = Q ponta f perdas

Em que: Q Q fcalculo

- caudal de clculo [ / s ] - caudal de ponta [ / s ]

ponta

perdas

- factor de perdas [20%]

iv.

Caudal de percurso unitrio

Q p.u =Em que: Q Qp .u .

Qcalculo comp. ficticio

- caudal de percurso unitrio [I / s / m] - caudal de clculo [I / s ]

calculo

ficticio - comprimento fictcio [m]

v.

Caudais concentradosPara o caso da situao de incndio considerou-se um caudal concentrado de 30 I/s no ponto mais desfavorvel da rede (considerou-se o n 11) de tal modo que se consiga garantir um caudal instantneo de 30 I/s, tendo em conta que a zona em causa uma zona de grau 3.

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Hidrulica Urbanavi. Caudais rectificados

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Os caudais de clculo obtidos para cada troo so rectificados custa do clculo do erro de fecho para cada malha atravs da seguinte frmula: J (n ) = 1000 2 J Q (n )

Q(n )

Onde:

Qn - erro de fecho para iterao n [I / s ] J n - somatrio das perdas de cargas totais para iterao n [m] ( J / Q )n - somatrio dos quocientes entre a perda de carga total e o caudal2 para a iterao n s / m

[

]

Se o erro de fecho calculado atravs da frmula anterior for superior ao erro de fecho permitido ento tem de se fazer mais uma iterao, em que os caudais considerados correspondem aos caudais rectificados pela seguinte frmula:

Qn = Qn 1 + Qn 1

Onde: Q n - caudal rectificado para a iterao n [I / s ] Qn 1

- caudal considerado para iterao n-1 [I / s ]

Qn1 - erro de fecho obtido para a iterao n-1 [I / s ]

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e. Dimetros

Os dimetros adoptados foram seleccionados de acordo com o material em questo (PVC) e com o caudal de clculo, sem que nunca seja ultrapassado o valor do caudal mximo suportado pela tubagem. Nas folhas de clculo apresentada uma tabela em que figuram alguns dimetros existentes no mercado para o ferro fundido e as respectivas velocidades mximas e caudal mximo. Sendo o combate a incndios assegurado pela rede de distribuio pblica, as condutas que iro abastecer os hidrantes necessitam de ter um dimetro superior a 100 mm por se considerar o risco de ocorrncia e propagao de incndios de grau 3.

f. Perda de carga

i.

Perda de carga unitria (Formula de Schimeni para PVC)

1

0,56 Q j = 58,9 D 2, 69 1000

Em que: j perda de carga unitria [m / km] D dimetro interno da tubagem [m]3 Q caudal m / s

[

]

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Hidrulica Urbanaii. Perda de carga total

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J = j C realEm que: J perda de carga total [m] J perda de carga unitria [m / km]

C real - comprimento real do troo [km]

g. Presso mxima e mnima

Tendo em conta que a rede de distribuio parte de um ponto onde:

P max = 24 m.c.a.; Pmin

= 22 m.c.a.

Os valores de presso (mxima e mnima) em cada troo determinam-se do seguinte modo:

i.

Presso mxima: (considerando o equivalente ao reservatrio cheio e sem consumos)

Pmax = Pmax + (CT (mon tan te ) CT ( jusante ) ) Pmax 60 m.c.a.(600 kPa )

Em que:

Pmax - presso mxima [m.c.a.] Pmax - presso mxima no n anteriorCT cota topogrfica [m]

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Presso mnima: (considerando o equivalente ao reservatrio vazio)

Pmin = CP CT Pmax 10m.c.a.(100kPa )

Em que:

Pmin - presso mnima [m.c.a.]CP cota piezomtrica [m] CT cota topogrfica [m]

iii.

Variao de presso

A diferena entre a presso mxima e a presso mnima, ao longo do dia no dever ser superior a 30 m.c.a..

h. Velocidade

A velocidade mxima de escoamento admitida foi calculada em funo do dimetro da conduta a utilizar, conforme indicado no Regulamento. Os dimetros das condutas foram escolhidos em funo da velocidade mxima e da existncia de marcos de incndio, tendo em conta uma velocidade mnima de 0,3 m/s.

NOTA Nos troos em que no foi possvel manter uma velocidade superior a 0,3 m/s colocaram-se descargas de fundo distribudas pela rede como apresentado nas peas desenhadas.

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B. CLCULO DA REDEConsiderou-se uma rede de distribuio mista, com cinco malhas e quatro troos ramificados. Foi considerado um caudal de percurso nos troos com ocupao, conforme indicado anteriormente, sendo arbitrados os sentidos de escoamento e foram anulados os caudais nalguns nos ns de modo a facilitar o acerto final. O clculo hidrulico foi efectuado pelo mtodo de Hardy Cross, atravs de uma folha de clculo. Foram feitos dois clculos em separado para a rede, um correspondente sua utilizao normal (situao de ponta), e outro correspondente a uma situao de incndio em que se considera que um marco de incndio (em situao desfavorvel) debita um caudal de 30 I/s.

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C. ORGOS DE MANOBRA E SEGURANAa. Vlvulas de seccionamento

As condutas devem ter possibilidade de serem divididas em troos que possam ser isolados entre si, por forma a evitar-se o esvaziamento de uma grande extenso de conduta em caso de rotura duma seco ou em caso de necessidade de realizao de trabalhos num determinado troo. Na localizao das vlvulas de seccionamento importante atender facilidade de acesso, prevenindo dificuldades em situaes de emergncia.

b. Descargas de fundo

Como o objectivo de esvaziar completamente os troos de conduta sempre que qualquer incidente, reparao ou outra razo o imponha, deve-se dispor de descargas de fundo em todos os pontos baixos. Para alm disso impe-se a colocao das referidas descargas no ponto mais baixo de cada troo em que a velocidade de escoamento seja inferior a 0,3 m/s.

c. Macios de amarrao

Sero construdos macios de amarrao em beto simples conforme os pormenores em anexo. Estes macios localizam-se nos pontos de mudana de direco e nos pontos de juno das condutas ( ns).

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Hidrulica Urbanad. Meios de combate de incndio

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A disposio e ligao dos meios de combate a incndio ser de acordo com os valores regulamentares para uma zona de grau 3(min = 100mm; distncia mxima de 130m; Qincndio = 30l/s).

e. Caixas de Visita

Todas as vlvulas devero ficar alojadas em caixas de visita.

f. Consideraes Gerais

Deve-se ter em considerao as tcnicas construtivas e a qualidade dos materiais, funo das disposies do caderno de encargos.

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MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS

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INTRODUO

Foi solicitado pela Universidade do Algarve a execuo de um projecto de rede de drenagem de guas residuais domsticas em Faro. Prev-se a construo da rede de drenagem at um ponto pr-estabelecido, com cota de soleira de 1.8 m. O material utilizado foi PVC 0,4MPa. A rede desenvolve-se ao longo dos eixos dos arruamentos a servir, de modo a drenar as gua residuais do maior nmero de habitaes possvel. A rede foi concebida para um ano horizonte de projecto de 40 anos.

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Hidrulica UrbanaA. Traado dos Colectoresa. Traado em planta

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A rede do tipo separativa, constituda por troos rectos entre caixas de visita, sendo estas a maioria visitveis. A rede tem um comprimento total de 1113,71 m, desenvolvendo-se pelos eixos dos arruamentos.

b. Traado em perfil

O traado em perfil foi efectuado de maneira a manter as inclinaes naturais do terreno, pretendendo deste modo minimizar os movimentos de terra, garantindo os limites hidrulicos mnimos. No entanto, em alguns pontos, isso no foi possvel.

A profundidade mnima de assentamento dos colectores dada pela expresso:

H = 1,20 +

Em que:

- dimetro [m]

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B. PARAMETROS DE DIMENSIONAMENTOa. Populao

A populao para o ano zero (ano 0) foi determinada a partir do nmero de fogos que sero servidos pela rede, considerando uma mdia de 3,5 habitantes por fogo. A estimao da evoluo populacional para o clculo da rede de drenagem ser determinada considerando o ano horizonte de projecto de 40 anos (ano 40) pela seguinte expresso:

P40 = n. de fogos ano 40 x 3.5

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b. Capitao

Os caudais a ter em conta no dimensionamento hidrulico da rede tm como base de determinao o nmero de habitantes servidos e o gasto de gua per capita, que se expressa atravs da capitao. Para este projecto adoptou-se ema capitao de 380 l / hab. dia.

c. Factor de afluncia

O factor de afluncia considerado para o caso em questo foi 0,85.

d. Factor de ponta

O factor de ponta adoptado ser varivel em funo da populao (acumulada) de cada troo, e ser calculado pela seguinte frmula:

60f p = 1,5 +

Pop

Em que:1 f p - factor de ponta hab

[

]

Pop populao por troo para o ano horizonte de projecto [hab]

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e. Caudais

Para o clculo da rede foi necessrio entrar em conta com alguns caudais, determinados da seguinte forma:

i.

Caudal de percursoO caudal de percurso calculado para cada troo atravs da seguinte

frmula:

Qpercurso = Pop (ano40) Cap fp fa

Em que: Qpercurso - caudal de percurso [l / s ] Pop (ano 40) populao no ano horizonte de projecto [hab]1 f p - factor de ponta hab

[

]

f a - factor de afluncia [a dim ensional ]

ii.

Caudal de infiltraoO valor do caudal de infiltrao depende do estado de conservao da rede,

do material usado e do modo de execuo, e tambm do nvel fretico. O valor base adoptado ser de:

1,2 m 3 / dia / cm de dimetro / km

Conforme o comprimento e o dimetro da tubagem do troo em estudo assim se obter um valor para o caudal de infiltrao.Pgina 23

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C. CLCULO DA REDEO dimensionamento das condutas foi feito para uma altura de lmina liquida inferior a 50 % do dimetro da seco, com inclinaes entre 0,3 % e 15 %, e velocidades compreendidas entre 0,6 m/s e 3 m/s, garantindo um poder de transporte mnimo de 0,3 kgf / m . O poder de transporte a tenso tangencial que um escoamento exerce sobre a superfcie molhada. O valor dessa tenso permite avaliar a capacidade de arrastamento das partculas slidas do efluente ao longo da rede de colectores. Para cada troo foi feita a verificao pela seguinte expresso:2

Pt = R J

Em que:2 P t - poder de transporte kgf / m

[

]

- peso especifico da gua [kg / m 3 ]R raio hidrulico [m] J inclinao do colector [%]

Quando no sejam verificados os valores obtidos para o poder de transporte sero instaladas cmaras de corrente de varrer.

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Para o clculo recorreu-se formula de Manning-Stickler, que se apresenta de seguida, e a uma folha de clculo.

Q d = Ks S R 2 / 3 J

1/ 2

Em que:3 Q d - caudal de clculo em seco cheia m / s

[

] ]

1/ 3 Ks parmetro de rugosidade da tubagem 84m / s 2 S seco m

[

[ ]

R raio hidrulico [m] J inclinao do colector [%]

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Hidrulica UrbanaD. ORGOS E ACESSRIOSa. Tubagens e juntas de tubos

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A rede de guas residuais ser executada em P.V.C. rgido, com dimetro mnimo de 200 mm, sendo as juntas executadas por compresso com anel de borracha.

b. Cmaras de visita

As cmaras de visita sero executadas com mdulos pr-fabricados segundo o desenho em pormenor. Devero ser de cobertura plana para cotas de trabalho at 1,60 m e tronco cnicas para cotas superiores. Os dimetros interiores sero de 1,0 m para cotas inferiores a 2,5 m e de 1,25 m para cotas superiores. Quando no se verificarem as condies de auto de limpeza e tiver de ser necessrio a implantao de cmaras de corrente de varrer, dada a ineficcia das mesmas, impe-se limpezas peridicas aos colectores segundo o mtodo que a Cmara Municipal achar mais conveniente.

c. Ramais de ligao

Devero ser colocadas forquilhas onde se prevejam ligaes de ramais domicilirios. Os ramais domicilirios devero ter normalmente uma inclinao entre 2 a 4 %.

d. Proteco da tubagem

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Foi considerada uma cota mnima de trabalho de 1,20 + m, sendo o dimetro da tubagem. Nos casos em que a topografia no permita essas cotas, o colector dever ser protegido atravs do envolvimento em beto, conforme pormenores em anexo.

e. Escavaes

Nas zonas onde o traado dos vrios colectores seja coincidente a vala de fundao ser comum. Relativamente rede de abastecimento de gua, as condutas devero distanciar-se 1 m dos colectores de esgotos, medidos pelo extradorso das tubagens. Se esta distncia, considerando as condutas no mesmo alinhamento vertical, no for verificada por imposio das cotas de trabalho dos colectores de esgoto dever ser feita uma banqueta lateral para a conduta de abastecimento de gua. Sempre que se justificar dever-se- proceder entivao da vala.

f. Fundaes

As fundaes sero executadas de acordo com os desenhos tipo apresentados, em anexo.

E. CONSIDERAES GERAISDeve-se atender s tcnicas construtivas e qualidade dos materiais, funo das disposies do caderno de encargos.

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MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE GUAS RESIDUAIS PLUVIAIS

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Hidrulica UrbanaINTRODUO

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O presente trabalho diz respeito a um projecto de drenagem de guas pluviais relativa a uma zona de Faro solicitado pela Universidade do Algarve. O desenvolvimento da rede faz-se ao longo do eixo da via pblica, paralelamente rede de drenagem de guas residuais domsticas, com a localizao dos sumidouros efectuada de tal modo que as guas se escoem.

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Dimensionamento A. TRAADO DOS COLECTORESa. Traado em planta

A rede do tipo separativa, constituda por troos rectos entre caixas de visita. A distncia mxima entre caixas de visita de 60 m. A rede tem um comprimento total de 1113,71 m, desenvolvendo-se pelos eixos dos arruamentos.

b. Traado em perfil

O traado em perfil, tal como no caso de rede de drenagem de guas residuais domsticas, foi efectuado de modo a manter as inclinaes naturais do terreno. A profundidade mnima de assentamento dada pela expresso:H = 1,0 +

Em que: dimetro do colector (m)

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B. PARAMETROS DE DIMENSIONAMENTOa. Coeficiente de escoamento

O coeficiente de escoamento a razo entre a precipitao til e a precipitao efectiva. A precipitao efectiva aquela que d origem a escoamento na rede e a precipitao efectiva aquela que cai dentro da bacia. O coeficiente de escoamento obtido a partir de um grfico e para o caso em questo foi considerado um coeficiente de escoamento de valor de 0,75 pois a rea a escoar praticamente impermevel e algo inclinada.

b. Perodo de retorno

O perodo de retorno considerado foi de cinco anos.

c. Precipitao

No estudo da drenagem das guas pluviais recorre-se s curvas intensidade/ durao/ frequncia, que fornecem os valores das intensidade mdias mximas de precipitao para vrias duraes e diferentes perodos de retorno. A durao a considerar a equivalente ao tempo de concentrao, que a soma do tempo de percurso com o tempo inicial; considera-se um tempo de concentrao de cinco minutos visto a zona ser inclinada. A intensidade mdia mxima de precipitao avaliada pela seguinte frmula:

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I = a tb

Em que: l intensidade mdia mxima de precipitao (mm/h) a, b constantes dependentes do periodo de retorno (adimensional) t perodo de retorno (min)

Situando-se a zona a drenar na regio A, e um perodo de retorno de 10 anos, os valores das constantes a adoptar so:

a = 259,26 b = - 0,562

d. Caudais

Caudal de clculo

O caudal de clculo obtm-se a partir da precipitao mdia mxima atravs da frmula racional:

Q = c I A

Em que Q caudal de clculo (l/s) c coeficiente de escoamento (adimensional) I intensidade mdia mxima (l/s/h) A rea da bacia a drenar (h)

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O valor obtido dividido pelo comprimento total da rede, obtendo-se deste modo o caudal por metro linear e, consequentemente, o valor do caudal por troo.

Caudal de infiltrao

Tal como para a rede de drenagem de esgotos o valor do caudal de infiltrao depende do estado de conservao da rede, do material usado, do modo de execuo e do nvel fretico. O valor base adoptado de:

2,0m 3 / dia / cmdedimetro / km

Em funo do comprimento e do dimetro da tubagem de cada troo obtmse o valor do respectivo caudal de infiltrao.

Caudal de projecto

O valor do caudal de projecto em cada troo obtido pela adio do caudal de clculo acumulado e do caudal de infiltrao acumulado.

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C. CLCULO DA REDEO clculo da rede feito com base em pressupostos idnticos aos da rede de drenagem de guas residuais domsticas, ou seja:

altura de lmina liquida igual ou inferior a 100 % do dimetro da seco visto a seco a utilizar ser circular; inclinaes entre 0,3 % e 15 %; velocidades entre 0,6 m/s e 3 m/s; poder de transporte mnimo de 0,3 kgf/ m .2

Recorreu-se frmula de Manning Strickler para o clculo e de uma folha de clculo:

Qd = Ks S R 2 / 3 J 1 / 2

Em que:3 Qd caudal de clculo em seco cheia m / s

[

]

1/ 3 Ks parmetro de rugosidade da tubagem (77 m / s )

S seco ( m ) R raio hidrulico (m) J inclinao do colector (%)

2

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D. ORGOS E ACESSRIOSa. Tubagens e juntas de tubos

A rede de guas pluviais ser executada em manilhas de beto, com um dimetro mnimo de 300 mm, sendo as juntas executadas em argamassa.

b. Cmaras de visita

As cmaras de visita sero executadas com mdulos pr-fabricados segundo o desenho em pormenor. Devero ser de cobertura plana para cotas de trabalho at 1,60 m e tronco-cnicas para cotas superiores. Os dimetros interiores sero de 1,0 m para cotas inferiores a 2,5 m e de 1,25 m para cotas superiores.

c. Sumidouros

So previstos sumidouros nas bermas dos arruamentos, com afastamentos dependentes das condies dos arruamentos (inclinao,...) e localizao obrigatria nos pontos baixos da via pblica, nos cruzamentos e ao longo dos percursos das valetas. A ligao dos sumidouros aos colectores assegurada por forquilhas; o dimetro mnimo da tubagem entre os sumidouros e os colectores de 200 mm, sendo aconselhvel um valor de 300 mm.

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E. CONSIDERAES GERAISDeve-se atender s tcnicas construtivas e qualidade dos materiais, funo das disposies do caderno de encargos.

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CADERNO DE ENCARGOSREDE DE ABASTECIMENTO DE GUA REDE DE GUAS RESIDUAIS DOMSTICAS REDE DE GUAS RESIDUAIS PLUVIAIS

CLUSULAS TCNICAS ESPECIAIS

1 OBJECTO DA EMPREITADA ......................................................................................... 39 2 IMPLANTAO, PIQUETAGEM, TRABALHOS PREPARATRIOS E ACESSRIOS ..................................................................................................................................................... 39 3 ESCAVAES E ATERROS .......................................................................................... 40 4 TUBAGENS E ACESSRIOS ......................................................................................... 40 5 CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS, NATUREZA, QUALIDADE, PROCEDNCIA E DIMENSES ............................................................................................................................... 41 5.1 INTRODUO ............................................................................................................... 41 5.2 GUA .......................................................................................................................... 41 5.3 AREIA ......................................................................................................................... 42 5.4 BRITAS PARA ENROCAMENTO ....................................................................................... 46 5.5 BRITAS PARA BETO .................................................................................................... 46 5.6 CIMENTO..................................................................................................................... 50 5.7 AO PARA BETO ARMADO ........................................................................................... 53 5.8 ADITIVOS PARA ARGAMASSAS E BETES ....................................................................... 54 5.9 PEDRA PARA TOUT VENANT ....................................................................................... 54 5.9 BETONAGEM................................................................................................................ 54 5.11 COFRAGENS PARA BETES........................................................................................ 58 5.12 DESMOLDAGEM E DESCIMBRAMENTO .......................................................................... 58 6 CONDIES TCNICAS DE EXECUO DE BETE ................................................. 59 E ARGAMASSAS .................................................................................................................. 59 6.1 MTODO DE TRABALHO, APETRECHAMENTO E EQUIPAMENTO ......................................... 59 6.2 IMPLANTAO DA OBRA ................................................................................................ 61

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6.3 BETO ...................................................................................................................... 61 6.4 - ARGAMASSAS............................................................................................................... 64 6.5 - IMPLANTAO, PIQUETAGEM E EXECUO .................................................................... 64 6.6 - MOVIMENTO DE TERRAS E ATERROS ............................................................................ 67 6.7 - ABERTURA E ENCHIMENTO DE VALAS............................................................................ 72 6.8 CAIXAS ....................................................................................................................... 74 6.9 - REPOSIO DE PAVIMENTOS ........................................................................................ 79 6.11 - ARRANJOS FINAIS ...................................................................................................... 82 ESPECIFICAO 1 ............................................................................................................... 86 ESPECIFICAES 2 ............................................................................................................. 87 ESPECIFICAO 3 ............................................................................................................... 88 ESPECIFICAO 4 ............................................................................................................... 91

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1 OBJECTO DA EMPREITADA

A empreitada tem como objectivo a realizao dos trabalhos definidos no projecto quanto sua espcie, quantidade e condies tcnicas de execuo. As condies tcnicas de execuo dos trabalhos da empreitada sero as do presente cadernos de encargos.

2 IMPLANTAO, PIQUETAGEM, TRABALHOS PREPARATRIOS E ACESSRIOS

O trabalho de implantao ser efectuado pelo empreiteiro, a partir das cotas e das referncias fornecidas pelo projecto. O empreiteiro efectuar tambm os trabalhos necessrios aos

desenraizamentos e ao arranque das plantas e rvores existentes na rea de implantao da obra. Compete ainda ao empreiteiro a remoo completa, para fora do local da obra, os produtos resultantes dos trabalhos referidos bem como a regularizao final do terreno. O empreiteiro obrigado a realizar sua custa todos os trabalhos que, por natureza ou segundo o uso corrente, devam considerar-se preparatrios ou acessrios dos que constituem o objecto do contrato, designadamente:

a) Montagem, explorao e desmontagem do estaleiro, incluindo as correspondentes instalaes provisrias de gua, esgotos,

electricidade e de telefone e tudo o mais necessrio empreitada; b) A construo de obras de carcter provisrio destinadas a proporcionar o acesso ao estaleiro e aos locais de trabalho, a garantir a segurana das pessoas empregadas na obra e do pblico em geral, e a satisfazer a segurana nas via pblica adjacente obra;

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c) O transporte e remoo, para fora do local da obra, dos produtos de escavao ou resduos de limpeza.

3 ESCAVAES E ATERROS

Os trabalhos de aterro e escavao sero encaminhados por forma a facilitar o escoamento das guas pluviais e das provenientes de infiltraes, sendo os encargos resultantes de conta do empreiteiro. A fim de evitar desastres, os taludes, sempre que necessrio ou aconselhvel, devero ser convenientemente entivados, sendo os encargos resultantes de conta do empreiteiro.

4 TUBAGENS E ACESSRIOS

As condutas sero em ferro fundido e, para trabalhar sobre presso, devem ter os dimetros e as caractersticas indicadas no projecto e sero ensaiadas, depois de assentes, presso de ensaio, com um mnimo de 1,5 vezes a presso de servio, realizando-se os ensaios conforme o preceituado no Regulamento Geral dos Sistemas Pblicos e Prediais de Distribuio de gua e de Drenagem de guas residuais. As tubagens tero de ser de fabrico que tenha merecido aprovao para o uso em causa, com ensaios em laboratrio oficial e homologao superior, excepto se a Cmara Municipal de Lagos entender de outra forma. A tubagem metlica ter os dimetros nominais indicados e a ligao dos diferentes troos ser feita por meio de unies abocardadas ou flangeadas, consoante o caso. As peas de ferro fundido sero do material de melhor qualidade e de segunda fuso, resistente, compacto e homogneo, isento de fendas, bolhas e areias, fcil de trabalhar com instrumentos cortantes e compressivel pancada do martelo.

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De todas as peas especiais cujos tipos no sejam de uso corrente e no tenham sido j aplicadas largamente em obras similares, no Pas, dever o adjudicatrio apresentar desenhos cotados, que mostrem com clareza as dimenses e natureza dos elementos que as constituem. 5 CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS, NATUREZA, QUALIDADE, PROCEDNCIA E DIMENSES

5.1 Introduo

Os materiais e elementos de construo a empregar na obra tero as qualidades, dimenses, formas e demais caractersticas definidas nas peas escritas e desenhadas do projecto e neste Caderno de Encargos. Sempre que o projecto ou este Caderno de Encargos no fixem as caractersticas dos materiais, elementos ou normas de construo, dever o Empreiteiro apresentar a questo ao dono da obra ou Fiscalizao a fim de obter a deciso sobre o assunto. O empreiteiro poder propor a substituio contratual de materiais ou de elementos de construo, desde que, por escrito a fundamente e indique em pormenor as caractersticas a que esses materiais ou elementos iro satisfazer e o aumento ou diminuio de encargos que da substituio possa resultar. Ser da inteira responsabilidade do Empreiteiro a conservao dos materiais e elementos de construo durante o seu armazenamento ou depsito. Os materiais e elementos de construo existentes em armazm ou depsito que se encontrem deteriorados sero rejeitados. Os materiais deteriorveis pela aco dos agentes atmosfricos sero obrigatoriamente depositados em armazm fechado que oferea segurana e proteco contra as intempries e humidade do solo.

5.2 gua

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A gua a utilizar no fabrico de betes e argamassas, bem como a gua a utilizar no humedecimento de betes no deve conter substncias que prejudiquem a sua resistncia ou a sua durabilidade. A gua potvel pode ser utilizada sem reservas no fabrico do beto. A gua no deve conter matrias em suspenso para alm das propores seguintes: 2 gramas / litro para beto simples e armado, e argamassa. 2 gramas / litro para beto simples de fraca resistncia mecnica (macios de fundaes, blocos, etc.) A gua no deve conter sais solveis para alm das propores seguintes: 15 gramas / litro: para beto simples e armado, e argamassa. 30 gramas / litro: para beto simples de fraca resistncia mecnica. Quando necessrio, deve ser verificado se os materiais dissolvidos (cidos, sulfato de magnsio, etc.) no prejudicam a conservao dos betes e das argamassas. A anlise qumica deve ser realizada sempre que existam duvidas de que a gua possa conter matria orgnica. Quando no houver possibilidade prtica de analisar as caractersticas fsicas e qumicas da gua, deve ser realizado um ensaio comparativo de resistncia de duas sries de cubos (aos 3 dias e aos 20 dias). Os recipientes de transporte e de armazenamento de gua devem conservar-se sempre limpos.

5.3 Areia

A areia a utilizar no fabrico de betes e argamassas deve proporcionarlhes as qualidades necessrias resistncia, durabilidade,

impermeabilidade e peso especifico.

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A areia deve ter a necessria resistncia intempries alternativas de secura e humidade, variaes de temperatura, congelao e degelo. A areia deve ser isenta de impurezas superficiais pelculas de argila ou qualquer outro revestimento que a isolem do contacto com a pasta de cimento e com a granulometria adequada a cada uma das suas utilizaes. A existncia de outras substncias na areia no deve ser em quantidade que prejudique a presa, o endurecimento e as qualidades dos betes e argamassas e no deve atacar o ao das armaduras.

GRANULOMETRIA

A granulometria da areia para betes bem como a dos restantes inertes dever ser estabelecida nas condies do art. 17 do R.B.L.H. (Dec. Lei n. 445/89 de 30 de Dezembro). A areia para argamassas deve apresentar uma granulometria o mais continua possvel e situada entre as dimenses das malhas dos peneiros n.s 100 e 4 da srie ASTM (0,149 mm e 4,76 mm). A areia para betes deve ter uma granulometria tal que o seu mdulo de finura no varie mais que 0,20 em relao ao mdulo de finura previsto na composio do beto aprovado previamente pela Fiscalizao. Quando se verificar uma alterao superior no limite referido o empreiteiro obriga-se a reajustar a curva granulomtrica dos inertes estudado curva de referncia, mas de forma a que pelo menos 90 % passe na peneira n. 4 desta srie. Por outro lado, a percentagem de partculas compreendidas entre as peneiras n.s 100 e 50 (0,297 mm) no deve ultrapassar o valor de 25%. Quando se desejar fabricar argamassas com caractersticas de impermeabilidade, a areia no dever ter mais que 10 % dos seus elementos a ficarem retidos na peneira n. 30 (0,59 mm) da srie ASTM.

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ENSAIOS OBRIGATRIOS

Determinao de elementos inferiores a 75u distribudos e livres percentagem admissvel: 5.0 %. Determinao de impurezas orgnicas o resultado do ensaio no deve dar uma cor mais escura do que uma soluo padro de soda custica, lcool e cido titnico, quando agitada com soluto a 3% de soda custica. Determinao da granulometria, com a srie de peneiros da srie A.S.T.M. o mdulo de finura no deve variar mais de +/- 0.20 em torno do valor mdio, desde que se mantenha a origem da areia. Determinao da humidade, com o mtodo de secagem por aquecimento ou com o mtodo de determinao do peso especifico do inerte hmido. Determinao do peso especifico e da baridade. Determinao das partculas susceptiveis de se reduzirem a p durante a amassadura percentagem admissvel < 5.00 %. Outros ensaios devero ser realizados, sempre que as caractersticas de areia no satisfaam as condies acima indicadas, por indicao da Fiscalizao. Os ensaios obrigatrios sero, em regra, realizados por cada lote de 50m 3 recebidos em obra. A frequncia deve ser aumentada se a areia

utilizada pelo Empreiteiro no oferecer garantias quanto s sua qualidades.

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ARMAZENAMENTO

A areia deve ser armazenada em locais que evitem a sua mistura com outros materiais, de preferncia em silos. As areias provenientes de origem diferentes ou de granulometria distintas devem ter locais de armazenamento convenientemente separados. Antes da sua utilizao, as areias devem permanecer nos locais de armazenamento, pelo menos, durante 24 horas, de modo a uniformizar a sua humidade antes de entrar na betoneira.

LAVAGEM

A lavagem de areia poder ser determinada pela Fiscalizao quer em funo dos resultados dos ensaios obrigatrios que devido

determinao da quantidade total de elementos finos tolerveis no beto ou nas argamassas.

PASSAGEM POR CIRANDA

A passagem por ciranda ou peneiros pode ser determinada pela Fiscalizao sempre que a areia contenha partculas de carvo, de madeira ou seus resduos ( coque, cinzas, etc.), existam grupos de argila em percentagem superior a 1.0 % ou outras impurezas. Esta operao deve ser realizada com areia seca.

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5.4 Britas para enrocamento

As britas a empregar como camada contnua de drenagem e suporte de massames sero de calcrio rijo e compacto e devero ser sempre lavadas por processos eficientes de modo a ficarem isentas de poeiras, substncias argilosas, terrosas ou outras prejudiciais ao seu eficiente comportamento. As britas no devero conter mais do que 15 % em peso de elementos achatados ou alongados, isto , de elementos cuja maior dimenso exceda duas vezes a menor. As britas sero seleccionadas de forma a que os seus dimetros mdios estejam compreendidos entre 3 a 15 cm, sendo depositadas num silo, bem identificado, com a sua identificao e indicao das dimenses caractersticas bem aparentes e por forma a no se misturarem com substncias prejudiciais ou outros inertes.

5.5 Britas para beto

A brita a utilizar no fabrico de betes deve proporcionar-lhes as quantidades necessrias resistncia, durabilidade, impermeabilidade e peso especifico. A brita deve ser proveniente de calcrios rijos e compactos que tenham a necessria resistncia intempries alternativas de secura e humidade, variao de temperatura, congelao e degelo. A brita deve ser isenta de impurezas superficiais pelculas de argila ou qualquer outro revestimento que a isolem do contacto com a pasta de cimento.

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A existncia de outras substncias na brita no devem ser em quantidades que prejudiquem a presa, o endurecimento e as qualidades dos betes e no deve atacar o ao das armaduras.

GRANULOMETRIA

A granulometria das britas deve ser estabelecida de modo a conferir ao beto as propriedades que a sua utilizao impe, nomeadamente doseando os inertes finos e os inertes grossos de forma a obter uma maior compacidade. O estudo da granulometria de finura de Abrams de cada tipo de brita no poder variar mais do que 0,20 em relao ao mdulo de finura da composio do beto aprovada pela Fiscalizao. Quando esta variao for superior ao limite indicado, o empreiteiro obriga-se a reajustar a curva granulomtrica dos inertes curva de referncia. As britas no devero conter mais de 10 % em peso de elementos achatados ou alongados com planos de clivagem acentuados, e cuja maior dimenso exceda duas vezes a menor.

ENASIOS OBRIGATRIOS

Determinao de elementos inferiores a 75u distribudos e livres percentagem admissvel: < 1.0 %. Determinao de impurezas orgnicas o resultado do ensaio no deve dar uma cor mais escura do que uma soluo padro de soda custica,

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lcool e cido titnico, quando agitada com soluto a 3% de soda custica. Determinao da granulometria, com a srie de peneiros da srie A.S.T.M. o mdulo de finura no deve variar mais de +/- 0.20 em torno do valor mdio, desde que se mantenha a origem da brita. Determinao das partculas susceptveis de se reduzirem a p durante a amassadura percentagem admissvel < 5 %. Partculas achatadas: relao espessura/ largura < 0.5 Partculas alongadas: relao comprimento / largura < 1.5 Determinao da humidade, com o mtodo de secagem por aquecimento ou com o mtodo de determinao do peso especifico do inerte hmido.. Outros ensaios devero ser realizados, sempre que as caractersticas de brita no satisfaam as condies acima indicadas. Os ensaios obrigatrios sero, em regra, realizados por cada lote de 100m 3 recebidos em obra. A frequncia deve ser aumentada se a brita

utilizada pelo Empreiteiro no oferecer garantias quanto s sua qualidades.

RESISTENCIA MECNICA

A brita deve possuir a resistncia mecnica suficiente para garantir as tenses indicados para os betes.

ARMAZENAMENTO

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A brita deve ser armazenada em locais que evitem a sua mistura com outros materiais e, de preferncia, em silos com materiais de dimenso uniforme, obedecendo sempre a no art. 20 do R.B.L.H. o estipulado. Deve haver particular cuidado em evitar que a quantidade de brita armazenada nos sucessivos silos se possa reduzir de forma a que a altura do seu depsito no d garantias de evitar a recolha das camadas mais profundas, que naturalmente apresentaro uma percentagem elevada de lamas e p de pedra. Assim, devem os silos para armazenamento assentarem sobre um enrocamento que garanta a eficiente drenagem e afastamento das guas das chuvas e molhagem das britas, descidas por gravidade. Antes da sua utilizao, a brita deve permanecer nos locais de armazenamento, pelo menos durante 24 horas de modo a uniformizar a sua humidade antes de entrar na betoneira.

MXIMA DIMENSO DA BRITA D

A mxima dimenso da brita D em elementos de beto armado deve obedecer condio seguinte: D < 1.2 R em que R o raio de elemento mais armado da estrutura quoeficiente entre a rea de superfcie a betonar e o permetro da linha que limita essa rea. Em elementos de beto simples, a mxima dimenso da brita no deve ultrapassar 8 cm.

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Hidrulica UrbanaLAVAGEM

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A lavagem da brita pode ser determinada pela Fiscalizao que em funo dos relutados dos ensaios obrigatrios, quer devido

determinao da quantidade total de elementos finos tolerveis no beto. As britas lavadas s podero ser utilizadas vinte e quatro horas aps a lavagem. A operao de lavagem ser sempre realizada em local afastado do silo respectivo. A passagem por crivos poder ser determinada pela Fiscalizao sempre que a brita contenha grumos de argilas ou outras impurezas em percentagem superior a 0.25 %.5.6 Cimento

O cimento a utilizar no fabrico de beto e argamassa ser do tipo Portland Normal e deve garantir a sua resistncia e a sua durabilidade. O cimento deve satisfazer ao caderno de Encargos para o Fornecimento e Recepo do Cimento Portland Normal (Dec.- Lei n. 40870, Dirio do Governo, I Srie, n. 254).

FORNECIMENTO EM SACOS

Se o cimento for fornecido em sacos devem ser observadas as condies: Os sacos devem conter as inscries: denominao do produto, peso lquido do cimento em cada saco; provenincia; nome do fabricante e, caso necessrio, do fornecedor:

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S pode ser utilizado o cimento contido na embalagem original de fbrica. Se esta se encontrar deteriorada a sua utilizao fica subordinada autorizao escrita da fiscalizao. O armazenamento deve ser realizado em armazns destinados exclusivamente a cimento, cobertos, ventilados, secos e sobre um estrado de madeira. Devem ser deixados espaos livres de, pelo menos, 75 cm entre os sacos e as paredes do armazm e entre cada quatro pilhas de sacos. Cada lote de 10 ton. Ou correspondente a cada carga de camio deve ser identificado, num boletim de recepo, com o registo das informaes acima indicadas, da data de entrada na obra e do nmero do camio de transporte. Este boletim deve ser afixado no respectivo local de armazenamento. No permitido o armazenamento do cimento ao ar livre mesmo coberto por lonas.

FORNECIMENTO A GRANEL

Se o cimento for fornecido a granel devem ser observadas as condies seguintes: Antes da descarga, o Empreiteiro deve proceder ao registo num boletim de recepo, das informaes: denominao do produto; peso lquido; provenincia; nome do fabricante; nmero do camio de transporte; data de entrada na obra; os silos de armazenamento devem ser perfeitamente impermeveis aco das intempries.

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ENSAIOS OBRIGATRIOS

Os ensaios e a sua frequncia devem ser previstos no Dec. Lei n. 40780. Se o cimento for proveniente de fabricantes diferentes devem ser analisadas as composies dos betes e argamassas para o cimento de cada fabricante. Sempre que se levantem suspeitas de que o cimento tenha estado sujeito aco das chuvas ou da humidade, o lote respectivo s pode ser aplicado depois de comprovado, por ensaio, o seu bom estado de conservao.

UTILIZAO DO CIMENTO

O cimento deve ser utilizado pela ordem cronolgica da sua entrada na obra. Processo de execuo O beto deve ser executado por processos mecnicos, ou manuais consoante o Empreiteiro o desejar, desde que a dosagem dos diferentes materiais seja rigorosamente controlada. Durante a colocao em obra, todo o volume betonado, dever ser sujeito a um tratamento por vibrao mecnica. O tempo do trabalho das betoneiras, em cada amassadura dever, em principio ser superior ao triplo do necessrio para que a mistura feia a seco aparea de aspecto uniforme.

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Os materiais inertes, pelo menos no caso do beto B20 sero doseados em peso impondo-se para o cimento o doseamento em peso qualquer que seja a classe de beto. A consistncia da massa deve ser quanto possvel de terra hmida e a quantidade de gua necessria ser determinada por ensaios de modo que se consiga uma trabalhabilidade com a resistncia desejada e com os processos de aperto adaptados para o beto. A quantidade de gua deve ser frequentemente corrigido de acordo com as variaes de hmidade dos inertes.

5.7 Ao para beto armado

Os vares de ao a utilizar nas estruturas de beto armado, devero satisfazer as caractersticas fixadas para armaduras no Regulamento de Estruturas de Beto Armado e Pr Esforado ( R.E.B.AP.) e nos respectivos documentos de homologao, bem como nas NP-105, NP175 e NP-332. Todos os vares de ao devero ser isentos de zincagem, tinta, alcatro, argila, leo, gordura ou ferrugem solta. Quando tal no se verificar as armaduras devero ser passadas energicamente escova metlica. Cada tipo seleccionado de vares, ser depositado num lote distinto em local defendido da aco de agente exteriores perfeitamente identificado e por forma bem visvel, quanto s suas caractersticas mecnicas e dimetro nominal. Em todas as zonas de estrutura em que a densidade das armaduras seja elevada, ser necessrio aplicar beto com britas de dimenses mximas inferiores s dos betes normais e de maior trabalhabilidade pelo que se dever efectuar um estudo especial, quer quanto granulometria dos inertes, quer quanto s dosagens de cimento, gua e relao / cimento.

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Na execuo das armaduras dever-se- respeitar o especificado no R.E.B.A.P. acerca de comprimento de amarrao, ganchos, dobras recobrimentos, etc.

5.8 Aditivos para argamassas e betes

Os aditivos que haja necessidade de utilizar devem, em regra geral, ter a sua utilizao sancionada pela experincia e deve ser conhecida a sua eficincia e inocuidade. Os aditivos devero ser previamente submetidos aprovao da Fiscalizao, para o que o Empreiteiro dever fornecer todas as indicaes e esclarecimentos necessrios sobre as caractersticas e modos de aplicao dos produtos propostos, sempre que possvel acompanhados de resultados de ensaios comprovativos das

caractersticas referidas, realizados por laboratrios de reconhecida competncia.

5.9 Pedra para tout venant

A brita dever ser constituda por fragmentos rijos de arestas vivas, isenta de argilas, matrias orgnicas ou quaisquer outras substncias nocivas. As pedras no devero apresentar forma lamelar, nem indcios de alterao ou degradao pela aco dos agentes atmosfricos.

5.9 Betonagem

A betonagem dever obedecer s normas estabelecidos no Regulamento de Estruturas de Beto Armado e Pr Esforado. O transporte de beto para as diferentes partes da obra dever ser feito por processos que no

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facilitem a segregao dos inertes e a colocao em obra, ser feita por vibraes massa, at que a gua de amassadura reflua superfcie. A vibrao ser de maneira homognea, de modo a que o beto fique, ele prprio, homogneo. As caractersticas dos vrios vibradores a utilizar sero previamente submetidas fiscalizao. O beto ser empregado logo aps o seu fabrico, apenas com as demoras inerentes explorao normal das instalaes. No se tolerar que o perodo entre a fabricao do beto e o fim da sua vibrao exceda uma hora no Vero e duas no Inverno, podendo estas tolerncias serem diminudas quando as circunstncias o aconselharem.

JUNTAS DE BETONAGEM

Se durante uma interrupo de betonagem conduzir a uma junta mal orientada, o beto ser demolido na extenso necessria por forma a conseguir-se uma nova superfcie convenientemente orientada. As juntas de betonagem devem ser localizadas tanto quanto possvel nas seces menos esforadas das peas e ter orientao sensivelmente perpendicular direco das tenses principais de compresso. Assim que se recomear a betonagem, e se o beto anterior tiver comeado a fazer presa, as superfcies das juntas devero ser convenientemente tratadas e limpas por forma a no haver inertes com possibilidades de se destacar. A superfcie assim tratada dever ser molhada a fim de que o beto seja convenientemente humidificado no devendo dar-se incio betonagem enquanto a superfcie se encontre a escorrer ou haja poas de gua. As juntas de betonagem s sero realizadas nas partes que a fiscalizao autorizar.

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ENSAIOS DE CONTROLE

Durante a betonagem sero executados ensaios de controle das caractersticas mecnicas dos betes. Cada ensaio de controle ser levado a efeito sobre o mnimo de trs cubos por cada elemento da obra betonado de uma s vez. Para tal o Empreiteiro dever ter um laboratrio em obra para ensaio dos provetes. No caso de betonagem contnua ter um laboratrio em obra para ensaio dos provetes. No caso de betonagem contnua devero retirar-se cubos ara ensaio de controle pelo menos trs vezes por semana. Sempre que forem fabricados cubos, por cada srie de trs, ou duas no mximo, ser preenchido pela Fiscalizao um Verbete de Ensaios do qual o empreiteiro vir a receber o duplicado. Conjuntamente com esse verbete e nele baseado receber o Empreiteiro uma guia onde ser fixada a data de ensaio e da qual dever fazer acompanhar os respectivos cubos ao laboratrio nela indicado. Dever para o efeito , tomar ainda as precaues necessrias por forma a que no seja alterada a data prevista para o ensaio. O custo dos ensaios e todas as despesas inerentes esto includas nos preos contratuais de betes, pelo que se consideram de responsabilidade do Empreiteiro, bem como a eventual demolio e reconstruo.

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ADITIVOS

Os aditivos que haja necessidade de utilizar devem, em geral, ter a sua utilizao sancionada pela experincia e deve ser conhecida a sua eficincia e inocuidade. Os aditivos devero ser previamente submetidos aprovao da Fiscalizao, para o que o Empreiteiro dever fornecer todas as indicaes e esclarecimentos necessrios sobre as caractersticas e modos de aplicao dos produtos propostos, sempre que possvel acompanhados de resultados de ensaios comprovativos das

caractersticas referidas, realizados por laboratrios de reconhecida competncia. Os aditivos para a impermeabilizao podem ser em p ou lquidos. Os primeiros so adicionados ao cimento e os segundos gua, devendo ser bem misturados. Os aditivos para aumentar a trabalhabilidade do beto no devem aumentar a quantidade total de ar das amassaduras para alm de 1%. Os aditivos plastificantes de argamassas devem ter apenas aco fsica, devendo ser quimicamente neutros. Os aditivos retardadores de presa devem ser experimentados em obra, afim de ser determinado o seu efeito. Os aditivos da acelerao de presa devem ser lquidos e, por isso, devem ser misturados com gua. Os aditivos para colorao de betes e argamassas devem ser compostos por pigmentos que satisfaam s condies de BS 1014 : 1964 e por produtos destinados a aumentar a resistncia e a trabalhabilidade das amassaduras, de modo a proporcionar maior dureza das superfcies de acabamento.

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5.11 Cofragens para betes

a) As cofragens devero ser executadas em madeira de pinho de 2 categoria, e ter a forma e dimenses das peas de beto de acordo com o projecto de Estabilidade; b) As cofragens devero apresentar uma estanquidade suficiente para evitar a perda de leitaDa e cimento, nomeadamente pelo facto de a compactao de beto ser realizada por meio de vibraes; c) As cofragens devem ser muito bem limpas de todas as substncias estranhas e molhadas antes da betonagem de forma a manterem-se saturadas de gua. Note-se que, contudo, no poder na altura da betonagem existir gua livre nas peas de cofragem; d) As cofragens devero resistir sem assentamento ou deformaes prejudiciais, s cargas, impulsos e vibraes a que se encontram submetidas durante a cofragem e incio da presa do beto; e) Toda a estrutura da cofragem dever ser contraventada nos sentidos longitudinal e transversal de forma a que os impulsos sejam transmitidos de maneira segura a terreno rgido ou pontos fixos da obra.

5.12 Desmoldagem e descimbramento

a) A desmoldagem s dever ser feita depois do beto ter adquirido a resistncia suficiente para que as peas descofradas apresentem segurana quer relativamente rotura , quer s excessivas e fissurao quer a curto quer a longo prazo; b) Nos casos correntes a Desmoldagem e descimbramento dever deformaes

respeitar os prazos estabelecidos no art. 153 do R. E. B.A.P.; c) O empreiteiro poder propor a alterao destes prazos (artigo 153 do R.E.B.A.P.) com fundamento em ensaios, aprovados pela

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fiscalizao, que determinem a evoluo das propriedades mecnicas do beto; d) Os processos de descofragem devero ser tais que evitem choques, riscos ou esmagamento ou quaisquer outros acidentes que possam danificar o beto (em particular as arestas) ou prejudicar o seu aspecto; e) S poder ser utilizado algum produto que possibilite a descofragem, aps prvia aprovao pela fiscalizao, e os referidos produtos s podero ser aplicados antes da colocao das armaduras. Aps a descofragem, haver que tratar e eliminar todos os defeitos que o beto desmoldado possa apresentar, desde que as deficincias encontradas e os processos a seguir para a sua emenda no comprometam o bom funcionamento das estruturas. Sempre que no haja garantias de se verificar o atrs referido, podero as peas em causa ser reprovadas pela fiscalizao e demolidas e reconstrudas por conta do Empreiteiro. Nas reparaes das superfcies de beto dever-se-o eliminar as seguintes incorreces: Restos de madeira (lascas e aparas) que tenham ficado agarradas s superfcies do beto; Rebarbas de massa resultantes da existncia de juntas de cofragem.

6 CONDIES TCNICAS DE EXECUO DE BETES E ARGAMASSAS

6.1 Mtodo de trabalho, apetrechamento e equipamento

Todos os mtodos de trabalho, bem assim como o equipamento utilizado nos trabalhos carecem de prvia aprovao da Fiscalizao.

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Sempre que se revelem insatisfatrios, a sua modificao poder ser proposta quer pela Fiscalizao quer pelo Empreiteiro sem que tal implique alterao de preos.

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6.2 Implantao da obra

a) Todas as cotas altimtricas para implantao da obra sero referidas mesma cota altimtrica base indicada nos desenhos do projecto. b) de toda a responsabilidade do empreiteiro a demarcao e implantao correcta de todos os trabalhos a executar. c) Na escolha dos pontos principais dever-se- ter em ateno o desenvolvimento da obra e os movimentos de terras necessrias de forma a que as implantaes a executar em obra se possam sempre relacionar aos pontos principais inicialmente tomados. d) A tolerncia nas implantaes de 5 mm. e) A Fiscalizao poder em qualquer ocasio proceder verificao de demarcaes e implantaes efectuadas, sem que, todavia, da resulte quebra das obrigaes e responsabilidades do empreiteiro.

6.3 BETO

6.3.1 - Classes de beto

As peas desenhadas do Projecto de Execuo definem para cada elemento estrutural a classe de beto a empregar.

6.3.2 - Composio

a) A elaborao dos estudos da composio do beto encargo do empreiteiro. b) A composio do beto ser estabelecida de modo a obter um beto tipo B, classe 20.

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c) No estudo da composio do beto devem respeitar-se os artigos 14 q 18 do R.B.L.H. tendo ainda em ateno o seu artigo 13 e o estipulado no R.E.B.A.P. d) A Fiscalizao poder corrigir ou alterar a especificao de um beto ou impor a utilizao de composies granulomtricas estudadas se tal for necessrio obteno de betes com as qualidades requeridas.

6.3.3 - Fabrico de beto

a) De acordo com o art. 19 do R.B.L.H., o fabrico deve ser feito respeitando a composio estabelecida e que constar de boletim de fabrico. b) Alm disso devem utilizar-se as tcnicas e os equipamentos adequados obteno do beto pretendido, respeitando as disposies dos artigos 20 a 24 do R.B.L.H. c) O empreiteiro indicar fiscalizao os valores do coeficiente de variao ou desvio padro que pretende respeitar tendo em ateno o art. 4 do R.B.L.H. d) Ser a partir daqueles valores que a tenso mdia de rotura ser definida em Laboratrio e a Fiscalizao verificar aps cada 20 ensaios realizados se a resistncia caracterstica do beto est a ser respeitada.

6.3.4 - Beto pronto

a) Mediante prvia autorizao da Fiscalizao, o empreiteiro poder utilizar beto pronto. b) Os boletins de encomenda elaborados, nos termos do art. 36 do R.B.L.H., sero sempre submetidos aprovao da Fiscalizao.

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c) As entregas de beto na obra devero ser acompanhadas de uma guia de remessa por cada veculo. d) A recepo do beto s poder realizar-se aps a Fiscalizao ter aprovado a guia de remessa respectiva. e) A guia de remessa ter de conter os elementos constantes do art. 36 do R.B.L.H. f) No livro de obra sero registadas as guias de remessa com indicao do local da obra em que foi aplicado o beto correspondente.

6.3.5 - Betonagem

a) O transporte, depsito, colocao e compactao do beto fresco devero ser feitos de modo a cumprir os artigos 25, 26 27 e 29 do R.B.L.H. e a obedecer s normas estabelecidas no R.E.B.A.P. b) O depsito do beto fresco antes de ser colocado em obra ter de obter a prvia autorizao da Fiscalizao. c) 6.3.6 - Cura do Beto

a) Os meios e processos a utilizar na proteco do beto durante a cura devero ser submetidos aprovao da Fiscalizao antes da aplicao. b) Devem ser tomadas as medidas indicadas no art. 30 do R.B.L.H., alm de outras que vierem a ser determinadas pela Fiscalizao em consequncia das condies locais.

6.3.7 Desmoldagem e descimbramento

a) A Desmoldagem s poder ser feita depois do beto ter adquirido a resistncia suficiente para que as peas descofradas apresentem

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Hidrulica Urbanasegurana que relativamente rotura quer s

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deformaes

excessivas e fisgaro, quer a curto quer a longo prazo. b) Nos casos correntes a Desmoldagem e descimbramento dever respeitar os prazos estabelecidos no art. 153 do R.E.B.A.P. c) O empreiteiro poder propor a alterao destes prazos (art. 153 do R.E.B.A.P.) Fiscalizao, com que fundamento determinem em a ensaios, evoluo aprovados das pela

propriedades

mecnicas do beto d) Os processos de descofragem, nomeadamente no caso de

superfcies de beto vista, devero ser tais que evitem choques, riscos, esmagamento ou quaisquer outros acidentes que possam danificar o beto ( em particular as arestas) ou prejudicar o seu aspecto.6.4 - Argamassas

a) As argamassas a aplicar sero fabricadas com gua, areia siliciosa e cimento Portland Normal que devero obedecer condies referidas no item 1 destas condies Tcnicas Especiais, salvo indicao em contrrio da Fiscalizao. b) A sua amassadura ser mecnica e executada junto das instalaes de fabrico do beto. c) A granulometria da areia e a quantidade de gua utilizada sero submetidas aprovao da Fiscalizao. d) As dosagens de cimento a utilizar no fabrico das argamassas sero funo das caractersticas e condies de utilizao.

6.5 - Implantao, Piquetagem e Execuo

6.5.1 - Implantao, piquetagem e execuo de Obras:

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6.5.1.1 - Antes do incio dos trabalhos o empreiteiro dever proceder sua custa, a implantao e piquetagem do respectivo traado que ser depois controlado pela Direco Tcnica da Obra.

6.5.1.1.1 - Sempre que a Fiscalizao lho exigir, e nos pontos por ela indicados, dever o empreiteiro cravar estacas mestras de beto armado com a seco de 0,10 m 0,10 m e o comprimento a 0,80 m, que se destinam a servir de referncia.

6.5.1.1.2 - O empreiteiro dever respeitar os declives e cotas indicadas no projecto, devendo de antemo assegurar-se por nivelamento da sua exequibilidade.

6.5.1.2 - O adjudicatrio dever tomar todas as disposies necessrias para garantir a segurana do pessoal e cumprir, risca as instrues que pela Fiscalizao lhe forem dadas neste sentido, sem que por tal motivo fique diminuda, de qualquer modo, a responsabilidade que lhe cabe em caso de acidente.

6.5.1.3 - O Empreiteiro obriga-se a empregar sem encargos para a entidade adjudicante a sinalizao indispensvel para a mais completa segurana de veculos e pees na zona abrangida pela empreitada, utilizando materiais e processos de iluminao perfeitamente visveis em boas condies de funcionamento e de acordo com as disposies legais em vigor que forem aplicveis. Tambm durante a execuo dos trabalhos o adjudicatrio obriga-se a tomar as disposies necessrias para manter em boas condies o acesso propriedades.

6.5.2 - Execuo da obra:

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Hidrulica Urbana6.5.2.1 - Emprego de explosivos:

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6.5.2.1.1 - O emprego de explosivos dever obedecer ao prescrito nos seguintes Documentos: Fiscalizao, Comrcio e Emprego de Explosivos e Armamento D. L. n. 36085. Regulamento sobre Substncias Explosivas D.L. n. 37925.

6.5.2.1.2 - O empreiteiro s dever empregar explosivos mediante autorizao do dono da obra, de conformidade com as indicaes da Fiscalizao quanto a limitaes no emprego desse explosivo, quer no que respeita a horrios quer a partes da obra, quer ainda potncia das cargas.

6.5.2.2 - Interseco de canalizaes e de obras de qualquer natureza:

6.5.2.2.1 - Se durante a execuo das escavaes, for necessrio interceptar sistemas de drenagem superficiais ou subterrneos, sistemas de esgotos ou canalizaes enterradas (electricidade) macios de fundao ou obras de qualquer natureza, competir ao empreiteiro a adopo de todas as disposies necessrias para manter em funcionamento e proteger os referidos sistemas de obras, ou ainda remov-los, restabelecendo ou no o seu traado, conforme o disposto no caderno de encargos ou no projecto ou decidido pelo dono da obra. 6.5.2.2.2 - Ser indicada no projecto no s a localizao dos sistemas e obras concludas mas ainda quais os que devero ser mantidos em funcionamento e quais os que devero ser removidos provisria ou definitivamente das suas posies iniciais. 6.5.2.2.3 - Sempre que se encontrem obstculos no previstos no projecto nem previsveis antes do incio dos trabalhos, o empreiteiro

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Hidrulica Urbanaavisar o dono da obra deciso daquele.

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e interromper os trabalhos afectados at

6.6 - Movimento De Terras E Aterros

6.6.1 - Descrio

O trabalho de movimento de terras, compreende a execuo das escavaes e aterros, de compactao, regularizao e acabamento conforme as dimenses, seces transversais tipo, inclinaes e cotas indicadas nos desenhos e especificao do presente Caderno de Encargos. Todo o material escavado ser utilizado na construo de aterros ou fundaes das soleiras conforme as indicaes da Fiscalizao. Se as terras escavadas excederem o volume necessrio para a construo dos aterros, o excesso ser conduzido a depsito e regularizado como for indicado pela Fiscalizao. Se as terras escavadas forem insuficientes para execuo dos aterros previstos, ir-se-o buscar as terras necessrias a locais de emprstimo, na zona dos trabalhos, conforme dor indicado pela Fiscalizao. A Fiscalizao reserva-se o direito de alterar rasantes e cotas do projecto dos arruamentos, se da resultar maior economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a sua eficincia, sem que tal acarrete

alterao para o preo unitrio a pagar ao empreiteiro, estabelecido na sua proposta.

6.6.2 - Mtodos De Construo

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As escavaes sero executadas a profundidades tais que o terreno fique a cotas superiores definitivas de forma que, a compactao, se obtenham as cotas do projecto. Igualmente na construo dos aterros, ser colocado acimadas cotas finais o volume de terras necessrio para compensar os assentamentos verificados pelas compactaes. Se o Empreiteiro por negligncia ou por outro motivo, escavar o terreno abaixo das cotas indicadas no presente C.E., dever aterrar as zonas escavadas em excesso, com materiais e processos aprovados pela Fiscalizao sem direito a qualquer indemnizao. A Fiscalizao exercer um controlo completo sob a forma como so conduzidas as escavaes, transportes e colocao das terras. A Fiscalizao fixar ainda a forma como os materiais escavados devero ser colocados, segundo as suas caractersticas nas vrias zonas de aterro. Todas as terras consideradas imprprias para a execuo de aterro ou de zonas definidas dos aterros, devero ser empregues de acordo coma as indicaes da Fiscalizao. Em geral, a camada de terreno vegetal no ser empregada nos aterros, devendo ser transportada e colocada de acordo com as indicaes da Fiscalizao. No ser paga nenhuma escavao cujas terras sejam utilizadas para fins diferentes dos designados no presente C.E.. Todas as zonas de emprstimo devero ser convenientemente niveladas antes da recepo dos trabalhos pela Fiscalizao, por forma a apresentarem um acabamento aceitvel.

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Hidrulica Urbana6.6.3 - Desmatao

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Toda a vegetao constituda por ervas, arbustos, folhas ou matria morta, entulhos ou outras substncias imprprias dever ser removida, no sendo permitido, em caso algum, a colocao destes materiais sob ou no interior dos aterros. Aterra vegetal e a vegetao removida pelas operaes de desmatao, dever ser colocada em lugares designados pela Fiscalizao.

6.6.4 - Escarificao Da Fundao Dos Aterros

As reas destinadas construo de aterros devero ser escarificadas imediatamente antes da colocao dos materiais escavados, por meio de grandes discos ou charruas, at profundidade de 10 cm a escarificao dever ser executada segundo a direco em que forem construdos os aterros. Devero ser removidas todas as razes detritos, pedras de grandes dimenses ou outros materiais que possam prejudicar as compactaes da fundao ou aterro. Sobre a fundao escarificada dever espalhar-se uma camada de pequena espessura (aproximadamente 10m) do material de aterro, que ser compactado de acordo com as especificaes.

6.6.5 - Escavaes

As escavaes sero efectuadas nos locais definidos pelos desenhos at se obterem as inclinaes, declives e cotas neles indicadas, ou estabelecidas por determinao da Fiscalizao. As escavaes devero ser realizadas de maneira que possam cumprir as especificaes relativas construo de aterros.

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No ser autorizado o incio de qualquer escavao desde que no tenha sido feito o levantamento do terreno e fixadas as respectivas cotas finais. Todo o material encontrado dentro dos limites da escavao dever ser removido de acordo com as indicaes do presente C.E. ou da Fiscalizao, quaisquer que sejam as suas caractersticas. Durante as escavaes dever manter-se a superfcie do terreno com inclinaes que garantam permanentemente a sua drenagem. Sempre que for determinado pela Fiscalizao devero ser construdos, provisoriamente, drenos e valas de drenagem para interceptarem ou desviarem as guas pluviais que possam prejudicar a segurana ou sequncia do trabalho. Os materiais escavados devero ser manuseados de maneira a permitir a colocao de materiais seleccionados:

a) Como sub bases dos pavimentos e das bermas estabilizadas; b) Nas camadas superiores dos aterros, nas zonas que no se destinam a ser pavimentadas.

A classificao destes materiais ser feita pela Fiscalizao, a partir do estudo do perfil do terreno e das caractersticas do solo. O material seleccionado dever ser transportado directamente, sempre que for praticvel, do local da escavao para a sua posio final na sub base dos pavimentos. No ser permitida a formao de montes do material seleccionado, destinado a ulterior aplicao em sub bases de pavimentos, excepto se tal for ordenado pela Fiscalizao. Quando se encontrarem afloramentos de argila ou de outros materiais imprprios para sub base, devero ser removidos, pelo menos at uma profundidade de 30 cm abaixo da respectiva superfcie. Todos os

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materiais escavados nestas condies, sero pagos pelo preo unitrio do movimento de terras. As escavaes assim obtidas devero ser enterradas com material apropriado, obtido nas zonas de escavao ou de locais de emprstimo e compactadas nas condies do presente C.E.. O enchimento destas zonas dever ser executado de acordo com as especificaes relativas construo de aterros. Nos locais onde forem executadas escavaes de rocha e os respectivos aterros, ou onde se efectuarem desmontes para extraco de pedra para os pavimentos, devero abri-se valas pouco espaadas destinadas a garantir a drenagem das terras. Durante a execuo do trabalho podero efectuar-se, se tal for julgado necessrio, pequenos ajustamentos nas cotas e inclinaes do projecto. Quaisquer assentamentos ou desmoronamentos verificados aps o acabamento do trabalho e se constate que poderia ser evitados mediante mtodos apropriados de escavao, devero ser reparados pelo Empreiteiro sua custa. No caso de se considerarem inevitveis, devero ser considerados os respectivos trabalhos de consolidao e pagos pelo preo unitrio do movimento de terras). Nas zonas de escavao dever ser escarificada e compactada a camada superficial do terreno numa profundidade mnima de 15 cm. Todas as rochas soltas ou afloramentos de rocha, salientes dos taludes de escavao, devero ser removidos at s cotas e inclinaes de superfcie das taludas. Todos os taludes de aterro e escavaes devero ser uniformemente regularizados.

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6.6.6 - Aterros

As reas sob as quais se tenham de construir aterros, sero desmatadas, escarificadas e compactadas de acordo com as

especificaes do presente C.E.. Os aterros devero ser construdos por materiais de caractersticas satisfatrias, colocadas em camadas horizontais sucessivas, de altura no superior a 20 cm e a toda a largura da seco transversal.

6.7 - Abertura e Enchimento De Valas

6.7.1 - Abertura de valas

6.7.1.1 - A abertura de valas dever ser executada da seguinte forma:

a) Para profundidades at 3 m, a largura das valas para assentamento das tubagens deve ter, em regra, a dimenso mnima definida pelas seguintes frmulas: L = De + 0,50 para condutas de dimetro at 0,50 m; L = De + 0,70 para condutas de dimetro superior a 0,50 m. onde L a largura da vala (m) e De o dimetro exterior da conduta (m).

b) Para profundidades superiores a 3 m. a largura mnima das valas pode ter de ser aumentada em funo do tipo de terreno, processo de escavao e nvel fretico.

6.7.1.2 - Sempre que os trabalhos no possam ser conduzidos por forma a assegurar o livre escoamento, das guas que porventura existam, ter

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de proceder-se ao esgoto por bombagem, devendo o Empreiteiro dispor do equipamento necessrio.

6.7.1.3 - O fundo ser regularizado cuidadosamente ficando sem ressaltos nem covas, de modo a dar apoio perfeito e contnuo condutas. Quando o fundo de uma vala encontrar alvenaria ou rocha, aprofundarse- - a vala de 0,20 m, altura essa que ser preenchida com areia ou saibro bem apiloado com mao de peso no inferior a 20 Kg.

6.7.1.4 - Aps perfeita regularizao do fundo da vala de acordo com a clusula anterior, espalhar-se- uma camada de areia ou saibro convenientemente desterroado com a espessura uniforme de 0,15 m, que constituir uma almofada na qual assentaro as tubagens.Se se verificar que o terreno no fundo da vala no tem firmeza suficiente para assentamento dos tubos, a vala ser aprofundada at se encontrar terreno firme, preenchendo-se se este aprofundamento com areia ou saibro sem compactado. 6.7.1.5 - Antes do preenchimento do fundo das valas com areia ou saibro, estas devem ser aprovadas pela Fiscalizao.

6.7.1.6 - O empreiteiro executar, por sua conta, todos os trabalhos de entivao das paredes das valas que tiver de abrir, sempre que se manifestem necessrios, sendo o nico responsvel pelas ocorrncias que resultem da falta ou deficincia na execuo destes trabalhos.

6.7.2 - Assentamento e Construo das Redes

6.7.2.1 O assentamento das condutas no pode ser iniciado antes da vala ser aprovada pela Fiscalizao.

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6.7.2.2 - As condutas devero apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento, o seu encaixe dever fazer-se sem as forar.

6.7.2.3 - No permitido o emprego de calos ou cunhas, ou de qualquer material duro com o fim de facilitar a colocao das condutas de forma a obter um trainel perfeitamente rectilneo.

6.7.3 - Enchimento de Valas

6.7.3.1 O enchimento das valas s ser executado mediante autorizao da Fiscalizao, e aps se terem feito os ensaios por ela considerados necessrios.

6.7.3.2 - A medida que as condutas vo sendo colocadas e aprovadas pela Fiscalizao, ataca-se o espao entre estas e as paredes da vala, com terra limpa, isenta de pedras, que ser regada e comprimida de modo a que no fiquem vazios na camada envolvente da conduta. Este enchimento abranger a parte superior das camadas, de modo a que a espessura da camada acima da geratriz mais elevada seja, pelo menos 0,20 m. 6.7.3.3 - A restante altura de aterro ser feita por camadas de 0,30 m bem apiloadas e regadas, devendo ficar com uma compactao no mnimo idntica das camadas confinantes com a vala aberta. O recalque das terras no dever transmitir canalizaes presses superiores s que elas suportam com segurana. A reposio de pavimentos ao longo das canalizaes deve ser feita o mais breve possvel, aps o aterro das valas.6.8 Caixas

6.8.1 - Tipo

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6.8.1.1 As caixas para as Vlvulas de seccionamento, descargas de fundo, ventosas e ligao de ramais domicilirios sero executadas de acordo com os desenhos de pormenor respectivos.

6.8.2 Soleira

6.8.2.1 A soleira uma laje de beto destinada tambm a servir de fundao das paredes da caixa. A sua espessura, na zona mais profunda das caleiras deve ser superior a 0,10m.

6.8.2.2 A inclinao para o interior das caleiras, das superfcies da soleira deve ser superior ou igual a 20% e as linhas de crista devem ser ligeiramente boleadas.

6.8.2.3 A inclinao das caleiras deve satisfazer s mesmas condicionantes da dos colectores (art. 133, alneas f) e g)) do Regulamento Geral dos Sistemas Pblicos e Prediais de Distribuio de gua e de Drenagem de guas residuais.

6.8.3 - corpo

6.8.3.1 As condies do corpo devem estar de acordo com os desenhos do projecto.

6.8.3.2 A espessura das paredes depende do material, da forma e profundidade da cmara e da natureza do terreno. Os valores mnimos a adoptar so: Alvenaria de pedra ou de blocos:20cm;

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Hidrulica UrbanaBeto moldado: 10cn com profundidade>2,00m; Beto moldado:15cm com profundidade>2,00m; Alvenaria de tijolo;1/2vez

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6.8.4 - Cobertura

6.8.4.1 - A cobertura da cmara deve estar de acordo com os desenhos do projecto.

6.8.5 - Tampa

6.8.5.1 - As tampas das caixas de inspeco sero em ferro fundido, em tudo idnticas s utilizadas pela Cmara Municipal de Loul.

6.8.6 - Materiais e disposies construtivas

O beto a utilizar na construo das cmaras de visita deve ter a dosagem mnima de 250 Kg de cimento por metro cbico de beto no caso de beto simples, e de 300 Kg de cimento por metro cbico de beto no caso de beto armado. A argamassa a empregar nas alvenarias hidrulicas deve ser equivalente de 170 Kg de cimento por metro cbico de argamassa (1:5 em volume) e dos rebocos de 400 Kg de cimento por metro cbico de argamassa (1:3 em volume). Os materiais a utilizar na construo das cmaras de visita devem obedecer s prescries oficiais em vigor.

6.8.6.1 - Soleira

A soleira de beto simples, ou armado, conforme as condies locais o aconselharem.

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6.8.6.2 - Corpo

O corpo das cmaras de visita de beto simples ou armado, de alvenaria hidrulica de pedra e de boa qualidade ou de tijolo ou blocos de cimento macios. Tambm pode ser construdo com anis de beto pr fabricados. Neste caso, a poro compreendida entre soleira e geratriz superior do colector situada a cota mais alta, deve ser de beto moldado no local ou alvenaria hidrulica, com eventual intercalao de anis pr fabricados.

6.8.6.3 - Cobertura

A cobertura das cmaras de visita de beto simples ou armado, com armaduras adequadas a cada caso. Pode ser moldada no local ou pr fabricada.

6.8.6.4 - Acabamento interior

As cmaras de visita devem ser rebocadas interiormente, no devendo a espessura da argamassa exceder 2 cm. No caso de o corpo ou a cobertura da cmara de visita ser construdo com elementos pr fabricados de beto, pode dispensar-se o seu reboco se as superfcies se apresentarem lisas e sem defeitos desde que, pelo ensaio da cmara ( veja-se no Regulamento Geral dos Sistemas Pblicos e Prediais de Distribuio de guas e de Drenagem de guas residuais), se verifique a estanquidade desta.

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6.9 - Reposio De Pavimentos

A reposio de pavimentos ao longo das canalizaes deve ser feita o mais breve possvel, aps o aterro das valas.

6.9.1 - Camada de base

Sobre o aterro devidamente compactado ser espalhado o Touv venant, que depois de compactado dever apresentar a espessura de 0,15 m. O espalhamento do tout venant deve ser feito regularmente, corrigindo se todas as irregularidades que eventualmente aparecerem. A compactao do tout venant ser feita por cilindranmento acompanhado por uma rega ligeira e uniforme. A superfcie desta camada deve ficar lisa, uniforme, senta de fendas, ondulaes ou material solto.

6.9.2 - Revestimento betuminoso

O revestimento betuminoso dever ser executado somente com tempo seco e temperatura ambiente superior a 10.C. Antes de se iniciar o espalhamento procede-se limpeza completa da superfcie a revestir, retirando-se o p, a lama ou outros detritos que nela existam. Seguidamente procede-se aplicao de uma rega de colagem com emulso asfltica razo de 0,5 I/m 2 . Sobre esta rega asfltica espalhada uma camada de brita com 0,05 m de espessura com calibres compreendidos entre 0,01 m e 0,03 metros. Esta camada dever ser regularizada e compactada por cilindramento.

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Finalmente aplicado o betume 80/100 que obedecer especificao do L.N.E.C. E-80, na quantidade de 2,5 Kg/m 2 que ser imediatamente coberto enquanto est quente com uma camada uniforme de gravilha de 0,008 metros a 0,012 m, devendo proceder-se em seguida ao cilindramento final.

6.9.3 - Cilindramento

A velocidade do cilindro deve ser lenta para evitar o deslocamento das massas quentes. a) A superfcie deve ficar desempenada, com um perfil transversal correcto e livre de depresses, alteamentos ou vincos. b) O trnsito nunca poder ser estabelecido sobre o pavimento nas trs horas posteriores ao cilindramento devendo, no entanto, aquele prazo ser aumentado para 24 horas sempre que for possvel.

6.9.4 - Juntas de trabalho

Nas juntas a camada deve apresentar as mesmas caractersticas de uniformidade de textura, densidade, desempeno, grau de compactao ou outras exigidas para as restantes partes da camada. Todas as juntas devem assegurar uma perfeita unio em toda a espessura entre as camadas adjacentes.

6.9.5 - Equipamento

Os mtodos empregados na execuo do trabalho e todo o equipamento, ferramentas e maquinaria usada na manipulao dos materiais e execuo das camadas, devem obedecer s normas tcnicas aplicveis, res