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TEORIA DA FIRMA E CUSTOS INDUSTRIAIS

Bruno Aguilar da Cunha1, Diego Alamino de Oliveira

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1,2 FATEC SOROCABA - Faculdade de Tecnologia de Sorocaba “José Crespo Gonzales”

[email protected],

[email protected]

1. Introdução

Uma firma pode ser definida como uma entidade capaz de transformar insumos

em produtos, através de uma tecnologia de produção. A teoria da firma foi um conceito

criado pelo economista britânico Ronald Coase, através do artigo “The nature of firm”,

em meados de 1937. Entretanto, Adam Smith é considerado o percursor dos estudos

referente à firma, um dos principais organismos econômicos da sociedade, sendo

aprimorado e aprofundado mais tarde, por Coase e outros estudiosos da economia.

Segundo Coase (1991) a maioria dos economistas não se interessavam pelas

atividades internas das organizações, mas sim, somente com o mercado, com as

aquisições de fatores de produção e a venda de mercadoria que são produzidas por

esses fatores, contudo, o que acontecia entre a compra desses fatores e a venda dos

produtos, era algo totalmente ignorado.

Entretanto, com o avanço tecnológico e a crescente complexidade das

organizações, seu estudo passou a ser foco de atenção específica. Marshall (1982)

descreve que os processos industriais evoluíam com extrema rapidez, mostrando o

quão dinâmico era e ainda é o capitalismo contemporâneo, sendo de extrema

importância o processo de alocação de recursos dentro da firma, assim como também a

alocação adequada dos trabalhadores nas funções para as quais fossem mais

adequados.

Neste trabalho serão abordados mais detalhes sobre a teoria da firma e seus

conceitos principais juntamente com os conceitos relacionados a custos industriais, os

diferentes métodos existentes e a apuração e rateio dos mesmos.

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2. Teoria da firma e conceitos básicos

A teoria da firma aborda as variáveis determinantes da oferta, principalmente

aquelas relacionadas aos custos e à concorrência nos mercados. A tecnologia de uma

firma descreve a capacidade da mesma em produzir bens usando insumos de

produção, comumente chamado também de fatores de produção.

A microeconomia subdivide essa teoria em três partes: Teoria da Produção, que

abrange os conceitos de produção e produtividade, a Teoria dos Custos, que aborda

conceitos como Custo econômico custo total, custo marginal e custo médio e a Teoria

dos Rendimentos, que tem como objetivo focar na minimização dos custos de

produção, procurando a maximização dos lucros, abrangendo conceitos como a

Receita Total, a Receita Média e a Receita Marginal.

2.1. Produção

A Produção é uma das questões mais importantes da economia, seja esta

relacionada a bens ou serviços. A firma tem com um dos objetivos a maximização da

produção e para isso deve aperfeiçoar seu processo produtivo e ampliar sua

capacidade de produção para que assim consiga ter cada vez mais um espaço maior

no mercado perante a concorrência. Os princípios gerais da Teoria da produção são

responsáveis por promover as bases para a análise dos custos e da oferta dos bens

produzidos, como também para análise dos preços e do emprego dos fatores de

produção.

2.2. Fatores de produção

Os fatores de produção podem ser definidos como os bens ou serviços

transformados em um processo e podem ser: fatores de produção primários e fatores

de produção secundários. Os primários são aqueles que são produzidos pela própria

empresa e os secundários, são derivados do processo produtivo realizado por alguma

empresa. De forma mais clara, os fatores primários são fatores naturais que existem

sem a necessidade de processo produtivo anterior. Logo, os secundários necessitam

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que um processo produtivo anterior tenha existido para que possam ser criados. Os

fatores de produção podem ser definidos como os bens ou serviços transformados em

um processo e podem ser: fatores de produção primários e fatores de produção

secundários. Os primários são aqueles que são produzidos pela própria empresa e os

secundários, são derivados do processo produtivo realizado por alguma empresa. De

forma mais clara, os fatores primários são fatores naturais que existem sem a

necessidade de processo produtivo anterior. Logo, os secundários necessitam que um

processo produtivo anterior tenha existido para que possam ser criados.

2.3. Função de produção

A relação entre a quantidade física de fatores e a quantidade física da produção

em um determinado período de tempo é exposta pela função de produção. Pode ser

definida, mais especificamente, como a relação entre a produção de um bem e os

insumos (fatores) necessários para sua produção. Uma função de produção pode ser

apresentada na forma genérica Q = f (L, K), onde Q é a produção total, L é o fator de

produção trabalho e K é o fator de produção capital. Outros fatores, como as matérias-

primas, podem também fazer parte da função de produção. Ainda é importante definir,

que o fator de produção “Capital” é a composição de toda a tecnologia, terras,

maquinários e outros elementos que a empresa possui. Já o fator “Trabalho” é definido

como quantidade de mão – de – obra disponível para utilização no processo produtivo

da firma ou empresa.

Em geral, pode–se definir mais de uma função de produção possível para um

determinado bem ou serviço que se deseja produzir, devido a tecnologia disponível em

cada momento. É possível combinar pouco capital (máquinas) e muito trabalho ou muito

capital e pouco trabalho, geralmente são as abordagens mais utilizadas, entretanto fica

a cargo do empresário, a definição da melhor função de produção.

2.4. Variáveis de tempo

A variável “tempo” é de grande importância em economia e também tem grande

utilidade na Teoria da produção, pois através dela é possível definir se é possível

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aumentar ou reduzir as quantidades utilizadas dos fatores de produção em uso para

obter uma determinada quantidade de produtos finais. Existem dois períodos de tempo:

Curto e longo prazo.

Curto prazo: pode ser definido como um período de tempo que a empresa ou

firma só pode alterar um fator de produção, geralmente devido a condições técnicas, e

esse fator alterado, é no caso, o trabalho. Em um pequeno período de tempo, a

empresa pode alterar a quantidade utilizada no fator trabalho para conseguir ter uma

variação na produção, já que muitas vezes alterar a quantidade de capital é uma atitude

inviável ou demorada. Dessa forma, classifica-se o fator trabalho de fator variável e o

fator capital como fator fixo ou constante.

Longo prazo: é, necessariamente, o período de tempo no qual a empresa tem a

capacidade de alterar seus dois fatores (capital e trabalho), visando variações na

quantidade produzida. Assim, capital e trabalho são fatores de produção variáveis no

longo prazo.

3. Custos Industriais

Custos são a soma de gastos que a entidade realiza em bens e serviços com o

objetivo de produzir e comercializar outros bens.

Para se apurar com precisão o custo de produção de um bem é necessário ter

em mãos um relatório com as despesas gerais, subdivididas em despesas variáveis e

fixas, diretas e indiretas, bem como, um bom critério de rateio, um mapa com o

apontamento da mão de obra, um demonstrativo das horas máquinas e um

almoxarifado que controle as saídas das matérias primas e materiais secundários.

No Cálculo de custo industrial têm-se três elementos básicos:

- Materiais;

- Mão de Obra;

- Gastos gerais de fabricação

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Na visão contábil, entende materiais, as matérias-primas, os materiais

secundários, as embalagens. Para mão de obra compreende os gastos com o pessoal

envolvido no processo de fabricação desde salários, encargos sociais, refeições, etc.

Os gastos gerais de fabricação correspondem a todo gasto necessários para a

fabricação do produto.

3.1. Conceitos básicos sobre custos

Os custos industriais possuem uma divisão em dois termos, denominados de

Custos diretos e Indiretos. O Custo direto também conhecido como custo primário, é

representado pelos elementos diretos da produção, aplicados diretamente ao produto,

sem ICMS e IPI. O Custo indireto são custos que não participam fisicamente, nem

diretamente ao produto, eles cooperam para que ocorra a produção do mesmo.

3.1.1. Custo Fixo

Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em

caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de

atividade, conhecidos também como custo de estrutura. Exemplos:

- Aluguéis de equipamentos e instalações;

- Salário da administração.

Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão

com seus valores fixados, por isso chamamos de custos fixos.

3.1.2. Custo Variável

Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam

proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores

dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num

determinado período. Exemplos:

- Matérias- Primas

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- Comissões de Vendas

- Insumos produtivos (Água, Energia)

No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do

custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos

considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de

riqueza está na venda e não na produção.

Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal, e

serve somente para fins gerenciais.

A Figura 1 mostra um gráfico comparativo entre custo fixo e custo variável. É

possível perceber que o custo fixo não se altera com o volume de produção,

diferentemente do custo variável, que cresce de maneira proporcional ao volume de

produção.

Figura 1 – Gráfico comparativo entre custo fixo e custo variável.

3.2. Custo médio

O custo médio resulta da divisão do custo final pela quantidade produzida

podendo ser entendido como custo unitário de produção, ou seja, para um determinado

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nível de produção representa o custo de cada unidade produzida sendo, por isso, muito

utilizado nas empresas que comparam com o preço de venda.

Da mesma forma que o custo total pode ser repartido por custo fixo e custo

variável, o custo médio também pode ser repartido em custo fixo médio e custo variável

médio.

3.3. Custo marginal

O Custo Marginal representa o acréscimo de custo que se verifica quando é

produzida uma unidade adicional do bem. Por exemplo, numa empresa que produza

100 computadores a um custo total de R$ 50.000 e que ao passar a produzir 101

computadores o custo total passe a ser de R$ 50.600, o custo marginal é de R$ 600.

Estudos empíricos demonstraram que na maioria dos sectores de atividade o

custo marginal é decrescente quando o nível de produção é baixo, mas, a partir de

determinado nível de produção, torna-se crescente. Este comportamento do custo

marginal está diretamente relacionado com a Lei das Produtividades Marginais

Decrescentes segundo o qual, aumentos sucessivos do fator produtivo resultam em

acréscimos cada vez menores de produção.

3.4. Métodos de custeio

Para identificar o custo unitário de um produto partindo de custos diretos e

indiretos utiliza-se métodos de custeio.

3.4.1. Custos diretos

Custeio direto significa a apropriação de todos os custos variáveis, quer seja

diretos ou indiretos. Nesse método de custeio os custos fixos têm o mesmo tratamento

das despesas, pois são consideradas despesas do período independentemente se os

produtos foram vendidos ou não. É o método de custeio indicado para tomada de

decisões, porém um método que fere os princípios contábeis da realização,

competência e confrontação, porque os custos fixos são reconhecidos como despesas.

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3.4.2. Custos indiretos

Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou

função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados

aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a

causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão de

obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas. Atribui-se

parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É um

custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela

referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido,

como aquele custo que não pode ser atribuído diretamente a um produto, linha de

produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou

parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos

produtos por algum critério de rateio. Exemplos:

Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos

auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis

em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores,

controle de qualidade, etc.

Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de

produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas

e lubrificantes, lixas etc.

Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor

fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de

equipamentos, etc.

3.5. Apuração e rateio de custos

De acordo com Dutra (2009), antes dos custos serem classificados quanto a sua

apuração, ou quanto objeto de custeio, os estudos e análises realizadas nas empresas

levavam em consideração resultados gerais, globais, em que não existia a possibilidade

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de avaliar o produto mais ou menos vantajoso ou até mesmo o órgão mais ou menos

eficiente na empresa. Conclusões eram obtidas de forma muito generalizada, devido à

falta de maiores informações sobre a produção e os custos dos produtos.

Os custos podem ser divididos em duas grandes áreas: custos diretos e custos

indiretos, ambos já definidos anteriormente.

Entretanto, é importante complementar, que em condições especiais, todos os

custos podem ser classificados como diretos, geralmente quando uma empresa fabrica

apenas um único produto em um determinado período de tempo.

Dutra (2009) complementam os conceitos de custo indireto ao salientar que o

custo indireto é um custo comum a diversos produtos em uma empresa, sem que seja

possível separar a parcela referente a cada tipo de produto no momento de sua

ocorrência. Logo, os custos indiretos são custos que precisam ser distribuídos,

entretanto, essa distribuição não é exata, necessitando assim de alguns critérios de

rateio.

Para realização do rateio é preciso definir um critério e deve ser adotado de

forma coerente com a natureza do custo a ser rateado.

Tabela 1 – Custos e possíveis critérios de rateio que podem ser utilizados.

Custo Critério de rateio

Mão-de-obra indireta Horas dedicadas aos diferentes produtos

Aluguel de fábrica Área ocupada

Supervisão Número de empregados

Limpeza de fábrica Área ocupada

Energia elétrica Potência das máquinas

A escolha dos critérios também depende da estrutura de controle e da

organização da empresa, bem como das condições da produção.

As máquinas são exclusivas por produto? Caso contrário, como ‘separar’ o

consumo da energia elétrica (individualização)? Os produtos são fabricados em áreas

separadas? A produção é setorizada?

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É importante ressaltar que não existem critérios ‘genéricos’. Cada empresa deve

verificar quais critérios julga mais adequado para cada caso.

Conforme Dutra (2009), classificar os custos quanto a apuração depende de um

bom conhecimento sobre o processo produtivo da empresa e, sobretudo, de bom-

senso. Afinal, um custo direto em um processo, pode ser indireto em outro, ou vice –

versa. Um custo também pode estar relacionado a dois, três ou mais produtos, sendo

então compreendido como custo indireto e sendo necessário o rateio, mas o mesmo

custo pode ser pode envolver produtos elaborados em um mesmo departamento, e

sendo assim classificado por centro de custo, representaria um custo direto.

3.5.1. Cento de custos

Os centros de custos são constituídos por setores ou áreas da empresa que

executam atividades homogêneas e que permitem a apuração dos gastos dessa

atividade. Os centros de custos são classificados em produtivos (diretos) ou não

produtivos (indiretos), também chamados auxiliares.

Geralmente, essas duas classificações se relacionam à produção. Os Centros de

custos não produtivos, em uma classificação mais ampla, incluem os setores

administrativos e comerciais. A identificação e o tratamento a ser dado ao respectivo

gasto devem levar em consideração as necessidades posteriores de análise do ponto

de vista gerencial e de controle. Com esse objetivo, a classificação pode ser mais

detalhada. A classificação dos centros de custos deve ser consistente com a estrutura

da organização. Esta classificação deve ser definida especificamente de acordo com as

condições, peculiaridades e conveniências de cada empresa, devendo refletir uma

decisão conjunta entre o responsável pelo custo e a administração.

3.5.2. Departamentalização

Entende–se como departamentalização o processo de divisão de uma empresa

em departamentos e o ato de debitar todos os gastos nele incorridos. O departamento

para a contabilidade de custos é uma unidade mínima administrativa. Para a

distribuição de custos indiretos, cada departamento possui um número código que

define seu centro de custos, que é necessariamente, um acumulador de todos os

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gastos em que cada um deles incorreu. A seguir, são definidos alguns objetivos da

departamentalização:

a) Melhor controle dos custos: o objetivo de melhor controle dos custos é

atingido porque a departamentalização torna a incorrência dos custos de

produção no âmbito do Departamento como sendo de responsabilidade do

respectivo chefe ou supervisor.

b) Determinação mais precisa do custo dos produtos: a determinação mais

precisa do custo dos produtos ocorre porque a departamentalização diminui a

arbitrariedade dos critérios de rateio. Há basicamente dois motivos para esta

maior precisão:

1) Alguns custos, embora indiretos em relação aos produtos, são

facilmente identificados em relação aos departamentos. Exemplos:

a) depreciação das máquinas e equipamentos: custo indireto em

relação aos vários tipos de produtos fabricados, mais facilmente

identificado no departamento que possui as máquinas e

equipamentos.

b) Materiais indiretos usados no departamento.

c) Mão-de-Obra Indireta utilizada no departamento.

d) Energia elétrica consumida no departamento.

2) Nem todos os produtos passam por todos os Departamentos e, caso

passem, o fazem em proporções diferentes.

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4. Conclusão

Em um mercado competitivo e globalizado como o atual, com altos impostos e

encargos, é essencial que o empresário ou administrador conheça muito bem os

conceitos relativos à teoria da firma, custos industriais e suas implicações, pois todas

essas informações são importantes para enfrentar a concorrência, conquistar clientes,

aumentar a competitividade e também para conhecer melhor a própria empresa,

podendo assim administrar melhor. A identificação dos custos é de suma importância

para o empresário tomar as suas decisões para sobreviver em suas atividades e obter

lucro. O conhecimento mais profundo dos custos diretos e indiretos permite a

identificação de qual segmento da produção está contribuindo com maior ou menor

porcentagem para o resultado final do custo de um produto. É importante salientar, que

os custos indiretos não são bem claros e definidos como os custos diretos, mas eles

existem, e precisam ser contabilizados e apurados para obter um melhor controle dos

gastos e despesas da empresa evitando assim prejuízos.

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5. Referências Bibliográficas

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