Teoria Literária

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Teoria Literária Professora: Suzete Beppu

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Teoria Literária. Professora: Suzete Beppu. O QUE É LITERATURA? . “Arte literária é mimese ( imitação); é a arte que imita pela palavra.” (Aristóteles , séc. IV a.C.) Assim: l iteratura como imitação da realidade; manifestação artística; a palavra como matéria-prima; - PowerPoint PPT Presentation

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Teoria Literria

Teoria LiterriaProfessora: Suzete Beppu

O QUE LITERATURA?

Arte literria mimese (imitao); a arte que imita pela palavra. (Aristteles, sc. IV a.C.)Assim: literatura como imitao da realidade;manifestao artstica;a palavra como matria-prima;manifestao da expressividade humana.

FUNES DA LITERATURA

Funo evasiva fuga da realidade;Funo ldica jogo de experincias sonoras e de relaes surpreendentes;Funo de Arte pela arte descompromissada das lutas sociais (Parnasianismo)Funo de literatura engajada comprometida com a defesa de certas ideias polticas.

Nosso interesse est na literatura dita canonizada conjunto de obras escritas e aceitas como artisticamente valiosas e representativas de nossa herana cultural. Ex.: Dom Casmurro, de Machado de Assis; Vidas secas, de Graciliano Ramos; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, dentre outras.

LITERATURA A ARTE DA LINGUAGEM ESCRITA, QUE EXPLORA TODAS AS POTENCIALIDADES DE COMUNICAO E EXPRESSO E CAPAZ DE TRANSPOR LIMITES DE TEMPO E ESPAO.

DIFERENAS ENTRE UM TEXTO LITERRIO E UM NO-LITERRIO

Texto Literrio: nfase na expresso; linguagem conotativa; linguagem mais pessoal, emotiva; recriao da realidade; ambiguidade recurso criativo.

Texto no-literrio:

nfase no contedo;linguagem denotativa;linguagem mais impessoal;realidade apenas traduzida;normalmente sem ambiguidade ou duplas interpretaes.Quanto disposio grfica, um texto literrio pode ser em prosa ou em verso.

Prosa: em linhas corridas.Poesia (verso): a cada linha d-se o nome de verso e ao conjunto deles, estrofe.

Estilo individual: o estilo nico de determinado escritor, ou seja, sua viso nica e modo prprio de criao literria.

Estilo de poca: caractersticas comuns em obras de autores diferentes,mas contemporneos. Ex. embora Bernardo Guimares e Jos de Alencar tenham estilos diferentes, ambos pertencem ao Romantismo.

Escolas literrias: (ou estilos de poca)Quinhentismo (1500 1601)Barroco (1601 1768)Arcadismo (1768 1836)Romantismo (1836 1881)Realismo/Naturalismo/Parnasianismo ( 1881 1922)Simbolismo (1893 1922)Pr-modernismo (1902 1922)1 ger. Modernista (1922 1930)2 ger. Modernista (1930 1945)3 ger. Modernista (1945 1960)Literatura contempornea (1960 at nossos dias)

GNEROS LITERRIOS:

Conjuntos de elementos semnticos, estilsticos e formais utilizados pelos autores em suas obras, para caracteriz-las de acordo com a sua viso da realidade e o pblico a que se destinam.

Lrico: sentimental, potico.pico: narrativo.Dramtico: teatro.

Parte 2TEORIA LTERRIA

GNERO LRICO: a manifestao literria em que predominam os aspectos subjetivos do autor. , em geral, a maneira de o autor falar consigo mesmo ou com um interlocutor particular (amigo, amante, fantasia, elemento da natureza, Deus...)No confundir eu-lrico com o autor. O eu-lrico ou eu-potico uma espcie de personalidade potica criada pelo autor que d vazo a sensaes e/ou impresses.ELEMENTOS DA VERSIFICAO: elementos tcnicos que auxiliam a leitura, a interpretao e a anlise de textos poticos.

Verso e Estrofe:Cada linha = verso Conjunto de versos = estrofe

Classificao das estrofes:As estrofes podem ser classificadas como:

1 verso monstico.2 versos dstico.3 versos terceto.4 versos - quarteto (ou quadra).5 versos quintilha. 6 versos sextilha.7 versos stima.8 versos oitava.9 versos nona.10 versos dcima.

Todas as estrofes que tenham mais de dez versos recebem a denominao deirregulares.

Soneto: composio potica de 14 versos 2 quartetos e 2 tercetos

Rimas: coincidncia de sons (total ou parcial) entre palavras no final ou no meio dos versos.

Classificao das rimasQuanto categoria gramatical:

Rimas POBRES: as palavras que rimam pertencem mesma classe gramatical.

Exemplo: .....................situado (adjetivo) .....................cresce (verbo) .....................parece (verbo) .....................quebrado (adjetivo)

RICAS: as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais distintas.

Exemplo: .....................arde (verbo) ....................distante (advrbio) ....................diamante (substantivo) .....................tarde (substantivo)

Rima Rara- Formada por palavras de pouca rima, difceis de se encontrar.

Cisne (adjetivo)Bosque (substantivo)Tisne (verbo ou substantivo)Quiosque (substantivo)

Rima Preciosa Formada por artifcios gramaticais, ou juno de palavras.

Am-laTranquiloDe galapor certo fi-lo

Quanto disposio ao longo do poema:

ALTERNADAS ou CRUZADAS:

Incendeia ACorao BPasseia ACano B

PARALELAS ou EMPARELHADAS

Aniquilar AOlhar AMontanhas BEntranhas B

INTERPOLADAS ou OPOSTAS

Espelho ADisfarce BDisfarar-se BConselho? A

Versos brancos so os que no apresentam rima.

Mtrica: o nmero de slabas poticas do verso.Na contagem das slabas mtricas (escanso), observam-se, geralmente, as seguintes normas:a leitura de um verso deve ser caracterizada pelo ritmo;faz-se a contagem de slabas at a slaba tnica da ltima palavra;acomodar as slabas seguindo a entonao. Eliso = supresso de sons ou a sinalefa = acomodao de vrios sons a uma nica slaba mtrica);os ditongos, em geral, equivalem a apenas uma slaba mtrica;normalmente, quando uma palavra termina em vogal e a outra comea por vogal, unem-se esses fonemas numa nica slaba mtrica.

Exemplos:

Ouviram do Ipiranga as margens plcidas

Ou vi ram do I pi ran ga as mar gens pl ci das = 14 slabas gramaticais

Ou vi ram doI pi ran gaAs mar gens pl = 10 slabas poticas

De um povo heroico o brado retumbante

De um po vo he roi co o - bra do re tum ban te = 14 sil. gramaticaisDeum po vohe roi coo- bra do re tum ban = 10 sil. PoticasTais versos so decassilbicos = 10 versosPentasslabos ou redondilha menor (5 slabas)

E agora, Jos?A festa acabou,A luz apagou, O povo sumiuHeptasslabos ou redondilha maior (7 slabas)Como so belos os diasDo despontar da existncia(...)Eneasslabos = 9 slabasTu choraste em presena da morte?Na presena de estranhos choraste?(...)

Dodecasslabo ou alexandrino: 12 slabas poticasOlhai! O sol descamba...A tarde harmoniosaEnvolve luminosa a Grcia em frouxo vu,Na estrada ao som da vaga, ao suspirar do vento,De um marco poeirento um velho ento se ergueu.

Versos livres so os que no apresentam mtrica regular.Ritmo: a musicalidade implcita ou explcita no poema.A Banda (Chico Buarque)Estava toa na vida,O meu amor me chamou,Pra ver a banda passarCantando coisas de amor. (...)28Parte 3Gnero Dramtico:textos para serem representados no palco.Tragdia: fato trgico que provoca reao de medo ou compaixo. Ex.: dipo Rei, de Sfocles.

Comdia: satirizao dos costumes sociais. Ex.: O Rei da Vela, de Oswald de Andrade.

Drama: envolve a tragdia e a comdia. Ex. Eles no usam black-tie, de G. Guarnieri.Farsa: pequena pea que critica a sociedade e seus costumes. Ex.: A Farsa de Ins Pereira, de Gil Vicente.Auto: pea breve, de tema religioso ou profano, de aspecto moralista. Ex.: Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

Gnero pico

O gnero pico a narrativa em versos que apresenta um episdio heroico da histria de um povo. Na estrutura pica temos: o narrador, o qual conta a histria praticada por outros no passado; a histria, a sucesso de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espao, local onde se d a ao das personagens.

Gnero picoNeste gnero, geralmente, h presena de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos acontecimentos. Quando as aes so narradas por versos, temos o poema pico ou epopeia. Dentre as principais epopeias, temos: Ilada e Odisseia, de Homero.

AtividadesCopie o poema a seguir em seu caderno.Analise as rimas presentes.Analise e classifique cada estrofe de acordo com o n de versos.Identifique a forma do poema e nomeie-a. Justifique sua resposta.Faa a escanso dos versos da primeira e da ltima estrofe. Classifique os versos de acordo com o nmero de slabas poticas.

Amor fogo que arde sem se ver Lus Vaz de CamesAmor fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer;

um no querer mais que bem querer; solitrio andar por entre a gente; nunca contentar-se de contente; cuidar que se ganha em se perder;

querer estar preso por vontade; servir a quem vence, o vencedor; ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor Nos coraes humanos amizade, Se to contrrio a si o mesmo Amor?